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Aprender a ler significa aprender a ser ativo ante a leitura, ter objetivos
para ela, se auto-interrogar sobre o conteúdo e sobre a própria
compreensão.
Aprender a ler significa também aprender a encontrar sentido e interesse
na leitura.
Aprender a ler compreensivamente é uma condição necessária par
poder aprender a partir dos textos escritos.
Aprender a ler requer que se ensine a ler, e isso é um papel do
professor.
Ensinar a ler é uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos,
compartilhar tarefas, compartilhar os significados construídos em torno
deles.
Ensinar a ler exige a observação dos alunos e da própria intervenção,
como requisitos para estabelecer situações didáticas diferenciadas
capazes de se adaptar à diversidade inevitável da sala de aula.
É função do professor promover atividades significativas de leitura, bem
como refletir, planejar e avaliar a própria prática em torna da leitura.
O nível executivo
insiste na epistêmico posse do
código instrumental como tal;
diz respeito ao
domínio funcional da língua
para executivo traduzir a
mensagem
do código escrito.
No nível funcional
inclui-se saber
como a língua
escrita varia
segundo o contexto;
refere-se a utilizar
os conhecimentos para enfrentar exigências cotidianas como ler jornal
ou seguir instruções.
No nível instrumental usa-se tanto o código quanto a forma textual e
reside na possibilidade de buscar e registrar informações escritas.
No nível epistêmico usa-se a língua escrita como meio de atuação e
transformação sobre o conhecimento: refere-se ao interpretar e avaliar.
Ao retomar o que já foi discutido nesse livro percebe-se que não é mais
possível utilizar uma avaliação nos moldes tradicionais. Ela precisa ser
formativa: informa os alunos sobre seus progressos e avanços (por isso eles
devem saber o tempo todo o que está sendo observado e que resultado
obtiveram), e serve como instrumento para o professor ajustar seu
planejamento e métodos de ensino (uma reflexão para a ação).
O que comumente vê-se nas escolas é a não clareza do que avaliar e
como avaliar. Dessa forma as avaliações não põem em jogo todos os
conhecimentos construídos pelos alunos e nem avaliam todos os aspectos
apresentados nos outros capítulos.
A proposta de Alexandre Gali é que referencia as avaliações nas
escolas catalãs. Ele se baseia na necessidade de separar “os diversos
componentes do ato de leitura suscetíveis de serem avaliados de forma
diferenciada e distingue cinco: perfeição mecânica, expressão, rapidez,
compreensão das palavras e compreensão total”. Dos cinco componentes
apresentados considera que os três últimos devam ser avaliados. Para ele, os
testes de avaliação devem ser claros e conhecidos dos alunos (as provas
devem estar integradas às tarefas educativas), para que tenham que refletir
apenas sobre as combinações verbais e o jogo de idéias presente.
17. Zabala, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed,
1998