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Q UEBRANDO O SILÊNCIO (Autor: Nathan Guest)

Tradução: Bruno F. Santos


Revisão: Fabrício M. Lopes

Llyanus pegou a urna mágica que continha as cinzas de seu mestre e preparou-se para
se teleportar para as ruínas da cidade na qual ele foi destruído, Bodach.

Por séculos o profanador vinha mantendo as cinzas de seu mestre, algo para o que ele
havia se preparado desde o dia que seu mestre foi comandado para tomar a maldita cidade de
preservadores, apesar de parecer uma eternidade.

Llyanus nunca teve certeza como que seu mestre havia falhado, mas ele tinha um plano
de contingência reserva, de qualquer modo. A única coisa que ele podia pensar é que havia um
preservador dentro do time de Rajaat que de algum modo interou-se do ataque. Mesmo que o
ataque tenha tido sucesso, Llyanus não podia aceitar que seu mestre foi destruído durante esse
ataque. Todavia, a hora tinha chegado de trazer seu mestre de volta.

Após séculos de estudos, ele finalmente encontrou a magia que permitiria ter sucesso
em trazer seu mestre de volta completamente, e não em alguma outra forma, como um morto-
vivo. Essa magia iria retornar seu mestre do reino dos mortos e deixá-lo como estava antes de
sua queda. Se ao menos ele tivesse achado o Silenciador, então seu mestre estaria como ele
estava antes de sua queda, completo e com poder total, com o Silenciador em suas mãos.

Llyanus preparou alguns símbolos para proteção e contra observação antes de fazer a
magia que o teleportaria para o centro de Bodach, e para a localização exata da onde seu mestre
caiu.

Em alguns segundos ele chegou ao centro de Bodach e olhou ao redor. Esta já foi uma
grande cidade um dia, lamentável, mas os preservadores da época simplesmente não viram o
grande plano que Rajaat tinha para esse mundo condenado e como restaurá-lo para sua antiga
glória valia o sacrifício que ele, seu mestre, e muitos outros haviam cometido. Uma pena que os
campeões acabaram descobrindo e se tornaram traidores com seu desejo de poder e formaram
uma aliança para derrotar o grande Rajaat e seus seguidores devotos. Mas agora entretanto era
hora de mudança, Rajaat tinha escapado, mas apenas brevemente, sendo aprisionado
novamente por um monte de revolucionários ignorantes que não tinham idéia onde tinham se
metido. Apesar do retorno breve de Rajaat, ele pôde fazer um a coisa, e foi dar um exemplo,
especialmente para aqueles que tinham se tornado traidores. Ele conseguiu matar três deles, e o
quarto dizem que foi aprisionado no Negro e provavelmente está sendo torturado pelos
seguidores de Rajaat nesse momento. Bem feito, eles receberam o que mereceram .

Percebendo que estava ficando sem tempo antes que seus símbolos de proteção
expirassem, e vendo o quanto estava perto do crepúsculo, Llyanus rapidamente pegou a urna
mágica com as cinzas de seu mestre, disse uma frase mágica ou duas, e quebro-a sobre o chão
da cidade em ruínas, pois estava próximo da hora exata em que seu mestre havia caído. Após a
urna ter quebrado, ele começou o complexo encantamento enquanto fazia os gestos necessários
para direcionar a magia e fazê-la funcionar do jeito que foi criada.
O vento aumentou de velocidade e começou a uivar, formando um pequeno tornado
que levantou as cinzas espalhando-as ao redor, enquanto relâmpagos surgiam no céu que agora
estava se tornando bem escuro. Gritos de dor e angústia podiam ser ouvidos através da cidade
enquanto riscos de energia verde começavam a vir de todas as direções e se enrolar ao redor do
tornado de cinzas, abraçando a sua essência.

Se ele soubesse que tal magia apenas precisava da essência dos mortos que foram para a
batalha junto com aqueles que ajudaram a matar seu mestre, Llyanus poderia ter completado
esta magia muito antes, mas já que ele não tinha idéia de onde começar quando ele iniciou essa
empreitada demorou um bocado para realizá-la, sem contar a espera por um dos aniversários
da morte de seu mestre.

Ainda declamando e gesticulando os gestos necessários para a magia, Llyanus percebeu


que o tornado estava perdendo força, já que mais nenhuma energia estava vindo das ruínas da
cidade e os mortos que andavam sobre ela. Um bom destino ele pensou, agora esta cidade vai
estar verdadeiramente em ruínas.

Logo o tornado parou de vez, junto com o relâmpago e o céu se clareou e ficou como
sempre ficava antes do crepúsculo. Llyanus agora percebeu uma grande bolha negra em que as
cinzas se transformaram, pulsando e revolvendo com vida, ficando maior a cada minuto
enquanto ele continuava a lançar a magia que traria seu mestre de volta dos mortos, e com
poder total, do mesmo jeito que estava antes de ser assassinado.

A bolha lentamente começou a coalescer em uma figura humanóide, e então ele soube
que a magia iria funcionar, como ela deveria. O que parecia ser uma cabeça, lentamente se
separando do corpo principal da bolha, estando ligada por um fio grosso que só poderia ser o
pescoço. Não demoraria muito tempo mais ainda.

Os apêndices foram os próximos, separando-se mas ainda permanecendo ligados ao


corpo da bolha enquanto eles se libertavam e começavam a tomar forma.

Finalmente o corpo começou a tomar forma também, com os apêndices conectados


recebendo uma parte da bolha como se precisassem de mais substância, e com mais alguns
minutos a forma humanóide estava completa e começou a se colorir, não apenas isso, mas
parecia estar armada e com armadura também e finalmente o processo estava completo.

Llyanus completou a magia em descrédito e seu queixo caiu quando o seu mestre, em pé
a sua frente, perguntou numa voz áspera: "Quanto tempo eu estive morto Llyanus? Julgando
pelo modo de como as coisas estão, parece que eu tive sucesso todavia."

Tremendo, Llyanus falou: "Sssim meu mestre Irikos você teve sucesso, entretanto seu
sucesso clamou a sua vida, como eu temia, ainda bem que tinha meu plano de contingência.
Sobre por quanto você esteve morto, eu sinto em dizer que por séculos, Eu simplesmente não
conseguia entender como trazê-lo de volta a seu esplendor até recentemente, e então eu tive que
esperar por um aniversário de sua morte, meu amo."

"Não tema Llyanus, pois não tenho mágoa para contigo. Você fez o melhor que pode, e
por isso eu estou grato. Fale-me, o que aconteceu? As novas raças estão mortas? Rajaat teve
sucesso?"
"Não, amo, apesar de muitas das novas raças terem sido eliminadas com sucesso, eu
temo que Rajaat tenha tombado, para um grupo de seus próprios campeões. Traidores eles
eram, amo, e aquele maldito Kalak os ajudou, eu sabia que você não deveria ter confiado nele.
O mundo também não é aquele que você se lembra, é na maioria um deserto, uma casca seca à
beira da extinção, graças a nossa magia, e infelizmente desde que Rajaat tombou, não há meios
de restaurá-la, mesmo para aquele menos feio esplendor verde que era antes da rebelião, antes
da loucura do Dragão."

"KALAK?! Então, eu deveria ter te ouvido afinal de contas. Não importa, o que
aconteceu aconteceu, ele vai ter o que merece logo, ele será o primeiro a sentir a minha
vingança."

"Eu temo, meu amo, que isso já foi feito por outrem . Um grupo de revolucionários
ignorantes conhecidos como Heróis de Tyr matou Kalak menos de vinte anos atrás. Vou contar-
lhe algo: Borys foi aquele que liderou esse golpe traiçoeiro, mas se não fosse pela traição de
Manu, ela nunca teria acontecido, e é ele que eu recomendo que receba a sua vingança primeiro,
meu lorde."

"Manu é? Não me lembro desse nome. Borys, por outro lado, nunca gostei dele, parecia
muito convencido e que ajudava Rajaat apenas por seus próprios motivos. Claro que Rajaat
nunca me ouviria quando eu lhe contava meus pensamentos, mas mesmo assim era isso o que
eu pensava sobre ele o tempo todo. Diga-me, Borys ainda vive, e esse tal de Manu que você se
refere?"

"Borys, senhor, foi destruído há pouco, pela mão do próprio Rajaat com a ajuda dos
Heróis de Tyr. Aparentemente a sua essência é ligada às três espadas que ele fez para as Guerras
Purificadoras. Já sobre Manu de Deche, ele era um fazendeiro, com ódio pela raça dos Trolls por
saquear a sua vila. Ele depois matou e sucedeu Myron como Queimador de Troll. Não foi muito
tempo depois que o tal Manu matou o último troll, Windreaver.ele descobre os planos de Rajaat
e conta a Borys, Borys então unifica os campeões, junto com Kalak, e eles vão lutar com Rajaat, e
conseguem. Depois Manu pega a cidade de Urik e muda seu nome para Hamanu depois disso.
Ele também ajuda a matar Dregoth assim como Kalid-Ma, e está presente durante a primeira
soltura de Rajaat. A maioria dessas informações e muito mais eu gravei em diários, empilhados
onde eu tenho vivido por todos esses anos, e estão prontas para serem examinadas se você
desejar deixar esse local deserto. Eu é claro o acompanharei onde o senhor quiser, meu amo."

"Excelente, parece mesmo que esse Manu será meu primeiro alvo de vingança pela
traição do Arauto da Guerra. Diga-me Llyanus, você trouxe a Silenciador com você também , eu
sinto a sua falta. Após ver isso, eu o acompanharei para sua moradia e então eu aprenderei o
que ocorreu."

"Eu temo senhor, que eu não a tenha. Ela foi perdida na batalha final com Bodach, e não
a vi desde então, apesar de ter ouvido vários rumores sobre ela. Eu simplesmente não fui ágil o
suficiente para recuperá-la quando você tombou e estava mais preocupado em recolher todas as
suas cinzas."

"Compreensível, mas este deve ser o nosso primeiro objetivo, se eu quiser ter qualquer
chance contra os antigos campeões eu precisarei dessa arma, especialmente se o que você diz
sobre essa conexão com Rajaat for verdade. Eu o acompanharei e aprenderei tudo o que ocorreu
com esse mundo e seguir os rumores da Silenciadora , eu então a re-obterei, eu verei o que eu
posso fazer com esse Manu e com sorte torná-lo um exemplo de porque não ir contra o Arauto
da Guerra, pois ele é tudo, e nós as crias da torre, somos nada."

"Concordo, meu lorde. O sangue de Manu será o primeiro a ser derramado pela traição
do usurpador e os traidores, e que seu coração fique em sua barriga e sua cabeça numa lança
para que todos vejam ."

"Eu terei vingança, por meu lorde Rajaat, um falso campeão de vez..."

Nathan P. Guest, NytCrawlr

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