Você está na página 1de 25

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7

Cadernos PDE

VOLUME I I
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
2009
__________________________________________________________
LUCI MOREIRA SORRILHA

ATLETISMO SOB O PARADIGMA DA MOTRICIDADE

LONDRINA
2010
PLANO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

CADERNO PEDAGÓGICO

FIGURA 1: Atletismo

SEQUETIN, Osvaldo.S. In: TEIXEIRA, Hudson Ventura.1993).

ATLETISMO SOB O PARADIGMA DA MOTRICIDADE

PDE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

ÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA

PROFESSORA: LUCI MOREIRA SORRILHA


Programa de desenvolvimento Educacional – PDE

O Atletismo sob o paradigma da Motricidade

PRODUÇÃO DO CADERNO-PEDAGÓGICA

Caderno-Pedagógico apresentado ao Programa


de Desenvolvimento Educacional PDE sob
orientação da Profª Drª. Ana Maria Pereira do
Departamento de Educação Física, da
Universidade Estadual de Londrina

LONDRINA
2009/2010
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Luci Moreira Sorrilha


Área: Educação Física
NRE: Londrina
Professora Orientadora da IES: Profa. Dra. Ana Maria Pereira
Universidade Estadual de Londrina
Escola Estadual Dr. Olavo Garcia Ferreira da Silva
Público Objetivo da Intervenção: Alunos da 5ª série
Produção: Caderno Pedagógico
Título: Atletismo na Escola: O Atletismo o sob paradigma da Motricidade

CADERNO PEDAGÓGICO
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 05
OBJETIVO GERAL 07
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 07

1 A HISTÓRIA DO ATLETISMO 08
1.1 JUSTIFICATIVA 08
1.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE 08
1.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS 08
1.4 AVALIAÇÃO 08
1.5 A HISTÓRIA DO ATLETISMO 09
1.6 SUGESTÕES DE CONTEÚDO 10

2 ATLETISMO NA ESCOLA 11
2.1 JUSTIFICATIVA 11
2.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE 11
2.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS 11
2.4 AVALIAÇÃO 11
2.5 ATLETISMO NA ESCOLA 11
2.6 SUGESTÕES DE CONTEÚDO 12

3 CONHECENDO A PISTA DE ATLETISMO 13


3.1 JUSTIFICATIVA 13
3.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE 13
3.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS 13
3.4 AVALIAÇÃO 13
3.5 CONHECENDO A PISTA DE ATLETISMO 14
3.6 SUGESTÕES DE CONTEÚDO 14
4 CORRIDAS 15
4.1 JUSTIFICATIVA 15
4.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE 15
4-3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIA 15
4.4 AVALIAÇÃO 15
4.5 CORRIDAS DE VELOCIDADE 16
4.6 CORRIDAS DE RESISTÊNCIA 16
4.7 CORRIDAS DE REVEZAMENTO 16
4.8 CORRIDAS COM BARREIRA 17
4.9 CORRIDAS COM OBSTÁCULO 17
4.10 SUGESTÕES DE CONTEÚDO 17
4.10.1 O que é correr 17
4.10.2 Corrida de Velocidade 18
4.10.3 Corrida de Resistência 19
4.10.4 Corrida de Revezamento 19
4.10.5 Corrida com Barreiras 19
4.10.6 Corrida com Obstáculos 02

CONCLUSÃO 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22
5

INTRODUÇÃO

Apresentamos neste caderno pedagógico o conteúdo do Atletismo, com o objetivo de


contribuir para a formação e educação do aluno nesta modalidade, sob o paradigma da
Motricidade Humana visando à compreensão, à apreensão do conhecimento, à consciência
crítica e à aquisição de valores éticos, considerando suas experiências, necessidades e desejos.

Este caderno propõe aulas de Educação Física para turmas de 5ª série, do conteúdo
Atletismo, modalidade (corridas), que serão ministradas em 18 aulas no decorrer do terceiro e
quarto bimestres do ano de 2010, na Escola Estadual Dr. Olavo Garcia Ferreira de Londrina.

A Ciência da Motricidade foi escolhida como paradigma que orienta as atividades


porque esta ciência refuta a concepção de aulas para um físico tão só, considera o homem na
perspectiva de sua totalidade e complexidade. E ainda preconiza que os conteúdos a serem
ministrados sejam carregados de sentido e significado, que levem os alunos a serem práxicos,
ou seja, saibam utilizar no cotidiano de suas vidas o conteúdo aprendido na sala de aula.

Caracteriza-se como uma proposta em médio prazo, em que a assimilação de novo


paradigma, de uma nova visão de mundo, homem, sociedade, cultura, através da (Educação
Motora), que se faz pedagogia da Motricidade Humana, tendo em vista, uma nova práxis.

O Atletismo como Modalidade está presente nos conteúdos das aulas de Educação
Física. Notamos que ele é a mais antiga prática esportiva da humanidade e suas atividades
propiciam o desenvolvimento motor das crianças principalmente, quando elas estão inseridas
no contexto escolar, desde as séries iniciais da educação infantil e do ensino fundamental. O
que as crianças mais gostam de fazer em momentos de recreio e descontrações são: correr,
subir, saltar e, também, arremessar. Essas atividades são realizadas de forma natural e têm
com objetivo explorar espaço físico da escola, além da cultura corporal de cada indivíduo e
de outros (POSSETTI, 2007. p.10).

Para que o Atletismo seja aplicado como conteúdo pedagógico da Educação Física
nas escolas, é preciso observar questões conceituais (“o que se deve saber”), procedimentais
(“o que se deve saber fazer”) e atitudinais (“como se deve ser”).

Sobre as questões conceituais, é preciso reconhecer a origem das modalidades do


Atletismo e sua mudança histórico-cultural suas atividade básicas de corridas, regras, provas.
Sobre as questões procedimentais, é necessário inserir o aprendizado de todas as atividades
6

básicas do Atletismo, ou seja, o conhecimento técnico. Finalmente, sobre as questões


atitudinais, é importante o conectar Atletismo aos valores éticos.

Historicamente, o Atletismo faz parte da narrativa esportiva do homem no planeta


Terra. É chamado de esporte-base, pois sua prática corresponde aos movimentos naturais do
se humano: correr, saltar, lançar.

FIGURA 2: Atletismo (lançar, correr e saltar)

SEQUETIN, Osvaldo.S. Ilustração, In: TEIXEIRA, Hudson Ventura


(1993) Fonte: “Trabalho dirigido de Educação Física”

Neste estudo, as corridas serão o grande foco do Atletismo. Correr, como objetivo
deste Caderno Pedagógico, é ensinar fundamentos históricos, culturais e técnicos do
Atletismo. Aprofundando seus conhecimentos sobre a corrida, os alunos poderão incrementar
seus próprios conhecimentos de mundo e compreender a sua Motricidade e seu corpo através
das atividades de corridas.

Com a construção desse caderno pedagógico, espera-se que aluno e professor possam
utilizar as vivências e experiências, que resultarão da convivência e da prática das atividades,
como orientação para o desenvolvimento das aulas de Educação Física à luz da Motricidade
Humana, visando uma nova práxis.
7

OBJETIVO GERAL

• Contribuição do conteúdo do Atletismo, modalidade corridas, para a Educação


Física escolar sob o paradigma da Motricidade Humana.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Possibilitar aos alunos o aprendizado do conhecimento da cultura do Atletismo,


o que se deve saber em especial é a corrida e suas técnicas.

• Despertar o lúdico como forma de buscar novos conhecimentos, que não sejam
apenas o estudo do físico e a preparação para competições.

• Organizar junto aos alunos estudos relacionados à corrida, contribuindo


culturalmente e socialmente com o seu cotidiano.

• Proporcionar aos alunos oportunidades através da modalidade do Atletismo


para que estejam sempre abertos a novos conhecimentos, diálogos com a
Motricidade Humana, para que possa ter uma nova visão, para além do físico
tão só.
8

1 A HISTÓRIA DO ATLETISMO

1.1 JUSTIFICATIVA

Conhecer o esporte Atletismo na modalidade (corrida) e seus movimentos


historicamente construídos como conhecimento e cultura através dos tempos. Nesta unidade
conheceremos sua origem, desde os homens da Pré-História, que conquistaram sua
sobrevivência através dos movimentos naturais, que incluíam corridas para a caça ou em
busca de outras conquistas.

1.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE

Conhecer a História do Atletismo. Suas transformações ocorridas durante décadas.

1.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIA

Vamos primeiro estudar os conteúdos abordados na História do Atletismo. Faremos


um reconhecimento de conceitos: o que se deve saber fazer com o conteúdo teórico sobre
corridas, ritmos, espaço e sentidos.

1.4 AVALIAÇÃO

Durante o processo de ensino e aprendizagem nas aulas de Educação física, as


avaliações serão feitas por meio de provas escritas, orais, trabalhos e pesquisas acadêmicas e
análise de filmes.

O desempenho de cada aluno deve ser observado. Também é fundamental ouvir


relatos das suas experiências. Os próprios alunos devem buscar compreender o que
aprenderam, relatar suas dificuldades, destacar o que foi mais importante do conteúdo
trabalhado.
9

1.5 A HISTÓRIA DO ATLETISMO

O Atletismo conta a História esportiva do homem no planeta, chamado de esporte-


base, porque sua prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, o
lançar (POSSETTI, 2007. p.11).

O Atletismo é uma atividade realizada desde o início de nossa civilização e se


originou da necessidade de treinar guerreiro. Por falta de transporte e armas, o homem da Pré-
História utilizava muitas suas habilidades naturais, tais como andar, saltar e arremessar. A
palavra Atletismo deriva da raiz grega “athlon” que significa combate.

FIGURA 3: Parte da história do Atletismo.

SEQUETIN, Osvaldo.S. Ilustração, In: TEIXEIRA, Hudson


Ventura (1993) Fonte: “Trabalho dirigido de Educação Física”

Nos tempos livres, os guerreiros usavam suas habilidades em jogos competitivos


para se distraírem. O Atletismo ganhou fama na Grécia através dos jogos Olímpicos
(TEIXEIRA, 1993. p. 62).

De acordo com Possetti, não por acaso, a primeira competição esportiva de que se
tem notícia foi uma corrida, nos jogos de 776 a.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, que
10

deram origem às Olimpíadas. A prova chamada pelos gregos de “stadium” tinha cerca de 200
metros, e o vencedor, Corebus, é considerado o primeiro campeão Olímpico da História.

Hoje, o Atletismo é definido como um esporte com provas de pista (corridas), de


campo (saltos e lançamentos), prova combinadas, como decalto e heptatlo (que reúne provas
de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em
campo (cross country), corridas em montanha, e marcha atlética.

As provas são divididas pelo sexo dos competidores: Masculino e Feminino. São
também divididas em categorias: pré-mirins, mirins, menores, juvenil, sub-23 e adulto
(POSSETTI, 2007. p. 11).

1.6 SUGESTÕES DE CONTEÚDO

Conteúdo 1: Os alunos serão comunicados do tema receberão uma folha com o texto
sobre a História do Atletismo. Em seguida, serão reunidos em duplas, para fazerem a leitura.
Após a leitura, farão uma atividade teórica sobre a história do Atletismo e analisarão o quanto
esta modalidade está presente em nossos dias. Esses conteúdos teóricos e práticos (práxis),
realizados nas aulas (correr, saltar, arremessar), podem contribuir para uma nova mudança em
nosso comportamento enquanto cidadão? O educador perguntará: a) “Você acha que a corrida
é importante para nossa vida?”, b) “Você tem realizado essa atividade?”, c) “Quais as
transformações que o seu corpo sentiu durante as corridas de velocidade e resistência”.

Conteúdo 2: Na quadra, os alunos levarão um caderno para anotação. Em grupos e


sentados, discutirão com os colegas e farão anotações em seus cadernos sobre quais formas de
corridas conhecem, correr em diferentes direções, espaço, velocidade e sentidos. Realizarão
ainda uma demonstração na prática para o professor, na quadra, das formas básicas de correr
que eles conhecem, as formas mais variadas de correr (frente, costa, diagonal, lateral, etc).

Serão incentivados a refletir como correr pode dar um sentido na sua vida cotidiana?
No momento das discussões, o professor fará um circulo em que todos os alunos estarão
sentados. Em seguida o, professor lançará a pergunta aos alunos: Qual o sentido de correr?

Todos responderão o questionamento e, logo em seguida, o professor fará


intervenção. O sentido do momento de vivência da ação motora correr em busca de um ser
completo e de uma práxis emancipadora será explicado.
11

2 ATLETISMO NA ESCOLA

2.1 JUSTIFICATIVA

Reconhecer a importância do conteúdo Atletismo para sua vida.

2.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE

Estudar o conteúdo pedagógico do Atletismo, numa perspectiva diferenciada de


cultura, mundo e sociedade através da Motricidade Humana, não mais do físico tão só.

Explicar com clareza o objetivo da aula, como, e para que serve o que vai aprender.
Sentido e significado.

2.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIA

Será realizada pelo educando uma pesquisa sobre como se desenvolveu o Atletismo,
método diretivo centrado na orientação e também, nas soluções de problemas. Os alunos serão
incentivados a aprender fazendo.

2.4 AVALIAÇÃO

Toda a avaliação será contínua. À medida que as pesquisas sejam realizadas, serão
apresentadas em debates, para comparar esse estudo com outro sobre o conteúdo a ser
estudado, que será Atletismo sob a teoria da Motricidade. De acordo com essa teoria, o
homem não mais é visto como objeto do estudo físico, mas como um ser complexo, natureza,
cultura, desejo e sociedade, capaz de transcender, de ser mais.

2.5 ATLETISMO NA ESCOLA

Como conteúdo pedagógico na escola o Atletismo, modalidade (corrida) tem um


significado para quem corre nas aulas de Educação Física, a vitória de uma corrida, um
premio em uma competição a receber, correr para saúde, correr para conquista da sua vida,
em busca do conhecimento, historicamente construído. O ser humano está sempre em
movimento e isso faz com que esteja em busca de mudanças, da transcendência, ser mais.
12

O reconhecimento do Atletismo pelos alunos na escola, dar-se-á através de


conversas sobre o Atletismo, para ver o grau de conhecimento de cada um em relação à
modalidade.
Após a abordagem pedagógica junto aos alunos diante da modalidade
Atletismo, iremos propor à turma aprender o Atletismo de uma maneira diferenciada, através
de filmes, pesquisa na Internet, e atividades lúdicas (corrida), onde todo independente de suas
qualidades físicas poderá participar e aprender.
Depois da realização da proposta, promoveremos uma reflexão sobre as
atividades desenvolvidas, a qual faz-se compreender que foi praticado o Atletismo, uma vez
que correr é um dos movimentos básicos dessa modalidade.

2.6 SUGESTÕES DE CONTEÚDO

Conteúdo 1: Após ler o texto acima, serão formadas equipes com quatro alunos cada.
Eles serão incentivados a discutir suas experiências sobre o Atletismo na Escola.

Depois, o educador formará um círculo e provocará uma discussão através da


pergunta: O que você aprender de conteúdo de Atletismo modalidade corrida na 4ª série?
Cada aluno terá um tempo para relatar sua vivência na escola ou, se já participou, de
competições internas e externas durante o período letivo.

Após o término dessa reflexão entre os alunos, o educador encaminhará a turma para
sala de informática. Em duplas irão visitar os sites existentes na Internet sobre o Atletismo na
escola e sua evolução como esporte ou jogo.

Ao final da pesquisa cada dupla relatará por escrito o que encontrou e apresentará em
forma de seminário para a turma da sala.
13

3 CONHECENDO A PISTA DE ATLETISMO

3.1 JUSTIFICATIVA

Conhecer o local onde são realizadas as provas de Atletismo, o que se deve saber
fazer, na busca da superação do homem em movimento o leva a transcender ao limites e
superação de sua vida.

3.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE

Faz com que os educando adquiram conhecimento historicamente construído pela


modalidade do Atletismo e ,conhecendo a pista e suas regras, linha, raias e espaços, consigam
através da motricidade humana a busca da compreensão do movimento, como encontraremos
em Sérgio (1986, p. 9). Dentre as bases das dimensões da pessoa humana, a motricidade
significa a “personalização de todo o movimento” e a corporeidade, pois o homem “é
presença e espaço na História, com o corpo”.

3.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS

Com a orientação do educador, cada aluno deverá delimitar o espaço-temporal nas


raias com uma corrida de reconhecimento em que irá determinar seu ritmo e sua superação
diante ação do corpo em movimento.

3.4 AVALIAÇÃO

Com o reconhecimento da pista, será construído um debate sobre capacidade motora


de resistência e noções de velocidade, como nosso corpo corresponde a todo esse conjunto de
movimento e ações em busca da superação.
14

3.5 CONHECENDO A PISTA DE ATLETISMO

FIGURA 4: Modelo de Pista de Atletismo

SEQUETIN, Osvaldo.S, In: TEIXEIRA, Hudson Ventura (1993)

A Pista de Atletismo é o local onde são realizadas as provas atléticas de pista e de


campo. Para provas de corrida de velocidade a pista é dividida em faixas paralelas,
demarcadas, chamadas raias ou balizas (TEIXEIRA, 1999. p. 51).

3.6 SUGESTÕES DE CONTEÚDO

Os alunos visitarão a Universidade Estadual de Londrina, acompanhados de seu


professor, para conhecer a pista de corrida. Participarão de competições (corridas) lúdicas nas
raias, fazendo o reconhecimento do percurso da pista.
15

4 CORRIDAS

4.1 JUSTIFICATIVA

Desenvolver as capacidades motoras de resistência aeróbica e anaeróbica, e também


noções de velocidade e intensidade, organizando os conteúdos para que a aprendizagem
motora que o educando traz consigo seja aproveitada e aperfeiçoada. É necessário produzir
ações e novos conhecimentos, em busca de um novo paradigma junto ao educador. Com aulas
que promovem a criatividade e o conhecimento, potencializa-se a formação de um novo ser,
capaz de utilizar o movimento, corporificando a sua busca pela transcendência.

4.2 OBJETIVO DESTA UNIDADE

Reconhecer na modalidade do Atletismo o conteúdo (corrida), e o que se deve saber


fazer com a forma básica de locomoção tão ou mais antiga que a Ginástica, sendo utilizada
como meio de aprimorar habilidade física e conhecimento do cotidiano popular,
historicamente construído nas aulas de atletismo.

4.3 METODOLOGIA/ESTRATÉGIA

Desenvolver conteúdo e consciência critica. Qual deve ser a finalidade da práxis do


conhecimento do Atletismo na 5ª série, de modo que possa ser percebido, a partir da
Motricidade Humana, que o homem é virtualidade para o movimento em busca de mudança
concreta de sua vida.

4.4 AVALIAÇÃO

O educador perguntará: a) “Você acha que a corrida é importante para nossa vida?”,
b) “Você tem realizado essa atividade?”. Serão priorizadas questões que favoreçam a reflexão
durante as aulas. Os conhecimentos serão explicados com o objetivo de levá-los àquela ação.
Assim a avaliação poderá confirmar o que foi ou não vivenciado e se os alunos aprenderam os
conteúdos. A avaliação deverá ser contínua e acumulativa no decorrer do processo de ensino e
aprendizagem, de acordo com a LDB nº9394/96, em que o professor organiza e reorganiza os
seus trabalhos.
16

4.5 CORRIDAS DE VELOCIDADE

As corridas curtas com velocidade e intensidade máxima são consideradas atividades


aeróbicas, em corridas de curta duração ou percursos pequenos, mas com muita velocidade,
estamos desenvolvendo a resistência anaeróbica, que é a capacidade motora que o indivíduo
tem de realizar atividades com intensidade (máxima e sub-máxima). Estas atividades, se
realizadas com pequenas pausas para recuperação, provocam altos débitos de oxigênio,
ocasionando mal-estar no organismo, desconforto e desprazer.

As provas de corrida de velocidade são provas de 100, 200, 400m que são corridos
em uma velocidade que mais se aproxima da velocidade máxima. As provas de velocidade
(até 400m) têm saída baixa com bloco de largada. A corrida é realizada em raia (POSSETTI,
p. 12).

4.6 CORRIDAS DE RESISTÊNCIA

São corridas moderadas de longos percursos nas quais é desenvolvida a resistência


aeróbica, que é a capacidade motora que o indivíduo apresenta, ao resistir à fadiga ou ao
cansaço, nos esforços de longa duração e intensidade motora. Estas atividades são realizadas
com quantidades suficientes de oxigênio. Após alguns minutos de execução das corridas, o
organismo estabelece equilibro entre o consumo e a liberação de energia (steady-state), por
isso, o atleta pode correr moderadamente por mais tempo.

As provas de resistência são: provas de Meio-Fundo, 800m, 1.500m, 3.000m, as


provas de Fundo são: 5.000m, 10.000m, a Maratona com 42.195m e São Silvestre com 12.640
metros, feitas em dois apoios, com leve inclinação do corpo à frente. Em corridas de fundo, a
fase de apoio é realizada pelo contato principalmente do calcanhar no solo (POSSETTI, p.
13).

4.7 CORRIDAS DE REVEZAMENTO

São provas em que cada equipe conta com quatro atletas que têm como objetivo
levar um bastão nas mãos em todo seu percurso, as provas são de velocidade de 4x100m e
4x400m.
17

A passagem do bastão é realizada dentro de um setor denominado “zona de


passagem”. O setor mede 20 metros, marcados 10 metros antes e 10 metros depois da linha
demarcatória. O atleta não pode receber o bastão fora da zona de passagem.

O bastão não pode ser derrubado. A passagem do bastão pode ser Ascendente – de
baixo para cima – ou Descendente – de cima para baixo (POSSETTI, p.16). Depois de passar
o bastão, o atleta deve permanecer na sua raia até que a pista esteja livre, para não prejudicar
os outros concorrentes.

4.8 CORRIDAS COM BARREIRAS

São competições de 110m e 400m para o masculino e 100m e 400m para o feminino.
Cada raia é composta por 10 barreiras que o atleta deve ultrapassar sem derrubar. Caso uma
barreira seja derrubada por acidente – sem intenção –,o atleta não será desclassificado
(POSSETI, p. 14).

4.9 CORRIDAS COM OBSTÁCULOS

São provas de 3.000m masculino e feminino, tendo obstáculos na altura de 91,4 cm


para provas femininas e pelo menos 3,96m de largura, com um fosso de água após o obstáculo
com 70 cm de altura e 3,66m de comprimento, onde os atletas pisam sobre o obstáculo
(POSSETTI, p. 15).

4.10 SUGESTÕES DE CONTEÚDO

O professor ensinará aos alunos:

4.10.1 O que é Correr?

É deslocar-se no espaço numa sucessão de impulsos que ocorre a transferência do


peso do corpo de uma perna para outra.

Os braços auxiliam o movimento em sua progressão e são sincronizados com os


movimentos de pernas.

Ao correr, ocorre o impulso dos joelhos que pressiona o chão para trás e para baixo,
e logo na seqüência, haverá o apoio da outra perna à frente, desenrolando o pé da parte
anterior ao calcanhar.
18

O correr é diferenciado do andar pelo aumento da intensidade e velocidade, e por


haver uma pequena fase em que o corpo perde o contato com o solo.

A corrida desenvolve capacidades motoras de resistência aeróbica. Conforme


aprendemos a correm moderadamente longos percursos, reforçamos nossa capacidade motora
de resistência à fadiga ou ao cansaço nos esforços de longa duração e intensidade moderada.

As atividades de corridas curtas com velocidade e intensidade máxima são


consideradas atividades anaeróbias, em corridas de curtas durações ou percursos pequenos.
Mas em corridas de muita velocidade, estamos desenvolvendo as resistências anaeróbias, que
é são capacidade motora que o individuo tem de realizar atividades com intensidade (máxima
e sub-máxima). Estas atividades, se realizadas com pequenas pausas para recuperação,
provocam falta de oxigênio e mal-estar.

4.10.2 Corrida de Velocidade

Será organizado um jogo de correr. O jogo é um meio de ensinar corridas de


velocidade a ser estudado pelos alunos. É o jogo pega-pega, que tem como objetivo recordar,
resgatar e vivenciar as sua brincadeira de infância. O professor o problematiza para os alunos
que responderão em seus cadernos, quais a dificuldade deste conteúdo e como fazer. O
professor irá recolher e ler para todos os alunos as dificuldades e juntos colocarão em prática
o conhecimento adquirido com a teoria. Vivenciar o jogo pega-pega, como corrida de
velocidade: delimitar distância curta ou espaços pequenos intercale as corridas com intervalos
que garantam a recuperação, estar atento para que haja uma alternância entre os pegadores,
observar como todos acompanham o ritmo da atividade, utilizar estratégias, utilizar estratégias
que evite a exclusão.

Ao final das atividades, o professor fará um círculo reunindo os alunos sentados na


quadra para uma reflexão e perguntará o que aconteceu com o seu corpo quando estava
correndo.

O professor passa a comentar, a partir da percepção dos alunos vivida na aula, os


conhecimentos e informações relativas ao correr, com objetivo de levar o aluno a saber o por
quê daquela reação. O educador retoma o que foi vivenciado, aprendido e faz as devidas
relações para levar o educando a uma real compreensão.
19

4.10.3 Corridas de Resistência

Na corrida de resistência, é necessário explicar que correr regularmente aumenta a


capacidade respiratória, melhora a circulação sanguínea e aumenta a força muscular. Na
prática, as primeiras atividades serão começar com corridas leves, que terão sua intensidade
aumentada aos poucos. O professor, a cada corrida fará, uma pausa para discutir com os
alunos o que está ocorrendo com o seu desenvolvimento muscular e sua resistência a fadiga.
A respiração é muito importante nessas corridas, o consumo de oxigênio é maior e, por isso,
há também maior produção de gás carbônico, que deve ser eliminado do organismo para
evitar a intoxicação. Cada aluno é diferente ao correr, um mais lento outro mais rápido, todo
tentando superar.

4.10.4 Corrida de Revezamento

Os alunos terão uma aula de conhecimento teórico sobre o revezamento e quais os


equipamentos necessários para essa corrida. Cada aluno terá seu bastão improvisado de um
cabo de vassoura. A confecção do objeto será supervisionada pelo professor. Na seqüência,
serão formados equipes de quatro alunos cada, que escreverão, com seus cadernos em mãos,
uma estratégia da corrida. O professor favorecerá a aprendizagem dos alunos demonstrando a
seqüência da passagem do bastão. Os alunos terão aquisição da noção e transmissão visual e
não visual, da noção da entrega do bastão por baixo e por cima e as corridas dentro da zona de
passagem, precisarão contar com o companheirismo, velocidade de reação em que o saber
fazer depende de todos da equipe.

4.10.5 Corrida com Barreiras

Os alunos terão uma aula teórica para adquiri o hábito de pensar e planejar os
conteúdos e qual será a melhor forma de ultrapassar esses obstáculos. Formarão pequenos
grupos para discutir, em seguida passarão à prática/experiência/vivência do conteúdo, que
terão que superar o medo em busca da superação de si mesmo, ao iniciar pulando caixas,
latas, bastões, cordas. Hora com a perna esquerda, hora com a perna direita. Momentos de
reflexão, junto ao professor os alunos sentados falarão de suas dificuldades. O professor
explicará que toda ação tem uma seqüência pedagógica, que, na corrida com obstáculo temos
que ter noções de ritmo (regular e irregular) da corrida, estabilização da técnica de
20

transposição, atitude no ataque, ação de transposição, recepção no solo e retomada da corrida


(POSSETTI, p. 14).

4.10.6 Corrida com Obstáculos

Serão realizadas através de pesquisa na Internet para o melhor conhecimento deste


conteúdo, pois existe a dificuldade de local adequado e com segurança e material para essas
aulas. Com esse trabalho, buscaremos o resgate do conhecimento que possam assimilar e
observar a superação do homem, que com sua força motriz ultrapassam os seus limites.
21

CONCLUSÃO

Com esta proposta de trabalho, o conteúdo do Atletismo (corrida), esporte pouco


difundido nas escolas, fica o compromisso de uma nova práxis pedagógica à luz de um novo
paradigma, o da Ciência da Motricidade Humana.

Dessa forma, devemos destacar que os conteúdos do Atletismo têm a tarefa de


auxiliar o educando na construção e compreensão de sua corporeidade/motricidade e o
conteúdo da corrida à luz da pedagogia da Motricidade Humana.

O trabalho pedagógico e os conteúdos que o educador ministra em aulas


teóricas/práticas de atletismo devem ser contextualizados históricos, sociais e politicamente,
de modo que façam sentido para o aluno nas realidades regionais, culturais e econômicas,
contribuindo para a formação do sujeito.

O conteúdo Atletismo na escola terá um novo sentido na formação do ser humano,


não mais estudará o físico tão só. Com o paradigma da Motricidade Humana em busca do
conhecimento articulado entre o domínio do saber-fazer e do saber-ser-pedagógico com a
perspectiva das ações e sua própria práxis.

Há que redimensionar a aula de Atletismo, para que possamos romper com o


dualismo e redimensionar, que muito tempo abateu sobre a prática da Educação Física nesta
modalidade.

Com a contribuição da Educação Motora, ramo pedagógico da (Motricidade


Humana) a modalidade do Atletismo, passará a ser reconhecido e terá a mesma importância
na formação e educação do homem como um sujeito capaz de mudar, contribuindo para a
formação do cidadão, tanto na vida individual como no meio social.
22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de. Procedimentos


Metodológicos para o programa Segundo Tempo (PST). 2008.

FERNANDES, José Luis. Atletismo: corridas 3. Ed. Ver São Paulo: EPU, 2003.
Manifestação dos Esportes/ Comissão de Especialista de Educação Física [Ministério do
Esporte].- Brasília: Universidade de Brasília/ CEAD, 2005. Esporte escolar-curso fr
Especialização, 5. Segundo Tempo-Capacitação Continuada do Esporte.

MATTHIESEN, Sara Quenzer (Org). “Atletismo se aprende na escola”.In: Conversas com


quem gosta de Atletismo, 2003, Rio Claro. Caderno de resumos do evento Conversa com
que gosta de atletismo. 2003b.p.14.

______. Atletismo se Aprende na Escola. Rio Claro: Majograf, 2003.v. 1,58p.

PEREIRA, Ana Maria. Motricidade Humana: a complexidade e a práxis edutativa. Tese


(Doutoramento em Ciências da Motricidade Humana) Universidade da Beira Interior, Covilhã
- Portugal, 2006.

POSSETTI, Luiz Emanuell; CALDEIRA, Fernando Felipe. Atletismo


Escolar. Práticas e Metodologias Aplicadas ao Ensino Regular. 1. Ed.
Jacarezinho: Godoy. Ltda, 2007.

SCUDELLER, Tatiane. A Ciência da Motricidade Humana e a Educação Física.


Monografia (Especialização em Educação Física Escolar). Londrina, 2009.

SÉRGIO, Manuel. Motricidade Humana: Contribuição para um Paradigma Emergente,


Lisboa: Instituto Piaget, 1994 a. (Coleção Epistemologia e Sociedade).

SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do Ensino de Educação Física.


São Paulo: Cortez, 1992.

TEIXEIRA, Hudson Ventura, apud SEQUETIN Osvaldo S. TDEF – Trabalho Dirigido de


Educação Física. 1993 p. 62, 63,64 e 69.

______. Educação Física e Desportos, 1999.

______. TDEF – Trabalho Dirigido de Educação Física (1993).

Você também pode gostar