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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 30.623/2016........................................

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até o ARA Marcelo que estava desacordado, subiu em sua moto aquática e o rebocou por
seu colete até a Ilha de Um Coqueiro Só, onde tentou reanimá-lo, acreditando que o ARA
Marcelo estava em coma alcoólico, pois não viu nenhum escoriação, nem sangramento.
Em seguida pediu socorro a uma canoa movida por um motor de rabeta que passava por
perto e conseguiram levar o ARA Marcelo até a colônia de pescadores do Pontal e dali
para o Hospital Geral do Estado. O MAC Adeildo voltou para a lagoa para procurar a
moto aquática do ARA Marcelo, mas não conseguiu encontrá-la e depois voltou para a
marina para fazer contato com os familiares do ARA Marcelo, que já haviam sido
informados a essa altura.
O MAC Adeildo afirmou em seu depoimento, ainda, que não tinha
conhecimento de que era proibido conduzir moto aquática sob efeito de bebida alcoólica,
que não era motonauta, mas acreditava que sua CIR o habilitava para conduzir aquele
tipo de embarcação, que já conduzia motos aquáticas desde 1996. Afirmou que a moto
aquática que conduzia pertence ao Sr. Eduardo Holanda e que ficava em sua marina sob
sua responsabilidade.
Durante o inquérito foram ouvidas outras testemunhas que não viram o
acidente, mas ou ajudaram no socorro à vítima ou eram parentes da vítima. De relevante
confirmaram que os acontecimentos ocorreram entre 19h e 20h e que a vítima era
mecânico náutico, navegava com motos aquáticas havia pelo menos 9 anos e que
adquirira a embarcação em 2013, mas essa permanecia em nome do proprietário anterior.
O proprietário da moto aquática “PIVETÃO I”, conduzida pelo MAC Adeildo, disse que
a deixa na marina pertencente ao Adeildo, que teria a responsabilidade pela guarda e
manutenção da mesma, mas que não o autorizou a utilizá-la.
A perícia da Capitania apurou que havia arranhões e quebra de carenagem no
bordo de boreste das duas motos aquáticas e arranhões também na porção de bombordo
da moto aquática “PIVETÃO I”. Afirmaram que o fator causador do acidente teria sido a
imprudência dos dois condutores, por navegarem à noite em desacordo com as normas da
Autoridade Marítima.
O Encarregado do IAFN concluiu no mesmo sentido dos peritos e apontou a
causa determinante do acidente ao descumprimento do item 0403, alínea “c”, da
NORMAM 03/DPC, por parte de ambos os condutores. Tal norma impõe que somente
embarcações que possuem luzes de navegação podem operar à noite. Disse que tanto o
fator humano, por estarem ambos sob efeito de bebidas alcoólicas, como o fator
operacional, por navegarem à noite sem luzes de navegação, teriam contribuído para o
acidente e apontou a responsabilidade direta pelo acidente aos condutores das motos
aquáticas, Marcelo Santana dos Anjos e Adeildo Rosa da Silva, por terem sido

2/5

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