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Sistema de Ensino A DISTÂNCIA

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DANIEL BRUNO MACHADO DA SILVA

O ENSINO DO PARKOUR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO


FISICA
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Cidade
2018
DANIEL BRUNO MACHADO DA SILVA

O ENSINO DO PARKOUR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO


FISICA
PROJETO DE ENSINO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como


requisito parcial à conclusão do Curso de
Educação Física.

Orientadores: Tutor de sala: Prof. Anderson da


silva bezerra Tutor eletrônico: Katherine Isabel
Feitosa Melo Santos

Cidade
2018
MACHADO, Daniel Bruno. O ENSINO DO PARKOUR NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FISICA 2018. Número total de folhas. Projeto de Ensino (Graduação
em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte
do Paraná, Fortaleza, 2018.

RESUMO

Esse trabalho teve como objetivo investigar o esporte radical de aventura parkour, e
propor reflexões sobre a inclusão mais ativa dessa modalidade na educação fisica
escolar. Foi utilizado como plano de fundo dessa discussão os parâmetros
curriculares nacionais. A metodologia utilizada foi a bibliográfica, e a técnica de
análise foi a documental, ponderando sua importância, porque ela não é tão
utilizada, e quais desafios os professores podem encontrar no ambiente escolar.
Conclui-se que o esporte chamado parkour, pode ser uma ótima ferramenta para a
educação física, levando em contas as diversas possibilidades para a formação
integral do aluno, enquanto sujeito participativo, e crítico na sociedade.

Palavras-chave: Esportes radicais; parkour; Educação fisica escolar.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
1.1 TEMA DO PROJETO.............................................................................................6
1.2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................6
1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA.....................................6
1.4 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................................6
1.5 OBJETIVOS...........................................................................................................7
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................7
3 DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA).............................................................9
4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA...................14
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................14
6 REFERÊNCIAS....................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO

Em toda sua longa história, a educação física brasileira passou por muitas
mudanças. Mas foi com a criação da nova lei de diretrizes e bases(LDB) e mais a
frente com a criação dos parâmetros curriculares nacionais (PCN) que se pode ter
muito mais abordagens curriculares, e mais formas de visões curriculares para o
ensino da prática escolar.
O jogo, a dança, a luta, o esporte e os movimentos gímnicos, são sugeridos
como abordagens escolares, como temas/ conteúdos. E apesar de os esportes de
aventura sejam classificados como pertencentes à categoria de esportes, deve
sinalizar que no esporte, o que sobressai é a competição, sendo condição básica
para que este se desenvolva, afirmação que aparece não se sustentar, ao se
comparar com as sugestões que o próprio documento aponta para cada ano do
ensino fundamental, o documento sugere o tratamento da história da prática
esportiva abordada e a realização de análise crítica sobre o movimento esportivo
historicamente construído. E apresenta sugestões de reflexão e análise crítica sobre
a esporte performance e o padrão corporal definidor das modalidades esportivas.
Revelando que, mesmo apresentando o esporte como um tema/conteúdo de
maior predominância competitivo, as orientações curriculares compreendem que o
esporte pode ser visto de outra forma na educação física escolar, dando a
possibilidade de ser uma das ferramentas utilizadas para estimular a reflexão e
autonomia dos alunos.
O esporte mostra-se como conteúdo mais frequente nas aulas de
Educação Física, principalmente na segunda parte do ensino fundamental
(OLIVEIRA, 2004; PEREIRA, 2011; CARBINATTO, 2011; PEREIRA e ARMBRUST,
2010). Mas com um professor preparado, o esporte parkour poderá ser muito bem
trabalhado na primeira parte do ensino fundamental também.
A insistência na mesma forma de ensinar aparentemente estar na dificuldade
que os profissionais de educação física escolar em cortar laços com os velhos
padrões, sair da mesmice e da comodidade, principalmente para professores que
estão no mercado de trabalho a muito tempo, a maioria destes professores,
geralmente, se inclinam a continuar os mesmos modelos aprendidos sem sua
formação escolar e acadêmica, muito influenciada pelo paradigma esportivista, que
foi criado na década de 1970, e que foi já questionado por estudiosos de pós
graduação que se baseavam em estudos de sociologia e filosofia da educação
(BRACHT, 1999)
E vemos que muitos dos eventos escolares, e jogos estudantis, englobando
esferas municipais, estaduais e nacionais, ainda se usa muito a questão da
competição. E não é alçada da educação física escolher e priorizar mais apto
fisicamente ou o que consegue maior destreza, isso é uma forma equivocada de
metodologia, que exclui ao invés de incluir, que deve ser substituído por uma
abordagem pedagógica dos conteúdos estimulando a reflexão e crítica da criança.
A origem do esporte parkour é considerada mais ou menos nova, tendo suas
primeiras práticas na França, no final do século XX, e em sua característica está a
locomoção sobre obstáculos, saltos e aterrissagens. O parkour se classifica nos
esportes de aventura praticado em área urbana e apesar de existir competições não
enfatiza a disputa e competitividade.
A iniciação do parkour no currículo escolar anda de mãos dadas com as
novas propostas de ensino, oferecendo uma outra alternativa as práticas tradicionais
curriculares, e buscando criar novas práticas ao corpo discente, fazendo até uma
releitura dos gesto das atividades competitivas, e o que é melhor, ainda sem se
preocupar com quem ganhar ou perde, mas com a auto aprendizagem, superação e
prazer em realizar a atividade.
Tense visto muito na rotina escolar, o desinteresse das crianças as aulas. E
segundo Moreira e Pereira (2009), as intervenções de educação física não podem
ser só aquecimento, alongamento e o jogo, as atividades devem fazer que o aluno
aja, e reflita, sempre buscando agregar valor. Nesse sentido o Carbinatto(2008) fala
que mesmo que seja ampla a área de atuação do educador físico, podendo ser
gerado inúmeras formas de atividades, a grande maioria dos professores
permanecem na mesmice de suas aulas, ainda influenciados pelos grandes quatro
jogos( futsal, basquete, vôlei e handebol).
Alguns estudos apontam que a causa do desinteresse dos alunos nas aulas é
devido a organização dos professores em suas intervenções, seja em aulas
repetitivas ou até variam com a mesma forma de ensinar (ISHIBASHI, 2011). E essa
característica parece ser da forma tradicional de ensinar, modelo tecnicista, que
ainda hoje se faz presente nas aulas de educação física. O presente trabalho se tem
como objetivo principal apresentar o parkour ao ensino fundamental 1.
1.1 TEMA DO PROJETO

O ENSINO DO PARKOUR NAS AULAS DE EDUAÇÂO FISICA

1.2 JUSTIFICATIVA

O tema proposto teve o intuito de fazer uma reflexão sobre a hegemonia do


esporte tradicional no ensino escolar (BRACHT, 1999) e a falta do ensino do esporte
radical parkour nas aulas de educação fisica. Tendo em vista que essa modalidade
se mostra muito eficaz no desenvolvimento da educação fisica em si, e aos alunos,
pois é rica em aprendizagem motora, lúdica, e em inclusão social. O esporte mostra-
se como conteúdo mais frequente nas aulas de Educação Física, e principalmente
na segunda metade do Ensino Fundamental (OLIVEIRA, 2004; PEREIRA,2011;
CARBINATTO, 2011; PEREIRA e ARMBRUST, 2010). Logo a prática quase não se
é abordada na primeira metade do ensino fundamental.

1.3 SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA

Educação Infantil, Séries Iniciais e Finais do Ensino Fundamental

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO

*O parkour sendo uma atividade fisica tão rica em muitos sentidos, ainda
assim não se faz presente na rotina das crianças do ensino básico, e principalmente
nos primeiros anos da criança.
*O parkour é realmente uma atividade boa para se estar presente no ensino
fundamental na disciplina de educação fisica?
*Quais as dificuldades que os professores encontram para que a atividade seja mais
trabalhada com os alunos?

1.5 OBJETIVOS

O objetivo desse trabalho é fazer com que o parkour seja discutido como uma
realidade no cotidiano da escola, na primeira metade ensino fundamental e ratificar
suas qualidades e importância na construção do indivíduo.
*Ver a importância do esporte parkour, e sua introdução a primeira metade
do ensino fundamental.
*Entender porque da não presença frequente do esporte parkour nas aulas
regulares dos alunos, e quais as dificuldades que os professores podem encontrar
ao introduzir essa atividade.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Devido a hegemonia do esporte no ensino fundamental, principalmente na


primeira metade (OLIVEIRA, 2004; PEREIRA,2011; CARBINATTO, 2011; PEREIRA
e ARMBRUST, 2010) o parkour como esporte radical se mostra uma ótima opção
para se implementar na rotina dos alunos.
O tradicionalismo no ensino tem sido muito questionado por estudiosos
(BRACHT, 1999) exigindo para a atualidade buscar formas diferentes de atuação na
disciplina de educação fisica.

Atualmente existem poucos estudos sobre o tema, e pouco se discute sobre o


mesmo, tendo uma lacuna enorme na capacitação dos professores e em locais
adequados para as atividades.
O parkour se classifica na categoria de atividades escolares como um esporte
radical, ação e aventura Pereira et al. (2008, p. 17)., logo estando na categoria dos
esportes, mas seu enfoque não é na competição, e sim na superação de si mesmo,
criatividade e raciocínio lógico, controle motor e cognitivo.
A ideia do parkour é percorrer ou traçar um objetivo utilizando os próprios
recursos, alcança-los da melhor maneira possível independente dos obstáculos que
aparecem no caminho sejam eles urbanos ou não. PEREIRA 2001.
Com movimentos diversos como pular, agarrar, rolar, o aluno tem seu corpo
treinado em vários aspectos, inclusive sua mente, tentando raciocinar a melhor
maneira de conseguir seu objetivo, criar formas de passar aquele obstáculo, e até
ajudando alguém a superar suas dificuldades, assim contribuindo também com a
socialização dos alunos, tendo em vista que a competição não está em questão.
Alguns estudos podem contribuir com a discussão como:
O parkour na educação fisica
http://pontob.com/o-parkour-e-a-educacao-fisica-escolar/
Parkour: das ruas da cidade para a quadra
https://novaescola.org.br/conteudo/3488/parkour-das-ruas-da-cidade-para-a-
quadra

Apresente o parkour para a garotada


https://novaescola.org.br/conteudo/1984/apresente-o-parkour-para-a-garotada

Conhecendo e vivenciando o parkour na escola


http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25203

O lê parkour na escola uma proposta inovadora para trabalhar a ginastica


como conteúdo pedagógico
http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R0724-1.pdf
3 DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)

Este trabalho procurou formas de avaliar a importância do esporte parkour, e


sua introdução a primeira metade do ensino fundamental. Em forma de pesquisa
bibliográfica, que consiste em se utilizar de material já produzido por outros autores
para solidificar o tema que será discutido e aprofundado (SEVERINO, 2007). Em
uma forma qualitativa de investigação, o trabalho procurou buscar informações em
documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais, também em livros
e artigos sobre o esporte de aventura no ensino fundamental 1.
Esportes radicais, ação e aventura.
Devemos entender o que são esportes radicais, de aventura e de ação, antes
de fazer qualquer análise mais profunda, pois elas são atividades mais ou menos
recentes no contexto esportivo, se comparamos aos mais tradicionais, pois só foi a
partir da década de 1990 que ganharam notoriedade na mídia, muito embora alguns
estudos relatem que essas atividades são praticadas a bastante tempo. Nos séculos
XV e XVI o grande artista e inventor Leonardo Da Vinci, desenhou protótipos de asa
delta e para quedas. No início do século XIX as escaladas em montanhas na Europa
já eram praticadas, lembram Pereira e Armbrust (2010). E a mais de dois mil anos
os povos da polinésia já praticavam o surfe.
Os estudiosos que foram pioneiros em se preocupar em compreender sobre
os esportes radicais no campo da educação física brasileira, onde essas atividades
se eram tratados como esporte e laser foram Uvinha (2001), Dias (2007), Marinho
(2007), Pereira e Armbrust (2010).
Todas as atividades esportivas que envolvem risco estão classificadas como
radical, segundo Pereira et al. (2008), o dicionário Aurélio (2009, pág. 678), também
apoia essa definição, quando se tem um risco fora da rotina comum, e grande
perícia. Em relação a ação, a atitude, movimento e comportamento é o que mais se
interliga, é o que afirma Pereira e Armbrust (2010). Para Vieira et al (2011) O
esporte radical é algo perigoso, imprevisível e inserto.
O parkour é classificado como esporte radical e de aventura, Pereira et al
(2008, p. 17), e apesar de sua predominância na área urbana, podemos ver sua
prática em diversos lugares, e diferentes locomoções. Segundo Serikawa (2006),
diversos praticantes fazem a prática de forma mais acrobática, chamada de free
running, outros são mais tradicionais e se atem aos desafios mais naturais do
cotidiano, na realidade o Parkour vem sofrendo diversas influências e formas de
estilos diferentes.
Origem do parkour
O Parkour surgiu no século XX, na França, pelo aclamado David belle,
usando exercícios gímnicos, que conhecia desde a infância (SERIKAWA, 2006;
PEREIRA e ARMBRUST,2010). Ele também se inspirou bastante em seu pai
Raymond belle, oficial da elite de bombeiros em Paris, ele executava as missões
mais difíceis devido a seu treinamento que se baseava na metodologia de George
Herbert, que enfatizava as movimentações naturais, observando tribos africanas,
quando caçavam, corriam, ou lutavam, utilizando só o próprio corpo, e assim Herbert
inovou em relação as ginasticas convencionais de seu tempo, usando movimentos
similares aos da tribo, para se movimentar no meio ambiente, em lugares onde só se
passa de quatro, rastejar, pedras, arvores, carregar coisas, se agarrar em alguma
coisa (STRAMANDINOLI et al, 2012).
Então temos como influenciador do parkour George Herbert por seus
movimentos naturais só com o corpo, Raymond belle com seu treinamento militar de
salvamento, então David belle reuniu todos esses conhecimentos somados com os
dele, para criar essa modalidade incrível que é o le parkour, esporte francês que
significa (Le= o, parkour= percurso).
A ideia de belle, era que os indivíduos conseguissem fazer um percurso e
chegar a um destino independente dos obstáculos a frente somente com o próprio
corpo, sendo urbanos ou não. No percurso, o traceur ou traceuse (nome dado para
os praticantes de ambos os sexos) utilizam movimentos com apoio das mãos, giros,
movimentos com as pernas, aterrissagens, amortecer a aterrissagem com
rolamentos, alguns movimentos têm nomes fora do comum como king Kong, tic tac,
pelo do gato, salto de precisão e muitos outros (PEREIRA, 2001).
De acordo com o Serikawa (2006) o parkour só foi praticado aqui no Brasil por
volta de 2004, com os vídeos na internet. Os jovens Brasileiros começaram a prática
do le parkour e tentando imitar o que belle propôs. A associação Brasileira de
parkour foi criada em 2005, para uma maior divulgação do esporte, e ser uma
prática mais organizada, e ter eventos onde os praticantes pudessem se reunir e
praticar juntos, é o que salienta Stramandinoli et al (2012).
O parkour nos tempos atuais e a educação física.
O currículo do ensino fundamental 1, se deve buscar as melhores formas de
construir um individuo que seja competente, autônomo, e que cresça um cidadão. E
nesse sentido, o educador é peça fundamental para esse processo, e que ajude a
inserir os alunos em um contexto social, e isso requer muitas vezes sair da escola,
explorar outras coisas além dos muros da escola.
No que diz respeito a autonomia do aluno, que expressa sua cultura nos seus
movimentos corporais, a educação física deve estar preocupada em ter uma ação
pedagógica da cultura corporal de movimento, ou seja, onde o indivíduo é o
protagonista e não somente o movimento Betti (2013).
Logo, o corpo é uma forma de cultura e não só biológico, de onde surgiu o
conceito de Cultura Corporal de Movimento, feito pelo PCN, onde diz que se deve
iniciar o aluno nessa cultura e formando um ser crítico, e com uma vida de melhor
qualidade.
Onde uma hegemonia de atividades tradicionais são as únicas opções de
ensino na primeira parte do ensino fundamental, o parkour parece ser o mais
adequado a Cultura de Movimento Corporal contemporâneo, e corroborando com o
que que diz os PCN, quando diz que a educação física escolar tem que garantir um
ambiente onde os alunos se aperfeiçoem de forma democrática, evoluindo como
seres humanos. (BRASIL,1998, p.29).
Segundo diz Moretto (1999) o avanço tecnológico e as mudanças sociais são
de uma velocidade estrondosa, que é capas de o aluno de hoje, quando se tornar
profissional no mercado de trabalho, os conhecimentos aprendidos já não sirvam
para sua realidade. E acrescenta: É só pensar no que cada um se recorda da física,
da química, da matemática, da história e da geografia que aprendeu na escola e da
forma como aprendeu. Se a escola se serviu dos conteúdos naquele momento
selecionados, para desenvolver a capacidade de pensar, e as habilidades de
observar, relacionar, estruturar, analisar, justificar, sintetizar, correlacionar, inferir,
entre outras, então preparou o cidadão dando-lhe a competência profissional
necessária para enfrentar os conteúdos que a vida lhe apresentar
( MORETTO,1999, p.50-54).
Continuando, Moretto (1999), o que deve ser focado na nova escola está em
adquirir competências, através de formas de desenvolvimento de habilidades
cognitivas, emocionais e psicomotor. A habilidade normalmente está ligada ao
“Saber fazer” algo pontual, e relaciona a algo mental ou físico. Nessa premissa,
identificar, relacionar, correlacionar, aplicar, analisar, sintetizar, avaliar e manipular
com destreza, são exemplos de habilidades. Por outro lado, a competência está
ligada a a estrutura resultante do desenvolvimento harmônico de um conjunto de
habilidades e que identifica uma função específica.
Fazendo uma correlação com habilidades, competência, e o parkour,
podemos falar que para alguém ter competência no parkour, necessita de
habilidades bem compostas em função da competência exigida, mesmo que o
parkour seja um esporte extremamente democrático, que não se obriga gestos
motores específicos para superar os obstáculos, e sim alguns fundamentos
específicos para esse tipo de modalidade. Por tudo isso, o parkour é diferente dos
outros esportes, sendo uma abordagem perfeita para se desenvolver as habilidades
dos pequenos, e se torarem adultos mais antenados com o ambiente, com seu
próprio corpo, e com a sociedade.
Também devemos ver porque o parkour foi classificado como esporte, sendo
que suas raízes vieram da ginastica.
Pereira (2010) afirma que na Cultura Corporal de Movimento se deve
pesquisar o pleno contexto histórico da educação física, visando as práticas
corporais, e sempre com atualização, pois são com novos movimentos, reinventados
ou criados do zero, é que se constrói a contemporaneidade.
Para Armbrust (2010), fora trabalhar com os conteúdos tradicionais, os
docentes devem acrescentar com as inúmeras diversidades de seus alunos, que
estão em um contexto de cultura em desenvolvimento. Semelhante a isso Corsino e
Auad (2012) salientam a imensa importância de diversificar os temas conteúdos, nos
cotidianos da Educação física escolar. Ponto onde acaba se tornando de
incondicional importância nos tratamentos das diferenças e a maior participação dos
alunos. E é nesse sentido que a valorização dos esportes de aventura, radicais,
podem e devem ser apropriadas no ensino dos pequeninos em sua primeira fase do
ensino fundamental.
A importância do parkour no ensino fundamental 1
O parkour pode ser um tema de extrema importância para a educação física
escolar, pois além preparar os pequenos para situações mais parecidas com as
situações reais, pode simular situações de perigo, incentiva habilidades tanto
motoras como cognitivas, pois mesmo com situações sugeridas pelo professor, a
criança pode resolver problemas que testará seu tempo de reação, iniciativa e
adaptação, características essas que estimulam uma postura crítica e tomada de
decisões. O professor deverá expor as crianças a situações similares ao real, e com
isso, se tornarão mais aptos para enfrentar a realidade.
Assis (2007) confirma dizendo que o parkour ajuda nas inúmeras habilidades
físicas, coordenação motora, flexibilidade, força, velocidade, equilíbrio, agilidade, e
muitas outras. O parkour também pode ser trabalhada com outras disciplinas, a
multidisciplinaridade é algo bem característico no parkour, pois além da educação
física, se pode abordar física, artes, história, geografia, língua estrangeira. A
educação física em seus parâmetros para a primeira parte do ensino fundamental,
precisa ampliar suas diretrizes, sempre fazer o aluno desenvolver. Não é tarefa fácil,
porque sair da comodidade que muitos profissionais estão, e devido as crianças
serem menores, mais dispersas, menos dominadoras de seus corpos e etc. Mas a
educação física deve ter esse compromisso. Os profissionais que realmente estão
comprometidos no social, afetivo, e moto, devem buscar a praticar essa modalidade
tão atual em suas aulas, ajudando a desconstruir essa hegemonia das abordagens
tradicionais, que enfatiza mais a competição, do que o resto. E nessa premissa fale
ressaltar que o parkour é uma atividade cooperativa e inclusiva, e já ensina esses
valores para as crianças, e ser cooperativo, vem sendo provado ser a mais bem-
sucedida tendência na Educação física Escolar (DARIDO, 2001).
Incluir o parkour nas aulas do fundamental 1, poderá ser percebida como uma
preciosidade na inovação pedagógica. Pereira e Armbrust (2010) falam que o
parkour usa gestos motores conhecidos, mas reinventando de forma mais
desafiadora e criativa, nova, deixando de lado o velho para o contemporâneo.
Em inúmeros argumentos que endossem a inclusão do parkour para o ensino
fundamental 1, Uvinha (2001) amplia que o parkour, sai do padrão normal e
corriqueiro das atividades, podendo ser explorado em muitas categorias, desde a
educação infantil até o ensino médio, desde que se adapte e se respeite as
características físicas e cognitivas de cada faixa etária
4 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA

Planejamento do tema: fevereiro


X
Pesquisa na internet: março
X

Reunião dos dados encontrados abril


X
Fabricação do trabalho Maio
X

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo ao decorrer do longo período histórico do esporte ter sido abordado


de forma tecnicista, hoje os leques de possibilidades estão bem mais amplos. Mas
ainda para muitos educadores e a mídia, o ensino fundamental 1 tem muitas
barreiras para sair do que já existe, como a pouca idade dos alunos, serem de
controle motor menor, atenção menor, muitas vezes o social não é bom também, o
material escasso, a falta de criatividade do professor por muitas vezes não ser
familiarizado com a atividade, ou sequer conhecer para passar, autorizações dos
pais para locais mais diversificados para a prática, que o esporte só serve para
detectar talentos, para futuros atletas e carregar medalhas. Essa ótica está muito
longe do verdadeiro objetivo do esporte na escola e a discussão nunca deve acabar,
uma vez que o pais vive no entusiasmo da copa do mundo 2018 na Rússia. Nesse
contexto se faz necessário uma mentalidade diferente, que a inclusão de
modalidades desafiadoras e atuais, mais diversificadas, e maior participação de
todos. Para a inclusão do parkour no ensino fundamental 1, é importante que os
cursos de graduação e de formação continuada, proporcione um alicerce para que
os educadores possam e tender a importância dessa temática.
Os esportes de aventura desenvolvem tanto os alunos como os professores,
desafiando ambos, se é entendido que o parkour comtempla os princípios que
norteiam a Cultura Corporal de Movimento, se relevando como um tema importante.

6 REFERÊNCIAS

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