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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 1

DOSSIER DO
PROFESSOR
FUNDAMENTOS

CORRER
SALTAR
LANÇAR

ISBN: 978-989-98048-0-7
Título: Atletismo: Dossier do Professor
Tipo de Encadernação: B
Autor: Vários
Data: 20120927
Editor: Federação Portuguesa de Atletismo,
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 3
MENSAGEM
Em nome do Governo e da Administração obra consubstanciar um exemplo feliz da
Pública Desportiva, felicito a Federação relação – vital - entre o movimento despor-
Portuguesa de Atletismo pela iniciativa de tivo federado e a comunidade escolar. Com
elaborar e publicar o presente “Dossier do efeito, quanto mais próximos e articulados
Professor”. estiverem o movimento associativo des-
portivo e as escolas, maior será o universo
Trata-se, antes de mais, de uma obra com de talentos objecto de identificação e de-
o mérito de procurar contribuir para a dis- senvolvimento de talentos que possam ser
seminação do conhecimento do atletismo, filtrados e encaminhados para o alto ren-
isto é, para o ensino e aprendizagem de dimento. A questão é mesmo mais ampla:
uma modalidade desportiva com grandes o desporto na escola e o desporto escolar
tradições e pergaminhos no desporto na- serão tanto mais eficazes quanto, como
cional. Ora essa lógica formativa é essencial manda a Constituição da República Portu-
para o progresso dos atletas, enquanto ho- guesa, existir uma colaboração entre Esta-
mens e como praticantes desportivos. Se do, escolas e associativismo desportivo. É o
recuarmos à Grécia Antiga constatamos a “direito ao desporto” que está em causa.
importância que já era dada ao ensino, fos-
se no treino propriamente dito, fosse nos Quero crer que esta obra será um de mui-
Ginásios, nas Academias ou nos Liceus. De tos instrumentos que continuarão a fazer
igual modo, cumpre lembrar que o projec- do atletismo uma modalidade com inúme-
to de Pierre de Coubertin – o Barão que res- ros êxitos, nacionais e internacionais. Não
tabeleceu os Jogos Olímpicos – se ancorou podemos esquecer: foi no atletismo que
não só na prática desportiva propriamente brotaram, entre outros, nomes como An-
dita mas sobretudo naquilo a que se deno- tónio Leitão, Aurora Cunha, Carlos Calado,
minou de “pedagogia desportiva”. Só edu- Carlos Lopes, Fernanda Ribeiro, Fernan-
cando e aprendendo –e com partilha - se do Mamede, Nélson Évora, Naide Gomes,
atinge o sucesso.
Reputo ainda de meritório o facto de esta
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PREFÁCIO
Nuno Fernandes, Rosa Mota, Albertina
Dias, Carla Sacramento, Manuela Machado,
Susana Feitor, António Pinto, Domingos
Castro, Paulo Guerra ou Rui Silva. Não po-
demos igualmente olvidar a importância
de técnicos tais como Bernardo Manuel,
Fonseca e Costa, Maria do Sameiro Araújo,
João Campos, João Ganço, José Pedrosa,
Mário Moniz Pereira, Abreu Matos ou Jorge
Miguel. Diferentes percursos, com vários
denominadores comuns: formação, tra-
balho, sucesso. Aperfeiçoemos, pois, a via
da formação e, com o resto, certamente se
ATLETISMO
multiplicarão novos nomes e novos suces- ESCOLAR –
sos. Portugal, orgulhoso, agradece.
ATLETISMO
Alexandre Miguel Mestre FEDERADO
Secretário de Estado A COOPERAÇÃO
do Desporto e Juventude.
VIRTUOSA – A
CONVERGÊNCIA
NECESSÁRIA
Mesmo em tempos de profunda crise Actuar de forma concertada e com sentido
económica, financeira, ideológica e moral estratégico, em obediência a objectivos
como a que, actualmente, se vive no nosso que interessam a todos – contrariando os
país, é imperioso continuar a acreditar que egoísmos das instituições – permitirá um
é possível um Futuro melhor para a Juven- outro nível de resultados, de desenvolvi-
tude de hoje. O Futuro não pode ser hipo- mento e de galvanização por parte dos
tecado. agentes envolvidos.

Em tempos de pessimismo, de frustrações Este tem sido o caso muito positivo da


e de forte austeridade as instituições, os parceria existente, há vários anos, entre o
seus dirigentes e os seus técnicos especia- Ministério da Educação /DGE/GCDE/CLDE
lizados terão de exigir ainda mais de si pró- e Federação Portuguesa de Atletismo com
prios, reforçando as boas práticas, inovan- as suas Associações Regionais/Distritais.
do e corrigindo eventuais dispêndios de
recursos, porque está longe de se ter esgo- Através dessas cooperações, desse esforço
tado o que se pode fazer pela Juventude. de articulação, conseguiu-se melhorar a

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PREFÁCIO PREFÁCIO
coordenação das políticas dos dois subsis- buir para a valorização da intervenção dos Prof. José Barros, na sua Nota Prévia, “a rela-
temas – educativo e federado – bem como docentes de Educação Física em ambiente ção de reciprocidade entre desportos deve
se clarificaram objectivos e prioridades. escolar. ser organizada e aplicada sem que se privi-
legie ou se atribua um protagonismo prin-
As estruturas destes subsistemas foram de- Como licenciado em Educação Física - já cipal a alguma das modalidades previstas
senvolvendo, de forma não casuística, um aposentado -, como ex-treinador nacional e para cada ano, pois o contributo de cada
importante programa de iniciativas que se ex-Director Técnico Nacional da modalida- uma delas é bastante significativo”.
dirigiram àqueles que conquistaram por de, gostaria de deixar público testemunho
mérito, o direito a representar a Escola, do orgulho pela qualidade pedagógica da Ao Prof. José Barros, a toda a sua equipa de
o Clube ou o País – individual ou colecti- obra produzida na qual se desenvolve uma Treinadores Nacionais e ao Prof. Rui Norte,
vamente. Estas iniciativas fazem parte de temática de abordagem particularmente coordenador operacional deste Projecto
uma orientação estratégica comum que difícil. e a todos os atletas que, com grande em-
procurando sensibilizar os estudantes para penhamento e entrega pessoal, se envol-
o gosto pela prática regular do Atletismo, A existência de uma Direcção Técnica Na- veram na construção deste Dossier o reco-
nas suas diferentes disciplinas, permita a cional constituída na sua totalidade por nhecimento de toda a estrutura federativa
criação de uma atitude de permanente Mestres e Licenciados em Educação Física do Atletismo.
superação – individual ou em grupo – em e Desporto, com importante experiência
que todos tenham direito ao seu Pódio. profissional ligada ao Ensino e à Formação Finalizo com o desejo de que os docentes
de Formadores, possuidores de um notável de Educação Física quer estejam nas Esco-
Aos subsistemas educativo e federado currículo no treino de Alto Rendimento, é o las, nos Clubes ou nas suas estruturas cen-
competirá, em convergência de esforços, garante de uma mais correcta compreen- trais ou intermédias saberão contrariar e
evitar o desperdício de oportunidades de são da realidade Escola e dos desafios que superar os constrangimentos que possam
aquisição e de desenvolvimento das capa- se colocam aos seus pares, os docentes de afectar as suas instituições.
cidades dos pré-adolescentes e adolescen- Educação Física.
tes bem como o desperdício dos talentos Este Dossier é também a homenagem pos-
que se revelem. Este documento de trabalho que se diri- sível a todos os intervenientes nesta coo-
ge, em particular ao Atletismo – desporto peração virtuosa, de sucesso, resultado de
Os exemplos dos países mais evoluídos no estruturante para todos e para toda a vida uma convergência necessária entre o Atle-
alto rendimento desportivo demonstram -, desenvolve conteúdos que vão da inicia- tismo Escolar e o Atletismo Federado.
claramente que o caminho certo passa ção à especialização, da organização das
pelo alargamento da base de prática e por sequências pedagógicas de aprendizagem, Fernando Mota
um processo de selecção e identificação de às progressões do ensino, da materialização Presidente da FPA
jovens talentos que possam beneficiar, em em unidades didácticas ao ambiente de or-
tempo, do apoio adequado da comunida- ganização de aulas. Este Dossier pretende
de de forma a maximizar o seu potencial. contribuir igualmente, para a melhoria da
intervenção pedagógica dos docentes no
A elaboração deste dossier, da responsabi- ensino-aprendizagem dos outros despor-
lidade da Direcção Técnica da FPA, dedica- tos que solicitem a corrida, o salto, o lan-
do ao ensino-aprendizagem do Atletismo çamento.
é mais uma das formas com que a estrutura
federada da modalidade pretende contri- Como afirma o Director Técnico Nacional,

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NOTA PRÉVIA

introdução Nota prévia:

“Como abordar na Escola este atletismo colar. Tem por base os programas curricu-
que parece um “mosaico” de provas cuja lares, nomeadamente os objectivos gerais
prática por ciclos é obrigatória?” (Jacques do 5º ao 12º ano de escolaridade, os níveis
Piasenta). de aprendizagem (introdução, elementar e
avançado), as propostas de cargas horárias
Este dossier vem na sequência de docu- anuais e as competências finais.
mentos já produzidos pela Direcção Téc-
nica Nacional da Federação Portuguesa de Os conhecimentos da modalidade, a expe-
Atletismo: “Projecto Mega”, “Do Corta Mato riência adquirida como treinadores na for-
ao KM” e “Caderno de apoio ao Atletismo mação de atletas até ao Alto Rendimento,
Juvenil – Viva o atletismo”. os anos de docência em escolas de diferen-
tes níveis de ensino espalhadas pelo nosso
Com estas propostas, procuramos respon- país, estão retratados nas propostas que
der às dificuldades sintetizadas nesta per- apresentam, na forma como organizam as
gunta de Piasenta, indo ao encontro do sequências pedagógicas de aprendizagem,
que nos tem sido solicitado por docentes nas progressões de ensino adequadas ao
de Educação Física cuja formação inicial nível de desenvolvimento dos alunos, ao
no atletismo é reconhecidamente hete- material normalmente existente nas esco-
rogénea, necessitando de actualização e las, ao tempo disponível e aos objectivos
reciclagem específica contínua. Panorama curriculares a atingir.
agravado com a falta de literatura portu-
guesa especializada que sugira propostas
práticos para concretização dos actuais Introdução
Programas Nacionais de Educação Física e
com o facto da existente ser muito direc- O atletismo é uma modalidade estruturan-
cionada para o treino e na sua maioria com te para todos e para toda a vida. Em qual-
pouca aplicação às aulas de Educação Físi- quer idade, em todos os lugares é possível
ca. caminhar, correr, saltar e lançar...

Este documento de apoio ao professor de O atletismo das crianças e jovens, o atletis-


Educação Física foi elaborado por vários es- mo na escola apresenta características es-
pecialistas, professores de Educação Física pecíficas que devemos respeitar, não sendo
a desempenhar funções de Técnicos Nacio- nosso objectivo transplantar artificialmen-
nais na Federação Portuguesa de Atletis- te para o contexto escolar o atletismo do
mo e pretende ajudar os docentes a elevar adulto atleta, ou o que está prescrito para
a sua qualidade de intervenção quando o processo de formação, desenvolvimento
leccionarem o atletismo em contexto es- e treino visando o Alto Rendimento.
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NOTA PRÉVIA NOTA PRÉVIA

O ensino e aprendizagem da técnica é um sua correcção implica a divisão da acção


No atletismo, a formação de um atleta de longo processo que torna impossível que em partes, elementos, blocos ou detalhes,
Alto Rendimento é um processo organi- num curto período de tempo, seja atingi- utilizando exercícios para a sua aprendiza-
zado, sistemático, contendo várias fases e do um elevado nível de automatização nos gem; Método Analítico. No entanto, a sua
etapas, com conteúdos e objectivos bem movimentos. Desta forma, a técnica do mo- aplicação deve ser limitada, equilibrada,
definidos, implicando mais de 10.000 ho- vimento deve ser constantemente motivo com contínua relação com o movimento
ras, 8 a 12 anos de treino. O atletismo a de atenção do professor, com aperfeiçoa- global, não convertendo a execução do
abordar na escola não pode ser o do es- mento contínuo. O tempo necessário para exercício como objectivo final.
pecialista. A especialização implica tempo, a aprendizagem depende das capacidades
repetições, constância…. individuais, tanto cognitivas, psicológicas, Particularidades da organização da
1) no modo de apoio do pé como físicas. unidade didáctica:
Que técnica devemos ensinar: (única forma de contacto como solo);
É do conhecimento de todos que podemos Os meios, os conteúdos e os seus objecti-
Antes da especialização há a necessidade seguir dois caminhos principais no proces- vos de desenvolvimento estão estrutura-
de um nível básico de desenvolvimento so de ensino - aprendizagem; o Método dos tendo por base os conhecidos princí-
que possibilite a aquisição de um conjunto Analítico e o Global. Não devemos privi- pios pedagógicos; do desconhecido para o
de competências mais simples, que são a legiar um deles em detrimento do outro, conhecido; do simples para o complexo; do
base dos gestos mais complexos. A partir pois ambos contribuem para a criação de geral para o específico. Desta forma, mui-
dos esquemas motores de base, e em vá- uma imagem mais completa da acção. tos destes exercícios podem ser utilizados
rios níveis de dificuldade, construímos o ao longo de todos os anos, aumentando de
suporte da aprendizagem de acções mais A divisão das acções contínuas cíclicas, forma gradual e progressiva o grau de difi-
complexas. durante o ensino – aprendizagem, pode culdade de execução, através da mudança
originar a perda da naturalidade e fluidez das suas características: amplitude, veloci-
As condições actualmente existentes nas do movimento (não devemos perguntar à dade, ritmo e grau de empenho.
escolas, os conteúdos programáticos, a 2) na postura; centopeia, de que forma esta movimenta a
carga horária, a formação necessariamen- (que condiciona o apoio e a reacção do solo ao mesmo); sua “14ª pata do lado esquerdo”). O grau de Sendo a velocidade de execução um factor
te generalista dos docentes, inviabilizam atenção e as tentativas por parte do aluno determinante no rendimento, o seu au-
que se defina como objectivo do processo em corrigir, não devem ser excessivas para mento só deve ser solicitado após um bom
de ensino e aprendizagem do atletismo na não perder o conteúdo e objectivo princi- domínio da técnica de base, para não ser
escola, um alto grau de domínio da execu- pal da acção. comprometido o processo de aprendiza-
ção das técnicas específicas da modalida-
gem e desenvolvimento.
de. Efectivamente os alunos estão numa Quando na execução dos movimentos
fase dinâmica de crescimento e maturação, cíclicos naturais se verificam grandes di- Para não serem criadas dificuldades de
e nem sempre podem assimilar a “técnica ferenças com a técnica “ideal” desejada, é natureza psicológica, o material proposto
dos campeões” em todas as suas caracterís- possível intervir deslocando ligeiramente para as aulas de cada ano, deve ser adequa-
ticas e detalhes. No entanto, os elementos os pontos de atenção do aluno, para alguns do ao nível de desenvolvimento da maioria
básicos, na sua forma e ritmo, têm que ser elementos que existem na parte básica do
dominados para não serem comprometi- dos alunos a que se destinam, e tem que
movimento. ser considerada a eventual necessidade de
das as aquisições definidas nos programas,
nem o futuro dos que pretendem seguir 3) na extensão das cadeias implicadas proceder a adaptações, nomeadamente fa-
(no ritmo adequado ao movimento específico); Se os motivos do insucesso são de natureza cilitando a tarefa prevista.
a prática desportiva numa perspectiva de
condicional, as condições devem ser facili-
rendimento.
tadas e prolongado o tempo de aprendiza- As formas de organização das aulas e mé-
gem, até que o nível da preparação física todos utilizados, têm que garantir a assimi-
Como podemos constatar ao longo deste
seja adequado às exigências técnicas, ou lação pelos alunos e a concretização dos
documento, definimos a técnica de base
seja necessária a inclusão de alguns exercí- objectivos previstos. Inicialmente, e como
como objecto da intervenção primária e
cios especiais, que contenham elementos, garante do aumento da motivação para a
contínua dos docentes de Educação Física.
ou blocos, técnicos desejados, mas mais aprendizagem, o método lúdico (formas
Ao longo deste estruturado e demorado
orientados ao desenvolvimento local de jogadas de vários exercícios) deve assumir
processo, procuramos a “automatização”
partes débeis da cadeia cinética. Em todo o papel principal, sendo progressivamente
da técnica de base, de parte dos seus ele-
este processo temos de entender e respei- substituído em momentos e idades poste-
mentos que devemos repetir em condi-
tar a unidade dialéctica entre os factores riores pelo método competitivo.
ções variadas. Neste contexto, devemos
técnicos e condicionais em cada um dos Tendo em consideração as etapas do pro-
concentrar a nossa intervenção: 4) nas acções pendulares dos segmentos livres exercícios. cesso de crescimento e desenvolvimento
(pernas ou braços);
em que se encontra o organismo das crian-
5) ao ritmo Existindo erros nos elementos básicos, a ças e jovens, a carga proposta deve ser o
Aprendizagem Técnica: (geral e particular de cada elemento);
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NOTA PRÉVIA NOTA PRÉVIA

suficientemente estimulante para favore- gem do Futebol e Andebol; posição final da chamada nos saltos, antes saída;
cer o desenvolvimento harmonioso, cons- ›› Exercícios gerais utilizados na Ginástica de fazer este exercício com corrida de ba- ›› Utilizar obstáculos baixos a distâncias
truindo um organismo saudável e funcio- Artística Desportiva e Trampolins pre- lanço. variadas na iniciação às barreiras, privi-
nalmente capaz de solucionar diferentes param e facilitam, a aprendizagem dos legiando-se o ritmo e a velocidade de
tarefas motoras quotidianas ou alguma saltos do Atletismo. A aplicação destes exercícios durante a deslocação;
futura actividade específica. parte preparatória de aulas de outras mo- ›› Realizar séries de chamadas consecuti-
Esta relação de reciprocidade deve ser or- dalidades, facilita a aprendizagem, redu- vas (passo – chamada) após alguns pas-
Em cada aula devem estar presentes exercí- ganizada e aplicada sem que se privilegie, zindo o tempo necessário para o domínio sos, antes de efectuar o salto em com-
cios que estimulem o desenvolvimento dos ou se atribua um protagonismo principal do gesto. Como exemplo, a aplicação de primento;
processos cognitivos que acompanham a a alguma das modalidades previstas para exercícios especiais de corrida (Skipping ›› Realizar salto tocando objecto elevado
actividade física. Exercícios focalizados na cada ano, pois o contributo de cada uma alto, corrida circular, etc), durante a parte (com o pé, joelho, ombro, cabeça), antes
exactidão da execução, que impliquem delas é bastante significativo. preparatória de uma aula de desportos co- de efectuar salto em altura;
níveis elevados de concentração, de aten- lectivos, é muito útil se o foco de atenção ›› Usar marcas referências no solo, para o
ção, e combinações de vários exercícios Particularidades da organização da está orientado para a qualidade da execu- triplo salto para facilitar a aprendizagem
com diferentes tarefas rítmicas espaciais, aula ção. do ritmo, e equilíbrio entre a amplitude
desenvolvem a capacidade de auto-cons- dos saltos.
trução de vários programas motores. Sem Como sabemos, os objectivos de aprendi- As tarefas principais de ensino – apren-
o desenvolvimento da sensibilidade para zagem e aquisição de novas habilidades dizagem têm que ser colocadas na parte A parte final da aula pode ser usada para
o movimento, é praticamente impossível devem ser colocados nas primeiras partes principal da aula, respeitando os conhe- eliminar as partes débeis detectadas, para
traduzir as instruções verbais transmitidas da aula, quando o organismo ainda não se cidos princípios pedagógicos já referidos. corrigir atrasos no desenvolvimento téc-
pelo professor, e converte-las nas acções encontra em fadiga. O desenvolvimento Quando os alunos não apresentam erros nico, para o retorno à calma ou para esti-
desejadas. condicional, implicando um número ele- significativos na execução dos exercícios mular o desenvolvimento de determinada
vado de repetições, deve ser preferencial- que foram conteúdo da parte principal, é capacidade física, sempre com a atenção
Neste sentido, a linguagem do professor é mente procurado na parte central e final necessário mudar o modo de execução e correcção do professor para que não se
de grande a importância, devendo ser si- da aula, com método de repetições, méto- (alterando a velocidade e o grau de empe- “treine o erro”.
multaneamente “cheia” e sucinta, formando do lúdico (formas jogadas) ou competitivo, nho coordenativo necessário), ou propor
no aluno a “imagem mental do movimen- que permitem a manutenção da motiva- outros, mais estimulantes. Os exercícios Nota Final:
to”. Alguns aspectos teóricos da técnica do ção e grau de empenho. planificados para as primeiras etapas de Esperamos que no final da leitura do dos-
movimento têm que ser entendidos pelos aprendizagem e já “dominados”, podem ser sier fique demonstrado que a multiplicida-
alunos, permitindo formar, de forma cons- A parte preparatória da aula, de duração eventualmente repetidos (para reforço), ou de das provas atléticas, o “mosaico” referido
ciente, a imagem mental da acção, como a variável e tendo em conta os conteúdos são transferidos para a parte preparatória, por Piasenta deva ser encarada como uma
base da realização mais correcta. definidos, deve conter diferentes formas realizando-se com um número inferior de riqueza e não como uma dificuldade.
de deslocamento e exercícios para os vá- repetições.
Considerando a reduzida carga horária des- rios segmentos corporais.
tinada ao Atletismo em cada ano e o modo Na parte principal, devemos dar continui- José Barros/Robert Zotko*
como tradicionalmente os Professores dis- Durante a mesma a qualidade do movi- dade ao indicado para a parte preparató- * Baseado em documentos de trabalho ela-
tribuem os conteúdos ao longo do mes- mento será objecto da permanente aten- ria, aumentando de forma gradual o ritmo borados em conjunto
mo, uma das principais tarefas do docente ção dos professores, para que seja mi- e a velocidade de execução, passando das
deve ser a eleição da ordem de introdução norada a possibilidade do erro e do seu partes da acção a uma acção global, com-
de cada uma das modalidades, para que desenvolvimento pela repetição (“treinar o pleta. No inicio do ensino e aprendizagem
seja respeitada a lógica de desenvolvimen- erro”). da técnica, é fundamental criar condições
to das diferentes capacidades, ajudando-se que facilitem o caminho para chegar à exe-
mutuamente. Em função do número de aulas de Educa- cução desejada:
ção Física, e do tempo atribuído às mesmas,
Por exemplo: o conteúdo da parte preparatória estará es- ›› Utilizar referências visuais (riscos, tiras
treitamente relacionado com os conteúdos de alcatifa, sinalizadores, etc), colocados
›› Exercícios gerais de desenvolvimento da e objectivos da parte principal. Isto implica a diferentes distâncias, facilitando o de-
capacidade de salto (saltitares e multi- incluir na parte preparatória, alguns exer- senvolvimento da frequência e/ou am-
-saltos variados), desenvolvendo capa- cícios especiais de baixa intensidade, com plitude dos passos;
cidades fundamentais para o Voleibol elementos técnicos de base, permitindo ›› Realizar um prévio enrolamento em
e Basquetebol, servem em simultâneo uma progressiva entrada nos exercícios es- frente, que acelera o corpo e ajuda a ma-
como base para uma melhor aprendiza- pecíficos próprios da parte principal. Como nutenção da inclinação do tronco du-
gem das disciplinas do Atletismo; exemplos: andar com elevação dos joelhos rante a partida e aceleração;
›› O desenvolvimento da capacidade e ou corridas com ênfase na elevação dos ›› Utilizar engenhos mais leves nos lança-
técnica de corrida favorece a aprendiza- joelhos antes de Skipping; andar imitando mentos para aumentar a velocidade de

14 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 15


ÍNDICE

CORRER
›› Formas de
Desenvolvimento da
Velocidade
›› Corrida de Velocidade
›› Corrida de Estafetas
›› Corrida com Barreiras

SALTAR LANÇAR
›› Formas de Desenvolvimento ›› Formas de Desenvolvimento
da Capacidade de Salto – Engenhos Pesados
›› Salto em Comprimento ›› Lançamento do Peso
›› Triplo Salto ›› Formas de Desenvolvimento
›› Salto em Altura – Engenhos Leves
›› Arremesso de Bola /
›› Lançamento do Dardo

16 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 17


ÍNDICE ÍNDICE

CORRER
Formas de Desenvolvimento da Velocidade
- Exercícios Analíticos – Skipping
- Exercícios Analíticos – Outros
- Formas Jogadas
- Repetições de Corridas de Velocidade
- Exercícios de Força Específica SALTAR

Corrida de Velocidade Formas de Desenvolvimento da Capacida-


- Referências Programáticas e Regulamento de de Salto
- Específico - Saltos Gerais – Exercícios Analíticos
- Nível Introdução - Saltos Gerais – Formas Jogadas
- Modelo Técnico da Partida de Pé LANÇAR
- Saltos Horizontais – Exercícios Analíticos
- Sequência de Ensino
- Nível Elementar Formas de Desenvolvimento – Engenhos
- Modelo Técnico da Partida de Blocos Salto em Comprimento
- Referências Programáticas e Regulamen- Pesados
- Sequência de Ensino
to Específico - Formas Jogadas
- Nível Avançado – Sequência de Ensino
- Modelo Técnico do Salto na Passada - Exercícios Analíticos
Corrida de Estafetas - Nível Introdução – Sequência de Ensino
- Referências Programáticas e Regulamento - Nível Elementar – Sequência de Ensino Lançamento do Peso
Específico - Nível Avançado – Sequência de Ensino - Referências Programáticas
- Nível Introdução - Regulamento Específico
- Modelo Técnico da Transmissão com controlo - Modelo Técnico
Triplo Salto
Visual - Nível Introdução – Sequência de Ensino
- Sequência de Ensino
- Referências Programáticas e Regulamen-
to Específico - Nível Elementar – Sequência de Ensino
- Nível Elementar - Nível Avançado – Sequência de Ensino
- Modelo Técnico da Transmissão sem controlo - Modelo Técnico do Triplo Salto
Visual - Nível Avançado – Sequência de Ensino
- Técnica de Transmissão Descendente vs Formas de Desenvolvimento – Engenhos
Ascendente Salto em Altura Leves
Sequência de Ensino - Formas de Desenvolvimento - Exercícios Analíticos
- Nível Avançado – Sequência de Ensino - - Capacidade de Salto Vertical - Formas Jogadas
- - Destrezas Específicas
Corrida com Barreiras Arremesso de Bola / Lançamento do
- Referências Programáticas e Regulamen-
- Referências Programáticas e Regulamento Dardo
Específico
to Específico
- Modelo Técnico do Salto em Altura - Referências Programáticas
- Modelo Técnico da Transposição e Corrida - Regulamento Específico
entre Barreiras - Nível Introdução – Sequência de Ensino
- Nível Elementar – Sequência de Ensino - Modelo Técnico
- Formas de Desenvolvimento
- - Formas Jogadas - Nível Avançado – Sequência de Ensino - Nível Introdução – Sequência de Ensino
- - Exercícios Analíticos - Nível Elementar – Sequência de Ensino
- Nível Introdução – Sequência de Ensino - Nível Avançado – Sequência de Ensino
- Nível Elementar – Sequência de Ensino Quadro Resumo do Programa de Educa-
- Nível Avançado – Sequência de Ensino ção Física (Atletismo)
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CORRER

CORRER

20 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 21


CORRER CORRER

CORRER
A corrida é a forma de locomoção huma-
na, que permite ao ser humano se deslo-
car mais rapidamente sobre uma determi-
nada distância. É uma capacidade natural
cuja eficácia depende do desenvolvimen-
to do padrão motor e das capacidades
motoras. Na análise de uma corrida de
velocidade são consideradas as seguintes
fases:

1. Partida
2. Aceleração
3. Velocidade Máxima
4. Velocidade de Resistência

As fases da Aceleração e Velocidade


Máxima correspondem a 2 manifestações
diferentes, transversais a muitas activi-
dades desportivas, e como tal, devem ser
desenvolvidos ao longo do ano lectivo.

O que é fundamental?
Aceleração:

›› Inclinar o corpo para a frente.


›› Alinhamento dos segmentos (pé-bacia-
Elaborado por: ombros) no instante de saída. (Fig. 3)
Anabela Leite ›› Extensão da perna de impulsão. (Fig. 3)
Nuno Alpiarça
Rui Norte
José Barros

[1] [2] [3]


22 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 23
CORRER CORRER
Velocidade máxima: Como utilizar? ›› 10 marcas c/ distâncias de 2 a 4 pés
›› O aluno realiza o exercício sobre linhas/ entre si (cerca de 60cm a 120cm).
marcas (à medida que o aluno for domi-
nando a forma de execução, solicita-se Notas:
um aumento da velocidade segmentar ›› À medida que o aluno for dominando
- frequência). a forma de execução, solicita-se um
aumento da velocidade segmentar –
Organização: frequência, podendo realizar-se compe-
›› 1 ou 2 corredores/pistas (estação) ou 3 tições (directa ou por tempo).
a 6 corredores/pistas (por vagas):

[1] [2] [3] [4] [5]


Ciclo ›› Apoio activo na zona médio-anterior do de gravidade. (Fig. 1)
Posterior vs Anterior
pé. ›› Na recuperação da perna em suspen-
›› Trajectória dos pés descrevendo um são, a coxa da perna de balanço atinge
ciclo anterior, realizando o contacto ini- a horizontal (Fig. 2 e 4);
cial através de uma ação de cima para ›› O tronco deve estar vertical, olhando
baixo e da frente para trás. em frente e sem recuar os ombros rela-
›› Na receção, os apoios devem realizar-se tivamente à bacia (Fig. 4).
próximo da projeção vertical do centro

[1] [2] [3]

Pontos mais importantes: 5. “Pé armado” (na fase de suspensão


a ponta do pé deve estar para a
1. Apoio activo na zona médio-anterior frente e para cima). (Fig. 2)
do pé. 6. A recuperação da perna em sus-
2. Na receção, os apoios devem realizar- pensão deve ser rápida, sem o pé
Como podemos estimular se próximo da projeção vertical do subir mais que o joelho e cruzando
(meios de Desenvolvimento da centro de gravidade (Fig. 1 e 3). o joelho contrário, descrevendo
3. Extensão do segmento de impulsão. um ciclo anterior.
Velocidade)? (Fig. 2) 7. Movimento dos braços flectidos,
4. A ação do pé de apoio no contacto centrado na articulação do ombro
[1] Exercícios analíticos; com o solo deve ser de cima para (a mão passa ao nível da bacia).
[2] Formas Jogadas; baixo e da frente para trás.
[3] Repetições de Corridas de Velocidade;
[4] Exercícios de Força Específica.
1. Exercícios Analíticos -

Skipping

O Skipping é um exercício muito rico em


Objectivo:
termos da aquisição e desenvolvimento
›› Desenvolver a técnica de corrida.
dos fundamentos da corrida de velo-
cidade. Praticamente todos os aspetos
Quando utilizar?
fundamentais da técnica de corrida estão
1. Por vagas, no aquecimento, com 3 a 6
presentes (excepto a inclinação à frente da
alunos em simultâneo;
fase de aceleração), podendo ainda incidir
2. Por estações, no aquecimento ou
na frequência gestual, após o gesto ter
durante a parte principal da aula.
sido adquirido. Opção 1 – ripas ou cones Opção 2 – cones ou barreiras as (10-20 cm)
24 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 25
CORRER CORRER
Outros Exercícios 2. Formas Jogadas
Objectivo: Em competição directa entre 2 ou mais
›› Melhoria da Qualidade dos Apoios e; equipas, em forma de estafeta ou registo
›› Atitude Postural de tempo, no final do aquecimento. Estas
formas jogadas, com percursos curtos,
podem ajustar-se aos espaços disponíveis,
1. Exercícios sobre Barreiras Observações:
são uma forma muito apelativa para de-
›› Tronco na vertical e olhar em frente.
(pendulares e saltitares) senvolver a capacidade de aceleração.
›› Movimento dos braços flectidos, cen-
trado na articulação do ombro (a mão 1. “Chão Quente”
Descrição:
passa ao nível da bacia).
›› O aluno realiza exercícios sobre peque-
›› Na execução dos exercícios deverá ser Organização:
nas barreiras, com altura entre os 20 e
dada a indicação de que o movimento ›› Efectuar um percurso de ida e volta
50cm, com a perna livre em extensão
deverá partir do pé e da articulação onde na ida há a necessidade de efec-
(pendulares) ou flectida (saltitares);
tíbio-társica. (Apoio activo) tuar o apoio num espaço limitado e o
regresso é feito em velocidade;
›› A penalização por não cumprir um
apoio é de 1 segundo, ou recuar em 1 m
o local de partida;
outro material de marcação (50cm a 1
›› Pode organizar-se por estafetas ou por
metro entre marcas);
registo de tempo.
›› 2 Cones marcadores;
›› Arcos (testemunhos).
Material Necessário:
›› Cronometro, se for efectuado o registo
›› Cones, ripas, tiras de alcatifa, cordas ou
de tempos.

2. 4x 10 metros

Organização:
›› Organizar um percurso com cerca de
2. Saltar à corda
10 metros, para que o aluno realize
acelerações sucessivas de ida e volta;
Descrição:
›› Pode realizar-se por estafetas, competi-
›› O aluno realiza uma sequência de sal-
ção directa ou por registo de tempo.
tos, procurando realizar os apoios pela
zona médio-anterior do pé, e manter os
Material Necessário:
segmentos corporais alinhados.
›› 2 Cones marcadores por estação;
›› Cronometro.
Opção 1 – Parado, com pés juntos;
Opção 2 – Parado, em pé coxinho; ›› 3. Estafeta Mega
Opção 3 – Em Deslocamento: a pés juntos,
pé-coxinho ou alternando apoios Organização:
›› Organizar ao longo de uma recta,
percursos de 10 a 15 metros, para que
3. Exercícios de Coordenação e o aluno transporte 3 objectos (arcos),
um de cada vez, totalizando 5 percursos
Frequência Gestual
cada aluno;
›› Vence a equipa que colocar os 3 objec-
Descrição:
tos (arcos) no cone final;
›› O aluno realiza uma tarefa, procurando
›› O número de percursos é ajustável, à
realizar a destreza no menor tempo
distância disponível.
possível.
›› Podem ser realizados exercícios va-
Material Necessário:
riados utilizando arcos, cones, cordas,
›› 2 Cones por equipa;
barreiras baixas.
›› 3 Arcos por equipa;
›› Cones.
26 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 27
CORRER CORRER
3. Repetições de Corridas de
Velocidade

Aceleração 1. Sprints de curta distância

Descrição:
›› Competição directa entre alunos, por
vagas, numa distância de 10 a 30 me-
tros.

2. Corridas de Perseguição

Descrição:
›› 1 parte à frente do outro (±2 metros) ,
que tenta alcança-lo antes de um local
determinado (10 a 20 metros).
›› Pode realizar-se simultaneamente com
vários grupos de pares de alunos.

Velocidade 1. Modelação da Corrida


Máxima
Descrição:
›› Colocar marcações, com diferentes zado, um dos níveis, aumenta até aos 4
amplitudes entre marcas, para ajustar a pés e depois mantém este espaçamen-
amplitude de passo “ideal”; to; outro nível aumenta até aos 5 pés,
›› Todos os níveis de execução iniciam mantendo este espaçamento, etc.
com um espaçamento de 3 pés entre o ›› Este exercício deve ser utilizado numa
1º e o 2º cone; distância de 30 metros;
›› O aumento sucessivo do espaçamento ›› O objectivo é identificar a amplitude de
entre os cones é de 1/3 de pé; passo ideal de cada aluno.
›› Em função do número de níveis utili-

2. Corridas de Perseguição

Descrição:
›› O perseguidor corre uma distância de
15 metros antes de uma marca coloca-
da a 5 metros do perseguido, que parte
quando o perseguidor passa na marca.
O perseguidor tenta alcançar o colega.
›› Distância máxima percorrida pelo per-
seguidor, de 50 metros.

28 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 29


CORRER CORRER
4. Exercícios de Força Específica
CORRIDAS DE VELOCIDADE
A velocidade é muito dependente dos ní-
veis de força rápida. Os multisaltos e o tra- Referências Programáticas:
balho feito em escadas (saltos ou corrida)
são boas opções para o desenvolvimento Nível Introdução:
da força rápida (no capitulo dos saltos, são Efectua uma corrida de velocidade (40 m), com partida de
apresentados exercícios para a melhoria pé. Acelera até à velocidade máxima, mantendo uma elevada
da capacidade de salto, que também po- frequência de movimentos, realiza apoios activos sobre a parte
dem ser utilizados para o desenvolvimen- anterior do pé (com extensão da perna de impulsão) e termina
to desta manifestação da força). sem desaceleração nítida.

1. Jogo da “Mosca” Adaptado Nível Elementar:


Efectua uma corrida de velocidade (40 m a 60 m), com partida de
Descrição: tacos. Acelera até à velocidade máxima, realizando apoios activos
›› Os alunos realizam o jogo da “Mosca” sobre a parte anterior do pé (extensão completa da perna de
com uma zona de corrida de balanço impulsão) e termina sem desaceleração nítida, com inclinação do
prévia aos três saltos delimitados pelas tronco à frente nas duas últimas passadas.
marcas. Devem prosseguir a corrida ›› A distância entre as marcas deve ser
após a realização dos saltos. Nível Avançado:
constante, começando a 5 pés (cerca de
›› Depois de todos os alunos passarem, a Efectua uma corrida de velocidade, com partida de tacos. Acelera
1,5 metros), aumentando 1 pé, em cada
distância entre os cones é ligeiramente até à velocidade máxima, realizando apoios activos sobre a parte
nível seguinte.
aumentada. anterior do pé com extensão completa da perna de impulsão e
termina sem desaceleração nítida, com inclinação do tronco à
frente nas duas últimas passadas.
2. Corridas em Amplitude
Observações:
Descrição: ›› Utilizam-se vários corredores para per-
›› O aluno realiza corridas de 20 a 30 mitir níveis de execução diferenciados. REGULAMENTO ESPECÍFICO:
metros em amplitude, “respeitando” ›› A distância entre as marcas deve ser 1. As corridas são efectuadas em pistas separadas, e os
marcas colocadas, com 5 a 10 metros de constante, com níveis diferenciados, concorrentes devem permanecer na sua pista, até termi-
corrida prévia. de 6 a 8 pés entre marcas (adaptável). narem a prova;
2. O participante, quando se encontra em posição de
partida, não deve tocar, nem na linha de partida nem no
terreno situado à frente desta;
3. As vozes de comando para realizar a partida de uma cor-
Opção 1 Opção 2 rida de velocidade são: “aos seus lugares”, “prontos” e sinal
sonoro de partida;
4. Após a ordem de “prontos”, todos os concorrentes deve-
Aspectos a observar na 3. Escadas rão assumir imediatamente a posição final de partida,
execução dos exercícios: permanecendo imóveis até ao sinal de partida;
- o aluno deve realizar a Descrição: 5. Será falsa partida, se um concorrente iniciar o seu movi-
extensão do(s) membro(s) ›› existem várias opções para o trabalho mento de partida antes do sinal utilizado para a mesma;
de impulsão; em escadas: 6. Qualquer concorrente que faça uma falsa partida é des-
- o aluno deve utilizar os classificado.
braços em movimentos Opção 1. Em corrida
enérgicos e coordenados Opção 2. Em saltos:
com a extensão das pernas; Pés juntos
- o aluno deve manter o Apoios alternados
alinhamento corporal. “Coxinhos”

30 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 31


CORRER CORRER
Nível Corrida de Velocidade de 40 metros, Sequência 1. Velocidade de Reação – Partidas
introdução com partida de pé de ensino de Posições Variadas

Partida de Pé (em 2 apoios): Descrição:


Vozes de comando? ›› Partidas de posições variadas, após
›› “aos seus lugares” sinais sonoros ou visuais, em modo de
›› Sinal Sonoro (apito) perseguição ou competição directa por
vagas; (corridas de 10-15 metros).

Na abordagem da corrida Objectivo:


de velocidade é necessário ›› Desenvolver a velocidade de reação e
desenvolver a capacidade capacidade de aceleração
técnica, de acordo com os
aspectos fundamentais
da técnica de aceleração Critério de êxito:
e velocidade máxima. ›› Reagir rápido a um estímulo.
Paralelamente é necessário
aprender a partir de pé.

[1] [2] [3]


Determinantes 1. Colocação prévia (figura 1):
técnicas 2. O atleta deve colocar-se 1 metro atrás da linha de partida, numa
posição erecta e alinhada com o sentido da corrida.

À voz de “aos seus lugares” (figura 2):


3. Tronco ligeiramente inclinado à frente;
4. Braços desencontrados com as pernas, flectidos a 90º pelos
cotovelos;
5. Pés apoiados pelo terço médio-anterior;
6. Peso do corpo distribuído pelas 2 pernas;
7. Joelhos ligeiramente flectidos;

Ao sinal de partida (figura 3):


8. Entrar em ação, fazendo a extensão enérgica de ambas as
pernas;
9. Avançar primeiro o pé de trás;
10. Os braços fazem uma ação vigorosa, em alternância com as
pernas, garantindo o equilíbrio e contribuindo para a propulsão
do corpo. Erros mais comuns: 2. Partidas de Pé
- Colocar mais avançado
Como concluir a Corrida: o braço do lado da perna
dianteira;
Descrição:
›› Existem 2 formas de concluir a corrida: ›› Partidas de posições variadas como pro-
- Pernas esticadas;
1) braços alternados ou 2) simétricos. - Mover primeiro a perna gressão para a partida de pé, após sinais
dianteira. sonoros, em modo de perseguição ou
O que não se deve fazer: competição directa por vagas; (corridas
›› Desacelerar antes de passar a meta; de 10-15 metros).
›› Saltar para a meta. Para correr é preciso
aplicar força no solo para o atleta se Objectivo:
propulsionar para a frente. No ar, só se ›› Aprendizagem da partida em 2 apoios.
perde velocidade.
Critérios de êxito:
›› De acordo com o modelo técnico apre-
sentado na página anterior.

32 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 33


CORRER CORRER
3. Desenvolvimento da Velocidade Nível Corrida de Velocidade de 40 a 60
(Capacidade de Aceleração e elementar metros, com partida de blocos
Velocidade Máxima)
Partida de Blocos
Objectivo: Vozes de comando?
›› Estimular o desenvolvimento da velo- ›› “aos seus lugares”
cidade. ›› “pronto”
›› Sinal Sonoro (apito)
Observações: Determinantes
• Preparação (colocação dos blocos) (Figura 1)
›› No nível Introdução, as formas jogadas técnicas 1. Bloco dianteiro a 2 pés da linha de partida;
e competitivas, devem ser privilegiadas.
2. Bloco traseiro a 3 pés da linha de partida;
Aceleração Velocidade Máxima • À voz de “aos seus lugares”: (Figura 2 e 3)
3. O aluno coloca-se numa posição de 5 apoios, com o joelho da perna de trás
apoiado no chão;
4. Mãos ligeiramente mais afastadas que a largura dos ombros;
5. Manter a cabeça no prolongamento do tronco;
• À voz de “prontos”: (Figura 4)
6. Elevar a bacia acima da linha dos ombros, até a perna dianteira apresentar um
ângulo de 90º;
7. Pés bem apoiados nos blocos;
Chão Quente Corridas de Perseguição • Ao sinal de partida: (Figura 5)
8. À voz de partida, empurrar os blocos com ambas as pernas, alinhando os seg-
mentos;
4. Corrida de Velocidade de 40 9. Avançar rapidamente o joelho da perna traseira;
metros com partida de pé 10. Realizar os movimentos dos braços coordenados com as pernas, num movimen-
to enérgico, activo e equilibrador.
Descrição:
›› O aluno realiza uma corrida de 40m;
›› A actividade realiza-se em competição
directa ou por registo de tempo.

Objectivo:
›› Correr o mais rápido possível. (ver Critérios de êxito: [1]
tabela de referência em Documento ›› De acordo com a tabela de referência
Orientador do projecto Mega Sprinter em Documento Orientador do projecto
2010-2011). Mega Sprinter 2010-2011.

A competição é um elemento catalisador Fase Turma do Mega Sprinter, apurando


da motivação dos jovens. Assim, a última os corredores mais rápidos da turma,
tarefa referida corresponde à realização da para a Fase Escola.

[2] [3]

[4] [5]
34 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 35
CORRER CORRER
Sequência 1. Aplicação da força do pé no bloco 4. Desenvolvimento da Velocidade
de ensino da frente. (Capacidade de Aceleração e
Velocidade Máxima)
Descrição:
›› O aluno realiza a Partida de Pé a um Aceleração
estímulo sonoro, com apoio do pé no
bloco da frente. Objectivo:
›› Estimular o desenvolvimento técnico
Objectivo Critério de êxito: e condicional das manifestações de
(exercícios 1,2 e 3): ›› extensão da perna dianteira na saída. velocidade.
- Realizar a
aprendizagem da 2. Aplicação da força do pé no bloco Descrição:
partida de blocos,
da frente e apoio no solo de uma das ›› O aluno empurra um colega, apoiando
com efectivo
aproveitamento dos mãos, condicionando o ângulo de as mãos nas costas do mesmo;
Critérios de êxito:
saída. Critério de êxito: ›› O aluno empurrado oferece uma resis-
tácos para realizar ›› Extensão da perna dianteira na saída;
›› Extensão da perna dianteira na saída; tência moderada ao deslocamento.
força, incidindo no ›› Avanço rápido da perna traseira, com
nível elementar nas Descrição: ›› Avanço rápido da perna traseira, com trajectória rasante do pé.
acções da perna da ›› O aluno realiza a Partida a três apoios a trajectória rasante do pé; Velocidade Máxima
frente. um estímulo sonoro, com apoio do pé ›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da pro-
no bloco da frente. jeção vertical do centro de gravidade. Descrição: Critérios de êxito:
No nível Elementar, intro-
›› O aluno realiza um percurso de 10 me- ›› De acordo com os aspetos fundamen-
duzem-se exercícios mais
tros à velocidade máxima, precedido de tais da corrida à velocidade máxima.
analíticos e específicos.
uma aceleração de 20 metros.

5. Corrida de 40 a 60 metros com Objectivo:


partida de blocos ›› Correr o mais rápido possível

Descrição: Critérios de êxito:


›› O aluno realiza uma corrida de 40m a 60 ›› Interligar as várias fases da corrida
Observações: metros, com partida de blocos;
- O bloco deve estar (partida, aceleração e velocidade máxi-
›› A actividade realiza-se em competição ma), de acordo com o modelo técnico
bem fixo. Quando directa ou por registo de tempo.
não for possível apresentado.
3. Partida de Blocos
estar fixado ao
solo, poderá estar Descrição:
encostado Critério de êxito:
›› O aluno realiza a Partida a 4 apoios a
à parede ou seguro ›› Extensão da perna dianteira na saída;
um estímulo sonoro, com apoio do pé
por um colega; ›› Avanço rápido da perna traseira, com
no bloco de trás.
- A utilização de trajectória rasante do pé;
›› Após a ação de partida podem ser per-
várias linhas de ›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da pro-
corridos 10-20 metros ou ser realizado
partida (exercícios jeção vertical do centro de gravidade.
um salto para um colchão.
2 e 3), serve para
adaptar a posição
de partida
do aluno sem alterar
a posição do bloco. Posição de Posição de Acção de
“Aos seus lugares” “Prontos” Partida

36 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 37


CORRER CORRER
Nível Corrida de Velocidade com partida 4. Desenvolvimento da
avançado de blocos Velocidade (Capacidade de
Sequência 1. Aplicação da força do pé no bloco
Aceleração e Velocidade
de ensino de trás Máxima)

Descrição: Objectivo:
Objectivo (exercícios
›› O aluno realiza a Partida de Pé a um ›› Estimular o desenvolvimento condicio-
1,2 e 3): - Desenvolver nal das manifestações de velocidade.
estímulo sonoro, com apoio do pé no
a capacidade de
exercer força nos bloco de trás.
Critérios de êxito:
blocos, incidindo no Observações: - No
Critério de êxito: ›› Extensão da perna de impulsão. Aceleração
nível avançado na nível Avançado, os
utilização da perna do ›› Pressionar o bloco traseiro. exercícios aumentam
›› Ação enérgica dos braços coordenada
bloco de trás. a incidência com as pernas
condicional.
2. Aplicação da força do pé no bloco Critérios de êxito: Velocidade Máxima
de trás e apoio no solo de uma das ›› De acordo com os aspetos fundamen- Velocidade máxima
mãos, condicionando o ângulo de tais da corrida à velocidade máxima.
saída Critério de êxito:
No nível avançado, os
›› Pressionar o bloco traseiro;
aspectos condicionais
Descrição: ›› Avanço rápido da perna traseira, com
5. Corrida de Velocidade com
assumem uma maior
preponderância, ›› O aluno realiza a Partida a três apoios a trajectória rasante do pé; partida de blocos Objectivo:
consolidando as um estímulo sonoro, com apoio do pé ›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da ›› Correr o mais rápido possível
aprendizagens no bloco de trás. projeção vertical do centro de gravida- Descrição:
técnicas já adquiridas, de. ›› O aluno realiza uma corrida de velocida- Critérios de êxito:
procura-se neste nível de, com partida de blocos; ›› De forma a interligar as várias fases da
uma aplicação das ›› A actividade realiza-se em competição corrida (partida, aceleração e velocida-
forças de forma a directa ou por registo de tempo. de máxima), de acordo com o modelo
potenciar a prestação
técnico apresentado.
do aluno.

Posição de “Prontos” Ação de Partida

3. Partida de Blocos
Critério de êxito:
Descrição:
›› Extensão da perna dianteira na saída;
›› O aluno realiza a Partida a 4 apoios a um
›› Pressionar o bloco traseiro;
estímulo sonoro, com apoio do pé no
›› Avanço rápido da perna traseira, com
bloco de trás.
trajectória rasante do pé;
›› A utilização de várias linhas de partida
›› O 1º apoio deve realizar-se atrás da
serve para adaptar a posição de partida
projeção vertical do centro de gravida-
do aluno sem alterar a posição do bloco.
de.

Posição de Posição de Acção de


“Aos seus lugares” “Prontos” Partida

38 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 39


CORRER CORRER

CORRIDAS DE ESTAFETAS introdução


Nível Corrida de Estafeta 4x50 metros,
com transmissão com controlo
visual na zona de transmissão
Referências Programáticas:
Transmissão com controlo Visual
Nível Introdução:
Efectua uma corrida de estafetas de 4x50m, recebendo o teste- Determinantes ›› Na entrega e receção do Testemunho:
munho, na zona de transmissão, com controlo visual e em movi- técnicas (Fig. 1)
mento, entregando-o em segurança e sem acentuada desacele- ›› Receber o testemunho em corrida
ração. ›› Polegar da mão recetora, voltado
para cima;
Nível Elementar: [1]
›› Entregar o testemunho na vertical.
Efectua uma corrida de estafetas de 4 x 60 m, recebendo o teste-
munho em movimento, na zona de transmissão e entregando-o,
após sinal sonoro, com segurança e sem acentuada desacelera-
ção.

Nível Avançado:
Em corrida de estafetas (4 x 60 m, 4 x 80 m, 4 x 100 m), entrega o
testemunho, sem desaceleração nítida na zona de transmissão,
utilizando a técnica descendente e/ou ascendente, e recebe-o
em aceleração sem controlo visual.

REGULAMENTO ESPECÍFICO:
[2] [3]
Colocação do receptor, com controlo visual sobre o transmissor. O receptor inicia a sua corrida, quando o transmissor se aproxima.
›› Uma equipa é constituída por 4 elementos;
›› O testemunho tem de percorrer todo o percurso da prova, e
consiste num tubo liso, de secção circular, feito de madeira,
metal ou outro material rígido, com um comprimento entre
28 e 30 cm, não devendo pesar menos de 50 gramas;
›› Sempre que o testemunho caia, tem de ser apanhado pelo
último atleta que o transportava, podendo este abandonar
a sua pista, se desta forma não prejudicar ninguém;
›› Para as restantes situações, os atletas devem manter-se
nos seus corredores durante a corrida e até que todas as
transmissões se efectuem, de modo a não prejudicarem os
outros participantes;
›› Em todas as corridas de estafetas, o testemunho tem de ser
transmitido dentro de uma zona de transmissão de 20 m de [4] [5]
comprimento; O receptor mantém o controlo visual sobre o transmissor, apresentado a mão. Entrega do testemunho em corrida e com controlo visual.
›› Nas corridas de estafetas até aos 4x100 metros (inclusivé), é
permitido que os concorrentes, com a excepção do primei-
ro, utilizem uma zona de aceleração (facultativa) até um
máximo de 10m.

[6] [7]
Concretiza-se a transmissão da mão direita do transmissor para a mão O receptor troca o testemunho para a mão direita.
esquerda do receptor.
40 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 41
CORRER CORRER
Sequência 1. Transmissão com controlo visual Nível Corrida de Estafeta 4x60 metros,
de ensino visual, parado
›› O recetor vai buscar o testemunho com elementar com transmissão sem controlo visual
na zona de transmissão
Descrição: o polegar virado para cima;
›› Os Alunos realizam uma estafeta ›› Depois de ter o testemunho em seu
Transmissão sem controlo Visual,
vaivém, passando por trás de um cone poder, o recetor deve troca-lo para a
mão direita. sem zona de balanço
colocado no fim da sua fila;
Determinantes • Preparação prévia:
›› Chamar à atenção para a utilização da
mão direita por parte do transmissor e a Objectivo: técnicas 1. O recetor coloca uma marca no solo, a cerca de 4-5 metros do
›› Introdução do testemunho e aprendiza- início da zona de transmissão;
mão esquerda pelo recetor;
gem da colocação das mãos do trans- 2. Posicionamento do recetor, junto ao início da zona de trans-
›› O percurso realiza-se no sentido dos
missor e recetor. missão;
ponteiros do relógio;
• À passagem do transmissor pela marca: (Figura 1)
›› O recetor deve dar um passo lateral-
Critérios de êxito: 3. O recetor arranca quando o transmissor passa pela marca,
mente, de forma a destacar-se dos
›› O recetor coloca a mão de forma bem acelerando sem olhar para trás;
demais alunos na fila;
visível para o transmissor, com o po- • Transmissão: (Figura 2, 3 e 4)
›› Distância a percorrer por cada aluno
legar da mão recetora orientado para 4. O transmissor solicita a mão do recetor com um sinal sonoro
deve ser de cerca de 40 metros;
cima e a palma da mão voltada para o de “mão” ou “toma”, quando está à distância exacta para a
›› O testemunho é apresentado na vertical
transmissor. entrega;
ao recetor;
5. O recetor estende o braço para trás (de acordo com a técnica
utilizada) para o transmissor lhe entregar o testemunho;
6. O transmissor e recetor deverão coordenar a sua velocidade
de forma a optimizar a velocidade de transmissão do teste-
munho;
7. Ambos os corredores devem utilizar mãos alternadas na
transmissão (da direita do transmissor para a esquerda do
recetor ou vice versa);
8. Para que os participantes não tenham necessidade de trocar
o testemunho de mão, o 1º e 3º percurso (em curva nos
4x100m), o concorrente corre com o testemunho na mão di-
reita, correndo encostado ao bordo interior da pista, e o 2º e
4º percursos, o concorrente corre com o testemunho na mão
2. Aprendizagem Transmissão com esquerda, encostados ao bordo exterior da pista.
Controlo visual e em movimento
›› O recetor deve adaptar a sua velocidade
Descrição: à do transmissor.
›› A partir da situação anterior, introduzi-
mos uma zona de transmissão (a Objectivo:
Situação Competitiva: cinzento), para que os alunos realizem a ›› Transmissão do testemunho com o
- Cronometrar cada transmissão em movimento. recetor em deslocamento.
aluno individualmente ›› Quando o aluno vê o transmissor no
a realizar um percurso; final da fila começa a correr. Critérios de êxito:
- Comparar a soma ›› A entrega/receção deve ser realizada
dos tempos individuais
›› O recetor recebe o testemunho em des-
em deslocamento e dentro da Zona de locamento, de acordo com o modelo
com o tempo transmissão. [1] [2]
realizado pela equipa, técnico apresentado.
verificando o nível
de optimização das
transmissões.

[3] [4]
42 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 43
CORRER CORRER
Existem 2 técnicas de transmissão 2. Aprendizagem da transmissão ›› Se o erro se verifica na execução da
do testemunho: Ascendente e Des- Descendente em deslocamento. técnica de transmissão, corrige-se com
cendente. o exercício anterior.
Descrição: ›› Método interior e exterior (direita e
Técnica de Transmissão Descendente: Situação Competitiva: ›› Os Alunos, em grupos de 2, realizam a esquerda).
›› É a técnica de transmissão mais eficaz; - Cronometrar cada entrega do testemunho dentro da Zona
›› Actualmente é a técnica de transmissão aluno individualmente a de Transmissão. Objectivo:
utilizada pela generalidade das melho- ›› O recetor deve partir quando o trans- ›› Realizar o transfere da aprendizagem
realizar a distância total
res equipas internacionais. missor passa na marca de saída (cone da técnica de transmissão descendente,
(40/50/60 metros); em situações de baixa intensidade para
vermelho);
- Comparar a soma dos uma situação de exercício a velocidade
›› O recetor coloca a palma da mão ›› O recetor deve acelerar à sua capacida-
tempos individuais com o de máxima; quase-máxima.
oblíqua e para cima, com o polegar a
apontar para baixo; tempo realizado pelo par ›› Se o erro é na sincronia de velocidades,
›› O transmissor transmite o testemunho (2x 20/25/30 metros), corrige-se com a mudança na marca de Critérios de êxito:
num movimento rápido de trás para a verificando o nível de saída: ›› A transmissão realiza-se, de acordo com
frente e de cima para baixo, estendendo optimização das trans- ›› Se o recetor é apanhado muito cedo, a técnica definida, dentro da zona de
o braço. missões. afasta-se a marca de saída; transmissão;
›› Se o recetor não é apanhado aproxima- ›› A transmissão realiza-se a uma veloci-
Técnica de Transmissão Ascendente: se a marca de saída. dade “ótima”.
›› Muitas vezes utilizada em contexto
escolar ou em equipas de formação;
›› Não é necessário dominar esta forma de
transmissão para introduzir a técnica de
transmissão descendente.

Determinantes ›› O recetor estende a mão à retaguarda,


técnicas coloca a palma da mão voltada para
baixo e para trás, com o polegar a for-
frente e de baixo para cima, estendendo
o braço, colocando o testemunho entre 3. Estafeta de 4x 40/50/60 metros
mar um V invertido, ao nível da bacia; o indicador e o polegar (que devem
›› O transmissor transmite o testemunho estar bem afastados) do recetor. Descrição: anteriores, para uma situação “formal”
num movimento rápido de trás para a ›› Em equipas de 4 elementos, realizam de competição.
uma estafeta de 4x 40/50/60 metros,
1. Aperfeiçoamento da Técnica de
com a entrega do testemunho dentro Critérios de êxito:
transmissão Descendente
das respectivas zonas de transmissão; ›› As transmissões realizam-se, de acor-
›› Os alunos que realizam o 1º e 3º per- do com a técnica definida, dentro das
Descrição:
curso utilizam a mão direita e os alunos zonas de transmissão;
Sequência ›› Os alunos realizam transmissões, utili-
que realizam o 2º e 4º percurso utilizam ›› As transmissões realizam-se a uma velo-
de ensino zando a Técnica de Transmissão Descen-
dente.
A linha orienta o percurso percorrido pelo testemunho a mão esquerda. cidade “ótima”;
›› Método interior e exterior (direita e ›› Os alunos utilizam correctamente as
Objectivo: mãos, de acordo com o percurso que
esquerda).
›› Realizar o transfere das aprendizagens realizam.
›› Deve ser realizado parado (sentado
e/ou de pé) e só depois a trotar ou a
correr.
›› O transmissor deve dar o sinal combina- O testemunho avança pelo meio do corredor (+ Específico)
do: por exemplo “toma”;
›› O recetor coloca a mão à retaguarda.

Objectivo:
›› Aprendizagem da transmissão do teste-
munho com técnica descendente.

Critérios de êxito: ›› O transmissor coloca o testemunho


›› O recetor coloca a mão “alta”, de acordo num movimento de trás para a frente e
com as determinantes técnicas da técni- de cima para baixo.
ca de transmissão;
44 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 45
CORRER CORRER
Opção para Pavilhão: ralmente, de forma a destacar-se dos
demais alunos na fila. Nível Corrida de Estafeta, com
›› Os Alunos realizam uma estafeta
vaivém, passando por trás de um cone
›› O receptor deve partir quando o trans-
missor passa na marca de saída (cone
avançado transmissão sem controlo
visual na zona de transmissão
colocado no fim da sua fila, entregando vermelho);
o testemunho antes que o receptor che- ›› Método interior e exterior (direita e Transmissão sem controlo Visual,
gue ao cone colocado a meio do per- esquerda). com zona de balanço
curso (Zona deTransmissão – a laranja).
›› O receptor deve dar um passo late- Sequência 1. Aprendizagem da transmissão
de ensino Descendente em deslocamento, com
utilização da Zona de Balanço
No nível avançado, é
introduzida a zona de
balanço, permitindo Descrição:
a transmissão a uma ›› Os Alunos realizam uma estafeta 2 X ›› Método interior e exterior (direita e
velocidade de 20/25/30, realizando a entrega do teste- esquerda).
deslocamento superior munho dentro da Zona de Transmissão,
utilizando a zona de balanço de cerca Objectivo:
de 5 metros (a azul). ›› Aumentar a velocidade de desloca-
›› A entrega só pode ser realizada depois mento na transmissão do testemu-
Situação de os dois alunos entrarem dentro da nho.
Competitiva: Zona de Transmissão;
- Cronometrar cada ›› Se o erro é na sincronia de velocidades, Critérios de êxito:
aluno individualmente corrige-se com a mudança na marca de ›› A transmissão realiza-se, de acordo
a realizar a distância saída: com a técnica definida, dentro da
total (40/50/60
›› Se o recetor é apanhado muito cedo, zona de transmissão;
metros);
- Comparar a soma afasta-se a marca de saída; ›› A transmissão realiza-se a uma veloci-
dos tempos individuais ›› Se o recetor não é apanhado aproxima- dade “ótima”.
com o tempo realizado se a marca de saída.
pelo par (2x 20/25/30
metros),
verificando o nível
de optimização das
transmissões.

[2] Estafeta de 4x 60 metros Critérios de êxito:


›› As transmissões realizam-se, de acor-
Descrição: do com a técnica definida, dentro das
›› Em equipas de 4 elementos, realizam zonas de transmissão;
uma estafeta de 4x 60 metros, com a ›› As transmissões realizam-se a uma velo-
entrega do testemunho dentro das cidade “ótima”;
respectivas zonas de transmissão; ›› Os alunos utilizam correctamente as
›› Os alunos que realizam o 1º e 3º per- mãos, de acordo com o percurso que
curso utilizam a mão direita e os alunos realizam.
que realizam o 2º e 4º percurso utilizam
a mão esquerda.

Objectivo:
›› Realizar o transfere das aprendizagens
anteriores, para uma situação “formal”
de competição.

46 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 47


CORRER CORRER

CORRIDAS Determinantes
técnicas
A corrida com barreiras é uma corrida de velocidade, com obstá-
culos que têm que ser transpostos com a menor perda de tempo.
Para optimizar a transposição das barreiras é necessário ter em
COM BARREIRAS atenção as seguintes determinantes técnicas.

Referências Programáticas: Aproximação à barreira: (Figs. 1 e 2)


›› O tronco deve estar vertical, olhando em frente e sem recuar
Nível Introdução: os ombros relativamente à bacia.
Realiza uma corrida (curta distância), transpondo pequenos ›› Correr com apoios efectuados pela zona médio-anterior do pé;
obstáculos (separados entre si com distâncias variáveis), combi-
nando com fluidez e coordenação global, a corrida, a impulsão, o Transposição da barreira:
voo e a receção. ›› As cinturas escapular e pélvica devem permanecer paralelas à
barreira; (Fig. 4)
Nível Elementar:
Efectua uma corrida de barreiras com partida de tacos. “Ataca” a Perna de impulsão:
barreira, apoiando o terço anterior do pé longe desta, facilitan- ›› Extensão da perna de impulsão, mantendo o alinhamento dos
do a elevação do joelho e a extensão da perna de ataque. Passa segmentos; (Fig. 2)
›› Realizar uma abdução da perna, contornando a barreira; (Fig.
as barreiras com trajectória rasante, mantendo o equilíbrio nas
4)
recepções ao solo e sem desaceleração nítida.
›› O joelho da perna de impulsão é mantido alto e orientado
para a frente na receção; (Fig. 5)
Nível Avançado:
Efectua uma corrida de barreiras (50 m a 100 m), com partida
Perna de ataque:
de tacos, mantendo o ritmo das três passadas entre as barreiras ›› Colocar a perna de ataque na direção do deslocamento; (Fig. 4)
durante toda a corrida, passando as barreiras com trajectória ›› Procurar o solo rapidamente, assim que o pé da perna de ata-
rasante, mantendo o equilíbrio, sem acentuada desaceleração. que passa a barreira;
Elaborado por: ›› Realizar uma receção ao solo, com um apoio efectuado no
João Ribeiro, REGULAMENTO ESPECÍFICO: terço anterior do pé, evitando a flexão do membro inferior;
Rui Norte ›› As corridas são efectuadas em pistas separadas, e os concor- (Figs. 5 e 6)
e José Barros rentes devem permanecer na sua pista até que terminem a ›› O tronco não deve estar inclinado para trás no momento de
receção. (Fig. 5)
prova;
›› Será desclassificado o concorrente que passe uma barreira
que não seja colocada na sua pista;
›› Qualquer concorrente que derrube intencionalmente uma
barreira, com as mãos ou com os pés, será desclassificado;
›› É obrigatório “passar” todas as barreiras;
›› As regras para a partida de blocos, são idênticas às das já
indicadas para a corrida de velocidade.

[1] [2] [3]

[4] [5] [6]


48 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 49
CORRER CORRER
Como podemos desenvolver 2. Exercícios Analíticos
a técnica de transposição de
Já referenciados para o desenvolvimento
barreiras? da velocidade, surgem neste capítulo com
o objectivo de desenvolver a técnica de
1. Formas Jogadas; transposição das barreiras. Os exercícios
2. Exercícios analíticos. analíticos devem ser privilegiados para os
alunos dos níveis elementar e avançado.
1. Formas Jogadas
No nível de introdução, as formas jogadas 1. Exercícios de Coordenação
devem ser privilegiadas.
Descrição:
1. “Formula 1” ›› O aluno realiza uma tarefa, procurando
realizar a destreza no menor tempo
Organização: possível.
›› Organizar o percurso em função do lhota à frente, efectuando-se posterior- ›› Este exercício, semelhante ao apresen-
espaço e material existente; mente corridas de velocidade; slalom, tado na página 8, deve ser realizado
›› O percurso é iniciado com uma camba- transposição de barreiras, etc com obstáculos mais altos, 20-30cm,
›› Possibilidade de fazer a prova por esta- acentuando a ênfase na postura e ali-
fetas. nhamento dos segmentos corporais.
››
2. Caminhar sobre Barreiras
Material Necessário:

›› Barreiras simplificadas (12)*;
Descrição:
›› Postes de slalom (16)*;
›› O aluno transpõe pequenas barreiras,
›› Colchões de ginástica (4)*;
com altura entre os 20 e 50cm;
›› Aproximadamente 50 cones de marca-
ção e delimitação;
›› Cronómetros (se houver registo dos
tempos)
›› * A quantidade está dependente do
número de equipas em simultâneo.

2. “Fuga ao Canguru” após contornar o poste;


›› Possibilidade de fazer a prova por esta-
Organização: fetas (várias equipas em simultâneo em
›› Estafeta combinando corridas de veloci- percursos separados) 3. Saltitares sobre Barreiras
dade e corridas de barreiras; Registo do tempo da estafeta.
›› Saída com uma cambalhota à frente se- Material Necessário: Descrição:
guido de percurso de velocidade, com ›› 2 colchões de ginástica por equipa; ›› O aluno transpõe pequenas barreiras,
ou sem barreiras; ›› 3-4 barreiras simplificadas por equipa; com altura entre os 20 e 50cm;
›› Entrega do teste- ›› 2 postes de marcação por equipa;
munho (ring ›› 1 anel de borracha (testemunho) por
de borracha) equipa;
›› Cronómetros (se houver registo dos
tempos).

50 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 51


CORRER CORRER
4. Transposição sobre Barreiras em Nível 1. Corrida Modelada
Corrida introdução Descrição:
Descrição: Sequência ›› Corrida rápida colocando um apoio em
›› O aluno transpõe pequenas barreiras, de ensino cada espaço.
com altura entre os 20 e 50cm;
Organização: Objectivo:
Opção 1 – Perna de impulsão; Na abordagem da ›› Colocar simultaneamente, pelo menos ›› Identificar o comprimento de passo
Opção 2 – Perna de Ataque; corrida de barreiras é 3 níveis diferenciados, de acordo com o ideal para a corrida de velocidade.
Opção 3 – Perna de Impulsão e Perna de Ataque. necessário estimular a descrito na página 29.
capacidade de correr
rápido sobre uma
distância curta,
com uma estrutura
técnica adequada,
introduzindo
obstáculos (barreiras),
necessariamente
baixos, de forma a
permitir o pressuposto
inicial (correr rápido), 2. Transposição de Barreiras com
com fluidez. É
também importante,
uma estrutura rítmica de 3 passos (4
nesta fase, desenvolver apoios entre barreiras)
a capacidade de
transpor as barreiras, Organização:
atacando com ›› Com base nas marcas colocadas para
ambas as pernas. realizar a corrida modelada, colocar nos Objectivo:
Opção 1 Opção 2 Opção 3
diferentes níveis de comprimento de ›› Realizar uma corrida com barreiras, a
passo, barreiras de 40cm em cima da velocidade de deslocamento elevada.
5ª, 9ª, 13ª e 17ª marca (1ª marca sobre a
Erro mais comum: linha de partida).
- Realizar chamadas no
“ataque” às barreiras;

A utilização de barreiras desajustadas no grau de desenvol-


vimento dos jovens provoca a necessidade de realizar uma
chamada para poderem transpor a altura do obstáculo (bar-
reiras muito altas). Assim como, a colocação das barreiras a
uma distância demasiado longa (para o padrão rítmico utili-
zado), provoca que os alunos realizem apoios “rodados” (pelo
calcanhar), com os quais aumentam a aplicação de força para
aumentar o comprimento de passo, aumentando o tempo de
apoio, associado à diminuição da velocidade de deslocamento.

52 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 53


CORRER CORRER
3. Transposição de Barreiras com Nível 1. Transposição de Barreiras com um
uma estrutura rítmica de 4 passos (5
apoios entre barreiras)
elementar ritmo de 3 passos

Sequência Organização: Objectivo:


Organização: pé, realizando o contacto inicial através de ensino ›› Com base no exercício 2.) do nível ›› Aumentar a distância de ataque (e
›› Com base nas marcas colocadas para os de uma acção de cima para baixo e da introdução, com as mesmas estruturas diminuir a de receção), para aumentar a
exercícios anteriores, colocar nos dife- frente para trás; de comprimento de passo, colocar as velocidade de corrida.
rentes níveis de comprimento de passo, ›› O aluno deve manter o “pé armado” barreiras um pé à frente da marca.
barreiras de 40cm em cima da 4ª, 9ª, 14ª durante a fase aérea do apoio;
e 19ª marca. ›› O aluno deve manter o alinhamento Neste nível, a
dos segmentos corporais (ombros-ba- aprendizagem centra-
Objectivo: cia-pé), colocando-se com uma postura se na capacidade de
›› Desenvolver a capacidade de transpor alta, tronco direito, olhando em frente; aumentar a distância
›› O aluno evita a rotação das cinturas de ataque, diminuindo
as barreiras com ambas as pernas.
escapular e pélvica na transposição das a distância de
recepção, permitindo
Critérios de êxito: barreiras;
aumentar a velocidade
›› O aluno realiza a abdução da perna de de deslocamento na 2. Transposição de Barreiras com 8
›› O aluno deve correr com apoios efec- impulsão, após o instante de saída, de corrida com barreiras. passos da partida à 1ª barreira
tuados pela zona médio-anterior do forma a contornar a barreira. O desenvolvimento
da estrutura rítmica, Organização:
de 3 passos (4 apoios), ›› Com base no exercício anterior, com
estimulando a as mesmas estruturas de amplitude
frequência gestual,
de passo, retirar a barreira colocada na Objectivo:
procurando uma
trajectória rasante
5ª marca (pode colocar-se na 21ª, se ›› Introduzir o ataque à 1ª barreira com 8
para diminuir a houver espaço), permitindo assim uma passos de corrida.
perda de velocidade estrutura de 8 passos à 1ª.
na transposição da
barreira. Introduz-se
Material Alternativo para a agora a partida de
abordagem das barreiras: blocos, de acordo
com o apresentado
para a corrida de
velocidade, mas com
uma estrutura de 8
passos para percorrer 3. Corrida de Barreiras com partida
a distância para a 1ª de blocos
barreira.
Organização: do na transposição só o estritamente
banco sueco ›› Com base no exercício anterior, retirar necessário;
as marcas e colocar blocos de partida. ›› O aluno realiza a extensão completa da
Objectivo: perna de impulsão;
›› Introduzir a partida de blocos na corrida ›› O aluno realiza a recuperação da perna
com barreiras. de impulsão, completando esta acção
com o joelho alto e orientado para a
Critérios de êxito: frente;
›› O aluno deve manter o alinhamento ›› O aluno mantém os braços flectidos,
cones e ripas de madeira dos segmentos corporais (ombros- sendo os cotovelos a parte mais afasta-
bacia-pé) no ataque à barreira, flectin- da do corpo.

caixas de cartão

54 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 55


CORRER SALTAR
1. Transposição de Barreiras com 8
Nível passos da partida à 1ª barreira
avançado Objectivo:
Organização:
›› Igual ao exercício n.º 2 do nível elemen- ›› Estruturar o padrão de corrida, mode-
Sequência lando o comprimento de passo.
de ensino tar.

2. Corrida de Barreiras com estrutu-


ra rítmica de 3 passos, com partida
de blocos

Organização: Critérios de êxito:


›› Neste exercício, a distância entre barrei- ›› O aluno realiza uma impulsão forte para
ras é sempre igual. Contudo, é desejável a frente, projectando a bacia para a
continuar a proporcionar pelo menos 3 frente na transposição da barreira;
níveis de dificuldade diferenciados, de ›› O aluno realiza a recuperação da perna
forma a permitir que os alunos cum- de impulsão, com o calcanhar próximo
pram o objectivo de correr rápido entre da nádega e mantendo o joelho sempre
barreiras. mais alto que o pé;
›› O aluno realiza movimentos antero-
Objectivo: posteriores com os braços, sem para-
›› Realizar uma corrida com barreiras, de gens e cruzamentos.
acordo com uma estrutura “formal”.

SALTAR

56 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 57


SALTAR SALTAR

SALTAR Capacidade de Salto


Como podemos estimular a
capacidade de salto?
vertical ou horizontal. Todos os saltos do
atletismo são analisados de acordo com as Saltos Gerais
seguintes fases:
Quando utilizar? Exercícios Analíticos:
Elaborado por: 1. Corrida de Balanço; Estes exercícios
Alcino Pereira
1. Saltitares diversos
2. Chamada podem incorporar
Rui Norte 3. Voo e os aquecimentos,
José Barros Descrição:
4. Queda permitindo assim
um maior período
›› Saltitares com um ou dois apoios, co-
Nos saltos a fase mais importante é a ordenados com outras tarefas (saltar à
ligação corrida-impulsão, a chamada. É a de estimulação da
capacidade de salto. corda, com piruetas, subindo os joelhos,
que mais determina a qualidade do salto, etc.);
Saltar corresponde à capacidade do ser e como tal, deve ser alvo de uma atenção
humano se projetar sobre uma distância, redobrada na aprendizagem. Critério de êxito:
›› Realiza as tarefas solicitadas mantendo
Objectivo
O que é fundamental para o alinhamento corporal com deforma-
(exercícios 1 e 2):
ção mínima das articulações;
saltar - Melhorar a força
elástica de base, a
coordenação e o 2. Saltos profundos com tarefas
›› Apoio ativo com todo o pé (Fig 1, 3 e 5)
alinhamento inter-
›› O alinhamento dos segmentos: (pés,
segmentar. Descrição:
ancas e ombros) (Fig 1, 3 e 5)
›› Saltos a duas pernas com grande flexão
›› Extensão completa de todo o corpo (Fig
e tarefas diversas durante a fase aérea
2,4 e 6)
Critérios de êxito (rodar braços; subir joelhos; etc…)
›› Avanço e bloqueio dos segmentos
livres, no sentido do deslocamento (Fig (exercícios 2 e 3):
- O aluno termina
2,4 e 6)
[1] [2] cada impulsão com
extensão total do
Como podemos estimular? corpo e mantendo o
alinhamento corporal.
Formas jogadas (em competição direta - Realiza a impulsão
apoiando toda a 3. Passo saltitado (Giroflés)
entre 2 ou mais equipas, somando pontos
para a equipa em função do resultado planta do pé.
- Os segmentos Objetivo:
obtido, ou permitindo a continuidade da
livres ajudam na ›› Melhorar a postura e a coordenação Descrição:
progressão da equipa, a partir do local de manutenção do específica de salto (com ênfase even- ›› O aluno salta e receciona com o mes-
queda do elemento anterior). equilíbrio e na acção tualmente dirigida à aprendizagem e mo pé, continuando com um passo e
de impulsão. correção de aspetos analíticos da ação repetindo a ação com a outra perna, de
Exercícios Analíticos (com os alunos orga-
[3] [4] de salto); forma contínua e sucessiva.
nizados por vagas, 3 a 6 alunos em simul-
tâneos em filas diferentes, ou integrando
um circuito, durante o aquecimento).

[5] [6]

58 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 59


SALTAR SALTAR
Capacidade de Salto Capacidade de Salto
Como podemos estimular a Como podemos estimular a
capacidade de salto? capacidade de salto?

Formas Jogadas: Saltos horizontais

1. Impulsão Horizontal Exercícios Analíticos:


Material Necessário:
Organização: ›› Cones ou ripas de marcação; 1. Saltos coordenativos básicos
›› Saltos a pés juntos; ›› Fita métrica.
›› Zona de receção marcada por zonas de Descrição:
15-20cm (indicar pontos); ›› Combinação de saltos apoiando 1 ou 2 Critério de êxito:
›› Somar os pontos dos elementos da pés em função da cor dos arcos; ›› O aluno realiza a tarefa sem paragens;
equipa;
›› Pode realizar uma competição indivi- 2. Passo-chamada (Corre e salta)
dual.
Descrição:
›› O aluno corre, salta, corre, salta… Observações:
2. “Rãs” ultrapassando obstáculos horizontais (1 ›› Incluir variantes: a) Nº passos (1 a 5); b)
a 2,5m). Salta com um pé e recepciona Comprimento do obstáculo (1 a 2,5m)
Organização: com o pé contrário;
›› O primeiro elemento da equipa salta
a partir de uma linha e os restantes Critérios de êxito:
saltam de onde caiu o anterior. ›› Realiza a chamada com apoio de toda a
›› Podem realizar a prova várias equipas planta do pé.
em simultâneo; ›› Avanço e elevação enérgica da coxa da
›› Pode registar-se 2 ou 3 tentativas para Material Necessário: perna livre.
cada equipa, registando a distância ›› Cones ou ripas de marcação; ›› Quando salta, é visível uma alteração
percorrida pela equipa. ›› Fita métrica (para medir a distância da trajectória do corpo, mantendo o
total). equilíbrio.

3. Decassalto com cones 3. Multi-saltos horizontais


sinalizadores Objectivos Específicos: Critérios de êxito:
›› Aprendizagem e aperfeiçoamento da ›› Mantém o equilíbrio e uma postura
Organização: coordenação específica de salto (alter- erguida.
›› Com uma pequena corrida prévia (má- sequência seguinte, com um nível de nado ou sucessivo) e a força reactiva ›› Impulsiona desenrolando o apoio por
ximo 10m), realiza 10 saltos com apoios dificuldade um pouco superior (por específica; toda a planta do pé.
alternados, sobre 10 cones; exemplo: 2,00m); ›› Os braços ajudam no equilíbrio e na
›› Organizar 5 sequências de cones; ›› Cada elemento pode realizar 2 tentati- propulsão (preferencialmente numa
›› Em cada sequência, os cones estão vas em cada sequência; ação alternada).
separados entre si sempre pela mesma ›› A sequência mais fácil vale 1 ponto,
distância (por exemplo, 1,80m) exceto enquanto a mais difícil vale 5 pontos; Quando utilizar?
entre o 1º e o 2º cone, que tem mais ›› Vence a equipa que somar mais pontos.
50cm de intervalo; No final do
›› Os alunos começam pela sequência Material Necessário: aquecimento,
mais fácil e, se conseguirem chegar ›› Cones ou ripas de marcação; proporcionando níveis
›› Fita métrica. diferenciados para Opção 1 - Saltos Alternados (Step’s) Opção 2 - Saltos Sucessivos (Hop’s - “Coxinhos”)
ao fim da sequência, passam para a
grupos diferenciados Descrição: Descrição:
de alunos ›› Saltar, consecutiva e alternadamente ›› Saltar, sucessivamente com o mesmo
com um e outro pé, com predominân- pé, com predominância horizontal
cia horizontal, sobre marcas ou peque- (eventualmente, sobre marcas ou pe-
nos obstáculos. quenos obstáculos).

Observações: Observações:
›› Utilizar referências visuais com um afas- ›› Primeiro em saltos muito rápidos e
tamento progressivo curtos e, mais tarde, sobre referências
visuais.
60 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 61
SALTAR SALTAR

SALTO EM COMPRIMENTO Determinantes


técnicas
›› Corrida: (Fig. 1)
1. O aluno deve realizar uma corrida progressivamente acelera-
Referências Programáticas: da, com ritmo crescente até à chamada;
2. Correr com apoios dinâmicos;
Nível Introdução: 3. Correr com uma postura erguida, olhando em frente e com
Salta em comprimento com a técnica de voo na passada, com os ombros relaxados;
corrida de balanço (6 a 10 passos) e impulsão numa zona de 4. Os braços, fletidos a cerca de 90º, ajudam a ação de forma
chamada. Acelera progressivamente a corrida para apoio activo e rápida e enérgica;
extensão completa da perna de impulsão; eleva energicamente 5. A corrida tem entre 10 e 20 passos, de acordo com a capaci-
a coxa da perna livre, projectando-a para a frente, mantendo-a dade técnica e condicional do saltador.
em elevação durante o voo (conservando a perna de impulsão
atrasada); queda a pés juntos na caixa de saltos. ›› Chamada:
6. A chamada é realizada apoiando todo o pé; (Fig. 6)
Nível Elementar: 7. Durante a chamada, o movimento ativo das pernas deve ser
Salta em comprimento com a técnica de voo na passada, com acelerado e ampliado;
corrida de balanço de oito a doze passadas e impulsão na tábua 8. A coxa da perna livre avança rapidamente até uma posição
de chamada. Aumenta a cadência nas últimas passadas para horizontal, enquanto todas as articulações da perna de cha-
realizar uma impulsão eficaz, mantendo o tronco direito. “Puxa” a mada (anca, joelho e pé) são estendidas muito ativamente;
perna de impulsão para junto da perna livre na fase descenden- (Fig. 6 e 7)
te do voo, tocando o solo, o mais longe possível, com flexão do 9. O tronco mantém-se próximo da vertical, com a cabeça
tronco à frente. levantada, olhando em frente; (Fig. 6 e 7)
10. Os braços ajudam, acelerando o movimento normal que têm
Nível Avançado: durante a corrida e terminando a chamada com uma breve
Salta em comprimento com a técnica de “voo na passada”, com paragem do seu movimento.
corrida de balanço ajustada. “Puxa” as pernas para a frente e os
braços (paralelos) para a frente e para baixo, na parte final do ›› Voo:
voo, inclinando o tronco à frente para recepção na caixa de saltos. 11. Fase ascendente:
REGULAMENTO ESPECÍFICO: ›› A posição das pernas e do tronco no final da chamada,
›› O sector de salto em comprimento é composto por um corre- mantém-se durante alguns momentos; (Fig. 8)
dor de balanço, a tábua de chamada e a caixa de areia; ›› Manter o olhar dirigido para a frente ou, eventualmente, um
›› A chamada é feita com um só pé; pouco para cima; (Fig. 8)
›› Não é permitido a realização de qualquer tipo de salto mortal; 12. Fase descendente:
›› O resultado do salto é a distância mínima entre a marca deixa- ›› A perna de chamada flete e junta-se à perna livre, que conti-
da pelo concorrente na areia e a linha de chamada (o limite da nua fletida à frente; (Fig. 9)
tábua mais próximo do fosso de areia); ›› Ambos os joelhos sobem antes da extensão das pernas para
a frente; (Fig. 9)
›› Todos os participantes têm direito a efetuar 3 saltos. Após esta
›› O tronco vai-se fechando sobre as pernas, enquanto os
fase, os 8 primeiros classificados têm direito a mais 3 tentati- braços fazem um movimento circular de cima para a frente
vas; e para baixo. (Fig. 9, 10)
›› No final do concurso, os concorrentes são classificados de
acordo com o seu melhor salto; ›› Queda:
›› O salto é considerado nulo quando: 13. Os pés entram na areia paralelos e pelos calcanhares; (Fig. 11)
- O concorrente toca o solo para além da linha de chama- 14. Amortecer a queda, fletindo os joelhos após o toque dos
da e antes da caixa de areia; calcanhares, permitindo avançar as ancas sobre o local de
- O concorrente salta do exterior do corredor de balanço; contacto; (Fig. 11)
- Depois de completado o salto, o concorrente caminha 15. Os braços continuam o seu movimento para baixo e, agora,
na área de receção no sentido da tábua de chamada. para trás – sem contactar o solo.

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11]
62 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 63
SALTAR SALTAR
Nível Salto em Comprimento, com 3. Salto com 4 a 6 passos (sobre elástico)
introdução impulsão numa zona de chamada,
Objetivo:
com 6 a 10 passos de balanço ›› Aprendizagem da queda a 2 pés. (±60x60cm);
›› Aprendizagem da recolha da perna de ›› Fixa a posição (fletida) da perna livre até
1. Corre e Salta
chamada (que deve fletir quando avança passar o elástico;
Sequência para junto da perna livre). ›› Cai com os dois pés, amortecendo a
Objectivo:
de ensino ›› Diferenciar a passada de corrida da pas- Critérios de êxito: receção.
sada de salto (ligação corrida-chamada) ›› Chamada com apoio de toda a planta Descrição:
do pé. ›› Com 4 a 6 passos de corrida, saltar ultra- Material / Observações:
pelo condicionamento do espaço e
›› Avanço e elevação enérgica da coxa passando um elástico com ±40cm de ›› Materialização de uma zona de chama-
diferenciação do ritmo.
da perna livre, com fixação do joelho altura e colocado a cerca de 1,5m do local da antes da caixa de areia ou colchão de
flectido. de chamada. Ao passar sobre o elástico, queda.
Descrição:
Nos saltos a fase recolher a perna de chamada para rece- ›› Colocação do elástico de forma a pro-
›› Correr, saltar, correr, saltar… ultrapas-
mais importante é Material / Observações: cionar a dois pés, com amortecimento. vocar um salto relativamente alonga-
sando obstáculos horizontais (1 a 2m)
a ligação corrida- ›› Obstáculos horizontais mas, preferen- do (embora de modo a também não
e espaçados de forma a permitir 3 a 5
impulsão, a chamada. cialmente, com alguma altura (10- Critérios de êxito: provocar receio).
Para isso o aluno
passos de corrida entre os obstáculos.
Pedir velocidade de corrida (pode usar- 20cm). ›› Realiza o nº de passos solicitado,
deve desenvolver impulsionando na zona de chamada
um conjunto de se em forma de estafeta).
acções fundamentais
para o melhor
aproveitamento da
capacidade de salto.
Para desenvolver
esta capacidade
é fundamental
realizar a tarefa com
corrida limitada,
a uma velocidade 4. Salto completo com 6 a 10 passos
mais baixa, antes de
procurar fazê-lo a uma Objetivo:
intensidade superior. ›› Aprendizagem do movimento comple- na zona de chamada;
Para que o aluno se to com um pouco mais de velocidade. ›› Realiza o salto de acordo com os objec-
centre na realização 2. Saltar c/ queda em afundo
tivos deste nível de aprendizagem.
das acções motoras Descrição:
e não nas restrições Objetivo:
›› Fixa a posição da perna livre no final da ›› Saltar com 6 a 10 passos de corrida, Material / Observações:
regulamentares, no ›› Diferenciar as ações da perna de cha-
chamada; com início a pé fixo e chamada numa ›› Materialização de uma zona de chama-
nível de introdução, a mada e da perna livre.
chamada realiza-se ›› Mantém o equilíbrio. zona de ±60x60cm. da antes da caixa de areia ou colchão de
numa zona. queda;
Descrição:
Material / Observações: Critérios de êxito: ›› Limitação da corrida ao nº de passos
›› Com 4 passos de corrida, saltar para
›› Colchão de queda (ginástica); ›› Acelera progressivamente, realizando o solicitado.
cima de um colchão de queda, rececio-
›› Giz ou sinalizadores para demarcar a nº de passos solicitado e impulsionando
nando em posição de afundo.
distância entre a chamada e o colchão.
Critérios de êxito:
›› Estende a perna de chamada;

Tal como já foi referido, a competição é


um elemento catalisador da motivação
dos jovens. Assim, a última tarefa referida
corresponde à realização da Fase Turma
do Mega Salto, apurando os melhores
saltadores da turma, para a Fase Escola.
64 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 65
SALTAR SALTAR
Nível Salto em Comprimento, com 4. Salto em Comprimento
elementar chamada na Tábua de Chamada,
com 8 a 12 passos de balanço Objetivo: Critérios de êxito:
›› Aperfeiçoamento do movimento com- ›› Acelera, aumentando a cadência no
Sequência pleto, utilizando uma corrida de balan- final e impulsionando na tábua de
1. Corre e Salta
de ensino ço limitada a 10-12 passos. chamada.
Objetivo: ›› Realiza o salto de acordo com os objeti-
›› Diferenciar a passada de corrida da pas- Descrição: vos deste nível de aprendizagem.
No nível elementar ›› Saltar com 10 a 12 passos de corrida,
sada de salto (ligação corrida-chamada)
procura-se de uma com início a pé fixo e chamada na tábua Material / Observações:
por acentuação das acções da perna de
forma mais analítica, de salto (ou linha com 20cm de largura). ›› Limitação da corrida ao nº de passos
desenvolver as acções chamada e dos segmentos livres. do pé.
recomendado.
fundamentais para ›› Avanço e elevação enérgica da coxa
a ligação corrida- Descrição: ›› Receção na caixa de areia.
da perna livre, com fixação do joelho
impulsão. Para ›› Correr, saltar, correr, saltar… ultrapas-
fletido e dos braços.
além dos aspectos sando obstáculos horizontais (1,5 a
focados no nível 2,5m) e espaçados de forma a permitir 1
ou 3 passos de corrida entre os obstá- Material / Observações:
anterior, procura-se
agora estimular a culos. ›› Obstáculos horizontais mas, preferen-
noção de ritmo de ›› Salta com um pé e receciona com o pé cialmente, com alguma altura (10-
entrada para o salto, contrário. 20cm).
não bloqueando ›› Pedir velocidade na corrida e fixação da
o avanço da bacia Critérios de êxito: posição final em cada chamada.
e o contributo dos ›› Chamada com apoio de toda a planta ›› Último salto pode ser para a caixa de
segmentos livres para areia.
o salto. Á semelhança
do nível anterior, deve 2. Saltar p/ cima do plinto
procurar-se realizar
exercícios com várias Objetivo:
chamadas e com ›› Diferenciar a corrida do salto (ligação
baixa velocidade de corrida-chamada) impondo uma altera-
deslocamento. ção da trajetória do corpo e mantendo
o equilíbrio dinâmico.
perda de velocidade.
Descrição:
›› Passa com o corpo alinhado sobre o
›› Correr e saltar para cima de uma cabeça
apoio de receção no plinto.
de plinto (ou caixa), caindo com a perna
contrária à que salta, com o corpo es-
Material / Observações:
tendido e continuar a correr, repetindo
›› Cabeças de plinto ou caixas c/ ±30cm
a ação.
de altura (amplas e seguras)
›› Giz ou sinalizadores para demarcar a
Critérios de êxito:
distância entre a chamada e a caixa.
›› Mantém o movimento sem acentuada

3. Os braços ajudam a saltar

Objetivo:
›› Enfatizar a ação dos braços na ação mo-
tora (e não apenas equilibradora).

Descrição: mada com a mão à frente dos olhos.


›› Com 4 a 6 passos de corrida, saltar e ›› Fixar o braço da perna livre, fletido, com
fixar a posição final de chamada utili- a mão junto à anca.
zando testemunhos nas mãos.
›› Receciona com a perna contrária. Material / Observações:
›› Materialização de uma zona de chama-
Critérios de êxito: da antes da caixa de areia ou colchão de
›› Fixar o braço do lado da perna de cha- queda.
66 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 67
SALTAR SALTAR
Nível 1. Salto para o colchão 3. Marcar a corrida de balanço
avançado Objetivo: Objetivo: Critérios de êxito:
›› Recupera a perna de chamada a tempo
Sequência ›› Aperfeiçoamento dos movimentos que de cair sentado com ambas as pernas à Aprendizagem do ritmo progressivo da ›› Consegue reproduzir a corrida com o
de ensino preparam a queda. frente do corpo. corrida. Ser capaz de repetir a mesma cor- mesmo número de passos e de forma
›› Os braços fazem um movimento des- rida de forma consistente e precisa. consistente.
Descrição: cendente para a frente e para baixo. ›› Acelera progressivamente aumentando
›› Com 2 a 4 passos de corrida, saltar de Descrição: a cadência no final.
uma caixa (±10cm de altura) para cima Material / Observações: ›› Iniciar a corrida com o pé de chamada
à frente, a partir de um local pré-deter- Material / Observações:
de um colchão alto (±80cm). Cai senta- ›› É necessário um colchão alto ou coloca-
minado; ›› Trabalho em pares.
do. do a uma altura suficiente (±80cm).
›› Correr de forma progressivamente ace- ›› Depois da corrida regularizada, os alu-
No nível avançado, nos medem a distância da corrida em
sem descorar Critérios de êxito: lerada e equilibrada.
›› Um observador (colega) marca o local pés e transferem-na para o corredor de
os aspectos ›› Mantém fixa a posição final da chamada.
do 6º ou 7º apoio do pé de chamada saltos (medindo da tábua de chamada
fundamentais
na ligação (12/14 passos). para trás).
corrida-impulsão,
acrescentase agora
a aprendizagem da
queda e a marcação
da corrida de balanço.

4. Salto em Comprimento
Critérios de êxito:
2. Super salto Critérios de êxito: Objetivo: ›› Acelera, aumentando a cadência no
›› Fixa a posição final da chamada e re- ›› Aperfeiçoamento do movimento com- final e impulsionando na tábua de
Objetivo: cupera a perna de chamada apenas na pleto, utilizando uma corrida de balan- chamada.
›› Controlar o equilíbrio durante o voo. fase descendente da trajetória, esten- ço marcada. ›› Realiza o salto de acordo com os objeti-
dendo e rodando os braços de cima vos deste nível de aprendizagem.
Descrição: da cabeça para a frente e para baixo, Descrição:
›› Com 6 a 8 passos de corrida, saltar a controlando o equilíbrio. ›› Saltar com 12 a 14 passos de corrida, Material / Observações:
partir de uma caixa com ±10cm de com início a pé fixo e chamada na tábua ›› Limitação da corrida ao nº de passos
altura, de forma a aumentar o tempo de Material / Observações: de salto (ou linha com 20cm de largura). recomendado.
voo. ›› Caixa c/ ±10cm de altura e pelo menos ›› Receção na caixa de areia.
com ±60x60cm de lado.
›› Receção na caixa de areia.

Salto em Comprimento, com Técnica de salto na passada e c/ 12-14 passos de corrida de balanço

68 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 69


SALTAR SALTAR

TRIPLO SALTO
Referências Programáticas:
Nível Avançado:

Salta em triplo salto com corrida de balanço de seis a dez pas-


sadas e impulsão na tábua de chamada. Realiza corretamente o
encadeamento dos apoios - 1.º salto em pé coxinho, 2.º salto para
o outro pé e o último com a técnica de passada, com queda a
dois pés na caixa de saltos.
REGULAMENTO ESPECÍFICO:
Tem características idênticas às do salto em comprimento, mas
a distância entre a tábua de chamada e a caixa de saltos é su-
perior (em competições internacionais, entre 11 e 13 metros,
para mulheres e homens, respetivamente);
O triplo salto consiste num salto ao “pé-coxinho” (“hop”), um
passo saltado (“step”) e um salto (“jump”), realizados por esta
ordem;

O triplo salto é um conteúdo que surge no nível avançado. O


desafio é encadear um salto sucessivo (hop), com um salto
alternado (step) e um salto que termina a pés juntos (jump),
com uma corrida de balanço.

70 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 71


SALTAR SALTAR
Determinantes Corrida: Sequência 1. Combinação de hop-steps
técnicas 1. De uma forma geral, é semelhante á corrida para o salto em de ensino
comprimento; (Fig. 1 e 2) Objetivo: ›› Mantém um ritmo de salto uniforme.
›› Combinar saltos alternados e sucessivos ››
Primeiro salto (“pé-coxinho” ou “hop”): (Fig. 3, 4, 5, 6, 7 e 8) sem rutura no ritmo nem na estrutura Material / Observações:
Na abordagem
2. O pé apoia totalmente; (Fig. 3) da ação, utilizando referenciais visuais. ›› Obstáculos, arcos ou sinalizadores de
do triplo salto é
3. Tentar não perder velocidade, “passando” mais pela tábua de fundamental centrar
duas cores.
chamada do que no comprimento; a aprendizagem Descrição: ›› Usar distâncias que permitam aumen-
4. Durante a chamada, o movimento ativo das pernas é acele- nos aspectos ›› Saltar apoiando um ou outro pé, de tar progressivamente a intensidade e
rado e ampliado; a dificuldade de salto (1,5 a 2,5m entre
fundamentais acordo com a cor do referencial visual.
5. A coxa da perna livre avança rapidamente até uma posição para realizar uma apoios).
horizontal, enquanto todas as articulações da perna de cha- impulsão (salto),
mada (anca, joelho e pé) são estendidas ativamente; Critérios de êxito:
cuja particularidade ›› Coordena os apoios de acordo com o
6. O tronco mantém-se vertical, com a cabeça levantada e o é a introdução de
olhar em frente, mantendo o equilíbrio geral do corpo; solicitado.
chamadas sucessivas
7. Os braços ajudam de forma rápida e coordenada com as ›› Desenrola os apoios por toda a planta
com o mesmo apoio
pernas; (“hop – pé coxinho”), do pé.
8. Após deixar o solo, o movimento de corrida prolonga-se, numa sequência pré- ›› Mantém o equilíbrio e a velocidade
dando uma passada no ar e preparando a chamada seguin- determinada (hop- durante a ação.
te que será realizada com a mesma perna – é fundamental step-jump).
manter o equilíbrio geral do corpo;
2. Sequências de ritmo de triplo do pé.
›› Mantém o equilíbrio e a velocidade
Segundo salto (“passada saltada” ou “step”): (Fig. 9, 10, 11, 12, 13
Objetivo: durante a ação.
e 14)
›› Aprendizagem da coordenação e do ›› Mantém um ritmo de salto uniforme.
9. O pé apoia totalmente; (Fig. 7)
10. Manter o corpo rígido e equilibrado; ritmo específico do salto, utilizando
11. Acelerar o movimento de cruzamento das pernas durante o referenciais visuais. Material / Observações:
apoio, para melhor conservação da velocidade horizontal; ›› Arcos ou sinalizadores de duas cores.
12. Os braços ajudam de forma ativa e coordenada com o movi- Descrição: ›› Usar distâncias que permitam aumen-
mento das pernas; ›› Salta de forma idêntica ao exercício tar progressivamente a intensidade e
13. Manter a posição final da chamada, com o joelho fletido à anterior, mas com os referenciais a dificuldade de salto (1,75 a 3m entre
frente do corpo e a perna que fez o salto descontraída atrás; colocados de forma a realizar o ritmo apoios).
14. O tronco deve manter-se próximo da vertical durante o voo, específico dos apoios no triplo salto
preparando o último salto (“jump”); (EED ou DDE).
Terceiro salto (salto ou “jump”): (Fig. 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22) Critérios de êxito:
15. O último salto é realizado com a outra perna, de forma se-
›› Coordena os apoios de acordo com a
melhante à descrita no salto em comprimento;
sequência solicitada.
›› Desenrola os apoios por toda a planta
Queda: (Fig. 22)
16. Tem características idênticas às do salto em comprimento.

[1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12]

[13] [14] [15] [16] [17] [18] [19] [20] [21] [22]

72 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 73


SALTAR SALTAR
3. Grelha de triplo com 2 a 6 passos Salto em Altura
Exercícios Educativos
Objetivo:
›› Ligação da corrida ao ritmo específico Como podemos estimular a
Para a abordagem da
do salto, com aumento progressivo da
estrutura técnica do capacidade de salto vertcal?
triplo salto, podemos velocidade.
utilizar uma estrutura
Descrição:
1. Salta e toca
que permite vários
níveis de dificuldade, ›› Utilizando a grelha do triplo (como na ou o joelho da perna livre. Salta e rece-
podendo criar grupos Objetivos: ciona com o mesmo pé;
ilustração) e com uma pequena corrida
mais homogéneos. ›› Coordenar um impulso verticalizado a um
prévia (2 a 6 passos), saltar realizando Observações:
Inicialmente, o pé, após corrida prévia, com a ação dos Critérios de êxito:
o ritmo do triplo salto (EED ou DDE) e Utilizar, por exemplo,
balanço deve ser segmentos livres. Melhorar a capacidade ›› Chamada com apoio de toda a planta do
realizando a queda com pés simultâne- a zona das tabelas de
delimitado (2 a 6 basquetebol, ou outros de salto; Determinar o pé de chamada. pé.
os na areia (ou colchões).
passos), permitindo referenciais elevados; ›› Avanço e elevação enérgica da coxa da
aos alunos focarem Pode-se introduzir a Descrição:
Critérios de êxito: perna livre.
os aspectos ação simultânea dos ›› Em situação de corrida, saltar a um pé
fundamentais do salto. ›› Coordena os apoios de acordo com Material / Observações: ›› Fixa brevemente a posição final de cha-
braços. tentando tocar um objeto alto (bola, mada e mantém o equilíbrio.
a sequência solicitada e nos espaços ›› Marcar a “grelha” com sinalizadores ou corda, cesto, …) com a cabeça, a mão
indicados na grelha. giz.
›› Desenrola os apoios por toda a planta ›› Os alunos devem começar pela zona
do pé. mais fácil e evoluir para a zona mais di-
›› Mantém o equilíbrio e a velocidade fícil da grelha, aumentando, simultane-
durante a ação. amente, o número de passos de corrida
›› Mantém um ritmo de salto uniforme. (de 2 a 6 passos).

4. Triplo com 8 a 10 passos

Objetivo: Critérios de êxito:


Opção 1 Opção 2
›› Realização do movimento completo, ›› Acelera progressivamente, impulsio-
utilizando uma corrida de balanço limi- nando na tábua de chamada. 2. Passo saltitado com dominante
tada a 10 passos. ›› Efetua os apoios na sequência correta, vertical do a ação com a outra perna, de forma
de acordo com os objetivos deste nível
Observações: contínua e sucessiva;
Descrição: de aprendizagem. Objetivo:
Introduzir variantes:
›› Realizar o salto completo (utilizando o 1) - direção dominante; ›› Melhorar a postura e a coordenação Critérios de êxito:
ritmo específico do triplo salto – EED ou 2) - perna dominante; específica de salto (com ênfase even- ›› Termina cada impulsão com extensão
DDE), com 8 a 10 passos de corrida. 3) - ação dos braços; tualmente dirigida à aprendizagem e total do corpo e mantendo a postura
4) … correção de aspetos analíticos da ação erguida.
de salto); ›› Impulsiona desenrolando o apoio do
calcanhar à ponta do pé.
Descrição: ›› Os segmentos livres ajudam na ma-
›› Salta e receciona com o mesmo pé, nutenção do equilíbrio e na ação de
continuando com um passo e repetin- impulsão.

74 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 75


SALTAR SALTAR
Como desenvolver a aprendizagem
da Queda Dorsal e domínio do SALTO EM ALTURA
espaço posterior? Referências Programáticas:
3. Quedas dorsais e acrobacias no Nível Introdução:
colchão Salta em altura com a técnica de tesoura, com 4 a 6 passos de
balanço. Apoio ativo e extensão completa da perna de impul-
Objetivo: são com elevação enérgica e simultânea dos braços e perna de
›› Domínio do espaço corporal posterior. dorsal; ponte; … balanço; transposição da fasquia com as pernas em extensão e
Aprendizagem do arco dorsal. receção em equilíbrio no colchão de quedas ou caixa de saltos.
Critérios de êxito:
Descrição: ›› Vence o receio de cair para trás; Nível Elementar:
›› Realizar diversos exercícios de queda ›› Define e mantém uma posição de arco Salta em altura com técnica de Fosbury Flop, com cinco a oito
dorsal e acrobacias simples sobre o col- dorsal; passadas de balanço, sendo as últimas três/quatro em curva.
chão. Ex: queda em prancha; rolamento ›› Encara a exercitação de uma forma Apoia ativamente o pé de chamada no sentido da corrida, com
lúdica. elevação enérgica da coxa da perna livre, conduzindo o joelho
para dentro (provocando a rotação da bacia). Transpõe a fasquia
com o corpo ligeiramente “arqueado”. Flexão das coxas e exten-
são das pernas na fase descendente do voo, caindo de costas no
colchão com os braços afastados lateralmente.

Nível Avançado:
Salta em altura com a técnica de Fosbury Flop, aumentando a
velocidade da corrida na entrada da curva e inclinando o corpo
para o interior desta. Acompanha a impulsão enérgica e vertical
com a elevação ativa dos ombros e braços. “Puxa” energicamente
as coxas com extensão das pernas (corpo em “L”) na fase des-
cendente do voo, para receção de costas no colchão com braços
afastados lateralmente.

Como desenvolver a aprendizagem REGULAMENTO ESPECÍFICO:


›› A zona do salto em altura integra um espaço livre para a corri-
da corrida em curva?
da, uma fasquia suportada por postes e um colchão de queda;
›› Apoio interno (para o lado da curva) ›› A chamada tem de ser realizada a um só pé;
Importante: 4. Corridas em curva ›› A fasquia sobe de uma forma previamente determinada;
os percursos devem ter efetuado por toda a superfície plantar e
curvas suaves. rodado pela parte interior. ›› Cada concorrente poderá decidir a que altura inicia o seu con-
Objetivo:
curso, bem como optar por saltar ou prescindir das tentativas às
›› Vivenciar a corrida em curva procuran-
Material / Observações: diferentes alturas;
do a inclinação de todo o corpo.
›› Utilizar sob forma lúdica no final dos ›› Para cada altura o concorrente dispõe de 3 ensaios, sendo excluí-
›› Sentir a maior inclinação quando a velo-
aquecimentos ou em aulas de estafeta. do do concurso quando falha 3 vezes seguidas a sua tentativa de
cidade aumenta.
salto;
›› Cada concorrente será creditado com o melhor dos seus saltos;
Descrição:
›› O salto é considerado nulo quando o concorrente derruba a
›› Corridas de estafetas ou de perseguição
fasquia.
sobre percursos em “S” ou em “8”.
Critérios de êxito:
›› Consegue correr rápido em curva, man-
tendo uma postura alinhada e inclinan-
do todo o corpo;

76 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 77


SALTAR SALTAR
Determinantes ›› Corrida: Técnica de transposição “Fosbury Flop”
técnicas 1. A corrida é constituída por uma primeira parte em linha reta e
uma segunda parte em curva, que se mantém até a chamada
(em forma de “J”);
2. Deve ser precisa, conduzindo a um local de chamada bem
definido; (Fig. 4)
3. É progressivamente acelerada, aumentando o ritmo no final;
4. A postura é erguida, com o corpo alinhado durante cada
apoio, especialmente durante a curva, em que todo o corpo
se inclina (em bloco) para o interior da curva; (Fig. 1)
5. No final da corrida, preparando a chamada, deve antecipar-se
o avanço do pé de chamada para a frente do corpo;
6. A corrida terá entre 5 e 10 passos, de acordo com a capacida-
de técnica e condicional do saltador;

›› Chamada:
7. A chamada realiza-se perto do 1º poste, no final da curva; (Fig.
4)
8. O saltador começa a chamada com o corpo alinhado e inclina-
[6] [5] [4] [3] [2] [1]
do para o interior da curva e os ombros atrasados em relação
às ancas; (Fig.4)
9. Colocar o pé de chamada apoiado com toda a planta, de
forma rápida e activa, no alinhamento da corrida em curva,
obliquamente à fasquia; (Fig. 4)
10. Realizar um movimento de extensão muito ativa de todas
as articulações da perna de chamada (anca, joelho e pé),
enquanto a coxa da perna livre avança rapidamente até a ho-
rizontal, com o joelho apontado ligeiramente para o interior
da curva; (Fig. 5)
11. Os braços atuam de forma rápida, com uma micro-pausa no
final da chamada – a sua ação pode ser com um braço condu-
tor do movimento ou com uma ação simultânea, elevando-se
até à altura da cabeça. (Fig. 5)

›› Fase Aérea, Suspensão, Transposição da Fasquia:


12. O corpo (dirigido pela cabeça) sobe após a chamada, rodan-
do, simultaneamente, em torno de 3 eixos (transversal, longi- [11] [10] [9] [8] [7]
tudinal e ântero-posterior); (Fig. 6)
13. À medida que as diferentes partes do corpo ultrapassam a
altura da fasquia, vão-na contornando em sequência descen-
dente: (Fig. 6, 7, 8 e 9)
›› primeiro a mão e o braço condutor (se for essa a opção);
›› depois a cabeça;
›› depois os ombros e o tronco;
›› depois as ancas;
›› e, finalmente, as pernas e os pés;
14. Quando o corpo atinge o apogeu da parábola de salto, sobre
a fasquia, as ancas devem estar mais altas que os ombros,
formando um arco com o corpo; (Fig. 7)
15. Finalmente, quando as ancas ultrapassam o plano da fasquia,
o saltador faz um movimento de extensão das pernas, como
que dando um pontapé para o alto com ambas as pernas; (Fig.
7, 8, 9 e 10)

Queda: (Fig. 11)


16. Cair sobre a zona dorsal superior e com proteção dos braços;
17. Manter os joelhos separados, de forma a evitar traumatismos.
78 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 79
SALTAR SALTAR
Nível Salto em Altura, com técnica 3. Salto de “tesoura” com corrida em
introdução de tesoura, com 4 a 6 passos de curva
balanço Objetivo: nº de passos solicitado e impulsionando
›› Realização do movimento completo na zona de chamada;
Sequência 1. Saltar para o colchão com introdução da corrida em curva. ›› Realiza o salto de acordo com os objeti-
de ensino vos deste nível de aprendizagem;
Objetivo: Material / Observações: Descrição: ›› Apoio interno (para o lado da curva)
- Contextualizar a ação de salto para cima ›› Colchão de queda (ginástica); ›› Saltar em “tesoura” sobre uma fasquia efetuado por toda a superfície plantar e
e para a frente, efetuando a chamada no ›› Giz ou sinalizadores para marcar a zona com 4-6 passos de corrida de balanço, rodado pela parte interior.
local correto e com o pé certo. de chamada proibida; com início a pé fixo e chamada junto ao
›› Quem salta com o pé esquerdo vem da 1º poste. Material / Observações:
Descrição: direita e vice-versa. ›› Postes, elástico ou fasquia e colchão de
No abordagem do - A partir de uma pequena corrida oblíqua,
salto em altura, é Critérios de êxito: queda (baixo) para a queda em pé;
saltar para cima do colchão, efetuando a ›› Acelera progressivamente, realizando o ›› Respeitar o nº de passos de corrida
fundamental (à
semelhança dos chamada com o pé certo e junto ao início indicado.
outros saltos), focar do colchão.
a aprendizagem
dos aspectos Critérios de êxito:
fundamentais ›› É observável um pequeno tempo de
para a realização voo;
de uma impulsão. ›› Receciona em pé sobre a perna livre (a
Assim, também na que, na chamada, está mais próxima do
aprendizagem do colchão).
salto em altura é
›› Mantém o equilíbrio dinâmico.
necessário controlar
a corrida de balanço
para que os jovens 2. Salto de “tesoura” com corrida
possam executar
oblíqua
correctamente as
acções técnicas
fundamentais. A Objetivo: Critérios de êxito:
técnica a utilizar neste ›› Contextualizar a ação de salto trans- ›› Realiza o nº de passos solicitado e im-
nível é a técnica de pondo uma altura acessível, efetuando pulsiona na zona de chamada (junto ao
tesoura. a chamada no local correto e com o pé 1º poste) com o pé certo; [1] [2] [3] [4] [5]
certo. ›› Transpõe estendendo uma e outra per-
na sobre o elástico;
Descrição: ›› Cai em pé, primeiro com a perna livre.
›› A partir de uma corrida oblíqua de 4
passos, salta junto ao primeiro poste, Material / Observações:
elevando primeiro a perna mais próxi- ›› Postes, elástico e tapetes de ginástica
ma do elástico e depois a perna de cha- ou colchão de queda (baixo) para a
mada, quando a perna livre baixa para queda em pé;
o contacto com o tapete de ginástica, ›› Quem salta com o pé esquerdo vem da
caindo em pé. direita e vice-versa.

[10] [9] [8] [7] [6]

80 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 81


SALTAR SALTAR
Nível Salto em Altura, com técnica
elementar “Fosbury Flop”, com 5 a 8
passos de balanço
Sequência 1. Queda dorsal sobre o colchão
de ensino
Objetivo:
Material / Observações:
Após a abordagem ›› Aprendizagem da queda dorsal em
›› Colchão (postes; elástico; plinto).
inicial, centrada condições simplificadas. Aprendizagem
›› O colchão deve oferecer condições de
nos aspectos da transposição com arco dorsal.
segurança.
fundamentais da
impulsão, no nível ›› Evoluir, realizando o mesmo movimen-
Descrição:
elementar introduz- to mas transpondo um elástico e partin-
›› Partindo de costas para o colchão, salta
se a técnica “Fosbury do de uma zona elevada (ex.: cabeça do
arqueando o corpo e estendendo de- Esquema A
Flop” que requer o plinto).
pois as pernas para cima, caindo sobre a
domínio do espaço de chamada (ponto 1), traçamos uma rec-
zona dorsal.
posterior e do ta paralela à fasquia (ponto 2); traçamos o
aproveitamento 3º vértice do triângulo, a partir do ponto
da força centrifuga Critérios de êxito:
›› Mantém momentaneamente um arco de intercepção entre os 2 pontos, com o
gerada numa corrida
em curva dorsal; raio que pretendemos (ponto 3); este é o
›› Cai sobre a zona dorsal superior, elevan- centro da circunferência.
do os pés com um movimento de pon- A distância B representa aproximada-
tapé com ambas as pernas para cima. mente, o local em que o aluno inicia a sua
corrida em curva (5º apoio antes do salto,
que é realizado com o mesmo pé que a
2. Marcação da corrida chamada). Pode-se marcar a corrida com
giz ou cones de marcação. Com o treino e
o aumento da velocidade, o raio da curva Esquema B
Objetivo: ›› O ritmo é adequado para saltar com
›› Introduzir a forma da corrida em “J”; tende a aumentar
dinamismo.
›› Aprender a correr com um ritmo ade-
quado e consistente. Material / Observações: 3. “Fosbury flop” c/ 4-6 passos
›› Identificar um local de início e um local ›› Colchão; postes; elástico; sinalizadores
Marcas de início da de chamada. e giz. Objetivo:
Material / Observações:
corrida: ›› Introduzir o “fosbury flop” criando um
- Ao colocar, várias Descrição: ›› Colchão; postes; elásticos; sinalizadores
enquadramento que favoreça o movi-
marcas de início da ›› Efetuar uma corrida com 4 a 6 passos, e giz;
mento.
corrida, permite que por dentro do cone de corrida desenha- ›› Marcar o percurso em curva;
os alunos, se ajustem do no chão. Iniciar a corrida num local ›› Marcar a zona de chamada proibida (na
Descrição:
à marca que melhor pré-determinado e terminar com uma zona central entre os postes);
se adapta às suas ›› A partir da corrida previamente defini-
chamada no local adequado e com o pé da (4 a 6 passos), saltar para o colchão
características.
certo (sem transposição). dirigindo o joelho da perna livre para o
interior da curva e “mergulhando” sobre
Critérios de êxito: o elástico; Cai de costas sobre o colchão.
›› A chamada é realizada no local correto;
›› Repete corridas semelhantes de forma Critérios de êxito:
consistente; ›› Realiza a chamada com o pé certo e no
local adequado;
Como marcar a corrida? o seu comprimento de passo e do ponto ›› É observável o tempo de voo, na
onde inicia a sua corrida em curva (marca- vertical, resultante da transmissão de
A corrida de balanço para o salto em se a partir deste ponto – distância C) (ver energia para o corpo;
altura, pressupõe uma parte de corrida em esquema B). Para marcar a corrida em cur- ›› Obtém uma rotação provocada pela
linha recta e uma parte de corrida em cur- va determinamos em primeiro lugar o raio ação da perna livre e cai sobre a zona
va. A parte de corrida em recta depende da curva que pretendemos, por exemplo, dorsal.
do número de passos que o aluno utiliza, 4 metros; (ver esquema A) a partir do local
82 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 83
SALTAR SALTAR
4. “Fosbury flop” c/ 5-8 passos 2. “Fosbury flop” c/ chamada elevada

Objetivo: Objetivo:
›› Realização do movimento completo ›› O joelho da perna livre atua para o inte- ›› Aumentar o tempo de voo e aumentar a
aproximado. rior da curva. perceção e controlo das rotações adqui-
›› Forma um pequeno arco dorsal e esqui- ridas durante a chamada.
Descrição: va os pés fletindo as ancas e estenden-
›› Mantendo a estrutura de corrida em do as pernas para cima. Descrição: ›› Os segmentos livres ajudam na ação de
“J” previamente definida, evoluir para ›› Mantendo o enquadramento e a es- impulsão;
o salto completo com 5 a 8 passos de Material / Observações: trutura de corrida em “J” definidos no ›› Forma um arco dorsal sobre a fasquia
corrida. ›› Colchão; postes; elástico ou fasquia; nível elementar, saltar, com 5-6 passos e esquiva os pés com um movimento
sinalizadores e giz; de corrida, realizando a chamada sobre ativo.
Critérios de êxito: ›› Manter a marcação do percurso em uma caixa com 10-15cm de altura colo-
›› Realiza a chamada com o pé certo e no curva, das marcas de início de corrida e cada no local adequado. Material / Observações:
local adequado. da zona de chamada proibida. ›› Colchão; postes; elástico ou fasquia;
Critérios de êxito: caixa; sinalizadores e giz.
›› Realiza a chamada após corrida pro- ›› Marcar o percurso em curva e assinalar
gressivamente acelerada; as marcas de início da corrida.

3. Marcação e medição da corrida

Objetivo:
›› Aprender a marcar a própria corrida de
balanço;
›› Correr com um ritmo adequado e con-
“Fosbury Flop” c/ 5-8 passos de corrida de balanço (4 em curva) sistente.

Descrição:
Nível Salto em Altura, com técnica
avançado
›› Mantendo a estrutura definida no nível
“Fosbury Flop” elementar, aumentar a corrida para 7-9
passos e praticar a corrida com chama-
1. Corre e salta em curva da (sem transposição); - Colocar marcas
no início da corrida e no início da curva. das de forma consistente.
No nível avançado Objetivo: Medir a corrida (A+B+C).
Material / Observações: ›› O ritmo é progressivo e adequado para
procura-se a ›› Enfatizar a verticalização da impulsão,
›› Sinalizadores ou giz; objeto alto (ex.: saltar com dinamismo.
consolidação dos adquirindo as sensações do efeito da Critérios de êxito:
aspectos técnicos curva na chamada. tabela de basquetebol). ›› O pé de chamada é colocado no local Material / Observações:
abordados no nível ›› Acentuar a ação dos segmentos livres. correto.
anterior, procurando
›› Colchão; postes; elástico; sinalizadores
›› Realiza corridas semelhantes e ajusta- e giz.
potenciar a ligação Descrição:
corrida-impulsão ›› A partir de uma corrida em curva, reali-
através de uma corrida 4. “Fosbury flop” com 7-9 passos
zar chamadas tocando alto.
de balanço ajustada e
a um aproveitamento Objectivo:
acções propulsivas. Critérios de êxito: ›› Realização do movimento completo,
›› Chamada com o apoio de toda a planta dos segmentos livres.
com maior velocidade e com a corrida
do pé e no sentido da corrida. ›› Transpõe a fasquia com o corpo arque-
ajustada.
›› Os segmentos livres (perna e braços) ado
ajudam na ação de impulsão, efetuando ›› Cai sobre a zona dorsal superior.
Descrição:
um movimento rápido e enérgico. ›› Salto completo utilizando a corrida indi-
Material / Observações:
vidual, marcada no exercício anterior.
›› Colchão; postes; elástico ou fasquia;
sinalizadores e giz.
Critérios de êxito:
›› Os alunos marcam a sua própria corrida,
›› Corrida ajustada, acelerando o ritmo
com uma marca de início de corrida e
durante a curva.
outra de início da curva.
›› Ajuda a chamada com a elevação activa
›› Manter a zona de chamada proibida.
84 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 85
SALTAR LANÇAR

“Fosbury Flop” c/ 7-9 passos de corrida de balanço (4 em curva)

LANÇAR

86 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 87


LANÇAR LANÇAR

LANÇAR
Lançar corresponde à capacidade de pro-
jetar um objeto / engenho a uma deter-
minada distância. Os lançamentos podem
ser analisados de acordo com as seguintes
fases:

1. Preparação, em que o atleta pega


no engenho e coloca-se na posição
inicial;
2. Balanço, onde o atleta executa uma
série de movimentos que têm como
objetivo acelerar o corpo e conse-
quentemente o engenho;
3. Lançamento propriamente dito, altura
em que o atleta passa pela “posição
de força” e procura transferir a veloci-
dade do corpo para o engenho e;
4. Recuperação, que se inicia depois de
o engenho sair da mão e visa equili-
brar o atleta para evitar ensaios nulos. Engenhos Pesados

Nos lançamentos, a fase de lançamento


propriamente dito, que corresponde à
transmissão final de forças para o engenho
de forma a projetá-lo, pode considerar-se
a mais importante numa fase inicial do
processo ensino-aprendizagem.

Podemos ainda fazer uma subdivisão dos


lançamentos consoante as características
dos engenhos utilizados:
›› Engenhos Pesados
›› Engenhos Leves

O que é fundamental? Engenhos Leves
1. Iniciar os movimentos com flexão dos
membros inferiores;
2. Utilização da cadeia extensora (de
baixo para cima);
3. Terminar com ambos os pés em con-
tacto com o solo;

Elaborado por: Como podemos estimular?


Paulo Reis ›› Exercícios Analíticos (com os alunos
Rui Norte
organizados aos pares ou por filas,
José Barros
dispostas frente a frente, ou integrando
um circuito, durante o aquecimento)
›› Formas jogadas (em competição direta
entre 2 ou mais equipas, somando pon-
tos para a equipa em função do resulta-
do obtido, ou permitindo a continuida-
de da progressão da equipa, a partir do
local de queda do elemento anterior).
88 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 89
LANÇAR LANÇAR
Capacidade de Lançamento Capacidade de Lançamento
Como podemos estimular a Como podemos estimular a
capacidade de lançar?
capacidade de lançar?
Lançamento de engenhos pesados
Lançamento de engenhos pe-
sados Exercícios Analíticos
(Multilançamentos)
Formas Jogadas 1. Lançamento Frontal
(de baixo para cima)
1. Chegar à linha
Descrição:
Organização: Posição Inicial: Costas direitas; Pernas fletidas
Num campo delimitado, dividido ao meio vel, lançando-a de seguida o jogador ou
equipa adversária exatamente a partir do (+- 90 graus) e bola sensivelmente a meio
por uma linha, duas equipas ou jogadores Como utilizar? dos joelhos
colocam-se afastados da mesma cerca local onde o engenho tocou o solo (deve Aos pares, frente a
de 5 metros cada (a distância deve ser colocar lá o pé esquerdo). frente, lançar o mais Movimentação:
ajustada consoante o peso do engenho O primeiro jogador ou equipa a não con- longe possível.
- Fazer extensão completa das pernas segui-
Atenção às normas e o nível dos alunos). O primeiro a lançar seguir num lançamento ultrapassar a linha
da da ação dos braços, arremessando a bola
de segurança a bola medicinal (ou peso) tem de tentar perde o jogo. Observações:
Atenção às normas para a frente e para cima.
(transversais a passar a linha pela maior margem possí-
todas as situações de segurança.
2. Lançamento Dorsal
que envolvam
lançamentos):
• O professor deve
Descrição:
coordenar o transporte Posição Inicial: Pernas fletidas, costas direitas
dos engenhos para o e bola apoiada pelas duas mãos sensivelmen-
local de aula; te à altura dos joelhos.
• Não permitir a
presença de alunos Movimentação:
na zona de queda do - Fazer extensão completa das pernas segui-
engenho; da da ação dos braços, arremessando a bola
• O aluno que lança para trás, de baixo para cima.
deve verificar sempre,
que não está ninguém 3. Lançamento do Peito
no local de queda,
antes de lançar; 2. Que equipa chega mais longe?
• Os alunos devem
Descrição:
recolher os engenhos Posição Inicial: Costas direitas; Pernas Fletidas
Organização:
apenas depois de (+- 90 graus); bola junto ao peito.
Formam-se duas ou mais equipas de 4 se a distância que a equipa alcançou, no
todos terem lançado. ou 5 elementos. O jogo inicia-se com um somatório dos ensaios de todos os ele-
Movimentação:
lançamento efetuado por um dos joga- mentos da equipa.
- Fazer extensão completa das pernas, segui-
dores da equipa, lançando de seguida De seguida a equipa adversária procede
da da ação dos braços, arremessando a bola
um jogador da mesma equipa, na mesma da mesma maneira.
para a frente e para cima.
direção, colocando o pé esquerdo no locar Sagra-se vencedora a formação que consi-
onde o engenho caiu. ga atingir uma maior distância. 4. Lançamento de Ombro
Quando o último jogador lançar, define-
Descrição:
Posição Inicial: De lado em relação ao local
para onde se vai lançar; peso do corpo na
perna direita; bola segura pelas duas mãos
junto ao peito.

Movimentação:
- Rodar o corpo na direção do sector de que-
da e lançar a bola apenas com uma mão;

90 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 91


LANÇAR LANÇAR

LANÇAMENTO DO PESO [1]


Referências Programáticas:
Nível Introdução:
Lança de lado e sem balanço, o peso de 2/3kg, apoiando na parte [2]
superior dos metacarpos e nos dedos, junto ao pescoço, com fle- [3]
xão da perna do lado do peso e inclinação do tronco sobre essa [1] Setor de queda
perna. Empurra o peso para a frente e para cima, com extensão [2] Antepara
da perna e braço do lançamento e avanço da bacia, mantendo o [3] Círculo de lançamento
cotovelo afastado em relação ao tronco. Preparação:
Determinantes 1. Apoiar o peso na base dos dedos, indicador, médio e anelar.
Nível Elementar: técnicas O dedo polegar e mínimo apenas servem para manter o
Lança o peso de 3/4 kg, de costas (duplo apoio) e sem balanço, Descrição e propostas peso em equilíbrio na mão, evitando que ele role por ela
num círculo de lançamentos. Roda e avança a bacia do lado do para alunos destros 2. Colocar o peso junto à mandíbula, por baixo do queixo, pres-
peso com extensão total (das pernas e do braço do lançamento), sionando contra o pescoço, estando com o braço flectido
para empurrar o engenho para a frente e para cima, mantendo o pelo cotovelo, em tensão, e à altura do ombro;
cotovelo afastado em relação ao tronco. 3. O atleta coloca-se de costas para o sector, numa posição rela-
xada; (Fig. 1)
Nível Avançado: “mão limpa, 4. O olhar deve es-
Lança o peso de 3/4 kg, de um círculo de lançamentos, com a pescoço sujo”; tar dirigido para
pega correta, encadeando o deslizamento com o lançamento. o local oposto ao
Desliza (de costas) com o ritmo de apoios “curto e longo” rasante sector de queda;
ao solo. Roda e avança a bacia do lado do peso com extensão da (Fig. 1)
perna, empurrando o engenho com extensão total dos segmen- 5. O lançador inclina
tos e flexão da mão, trocando de pés, após a saída do peso, em de seguida o
equilíbrio. tronco à frente
ficando numa
posição quase ho-
REGULAMENTO ESPECÍFICO: rizontal e equili-
brando-se numa
só perna. (Fig. 1)
›› O sector de lançamento do peso é composto por um círculo e
um sector de queda; Deslizamento: (Fig. 2 e 3)
›› O peso tem de ser lançado do pescoço apenas com uma mão; 1. O lançador flete a perna de apoio e lança a perna livre para
›› O ensaio é considerado nulo se o atleta tocar fora do círculo trás de forma explosiva. A perna de apoio fica em extensão
durante o lançamento; sobre o calcanhar que se mantém em contacto com o solo
›› O ensaio é considerado nulo se o peso cair fora do sector de durante a maior parte do deslizamento;
queda; 2. Os ombros mantêm-se paralelos à antepara e o tronco inclina-
›› Após o ensaio, o atleta tem que abandonar o círculo pela parte do à frente;
posterior (caso contrário o lançamento é considerado nulo); 3. O olhar mantém-se dirigido para o local oposto em relação
›› A medição do lançamento é feita desde a marca deixada ao sector de queda;
pelo engenho mais próxima do círculo de lançamentos, até à 4. O ritmo do deslizamento deverá ser progressivo;
margem interna da antepara, ao longo de uma linha reta que 5. No final do deslizamento, o pé direito deve estar colocado
passe pelo centro do círculo; sensivelmente a meio do círculo, uma orientação diagonal
›› Num concurso, todos os participantes têm direito a efetuar 3 relativamente ao eixo de lançamento, e com a biqueira do
lançamentos. Após esta fase, os 8 primeiros classificados têm pé esquerdo alinhada com o calcanhar do pé direito (ver
direito a mais 3 tentativas; ilustração na página seguinte);
›› No final do concurso, os concorrentes são classificados de
acordo com o seu melhor lançamento.

92 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 93


LANÇAR LANÇAR

Nível Lançamento do peso, de lado,


introdução sem balanço

Sequência 1. Lançamento com pés paralelos


de ensino Objetivos Específicos:
das pernas.
›› Estabilização da pega e ação do braço
›› Posição Final: Costas direitas e pés em
lançador
Na abordagem do contacto com o solo
lançamento do peso,
Arremesso: no nível de introdução Critérios de êxito:
1. O atleta passa pela posição de força com o peso do corpo na é fundamental centrar ›› Utilizar as pernas e tronco antes do
perna direita (fletida); (Fig.4 e 5) a aprendizagem nas braço;
2. Os ombros mantêm-se paralelos à antepara e o olhar para o acções de propulsão ›› Terminar o lançamento com o braço
local oposto ao sector de queda; (Fig. 4) do engenho, direito em extensão e com a palma da
utilizando o corpo de mão lançadora voltada para fora
3. De seguida deve haver uma rotação da bacia na direção do
forma progressiva, dos
lançamento, que termina frontalizada para o sector de que- membros inferiores
da; (Fig. 5,6 e 7) Descrição:
para os superiores,
4. Ao mesmo tempo que a bacia direita roda o lado esquerdo ›› Posição Inicial: Pés paralelos, pernas
com os apoios numa
(perna, anca e braço) resiste, bloqueando o movimento; (Fig. posição correcta
fletidas e tronco inclinado atrás. Braço
7) e empurrando o esquerdo a apontar para o sector de
5. Após a ação das pernas e do tronco o movimento termina engenho. queda.
com uma extensão agressiva do braço lançador; (Fig. 5, 6, 7 ›› Movimentação: arremessar o peso com
e 8) a mão dominante após fazer a extensão
6. Os pés devem ficar no solo até o atleta perder o contacto Material:
com o engenho; (Fig. 8) Pesos ou Bolas
Medicinais
2. Lançamento Frontal com pés
destacados Descrição:
›› Posição Inicial: Pé esquerdo à frente do
Objetivos Específicos: pé direito, e peso do corpo sobretudo
›› Utilização dos membros inferiores nos na perna direita;
lançamentos pesados ›› Movimentação: Passar o corpo para
›› cima da perna esquerda e após termi-
Critérios de êxito: nar de utilizar as pernas e o tronco fazer
›› Utilizar as pernas e tronco antes do(s) extensão do(s) braço(s);
braço(s); ›› Posição Final: Costas direitas, perna
›› Finalizar com perna esquerda em exten- esquerda em extensão e ambos os pés
são; em contacto com o solo.

[1] [2] [3] [4]

Opção 1 Opção 2

[5] [6] [7] [8]


94 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 95
LANÇAR LANÇAR
3. Lançamento partindo de uma Nível Lançamento do peso, da
posição lateral elementar posição de força, sem balanço
Objetivos Específicos: tado; Ponta do pé esquerdo alinhada Sequência de lançar;
1. Lançamento partindo de uma
›› Coordenação do gesto técnico sem com o calcanhar direito. Braço esquerdo a de ensino posição lateral
›› Movimentação: -Passar de uma posição
deslizamento (ou balanço) apontar para o local para onde se preten- lateral para uma posição frontal, pela rota-
de lançar; ção da anca no sentido do lançamento;
Objetivos Específicos: Após o aluno estar de frente para a zona
Critérios de êxito: ›› Movimentação: Passar de uma posição No nível elementar ›› Coordenação do gesto técnico sem de queda, o peso é arremessado utilizan-
›› Frontalizar a anca e o peito antes de lateral para uma posição frontal, pela rota- pretende-se aumentar
deslizamento (ou balanço) do para isso apenas a mão dominante;
utilizar o braço; ção da anca no sentido do lançamento; a trajectória de
›› Terminar o lançamento com os pés em Após o aluno estar de frente para a zona aceleração do ›› Posição Final: - Perna esquerda em exten-
engenho, após Critérios de êxito: são; Ambos os pés em contacto com o
contacto com o solo e a perna esquerda de queda, o peso é arremessado utilizan-
os alunos terem ›› Frontalizar a anca e o peito antes de solo;
em extensão; do para isso apenas a mão dominante;
desenvolvido a fase utilizar o braço;
›› Posição Final: Perna esquerda em exten-
final de propulsão. ›› Terminar o lançamento com os pés em Material:
Descrição: são; Ambos os pés em contacto com o
O lançamento contacto com o solo e a perna esquerda ›› Pesos ou Bolas Medicinais
›› Posição Inicial: Peso do corpo sobretudo solo;
realiza-se ainda sem em extensão;
na perna direita, calcanhar direito levan- deslocamento, a partir
da posição de força. Descrição:
›› Posição Inicial: -Peso do corpo sobretudo
na perna direita, calcanhar direito levan-
tado; Ponta do pé esquerdo alinhada
com o calcanhar direito; Braço esquerdo a
apontar para o local para onde se preten-

Opção 1 Opção 2

Opção 1 Opção 2
Colocação dos apoios na posição de força (inicial e final)
2. Lançamento da posição de força
to levantado; Ponta do pé esquerdo
Objetivos Específicos: alinhada com o calcanhar direito; Olhar
›› Lançar o peso após utilização das per- para o local oposto ao sector de queda;
nas e tronco Braço esquerdo a apontar para o local
Critérios de êxito: oposto ao sector de queda;
›› Frontalizar a anca e o peito antes de ›› Movimentação: - Passar de uma posição
utilizar o braço; lateral para uma posição frontal, pela
›› terminar o lançamento com os pés em rotação da anca no sentido do lança-
contacto com o solo e a perna esquerda mento; Após o aluno estar de frente
em extensão; para a zona de queda, o peso é arre-
messado utilizando para isso apenas a
Descrição: mão dominante;
›› Posição Inicial: - Peso do corpo sobre- ›› Posição Final: - Perna esquerda em ex-
tudo na perna direita, calcanhar direi- tensão; Ambos os pés em contacto com
o solo;
96 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 97
LANÇAR LANÇAR
3. Lançamento iniciando o
movimento de costas para a zona de
queda

Descrição: aluno estar de frente para o sector de


›› Posição Inicial: Bola Medicinal segura queda, a bola é arremessada utilizando
com as duas mãos; pernas destacadas; para isso apenas a mão dominante;
›› Movimentação: Recuar o pé direito que ›› Posição Final: Perna esquerda em exten-
se desloca no sentido do lançamento; são; e ambos os pés em contacto com
de seguida recuar o pé esquerdo assu- o solo;
Opção 1 Opção 2
mindo aí uma posição lateral (posição
Lançamento do peso, com balanço de força); passar da posição lateral para Material a utilizar:
Nível a posição frontal, pela rotação da anca - Bola medicinal
avançado 1. Lançamento Frontal a 2 mãos
no sentido do lançamento; e após o
(pernas destacadas), com 2 passos
de balanço

Descrição:
›› Igual ao exercício n.º 2 do nível Intro- Material a utilizar:
No nível avançado dução, mas com dois passos frontais de ›› Bola medicinal
a aprendizagem balanço prévio.
centra-se no balanço,
solicitando aos alunos
que realizem um
deslocamento prévio,
com passagem pela
posição de força,
a partir da qual se 4. Lançamento iniciando o
realiza o lançamento. movimento de costas para a zona de
queda (saída com pernas juntas)

Descrição:
no sentido do lançamento; e após o
›› Posição Inicial: Peso colocado junto
aluno estar de frente para o sector de
ao pescoço; peso do corpo sobretudo
queda, o peso é arremessado utilizando
na perna direita e ligeira inclinação do
para isso apenas a mão dominante;
corpo atrás;
2. Lançamento partindo de uma ›› Posição Final: Perna esquerda em exten-
›› Movimentação: Recuar o pé direito que
posição lateral, com 2 passos de são; e ambos os pés em contacto com
se desloca no sentido do lançamento;
balanço o solo;
de seguida recuar o pé esquerdo assu-
mindo aí uma posição lateral (posição
Descrição: Material a utilizar:
Material a utilizar: de força); passar da posição lateral para
›› Igual ao exercício n.º 3 do nível Intro- ›› Peso.
›› Bola medicinal a posição frontal, pela rotação da anca
dução, mas com dois passos laterais de
balanço prévio.

98 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 99


LANÇAR LANÇAR
Capacidade de Lançamento

Como podemos estimular a


capacidade de lançar?
Lançamento de engenhos leves

Exercícios Analíticos:
1. Lançamento da bola de ténis
mente acima da cabeça;
Descrição: ›› Deve terminar o lançamento com a
›› O aluno lança uma bola de ténis o mais perna esquerda em extensão;
Opção 1 Opção 2
longe possível.
Observações:
›› Pode realizar-se a atividade procurando Formas Jogadas:
Critérios de êxito:
›› Inicia o movimento com a perna direita que a bola ressalte numa parede caso
não exista uma zona de queda com 1. Transposição do Obstáculo
fletida.
›› Antes de iniciar o lançamento o braço dimensão suficiente;
›› Pode realizar-se o exercício como forma Organização: Observação:
lançador deve estar em extensão ou
jogada, definindo uma escala de pontu- Lançamento de bola de ténis com o objeti- ›› Forma jogada aconselhável para o nível
com uma flexão muito reduzida;
ação na zona de queda vo de transpor um obstáculo alto (exem- de introdução e elementar.
›› Quando lança deve passar a bola clara-
plo uma vedação ou corda);
Definir níveis do concurso (ex. a 5, 10, 15,
20, 25 e 30 metros do obstáculo a trans-
por);
O aluno tem três tentativas para conseguir
transpor a vedação em cada um dos níveis
(regras semelhantes ao salto em altura);
Vencem os alunos que consigam atingir o
objetivo no nível mais elevado;

Material Necessário:
›› Bolas de ténis;
›› Cones para marcação dos níveis;
2. Lançamentos a duas mãos com
bola de basquetebol ›› Pode realizar-se o exercício como forma 2. “Acertar no Arco”
jogada, definindo uma escala de pontu-
Objetivos Específicos: ação na zona de queda Objetivo:
›› Aprendizagem da ação do braço lança- ›› Aprendizagem e estabilização da pega;
dor e desenvolvimento da força especí- Descrição: (Opção 2) ›› Adaptação e controlo do engenho;
fica; ›› Partindo de uma posição frontal, com
o pé esquerdo avançado em relação ao Organização:
Descrição: (Opção 1) direito, a bola segura pelas duas mãos ›› À medida que vai conseguindo colocar
›› De joelhos, com a bola segura pelas e os cotovelos fletidos, lançar o mais o dardo dentro do arco mais próximo
duas mãos e os cotovelos fletidos, lan- longe possível; o aluno avança de nível para um arco
çar o mais longe possível; mais distante ou de menor diâmetro.
Critérios de êxito: ›› O jogo termina quando alguém atingir
Critérios de êxito: ›› Larga a bola o mais alto possível; o nível mais exigente.
›› Largar a bola o mais alto possível; ›› Termina o lançamento com ambos os
pés em contacto com o chão; Material:
Observações: ›› Termina o lançamento com a perna ›› Dardos e Arcos
›› O aluno deve realizar o exercício em esquerda em extensão;
cima de um colchão e terminá-lo em Pode realizar-se o exercício como forma Observação:
queda facial; jogada, definindo uma escala de pontua- ›› Forma jogada aconselhável para o nível
ção na zona de queda avançado.
100 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 101
LANÇAR LANÇAR

ARREMESSO DE BOLA
Referências Programáticas:
Nível Introdução:
Lança a bola (tipo hóquei ou ténis) dando 3 passos de balanço
em aceleração progressiva, com o braço fletido e o cotovelo mais
alto que o ombro (na direção do lançamento).

Nível Elementar:
Lança a bola (tipo hóquei), com quatro a sete passos de balanço
em aceleração progressiva. Executa os três passos finais com os
apoios e ritmo corretos, com a mão à retaguarda e o braço em
extensão, realizando o último apoio pelo calcanhar da perna
contrária. Determinantes Lançamento do Dardo
técnicas
Pega do Engenho
LANÇAMENTO DO DARDO 1. Existem duas formas principais de
pegar no dardo (Fig. 1 e 2), em ambas:
Nível Avançado: 2. O dardo é colocado na mão na diago-
Lança o dardo, após seis a dez passos de balanço, executando nal;
corretamente a pega e o ritmo dos cinco passos finais. Avança 3. O polegar e o indicador (ou médio,
a bacia e o ombro do lado do dardo (bloqueio do movimento caso se opte pela pega da fig. 2) de-
sobre o eixo do pé da frente), no momento do último apoio, vem estar em contacto com o corpo [1] [2]
mantendo o cotovelo e o dardo à retaguarda, para forte ação de do dardo e com o início do encordo-
“chicotada” do braço (por cima do ombro), trocando a posição amento.
dos pés na parte final, mantendo-se em equilíbrio. 4. A pega deve ser feita de uma forma
REGULAMENTO ESPECÍFICO: confortável e descontraída.
›› O sector de lançamento corresponde a um corredor de ba-
lanço e uma zona de queda; Corrida Frontal: (Fig. 3)
›› A bola ou dardo tem que ser empunhado com uma só mão; 5. O ritmo da corrida deve ser lento;
›› Os atletas não podem usar luvas; 6. A bola/dardo deve ser transportado
›› A bola ou dardo devem ser lançados por cima do ombro, ou acima da cabeça, na projeção vertical
do seu plano, não podendo ser lançada em movimento de do ombro;
rotação ou arremessada como um peso; 7. O braço lançador deve estar ligeira-
›› Durante o lançamento, o atleta não pode virar as costas para a área mente fletido;
de queda; só o poderá fazer após o engenho ter sido lançado; 8. No final da corrida frontal o braço
›› A medição do lançamento é feita desde o local onde a bola lançador deve ser colocado atrás
ou ponta metálica do dardo tocou no solo pela primeira vez, iniciando-se a:
até à margem interna do arco, ao longo de uma linha reta
Corrida Lateral: (Fig. 4)
que vai desde o local do contacto até ao centro do círculo [3]
do qual o arco faz parte. 9. Com o braço direito em extensão
›› Todos os participantes têm direito a efetuar 3 lançamentos. atrás;
Após esta fase, os 8 primeiros classificados têm direito a 10. A palma da mão deve ficar voltada
mais 3 tentativas; para cima;
›› No final do concurso, os concorrentes são classificados de 11. A mão à altura do ombro ou ligeira-
acordo com o seu melhor lançamento; mente acima;
›› O lançamento é considerado nulo quando: 12. A velocidade da corrida deve ser au-
›› O concorrente toca o solo para além da linha delimitadora mentada progressivamente até ao:
da zona de balanço;
›› O engenho cair fora do sector de queda; Passo de Impulso: (Fig. 5, 6, 7 e 8)
›› O atleta abandonar o corredor antes de o engenho cair no solo; ›› Que deve ser realizado com o pé es-
›› Depois de lançar, o primeiro contacto do atleta com o querdo (destros), de uma forma rasante
e com perda mínima de velocidade
[4]
exterior da pista de balanço for feito após a linha branca
marcada de cada lado do corredor;
102 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 103
LANÇAR LANÇAR
Como se realizam as pegas de
vários engenhos, utilizados
na abordagem inicial dos
engenhos leves:

[5] [6]

Bola de Ténis

[7] [8]
Após o passo de impulso o lançador passa voltada para cima. (Fig. 9)
pela Posição de Força: ›› Os ombros e bacia ligeiramente inclina-
›› Mantendo o braço lançador atrasado e dos atrás, estando o ombro esquerdo Vortex
com ligeira flexão; (Fig. 8) acima do direito. É esta inclinação que
›› O peso do corpo na perna direita que determina o ângulo de saída do enge-
está fletida; (Fig. 9) nho; (Fig. 9)
›› A palma da mão lançadora deve estar

Dardo de Espuma

[9] [10]
De seguida dá-se a aceleração principal do mínima o mais tempo possível; (Fig. 10)
engenho: ›› Passando a mão lançadora claramente
›› Voltando a bacia e o peito na direção do acima da cabeça. (Fig. 11)
lançamento; (Fig. 10) ›› Executando uma extensão enérgica da
›› Mantendo o braço lançador com flexão perna esquerda (bloco). (Fig. 11 e 12)

[11] [12]
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LANÇAR LANÇAR
Nível Lança a bola com 3. Lançamento com deslocamento a
introdução deslocamento lateral passo
Critérios de êxito:
Objetivo: ›› Manter a posição dos ombros e do en-
Sequência 1. Lançamento Frontal Critérios de êxito: genho ao longo do deslocamento;
›› Lançar o engenho com deslocamento a
de ensino ›› Iniciar o exercício com a mão lançadora velocidade muito reduzida; ›› Iniciar a ação do braço lançador depois
Objetivo: acima do nível do ombro; de o pé direito, a anca e o peito se volta-
›› Assimilar a passagem alta da mão lança- ›› Passar a mão lançadora acima do nível Descrição: rem para o local de queda;
dora da cabeça e na projeção vertical do ›› Lançar um engenho partindo e uma ›› Passar a mão lançadora acima do nível
Na abordagem dos
lançamentos de ombro. posição lateral em relação ao local de da cabeça e na projeção vertical do
Descrição: ›› Terminar com ambos os pés em apoio e queda e depois de dar dois passos de ombro.
engenhos leves, é
essencial centrar no ›› Voltado de frente para o local para onde com a perna esquerda em extensão. balanço a caminhar. ›› Terminar com ambos os pés em apoio e
nível de introdução a quer lançar, com o pé esquerdo avança- ›› A partir da posição inicial, avançar o pé com a perna esquerda em extensão.
ação de do em relação ao direito, o aluno lança Material: direito e depois o esquerdo, procuran-
lançamento de acordo uma bola contra uma parede. ›› Bolas de Ténis. do finalizar o deslocamento na posição Material / Observações:
com os elementos em que se iniciou o exercício anterior. ›› Bolas de ténis, hóquei, basebol ou vortex.
fundamentais

4. Lançamento com balanço ›› Passar a mão lançadora acima do nível


da cabeça e na projeção vertical do
Objetivos Específicos: ombro.
Observações: ›› Lançar após um deslocamento lateral a ›› Terminar com ambos os pés em apoio e
Tentar que a um ritmo controlado. com a perna esquerda em extensão.
2. Lançamento Lateral velocidade seja
Critérios de êxito: reduzida, para que Critérios de êxito: Material:
Objetivo: ›› Iniciar a ação do braço lançador depois a qualidade da ›› Manter a posição dos ombros e do en- ›› Dependendo das dimensões e carac-
execução técnica não genho ao longo do deslocamento; terísticas da zona de queda, podem
›› Aumento do percurso de aceleração do de o pé direito, a anca e o peito se volta-
fique comprometida. ›› Iniciar a ação do braço lançador depois utilizar-se bolas de ténis, hóquei, base-
engenho; rem para o local de queda; de o pé direito, a anca e o peito se volta-
›› Passar a mão lançadora acima do nível bol, vortex ou dardos de espuma.
›› Assimilação do trabalho da perna direi- rem para o local de queda;
ta e anca; da cabeça e na projeção vertical do
ombro.
Descrição: ›› Terminar com ambos os pés em apoio e
›› Lançar, partindo de uma posição lateral com a perna esquerda em extensão.
em relação ao local de queda deseja-
do, com o engenho acima do nível do Material / Observações:
ombro. - Bolas de ténis, hóquei, basebol ou vortex.

Opção 1: Partindo de uma posição lateral, lançar o engenho com dois passos de balanço, mas sem cruzar os pés.

Opção 2 Partindo de uma posição lateral, lançar o engenho com dois passos de balanço, com cruzamento dos pés.
106 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 107
LANÇAR LANÇAR
3. Lançamento com balanço
Lança a bola, com balanço
Nível Objetivo:
elementar 1. Deslocamento lateral ›› Realizar um lançamento, com corrida de
balanço prévia;
Sequência Objetivo: distância numa posição lateral, com ou
de ensino ›› Realizar deslocamentos laterais com sem engenho na mão; Descrição:
ritmo progressivo ›› Num corredor de balanço, realizar uma
Critérios de êxito: corrida lateral, seguida de lançamento.
Descrição: ›› Manter a posição dos ombros, bacia e
No nível elementar,
›› Correr ao longo de uma determinada engenho ao longo do deslocamento; Critérios de êxito:
após a consolidação
dos aspectos ›› Manter a posição dos ombros e enge-
fundamentais nho ao longo do deslocamento;
para realizar um ›› Só se inicia a ação do braço depois de o
lançamento com pé direito, a anca e o peito se voltarem
um engenho leve, para o local de queda;
a aprendizagem ›› Passar a mão lançadora acima do nível
centra-se na aquisição
da cabeça e na projeção vertical do
de uma estrutura
ombro.
rítmica que potencie a
ação do lançamento,
com o aumento
da velocidade de
execução.

2. Lançamento com corrida reduzida


– 3 apoios

Objetivo:
›› Lançar um engenho leve após desloca- apoio do pé direito e esquerdo no solo
mento com velocidade muito reduzida; e o lançamento.

Descrição: Critérios de êxito:


›› Lançar partindo de uma posição lateral ›› Manter a posição dos ombros e enge-
em que o pé esquerdo se encontra atra- nho ao longo do deslocamento;
sado em relação ao pé direito; ›› Só se inicia a ação do braço depois de o
›› A partir da posição inicial, avançar o pé pé direito, a anca e o peito se voltarem
esquerdo, que impulsiona o corpo de para o local de queda;
forma enérgica e rasante para a fren- ›› Passar a mão lançadora acima do nível
te (passo de impulso), seguindo-se o da cabeça e na projeção vertical do
ombro.

108 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 109


LANÇAR LANÇAR
Nível Lançamento do Dardo
avançado 1. Lançamento parado
Sequência
de ensino Objetivo: ›› Manter a mão acima do nível dos om-
›› Adaptação e controlo do dardo; bros antes de iniciar o movimento;
›› Braço que pega no dardo deve estar
Descrição: esticado ou com uma flexão muito
›› Pés mais afastados que os ombros e reduzida;
No nível avançado virados na direção do lançamento; ›› Ponta do dardo colocada ao nível dos
pretende-se realizar ›› Lançar de uma forma controlada, olhos;
o transfere das procurando transmitir energia da perna ›› Peso do corpo predominantemente na
aprendizagens já perna direita.
e anca para o peito e por fim para o
realizadas para o Na movimentação:
lançamento específico, dardo.
Variante: ›› Só iniciar a ação do braço lançador de-
o lançamento do pois de o pé direito, a anca e o peito se
dardo. ›› Levantar ligeiramente a perna esquerda
para iniciar o movimento e manter o voltarem para o local de queda;
peso do corpo sobre a perna direita que ›› Passar a mão lançadora acima do nível
deve estar fletida. da cabeça e na projeção vertical do
ombro.
Critérios de êxito: ›› Terminar com ambos os pés em apoio e
com a perna esquerda em extensão.
Na posição inicial: 3. Corrida de balanço frontal e
lateral Critérios de êxito:
Corrida Frontal:
Objetivo: ›› Manter o braço direito fletido e a mão
›› Realizar a transição entre a corrida fron- lançadora na projeção vertical do om-
tal e lateral; bro;
Corrida Lateral:
Descrição: ›› Manter a posição dos ombros, o braço
›› Correr ao longo de uma determinada em extensão, a mão lançadora acima do
distância, com ou sem engenho na nível do ombro e a ponta do dardo ao
mão, alternando a corrida frontal e nível dos olhos;
lateral;
Material / Observações:
›› Dardo

2. Lançamento com 3 apoios


Critérios de êxito:
Objetivo: ›› Manter a posição dos ombros e dardo
›› Introduzir o passo de impulso e ligá-lo à ao longo do deslocamento;
posição de força. ›› Só se inicia a ação do braço depois de o
pé direito, a anca e o peito se voltarem
Descrição: para o local de queda;
›› Iniciar o movimento avançando a perna ›› Passar a mão lançadora acima do nível
esquerda (passo de impulso), seguindo- da cabeça e na projeção vertical do
se o apoio do pé direito e esquerdo e o ombro.
lançamento. ›› Terminar com ambos os pés em apoio e
com a perna esquerda em extensão.

110 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ATLETISMO 111


LANÇAR
4. Lançamento completo Quadro Resumo do Programa de Educação Física (Atletismo)
Conteúdo Nível Introdução Nível Elementar Nível Avançado
Objetivo:
›› Ligar todas as fases do lançamento num Corrida de O aluno efetua uma corrida de velocidade (40 O aluno efetua uma corrida de velocidade (40 O aluno efetua uma corrida de velocidade,
Velocidade m), com partida de pé. Acelera até à velocidade m a 60 m), com partida de tacos. Acelera até à com partida de tacos. Acelera até à velocidade
movimento completo. máxima, mantendo uma elevada frequência velocidade máxima, realizando apoios ativos sobre máxima, realizando apoios ativos sobre a parte
de movimentos, realiza apoios ativos sobre a a parte anterior do pé (extensão completa da perna anterior do pé com extensão completa da perna
parte anterior do pé (com extensão da perna de de impulsão) e termina sem desaceleração nítida, de impulsão e termina sem desaceleração nítida,
impulsão) e termina sem desaceleração nítida. com inclinação do tronco à frente nas duas últimas com inclinação do tronco à frente nas duas últimas
passadas. passadas.

Corrida de O aluno efetua uma corrida de estafetas de O aluno efetua uma corrida de estafetas de 4 x O aluno em corrida de estafetas (4 x 60 m, 4
Estafetas 4x50m, recebendo o testemunho, na zona de 60 m, recebendo o testemunho em movimento, x 80 m, 4 x 100 m), entrega o testemunho, sem
transmissão, com controlo visual e em movimento, na zona de transmissão e entregando-o, após desaceleração nítida na zona de transmissão,
entregando-o em segurança e sem acentuada sinal sonoro, com segurança e sem acentuada utilizando a técnica descendente e ou ascendente, e
desaceleração. desaceleração. recebe-o em aceleração sem controlo visual.

Corrida com O aluno realiza uma corrida (curta distância), O aluno efetua uma corrida de barreiras com O aluno efetua uma corrida de barreiras (50 m
Barreiras transpondo pequenos obstáculos (separados partida de tacos. “Ataca” a barreira, apoiando a 100 m), com partida de tacos, mantendo o
entre si com distâncias variáveis), combinando com o terço anterior do pé longe desta, facilitando a ritmo das três passadas entre as barreiras durante
fluidez e coordenação global, a corrida, a impulsão, elevação do joelho e a extensão da perna de ataque. toda a corrida, passando as barreiras com trajetória
o voo e a receção. Passa as barreiras com trajetória rasante, mantendo rasante, mantendo o equilíbrio, sem acentuada
o equilíbrio nas receções ao solo e sem desacelera- desaceleração.
ção nítida.

Salto em O aluno salta em comprimento com a técnica O aluno salta em comprimento com a técnica O aluno salta em comprimento com a técnica
Comprimen- de voo na passada, com corrida de balanço de voo na passada, com corrida de balanço de “voo na passada”, com corrida de balanço
to (6 a 10 passos) e impulsão numa zona de de oito a doze passadas e impulsão na ajustada. “Puxa” as pernas para a frente e os braços
chamada. Acelera progressivamente a corrida tábua de chamada. Aumenta a cadência nas (paralelos) para a frente e para baixo, na parte final
para apoio ativo e extensão completa da perna de últimas passadas para realizar uma impulsão do voo, inclinando o tronco à frente para receção na
impulsão; eleva energicamente a coxa da perna eficaz, mantendo o tronco direito. “Puxa” a perna caixa de saltos.
livre, projetando-a para a frente, mantendo-a em de impulsão para junto da perna livre na fase
elevação durante o voo (conservando a perna de descendente do voo, tocando o solo, o mais longe
impulsão atrasada); queda a pés juntos na caixa possível, com flexão do tronco à frente.
de saltos.

Triplo Salto O aluno salta em triplo salto com corrida de


balanço de seis a dez passadas e impulsão
na tábua de chamada. Realiza corretamente o
encadeamento dos apoios - 1.º salto em pé coxinho,
2.º salto para o outro pé e o último com a técnica de
passada, com queda a dois pés na caixa de saltos.

Salto em O aluno salta em altura com a técnica de O aluno salta em altura com técnica de O aluno salta em altura com a técnica de
Altura tesoura, com 4 a 6 passos de balanço. Apoio Fosbury Flop, com cinco a oito passadas de Fosbury Flop, aumentando a velocidade da corrida
ativo e extensão completa da perna de impulsão balanço, sendo as últimas três/quatro em curva. na entrada da curva e inclinando o corpo para o
com elevação enérgica e simultânea dos braços Apoia ativamente o pé de chamada no sentido da interior desta. Acompanha a impulsão enérgica e
e perna de balanço; transposição da fasquia com corrida, com elevação enérgica da coxa da perna vertical com a elevação activa dos ombros e braços.
as pernas em extensão e receção em equilíbrio no livre, conduzindo o joelho para dentro (provocando “Puxa” energicamente as coxas com extensão das
colchão de quedas ou caixa de saltos. a rotação da bacia). Transpõe a fasquia com o pernas (corpo em “L”) na fase descendente do voo,
corpo ligeiramente “arqueado”. Flexão das coxas para recepção de costas no colchão com braços
e extensão das pernas na fase descendente do afastados lateralmente.
voo, caindo de costas no colchão com os braços
afastados lateralmente.

Lançamento O aluno lança de lado e sem balanço, o peso de O aluno lança o peso de 3 kg/4 kg, de costas O aluno lança o peso de 3 kg/4 kg, de um
do Peso 2/3kg, apoiando na parte superior dos metacarpos (duplo apoio) e sem balanço, num círculo de círculo de lançamentos, com a pega correcta,
e nos dedos, junto ao pescoço, com flexão da perna lançamentos. Roda e avança a bacia do lado do encadeando o deslizamento com o lançamento.
do lado do peso e inclinação do tronco sobre essa peso com extensão total (das pernas e do braço Desliza (de costas) com o ritmo de apoios “curto e
perna. Empurra o peso para a frente e para cima, do lançamento), para empurrar o engenho para a longo” rasante ao solo. Roda e avança a bacia do
com extensão da perna e braço do lançamento e frente e para cima, mantendo o cotovelo afastado lado do peso com extensão da perna, empurrando
avanço da bacia, mantendo o cotovelo afastado em em relação ao tronco. o engenho com extensão total dos segmentos e
relação ao tronco. flexão da mão, trocando de pés, após a saída do
peso, em equilíbrio.

Arremesso O aluno lança a bola (tipo hóquei ou ténis) dando O aluno lança a bola (tipo hóquei), com quatro O aluno lança o dardo, após seis a dez passos
de Bola / 3 passos de balanço em aceleração progressiva, a sete passos de balanço em aceleração de balanço, executando correctamente a pega e
Lançamento com o braço flectido e o cotovelo mais alto que o progressiva. Executa os três passos finais com os o ritmo dos cinco passos finais. Avança a bacia e o
do Dardo ombro (na direção do lançamento) apoios e ritmo correctos, com a mão à retaguarda e ombro do lado do dardo (bloqueio do movimento
o braço em extensão, realizando o último apoio pelo sobre o eixo do pé da frente), no momento do
calcanhar da perna contrária. último apoio, mantendo o cotovelo e o dardo à
retaguarda, para forte ação de “chicotada” do braço
(por cima do ombro), trocando a posição dos pés na
parte final, mantendo-se em equilíbrio.
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ATLETAS

ATLETAS

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ATLETAS ATLETAS
Atletas Internacionais que Vera Barbosa
participaram neste trabalho: Recordes Pessoais:
›› 400m – 53,08 seg
›› 400m barreiras – 55,22 seg (Recorde de
Arnaldo Abrantes
Portugal)
Recordes Pessoais:
›› 100m – 10,19 seg
Principais Internacionalizações:
›› 200m – 20,48 seg
›› Jogos Olímpicos: Londres 2012
›› 4x100m – 38,88 seg (Recorde de Portu- ›› Campeonato do Mundo: Daegu 2011
gal – Ricardo Monteiro, Francis Obikwe- ›› Campeonato da Europa: Helsínquia
lu, Arnaldo Abrantes e João Ferreira) 2012
Medalhas Internacionais: ›› Campeonato da Europa de sub-23:
›› Campeonato da Europa de sub-23: 2º Ostrava 2011
lugar nos 4x 100m (Debrecen – 2007) ›› Campeonato da Europa de Seleções:
Principais Internacionalizações: Leiria 2009, Budapeste 2010 e Estocol-
›› Jogos Olímpicos: Pequim 2008 e Lon- mo 2011
dres 2012
›› Campeonato do Mundo: Osaka 2007,
Berlin 2009 e Daegu 2011 Patrícia Lopes
›› Campeonato da Europa: Barcelona Recordes Pessoais:
2010 e Helsínquia 2012 ›› 400m – 53,05 seg
›› Campeonato da Europa de Seleções: ›› 400m bar – 56,78 seg
Salónica 2006, Milão 2007, Leiria 2008
e 2009, Budapeste 2010 e Estocolmo Medalhas Internacionais:
2011 ›› Campeonato da Europa de Juniores: 2º
lugar nos 400m barreiras (Grosseto –
2001)
Edi Sousa Principais Internacionalizações:
Recorde Pessoal: ›› Campeonato da Europa: Munique 2002
›› 100m – 10,54 seg e Barcelona 2010
Principais Internacionalizações: ›› Campeonato da Europa de pista cober-
›› Campeonato da Europa de sub-23: ta: Turim 2009 e Paris 2011
Kaunas 2009 ›› Campeonato da Europa de Seleções:
›› Jogos da Lusofonia: Lisboa 2009 Vaasa 2001, Sevilha 2002, Velenje 2003,
Istambul 2004, Salónica 2006, Milão
2007, Leiria 2005, 2008 e 2009, Buda-
Eva Vital peste 2010 e Estocolmo 2011
Recordes Pessoais:
›› 100m barreiras – 13,47 seg (13,62 seg
recorde nacional de juniores) João Ferreira
›› 4x100m – 44,70 seg (Recorde de Por- Recordes Pessoais:
tugal – Eva Vital, Naide Gomes, Carla ›› 4x100m – 38,88 seg (Recorde de Portu-
Tavares e Sónia Tavares) gal – Ricardo Monteiro, Francis Obikwe-
Medalhas Internacionais: lu, Arnaldo Abrantes e João Ferreira)
›› Festival Olímpico da Juventude Euro- ›› 400m – 46,69 seg
peia: 3º lugar (Tampere – 2009) ›› 400m bar – 50,23 seg
Principais Internacionalizações:
›› Campeonato do Mundo de Juvenis: Principais Internacionalizações:
Bressanone 2009 ›› Campeonato do Mundo: Berlin 2009 e
›› Campeonato do Mundo de Juniores: Daegu 2011
Moncton 2010 ›› Campeonato da Europa: Helsínquia
›› Campeonato da Europa de Juniores: 2012
Tallinn 2011 ›› Campeonato da Europa: Barcelona 2010
›› Campeonato da Europa de Seleções: ›› Campeonato da Europa de Seleções:
Leiria 2009 e Budapeste 2010 Leiria 2008 e 2009, Budapeste 2010 e
Estocolmo 2011

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ATLETAS ATLETAS
Nelson Évora
Yazaldes Nascimento Recorde Pessoal:
Recordes Pessoais: ›› Triplo Salto – 17,74m (Recorde de Por-
›› 100m – 10,37 seg tugal)
›› 200m – 20,87 seg Principais Títulos Internacionais:
Medalhas Internacionais: ›› Campeão Olímpico – (Pequim – 2008)
›› Campeonatos Ibero-Americanos – 3º ›› Campeão do Mundo – (Osaka – 2007)
lugar nos 200m (S. Fernando - 2010) ›› Outras Medalhas Internacionais:
Principais Internacionalizações: ›› Campeonato da Europa de Juniores:
›› Campeonato do Mundo: Daegu 2011 Campeão Europeu do Salto em Compri-
mento e Triplo Salto (Tampere – 2003)
›› Campeonato da Europa: Barcelona 2010
›› Campeonato da Europa de sub-23: 3º
e Helsínquia 2012 lugar no Triplo Salto (Erfurt – 2005)
›› Campeonato da Europa de Seleções: ›› Campeonato do Mundo de Berlin: 2º
Estocolmo 2011 lugar no Triplo Salto (Berlin – 2009)
Principais Internacionalizações:
›› Jogos Olímpicos: Atenas 2004 e Pequim
Rasul Dabo 2008
Recordes Pessoais: ›› Campeonato do Mundo: Helsínquia
›› 60m bar – 7,78 seg (Recorde de Portugal 2005,Osaka 2007, Berlin 2009 e Daegu
de pista coberta) 2011
›› 110m bar – 13,64 seg ›› Campeonato da Europa de Seleções: Ve-
lenje 2003, Salónica 2006, Milão 2007,
Principais Internacionalizações:
Leiria 2005, 2008 e 2009 e Estocolmo
›› Campeonato da Europa: Helsínquia
2011
2012
›› Campeonato da Europa de sub-23:
Paulo Gonçalves
Ostrava 2011
Recorde Pessoal:
›› Campeonato da Europa de Seleções:
›› Salto em Altura – 2,21m (Recorde de
Budapeste 2010 e Estocolmo 2011
Portugal de pista coberta)
›› Campeonato da Europa de pista cober-
Principais Internacionalizações:
ta: Paris 2011
›› Campeonato da Europa de Seleções:
Salónica 2006, Leiria 2008 e 2009 e
Marcos Chuva Estocolmo 2011
Recorde Pessoal:
›› Salto em Comprimento – 8,34m
Marco Fortes
Medalhas Internacionais:
Recorde Pessoal:
›› Campeonato da Europa de sub-23: 2º
›› Lançamento do Peso – 21,02m (Recorde
lugar no salto em comprimento (Ostra-
de Portugal)
va – 2011)
Medalhas Internacionais:
Principais Internacionalizações:
›› Campeonato da Europa de Juniores: 3º
›› Jogos Olímpicos: Londres 2012 lugar no Lançamento do Peso (Grosseto
›› Campeonato do Mundo: Daegu 2011 – 2001)
›› Campeonato da Europa: Helsínquia Principais Internacionalizações:
2012 ›› Jogos Olímpicos: Pequim 2008 e
›› Campeonato da Europa de Seleções: Londres 2012
Budapeste 2010 e Estocolmo 2011 ›› Campeonato do Mundo: Berlin 2009 e
Daegu 2011
›› Campeonato do Mundo de pista cober-
ta: Istambul 2012
›› Campeonato da Europa: Barcelona 2010
e Helsínquia 2012
›› Campeonato da Europa de Seleções:
Oslo 2000, Vaasa 2001, Sevilha 2002,
Velenje 2003, Istambul
›› 2004, Salónica 2006, Milão 2007, Leiria
2005, 2008 e 2009, Budapeste 2010 e
Estocolmo 2011)

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ATLETAS ATLETAS
Tsanko Arnaudov também são referenciados no documento:
Recorde Pessoal:
›› Lançamento do Peso – 17,18m Patrícia Mamona
Principal Internacionalização: Recorde Pessoal:
›› Campeonato da Europa de Juniores: ›› Triplo salto – 14,52 metros - Recorde de
Tallinn 2011 Portugal
Principais Internacionalizações:
›› Campeonato do Mundo: Daegu 2011
Tiago Aperta ›› Campeonato da Europa de Seleções:
Recorde Pessoal: Leiria 2005, Salónica 2006, Leiria 2009,
›› Lançamento do Dardo – 75,55m (Recor- Budapeste 2010 e Estocolmo 2011.
de de Portugal) ›› Campeonato do Mundo de Juniores:
Principais Internacionalizações: Pequim 2006
›› Campeonato do Mundo de Juniores: ›› Campeonato da Europa de Juniores:
Moncton 2010 Hengelo 2007
›› Campeonato da Europa de Juniores: ›› Campeonato do Mundo de Juvenis:
Tallinn 2011 Marraquexe 2005
›› Campeonato da Europa de Selecções:
Estocolmo 2011
Clarisse Cruz
Recorde Pessoal:
Elias Leal ›› 3000m obstáculos – 9:30,02 min
Recorde Pessoal: Principais Internacionalizações:
›› Lançamento do Dardo – 72,73m ›› Jogos Olímpicos: Pequim 2008 e Lon-
Principais Internacionalizações: dres 2012
›› Campeonato da Europa de Selecções: ›› Campeonato do Mundo: Helsínquia
2005
Leiria 2008 e 2009 e Budapeste 2010
›› Campeonato da Europa de Seleções:
Leiria 2005.

Sílvia Cruz Ana Dulce Félix


Recorde Pessoal: Recorde Pessoal:
›› Lançamento do Dardo – 59,76m (Recor- ›› 10000m – 31:44,75 min
de de Portugal) ›› Maratona – 2h 25:40 min
Principais Internacionalizações: Principais Títulos Internacionais:
›› Jogos Olímpicos: Pequim 2008 ›› Campeã da Europa: (Helsínquia – 2012 nos
›› Campeonato do Mundo: Osaka 2007 10 000m)
›› Campeonato da Europa de Selecções: ›› Vice-Campeã da Europa de Corta-Mato –
Vaasa 2001, Sevilha 2002, Valenje 2003, (Velenge – 2011)
Istambul 2004, Salónica 2006, Milão ›› 3º lugar no Campeonato da Europa de Corta-
2007, Leiria 2005, 2008 e 2009, Buda- Mato – (Albufeira – 2010)
peste 2010 e Estocolmo 2011 ›› Principais Internacionalizações:
›› Jogos Olímpicos: Londres 2012
Atleta Campeã Nacional que participou ›› Campeonato do Mundo: Berlin 2009 e
neste trabalho: Daegu 2011
Ana Vasconcelos ›› Campeonato da Europa: Barcelona 2010 e
›› Campeã Nacional de juniores em pista Helsínquia 2012
coberta – Salto com Vara (2011) ›› Campeonato da Europa de Seleções: Leiria
2009.
Participaram ainda os atletas / alunos
Simão Rocha, Daniela Clérigo e Inês Foi o autor da capa deste documento, o
Santos. atleta internacional:

João Almeida
Recorde Pessoal:
›› 110 metros barreiras – 13,47 seg
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ATLETAS ATLETAS
Principais Internacionalizações: (Budapeste – 2004 no Pentatlo e Valen-
›› Jogos Olímpicos: Londres 2012 cia – 2008 no Salto em Comprimento)
›› Camp. da Europa: Helsínquia 2012 ›› Campeã da Europa de pista coberta –
›› Campeonato do Mundo de Juvenis: (Madrid – 2005 e Birmimgham – 2007
Marraquexe 2005 no Salto em Comprimento)
›› Campeonato da Europa de Juniores: ›› Vice-Campeã do Mundo de pista cober-
Hengelo 2007 ta – (Doha – 2010 no Salto em Compri-
mento)
Neste documento é feita a referência ›› Vice-Campeã da Europa – (Gotemburgo
ao Projeto Mega, uma parceria entre a – 2006 e Barcelona – 2010 no Salto em
Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) Comprimento)
›› Vice-Campeã da Europa de pista cober-
e a Direcção Geral de Educação / Desporto
ta – (Viena – 2002 no Pentatlo e Paris –
Escolar (DGE/DE), cujos padrinhos são: 2011 no Salto em Comprimento)
›› Medalha de Bronze no Campeonato do
Mega Sprinter: Mundo de pista coberta – (Moscovo –
Francis Obikwelu 2006 no Salto em Comprimento)
Recorde Pessoal: Principais Internacionalizações:
›› 100m – 9,86 seg (Recorde da Europa) ›› Jogos Olímpicos: Atenas 2004 e Pequim
›› 200m – 20,01 seg (Recorde de Portugal) 2008
›› 4x100m – 38,88 seg (Recorde de
Portugal – Ricardo Monteiro, Francis Mega KM
Obikwelu, Arnaldo Abrantes e João Rui Silva
Ferreira) Recordes Pessoais:
Principais Títulos Internacionais: ›› 800m – 1:44,91 min (Recorde de Portugal)
›› Vice-Campeão Olímpico – (Atenas – ›› 1500m – 3:30,07 min (Recorde de Portugal)
2004) ›› 3000m – 7:39,44 min (Recorde de Portu-
gal de pista coberta)
›› Campeão da Europa – (Munique – 2002
Principais Títulos Internacionais:
e Gotemburgo – 2006 dos 100m e Go- ›› Campeão do Mundo de pista coberta –
temburgo – 2006 dos 200m) (Lisboa – 2001 nos 1500m)
›› Campeão da Europa de pista coberta – ›› Campeão da Europa de pista cober-
(Paris – 2011 nos 60m) ta – (Valência – 1998 e Turim-2009 nos
Principais Internacionalizações: 1500m e Viena – 2002 nos 3000m)
›› Jogos Olímpicos: Atenas 2004 e Pequim ›› Vice-Campeão do Mundo de pista co-
2008 berta – (Budapeste – 2004 nos 3000m)
›› Campeonato do Mundo: Paris 2003, ›› Vice-Campeão da Europa – (Budapeste –
Helsínquia 2005 e Osaka 2007 1998 e Viena – 2002 nos 1500m)
›› Camp. da Europa: Munique 2002, Go- ›› Vice-Campeão da Europa de pista cober-
temburgo 2006 e Barcelona 2010 ta – (Gent – 2000 nos 3000m)
›› Camp. da Europa de Seleções: Velenje ›› Medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos
2003, Istambul 2004, Leiria 2005, Salóni- – (Atenas – 2004 nos 1500m)
ca 2006, Milão 2007, Leiria 2008 e 2009, ›› Medalha de Bronze no Campeonato do
Budapeste 2010 e Estocolmo 2011 Mundo – (Helsínquia – 2005 nos 1500m)
›› Medalha de Bronze no Campeonato da
Mega Salto Europa de corta-mato – (Toro – 2007)
Principais Internacionalizações:
Naide Gomes ›› Jogos Olímpicos: Sidney 2000 e Atenas
Recorde Pessoal: 2004
›› Salto em Comprimento – 7,12m (Recor- ›› Campeonato do Mundo: Sevilha 1999,
de de Portugal) Edmonton 2001, Paris 2003, Helsínquia
›› Salto em Altura – 1,88m (Recorde de 2005, Berlin 2009 e Daegu 2011
Portugal) ›› Campeonato da Europa de Seleções:
›› Heptatlo – 6230 pts (Recorde de Portu- Budapeste 1998, Telavive 1999, Oslo
gal) 2000, Vaasa 2001,
›› 4x100m – 44,70 seg (Recorde de Por- ›› Sevilha 2002, Velenje 2003, Istambul
2004, Leiria 2005 e 2009, Salónica 2006
tugal – Eva Vital, Naide Gomes, Carla
e Estocolmo 2011.
Tavares e Sónia Tavares)
Principais Títulos Internacionais:
›› Campeã do Mundo de pista coberta –
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ASSOCIAÇÕES REGIONAIS DE ATLETISMO ASSOCIAÇÕES REGIONAIS DE ATLETISMO
Associação de Atletismo da Guarda
Bancada do Estádio Municipal Associação de Atletismo do Porto
6300 - 705 Guarda Rua António Pinto Machado, 60 - 2º
Federação Portuguesa de Atletismo Associação de Atletismo de 4100 - 068 Porto
Largo da Lagoa, 15 - B Telf: 271 22 17 21       
Bragança
2799-538 Linda-a-Velha aaguarda@sapo.pt Telf: 226 090 224      
Av. D. Sancho I, Pavilhão Municipal
Portugal guarda@fpatletismo.org  porto@fpatletismo.org 
5300 Bragança
www.aag.pt www.aaporto.com
21 414 60 20    
96 86 30 220   Telf: 273 333 666
fpa@fpatletismo.pt aabratletismo@gmail.com
braganca@fpatletismo.org  Associação de Atletismo de Lisboa Associação de Atletismo de
www.fpatletismo.pt Rua Rodrigo da Fonseca, 56 c/v
www.aabr.pt Santarém
1250 - 193    Lisboa Av. D. João I   Apartado 119  
2080-901 Almeirim
Associação de Atletismo do Algarve Telf: 213 861 811       
Rua Ataíde de Oliveira, 119 - 5º Dtº Associação de Atletismo de Castelo
lisboa@fpatletismo.org Telf: 243 596 093      
8000 - 218 Faro Branco www.aalisboa.com.pt associacaoasantarem@gmail.com 
Quintal de São Marcos nº19, 1º 
www.aasantarem.pt
Telf: 289 824 946       6000 - 146 Castelo Branco
aaalgarve@mail.telepac.pt  Associação Distrital de Atletismo de
www.aaalgarve.org Telf: 272 341 753      
cbranco@fpatletismo.org  Leiria Associação de Atletismo de São
www.aacb.net Estádio Municipal de Leiria, Miguel
Porta 2 - Apartado 552, Rua Pintor Domingos Rebelo, nº 4
Associação de Atletismo de Aveiro Estação Correios de Marrazes 9500 - 234 Ponta Delgada
Rua de Espinho, Loja nº 57 2416 - 905 Leiria
3800-901 Aveiro Associação Distrital de Atletismo de
Telf: 296 285 579                      
Coimbra Telf:  244 82 75 80        smiguel@fpatletismo.org 
Telf: 234 426 501  / 234 481 378     Estádio Cidade de Coimbra assleiria@adal.pt www.aatletismosmiguel.pt
aveiro@fpatletismo.org 3º Piso Rua D. Manuel I www.adal.pt
www.aaaveiro.pt 3030-320 Coimbra

Telf: 239 72 10 47 / 239 091 651       Associação de Atletismo de Setúbal


Associação de Atletismo da Madeira Rua José Pedro da Silva, nº11 R/C Esq.
Associação de Atletismo de Beja geral@adac.pt
Estádio de Câmara de Lobos 2910 - 575 Setúbal 
Rua Salvador Allende, nº10 – A www.adac.pt
Sítio do Carmo
7800-331 Beja 9300-103 Câmara de Lobos Telf: 265 234 292              
asas@net.vodafone.pt
Telf: 284 325 447 Associação de Atletismo de Évora Telf: 291 764 801/2 setubal@fpatletismo.org 
atletismo.beja@gmail.com Bairro da Cruz da Picada geral_aaram@atletismomadeira.pt www.setubal-asas.com.pt
www.aabeja.org Lote 5 - R/C - Dtº www.atletismomadeira.pt
7000-772 Évora 

Telf: 266 708 425        Associação de Atletismo da Terceira


Associação de Atletismo de Braga Associação de Atletismo de
ass.atletismo.evora@sapo.pt Rua do Santo Espírito, nº 42 - 2º
Praça do Arsenalistas, 99/RC
www.atletismo-evora.pt Portalegre 9700 - 178 Angra do Heroísmo
4705 - 081 Braga
Avenida de Badajoz, 1
Estádio dos Assentos     Telf: 295 217 523          
Telf: 253 214 780                  
7300-306 Portalegre terceira@fpatletismo.org
geral@aabraga.pt  Associação de Atletismo do Faial
braga@fpatletismo.org  Rua Cônsul Dabney, 6 - r/c
Telf: 245 202 133   
www.aabraga.pt 9900 Horta
Tlm. 969 234 607  
portalegre@fpatletismo.org 
Telf: 292 293 523       
www.aadp.pt
adif@sapo.pt 
faial@fpatletismo.org 
www.adif.pt

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ASSOCIAÇÕES REGIONAIS DE ATLETISMO BIBLIOGRAFIA
Associação de Atletismo de Viana do
Castelo
Pavilhão Municipal Sª Maria Maior
Av. Capitão Gaspar de Castro
4900-462 Viana do Castelo

Telf: 258 823 557      


atletismoviana@gmail.com
www.atletismoviana.pt

BIBLIOGRAFIA
Associação de Atletismo de Vila Real
Rua Diogo Dias Ferreira, Merdi, F. & Nicolini, I. (1991): Preparazione
Pavilhão Desportivo Esc. EB 2,3 Diogo Cão Fisica di Base. Scuola dello Sport (1991)
5000 - 559 Vila Real
Ekimov, V.Y., Pogdol V.M., Xur M.M. (1993):
Telf: 259 373 666        “Salto de altura; el entrenamiento del salto
Tlm. 925 006 565   de altura en las etapas de especialización y
aavilareal@sapo.pt perfeccionamiento”. Cuadernos de atletis-
vreal@fpatletismo.org  mo nº 32. RFEA.
www.aavilareal.net
Grossocordón, J. M., Piqueras, J. e Beivide,
Á. (2007): Jugando al Atletismo. RFEA.
Associação de Atletismo de Viseu Octubre de 2004 (2º edición 2007).

Rua Cândido dos Reis Wangemann, B., Locatelli, E., Massin, D.


nº27 - Fracção C e Gozzoli, C. (2001): IAAF Kid´s Athletic’s.
3510 - 057 Viseu IAAF.

Telf: 232 423 640        Seners, Patrick (1996): L’Athlétisme en EPS.


Didacthlétisme II. Ed. Vigot. Paris
aaviseu@iol.pt
viseu@fpatletismo.org  Mazzilli, Antonio & col. (1993): Atletica
www.aaviseu.com.sapo.pt Leggera - Guida Tecnica 11-14 nni. Suple-
mento al n. 4/93 Iuglio-agosto di Atleti-
castudi. FIDAL / Centro Studi & Ricerche.
Roma

Paissan, Graziano et al (1994): I salti nelle


categorie giovanili. Suplemento al n. 2/94
marzo-aprile di Atleticastudi. FIDAL / Cen-
tro Studi & Ricerche. Roma.

Direção Técnica Nacional: Manual de Trei-


nadores – Nível I e II. Federação Portugue-
sa de Atletismo.

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