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Dossier Professor Atletismo
Dossier Professor Atletismo
DOSSIER DO
PROFESSOR
FUNDAMENTOS
CORRER
SALTAR
LANÇAR
ISBN: 978-989-98048-0-7
Título: Atletismo: Dossier do Professor
Tipo de Encadernação: B
Autor: Vários
Data: 20120927
Editor: Federação Portuguesa de Atletismo,
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 3
MENSAGEM
Em nome do Governo e da Administração obra consubstanciar um exemplo feliz da
Pública Desportiva, felicito a Federação relação – vital - entre o movimento despor-
Portuguesa de Atletismo pela iniciativa de tivo federado e a comunidade escolar. Com
elaborar e publicar o presente “Dossier do efeito, quanto mais próximos e articulados
Professor”. estiverem o movimento associativo des-
portivo e as escolas, maior será o universo
Trata-se, antes de mais, de uma obra com de talentos objecto de identificação e de-
o mérito de procurar contribuir para a dis- senvolvimento de talentos que possam ser
seminação do conhecimento do atletismo, filtrados e encaminhados para o alto ren-
isto é, para o ensino e aprendizagem de dimento. A questão é mesmo mais ampla:
uma modalidade desportiva com grandes o desporto na escola e o desporto escolar
tradições e pergaminhos no desporto na- serão tanto mais eficazes quanto, como
cional. Ora essa lógica formativa é essencial manda a Constituição da República Portu-
para o progresso dos atletas, enquanto ho- guesa, existir uma colaboração entre Esta-
mens e como praticantes desportivos. Se do, escolas e associativismo desportivo. É o
recuarmos à Grécia Antiga constatamos a “direito ao desporto” que está em causa.
importância que já era dada ao ensino, fos-
se no treino propriamente dito, fosse nos Quero crer que esta obra será um de mui-
Ginásios, nas Academias ou nos Liceus. De tos instrumentos que continuarão a fazer
igual modo, cumpre lembrar que o projec- do atletismo uma modalidade com inúme-
to de Pierre de Coubertin – o Barão que res- ros êxitos, nacionais e internacionais. Não
tabeleceu os Jogos Olímpicos – se ancorou podemos esquecer: foi no atletismo que
não só na prática desportiva propriamente brotaram, entre outros, nomes como An-
dita mas sobretudo naquilo a que se deno- tónio Leitão, Aurora Cunha, Carlos Calado,
minou de “pedagogia desportiva”. Só edu- Carlos Lopes, Fernanda Ribeiro, Fernan-
cando e aprendendo –e com partilha - se do Mamede, Nélson Évora, Naide Gomes,
atinge o sucesso.
Reputo ainda de meritório o facto de esta
4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 5
PREFÁCIO
Nuno Fernandes, Rosa Mota, Albertina
Dias, Carla Sacramento, Manuela Machado,
Susana Feitor, António Pinto, Domingos
Castro, Paulo Guerra ou Rui Silva. Não po-
demos igualmente olvidar a importância
de técnicos tais como Bernardo Manuel,
Fonseca e Costa, Maria do Sameiro Araújo,
João Campos, João Ganço, José Pedrosa,
Mário Moniz Pereira, Abreu Matos ou Jorge
Miguel. Diferentes percursos, com vários
denominadores comuns: formação, tra-
balho, sucesso. Aperfeiçoemos, pois, a via
da formação e, com o resto, certamente se
ATLETISMO
multiplicarão novos nomes e novos suces- ESCOLAR –
sos. Portugal, orgulhoso, agradece.
ATLETISMO
Alexandre Miguel Mestre FEDERADO
Secretário de Estado A COOPERAÇÃO
do Desporto e Juventude.
VIRTUOSA – A
CONVERGÊNCIA
NECESSÁRIA
Mesmo em tempos de profunda crise Actuar de forma concertada e com sentido
económica, financeira, ideológica e moral estratégico, em obediência a objectivos
como a que, actualmente, se vive no nosso que interessam a todos – contrariando os
país, é imperioso continuar a acreditar que egoísmos das instituições – permitirá um
é possível um Futuro melhor para a Juven- outro nível de resultados, de desenvolvi-
tude de hoje. O Futuro não pode ser hipo- mento e de galvanização por parte dos
tecado. agentes envolvidos.
“Como abordar na Escola este atletismo colar. Tem por base os programas curricu-
que parece um “mosaico” de provas cuja lares, nomeadamente os objectivos gerais
prática por ciclos é obrigatória?” (Jacques do 5º ao 12º ano de escolaridade, os níveis
Piasenta). de aprendizagem (introdução, elementar e
avançado), as propostas de cargas horárias
Este dossier vem na sequência de docu- anuais e as competências finais.
mentos já produzidos pela Direcção Téc-
nica Nacional da Federação Portuguesa de Os conhecimentos da modalidade, a expe-
Atletismo: “Projecto Mega”, “Do Corta Mato riência adquirida como treinadores na for-
ao KM” e “Caderno de apoio ao Atletismo mação de atletas até ao Alto Rendimento,
Juvenil – Viva o atletismo”. os anos de docência em escolas de diferen-
tes níveis de ensino espalhadas pelo nosso
Com estas propostas, procuramos respon- país, estão retratados nas propostas que
der às dificuldades sintetizadas nesta per- apresentam, na forma como organizam as
gunta de Piasenta, indo ao encontro do sequências pedagógicas de aprendizagem,
que nos tem sido solicitado por docentes nas progressões de ensino adequadas ao
de Educação Física cuja formação inicial nível de desenvolvimento dos alunos, ao
no atletismo é reconhecidamente hete- material normalmente existente nas esco-
rogénea, necessitando de actualização e las, ao tempo disponível e aos objectivos
reciclagem específica contínua. Panorama curriculares a atingir.
agravado com a falta de literatura portu-
guesa especializada que sugira propostas
práticos para concretização dos actuais Introdução
Programas Nacionais de Educação Física e
com o facto da existente ser muito direc- O atletismo é uma modalidade estruturan-
cionada para o treino e na sua maioria com te para todos e para toda a vida. Em qual-
pouca aplicação às aulas de Educação Físi- quer idade, em todos os lugares é possível
ca. caminhar, correr, saltar e lançar...
suficientemente estimulante para favore- gem do Futebol e Andebol; posição final da chamada nos saltos, antes saída;
cer o desenvolvimento harmonioso, cons- ›› Exercícios gerais utilizados na Ginástica de fazer este exercício com corrida de ba- ›› Utilizar obstáculos baixos a distâncias
truindo um organismo saudável e funcio- Artística Desportiva e Trampolins pre- lanço. variadas na iniciação às barreiras, privi-
nalmente capaz de solucionar diferentes param e facilitam, a aprendizagem dos legiando-se o ritmo e a velocidade de
tarefas motoras quotidianas ou alguma saltos do Atletismo. A aplicação destes exercícios durante a deslocação;
futura actividade específica. parte preparatória de aulas de outras mo- ›› Realizar séries de chamadas consecuti-
Esta relação de reciprocidade deve ser or- dalidades, facilita a aprendizagem, redu- vas (passo – chamada) após alguns pas-
Em cada aula devem estar presentes exercí- ganizada e aplicada sem que se privilegie, zindo o tempo necessário para o domínio sos, antes de efectuar o salto em com-
cios que estimulem o desenvolvimento dos ou se atribua um protagonismo principal do gesto. Como exemplo, a aplicação de primento;
processos cognitivos que acompanham a a alguma das modalidades previstas para exercícios especiais de corrida (Skipping ›› Realizar salto tocando objecto elevado
actividade física. Exercícios focalizados na cada ano, pois o contributo de cada uma alto, corrida circular, etc), durante a parte (com o pé, joelho, ombro, cabeça), antes
exactidão da execução, que impliquem delas é bastante significativo. preparatória de uma aula de desportos co- de efectuar salto em altura;
níveis elevados de concentração, de aten- lectivos, é muito útil se o foco de atenção ›› Usar marcas referências no solo, para o
ção, e combinações de vários exercícios Particularidades da organização da está orientado para a qualidade da execu- triplo salto para facilitar a aprendizagem
com diferentes tarefas rítmicas espaciais, aula ção. do ritmo, e equilíbrio entre a amplitude
desenvolvem a capacidade de auto-cons- dos saltos.
trução de vários programas motores. Sem Como sabemos, os objectivos de aprendi- As tarefas principais de ensino – apren-
o desenvolvimento da sensibilidade para zagem e aquisição de novas habilidades dizagem têm que ser colocadas na parte A parte final da aula pode ser usada para
o movimento, é praticamente impossível devem ser colocados nas primeiras partes principal da aula, respeitando os conhe- eliminar as partes débeis detectadas, para
traduzir as instruções verbais transmitidas da aula, quando o organismo ainda não se cidos princípios pedagógicos já referidos. corrigir atrasos no desenvolvimento téc-
pelo professor, e converte-las nas acções encontra em fadiga. O desenvolvimento Quando os alunos não apresentam erros nico, para o retorno à calma ou para esti-
desejadas. condicional, implicando um número ele- significativos na execução dos exercícios mular o desenvolvimento de determinada
vado de repetições, deve ser preferencial- que foram conteúdo da parte principal, é capacidade física, sempre com a atenção
Neste sentido, a linguagem do professor é mente procurado na parte central e final necessário mudar o modo de execução e correcção do professor para que não se
de grande a importância, devendo ser si- da aula, com método de repetições, méto- (alterando a velocidade e o grau de empe- “treine o erro”.
multaneamente “cheia” e sucinta, formando do lúdico (formas jogadas) ou competitivo, nho coordenativo necessário), ou propor
no aluno a “imagem mental do movimen- que permitem a manutenção da motiva- outros, mais estimulantes. Os exercícios Nota Final:
to”. Alguns aspectos teóricos da técnica do ção e grau de empenho. planificados para as primeiras etapas de Esperamos que no final da leitura do dos-
movimento têm que ser entendidos pelos aprendizagem e já “dominados”, podem ser sier fique demonstrado que a multiplicida-
alunos, permitindo formar, de forma cons- A parte preparatória da aula, de duração eventualmente repetidos (para reforço), ou de das provas atléticas, o “mosaico” referido
ciente, a imagem mental da acção, como a variável e tendo em conta os conteúdos são transferidos para a parte preparatória, por Piasenta deva ser encarada como uma
base da realização mais correcta. definidos, deve conter diferentes formas realizando-se com um número inferior de riqueza e não como uma dificuldade.
de deslocamento e exercícios para os vá- repetições.
Considerando a reduzida carga horária des- rios segmentos corporais.
tinada ao Atletismo em cada ano e o modo Na parte principal, devemos dar continui- José Barros/Robert Zotko*
como tradicionalmente os Professores dis- Durante a mesma a qualidade do movi- dade ao indicado para a parte preparató- * Baseado em documentos de trabalho ela-
tribuem os conteúdos ao longo do mes- mento será objecto da permanente aten- ria, aumentando de forma gradual o ritmo borados em conjunto
mo, uma das principais tarefas do docente ção dos professores, para que seja mi- e a velocidade de execução, passando das
deve ser a eleição da ordem de introdução norada a possibilidade do erro e do seu partes da acção a uma acção global, com-
de cada uma das modalidades, para que desenvolvimento pela repetição (“treinar o pleta. No inicio do ensino e aprendizagem
seja respeitada a lógica de desenvolvimen- erro”). da técnica, é fundamental criar condições
to das diferentes capacidades, ajudando-se que facilitem o caminho para chegar à exe-
mutuamente. Em função do número de aulas de Educa- cução desejada:
ção Física, e do tempo atribuído às mesmas,
Por exemplo: o conteúdo da parte preparatória estará es- ›› Utilizar referências visuais (riscos, tiras
treitamente relacionado com os conteúdos de alcatifa, sinalizadores, etc), colocados
›› Exercícios gerais de desenvolvimento da e objectivos da parte principal. Isto implica a diferentes distâncias, facilitando o de-
capacidade de salto (saltitares e multi- incluir na parte preparatória, alguns exer- senvolvimento da frequência e/ou am-
-saltos variados), desenvolvendo capa- cícios especiais de baixa intensidade, com plitude dos passos;
cidades fundamentais para o Voleibol elementos técnicos de base, permitindo ›› Realizar um prévio enrolamento em
e Basquetebol, servem em simultâneo uma progressiva entrada nos exercícios es- frente, que acelera o corpo e ajuda a ma-
como base para uma melhor aprendiza- pecíficos próprios da parte principal. Como nutenção da inclinação do tronco du-
gem das disciplinas do Atletismo; exemplos: andar com elevação dos joelhos rante a partida e aceleração;
›› O desenvolvimento da capacidade e ou corridas com ênfase na elevação dos ›› Utilizar engenhos mais leves nos lança-
técnica de corrida favorece a aprendiza- joelhos antes de Skipping; andar imitando mentos para aumentar a velocidade de
CORRER
›› Formas de
Desenvolvimento da
Velocidade
›› Corrida de Velocidade
›› Corrida de Estafetas
›› Corrida com Barreiras
SALTAR LANÇAR
›› Formas de Desenvolvimento ›› Formas de Desenvolvimento
da Capacidade de Salto – Engenhos Pesados
›› Salto em Comprimento ›› Lançamento do Peso
›› Triplo Salto ›› Formas de Desenvolvimento
›› Salto em Altura – Engenhos Leves
›› Arremesso de Bola /
›› Lançamento do Dardo
CORRER
Formas de Desenvolvimento da Velocidade
- Exercícios Analíticos – Skipping
- Exercícios Analíticos – Outros
- Formas Jogadas
- Repetições de Corridas de Velocidade
- Exercícios de Força Específica SALTAR
CORRER
CORRER
A corrida é a forma de locomoção huma-
na, que permite ao ser humano se deslo-
car mais rapidamente sobre uma determi-
nada distância. É uma capacidade natural
cuja eficácia depende do desenvolvimen-
to do padrão motor e das capacidades
motoras. Na análise de uma corrida de
velocidade são consideradas as seguintes
fases:
1. Partida
2. Aceleração
3. Velocidade Máxima
4. Velocidade de Resistência
O que é fundamental?
Aceleração:
Skipping
2. 4x 10 metros
Organização:
›› Organizar um percurso com cerca de
2. Saltar à corda
10 metros, para que o aluno realize
acelerações sucessivas de ida e volta;
Descrição:
›› Pode realizar-se por estafetas, competi-
›› O aluno realiza uma sequência de sal-
ção directa ou por registo de tempo.
tos, procurando realizar os apoios pela
zona médio-anterior do pé, e manter os
Material Necessário:
segmentos corporais alinhados.
›› 2 Cones marcadores por estação;
›› Cronometro.
Opção 1 – Parado, com pés juntos;
Opção 2 – Parado, em pé coxinho; ›› 3. Estafeta Mega
Opção 3 – Em Deslocamento: a pés juntos,
pé-coxinho ou alternando apoios Organização:
›› Organizar ao longo de uma recta,
percursos de 10 a 15 metros, para que
3. Exercícios de Coordenação e o aluno transporte 3 objectos (arcos),
um de cada vez, totalizando 5 percursos
Frequência Gestual
cada aluno;
›› Vence a equipa que colocar os 3 objec-
Descrição:
tos (arcos) no cone final;
›› O aluno realiza uma tarefa, procurando
›› O número de percursos é ajustável, à
realizar a destreza no menor tempo
distância disponível.
possível.
›› Podem ser realizados exercícios va-
Material Necessário:
riados utilizando arcos, cones, cordas,
›› 2 Cones por equipa;
barreiras baixas.
›› 3 Arcos por equipa;
›› Cones.
26 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 27
CORRER CORRER
3. Repetições de Corridas de
Velocidade
Descrição:
›› Competição directa entre alunos, por
vagas, numa distância de 10 a 30 me-
tros.
2. Corridas de Perseguição
Descrição:
›› 1 parte à frente do outro (±2 metros) ,
que tenta alcança-lo antes de um local
determinado (10 a 20 metros).
›› Pode realizar-se simultaneamente com
vários grupos de pares de alunos.
2. Corridas de Perseguição
Descrição:
›› O perseguidor corre uma distância de
15 metros antes de uma marca coloca-
da a 5 metros do perseguido, que parte
quando o perseguidor passa na marca.
O perseguidor tenta alcançar o colega.
›› Distância máxima percorrida pelo per-
seguidor, de 50 metros.
Objectivo:
›› Correr o mais rápido possível. (ver Critérios de êxito: [1]
tabela de referência em Documento ›› De acordo com a tabela de referência
Orientador do projecto Mega Sprinter em Documento Orientador do projecto
2010-2011). Mega Sprinter 2010-2011.
[2] [3]
[4] [5]
34 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 35
CORRER CORRER
Sequência 1. Aplicação da força do pé no bloco 4. Desenvolvimento da Velocidade
de ensino da frente. (Capacidade de Aceleração e
Velocidade Máxima)
Descrição:
›› O aluno realiza a Partida de Pé a um Aceleração
estímulo sonoro, com apoio do pé no
bloco da frente. Objectivo:
›› Estimular o desenvolvimento técnico
Objectivo Critério de êxito: e condicional das manifestações de
(exercícios 1,2 e 3): ›› extensão da perna dianteira na saída. velocidade.
- Realizar a
aprendizagem da 2. Aplicação da força do pé no bloco Descrição:
partida de blocos,
da frente e apoio no solo de uma das ›› O aluno empurra um colega, apoiando
com efectivo
aproveitamento dos mãos, condicionando o ângulo de as mãos nas costas do mesmo;
Critérios de êxito:
saída. Critério de êxito: ›› O aluno empurrado oferece uma resis-
tácos para realizar ›› Extensão da perna dianteira na saída;
›› Extensão da perna dianteira na saída; tência moderada ao deslocamento.
força, incidindo no ›› Avanço rápido da perna traseira, com
nível elementar nas Descrição: ›› Avanço rápido da perna traseira, com trajectória rasante do pé.
acções da perna da ›› O aluno realiza a Partida a três apoios a trajectória rasante do pé; Velocidade Máxima
frente. um estímulo sonoro, com apoio do pé ›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da pro-
no bloco da frente. jeção vertical do centro de gravidade. Descrição: Critérios de êxito:
No nível Elementar, intro-
›› O aluno realiza um percurso de 10 me- ›› De acordo com os aspetos fundamen-
duzem-se exercícios mais
tros à velocidade máxima, precedido de tais da corrida à velocidade máxima.
analíticos e específicos.
uma aceleração de 20 metros.
Descrição: Objectivo:
Objectivo (exercícios
›› O aluno realiza a Partida de Pé a um ›› Estimular o desenvolvimento condicio-
1,2 e 3): - Desenvolver nal das manifestações de velocidade.
estímulo sonoro, com apoio do pé no
a capacidade de
exercer força nos bloco de trás.
Critérios de êxito:
blocos, incidindo no Observações: - No
Critério de êxito: ›› Extensão da perna de impulsão. Aceleração
nível avançado na nível Avançado, os
utilização da perna do ›› Pressionar o bloco traseiro. exercícios aumentam
›› Ação enérgica dos braços coordenada
bloco de trás. a incidência com as pernas
condicional.
2. Aplicação da força do pé no bloco Critérios de êxito: Velocidade Máxima
de trás e apoio no solo de uma das ›› De acordo com os aspetos fundamen- Velocidade máxima
mãos, condicionando o ângulo de tais da corrida à velocidade máxima.
saída Critério de êxito:
No nível avançado, os
›› Pressionar o bloco traseiro;
aspectos condicionais
Descrição: ›› Avanço rápido da perna traseira, com
5. Corrida de Velocidade com
assumem uma maior
preponderância, ›› O aluno realiza a Partida a três apoios a trajectória rasante do pé; partida de blocos Objectivo:
consolidando as um estímulo sonoro, com apoio do pé ›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da ›› Correr o mais rápido possível
aprendizagens no bloco de trás. projeção vertical do centro de gravida- Descrição:
técnicas já adquiridas, de. ›› O aluno realiza uma corrida de velocida- Critérios de êxito:
procura-se neste nível de, com partida de blocos; ›› De forma a interligar as várias fases da
uma aplicação das ›› A actividade realiza-se em competição corrida (partida, aceleração e velocida-
forças de forma a directa ou por registo de tempo. de máxima), de acordo com o modelo
potenciar a prestação
técnico apresentado.
do aluno.
3. Partida de Blocos
Critério de êxito:
Descrição:
›› Extensão da perna dianteira na saída;
›› O aluno realiza a Partida a 4 apoios a um
›› Pressionar o bloco traseiro;
estímulo sonoro, com apoio do pé no
›› Avanço rápido da perna traseira, com
bloco de trás.
trajectória rasante do pé;
›› A utilização de várias linhas de partida
›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da
serve para adaptar a posição de partida
projeção vertical do centro de gravida-
do aluno sem alterar a posição do bloco.
de.
Nível Avançado:
Em corrida de estafetas (4 x 60 m, 4 x 80 m, 4 x 100 m), entrega o
testemunho, sem desaceleração nítida na zona de transmissão,
utilizando a técnica descendente e/ou ascendente, e recebe-o
em aceleração sem controlo visual.
REGULAMENTO ESPECÍFICO:
[2] [3]
Colocação do receptor, com controlo visual sobre o transmissor. O receptor inicia a sua corrida, quando o transmissor se aproxima.
›› Uma equipa é constituída por 4 elementos;
›› O testemunho tem de percorrer todo o percurso da prova, e
consiste num tubo liso, de secção circular, feito de madeira,
metal ou outro material rígido, com um comprimento entre
28 e 30 cm, não devendo pesar menos de 50 gramas;
›› Sempre que o testemunho caia, tem de ser apanhado pelo
último atleta que o transportava, podendo este abandonar
a sua pista, se desta forma não prejudicar ninguém;
›› Para as restantes situações, os atletas devem manter-se
nos seus corredores durante a corrida e até que todas as
transmissões se efectuem, de modo a não prejudicarem os
outros participantes;
›› Em todas as corridas de estafetas, o testemunho tem de ser
transmitido dentro de uma zona de transmissão de 20 m de [4] [5]
comprimento; O receptor mantém o controlo visual sobre o transmissor, apresentado a mão. Entrega do testemunho em corrida e com controlo visual.
›› Nas corridas de estafetas até aos 4x100 metros (inclusivé), é
permitido que os concorrentes, com a excepção do primei-
ro, utilizem uma zona de aceleração (facultativa) até um
máximo de 10m.
[6] [7]
Concretiza-se a transmissão da mão direita do transmissor para a mão O receptor troca o testemunho para a mão direita.
esquerda do receptor.
40 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 41
CORRER CORRER
Sequência 1. Transmissão com controlo visual Nível Corrida de Estafeta 4x60 metros,
de ensino visual, parado
›› O recetor vai buscar o testemunho com elementar com transmissão sem controlo visual
na zona de transmissão
Descrição: o polegar virado para cima;
›› Os Alunos realizam uma estafeta ›› Depois de ter o testemunho em seu
Transmissão sem controlo Visual,
vaivém, passando por trás de um cone poder, o recetor deve troca-lo para a
mão direita. sem zona de balanço
colocado no fim da sua fila;
Determinantes • Preparação prévia:
›› Chamar à atenção para a utilização da
mão direita por parte do transmissor e a Objectivo: técnicas 1. O recetor coloca uma marca no solo, a cerca de 4-5 metros do
›› Introdução do testemunho e aprendiza- início da zona de transmissão;
mão esquerda pelo recetor;
gem da colocação das mãos do trans- 2. Posicionamento do recetor, junto ao início da zona de trans-
›› O percurso realiza-se no sentido dos
missor e recetor. missão;
ponteiros do relógio;
• À passagem do transmissor pela marca: (Figura 1)
›› O recetor deve dar um passo lateral-
Critérios de êxito: 3. O recetor arranca quando o transmissor passa pela marca,
mente, de forma a destacar-se dos
›› O recetor coloca a mão de forma bem acelerando sem olhar para trás;
demais alunos na fila;
visível para o transmissor, com o po- • Transmissão: (Figura 2, 3 e 4)
›› Distância a percorrer por cada aluno
legar da mão recetora orientado para 4. O transmissor solicita a mão do recetor com um sinal sonoro
deve ser de cerca de 40 metros;
cima e a palma da mão voltada para o de “mão” ou “toma”, quando está à distância exacta para a
›› O testemunho é apresentado na vertical
transmissor. entrega;
ao recetor;
5. O recetor estende o braço para trás (de acordo com a técnica
utilizada) para o transmissor lhe entregar o testemunho;
6. O transmissor e recetor deverão coordenar a sua velocidade
de forma a optimizar a velocidade de transmissão do teste-
munho;
7. Ambos os corredores devem utilizar mãos alternadas na
transmissão (da direita do transmissor para a esquerda do
recetor ou vice versa);
8. Para que os participantes não tenham necessidade de trocar
o testemunho de mão, o 1º e 3º percurso (em curva nos
4x100m), o concorrente corre com o testemunho na mão di-
reita, correndo encostado ao bordo interior da pista, e o 2º e
4º percursos, o concorrente corre com o testemunho na mão
2. Aprendizagem Transmissão com esquerda, encostados ao bordo exterior da pista.
Controlo visual e em movimento
›› O recetor deve adaptar a sua velocidade
Descrição: à do transmissor.
›› A partir da situação anterior, introduzi-
mos uma zona de transmissão (a Objectivo:
Situação Competitiva: cinzento), para que os alunos realizem a ›› Transmissão do testemunho com o
- Cronometrar cada transmissão em movimento. recetor em deslocamento.
aluno individualmente ›› Quando o aluno vê o transmissor no
a realizar um percurso; final da fila começa a correr. Critérios de êxito:
- Comparar a soma ›› A entrega/receção deve ser realizada
dos tempos individuais
›› O recetor recebe o testemunho em des-
em deslocamento e dentro da Zona de locamento, de acordo com o modelo
com o tempo transmissão. [1] [2]
realizado pela equipa, técnico apresentado.
verificando o nível
de optimização das
transmissões.
[3] [4]
42 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 43
CORRER CORRER
Existem 2 técnicas de transmissão 2. Aprendizagem da transmissão ›› Se o erro se verifica na execução da
do testemunho: Ascendente e Des- Descendente em deslocamento. técnica de transmissão, corrige-se com
cendente. o exercício anterior.
Descrição: ›› Método interior e exterior (direita e
Técnica de Transmissão Descendente: Situação Competitiva: ›› Os Alunos, em grupos de 2, realizam a esquerda).
›› É a técnica de transmissão mais eficaz; - Cronometrar cada entrega do testemunho dentro da Zona
›› Actualmente é a técnica de transmissão aluno individualmente a de Transmissão. Objectivo:
utilizada pela generalidade das melho- ›› O recetor deve partir quando o trans- ›› Realizar o transfere da aprendizagem
realizar a distância total
res equipas internacionais. missor passa na marca de saída (cone da técnica de transmissão descendente,
(40/50/60 metros); em situações de baixa intensidade para
vermelho);
- Comparar a soma dos uma situação de exercício a velocidade
›› O recetor coloca a palma da mão ›› O recetor deve acelerar à sua capacida-
tempos individuais com o de máxima; quase-máxima.
oblíqua e para cima, com o polegar a
apontar para baixo; tempo realizado pelo par ›› Se o erro é na sincronia de velocidades,
›› O transmissor transmite o testemunho (2x 20/25/30 metros), corrige-se com a mudança na marca de Critérios de êxito:
num movimento rápido de trás para a verificando o nível de saída: ›› A transmissão realiza-se, de acordo com
frente e de cima para baixo, estendendo optimização das trans- ›› Se o recetor é apanhado muito cedo, a técnica definida, dentro da zona de
o braço. missões. afasta-se a marca de saída; transmissão;
›› Se o recetor não é apanhado aproxima- ›› A transmissão realiza-se a uma veloci-
Técnica de Transmissão Ascendente: se a marca de saída. dade “ótima”.
›› Muitas vezes utilizada em contexto
escolar ou em equipas de formação;
›› Não é necessário dominar esta forma de
transmissão para introduzir a técnica de
transmissão descendente.
Objectivo:
›› Aprendizagem da transmissão do teste-
munho com técnica descendente.
Objectivo:
›› Realizar o transfere das aprendizagens
anteriores, para uma situação “formal”
de competição.
CORRIDAS Determinantes
técnicas
A corrida com barreiras é uma corrida de velocidade, com obstá-
culos que têm que ser transpostos com a menor perda de tempo.
Para optimizar a transposição das barreiras é necessário ter em
COM BARREIRAS atenção as seguintes determinantes técnicas.
caixas de cartão
SALTAR
[5] [6]
Observações: Observações:
›› Utilizar referências visuais com um afas- ›› Primeiro em saltos muito rápidos e
tamento progressivo curtos e, mais tarde, sobre referências
visuais.
60 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 61
SALTAR SALTAR
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11]
62 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 63
SALTAR SALTAR
Nível Salto em Comprimento, com 3. Salto com 4 a 6 passos (sobre elástico)
introdução impulsão numa zona de chamada,
Objetivo:
com 6 a 10 passos de balanço ›› Aprendizagem da queda a 2 pés. (±60x60cm);
›› Aprendizagem da recolha da perna de ›› Fixa a posição (fletida) da perna livre até
1. Corre e Salta
chamada (que deve fletir quando avança passar o elástico;
Sequência para junto da perna livre). ›› Cai com os dois pés, amortecendo a
Objectivo:
de ensino ›› Diferenciar a passada de corrida da pas- Critérios de êxito: receção.
sada de salto (ligação corrida-chamada) ›› Chamada com apoio de toda a planta Descrição:
do pé. ›› Com 4 a 6 passos de corrida, saltar ultra- Material / Observações:
pelo condicionamento do espaço e
›› Avanço e elevação enérgica da coxa passando um elástico com ±40cm de ›› Materialização de uma zona de chama-
diferenciação do ritmo.
da perna livre, com fixação do joelho altura e colocado a cerca de 1,5m do local da antes da caixa de areia ou colchão de
flectido. de chamada. Ao passar sobre o elástico, queda.
Descrição:
Nos saltos a fase recolher a perna de chamada para rece- ›› Colocação do elástico de forma a pro-
›› Correr, saltar, correr, saltar… ultrapas-
mais importante é Material / Observações: cionar a dois pés, com amortecimento. vocar um salto relativamente alonga-
sando obstáculos horizontais (1 a 2m)
a ligação corrida- ›› Obstáculos horizontais mas, preferen- do (embora de modo a também não
e espaçados de forma a permitir 3 a 5
impulsão, a chamada. cialmente, com alguma altura (10- Critérios de êxito: provocar receio).
Para isso o aluno
passos de corrida entre os obstáculos.
Pedir velocidade de corrida (pode usar- 20cm). ›› Realiza o nº de passos solicitado,
deve desenvolver impulsionando na zona de chamada
um conjunto de se em forma de estafeta).
acções fundamentais
para o melhor
aproveitamento da
capacidade de salto.
Para desenvolver
esta capacidade
é fundamental
realizar a tarefa com
corrida limitada,
a uma velocidade 4. Salto completo com 6 a 10 passos
mais baixa, antes de
procurar fazê-lo a uma Objetivo:
intensidade superior. ›› Aprendizagem do movimento comple- na zona de chamada;
Para que o aluno se to com um pouco mais de velocidade. ›› Realiza o salto de acordo com os objec-
centre na realização 2. Saltar c/ queda em afundo
tivos deste nível de aprendizagem.
das acções motoras Descrição:
e não nas restrições Objetivo:
›› Fixa a posição da perna livre no final da ›› Saltar com 6 a 10 passos de corrida, Material / Observações:
regulamentares, no ›› Diferenciar as ações da perna de cha-
chamada; com início a pé fixo e chamada numa ›› Materialização de uma zona de chama-
nível de introdução, a mada e da perna livre.
chamada realiza-se ›› Mantém o equilíbrio. zona de ±60x60cm. da antes da caixa de areia ou colchão de
numa zona. queda;
Descrição:
Material / Observações: Critérios de êxito: ›› Limitação da corrida ao nº de passos
›› Com 4 passos de corrida, saltar para
›› Colchão de queda (ginástica); ›› Acelera progressivamente, realizando o solicitado.
cima de um colchão de queda, rececio-
›› Giz ou sinalizadores para demarcar a nº de passos solicitado e impulsionando
nando em posição de afundo.
distância entre a chamada e o colchão.
Critérios de êxito:
›› Estende a perna de chamada;
Objetivo:
›› Enfatizar a ação dos braços na ação mo-
tora (e não apenas equilibradora).
4. Salto em Comprimento
Critérios de êxito:
2. Super salto Critérios de êxito: Objetivo: ›› Acelera, aumentando a cadência no
›› Fixa a posição final da chamada e re- ›› Aperfeiçoamento do movimento com- final e impulsionando na tábua de
Objetivo: cupera a perna de chamada apenas na pleto, utilizando uma corrida de balan- chamada.
›› Controlar o equilíbrio durante o voo. fase descendente da trajetória, esten- ço marcada. ›› Realiza o salto de acordo com os objeti-
dendo e rodando os braços de cima vos deste nível de aprendizagem.
Descrição: da cabeça para a frente e para baixo, Descrição:
›› Com 6 a 8 passos de corrida, saltar a controlando o equilíbrio. ›› Saltar com 12 a 14 passos de corrida, Material / Observações:
partir de uma caixa com ±10cm de com início a pé fixo e chamada na tábua ›› Limitação da corrida ao nº de passos
altura, de forma a aumentar o tempo de Material / Observações: de salto (ou linha com 20cm de largura). recomendado.
voo. ›› Caixa c/ ±10cm de altura e pelo menos ›› Receção na caixa de areia.
com ±60x60cm de lado.
›› Receção na caixa de areia.
Salto em Comprimento, com Técnica de salto na passada e c/ 12-14 passos de corrida de balanço
TRIPLO SALTO
Referências Programáticas:
Nível Avançado:
[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12]
[13] [14] [15] [16] [17] [18] [19] [20] [21] [22]
Nível Avançado:
Salta em altura com a técnica de Fosbury Flop, aumentando a
velocidade da corrida na entrada da curva e inclinando o corpo
para o interior desta. Acompanha a impulsão enérgica e vertical
com a elevação ativa dos ombros e braços. “Puxa” energicamente
as coxas com extensão das pernas (corpo em “L”) na fase des-
cendente do voo, para receção de costas no colchão com braços
afastados lateralmente.
›› Chamada:
7. A chamada realiza-se perto do 1º poste, no final da curva; (Fig.
4)
8. O saltador começa a chamada com o corpo alinhado e inclina-
[6] [5] [4] [3] [2] [1]
do para o interior da curva e os ombros atrasados em relação
às ancas; (Fig.4)
9. Colocar o pé de chamada apoiado com toda a planta, de
forma rápida e activa, no alinhamento da corrida em curva,
obliquamente à fasquia; (Fig. 4)
10. Realizar um movimento de extensão muito ativa de todas
as articulações da perna de chamada (anca, joelho e pé),
enquanto a coxa da perna livre avança rapidamente até a ho-
rizontal, com o joelho apontado ligeiramente para o interior
da curva; (Fig. 5)
11. Os braços atuam de forma rápida, com uma micro-pausa no
final da chamada – a sua ação pode ser com um braço condu-
tor do movimento ou com uma ação simultânea, elevando-se
até à altura da cabeça. (Fig. 5)
Objetivo: Objetivo:
›› Realização do movimento completo ›› O joelho da perna livre atua para o inte- ›› Aumentar o tempo de voo e aumentar a
aproximado. rior da curva. perceção e controlo das rotações adqui-
›› Forma um pequeno arco dorsal e esqui- ridas durante a chamada.
Descrição: va os pés fletindo as ancas e estenden-
›› Mantendo a estrutura de corrida em do as pernas para cima. Descrição: ›› Os segmentos livres ajudam na ação de
“J” previamente definida, evoluir para ›› Mantendo o enquadramento e a es- impulsão;
o salto completo com 5 a 8 passos de Material / Observações: trutura de corrida em “J” definidos no ›› Forma um arco dorsal sobre a fasquia
corrida. ›› Colchão; postes; elástico ou fasquia; nível elementar, saltar, com 5-6 passos e esquiva os pés com um movimento
sinalizadores e giz; de corrida, realizando a chamada sobre ativo.
Critérios de êxito: ›› Manter a marcação do percurso em uma caixa com 10-15cm de altura colo-
›› Realiza a chamada com o pé certo e no curva, das marcas de início de corrida e cada no local adequado. Material / Observações:
local adequado. da zona de chamada proibida. ›› Colchão; postes; elástico ou fasquia;
Critérios de êxito: caixa; sinalizadores e giz.
›› Realiza a chamada após corrida pro- ›› Marcar o percurso em curva e assinalar
gressivamente acelerada; as marcas de início da corrida.
Objetivo:
›› Aprender a marcar a própria corrida de
balanço;
›› Correr com um ritmo adequado e con-
“Fosbury Flop” c/ 5-8 passos de corrida de balanço (4 em curva) sistente.
Descrição:
Nível Salto em Altura, com técnica
avançado
›› Mantendo a estrutura definida no nível
“Fosbury Flop” elementar, aumentar a corrida para 7-9
passos e praticar a corrida com chama-
1. Corre e salta em curva da (sem transposição); - Colocar marcas
no início da corrida e no início da curva. das de forma consistente.
No nível avançado Objetivo: Medir a corrida (A+B+C).
Material / Observações: ›› O ritmo é progressivo e adequado para
procura-se a ›› Enfatizar a verticalização da impulsão,
›› Sinalizadores ou giz; objeto alto (ex.: saltar com dinamismo.
consolidação dos adquirindo as sensações do efeito da Critérios de êxito:
aspectos técnicos curva na chamada. tabela de basquetebol). ›› O pé de chamada é colocado no local Material / Observações:
abordados no nível ›› Acentuar a ação dos segmentos livres. correto.
anterior, procurando
›› Colchão; postes; elástico; sinalizadores
›› Realiza corridas semelhantes e ajusta- e giz.
potenciar a ligação Descrição:
corrida-impulsão ›› A partir de uma corrida em curva, reali-
através de uma corrida 4. “Fosbury flop” com 7-9 passos
zar chamadas tocando alto.
de balanço ajustada e
a um aproveitamento Objectivo:
acções propulsivas. Critérios de êxito: ›› Realização do movimento completo,
›› Chamada com o apoio de toda a planta dos segmentos livres.
com maior velocidade e com a corrida
do pé e no sentido da corrida. ›› Transpõe a fasquia com o corpo arque-
ajustada.
›› Os segmentos livres (perna e braços) ado
ajudam na ação de impulsão, efetuando ›› Cai sobre a zona dorsal superior.
Descrição:
um movimento rápido e enérgico. ›› Salto completo utilizando a corrida indi-
Material / Observações:
vidual, marcada no exercício anterior.
›› Colchão; postes; elástico ou fasquia;
sinalizadores e giz.
Critérios de êxito:
›› Os alunos marcam a sua própria corrida,
›› Corrida ajustada, acelerando o ritmo
com uma marca de início de corrida e
durante a curva.
outra de início da curva.
›› Ajuda a chamada com a elevação activa
›› Manter a zona de chamada proibida.
84 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 85
SALTAR LANÇAR
LANÇAR
LANÇAR
Lançar corresponde à capacidade de pro-
jetar um objeto / engenho a uma deter-
minada distância. Os lançamentos podem
ser analisados de acordo com as seguintes
fases:
Movimentação:
- Rodar o corpo na direção do sector de que-
da e lançar a bola apenas com uma mão;
Opção 1 Opção 2
Opção 1 Opção 2
Opção 1 Opção 2
Colocação dos apoios na posição de força (inicial e final)
2. Lançamento da posição de força
to levantado; Ponta do pé esquerdo
Objetivos Específicos: alinhada com o calcanhar direito; Olhar
›› Lançar o peso após utilização das per- para o local oposto ao sector de queda;
nas e tronco Braço esquerdo a apontar para o local
Critérios de êxito: oposto ao sector de queda;
›› Frontalizar a anca e o peito antes de ›› Movimentação: - Passar de uma posição
utilizar o braço; lateral para uma posição frontal, pela
›› terminar o lançamento com os pés em rotação da anca no sentido do lança-
contacto com o solo e a perna esquerda mento; Após o aluno estar de frente
em extensão; para a zona de queda, o peso é arre-
messado utilizando para isso apenas a
Descrição: mão dominante;
›› Posição Inicial: - Peso do corpo sobre- ›› Posição Final: - Perna esquerda em ex-
tudo na perna direita, calcanhar direi- tensão; Ambos os pés em contacto com
o solo;
96 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 97
LANÇAR LANÇAR
3. Lançamento iniciando o
movimento de costas para a zona de
queda
Descrição:
›› Igual ao exercício n.º 2 do nível Intro- Material a utilizar:
No nível avançado dução, mas com dois passos frontais de ›› Bola medicinal
a aprendizagem balanço prévio.
centra-se no balanço,
solicitando aos alunos
que realizem um
deslocamento prévio,
com passagem pela
posição de força,
a partir da qual se 4. Lançamento iniciando o
realiza o lançamento. movimento de costas para a zona de
queda (saída com pernas juntas)
Descrição:
no sentido do lançamento; e após o
›› Posição Inicial: Peso colocado junto
aluno estar de frente para o sector de
ao pescoço; peso do corpo sobretudo
queda, o peso é arremessado utilizando
na perna direita e ligeira inclinação do
para isso apenas a mão dominante;
corpo atrás;
2. Lançamento partindo de uma ›› Posição Final: Perna esquerda em exten-
›› Movimentação: Recuar o pé direito que
posição lateral, com 2 passos de são; e ambos os pés em contacto com
se desloca no sentido do lançamento;
balanço o solo;
de seguida recuar o pé esquerdo assu-
mindo aí uma posição lateral (posição
Descrição: Material a utilizar:
Material a utilizar: de força); passar da posição lateral para
›› Igual ao exercício n.º 3 do nível Intro- ›› Peso.
›› Bola medicinal a posição frontal, pela rotação da anca
dução, mas com dois passos laterais de
balanço prévio.
Exercícios Analíticos:
1. Lançamento da bola de ténis
mente acima da cabeça;
Descrição: ›› Deve terminar o lançamento com a
›› O aluno lança uma bola de ténis o mais perna esquerda em extensão;
Opção 1 Opção 2
longe possível.
Observações:
›› Pode realizar-se a atividade procurando Formas Jogadas:
Critérios de êxito:
›› Inicia o movimento com a perna direita que a bola ressalte numa parede caso
não exista uma zona de queda com 1. Transposição do Obstáculo
fletida.
›› Antes de iniciar o lançamento o braço dimensão suficiente;
›› Pode realizar-se o exercício como forma Organização: Observação:
lançador deve estar em extensão ou
jogada, definindo uma escala de pontu- Lançamento de bola de ténis com o objeti- ›› Forma jogada aconselhável para o nível
com uma flexão muito reduzida;
ação na zona de queda vo de transpor um obstáculo alto (exem- de introdução e elementar.
›› Quando lança deve passar a bola clara-
plo uma vedação ou corda);
Definir níveis do concurso (ex. a 5, 10, 15,
20, 25 e 30 metros do obstáculo a trans-
por);
O aluno tem três tentativas para conseguir
transpor a vedação em cada um dos níveis
(regras semelhantes ao salto em altura);
Vencem os alunos que consigam atingir o
objetivo no nível mais elevado;
Material Necessário:
›› Bolas de ténis;
›› Cones para marcação dos níveis;
2. Lançamentos a duas mãos com
bola de basquetebol ›› Pode realizar-se o exercício como forma 2. “Acertar no Arco”
jogada, definindo uma escala de pontu-
Objetivos Específicos: ação na zona de queda Objetivo:
›› Aprendizagem da ação do braço lança- ›› Aprendizagem e estabilização da pega;
dor e desenvolvimento da força especí- Descrição: (Opção 2) ›› Adaptação e controlo do engenho;
fica; ›› Partindo de uma posição frontal, com
o pé esquerdo avançado em relação ao Organização:
Descrição: (Opção 1) direito, a bola segura pelas duas mãos ›› À medida que vai conseguindo colocar
›› De joelhos, com a bola segura pelas e os cotovelos fletidos, lançar o mais o dardo dentro do arco mais próximo
duas mãos e os cotovelos fletidos, lan- longe possível; o aluno avança de nível para um arco
çar o mais longe possível; mais distante ou de menor diâmetro.
Critérios de êxito: ›› O jogo termina quando alguém atingir
Critérios de êxito: ›› Larga a bola o mais alto possível; o nível mais exigente.
›› Largar a bola o mais alto possível; ›› Termina o lançamento com ambos os
pés em contacto com o chão; Material:
Observações: ›› Termina o lançamento com a perna ›› Dardos e Arcos
›› O aluno deve realizar o exercício em esquerda em extensão;
cima de um colchão e terminá-lo em Pode realizar-se o exercício como forma Observação:
queda facial; jogada, definindo uma escala de pontua- ›› Forma jogada aconselhável para o nível
ção na zona de queda avançado.
100 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 101
LANÇAR LANÇAR
ARREMESSO DE BOLA
Referências Programáticas:
Nível Introdução:
Lança a bola (tipo hóquei ou ténis) dando 3 passos de balanço
em aceleração progressiva, com o braço fletido e o cotovelo mais
alto que o ombro (na direção do lançamento).
Nível Elementar:
Lança a bola (tipo hóquei), com quatro a sete passos de balanço
em aceleração progressiva. Executa os três passos finais com os
apoios e ritmo corretos, com a mão à retaguarda e o braço em
extensão, realizando o último apoio pelo calcanhar da perna
contrária. Determinantes Lançamento do Dardo
técnicas
Pega do Engenho
LANÇAMENTO DO DARDO 1. Existem duas formas principais de
pegar no dardo (Fig. 1 e 2), em ambas:
Nível Avançado: 2. O dardo é colocado na mão na diago-
Lança o dardo, após seis a dez passos de balanço, executando nal;
corretamente a pega e o ritmo dos cinco passos finais. Avança 3. O polegar e o indicador (ou médio,
a bacia e o ombro do lado do dardo (bloqueio do movimento caso se opte pela pega da fig. 2) de-
sobre o eixo do pé da frente), no momento do último apoio, vem estar em contacto com o corpo [1] [2]
mantendo o cotovelo e o dardo à retaguarda, para forte ação de do dardo e com o início do encordo-
“chicotada” do braço (por cima do ombro), trocando a posição amento.
dos pés na parte final, mantendo-se em equilíbrio. 4. A pega deve ser feita de uma forma
REGULAMENTO ESPECÍFICO: confortável e descontraída.
›› O sector de lançamento corresponde a um corredor de ba-
lanço e uma zona de queda; Corrida Frontal: (Fig. 3)
›› A bola ou dardo tem que ser empunhado com uma só mão; 5. O ritmo da corrida deve ser lento;
›› Os atletas não podem usar luvas; 6. A bola/dardo deve ser transportado
›› A bola ou dardo devem ser lançados por cima do ombro, ou acima da cabeça, na projeção vertical
do seu plano, não podendo ser lançada em movimento de do ombro;
rotação ou arremessada como um peso; 7. O braço lançador deve estar ligeira-
›› Durante o lançamento, o atleta não pode virar as costas para a área mente fletido;
de queda; só o poderá fazer após o engenho ter sido lançado; 8. No final da corrida frontal o braço
›› A medição do lançamento é feita desde o local onde a bola lançador deve ser colocado atrás
ou ponta metálica do dardo tocou no solo pela primeira vez, iniciando-se a:
até à margem interna do arco, ao longo de uma linha reta
Corrida Lateral: (Fig. 4)
que vai desde o local do contacto até ao centro do círculo [3]
do qual o arco faz parte. 9. Com o braço direito em extensão
›› Todos os participantes têm direito a efetuar 3 lançamentos. atrás;
Após esta fase, os 8 primeiros classificados têm direito a 10. A palma da mão deve ficar voltada
mais 3 tentativas; para cima;
›› No final do concurso, os concorrentes são classificados de 11. A mão à altura do ombro ou ligeira-
acordo com o seu melhor lançamento; mente acima;
›› O lançamento é considerado nulo quando: 12. A velocidade da corrida deve ser au-
›› O concorrente toca o solo para além da linha delimitadora mentada progressivamente até ao:
da zona de balanço;
›› O engenho cair fora do sector de queda; Passo de Impulso: (Fig. 5, 6, 7 e 8)
›› O atleta abandonar o corredor antes de o engenho cair no solo; ›› Que deve ser realizado com o pé es-
›› Depois de lançar, o primeiro contacto do atleta com o querdo (destros), de uma forma rasante
e com perda mínima de velocidade
[4]
exterior da pista de balanço for feito após a linha branca
marcada de cada lado do corredor;
102 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 103
LANÇAR LANÇAR
Como se realizam as pegas de
vários engenhos, utilizados
na abordagem inicial dos
engenhos leves:
[5] [6]
Bola de Ténis
[7] [8]
Após o passo de impulso o lançador passa voltada para cima. (Fig. 9)
pela Posição de Força: ›› Os ombros e bacia ligeiramente inclina-
›› Mantendo o braço lançador atrasado e dos atrás, estando o ombro esquerdo Vortex
com ligeira flexão; (Fig. 8) acima do direito. É esta inclinação que
›› O peso do corpo na perna direita que determina o ângulo de saída do enge-
está fletida; (Fig. 9) nho; (Fig. 9)
›› A palma da mão lançadora deve estar
Dardo de Espuma
[9] [10]
De seguida dá-se a aceleração principal do mínima o mais tempo possível; (Fig. 10)
engenho: ›› Passando a mão lançadora claramente
›› Voltando a bacia e o peito na direção do acima da cabeça. (Fig. 11)
lançamento; (Fig. 10) ›› Executando uma extensão enérgica da
›› Mantendo o braço lançador com flexão perna esquerda (bloco). (Fig. 11 e 12)
[11] [12]
104 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 105
LANÇAR LANÇAR
Nível Lança a bola com 3. Lançamento com deslocamento a
introdução deslocamento lateral passo
Critérios de êxito:
Objetivo: ›› Manter a posição dos ombros e do en-
Sequência 1. Lançamento Frontal Critérios de êxito: genho ao longo do deslocamento;
›› Lançar o engenho com deslocamento a
de ensino ›› Iniciar o exercício com a mão lançadora velocidade muito reduzida; ›› Iniciar a ação do braço lançador depois
Objetivo: acima do nível do ombro; de o pé direito, a anca e o peito se volta-
›› Assimilar a passagem alta da mão lança- ›› Passar a mão lançadora acima do nível Descrição: rem para o local de queda;
dora da cabeça e na projeção vertical do ›› Lançar um engenho partindo e uma ›› Passar a mão lançadora acima do nível
Na abordagem dos
lançamentos de ombro. posição lateral em relação ao local de da cabeça e na projeção vertical do
Descrição: ›› Terminar com ambos os pés em apoio e queda e depois de dar dois passos de ombro.
engenhos leves, é
essencial centrar no ›› Voltado de frente para o local para onde com a perna esquerda em extensão. balanço a caminhar. ›› Terminar com ambos os pés em apoio e
nível de introdução a quer lançar, com o pé esquerdo avança- ›› A partir da posição inicial, avançar o pé com a perna esquerda em extensão.
ação de do em relação ao direito, o aluno lança Material: direito e depois o esquerdo, procuran-
lançamento de acordo uma bola contra uma parede. ›› Bolas de Ténis. do finalizar o deslocamento na posição Material / Observações:
com os elementos em que se iniciou o exercício anterior. ›› Bolas de ténis, hóquei, basebol ou vortex.
fundamentais
Opção 1: Partindo de uma posição lateral, lançar o engenho com dois passos de balanço, mas sem cruzar os pés.
Opção 2 Partindo de uma posição lateral, lançar o engenho com dois passos de balanço, com cruzamento dos pés.
106 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 107
LANÇAR LANÇAR
3. Lançamento com balanço
Lança a bola, com balanço
Nível Objetivo:
elementar 1. Deslocamento lateral ›› Realizar um lançamento, com corrida de
balanço prévia;
Sequência Objetivo: distância numa posição lateral, com ou
de ensino ›› Realizar deslocamentos laterais com sem engenho na mão; Descrição:
ritmo progressivo ›› Num corredor de balanço, realizar uma
Critérios de êxito: corrida lateral, seguida de lançamento.
Descrição: ›› Manter a posição dos ombros, bacia e
No nível elementar,
›› Correr ao longo de uma determinada engenho ao longo do deslocamento; Critérios de êxito:
após a consolidação
dos aspectos ›› Manter a posição dos ombros e enge-
fundamentais nho ao longo do deslocamento;
para realizar um ›› Só se inicia a ação do braço depois de o
lançamento com pé direito, a anca e o peito se voltarem
um engenho leve, para o local de queda;
a aprendizagem ›› Passar a mão lançadora acima do nível
centra-se na aquisição
da cabeça e na projeção vertical do
de uma estrutura
ombro.
rítmica que potencie a
ação do lançamento,
com o aumento
da velocidade de
execução.
Objetivo:
›› Lançar um engenho leve após desloca- apoio do pé direito e esquerdo no solo
mento com velocidade muito reduzida; e o lançamento.
Corrida de O aluno efetua uma corrida de estafetas de O aluno efetua uma corrida de estafetas de 4 x O aluno em corrida de estafetas (4 x 60 m, 4
Estafetas 4x50m, recebendo o testemunho, na zona de 60 m, recebendo o testemunho em movimento, x 80 m, 4 x 100 m), entrega o testemunho, sem
transmissão, com controlo visual e em movimento, na zona de transmissão e entregando-o, após desaceleração nítida na zona de transmissão,
entregando-o em segurança e sem acentuada sinal sonoro, com segurança e sem acentuada utilizando a técnica descendente e ou ascendente, e
desaceleração. desaceleração. recebe-o em aceleração sem controlo visual.
Corrida com O aluno realiza uma corrida (curta distância), O aluno efetua uma corrida de barreiras com O aluno efetua uma corrida de barreiras (50 m
Barreiras transpondo pequenos obstáculos (separados partida de tacos. “Ataca” a barreira, apoiando a 100 m), com partida de tacos, mantendo o
entre si com distâncias variáveis), combinando com o terço anterior do pé longe desta, facilitando a ritmo das três passadas entre as barreiras durante
fluidez e coordenação global, a corrida, a impulsão, elevação do joelho e a extensão da perna de ataque. toda a corrida, passando as barreiras com trajetória
o voo e a receção. Passa as barreiras com trajetória rasante, mantendo rasante, mantendo o equilíbrio, sem acentuada
o equilíbrio nas receções ao solo e sem desacelera- desaceleração.
ção nítida.
Salto em O aluno salta em comprimento com a técnica O aluno salta em comprimento com a técnica O aluno salta em comprimento com a técnica
Comprimen- de voo na passada, com corrida de balanço de voo na passada, com corrida de balanço de “voo na passada”, com corrida de balanço
to (6 a 10 passos) e impulsão numa zona de de oito a doze passadas e impulsão na ajustada. “Puxa” as pernas para a frente e os braços
chamada. Acelera progressivamente a corrida tábua de chamada. Aumenta a cadência nas (paralelos) para a frente e para baixo, na parte final
para apoio ativo e extensão completa da perna de últimas passadas para realizar uma impulsão do voo, inclinando o tronco à frente para receção na
impulsão; eleva energicamente a coxa da perna eficaz, mantendo o tronco direito. “Puxa” a perna caixa de saltos.
livre, projetando-a para a frente, mantendo-a em de impulsão para junto da perna livre na fase
elevação durante o voo (conservando a perna de descendente do voo, tocando o solo, o mais longe
impulsão atrasada); queda a pés juntos na caixa possível, com flexão do tronco à frente.
de saltos.
Salto em O aluno salta em altura com a técnica de O aluno salta em altura com técnica de O aluno salta em altura com a técnica de
Altura tesoura, com 4 a 6 passos de balanço. Apoio Fosbury Flop, com cinco a oito passadas de Fosbury Flop, aumentando a velocidade da corrida
ativo e extensão completa da perna de impulsão balanço, sendo as últimas três/quatro em curva. na entrada da curva e inclinando o corpo para o
com elevação enérgica e simultânea dos braços Apoia ativamente o pé de chamada no sentido da interior desta. Acompanha a impulsão enérgica e
e perna de balanço; transposição da fasquia com corrida, com elevação enérgica da coxa da perna vertical com a elevação activa dos ombros e braços.
as pernas em extensão e receção em equilíbrio no livre, conduzindo o joelho para dentro (provocando “Puxa” energicamente as coxas com extensão das
colchão de quedas ou caixa de saltos. a rotação da bacia). Transpõe a fasquia com o pernas (corpo em “L”) na fase descendente do voo,
corpo ligeiramente “arqueado”. Flexão das coxas para recepção de costas no colchão com braços
e extensão das pernas na fase descendente do afastados lateralmente.
voo, caindo de costas no colchão com os braços
afastados lateralmente.
Lançamento O aluno lança de lado e sem balanço, o peso de O aluno lança o peso de 3 kg/4 kg, de costas O aluno lança o peso de 3 kg/4 kg, de um
do Peso 2/3kg, apoiando na parte superior dos metacarpos (duplo apoio) e sem balanço, num círculo de círculo de lançamentos, com a pega correcta,
e nos dedos, junto ao pescoço, com flexão da perna lançamentos. Roda e avança a bacia do lado do encadeando o deslizamento com o lançamento.
do lado do peso e inclinação do tronco sobre essa peso com extensão total (das pernas e do braço Desliza (de costas) com o ritmo de apoios “curto e
perna. Empurra o peso para a frente e para cima, do lançamento), para empurrar o engenho para a longo” rasante ao solo. Roda e avança a bacia do
com extensão da perna e braço do lançamento e frente e para cima, mantendo o cotovelo afastado lado do peso com extensão da perna, empurrando
avanço da bacia, mantendo o cotovelo afastado em em relação ao tronco. o engenho com extensão total dos segmentos e
relação ao tronco. flexão da mão, trocando de pés, após a saída do
peso, em equilíbrio.
Arremesso O aluno lança a bola (tipo hóquei ou ténis) dando O aluno lança a bola (tipo hóquei), com quatro O aluno lança o dardo, após seis a dez passos
de Bola / 3 passos de balanço em aceleração progressiva, a sete passos de balanço em aceleração de balanço, executando correctamente a pega e
Lançamento com o braço flectido e o cotovelo mais alto que o progressiva. Executa os três passos finais com os o ritmo dos cinco passos finais. Avança a bacia e o
do Dardo ombro (na direção do lançamento) apoios e ritmo correctos, com a mão à retaguarda e ombro do lado do dardo (bloqueio do movimento
o braço em extensão, realizando o último apoio pelo sobre o eixo do pé da frente), no momento do
calcanhar da perna contrária. último apoio, mantendo o cotovelo e o dardo à
retaguarda, para forte ação de “chicotada” do braço
(por cima do ombro), trocando a posição dos pés na
parte final, mantendo-se em equilíbrio.
112 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 113
ATLETAS
ATLETAS
João Almeida
Recorde Pessoal:
›› 110 metros barreiras – 13,47 seg
120 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 121
ATLETAS ATLETAS
Principais Internacionalizações: (Budapeste – 2004 no Pentatlo e Valen-
›› Jogos Olímpicos: Londres 2012 cia – 2008 no Salto em Comprimento)
›› Camp. da Europa: Helsínquia 2012 ›› Campeã da Europa de pista coberta –
›› Campeonato do Mundo de Juvenis: (Madrid – 2005 e Birmimgham – 2007
Marraquexe 2005 no Salto em Comprimento)
›› Campeonato da Europa de Juniores: ›› Vice-Campeã do Mundo de pista cober-
Hengelo 2007 ta – (Doha – 2010 no Salto em Compri-
mento)
Neste documento é feita a referência ›› Vice-Campeã da Europa – (Gotemburgo
ao Projeto Mega, uma parceria entre a – 2006 e Barcelona – 2010 no Salto em
Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) Comprimento)
›› Vice-Campeã da Europa de pista cober-
e a Direcção Geral de Educação / Desporto
ta – (Viena – 2002 no Pentatlo e Paris –
Escolar (DGE/DE), cujos padrinhos são: 2011 no Salto em Comprimento)
›› Medalha de Bronze no Campeonato do
Mega Sprinter: Mundo de pista coberta – (Moscovo –
Francis Obikwelu 2006 no Salto em Comprimento)
Recorde Pessoal: Principais Internacionalizações:
›› 100m – 9,86 seg (Recorde da Europa) ›› Jogos Olímpicos: Atenas 2004 e Pequim
›› 200m – 20,01 seg (Recorde de Portugal) 2008
›› 4x100m – 38,88 seg (Recorde de
Portugal – Ricardo Monteiro, Francis Mega KM
Obikwelu, Arnaldo Abrantes e João Rui Silva
Ferreira) Recordes Pessoais:
Principais Títulos Internacionais: ›› 800m – 1:44,91 min (Recorde de Portugal)
›› Vice-Campeão Olímpico – (Atenas – ›› 1500m – 3:30,07 min (Recorde de Portugal)
2004) ›› 3000m – 7:39,44 min (Recorde de Portu-
gal de pista coberta)
›› Campeão da Europa – (Munique – 2002
Principais Títulos Internacionais:
e Gotemburgo – 2006 dos 100m e Go- ›› Campeão do Mundo de pista coberta –
temburgo – 2006 dos 200m) (Lisboa – 2001 nos 1500m)
›› Campeão da Europa de pista coberta – ›› Campeão da Europa de pista cober-
(Paris – 2011 nos 60m) ta – (Valência – 1998 e Turim-2009 nos
Principais Internacionalizações: 1500m e Viena – 2002 nos 3000m)
›› Jogos Olímpicos: Atenas 2004 e Pequim ›› Vice-Campeão do Mundo de pista co-
2008 berta – (Budapeste – 2004 nos 3000m)
›› Campeonato do Mundo: Paris 2003, ›› Vice-Campeão da Europa – (Budapeste –
Helsínquia 2005 e Osaka 2007 1998 e Viena – 2002 nos 1500m)
›› Camp. da Europa: Munique 2002, Go- ›› Vice-Campeão da Europa de pista cober-
temburgo 2006 e Barcelona 2010 ta – (Gent – 2000 nos 3000m)
›› Camp. da Europa de Seleções: Velenje ›› Medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos
2003, Istambul 2004, Leiria 2005, Salóni- – (Atenas – 2004 nos 1500m)
ca 2006, Milão 2007, Leiria 2008 e 2009, ›› Medalha de Bronze no Campeonato do
Budapeste 2010 e Estocolmo 2011 Mundo – (Helsínquia – 2005 nos 1500m)
›› Medalha de Bronze no Campeonato da
Mega Salto Europa de corta-mato – (Toro – 2007)
Principais Internacionalizações:
Naide Gomes ›› Jogos Olímpicos: Sidney 2000 e Atenas
Recorde Pessoal: 2004
›› Salto em Comprimento – 7,12m (Recor- ›› Campeonato do Mundo: Sevilha 1999,
de de Portugal) Edmonton 2001, Paris 2003, Helsínquia
›› Salto em Altura – 1,88m (Recorde de 2005, Berlin 2009 e Daegu 2011
Portugal) ›› Campeonato da Europa de Seleções:
›› Heptatlo – 6230 pts (Recorde de Portu- Budapeste 1998, Telavive 1999, Oslo
gal) 2000, Vaasa 2001,
›› 4x100m – 44,70 seg (Recorde de Por- ›› Sevilha 2002, Velenje 2003, Istambul
2004, Leiria 2005 e 2009, Salónica 2006
tugal – Eva Vital, Naide Gomes, Carla
e Estocolmo 2011.
Tavares e Sónia Tavares)
Principais Títulos Internacionais:
›› Campeã do Mundo de pista coberta –
122 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 123
ASSOCIAÇÕES REGIONAIS DE ATLETISMO ASSOCIAÇÕES REGIONAIS DE ATLETISMO
Associação de Atletismo da Guarda
Bancada do Estádio Municipal Associação de Atletismo do Porto
6300 - 705 Guarda Rua António Pinto Machado, 60 - 2º
Federação Portuguesa de Atletismo Associação de Atletismo de 4100 - 068 Porto
Largo da Lagoa, 15 - B Telf: 271 22 17 21
Bragança
2799-538 Linda-a-Velha aaguarda@sapo.pt Telf: 226 090 224
Av. D. Sancho I, Pavilhão Municipal
Portugal guarda@fpatletismo.org porto@fpatletismo.org
5300 Bragança
www.aag.pt www.aaporto.com
21 414 60 20
96 86 30 220 Telf: 273 333 666
fpa@fpatletismo.pt aabratletismo@gmail.com
braganca@fpatletismo.org Associação de Atletismo de Lisboa Associação de Atletismo de
www.fpatletismo.pt Rua Rodrigo da Fonseca, 56 c/v
www.aabr.pt Santarém
1250 - 193 Lisboa Av. D. João I Apartado 119
2080-901 Almeirim
Associação de Atletismo do Algarve Telf: 213 861 811
Rua Ataíde de Oliveira, 119 - 5º Dtº Associação de Atletismo de Castelo
lisboa@fpatletismo.org Telf: 243 596 093
8000 - 218 Faro Branco www.aalisboa.com.pt associacaoasantarem@gmail.com
Quintal de São Marcos nº19, 1º
www.aasantarem.pt
Telf: 289 824 946 6000 - 146 Castelo Branco
aaalgarve@mail.telepac.pt Associação Distrital de Atletismo de
www.aaalgarve.org Telf: 272 341 753
cbranco@fpatletismo.org Leiria Associação de Atletismo de São
www.aacb.net Estádio Municipal de Leiria, Miguel
Porta 2 - Apartado 552, Rua Pintor Domingos Rebelo, nº 4
Associação de Atletismo de Aveiro Estação Correios de Marrazes 9500 - 234 Ponta Delgada
Rua de Espinho, Loja nº 57 2416 - 905 Leiria
3800-901 Aveiro Associação Distrital de Atletismo de
Telf: 296 285 579
Coimbra Telf: 244 82 75 80 smiguel@fpatletismo.org
Telf: 234 426 501 / 234 481 378 Estádio Cidade de Coimbra assleiria@adal.pt www.aatletismosmiguel.pt
aveiro@fpatletismo.org 3º Piso Rua D. Manuel I www.adal.pt
www.aaaveiro.pt 3030-320 Coimbra
BIBLIOGRAFIA
Associação de Atletismo de Vila Real
Rua Diogo Dias Ferreira, Merdi, F. & Nicolini, I. (1991): Preparazione
Pavilhão Desportivo Esc. EB 2,3 Diogo Cão Fisica di Base. Scuola dello Sport (1991)
5000 - 559 Vila Real
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Telf: 259 373 666 “Salto de altura; el entrenamiento del salto
Tlm. 925 006 565 de altura en las etapas de especialización y
aavilareal@sapo.pt perfeccionamiento”. Cuadernos de atletis-
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