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Universidade Federal do Pará - UFPa

Faculdade de Ciências Econômicas Aplicadas


Graduação em Economia
Disciplina: Microeconomia 1
Discentes: Cristiane Pereira (201905340093); Érica Vasconcelos
((201905340069); Liza Farias (201905340080);
Professora: Sheila Bemerguy

O preço da carne bovina no Brasil em 2020-2021

Desde 2020 o brasileiro vem sentindo o preço da carne bovina, que é um


componente importante da mesa nacional, disparar. Em maio de 2021, os principais
veículos de notícias econômicas divulgavam a alta acumulada da carne de 35,6%
nos últimos 12 meses, segundo dados do IPCA-15 (IBGE).
De acordo com o IBGE, a alta da carne bovina se deve ao dólar estar mais
caro, o que resulta em um aumento da exportação de proteína animal e diminuição
da oferta para o mercado interno. Também ficou mais caro o milho e a soja, que são
usados para alimentar o gado, e assim entram como custos de produção. Em
adição, não devemos esquecer dos custos de logística que encareceram junto com
a gasolina, e os custos de armazenagem e refrigeração, que sentiram o impacto da
energia elétrica mais cara.
Mas qual foi o resultado desse processo na mesa do brasileiro?
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a subida dos
preços junto com a queda da renda do brasileiro, resultado da pandemia de
COVID-19 fez com que o consumo de carne caísse para o menor nível em 25 anos.
Além disso, segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a carne
bovina de primeira foi substituída por cortes considerados de “segunda”, tais como
carne de frango, ovos, carne de porco e cortes bovinos dianteiros.

Análise Microeconômica

A partir da leitura do texto, podemos verificar o comportamento dos


consumidores brasileiros frente a disparada do preço da carne bovina. À medida
que observamos o preço subindo, vemos a quantidade demandada reduzindo. O
gráfico dessa demanda é negativamente inclinado, e os pontos que mostram a
queda do consumo estão ao longo da curva, quando temos a condição de ceteris
paribus. Para exemplificar temos o gráfico abaixo:

Os pontos ao longo da curva mostram


a quantidade demandada caindo à
medida que o preço se eleva.

(gráfico usado como exemplo, não


reflete especificamente o caso da
carne)

Além do preço elevado, outro fator citado é a queda da renda do brasileiro, afetada
pela pandemia. Neste ponto, a carne bovina se mostrou um bem normal, visto que a
renda caiu e o consumo também. O gráfico abaixo mostra essa situação:

Podemos ver que com a redução da


renda houve um deslocamento da curva
de demanda para a esquerda, mostrando
o consumo menor mesmo se o preço da
carne tivesse permanecido constante.

Com o elevado preço da carne, vemos disparar o consumo dos substitutos que são
citados no texto: carne de frango, de porco, ovos e carnes bovinas de segunda.

Para exemplificar:
No gráfico acima podemos dizer que o produto Z representa a carne e o produto x
representa seus substitutos. Quando o preço da carne subiu de P1 para P2, a curva
de demanda dos substitutos se deslocou para a direita, mostrando maior demanda.

Em relação à carne, o gosto ou preferência do brasileiro não é capaz de manter o


consumo no mesmo nível frente à mudança de preço, apesar de muitas matérias
apontarem que a população vem tentando manter o consumo deste tipo de proteína,
mesmo que em menor quantidade e em qualidade inferior.
Referências

Balanço Geral Itajaí .Com alta do preço da carne bovina, consumidores buscam
outras opções. Youtube, 3 de mar. de 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=fpP6e167514
Acesso em 19 de nov. de 2021.

CORSINI, Iuri; JANONE, Lucas. ALTA no preço das carnes faz hábito alimentar dos
brasileiros mudar. CNN, Rio de Janeiro, 28 de out. de 2021. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/business/alta-no-preco-das-carnes-faz-habito-alimentar
-dos-brasileiros-mudar/
Acesso em 17 de nov. de 2021.

PREÇO das carnes acumula alta de 35,7% em 12 meses; saiba o que influencia.
Uol, São Paulo, 25 de mai. de 2021. Disponível em:
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/05/25/alta-carne-ipca-15-ibge.htm
Acesso em 17 de nov. de 2021.

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