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TERMODINÂMICA
PATRIC SCHÜRHAUS
2007 © REVISÃO 0
www.hasten.eng.br
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE UNIÃO DA VITÓRIA TERMODINÂMICA
Apresentação
A Termodinâmica é a primeira de três disciplinas que, juntas, formam o que costuma–se chamar
de Engenharia de Sistemas Térmicos, ou Termociências. A Termodinâmica, a Mecânica dos Fluidos e a
Transferência de Calor estão intimamente ligadas e os conhecimentos destas ciências são úteis à
solução de diversos problemas cotidianos, seja em âmbito industrial como doméstico.
Thermodynamics
Conservation of mass
Conservation of energy
Second law of thermodynamics
Properties
O
RM
E
TH
Heat Transfer
Thermal Systems Engineering
Conduction
Analysis directed to
HEAT
Convection
Design Radiation
Multiple Modes
TRANSFE
Operations/Maintenance
Marketing/Sales
R
Costing
S
ID
FL U
Fluid Mechanics
Fluid statics
Conservation of momentum
Mechanical energy equation
Similitude and modeling
Neste curso de Engenharia Industrial da Madeira, a Transferência de Calor não possui uma
cadeira exclusiva para o seu estudo, em virtude da especificidade do tema, que é de interesse mais
direto da Engenharia Mecânica, e da necessidade de ocupar a grade com outros assuntos mais
intimamente ligados ao curso. Por esta razão, os principais tópicos de Transferência de Calor serão
vistos diluídos nas disciplinas de Termodinâmica, Mecânica dos Fluidos e Propriedades e Produtos
Energéticos da Madeira, onde tais conceitos serão importantes no estudo da combustão e conversão da
energia térmica em calor nos variados processos da indústria.
No que tange, exclusivamente, à Termodinâmica, elaborou–se esta apostila com o intuíto de
reunir os principais tópicos que serão abordados durante as 70 horas desta disciplina no curso. Desta
maneira, esta obra não objetiva, em nenhum momento, substituir os livros texto acerca deste assunto,
mas apenas apresentar o mesmo contéudo contido nestas obras, porém de forma mais resumida,
organizada em concordância com a carga horária da cadeira. Basicamente, esta apostila reúne
conteúdos dos dois livros texto indicados na bibliografia básica da disciplina, que são:
MORAN, Michael J.; SHAPIRO, Howard N.. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 4. ed. LTC: Rio de
Janeiro, 2002.
VAN WYLEN, G. J.; SONNTAG, R. E.; BORGNAKKE, C.. Fundamentos da Termodinâmica Clássica. 4. Ed. Edgard
Blücher: São Paulo, 1995
Patric Schürhaus 1
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE UNIÃO DA VITÓRIA TERMODINÂMICA
Uma diferença em relação às obras publicadas merece destaque nesta apostila, que é a
quantidade de exercícios resolvidos. Procurou–se incluir, além de alguns exercícios propostos, o maior
número possível de exercícios resolvidos. Nestes, a solução é desenvolvida acompanhada de
comentários que objetivam permitir ao estudante um melhor entendimento dos procedimentos
algébricos ou numéricos, bem como da obtenção de dados tabelados ou da consideração de certas
hipóteses ou condições de contorno adotadas na solução, afim de proporcionar ao aluno mais subsídios
para sua aprendizagem. Este recurso de fornecer ou aluno um grande número de exercícios resolvidos
objetiva apliar a carga horária de estudos na disciplina, permitindo ao aluno que amplie seu tempo de
aprendizagem fora da sala de aula. Mas, convém ressaltar, que o êxito na aprendizagem só será
atingido com a revisão dos exercícios resolvidos aliada à solução dos exercícios propostos. Os alunos
que estiverem ineressados em aprofundar seu conhecimento em Termodinâmica devem, ainda, resolver
outros exercícios propostos nos livros e textos complementares relacionados na bibliografia.
O desenvolvimento desta apostila vem acontecendo paralelamente ao decorrer das aulas, nos
últimos 2 anos. Assim, novos conteúdos vem sendo acrescidos, conteúdos irrelevantes estão sendo
retirados e outros conteúdos tem sido ampliados ou melhor aplicados a medida em que os resultados
em sala de aula vão aparecendo. Desta forma, o conteúdo desta obra permanece em constante
alteração, mas sempre visando a maximização da aprendizagem do aluno. Por isso, novas revisões são
frequentemente emitidas ao longo de um mesmo ano letivo. O resultado é que alguns alunos possam
ter revisões diferentes uns dos outros, dependendo da data em que fotocopiaram ou imprimiram este
texto.
Para minimizar estas diferenças, esta apostila foi disponibilizada para download na internet, no
site http://www.hasten.eng.br. A idéia é que a internet contenha, sempre, a revisão mais recente desta
obra. E, para minimizar os custos com impressão, a obra foi dividida em várias partes, de forma que as
alterações se reflitam em partes menores do texto.
A fim de ampliar as possibilidades de estudo dos acadêmicos de Termodinâmica também foram
disponibilizados no site http://www.hasten.eng.br outros textos complementares, produzidos por outros
autores, bem como tabelas, gráficos, links para outras páginas que abordam o estudo do tema e etc.
Além disto, também estão disponíveis para download todas as provas e trabalhos passados, com suas
respectivas soluções. Pretende–se, com isto, reunir o máximo de conteúdo em um só lugar, de acesso
livre, fomentando o desenvolvimento do processo de ensino–aprendizagem, tanto para os alunos, como
para outros professores.
Dito isto, pode–se concluir ratificando o fato de que esta obra está em constante
aperfeiçoamento, motivo pelo qual coloco–me a disposição para ouvir críticas ou sugestões, bem como
para disponibilizar conteúdo lícito acerca do tema na internet, provindo de qualquer um que esteja
engajado na proposta de trocar conhecimentos acerca de Termodinâmica.
Patric Schürhaus
patric@hasten.eng.br
União da Vitória, PR, 27 de março de 2007
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Sumário
Apresentação........................................................................................................................... 1
Sumário ................................................................................................................................... 3
Lista de Tabelas ...................................................................................................................... 6
PLANO DE ENSINO ................................................................................................................ 7
1 Alguns comentários preliminares .................................................................................... 9
1.1 Instalação simples de uma central termoelétrica................................................................................................ 9
1.2 Células de combustível ....................................................................................................................................... 13
1.3 Ciclo de refrigeração por compressão de vapor ............................................................................................... 14
1.4 O refrigerador termoelétrico................................................................................................................................ 16
1.5 O equipamento de decomposição do ar ............................................................................................................ 16
1.6 Turbina a gás ........................................................................................................................................................ 18
1.7 Motor químico de foguete.................................................................................................................................... 19
1.8 Aspectos ambientais ........................................................................................................................................... 20
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8 Bibliografia................................................................................................................... 221
9 Respostas dos exercícios............................................................................................ 222
10 Anexos ........................................................................................................................ 226
10.1 Conversões de medidas do Sistema Inglês..................................................................................................... 257
10.1.1 Medidas de comprimento .......................................................................................................................................................257
10.1.2 Medidas náuticas ou marítimas..............................................................................................................................................257
10.1.3 Medidas de agrimensor..........................................................................................................................................................257
10.1.4 Medidas de superfície ............................................................................................................................................................257
10.1.5 Medidas de volume ................................................................................................................................................................257
10.1.6 Unidades de pressão .............................................................................................................................................................257
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Lista de Tabelas
Tabela 2.1 – Peso específico de alguns fluidos comuns.............................................................................................................. 27
Tabela 2.2 – Algumas conversões de unidades de pressão ........................................................................................................ 30
Tabela 2.3 – Relação entre escalas de temperatura.................................................................................................................... 34
Tabela 2.4 – Pontos fixos de algumas substâncias ..................................................................................................................... 36
Tabela 3.1 – Alguns dados de pontos críticos.............................................................................................................................. 54
Tabela 3.2 – Dados de alguns pontos triplos, sólido–líquido–vapor ............................................................................................ 55
Tabela 3.3 – Constantes empíricas para a equação de Benedict–Webb–Rubin ......................................................................... 61
Tabela 4.1 – calor específico de algumas substâncias ................................................................................................................ 89
Tabela 4.2 – Valores típicos do coeficiente de transferência de calor por convecção ................................................................. 92
Tabela 6.1 – Definindo os Pontos Fixos da Escala Internaciona de Temperatura de 1990 ....................................................... 196
Tabela 10.1 – Propriedades físicas aproximadas de alguns fluidos comuns – unidades do SI (Fonte: [ 8.5 ]).......................... 226
Tabela 10.2 – Propriedades físicas aproximadas de alguns fluidos comuns – outras unidades (Fonte: [ 8.5 ]) ........................ 226
Tabela 10.3 – Propriedades de sólidos e líquidos selecionados (English Units): cp, ρ e κ ......................................................... 227
Tabela 10.4 – Propriedades de sólidos e líquidos selecionados (em unidades SI): cp, ρ e κ ..................................................... 228
Tabela 10.5 – Água saturada: tabela em função da temperatura ............................................................................................. 229
Tabela 10.6 – Água saturada: tabela em função da pressão .................................................................................................... 231
Tabela 10.7 – Vapor d'água superaquecido............................................................................................................................... 233
Tabela 10.8 – Água líquida comprimida ..................................................................................................................................... 237
Tabela 10.9 – Saturação sólido–vapor....................................................................................................................................... 238
Tabela 10.10 – Amônia saturada ............................................................................................................................................... 239
Tabela 10.11 – Amônia superaquecida...................................................................................................................................... 240
Tabela 10.12 – R–12 Saturado .................................................................................................................................................. 242
Tabela 10.13 – Refrigerante 12 superaquecido ......................................................................................................................... 243
Tabela 10.14 – Refrigerante R134a – Saturado......................................................................................................................... 245
Tabela 10.15 – Refrigerante R134a – Superaquecido ............................................................................................................... 246
Tabela 10.16 – Nitrogênio saturado ........................................................................................................................................... 248
Tabela 10.17 – Nitrogênio superaquecido.................................................................................................................................. 249
Tabela 10.18 – Metano saturado ............................................................................................................................................... 250
Tabela 10.19 – Metano superaquecido ...................................................................................................................................... 251
Tabela 10.20 – Propriedades de vários gases perfeitos a 300 [ K ] ........................................................................................... 252
Tabela 10.21 – Conversão de potência ..................................................................................................................................... 259
Tabela 10.22 – Prefixos das unidades de medida do Sistema Internacional (Fonte: INMETRO) .............................................. 260
Tabela 10.23 – Alfabeto Grego .................................................................................................................................................. 261
Tabela 10.24 – Classificação Periódica dos Elementos............................................................................................................. 262
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FUNDAÇÃO MUNICIPAL CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DE UNIÃO DA VITÓRIA
Av: Bento Munhoz da Rocha Neto, 3856 – Bairro São Basílio Magno
Caixa Postal 228 – Telefax (42) 3522 1837
Home page: www.face.br – email: face@face.br – CNPJ 75.967.745/0001–23
CEP 84600–000 – UNIÃO DA VITÓRIA – PARANÁ
PLANO DE ENSINO
Identificação
Curso: Engenharia Industrial da Madeira
Disciplina: Termodinâmica
Série: 2º
Carga Horária
Horas/Aula Semanal: 02 h/a
Horas/Aula Anual: 72 h/a
Ementa
Conceitos introdutórios e definições.
Propriedades de uma substância pura
Trabalho e calor
Primeira lei da termodinâmica
Experiência e lei de Joule – Energia interna, entalpia e calores específicos
Segunda lei da termodinâmica
Entropia
Irreversibilidade e disponibilidade
Ciclos motores e de refrigeração
Objetivos
▪ Instrumentalizar o aluno para a aplicação, em situações práticas, dos conceitos envolvidos na área do conhecimento da
Termodinâmica;
▪ Capacitar o aluno a calcular propriedades termodinâmicas de substâncias puras para fluidos ideais e reais;
▪ Capacitar o aluno a realizar balanço de energia e resolver problemas utilizando a 1ª e 2ª leis da termodinâmica
envolvendo processos reversíveis e irreversíveis;
▪ Capacitar o aluno para realizar análise energética e exergética de pequenas instalações térmicas reais e idealizadas;
▪ Representar fenômenos na forma algébrica e na forma gráfica;
Conteúdo Programático
Bim HA Conteúdo Atividade RD
Alguns comentários preliminares: Instalação simples de uma central termoelétrica, Ciclo
2 Retroprojetor
de refrigeração por compressão de vapor, Turbina a gás, Aspectos ambientais
Alguns conceitos e definições: O sistema termodinâmico e o volume de controle, Pontos
4 de vista macroscópico e microscópico, Estado e propriedades de uma substância,
Processos e ciclos
Volume específico, Massa específica, Peso específico, Relação entre peso específico e Exercícios I, II, III,
6
massa específica, Massa específica e peso específico relativo, Vazão, Pressão IV, V
Exercícios VI, VII,
Temperatura, A lei zero da termodinâmica, Escalas de temperatura, A origem da escala de VIII, IX, X, XI, XII,
8
temperatura Celsius, A escala prática internacional de temperatura, Termômetros XIII, XIV, XV, XVI,
XVII
10 Prova 1 | 2007 – Conceitos e definições
Propriedades de uma substância pura: A substância pura, Equilíbrio de fases vapor–
1 12 Retroprojetor
líquida–sólida numa substância pura, Propriedades independentes de uma substância pura
Exercícios XXXII,
XXXIII, XXXIV,
14 Equações de estado para a fase vapor de uma substância compressível simples XXXV, XXXVI,
XXXVII, XXXVIII,
XLII
Exercícios XXXIX,
16 Tabelas de propriedades termodinâmicas, Superfícies termodinâmicas XL, XLI, XLIII, Retroprojetor
XLIV, XLV,
Exercícios XLVI,
18 Tabelas de propriedades termodinâmicas, Superfícies termodinâmicas XLVII, XLVIII, Retroprojetor
XLIX, L
20 Prova 2 | 2007 – Propriedades de uma substância pura
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22 Trabalho e calor
24 Calor
26 Trabalho, Unidades de trabalho
Trabalho realizado devido ao movimento de fronteira de um sistema compressível simples
28 LXXI
num processo quase–estático
Exercícios LXXII,
2 30 Trabalho realizado pelas forças atuando na fronteira móvel de um sistema fechado LXXIII, XCIX, C,
LXXIV, LXXV
LXXVI, LXXVII,
32 Trabalho dissipativo, Representação gráfica do trabalho p d LXXVIII, LXXIX
Outros exemplos de trabalho, Alongamento de uma barra sólida, Estiramento de uma
34 LXXXI
película líquida, Potência transmitida por um eixo, Trabalho elétrico
36 Prova 3 | 2007 – Trabalho e calor
Primeira lei da termodinâmica: A primeira lei da termodinâmica para um sistema
38
percorrendo um ciclo
40 A primeira lei da termodinâmica para mudança de estado de um sistema
42 Energia interna: uma propriedade termodinâmica
44 Conservação de energia para um volume de controle
46 Desenvolvendo o balanço de energia, Balanço em termos de taxa temporal
3
48 Prova 4 | 2007 – Balanço de energia: entalpia e energia interna
Avaliando o trabalho para um volume de controle, Formulações do balanço de energia para
50
volume de controle
Análise de volumes de controle em regime permanente, Formulações em regime
52
permanente dos balanços de massa e energia
54 Prova 5 | 2007 – Primeira lei da termodinâmica
56 Segunda lei da termodinâmica
58 Segunda lei da termodinâmica
60 Prova 6 | 2007 – Segunda lei da termodinâmica
62 Entropia: Irreversibilidade e disponibilidade
4 64 Ciclos motores e de refrigeração
66 Ciclos motores e de refrigeração
68 Ciclos motores e de refrigeração
70 Relações termodinâmicas
72 Prova 7 | 2007 – Entropia
Figura 1.2 – Rotor de uma turbina a vapor de condensação de mútiplos estágios que trabalha com vapor a 42 [ bar ]
(Gentilmente cedida por Madeireira Miguel Forte S.A.)
Figura 1.3 – Um gerador de vapor de grandes dimensões (cortesia da Babcock and Wilcox Co.) (Fonte: [ 8.8 ])
1
Um fluxograma animado do funcionamento desta caldeira e do percurso dos gases pode ser visualizado no site da Equipalcool
Sistemas em http://www.equipalcool.com.br.
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Figura 1.5 – Caldeira aquatubular de grande porte Dedini Zurn Modelo VC (Fonte: [ 8.10 ])
Figura 1.6 – Ilustração de uma casa de força de uma central termoelétrica (Fonte: [ 8.8 ])
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Figura 1.7 – Diagrama esquemático da usina nuclear de Big Rock Point da Consumers Power Company, em Charlevoix,
Michigan (cortesia da Consumers Power Company) (Fonte: [ 8.8 ])
Figura 1.8 – Diagrama esquemático de uma usina Figura 1.9 – Disposição esquemática de uma célula de combustível do
termoelétrica (Fonte: [ 8.8 ]) tipo de membrana de troca de íons (Fonte: [ 8.8 ])
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A célula de combustível é um dispositivo no qual esse objetivo é alcançado. A Figura 1.9 mostra
um arranjo esquemático de uma célula de combustível do tipo membrana de troca de íons. Nessa
célula, o hidrogênio e o oxigênio reagem para formar água. Consideremos, então, os aspectos gerais da
operação deste tipo de célula de combustível.
O fluxo de elétrons no circuito externo é do ânodo para o cátodo. O hidrogênio entra pelo lado do
ânodo e o oxigênio entra pelo lado do cátodo. Na superfície da membrana de troca de íons, o
hidrogênio é ionizado de acordo com a reação:
2H2 → 4H+ + 4e–
Os elétrons fluem através do circuito externo e os íons de hidrogênio fluem através da
membrana para o cátodo, onde ocorre a reação:
4H+ + 4e– + O2 → 2H2O
Há uma diferença de potencial entre o ânodo e o cátodo, resultando daí um fluxo elétrico que,
em termos termodinâmicos, é chamado trabalho. Poderá haver também uma troca de calor entre a
célula de combustível e o meio.
Atualmente, o combustível mais utilizado em células de combustível é o hidrogênio ou uma
mistura gasosa de hidrocarbonetos e hidrogênio e o oxidante normalmente é o oxigênio. Entretanto, as
pesquisas atuais estão dirigidas para o desenvolvimento de células de combustível que usam
hidrocarbonetos e ar. Embora ainda sejam largamente empregadas instalações a vapor convencionais
ou nucleares em centrais geradoras, e motores convencionais de combustão interna e turbinas a gás
como sistemas propulsores de meios de transporte, a célula de combustível poderá se tornar uma séria
competidora. Ela já esta sendo utilizada como fonte de energia em satélites artificiais.
A termodinâmica tem um papel vital na análise, desenvolvimento e projeto de todos os sistemas
geradores de potência, incluindo–se nesta classificação os motores alternativos de combustão interna e
as turbinas a gás. Considerações como: aumento de eficiência, aperfeiçoamento de projetos, condições
ótimas de operação e métodos diversos de geração de potência envolvem, entre outros fatores, a
cuidadosa aplicação dos princípios da termodinâmica.
COMPRESSOR
Promove o bombeamento do fluido refrigerante que, ao
retornar do evaporador no estado gasoso é succionado e
bombeado para o condensador, além de elevar ainda mais
a temperatura do gás.
CONDENSADOR
Tem como principal papel proporcionar a dissipação de
calor absorvido pelo fluido refrigerante ao longo do sistema
de refrigeração. É no condensador que o gás
superaquecido, ao perder calor para o meio ambiente,
passa do estado gasoso para o estado líquido.
FILTRO SECADOR
É um elemento filtrante com material dessecante, com a
finalidade de reter impurezas e/ou umidade que possa
haver no sistema.
2
O funcionamento do refrigerador doméstico pode ser visualizado através de um simulador que pode ser visto no site da Embraco,
em http://www.embraco.com.br/portugue/down_simuladores.htm
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Figura 1.12 – Um refrigerador termoelétrico (Fonte: [ 8.8 ]) Figura 1.13 – Um dispositivo gerador térmico (Fonte: [ 8.8 ])
Figura 1.14 – Diagrama simplificado de uma instalação de oxigênio líquido (Fonte: [ 8.8 ])
A separação se completa na coluna superior, com o oxigênio líquido saindo da parte inferior da
coluna superior e o nitrogénio gasoso do topo da mesma. O nitrogênio gasoso escoa através do sub–
resfriador e do trocador de calor principal. A transferência de calor ao nitrogênio gasoso frio provoca o
resfriamento do ar que entra no trocador de calor a alta pressão.
A análise termodinâmica é essencial, tanto para o projeto global de um sistema, como para o
projeto de cada componente de tal sistema, incluindo–se os compressores, o expansor, os
purificadores, os secadores e a coluna de destilação. Nesse processo de separação, também lidamos
com as propriedades termodinâmicas das misturas e os princípios e processos pelos quais estas
misturas podem ser separadas. Esse é o tipo de problema encontrado na refinação do petróleo e em
muitos outros processos químicos. Deve–se notar que a criogenia é particularmente importante para
muitos aspectos do programa espacial, e para realizar um trabalho criativo e efetivo nesta área é
essencial um conhecimento amplo da termodinâmica.
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Figura 1.15 – Motor a jato “turbofan” (cortesia General Electric Aircraft Engines) (Fonte: [ 8.8 ])
Figura 1.16 – Diagrama esquemático simplificado de um foguete com propelente líquido (Fonte: [ 8.8 ])
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Figura 2.1 – Exemplo de um sistema (Fonte: [ 8.8 ]) Figura 2.2 – Exemplo de um volume de controle (Fonte: [ 8.8 ])
A Figura 2.3 mostra um gás num conjunto cilindro–pistão. Quando as válvulas são fechadas, nós
podemos considerar o gás como sendo um sistema fechado. A fronteira é uma linha imáginária entre o
pistão e as paredes do cilindro, como mostrado para linha tracejada na figura. A porção da fronteira
entre o gás e o pistão move–se com o pistão. Nenhuma massa deveria cruzar esta ou nenhuma outra
parte da fronteira [ 8.5 ].
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Nas seções seguintes deste texto, análises são feitas em dispositivos tais como turbinas e
bombas, através dos quais a massa flui. Estas análises podem ser conduzidas, em princípio pelo estudo
de uma quantidade particular de matéria, ou seja, um sistema fechado, a qual passa através do
dispositivo [ 8.5 ].
Em muitos casos é mais simples pensar em termos de uma dada região do espaço através do
qual a massa flui. Com este raciocício, uma região com uma fronteira descrita é estudada. Esta região é
chamada volume de controle. Massa pode cruzar a fronteira de um volume de controle [ 8.5 ].
Um diagrama de um motor de combustão interna é mostrado na Figura 2.4 (a). A linha tracejada
que circunda o motor define o volume de controle. Observe que ar, combustível e gases de exaustão
cruzam a fronteira. Um esquema como o ilustrado na Figura 2.4 (b) geralmente é suficiente para
análises de engenharia [ 8.5 ].
Assim, um sistema é definido quando se trata de uma quantidade fixa de massa, e um volume
de controle é especificado quando a análise envolve um fluxo de massa. A diferença entre essas duas
maneiras de abordar o problema será tratada detalhadamente no Capítulo 5. Deve–se observar que os
termos sistema fechado e sistema aberto são usados de forma equivalente aos termos sistema
(massa fixa) e volume de controle (envolvendo fluxos de massa). O procedimento que será seguido na
apresentação da primeira e segunda leis da termodinâmica é o de primeiro apresentar as leis aplicadas
a um sistema e depois efetuar as transformações necessárias para aplica–las a um volume de
controle [ 8.8 ].
Podemos, também, considerar o equilíbrio mecânico, que está relacionado com a pressão. Se um
sistema estiver em equilíbrio mecânico, não haverá a tendência da pressão, em qualquer ponto, variar
com o tempo, desde que o sistema permaneça isolado do meio exterior [ 8.8 ].
Haverá uma variação de pressão com a altura, devido à influência do campo gravitacional,
embora, sob condições de equilíbrio, não haja tendência da pressão se alterar em qualquer ponto. Por
outro lado, na maioria dos problemas termodinâmicos, essa variação de pressão com a altura é tão
pequena que pode ser desprezada. O equilíbrio químico também é importante [ 8.8 ].
Quando um sistema está em equilíbrio, em relação a todas as possíveis mudanças de estado,
dizemos que o sistema está em equilíbrio termodinâmico [ 8.8 ].
lim
'
onde é o menor volume no qual o sistema pode ser considerado como um meio contínuo. A Figura
2.5 enfatiza o significado da definição anterior. Quando o volume escolhido se torna pequeno (da ordem
de ' ) o número de moléculas presentes fica reduzido. Assim, o significado da média perde sentido
pois as flutuações moleculares levam a bruscas variações do valor médio. A hipótese básica do meio
contínuo é a de associar o ponto a este volume ' e deste modo ignorando a estrutura da matéria e
suas flutuações.
Assim, em um dado sistema, podemos falar de volume específico ou massa específica em um
ponto do sistema e reconhecemos que estas propriedades podem variar com a elevação. Entretanto a
maioria dos sistemas por nós considerados são relativamente pequenos, e a mudança no volume
específico com a elevação não é significativa. Nesse caso, podemos falar de um valor do volume
específico ou da massa especifica para todo o sistema.
Nesta apostila, o volume específico e a massa específica serão dados em base mássica ou
molar. Um traço sobre o símbolo (letra minúscula) será usado para designar a propriedade na base
molar. Assim designará o volume específico molar e a massa específica molar.
( 2.1 )
m
υ volume específico [ m3 / kg ] ou [ ft3 / lbm ]3
volume
m massa
3
[ lbm ] significa libramassa e a equivalência é 1 [ kg ] = 2,2046 [ lbm ]
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Solução ▼ ⎡ slug ⋅ ft ⎤
Mas 1[ lbf ] ≡ 1 ⎢ 2 ⎥⎦ . Desta forma, convém
Primeiro, vamos determinar o volume do balão. ⎣ s
O volume de uma esfera é dado pela seguinte transformar a massa encontrada para a unidade
equação: [ slug ], já que o proble pede para que
3 encontremos o peso do balão em [ lbf ]. Como
4 d podemos ver na tabela do item 10.1.11,
esfera
3 2
1 [ slug ] = 14,5939 [ kg ] = 32,174 [ lbm ]. Assim:
∀esfera volume da esfera
1[slug ]
m = 34, 675 [ lbm ] ⋅ = 1, 078 [slug ]
onde
d diâmetro da esfera
32,174 [ lbm ]
Então,
O próximo passo é converter a aceleração da
⎛ 10 [ ft ] ⎞
3
4 gravidade, que está em [ m / s2 ] para [ ft / s2 ].
∀balão = ⋅π ⋅ ⎜ ⎟
3 ⎝ 2 ⎠ ⎡m⎤ 1[ ft ] ⎡ ft ⎤
g = 9, 4488 ⎢ 2 ⎥ ⋅ = 31 ⎢ 2 ⎥
∀balão = 523, 6 ⎡⎣ft 3 ⎤⎦ ◄ ⎣ s ⎦ 0,3048 [ m ] ⎣s ⎦
ρ massa específica [ kg / m3 ]
m massa
volume
p pressão
T temperatura
Peso específico γ a 20 [ ºC ]
Fluido
[ N / m3 ]
Ar (a 1 [ atm ]) 11,8
Álcool etílico 7733
Óleo SAE 30 8720
Água 9790
Água do mar 10050
Glicerina 12360
Tetracloreto de carbono 15570
Mercúrio 133100
Patric Schürhaus 27
UNIVERSIDADE DA CIDADE DE UNIÃO DA VITÓRIA PLANO DE ENSINO
R ( 2.6 )
H2O
R ( 2.7 )
AR
R ( 2.8 )
H2O
R ( 2.9 )
AR
2.7.3 Vazão
m V A ( 2.11 )
Q =V ⋅ A ( 2.12 )
ρ massa específica [ kg / m3 ]
m vazão mássica
V velocidade
A área perpendicular ao escoamento de massa
Q vazão volumétrica [ m3 / s ]
Patric Schürhaus 28
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2.8 PRESSÃO
Quando tratamos com líquidos e gases, normalmente falamos de pressão; nos sólidos falamos
de tensão. A pressão num ponto de um fluido em repouso é igual em todas as direções, e definimos
pressão como a componente normal da força por unidade de área. Mais especificamente: seja δA uma
área pequena e δA’ a menor área sobre a qual podemos considerar o fluido como um meio contínuo.
Se δFn é a componente normal da força sobre δA, definimos pressão p como:
n
p lim ( 2.13 )
' '
A pressão p num ponto de um fluido em equilíbrio é a mesma em todas as direções. Num fluido
viscoso em movimento, a mudança no estado de tensão com a orientação passa a ser importante.
Essas considerações fogem ao escopo desta apostila e consideraremos a pressão apenas em termos
de um fluido em equilíbrio.
p
pabs,1
manômetro comum
p pabs,1 patm
patm
manômetro de vácuo
p patm pabs,2
pabs,2
barômetro lê a
pressão atmosférica
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∆p = ρ · L · g ( 2.14 )
p pressão
ρ massa específica do fluido
g aceleração local da gravidade g = 9,80665 [ m / s2 ]
L diferença de nível
porém varia com a localização e a altitude. O uso de um manômetro é ilustrado na Figura 2.7.
Nesta apostila, para distinguir a pressão absoluta da pressão efetiva, o termo pascal referir–se–á
sempre à pressão absoluta. A pressão efetiva será indicada apropriadamente.
patm
Fluido g
p
L
Resumindo
Presão manométrica, efetiva ou pressão de trabalho: é a pressão medida por um
manômetro. Os manômetros medem a pressão atuante num ponto e descontam a pressão
atmosférica no local.
Pressão absoluta: é a pressão que efetivamente está atuando num corpo ou substância
pabs = pbarométrica + pmanométrica → para manômetros comuns
( 2.15 )
pabs = pbarométrica – pmanométrica → para manômetros de vácuo
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II Você vai ao posto de combustíveis e calibra os pneus do seu carro com 26 [ lbf / in² ] (ou o
mesmo que 26 [ psi ]). Quanto é esta pressão em [ Pa ]?
m kg m
lbf 26 0,4536 kg 9,80665 2
26 0,4536 9,80665 2
26 ► s ► s
pol² 2 2 2 2
0,0254 m 0,0254 m
kg m 26 0,4536 9,80665 N
Mas como 1N 1 2
► 2 2
s 0,0254 m
N lb
E como 1 Pa 1 2
► 26 179266,70 Pa
m pol²
m m
1 lb 0,4536 kg ► 1 lbf 0,4536 kg 9,80665 2
► 1 lbf 4,448 kg 2
► 1 lbf 4,448 N
s s
lbf N N
1 PSI 1 2
► 1 PSI 4,448 2
► 1 PSI 6894,87 2
► 1 PSI 6895 Pa
pol 0,0254 m m
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A = 30 [ cm² ]
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2.9 TEMPERATURA
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, é difícil encontrar–se uma
definição exata para ela. Estamos acostumados a noção de “temperatura”, antes de mais nada pela
sensação de calor ou frio quando tocamos um objeto. Além disso, aprendemos pela experiência, que ao
colocarmos um corpo quente em contato com um corpo frio, o corpo quente se resfria e o corpo frio se
aquece. Se esses corpos permanecerem em contato por algum tempo, eles parecerão ter o mesmo
grau de aquecimento ou resfriamento. Entretanto, reconhecemos também que a nossa sensação não é
bastante segura. Algumas vezes, corpos frios podem parecer quentes, e corpos de materiais diferentes,
que estão a mesma temperatura, parecem estar a temperaturas diferentes [ 8.8 ].
Devido a essas dificuldades para definir temperatura, definimos igualdade de temperatura.
Consideremos dois blocos de cobre, um quente e outro frio, cada um em contato com um termômetro
de mercúrio. Se esses dois blocos de cobre são colocados em contato térmico, observamos que a
resistência elétrica do bloco quente decresce com o tempo e que a do bloco frio cresce com o tempo.
Após um certo período, nenhuma mudança na resistência é observada. De forma semelhante, quando
os blocos são colocados em contato térmico, o comprimento de um dos lados do bloco quente decresce
com o tempo, enquanto que o do bloco frio cresce com o tempo, Após certo período, nenhuma
mudança nos comprimentos dos blocos é observada. A coluna de mercúrio do termômetro no corpo
quente cai e no corpo frio se eleva, mas após certo tempo nenhuma mudança na altura é observada.
Podemos dizer, portanto, que dois corpos possuem igualdade de temperatura se não apresentarem
alterações em qualquer propriedade mensurável quando colocados em contato térmico [ 8.8 ].
L Um isolante ideal é chamado de parede adiabática. Quando um sistema envolto por uma parede
adiabática sofre um processo, nenhuma interação térmica com as vizinhanças é possível. Este tipo de
processo é chamado de processo adiabático. Um processo que ocorre à temperatura constante é um
processo isotérmico. Um processo adiabático não é necessariamente um processo isotérmico nem um
processo isotérmico é necessariamente adiabático.
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[ ºC ] [K] [ ºF ] [ ºR ] [ Reamur ]
Celcius Kelvin Fahrenheit Rankine Réamur
5 ⋅ (Tº F − 32 ) TºC ⋅ 9 TºC ⋅ 9 TºC ⋅ 4
TºC = TK = TºC + 273,15 Tº F = + 32 Tº R = + 491, 67 TReamur =
9 5 5 5
( 2.16 ) ( 2.17 ) ( 2.18 ) ( 2.19 ) ( 2.20 )
Em 1967, a CIPM definiu o Kelvin como 1 / 273,16 da temperatura, no ponto triplo da água. A
escala Celsius é então definida por essa equação, ao invés da maneira anterior.
A escala absoluta relacionada à escala Fahrenheit é a escala Rankine e indicada por [ ºR ]. A
relação entre as escalas é dada na Tabela 2.3.
Patric Schürhaus 34
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Celsius, assim, atribui ao ponto de ebulição 0 [ º ] e ao ponto de solidificação 100 [ º ]. Isto logo
seria invertido. É quase sempre afirmado que Carl Von Linnè (Carolus Linnaeus) instigou a inversão
mas, aparentemente, a pessoa responsável foi Daniel Ekström, que produziu a maioria dos
instrumentos científicos, incluindo termômetros, usados tanto por Celsius como por Linnè.
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Patric Schürhaus 36
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2.9.4 Termômetros
É uma questão prática verificar que, quando dois corpos estão em
equilíbrio térmico com um terceiro, eles estão em equilíbrio térmico entre
si. Este enunciado, que algumas vezes é denominado a lei zero da
termodinâmica, é tacitamente admitido em toda medição de temperatura.
Então, se desejamos saber se dois corpos apresentam a mesma
temperatura, não é necessário colocá–los em contato e verificar se suas
propriedades observáveis mudam com o tempo, como descrito
anteriormente. É apenas necessário verificar se eles estão
individualmente em equilíbrio térmico com um terceiro corpo. O terceiro
corpo é usualmente um termômetro.
Qualquer corpo com pelo menos uma propriedade mensurável que
se modifica conforme sua temperatura evolui pode ser usado como um
termômetro. Tal propriedade é chamada uma propriedade termométrica. A
Figura 2.9 – Termômetro de bulbo substância individual que exibe mudanças na sua propriedade
(Fonte: [ 8.5 ]) termométrica é conhecida como uma substância termométrica.
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Os sensores conhecidos como termopares estão baseados no princípio de que quando dois
metais distintos são unidos, uma força eletromotriz fem será estabelecida em um circuito. Em certos
termopares, um dos fios é feito de platina com uma pureza especificada e o outro é uma liga de platina
e ródio. Os termopares também utilizam outros conjuntos de materiais como cobre e constantan (uma
liga de cobre e níquel) e ferro e constantan. Uma outra importante classe de dispositivos de medição de
temperatura são os sensores eletrorresistivos. Estes sensores são baseados no fato de que a
resistência elétrica de uma série de materiais varia de uma maneira previsível com a temperatura. Os
materiais usados para este objetivo são normalmente condutores (como platina, níquel ou cobre) ou
semicondutores. Os dispositivos que usam condutores são conhecidos como bulbos de resistência de
temperatura, e os que utilizam semicondutores são chamados de termistores. Vários instrumentos
medem a temperatura através da radiação. Eles são conhecidos pelos termos pirômetros de radiação
e pirômetros ópticos. Este tipo de termômetro difere daqueles previamente mencionados, já que ele
não entra em contato com o corpo cuja temperatura deve ser determinada, o que é uma vantagem
quando se lida com corpos que se movem ou corpos que possuem uma temperatura extremamente
alta. Todos os sensores de temperatura mencionados podem ser usados juntamente com aquisição
automatizada de dados.
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VII A altura da coluna de mercúrio num barômetro é 725 [ mm ]. A temperatura é tal que a
massa específica do mercúrio vale 13550 [ kg / m3 ]. Calcule a pressão do ambiente.
Solução ▼
L = 725 [ mm ] = 0,725 [ m ]
ρ = 13550 [ kg / m3 ]
∆p = ?
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kg m
p 13550 3
0,725 [ m ] 9,81 2
m s
kg m
s2
p 96370,98
m2
N
p 96370,98 2
m
∆p = 96,37 [ kPa ]
VIII Um manômetro montado num recipiente indica 1,25 [ MPa ] e um barômetro local indica
0,96 [ bar ]. Calcular a pressão interna absoluta no recipiente.
pmanométrica = 1,25 [ MPa ] = 1,25 × 106 [ Pa ] pabs = 0,96 × 105 [ Pa ] + 1,25 × 106 [ Pa ]
pbarométrica = 0,96 [ bar ] = 0,96 × 105 [ Pa ]
pabs = 1,346 × 106 [ Pa ]
pabs = 1346 [ kPa ]
Utilizando a primeira das Equações
( 2.15 ) por se tratar de um manômetro comum:
Solução ▼
parte (a): considerando o manômetro em U.
L = 25 [ cm ] = 0,25 [ m ]
ρ = 1000 [ kg / m3 ]
Figura 2.12 – Exercício IX
∆p = ?
Patric Schürhaus 40
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N
p 2452,5 2
m
∆p = 2,4525 [ kPa ] ◄ (a)
Fy 0
F
pH O
p atm ( 2.28 )
2
AØ
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XI Um manômetro contém um fluido com massa específica de 900 [ kg / m3 ]. (a) Qual será a
diferença de pressão indicada se a diferença entre as alturas das duas colunas for
200 [ mm ]? (b) Qual será a diferença entre as alturas das colunas se a mesma diferença de
pressão for medida por um manômetro que contém mercúrio, cuja massa específica
é 13600 [ kg / m3 ]?
Solução ▼ kg m
s2
p 1765,8
m2
∆p = 1,7658 [ kPa ] ◄ (a)
XII Os cilindros A e B da Figura 2.14 contém um gás e estão conectados por uma tubulação,
conforme Figura 2.14. As áreas das seções transversais são AA = 75 [ cm2 ] e AB = 25 [ cm2 ].
A massa do pistão A é mA = 25 [ kg ], a pressão ambiente é patm = 100 [ kPa ] e o valor da
aceleração da gravidade é o normal. Calcule, nestas condições, a massa do pistão B de
modo que nenhum dos pistões fique apoiado nas superfícies inferiores dos cilindros.
p0 Solução ▼
D.C.L. dos pistões
p0
Patm
A g B
m·g Pgás
A
Figura 2.14 – Exercício XII Figura 2.15 – Solução do exercício XII
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mA g mB g mB = 8,33 [ kg ] ◄
p atm p atm
AA AB
XIII Dois cilindros A e B estão ligados por um pistão que apresenta 2 diâmetros diferentes,
conforme Figura 2.16. O cilindro B contém um gás, enquanto que o cilindro A contém óleo
que foi bombeado por uma bomba hidráulica até uma pressão de 500 [ kPa ]. A massa do
pistão é 15 [ kg ]. Calcular a pressão do gás no cilindro B.
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XIV Dois cilindros com água (ρ = 1000 [ kg / m3 ]) estão conectados por uma tubulação que
contém uma válvula. As áreas das seções transversais são AA = 0,1 [ m2 ] e AB = 0,25 [ m2 ].
A massa d’água no cilindro A é mA = 100 [ kg ] enquanto a de B é mB = 500 [ kg ]. Admitindo
que H = 1 [ m ] calcule a pressão de fluido em cada seção da válvula. Se abrirmos a válvula
e esperarmos a situação de equilíbrio, qual será a pressão na válvula?
P0 P0
g B g
B P0 hB P0
heB
heA
H A H A
hA
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Solução ▼
Primeiro vamos calcular a pressão de fluido em cada seção da válvula:
FA mA g FB mB g
pA pB
AA AA AB AB
100 9,81 500 9,81
pA pB
0,1 0,25
pA = 9810 [ Pa ] manométrica pB = 19620 [ Pa ] manométrica
Agora vamos calcular a altura do líquido em cada cilindro. Para isto, vamos utilizar a fórmula do volume
de um cilindro, onde é o volume, A é a área da seção transversal do cilindro e h é a altura da coluna
de fluido.
A
A A hA B
AB hB
mA mB
AA hA AB hB
100 500
0,1 h A 0,25 h B
1000 1000
hA = 1 [ m ] hB = 2 [ m ]
Calcular a altura de equilíbrio. Quando o equilíbrio for atingido, o volume de água que sair de B entrará
em A, ou seja, a massa se conserva.
B A
f i B f i A
A B he B A B h B A A 1 he A AA hA
Patric Schürhaus 45
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XV A Figura 2.18 mostra um tanque no interior de um outro, cada um contendo ar. O medidor de
pressão A está localizado no interior do tanque B e registra 1,4 [ bar ]. O manômetro do tipo
tubo em U conectado ao tanque B contém mercúrio. Usando os dados no diagrama,
determine a pressão absoluta no interior do tanque A e do tanque B, ambas em [ bar ]. A
pressão atmosférica nas vizinhanças do tanque B é de 101 [ kPa ]. A aceleração da
gravidade é g = 9,81 [ m / s2 ].
Solução ▼
Primeiro determinemos a pressão manométrica no interior do tanque B, utilizando a Equação ( 2.14 ), e
utilizando a massa específica do mercúrio, obtida da Tabela 10.1, como ρ = 13600 [ kg / m3 ].
Δp = ρ ⋅ L ⋅ g ( 2.14 )
⎡ kg ⎤ 1[m] ⎡m⎤
pB = 13600 ⎢ 3 ⎥⎦ ⋅ 20 [ cm ] ⋅ 100 cm ⋅ 9,81 ⎢ s 2 ⎥
⎣m [ ] ⎣ ⎦
⎡ kg ⎤ ⎡ kN ⎤
pB = 26683, 20 ⎢ 2⎥
= 26, 6832 ⎢ 2 ⎥ = 26, 6832 [ kPa ] manométrica
⎣ m ⋅s ⎦ ⎣m ⎦
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Agora, para determinarmos a pressão absoluta em B devemos somar a pressão atmosférica nas
vizinhanças do tanque que, neste caso, vale patm = 101 [ kPa ]
Para encontrarmos a pressão absoluta no tanque A, devemos somar a pressão absuluta externa a A
que, neste caso vale a pressão absoluta em B.
XVI On a day in January, a household digital thermometer gives the same outdoor temperature
reading in [ ºC ] as in [ ºF ]. What is that reading? Express the reading in [ K ] and [ ºR ].
Solução ▼ 5
T = −32 ⋅
Podemos utilizar a Equação ( 2.18 ) 4
TºC ⋅ 9 T = –40 [ ºC ] = –40 [ ºF ] ◄
Tº F = + 32 ( 2.18 )
5
Agora, para converter esta temperatura em [ K ],
podemos utilizar a Equação ( 2.17 )
Como a temperatura em [ ºC ] tem a mesma
indicação em [ ºF ], podemos denomina–la TK = TºC + 273,15 ( 2.17 )
simplesmente de T na Equação ( 2.18 ). Assim,
TK = −40 + 273,15
T ⋅9
T= + 32 ◄
5 TK = 233,14 [ K ]
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XVII As shown in Figura 2.19, a small–diameter water pipe passes through the 6 [ in ] thick
exterior wall of a dwelling. Assuming that temperature varies linearly with position x through
the wall from 68 [ ºF ] to 20 [ ºF ], would the water in the pipe freeze?
para x = 6 → T = 20 [ ºF ]
68 + 20
para x = 3 → T = = 44 [ º F]
2
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2.9.4.4 Exercícios
XVIII Dois quilomoles de oxigênio diatômico, na fase vapor, estão contidos num recipiente que
apresenta massa igual a 10 [ kg ]. Se uma força de 2 [ kN ] atua sobre o sistema, que não
apresenta vínculos, calcule qual será a aceleração.
XXI A Figura 2.20 mostra um conjunto cilindro–pistão. O diâmetro do pistão é 100 [ mm ] e sua
massa é 5 [ kg ]. A mola é linear e não atua sobre o pistão enquanto este estiver encostado
na superfície inferior do cilindro. No estado mostrado na Figura 2.20, o volume da câmara é
0,4 [ L ] e a pressão é 400 [ kPa ]. Quando a válvula de alimentação de ar é aberta, o pistão
se desloca de 2 [ cm ]. Admitindo que a pressão atmosférica é igual a 100 [ kPa ], calcule a
pressão no ar nesta nova situação.
Patric Schürhaus 49
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XXIV Quando um objeto de 1,5 [ kg ] de massa é suspenso por uma mola. Observa–se que esta se
distente em 3 [ cm ]. A deflexão da mola possui uma relação linear com o peso da massa
suspensa. Quanto vale a constante de proporcionalidade da mola, em [ N / cm ], em um local
onde g = 9,81 [ m / s2 ]?
XXV Uma mola se comprime de 0,04 [ in ] ao longo de seu comprimento, para cada 1 [ lbf ] de
força aplicada. Determine a deflexão, em polegadas, da mola quando causada pelo peso de
um objeto cuja massa é de 50 [ lbm ]. A aceleração local da gravidade é de g = 31,4 [ ft / s2 ].
XXVI Um objeto cuja massa é de 3 [ kg ] é submetido a uma força que o impulsiona para cima. A
única outra força agindo no objeto é a força da gravidade. A aceleração líquida do objeto é
para cima com uma magnitude de 7 [ m / s2 ]. A aceleração da gravidade é de 9,81 [ m / s2 ].
Determine a magnitude da força que impulsiona o corpo para cima, em [ N ].
XXVII Um objeto cuja massa é de 7 [ lbm ] é submetido a uma força de 20 [ lbf ] que o impulsiona
para cima. A única outra força agindo no objeto é a força da gravidade. Determine a
aceleração líquida do objeto, em [ ft / s2 ], admitindo que a aceleração da gravidade é
constante, g = 32,2 [ ft / s2 ]. A aceleração líquida encontra–se na direção para cima ou para
baixo?
XXIX Um manômetro de vácuo instalado no duto de entrada de um ventilador fornece uma leitura
de 6 [ in ] de água. A pressão atmosférica nas vizinhanças é de 14,5 [ lbf / in2 ]. Determine a
pressão absoluta no interior do duto, em [ lbf / in2 ]. A massa específica da água é de
62,39 [ lbm / ft3 ], e a aceleração da gravidade é de 32,0 [ ft / s2 ].
XXX A pressão absoluta no interior de um tanque é de 0,2 [ bar ], e a pressão atmosférica nas
vizinhanças é de 101 [ kPa ]. Qual seria a leitura fornecida por um manômetro de Bourdon
conectado à parede do tanque, em [ kPa ]? Esta leitura é manométrica ou de vácuo?
Patric Schürhaus 50
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XXXI Água escoa através de um medidor Venturi, conforme ilustrado na Figura 2.21. A pressão da
água no tubo suporta colunas de água que diferem em 11 [ in ] em altura. Determine a
diferença de pressão entre os pontos a e b, em [ lbf / in2 ]. A pressão aumenta ou diminui na
direção do escoamento? A pressão atmosférica é de 14,6 [ lbf / in2 ], o volume específico da
água é de 0,01604 [ ft3 / lbm ] e a aceleração da gravidade é g = 32,0 [ ft / s2 ].
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Figura 3.1 – Mudança da fase líquida para vapor de uma substância pura, à pressão constante
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pressão
r
po
va
o de
ssã
e pre
curva d
temperatura
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Figura 3.3 – Diagrama temperatura–volume para a água, mostrando as fases líquida e vapor
Se a pressão do mesmo processo for alterada para 22,09 [ MPa ], representado pela linha MNO,
verificamos, entretanto, que não há um processo de vaporização à temperatura constante. N é um
ponto de inflexão com inclinação nula e é chamado de ponto crítico. Neste ponto os estados de líquido
saturado e vapor saturado são idênticos. A temperatura, pressão e volume especifico do ponto crítico
são chamados temperatura crítica, pressão crítica e volume crítico. Os dados do ponto crítico para
algumas substâncias estão na Tabela 3.1.
Um processo a pressão constante, numa pressão maior do que a crítica, é representado pela
linha PQ. Se a água a 40 [ MPa ] e 20 [ °C ] for aquecida num processo a pressão constante, dentro de
um cilindro, como o da Figura 3.1, nunca haverá duas fases presentes e o estado mostrado na Figura
3.1 (b) nunca existirá. Haverá uma variação contínua da massa específica e haverá sempre uma só
fase presente. A questão que surge é: quando teremos líquido e quando teremos vapor? A resposta é
que essa não é uma questão válida para pressões super–críticas. Usaremos, nesse caso simplesmente
a designação de fluido. Entretanto, convencionalmente, para temperaturas inferiores à crítica
usualmente referimo–nos ao fluido como líquido comprimido e para temperaturas acima da crítica
como vapor superaquecido. Deve ser enfatizado, no entanto, que, para pressões acima da crítica,
nunca teremos fase líquida e vapor de uma substância coexistindo em equilíbrio. Na Figura 3.3 a linha
NJFB representa a linha do líquido saturado e a linha NKGC a do vapor saturado.
Consideremos uma outra experiência com o conjunto êmbolo–cilindro. Suponhamos que o
cilindro contenha 1 [ kg ] de gelo à –20 [ °C ] e 100 [ kPa ]. Quando é transferido calor ao gelo, a pressão
permanece constante, o volume específico aumenta ligeiramente e a temperatura cresce até
Patric Schürhaus 54
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atingir 0 [ °C ], ponto no qual o gelo se funde enquanto a temperatura permanece constante. Nesse
estado o gelo é chamado sólido saturado. Para a maioria das substâncias o volume específico cresce
durante o processo de fusão, mas para a água o volume específico do líquido é menor que o volume
específico do sólido. Quando todo o gelo tiver fundido qualquer transferência de calor adicional causa
um aumento na temperatura do líquido.
Se a pressão inicial do gelo a –20 [ °C ] for 0,260 [ kPa ], uma transferência de calor ao gelo
resulta primeiramente num aumento da temperatura até –10 [ °C ]. Neste ponto, entretanto, o gelo
passa diretamente da fase sólida para a de vapor, num processo conhecido como sublimação.
Qualquer transferência de calor adicional implica no superaquecimento do vapor.
Finalmente consideremos uma pressão inicial do gelo de 0,6113 [ kPa ] e uma
temperatura de –20 [ °C ]. Como resultado da transferência de calor a temperatura cresce até 0,01 [ °C
]. Ao atingir esse ponto, entretanto, qualquer transferência adicional de calor poderá resultar numa parte
do gelo passando a líquido e outra passando a vapor, pois neste ponto é possível termos as três fases
em equilíbrio. É o chamado ponto triplo, definido como o estado no qual as três fases podem coexistir
em equilíbrio. A pressão e temperatura do ponto triplo, para algumas substâncias, são dadas na Tabela
3.2.
Tabela 3.2 – Dados de alguns pontos triplos, sólido–líquido–vapor
Temperatura Pressão
[ ºC ] [ kPa ]
Hidrogênio (normal) –259 7,194
Oxigênio –219 0,15
Nitrogênio –210 12,53
Mercúrio –39 0,00000013
Água –0,01 0,6113
Zinco 419 5,066
Prata 961 0,01
Cobre 1083 0,000079
Essa matéria é melhor resumida pelo diagrama da Figura 3.4, que mostra como as fases sólida,
líquida e vapor podem coexistir em equilíbrio. Ao longo da linha de sublimação, as fases sólida e vapor
estão em equilíbrio, ao longo da linha de fusão as fases sólida e líquida estão em equilíbrio e ao longo
da linha de vaporização estão em equilíbrio as fases líquida e vapor. O único ponto no qual todas as
três fases podem existir em equilíbrio é o ponto triplo. A linha de vaporização termina no ponto crítico
porque não existe uma distinção clara entre a fase líquida e a de vapor acima deste ponto.
Consideremos um sólido no estado A mostrado na Figura 3.4. Quando a temperatura aumenta,
mantendo–se a pressão constante (sendo esta inferior à pressão do ponto triplo), a substância passa
diretamente da fase sólida para a de vapor. Ao longo da linha de pressão constante EF a substância
primeiramente passa da fase sólida para a líquida a uma temperatura e depois da fase líquida para a de
vapor, a uma temperatura mais alta. A linha de pressão constante CD passa pelo ponto triplo e é
somente neste ponto que as três fases podem coexistir em equilíbrio. A uma pressão superior a crítica,
como GH, não há distinção clara entre as fases líquida e vapor.
Embora tenhamos feito esses comentários com referência específica à água (somente pela
nossa familiaridade com ela), todas as substâncias puras exibem o mesmo comportamento geral.
Entretanto, a temperatura do ponto triplo e a temperatura crítica variam bastante de uma substância
para outra. Por exemplo, a temperatura crítica do hélio é 5,3 [ K ]. Portanto, a temperatura absoluta do
hélio nas condições ambientes é mais de 50 vezes maior do que a temperatura crítica.
Patric Schürhaus 55
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Figura 3.4 – Diagrama pressão–temperatura para uma substância de comportamento semelhante ao da água
Por outro lado, a água tem uma temperatura crítica de 374,14 [ °C ] (647,29 [ K ]) e nas
condições ambientes a temperatura da água é menor do que a metade da temperatura crítica. A maioria
dos metais tem uma temperatura crítica muito mais alta do que a água. Ao se considerar o
comportamento de uma substância num dado estado, é sempre interessante comparar este dado
estado com o crítico ou com o ponto triplo. Por exemplo, se a pressão for maior que a crítica, será
impossível ter as fases líquida e vapor em equilíbrio. Ou, para considerar outro exemplo, os estados em
que é possível a fusão a vácuo de um dado metal podem ser determinados pela observação das
propriedades do ponto triplo. O ferro, para uma pressão logo acima de 5 [ Pa ] (pressão de ponto triplo),
fundir–se–á a uma temperatura de aproximadamente 1535 [ °C ] (temperatura do ponto triplo).
Devemos também frisar que uma substância pura pode existir em diferentes fases sólidas. A
mudança de uma fase sólida para outra é chamada transformação alotrópica. A Figura 3.5 mostra um
diagrama pressão–temperatura para o ferro. Nesta estão indicadas três fases sólidas, a fase líquida e a
fase vapor. Já a Figura 3.6 mostra algumas fases sólidas para a água. É evidente que uma substância
pura pode apresentar diversos pontos triplos, mas somente um envolvendo sólido, líquido e vapor em
equilíbrio. Outros pontos triplos para uma substância pura podem envolver duas fases sólidas e uma
líquida, duas fases sólidas e uma de vapor, ou três fases sólidas.
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Figura 3.5 – Diagrama pressão–temperatura estimado para o ferro (de "Phase Diagrams in Metallurgy", F. N. Rhines, 1956,
McGraw Hill Book Co.)
Figura 3.6 – Diagrama de fases da água (adaptado do "Americann Institute of Physics Handbook", 2ª ed., 1963, McGraw Hill)
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Dividindo os dois lados da Equação ( 3.1 ) por M, peso molecular, obtemos a equação de estado
na base mássica.
p RT
M M
p RT ( 3.2 )
R
R constante para um gás particular4 R
M
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Isto é, os gases à baixa massa específica seguem com boa aproximação as conhecidas leis de
Boyle e Charles, os quais basearam suas afirmações em observações experimentais (rigorosamente
falando, nenhuma dessas afirmações deveria ser chamada de lei, já que são apenas aproximadamente
verdadeiras e mesmo assim somente em condições de baixa massa específica).
A equação de estado dada pela Equação ( 3.1 ) ou ( 3.2 ) é chamada equação de estado dos
gases perfeitos. Quando a massa específica apresenta valores muito baixos, todos os gases e vapores
tem comportamento próximo daquele dos gases perfeitos. Nestas condições podemos utilizar a
equação de estado dos gases perfeitos para avaliar o comportamento p–υ–T destes gases e vapores.
Em situações onde a massa específica apresenta valores maiores, o comportamento p–υ–T pode
desviar–se substancialmente do previsto pela equação de estado dos gases perfeitos.
O uso dessa equação é bastante conveniente nos cálculos termodinâmicos, devido a sua
simplicidade. No entanto, duas questões podem ser levantadas. A primeira é: O que é uma baixa massa
específica? Ou, em outras palavras, em qual faixa de massa específica a equação dos gases perfeitos
simula o comportamento do gás real com uma boa precisão? A segunda questão é: em quanto o
comportamento de um gás real, a uma dada pressão e uma dada temperatura, desvia–se daquele do
gás perfeito?
Para responder a ambas as questões introduzimos o conceito de fator de compressibilidade Z,
que é definido pela relação
p
Z
RT
p Z RT ( 3.6 )
Observe que, para um gás perfeito, Z = 1 e que o afastamento de Z em relação à unidade é uma
medida do desvio de comportamento do gás real em relação ao previsto pela equação de estado dos
gases perfeitos.
A Figura 3.7 mostra um diagrama de compressibilidade para o nitrogênio. Analisando o
comportamento das curvas isotérmicas podemos efetuar algumas observações. A primeira é que para
todas as temperaturas Z → 1 quando p → 0, isto é, quando a pressão tende a zero, a relação entre
p–υ–T se aproxima bastante daquela dada pela equação de estado dos gases perfeitos. Observar,
também, que à temperatura de 300 [ K ] e superiores (isto é, temperatura ambiente e superiores) o fator
de compressibilidade é próximo da unidade até pressões da ordem de 10 [ MPa ]. Isso significa que a
equação de estado dos gases perfeitos pode ser usada para o nitrogênio (e, diga–se de passagem,
também para o ar), nessa faixa, com boa precisão.
Agora, suponhamos que reduzimos a temperatura a partir de 300 [ K ] mantendo a pressão
constante e igual a 4 [ MPa ]. A massa específica crescerá e notaremos um acentuado declínio do valor
do fator de compressibilidade ( Z < 1 ). Isto significa que a massa específica real é maior do que aquela
que seria obtida pela aplicação da equação de estado dos gases perfeitos. A explicação física para isso
é: a medida que a temperatura é reduzida a partir de 300 [ K ], com a pressão mantida
constante a 4 [ MPa ], as moléculas são aproximadas. Nesta faixa de distâncias intermoleculares, e
nessa pressão e temperatura, há uma força de atração entre as moléculas. Quanto menor a
temperatura maior será a força de atração intermolecular. Essa força entre as moléculas significa que a
massa especifica é maior que àquela que seria prevista pelo comportamento de gás perfeito (neste
modelo as forças intermoleculares não são consideradas). Deve–se observar, também, no diagrama de
compressibilidade, que a valores de massas específicas muito elevados e para pressões acima
de 30 [ MPa ] o fator de compressibilidade é sempre maior que 1. As distância intermoleculares, nesta
faixa, são muito pequenas e existe uma força de repulsão entre as moléculas. Isto tende a fazer com
que a massa específica seja menor do que seria de se esperar.
A análise do comportamento preciso das forças intermoleculares é bastante complexa. Essas
forças são funções tanto da temperatura como da massa específica. A discussão precedente deve ser
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considerada como uma análise qualitativa e visa auxiliar o entendimento da equação de estado dos
gases perfeitos e como a relação entre p–υ–T dos gases reais se desvia dessa equação.
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Esta equação contém oito constantes empíricas e é precisa para massas específicas da ordem
de duas vezes a massa específica crítica. Os valores das constantes empíricas para esta equação de
estado e para várias substâncias são dados na Tabela 3.3.
Tabela 3.3 – Constantes empíricas para a equação de Benedict–Webb–Rubin
Fontes: M. Benedict, G. Webb e L. Rubin, Chem. Eng. Progress, 47,419 (1951) (nove primeiros itens).
S. M. Wales, Phase Equilibrilium in Chemical Engineering, Butterworth Publishing (1985) (quatro últimos itens).
O assunto sobre equações de estado será ainda discutido no item 7.11 – Relações
termodinâmicas. Uma observação que deve ser feita, neste ponto, é que uma equação de estado que
descreva com precisão a relação entre pressão, temperatura e volume específico é bastante trabalhosa
e a resolução requer bastante tempo. Quando se dispõe de um grande computador digital, muitas vezes
é mais conveniente determinar as propriedades termodinâmicas, num dado estado, a partir de tais
equações. Entretanto, para cálculos manuais, é muito mais conveniente apresentar os valores das
propriedades termodinâmicas em tabelas. Nos Anexos existem tabelas resumidas e gráficos das
propriedades termodinâmicas para a água, amônia. R–12, R–22, do novo fluido refrigerante R–134a,
nitrogênio e metano. As tabelas de propriedades da água são normalmente conhecidas como Tabelas
de Vapor (A primeira Tabela de Vapor é a do livro "Steam Tables" de Keenan, Keyes, Hill e Moore). O
método utilizado para compilar os dados de pressão, volume específico e temperatura nestas tabelas
consiste em determinar uma equação de estado que tenha boa aderência aos dados experimentais e,
em seguida, resolver a equação para os valores relacionados na tabela.
3.4.1 Resumo
Quando podemos considerar um gás como sendo perfeito ou ideal?
Em pressões muito baixas a qualquer temperatura
Quando a temperatura for superior a 2 vezes a temperatura crítica e a pressão for maior que
70 [ kgf / cm2 ].
O ar pode ser considerado como gás perfeito para T > 27 [ ºC ] e pressões até 68 [ kgf / cm2 ]
ou ≈ 6,7 [ MPa ].
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na Figura 3.4 é descrita na Tabela 10.7 e a do líquido comprimido pela Tabela 10.8. Os Anexos não
contêm uma tabela referente à região de sólido comprimido. As regiões do líquido saturado e do vapor
saturado, como podem ser vistas no diagrama T, υ (Figura 3.3 e a linha de vaporização na Figura 3.4),
foram representadas de dois modos: A Tabela 10.5 foi montada de acordo com os valores crescentes
de T e a Tabela 10.6 foi montada de acordo com a ordem crescente de p. Lembre que T e p são
propriedades independentes nas regiões difásicas. De modo análogo, a região de saturação sólido–
vapor é representada, utilizando a ordem crescente de T, pela Tabela 10.9, mas os Anexos não contém
a tabela referente à região de saturação sólido–líquido (ver Figura 3.4).
Na Tabela 10.5, a primeira coluna, após a da temperatura, fornece a pressão de saturação
correspondente em quilopascal ou megapascal. As duas colunas seguintes fornecem o volume
específico em metro cúbico por quilograma. A primeira delas indica o volume especifico do líquido
saturado, υl, a segunda coluna fornece o volume específico do vapor saturado, υv. A diferença entre
estas duas quantidades, υv – υl representa o aumento do volume específico quando o estado passa de
líquido saturado ao de vapor saturado, e é designada por υlv.
O volume especifico de uma substância, que tem um dado título, pode ser determinado
utilizando a definição de título. O título, que já foi definido, é: a relação entre a massa de vapor e a
massa total (líquido mais vapor), quando a substância está no estado de saturação.
Consideremos uma massa m, tendo título x. O volume é a soma do volume do líquido e o volume
do vapor.
líquido vapor
( 3.8 )
Usando a definição
υlv = υv – υl
Como exemplo, calculemos o volume específico da mistura vapor e líquido, de água, a 200 [ °C ]
e apresentando um título igual a 70 [ % ]. Usando a Equação ( 3.9 ),
υ = 0,3 · (0,001157) + 0,7 · (0,12736)
υ = 0,0895 [ m3 / kg ]
Na Tabela 10.6, a primeira coluna, após a da pressão, fornece a temperatura de saturação para
cada pressão. As colunas seguintes fornecem o volume específico de maneira análoga a da Tabela
10.5. Quando necessário, υlv pode ser imediatamente determinado, subtraindo–se υl de υv.
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A Tabela 3 das Tabelas de vapor, resumida na Tabela 10.7 dos Anexos, fornece as
propriedades do vapor superaquecido. Na região do vapor superaquecido a pressão e a temperatura
são propriedades independentes e, portanto, para cada pressão é fornecido um grande número de
temperaturas, e para cada temperatura são tabeladas quatro propriedades termodinâmicas, das quais a
primeira é o volume específico. Assim, o volume específico do vapor à pressão de 0,5 [ MPa ]
e 200 [ °C ] é 0,4249 [ m3 / kg ].
A Tabela 4 das Tabelas de Vapor, resumida na Tabela 10.8 dos Anexos, fornece as
propriedades do líquido comprimido. Para demonstrar a sua utilização, considere–se um cilindro com
êmbolo (como ilustrado na Figura 3.9) que contém 1 [ kg ] de água, no estado de líquido saturado a 100
[ ºC ]. Suas propriedades são ciadas na Tabela 10.5, onde podemos notar que a pressão é de 0,1013 [
MPa ] e o volume específico 0,001044 [ m3 / kg ]. Suponhamos que a pressão seja elevada até 10 [ MPa ]
enquanto a temperatura é mantida constante a 100 [ °C ] por uma necessária transferência de calor Q.
Como a água é muito pouco compressível, haverá uma diminuição muito pequena no volume específico
durante este processo.
A Tabela 10.8 fornece esse volume específico, que é de 0,001039 [ m3 / kg ]. Deve–se notar que
isso significa que praticamente não houve decréscimo e se cometeria um erro pequeno se
admitíssemos que o volume específico de um líquido comprimido é igual ao do líquido saturado a
mesma temperatura. Em muitos casos, esse é o procedimento mais conveniente, particularmente
quando não se dispõe de dados sobre o líquido comprimido. Além disso, como o volume específico
varia rapidamente com a temperatura, deve–se tomar cuidado ao interpolar em faixas amplas de
temperatura na Tabela 10.8 (às vezes, é mais preciso usar–se os dados do líquido saturado da Tabela
10.5 e interpolar as diferenças entre os dados desta e os da Tabela 10.8, que apresenta dados de
líquido comprimido).
A Tabela 6 das Tabelas de Vapor, resumida na Tabela 10.9, fornece as propriedades do sólido
e vapor saturados, em equilíbrio. A primeira coluna dá a temperatura e a segunda, a pressão de
saturação correspondente. Naturalmente, todas essas pressões são menores que a pressão do ponto
triplo. As duas colunas seguintes dão os volumes específicos, respectivamente, do sólido saturado e do
–3
vapor saturado (notar que o valor tabelado é υi × 10 ).
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Figura 3.10 – Superfície pressão–volume–temperatura para uma substância que se expande na solidificação
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Figura 3.11 – Superfície pressão–volume–temperatura para uma substância que se contrai na solidificação
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Solução ▼
Usando–se a Equação ( 3.4 ) e o valor de R da Tabela 10.20.
p m RT ( 3.4 )
N
100 103 2
240 m 3
m
m
N m
0,287 103 298,2 K
kg K
m = 280,5 [ kg ]
XXXIII Um tanque tem um volume de 0,5 [ m3 ] e contém 10 [ kg ] de um gás perfeito com peso
molecular igual a 24. A temperatura é de 25 [ °C ]. Qual é a pressão?
Solução ▼
Determina–se primeiro a constante do gás:
kN m
8,3145
R kmol K kN m
R R R 0,34644
M kg kg K
24
kmol
kN m
10 kg 0,34644 298,2 K
kg K
p 3
0,5 m
p = 2,066 [ kPa ]
XXXIV O vapor d’água a 100 [ kPa ] e T = 99,63 [ ºC ] pode ser considerado um gás perfeito ou
ideal?
Solução ▼
Da Tabela 10.6 temos que υ = υv = 1,6940 [ m3 / kg ].
E da Tabela 10.20 temos que R = 0,46152 [ kJ / kg · K ].
Utilizando a Equação ( 3.6 )
p Z RT ( 3.6 )
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Dividindo os dois lados da Equação ( 3.6 ) por M, peso molecular, obtemos a equação de estado
na base mássica.
p Z RT
M M
p Z RT ( 3.11 )
Z = 0,9846 [ ( N · m ) / J ]
e como 1 [ J ] = 1 [ N · m ]
Z = 0,9846
Nestas condições, o vapor d’água é um gás real, pois desvia–se do comportamento do gás
perfeito, no qual Z = 1.
XXXV O vapor d’água a 0,1 [ MPa ] e T = 200,0 [ ºC ] pode ser considerado um gás perfeito ou
ideal?
Solução ▼
Precisamos saber se este vapor está saturado ou superaquecido. Então vamos à Tabela 10.6 e
verificamos que para a pressão de 0,1 [ MPa ] a temperatura de saturação é 99,62 [ ºC ]. Se este vapor
está a T = 200,0 [ ºC ] significa que está superaquecido. Então vamos à Tabela 10.7 – Vapor d'água
superaquecido e encontramos υ = υv = 2,1723 [ m3 / kg ].
E da Tabela 10.20 temos que R = 0,46152 [ kJ / kg · K ].
Utilizando a Equação ( 3.11 )
p Z RT
Z = 0,9948
L Portanto, para vapor d’água, o comportamento não é aquele de um gás perfeito. É preferível, assim, usar
as Tabelas de propriedades termodinâmicas do que a equação dos gases perfeitos para o vapor d’água.
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XXXVI Uma quantidade de ar está contida num cilindro vertical equipado com um êmbolo sem atrito
e um conjunto de limitadores, como mostrado na. A área seccional do êmbolo é de 0,2 [ m2 ]
e o ar está inicialmente a 200 [ kPa ] e 500 [ ºC ]. O ar é então resfriado como resultado da
troca de calor para o meio. (a) Qual a temperatura do ar quando interno quanto o êmbolo
atinge os limitadores? (b) Se o resfriamento prosseguir até o ar atingir 20 [ ºC ], qual será a
pressão interior do cilindro neste estado?
T2 = 386,575 [ K ] – 273,15
Figura 3.12 – Exercício XXXVI
T2 = 113,425 [ ºC ] (a)◄
Solução ▼
Cálculo do volume inicial e volume final
b) Para encontrarmos a pressão no
I
ACILINDRO 2 [ m ] F
ACILINDRO 1 [ m ] estado final, podemos fixar a temperatura
0,2 [ m² ] 2 [ m ] 0,2 [ m² ] 1 [ m ] p1 1
p2 2
I F ( 3.5 )
T1 T2
I
0,4 [ m³ ] F
0,2 [ m³ ]
200 10 0,4
3
P 2 0,2
386,575 20 273,15
(a) Pressão e temperatura não são
propriedades independentes. Então podemos p2 = 151,695 [ kPa ] (b)◄
fixar a pressão para dois instantes 1 e 2 e obter
a variação de temperatura
XXXVII O conjunto cilindro–pistão da figura contém ar a 250 [ kPa ] e 300 [ ºC ]. O diâmetro do pistão
é 100 [ mm ], apresenta massa igual a 50 [ kg ] e inicialmente pressiona os esbarros. A
pressão e a temperatura atmosféricas são, respectivamente, iguais a 100 [ kPa ] e 20 [ ºC ].
Se o ar transferir calor para o ambiente, determine (a) qual a temperatura em que o pistão
começa a se mover e (b) qual o deslocamento do pistão quando o ar contido no conjunto
apresentar temperatura igual a do ambiente.
Solução ▼
Ar
pAr 1 = 250 [ kPa ]
TAr 1 = 300 [ ºC ]
TAr 2 = ?
d = 100 [ mm ]
m = 50 [ kg ]
patm = 100 [ kPa ]
Tatm = 20 [ ºC ]
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Então
Então, o deslocamento será
TAr 2 = 372,389 [ K ] ou
δ = 25 – 19,68 = 5,32 [ cm ] (b) ◄
TAr 2 = 99,239 [ ºC ] (a) ◄
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Solução ▼
Gás: CO2
200 [ L ] 200 [ dm³ ] 0,2 [ m³ ]
T = 35 [ ºC ] + 273,15 = 308,15 [ K ]
p = 2 [ MPa ]
Da Tabela 10.20 temos que RCO2 = 0,18892 [ kJ / kg · K ]
XXXIX Um vaso com 0,4 [ m3 ] de volume contém 2,0 [ kg ] de uma mistura de água líquida e vapor
em equilíbrio a uma pressão de 600 [ kPa ]. Calcular:
Solução ▼
Determinamos inicialmente o volume específico: Lembrando que quando uma substância existe
parte líquida e parte vapor, na temperatura de
0,4 saturação, seu título é definido como a relação
2,0 entre a massa de vapor e a massa total.
υ = 0,20 [ m3 / kg ] Portanto a massa de líquido é
ml = 2,0 · ( 1 – 0,6322 ) .
Das tabelas de vapor de água (Tabela 10.6 dos ml = 2,0 · ( 0,3678 ) = 0,7356 [ kg ]
Anexos).
A massa de vapor é
υlv = υv – υl
υlv = 0,3157 – 0,001101 = 0,3146 [ m3 / kg ] mv = 2,0 · ( 0,6322 ) = 1,2644 [ kg ] .
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Solução ▼ m
( 2.2 )
Dados do enunciado:
Φ = 0,05 [ m3 / s ] 1
H2O 0,0012046
T = 240 [ ºC ] ρ = 830,151 [ kg / m3 ]
p = 20 × 106 [ Pa ]
Para calcular a vazão mássica utilizamos a
equação ( 2.11 )
Inicialmente vamos determinar as propriedades
termodinâmicas do fluido em questão. Não m V A ( 2.11 )
sabemos se a água está comprimida ou
saturada nestas condições. Então, na tabela
Tabela 10.5 vemos que para a temperatura T = Mas temos, da equação ( 2.12 ) que
240 [ ºC ] a pressão de saturação é p = 3,3442
AV ( 2.12 )
× 106 [ Pa ]. Mas como o líquido está à pressão
6
de p = 20 × 10 [ Pa ] significa que a água está
comprimida, nestas condições. Então
Então, substituindo ( 2.12 ) em ( 2.11 )
consultamos a Tabela 10.8 para obter as
propriedades da água comprimida. m
6
Para p = 20 × 10 [ Pa ] e T = 240 [ ºC ] m 830,151 0,05
► υ = 0,0012046 [ m3 / kg ]
m 41,507 [ kg / s ] (a)◄
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1
m 0,05
0,001229
XLII O ar confinado num pneu está inicialmente a –10 [ °C ] e 190 [ kPa ]. Após percorrer um
percurso, a temperatura do ar foi novamente medida e revelou um valor de 10 [ °C ]. Calcule
a pressão do ar nesta condição. Detalhe claramente as hipóteses necessárias para a
solução do problema.
Solução ▼ p1 1
p2 2
( 3.5 )
–10 [ °C ] = 263,15 [ K ] T1 T2
10 [ °C ] = 283,15 [ K ]
Mas como o volume do pneu não muda,
Vimos no item 3.4 que à temperatura de então 1 2 e, portanto, o volume poderá ser
300 [ K ] e superiores (isto é, temperatura removido da equação ( 3.5 ), que ficará:
ambiente e superiores) o fator de
compressibilidade é próximo da unidade até p1 p2
pressões da ordem de 10 [ MPa ]. Isso significa T1 T2
que a equação de estado dos gases perfeitos
pode ser usada para o nitrogênio (e, diga–se de 190 p2
passagem, também para o ar), nessa faixa, com 10 273,15 10 273,15
boa precisão.
p2 = 204,44 [ kPa ]
A equação de estado dos gases
perfeitos pode ser apresentada na forma da
equação ( 3.5 ):
a) R–134a: 50 [ °C ] e título de 80 [ % ]
Se tem título, só pode estar saturado. Então, A Equação ( 3.10 ) estabelece uma relação
consultamos a Tabela 10.14 para encontar o entre o volume específico e o título.
volume específico de R134a para T = 50 [ ºC ]. υ = υl + x · υlv ( 3.10 )
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c) Nitrogênio: 90 [ K ] e título 50 [ % ]
b) Água: 8 [ MPa ] e título 92 [ % ] Da Tabela 10.16 – Nitrogênio saturado
Se tem título, está saturado, e da Tabela 10.6 υl = 0,001343 [ m3 / kg ]
υl = 0,001384 [ m3 / kg ] υv = 0,064803 [ m3 / kg ]
υv = 0,02352 [ m3 / kg ]
Então
Então
υ = υl + x · ( υv – υl )
υ = 0,001384 + 0,92 · ( 0,02352 – 0,001384 )
υ = 0,02175 [ m3 / kg ] (b)◄
XLIV Um tanque de armazenamento de 200 [ m3 ] está sendo construído para receber gás natural
liquefeito, GNL, que pode ser admitido como sendo constituído essencialmente de metano
puro. Se o tanque deve conter 95 [ % ] de líquido e 5 [ % ] de vapor, em volume, a 100 [ kPa ].
(a) Qual será a massa, em [ kg ] de GNL contida no tanque? (b) Qual será o título neste
estado?
Solução ▼
Volume de líquido e volume de vapor: Do Anexo 11 item 10.7
VALORES INCÓGNITA
LÍQUIDO
0,95 200 [ m³ ] VAPOR
0,05 200 [ m³ ]
A → ψ ? B C
LÍQUIDO
190 [ m³ ] VAPOR
10 [ m³ ] B → ? A C
C → δ
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(b) Título
υ = υl + x · υlv ( 3.10 )
Da Equação ( 2.1 ) υlv = υv – υl
VAPOR υlv = 0,57264 – 0,0023607
v
( 2.1 )
m m VAPOR υlv = 0,57028
10 200
0,57264 0,0023607 x 0,57028
m VAPOR 80502,065
mVAPOR = 17,463 [ kg ] x = 0,0217 [ % ]
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XLV Um tanque rígido de 0,1 [ m3 ] contém volumes iguais de líquido e vapor de freon–12
a 35 [ ºC ]. O tanque é alimentado adicionalmente com freon–12 até que a massa final atinja
80 [ kg ]. Se a temperatura permanece constante a 35 [ ºC ], (a) qual é o volume final de
líquido? (b) Qual a quantidade de massa que entra no tanque durante esse processo?
Solução ▼
Propriedades termodinâmica do freon–12 na Tabela 10.12 – R–12 Saturado
v l
( 2.1 )
v
mv l
ml m
0,1 0,1
0,1
2 2 υ = 0,0125 [ m3 / kg ]
0,020641 0,000786 80
mv ml
mv = 2,42236 [ kg ] ml = 63,61323 [ kg ]
mtotal = 2,42236 + 63,61323 υ = υl + x · υlv ( 3.10 )
mtotal = 66,0356 [ kg ] 0,0125 = 0,000786 + x · 0,019855
x = 2,337 [ % ]
(a) Volume final de líquido (b) Quantidade de massa que entra no tanque
ml = 80 – (80 · 0,2337) mentra = 80 – 66,0356
ml = 78,1305 [ kg ] mentra = 13,9644 [ kg ] (b)◄
l
l
ml
l
0,000786
78,1305
l
0,06141 [ m³ ] (a)◄
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Solução ▼
Metano: CH4 Do Anexo 11 item 10.7
3 VALORES INCÓGNITA ? B C
2 m
A → ψ A C
T = –30 [ ºC ]
B → ? B C
p = 3 [ MPa ] ?
C → δ A C
T υ m = 47,6051 [ kg ]
225 → 0,0333
243,15 → υ243,15 O erro percentual será
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XLVII Um vaso rígido contém vapor saturado de amônia a 20 [ °C ]. Transfere–se calor para o
sistema até que a temperatura atinja 40 [ °C ]. Qual é a pressão final?
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XLVIII Um vaso de pressão rígido e selado é destinado ao aquecimento de água. O volume do vaso
é de 1,0 [ m3 ] e contém inicialmente 1,5 [ kg ] de água a 100 [ ºC ]. Qual deve ser a
regulagem da válvula de segurança (pressão de abertura) de modo que a temperatura
máxima da água no tanque não ultrapasse 200 [ ºC ]? Justifique.
T2 = 200 [ ºC ]
p = 300 [ kPa ] p = 400 [ kPa ]
T υ υ
200 0,71629 0,53422
( 2.1 )
m
1 υv p
1,5
0,71629 → 300
3
υ = 0,6667 [ m / kg ] 0,667 → p200ºC
0,53422 → 400
Este volume específico vale para o
estado inicial e para o estado final, também, já
que nem a massa nem o volume do tanque Interpolando:
variam. p 200 ºC 400 0,667 0,53422
Então, vemos na Tabela 10.5 – Água 300 400 0,71629 0,53422
saturada: tabela em função da temperatura,
que o volume específico da água, quando p200ºC = 327,072 [ kPa ]
T2 = 200 [ ºC ] é υv = 0,12736 [ m3 / kg ]. Como
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XLIX Determinar o título (se saturado) ou a temperatura (se superaquecido) da água nos seguintes
estados.
a) T = 150 [ ºC ] e υ = 0,18 [ m3 / kg ]
Da Tabela 10.5 – Água saturada: tabela em b) p = 5 [ MPa ] e υ = 0,043 [ m3 / kg ]
função da temperatura Da Tabela 10.6
υl = 0,001090 < υ = 0,18 < υv = 0,39278 [ m3 / kg ] υ = 0,043 > υv = 0,03944 [ m3 / kg ]
Portanto temos uma mistura de líquido + vapor. Portanto temos vapor superaquecido.
Então, da Tabela 10.7
Utilizando a Equação ( 3.10 )
υ = υl + x · υlv ( 3.10 ) p = 5,00 [ MPa ] υ T
υ = υl + x · ( υv – υl ) T υ 0,04141 → 275
275 0,04141 0,043 → Tυ=0,043
0,18 = 0,001090 + x · (0,39278 – 0,001090)
300 0,04532 0,04532 → 300
x = 45,676 [ % ] (a)◄
Interpolando
T 0,043
300 0,043 0,04532
275 300 0,04141 0,04532
Tυ=0,043 = 285,166 [ ºC ] (b)◄
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L O conjunto cilindro–pistão mostrado na Figura 3.13 contém 1 litro de água a 105 [ °C ] com
título igual a 0,85. Quando o conjunto é aquecido, o pistão se movimenta e quando encontra
a mola linear o volume é 1,5 litros. O aquecimento continua até que a temperatura
atinja 600 [ °C ]. Sabendo que o diâmetro do pistão é 150 [ mm ] e que a constante de mola
é 100 [ N / mm ], calcule a pressão na água no final do processo.
Solução ▼
Geral Estado c Estado d Estado e
Vamos encontrar o volume específico da mistura para o estado c, já que temos título, através da
Equação ( 3.10 )
υ = υl + x · υlv ( 3.10 )
( 2.1 )
m
0,001
m 0,00083 kg
1,20665
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No estado d não sabemos em que estado a água se encontra, portanto vamos descobrir em função do
volume específico, calculado a partir do volume 2 . Devemos observar que do estado c até o estado
d, de acordo com o enunciado, a água é aquecida, portanto T2 > T1. Mas como o volume varia,
devemos ter pressão constante, portanto, p2 = p1 = 0,12082 [ MPa ]. De acordo com a Equação ( 2.1 ),
3
para 2
1,5 L 0,0015 m , teremos:
( 2.1 )
m
3
0,0015 m
2
1,80723
0,00083 kg
Da Tabela 10.6
p υl υv por interpolação
[ MPa ] [ m3 / kg ] [ m3 / kg ]
0,100 0,001043 1,6940
0,12082 υl2 υv2 → υv2 = 1,42825 [ m3 / kg ]
0,125 0,001048 1,3749
Como υ2 > υv2, significa que temos vapor d’água superaquecido no estado d. Portanto, devemos
recorrer à Tabela 10.7 para encontrar temperatura da água no estado d.
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Solução ▼
Se tem título, significa que está na condição saturado. Se o título é igual a 1 significa que 100 [ % ] da
massa está no estado vapor, portanto, o volume específico do conjunto será, de acordo com a Tabela
10.12, υv@50 [ ºC ] = 0,014170 [ m3 / kg ]. Da mesma forma, a pressão será a de saturação, ou seja,
psat @50[ºC] = 1, 21932 [ MPa ]
⎡N⎤ ⎡ m3 ⎤ ⎡N⎤
1, 21932 × 106 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 0, 014170 ⎢ ⎥ = 100 × 103 ⎢ 2 ⎥ ⋅υ2
⎣m ⎦ ⎣ kg ⎦ ⎣m ⎦
⎡ m3 ⎤
υ2 = 0,172777644 ⎢ ⎥
⎣ kg ⎦
Agora, para encontrarmos a pressão, precisamos verificar se neste estado o refrigerante encontra–se
na condição saturado ou superaquecido. Para tanto, encontremos o volume específico de vapor
saturado para p2 = 100 [ kPa ], que é, υv@100 [ kPa ] = 0,159375 [ m3 / kg ].
Como υ2 > υv@100 [ kPa ] significa que o refrigerante no estado 2 está na condição superaquecido.
Então, de posse da pressão no estado 2, vamos à Tabela 10.13 para encontrar T2.
p = 0,1 [ MPa ]
υ T
[ m3 / kg ] [ ºC ]
0,167702 –20
0,172777 T2 = ? → interpolando → T2 = –13,31 [ ºC ]
0,175223 –10
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LII Uma bomba de vácuo é utilizada para evacuar uma câmara utilizada na secagem de um
material que apresenta temperatura de 50 [ °C ]. Se a vazão em volume da bomba é
0,5 [ m3 / s ], a temperatura é 50 [ °C ] e a pressão de entrada é 0,1 [ kPa ], quanto vapor
d'água é removido num período de 30 minutos?
LIV Um balão murcho está ligado, através de uma válvula, a um tanque que contém o gás hélio a
1 [ MPa ] e 20 [ °C ]. A temperatura do ambiente também é 20 [ °C ]. A válvula é então aberta
e o balão é inflado a pressão constante de 100 [ kPa ] (pressão ambiente) até que ele se
torna esférico com D1 = 1 [ m ]. Acima desse tamanho, a elasticidade do material do balão é
tal que a pressão interna é dada por: Esse balão deve ser inflado vagarosamente até um
diâmetro final de 4 [ m ], quando a pressão interna atinge 400 [ kPa ]. Admitindo que o
processo seja isotérmico, determine o volume mínimo do tanque de hélio para encher este
balão.
LVII Qual é o erro percentual na pressão se for adotado o modelo de gás perfeito
para representar o comportamento do vapor superaquecido de R–22 a 50 [ °C ] e
υ = 0,03 [ m3 / kg ]. Qual será o erro percentual se for usado o diagrama generalizado de
compressibilidade, Figura 10.1?
LVIII Um tanque com volume de 500 [ L ] armazena 100 [ kg ] de nitrogênio a 150 [ K ]. Para
dimensionar mecanicamente o tanque é necessário conhecer o valor da pressão no
nitrogênio e por este motivo a pressão foi estimada pelos quatro métodos descritos a seguir.
Qual deles é o mais preciso e qual a diferença percentual dos outros três? (a) Equação de
estado de Benedict–Webb–Rubin; (b) Tabelas de nitrogênio, Tabela 10.16 e Tabela 10.17;
(c) Gás perfeito; (d) Diagrama generalizado de compressibilidade, Figura 10.1.
LIX Um vaso selado de vidro contém água a 100 [ kPa ] e título igual a 0,25. Se o vaso for
resfriado até –10 [ °C ], qual será a fração em massa de sólido nesta temperatura?
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LXI Considere os dois tanques A e B, iguais, ligados por uma válvula, conforme ilustrado na
Figura 3.14. Ambos contém água e o tanque A apresenta p = 200 [ kPa ] e υ = 0,5 [ m3 / kg ].
O tanque B contém 3,5 [ kg ] de água com p = 0,5 [ MPa ] e T = 400 [ ºC ]. A válvula que
liga os tanques é, então, aberta e espera–se até que a condição de equilíbrio seja atingida.
Determine o volume específico no estado final do processo.
LXII Determine the phase or phases in a system consisting of H2O at the following conditions and
sketch p × υ and T × υ diagrams showing the location of each state.
LXIII Data encountered in solving problems often do not fall exactly on the grid of values provided
by property tables, and linear interpolation between adjacent table entries becomes
necessary. The following table lists temperatures and specific volumes of ammonia vapor at
two pressures:
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LXIV Determine the quality of a two–phase liquid–vapor mixture of (a) H2O at 100 [ lbf / in2 ] with a
specific volume of 3,0 [ ft3 / lb ]; (b) Refrigerant 134a at 40 [ ºF ] with a specific volume of
5,7173 [ ft3 / lb ].
LXV A two–phase liquid–vapor mixture of H2O at 200 [ lbf / in2 ] has a specific volume of
1,5 ⎡⎣ ft 3 / lb ⎤⎦ . Determine the quality of a two–phase liquid–vapor mixture at 100 [ lbf / in2 ] with
the same specific volume.
LXVII Steam is contained in a closed rigid container. Initially, the pressure and temperature of the
steam are 15 [ bar ] and 240 [ ºC ], respectively. The temperature drops as a result of heat
transfer to the surroundings. Determine the pressure at which condensation first occurs,
in [ bar ], and the fraction of the total mass that has condensed when the temperature reaches
100 [ ºC ]. What percentage of the volume is occupied by saturated liquid at the final state?
LXVIII Using the tables for water, determine the specified property data at the indicated states. In
each case, locate the state on sketches of the p × υ and T × υ diagrams.
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4 TRABALHO E CALOR
4.1 CALOR
Quando se deixa um corpo num meio que se encontra a uma temperatura diferente há uma
transferência de energia entre o corpo e o meio até ficarem ambos à mesma temperatura. É o que
acontece quando se abandona uma chícara de café quente em cima duma mesa, por exemplo. O
sentido em que se dá a transferência de energia é sempre do sistema que está a temperatura mais alta
para o sistema que está a menor temperatura. Uma vez atingida a igualdade de temperaturas cessa
essa transferência de energia.
Calor é uma forma de energia que é transferida entre dois sistemas (ou entre um sistema e a
sua vizinhança) devido, exclusivamente, a uma diferença de temperaturas.
Em linguagem corrente é costume dizer–se “está calor” ou “tenho calor” o que pode levar–nos a
pensar, erradamente, em calor como qualquer coisa contida nos corpos. Calor é energia em trânsito no
decurso duma transformação. Assim que cessa a transformação à energia que entrou para (ou saíu de)
o sistema já não se chama calor. Um processo em que não ocorre transferência de energia sob a forma
de calor chama–se adiabático. Isto acontece se o sistema estiver bem isolado da sua vizinhança de
modo que só uma quantidade desprezível de energia atravessa a sua fronteira ou se o sistema e a sua
vizinhança estiverem à mesma temperatura.
Não se deve confundir um processo adiabático com um processo isotérmico. Num processo
adiabático, apesar de não haver transferência de energia sob a forma de calor tal não significa que a
temperatura do sistema e a sua energia não possam variar por outro meio, como seja fornecendo–se ao
sistema, ou realizando no sistema, trabalho.
Tratando–se duma forma de energia, a quantidade de calor trocada numa transformação entre
os estados 1 e 2, que se representa por Q ou Q1→2, é expressa em joule [ J ], unidade SI, em
3 6
quilojoules (1 [ kJ ] = 10 [ J ] ) e em megajoules ( 1 [ MJ ] = 10 [ J ] ).
Durante muito tempo usaram–se unidades especiais para exprimir as quantidades de calor
que hoje estão, cada vez mais, em desuso. É o caso das unidades caloria [ cal ], quilocaloria
3
( 1 [ kcal ] = 10 [ cal ] ) e a unidade do sistema inglês [ Btu ] ( British thermal unit ).
1[ cal ] = 4,186 [ J ] 1 [ kcal ] = 1000 [ cal ]
A caloria era definida como a quantidade de calor necessária para que a temperatura de um
grama de água, inicialmente a 14,5 [ ºC ], se elevasse de 1 [ ºC ]. A quantidade de calor trocada com a
unidade de massa de um sistema representa–se por q:
Q
q ( 4.1 )
m
q quantidade de calor trocada com a unidade de massa de um sistema [ J / kg ]
Q quantidade de calor trocada [J]
m massa [ kg ]
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A capacidade térmica de um corpo, vai depender da massa do corpo e de uma constante cp,
denominada de calor específico.
C = m ⋅ cp ( 4.4 )
Q Q
Como C = teremos m ⋅ c p = , ou seja
ΔT ΔT
Q
cp = ( 4.5 )
m ⋅ ΔT
Desta forma, cp é igual à quantidade de calor que deve ser cedida a 1 [ g ] substância para
provocar nela uma variação de temperatura de 1 [ ºC ].
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Q = m ⋅ c p ⋅ ΔT
cp calor específico da substância [ cal / g · ºC ]
m massa [g]
∆T variação de temperatura [ ºC ]
Q quantidade de calor [ cal ]
Observação 1:
LXX Calcular a quantidade de calor necessária para elevar uma massa de 500 [ g ] de ferro
de 15 [ ºC ] para 85 [ ºC ]. O calor específico do ferro é igual a 0,114 [ cal / g · ºC ].
Solução ▼
Se a massa de ferro aumenta de temperatura o calor é sensível; logo:
⎡ cal ⎤
Q = m ⋅ c p ⋅ (T f − Ti ) = 500 [ g ] ⋅ 0,114 ⎢ ⎥ ⋅ ( 85 − 15 ) [ ºC] = 3990 [ cal]
⎣⎢ g × ºC ⎦⎥
Portanto, a quantidade de calor recebida pelo ferro é de 3990 [ cal ].
Observação 2:
A brisa marítima e a brisa terrestre é devido ao calor específico da água e da terra. Por a água
ter um dos maiores calores específicos ela não só custa a aumentar a temperatura como também custa
a ceder. O ar ficando mais denso nas proximidades devido a temperatura mais baixa durante o dia (do
que a terra) surgirá assim a brisa marítima. A noite o processo se inverte. Ela também é que regula a
temperatura terrestre.
Tabela 4.1 – calor específico de algumas substâncias
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em que os limites de integração significam “do estado 1 até o estado 2” e não se referem aos valores do
calor nestes estados. Assim como para o trabalho, a noção de “calor” em um estado não tem sentido, e
a integral não deve jamais ser calculada como Q2 – Q1. A taxa de transferência de calor líquida é
i
representada por Q . A princípio, a quantidade de energia transferida sob a forma de calor durante um
determinado período pode ser calculada integrando–se do tempo t1 ao tempo t2
t2
i
Q = ∫ Q ⋅ dt ( 4.8 )
t1
Para realizar a integração, seria necessário saber como a taxa de transferência de calor varia
com o tempo.
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i
Em alguns casos é conveniente utilizar o fluxo de calor, q , que é a taxa de transferência de calor
i
por unidade de área de superfície do sistema. A taxa líquida de transferência de calor, Q , está
i
relacionada ao fluxo de calor q pela integral
i
Q = ∫ q ⋅ dA
i
( 4.9 )
A
4.1.3.1 Condução
A transferência de energia por condução pode ocorrer em sólidos, líquidos e gases. A condução
pode ser imaginada como a transferência de energia das partículas mais energéticas de uma
substância para as partículas adjacentes que são menos energéticas, devido a interações entre as
partículas. A taxa temporal de transferência de energia por condução é quantificada
macroscopicamente pela lei de Fourier. Como uma aplicação elementar, considere a Figura 4.2, que
mostra uma parede plana de espessura L em regime permanente, onde a temperatura T(x) varia
linearmente com a posição x. Pela lei de Fourier, a taxa de transferência de calor através de qualquer
i
plano normal à direção x, Q x , é proporcional à área da parede, A, e ao gradiente de temperatura na
direção x, dT / dx.
i dT
Q x = −κ ⋅ A ⋅ ( 4.10 )
dx
em que a constante de proporcionalidade κ é uma propriedade chamada de condutividade térmica. O
sinal negativo é uma conseqüência da transferência de energia na direção decrescente da temperatura.
Por exemplo, neste caso a temperatura varia linearmente; portanto, o gradiente de temperatura é
dT T2 − T1
=
dx L
e a taxa de transferência de calor na direção x é, então,
i ⎛ T −T ⎞
Q x = −κ ⋅ A ⋅ ⎜ 2 1 ⎟ ▲
⎝ L ⎠
Os valores para a condutividade térmica são dados na Tabela 10.3 (English Units) e Tabela 10.4
(unidades do SI) para materiais comuns. As substâncias com valores elevados de condutividade
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térmica, como o cobre, são boas condutoras, e aquelas com baixas condutividades (cortiça e espuma
de poliestireno) são boas isolantes.
4.1.3.2 Radiação
que mostra que a radiação térmica está associada à quarta potência da temperatura absoluta da
superfície, Tb. A emissividade, ε, é uma propriedade da superfície que indica a eficiência da superfície
irradiante ( 0 ≤ ε ≤ 1,0 ), e σ éa constante de Stefan–Boltzmann. Em geral, a taxa líquida de
transferência de energia por radiação térmica entre duas superfícies envolve relações entre as
propriedades das superfícies, suas orientações em relação às outras, a extensão na qual o meio de
propagação espalha, emite e absorve radiação térmica, e outros fatores.
4.1.3.3 Convecção
A transferência de energia entre uma superfície sólida a uma temperatura Tb e um gás ou líquido
adjacente em movimento a uma outra temperatura Tf tem um papel importante no desempenho de
muitos dispositivos de interesse prático. Esta transferência é comumente denominada convecção.
Como ilustração, considere a Figura 4.3, em que Tb > Tf. Neste caso, a energia é transferida no sentido
indicado pela seta devido aos efeitos combinados da condução no ar e do movimento global de ar. A
taxa de transferência de energia da superfície para o ar pode ser quantificada pela seguinte expressão
empírica:
Q e = ⋅ A ⋅ (Tb − T f )
i
( 4.12 )
conhecida como lei do resfriamento de Newton. Na Equação ( 4.12 ), A é a área da superfície, e o fator
de proporcionalidade ħ é chamado de coeficiente de transferência de calor. Em aplicações
subseqüentes da Equação ( 4.12 ), um sinal negativo pode ser introduzido no lado direito em
conformidade com a convenção de sinais para transferência de calor apresentada na Seção 4.1.2.1.
O coeficiente de transferência de calor não é uma propriedade termodinâmica. Ele é um
parâmetro empírico que incorpora, na relação da transferência de calor, a natureza do escoamento
próximo à superfície, as propriedades do fluido e a geometria.
Tabela 4.2 – Valores típicos do coeficiente de transferência de calor por convecção
ħ
Aplicações
[ W / m2 · K ] [ Btu / h · ft2 · °R ]
Convecção livre
Gases 2 – 25 0,35 – 4,4
Líquidos 50 – 1000 8,8 – 180
Convecção forçada
Gases 25 – 250 4,4 – 44
Líquidos 50 – 20000 8,8 – 3500
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4.2 TRABALHO
Tal como acontecia com o calor, o trabalho é uma interação entre um sistema e a sua vizinhança
que envolve energia. A energia só pode atravessar a fronteira dum sistema fechado sob as formas de
calor e/ou de trabalho. Quando não for provocada por uma diferença de temperaturas trata–se duma
interação do tipo trabalho.
Trabalho é a energia transferida entre sistemas, ou entre um sistema e a sua vizinhança, que se
relaciona com a ação de uma força aplicada ao sistema e cujo ponto de aplicação se desloca.
Por exemplo, um êmbolo que sobe empurrado
por um gás que se expande, o rotor de uma turbina que
roda por ação do vapor de água, são interações entre
Q um sistema e a sua vizinhança que estão de acordo
SISTEMA com a definição anterior.
W O trabalho realizado numa transformação entre
os estados 1 e 2 representa–se por W ou W1→2. Para o
trabalho realizado por unidade de massa usa–se o
Figura 4.4 – Convenção de sinais para o calor e
trabalho símbolo w:
W
w ( 4.13 )
m
w trabalho realizado por unidade de massa [ J / kg ]
W trabalho [J]
m massa [ kg ]
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Note–se que esta convenção é contrária à adotada para o calor. Um sistema pode trocar com a
sua vizinhança trabalho de várias naturezas. Pode ser realizado por forças de natureza eletromagnética
– trabalho elétrico ou trabalho magnético – pode ser efetuado por uma força que atua na fronteira móvel
de um sistema fechado – trabalho mecânico – etc. No âmbito desta disciplina apenas iremos analisar
casos em que o trabalho é mecânico.
O trabalho infinitesimal d’W, realizado por uma força F quando desloca o seu ponto de
aplicação duma distância igualmente infinitesimal d s , obtém–se fazendo o produto interno dos vetores
F e d s:
d ’W F ds ( 4.15 )
O trabalho total W realizado durante o deslocamento do ponto de aplicação da força através dum
dado trajeto determina–se calculando, ao longo desse trajeto, a integral:
W F ds ( 4.16 )
W
dt
Patric Schürhaus 94
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1[W]=1[J/s]
Muitas vezes é conveniente falar de trabalho por unidade de massa do sistema. Essa quantidade
é designada por w e é definida por:
W
w
m
Figura 4.5 – Exemplo de trabalho efetuado pelo movimento da fronteira de um sistema num processo quase–estático
Consideremos como um sistema o gás contido num cilindro com 'êmbolo, como na Figura 4.5.
Vamos retirar um dos pequenos pesos do êmbolo, provocando um movimento deste para cima, de uma
distância dL. Podemos considerar este processo como um quase–estático e calcular o trabalho W.
realizado pelo sistema, durante este processo. A força total sobre o êmbolo é p · A onde p é a pressão
do gás e A é a área do êmbolo. Portanto o trabalho W é:
p A dL
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dos estados mostrados pela linha que liga os pontos 1 e 2 do diagrama p . A hipótese do processo
ser quase–estático é essencial, porque cada ponto da linha 1–2 representa um estado definido e estes
estados corresponderão aos estados reais do sistema somente se o desvio do equilíbrio for
infinitesimal. O trabalho realizado sobre o ar durante esse processo de compressão pode ser
determinado pela integração da Equação ( 4.17 ).
2 2
W1 2
pd ( 4.18 )
1 1
O símbolo W1→2 deve ser interpretado como o trabalho realizado durante o processo, do estado
1 ao estado 2. Pelo exame do diagrama p , é evidente que o trabalho realizado durante esse
processo é representado pela área sob a curva 1–2, ou seja, a área a–1–2–b–a. Nesse exemplo, o
volume diminuiu, e a área a–1–2–b–a representa o trabalho realizado sobre o sistema. Se o processo
tivesse ocorrido do estado 2 ao estado 1, pelo mesmo caminho, a mesma área representaria o trabalho
realizado pelo sistema.
Figura 4.6 – Uso do diagrama pressão–volume para mostrar o trabalho realizado devido ao movimento de fronteira de um
sistema num processo quase–estático
Uma nova consideração do diagrama p , Figura 4.7, conduz a uma outra conclusão
importante. É possível ir do estado 1 ao estado 2 por caminhos quase–estáticos muito diferentes, tais
como A, B ou C. Como a área debaixo de cada curva representa o trabalho para cada processo, é
evidente que o trabalho envolvido em cada caso é uma função não somente dos estados finais do
processo, mas também depende do caminho que se percorre ao se ir de um estado a outro. Por essa
razão, o trabalho é chamado de função de linha, ou em linguagem matemática, δW é uma diferencial
inexata.
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Isso conduz a uma breve consideração sobre as funções de ponto e as de linha ou, usando
outros termos, sobre as diferenciais exatas e as inexatas. As propriedades termodinâmicas são funções
de ponto – denominação que surge pelo fato de que, para um dado ponto de um diagrama (tal como a
Figura 4.7) ou de uma superfície (tal como a Figura 3.8), o estado está fixado e, assim, só existe um
valor definido para cada propriedade correspondente a este ponto. As diferenciais de funções de ponto
são diferenciais exatas e a integração é simplesmente
2
d 2 1
1
Seria mais preciso usar a notação W1→2 A para indicar o trabalho realizado durante a mudança
do estado 1 a 2 ao longo do caminho A. Entretanto, subentende–se na notação W1→2 o processo
especificado entre os estados 1 e 2. Deve–se notar que nunca mencionamos o trabalho do sistema no
estado 1 ou no estado 2 e assim nunca escrevemos W2 – W1.
Na determinação da integral da Equação ( 4.18 ), devemos sempre lembrar que estamos
interessados na determinação da área situada sob a curva da Figura 4.7. Relativamente a esse
aspecto, identificamos duas classes de problemas:
2. A relação entre p e é tal que torna possível o seu ajuste por uma relação analítica. Assim
podemos fazer a integração diretamente.
Patric Schürhaus 97
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n n
constante p1 1
p2 2
p n n n
2 2
d
n 1 2
pd constante constante
1 1
n
n 1
1
2 n 1 n n 1 n
constante 1 n 1 n
p2 2 2
p1 1 1
pd 2 1
1
1 n 1 n
2
p2 2
p1 1
pd ( 4.19 )
1
1 n
Note que o resultado apresentado na Equação ( 4.19 ) é válido para qualquer valor do expoente
n, exceto para n = 1. Para o caso onde n = 1, temos
2 2
p constante p1 p2 d 2
1 2 e pd p1 1
p1 1
ln ( 4.20 )
1 1 1
Deve–se observar que nas Equações ( 4.19 ) e ( 4.20 ) não dissemos que o trabalho é igual as
expressões dadas por aquelas equações. Aquelas expressões fornecem o valor de uma certa integral,
ou seja, um resultado matemático. Considerar, ou não, que aquela integral corresponda ao trabalho
num dado processo, depende do resultado de uma análise termodinâmica daquele processo. É
importante manter separado o resultado matemático da análise termodinâmica, pois há muitos casos
em que o trabalho não é dado pela Equação ( 4.18 ).
O processo politrópico, conforme já descrito, apresenta uma relação funcional especial entre p
e durante um processo. Há muitas outras relações possíveis, algumas das quais serão examinadas
nos problemas apresentados no fim deste capítulo. [ 8.8 ]
Patric Schürhaus 98
UNIVERSIDADE DA CIDADE DE UNIÃO DA VITÓRIA TERMODINÂMICA
Solução ▼
A relação p dada e os dados fornecidos para pressão e volume podem ser usados para construir
o diagrama pressão–volume do processo.
Hipóteses ▼
(1) O gás é um sistema fechado;
o (2) A fronteira móvel é o único modo de trabalho;
(3) A expansão é um processo politrópico.
Análise ▼
Os valores pedidos para o trabalho são obtidos pela integração da Equação ( 4.18 ) utilizando–se a
relação pressão–volume dada.
2 2
W1 2
pd ( 4.18 )
1 1
constante
p n
(a) Introduzindo a relação na Equação ( 4.18 ) e realizando a integração
constante
2 2
W pd n
d
1 1
1 n 1 n
constante 2
constante 1
W
1 n
A constante nesta expressão pode ser fornecida por qualquer um dos estados inicial ou final
n n n
p constante p1 1
p2 2
Patric Schürhaus 99
UNIVERSIDADE DA CIDADE DE UNIÃO DA VITÓRIA TERMODINÂMICA
Esta expressão é válida para todos os valores de n, exceto n = 1,0. O caso n = 1,0 é tratado na
parte (b). Para avaliar W, a pressão no estado 2 é necessária. Esta pode ser obtida usando–se
n n
p1 1
p2 2 , que através de uma manipulação fornece
n 1,5
1 0,1
p2 p1 3 bar 1,06 bar
2 0,2
Conseqüentemente
5 ⎡ N ⎤
W =⎜
(
⎣ ⎦ )
⎛ (1, 06 [ bar ]) ⋅ 0, 2 ⎡ m3 ⎤ − ( 3) ⋅ ( 0,1) ⎞ 10 ⎢ 2 ⎥
⎟⋅ ⎣ m ⎦ ⋅ 1[ kJ ]
p ⎜ ⎟ 1[ bar ] 103 [ N ⋅ m ]
1 − 1,5
⎝ ⎠
W = +17,6 [ kJ ] ◄
constante
(b) Para n = 1,0, a relação pressão–volume é p constante ou p . O trabalho é
d
2
2 2
W constante constante ln p1 1
ln ( 4.20 )
1 1 1
Substituindo os valores
⎡N⎤
105 ⎢ 2 ⎥
⎣ m ⎦ ⋅ 1[ kJ ] ⋅ ln ⎛ 0,2 ⎞
(
W = ( 3 [ bar ]) ⋅ 0,1 ⎡⎣ m 3 ⎤⎦ )
1[ bar ] 103 [ N ⋅ m ] ⎜ 0,1 ⎟
⎝ ⎠
W = +20,79 [ kJ ] ◄
⎡N⎤
105 ⎢ 2 ⎥
W = 3 [ bar ] ⋅ ⎣ m ⎦ ⋅ 0, 2 − 0,1 ⎡ m3 ⎤
q ( )⎣ ⎦
1 [ bar ]
[m]
⎡ N ⎤
W = 3 ⋅10 ⎢ 2 ⎥ ⋅ ( 0, 2 − 0,1) ⎣⎡ m3 ⎦⎤
5
⎣m ⎦
W = +30 [ kJ ] ◄
Comentários ▼
n Em cada caso, o trabalho para o processo pode ser interpretado como a área sob a curva
representando o processo no diagrama p correspondente. Observe que as áreas relativas a
estes processos estão de acordo com os resultados numéricos.
o A hipótese de um processo politrópico é importante. Se a relação pressão–volume fornecida
fosse obtida como um ajuste de dados experimentais para pressão–volume, o valor de pd
forneceria uma estimativa plausível para o trabalho apenas quando a pressão medida fosse
essencialmente igual àquela exercida na face do pistão.
p Observe o uso dos fatores de conversão de unidades aqui e nas partes (b) e (c).
q Não é necessário identificar o gás (ou líquido) contido no conjunto cilindro–pistão. Os valores
calculados para W são determinados pelo caminho percorrido pelo processo e pelos estados inicial
e final. No entanto, se se quiser avaliar outras propriedades, tais como a temperatura, tanto a
natureza quanto a quantidade da substância devem ser fornecidas porque, então, seriam
necessárias relações apropriadas entre as propriedades da substância em questão.
d ’W F ds p A ds p d ( 4.21 )
2 2
W1 2
d'W pd ( 4.22 )
1 1
Esta integral só pode ser determinado se for conhecida a forma da função p f . Nos
processos reais o trabalho é diferente do calculado pela equação ( 4.22 ) pois:
Os êmbolos dos motores e compressores alternativos movem–se a grande velocidade pelo que
é impossível manter o gás, no interior do cilindro, sempre em estados de equilíbrio. O valor da
integral da equação ( 4.22 ) depende do “percurso” da transformação e só no caso das
transformações em que o sistema se encontra permanentemente em equilíbrio (transformações
quase–estáticas) esse “percurso” é conhecido e o cálculo da referida integral pode ser
efetuado. As transformações reais aproximam–se de transformações quase–estáticas quando
ocorrem com grande lentidão.
Em qualquer transformação real é impossível eliminar completamente o atrito. Em consequência,
o trabalho real é sempre menor (no caso duma expansão) ou maior (no caso duma compressão)
do que o calculado a partir da equação ( 4.22 ).
W1 2
pd
Portanto, a equação apenas permite o cálculo do trabalho realizado por
1
pd 0
sistema ( W < 0 ), sem que o volume do sistema se tenha alterado, isto é, 1 . A este trabalho
de agitação de um fluido dá–se o nome de trabalho dissipativo (porque houve dissipação de energia
mecânica) e sempre que está presente a transformação é irreversível. Uma situação semelhante ocorre
durante a passagem de uma corrente elétrica através de uma resistência mergulhada num fluido. É
fornecido trabalho ao sistema sem que o seu volume se modifique. Um caso oposto aos anteriores tem
lugar numa expansão livre de um fluido, igualmente irreversível. Isto é, uma expansão em que não há
forças exteriores (aplicadas à fronteira móvel do sistema) a vencer, de que voltaremos a falar na seção
Erro! A origem da referência não foi encontrada.. O trabalho realizado pelo fluido é nulo apesar de
2
pd
ser diferente de zero a integral 1 , visto o volume do sistema ter–se alterado. Estes exemplos
apresentados servem para confirmar o que atrás se disse quanto à aplicabilidade da equação ( 4.22 )
ao cálculo do trabalho realizado por um sistema fechado no decurso de uma transformação.
W pd Área
1
d 2 1
dp p2 p1 d h h 2 h1
1 p1 h1
que representam variações de propriedades (volume, pressão e entalpia) têm o mesmo valor para
qualquer “percurso”, desde que entre os mesmos estados extremos 1 e 2 estas grandezas (tais como o
volume, a pressão e a entalpia) cujas variações numa mudança de estado do sistema, dependem
exclusivamente dos estados inicial e final da transformação e não do “percurso”, denominam–se
variáveis de estado ou funções de estado. As outras grandezas (tais como o trabalho e a quantidade
de calor) que dependem do “percurso” da transformação e não, apenas, dos estados extremos não são
propriedades do sistema (variáveis ou funções de estado).
W A dx ( 4.23 )
x1
A Equação ( 4.23 ) para um sólido é a equivalente da Equação ( 4.18 ) para um gás sofrendo
uma expansão ou compressão.
Figura 4.13 – Alongamento de uma barra sólida Figura 4.14 – Estiramento de uma película líquida
W dA ( 4.24 )
A1
W dA ( 4.25 )
A1
Figura 4.15
Já que a corrente i é igual a dZ / dt, o trabalho pode ser expresso em forma diferencial como
δW = – ξ · dZ ( 4.27 )
onde dZ é a quantidade de carga elétrica que flui para o sistema. O sinal negativo é necessário para
que a expressão fique de acordo com nossa convenção de sinais para o trabalho. Quando a potência é
calculada em termos de watt [ W ] e a unidade de corrente é o ampere (uma unidade básica do SI), a
unidade de potencial elétrico é o volt [ V ], definido como 1 watt por ampere.
4.3 RESUMO
Figura 4.17 – O gráfico mostra 3 situações distintas para um gás sair do estado 1 para o estado 3 diretamente (processo
isotérmico) ou via os estados 2 ou 4. Como o trabalho é igual a área sob a curva, então em cada um dos caminhos, o trabalho
é diferente.
► Processo isobárico (Figura 4.17, caminho 1 → 2 ou 4 → 3): Se o volume do gás aumenta a pressão
constante de um volume 1 para um volume 2 , a temperatura aumenta pois o gás sai de uma
isotérmica para outra e para que isto ocorra, calor é adicionado. Então
Q > 0 e ∆U > 0
2
W1 2
pd p 2 1
0 ( 4.18 )
1
W = Q, pois Uf – Ui = 0
LXXII O cilindro da Figura 4.18 contém 0,1 [ kg ] de água saturada (líquido + vapor) a 35 [ ºC ]. O
êmbolo tem uma área seccional de 400 [ cm2 ], massa de 60 [ kg ] e repousa sobre os
esbarros como ilustrado. O volume neste ponto é 0,02 [ m3 ]. A pressão atmosférica local é
de 100 [ kPa ] e a aceleração da gravidade é de 9,75 [ m / s2 ]. Transfere–se calor ao sistema
até que o cilindro contenha somente vapor saturado ( x = 100 [ % ] ). ( a ) Mostre o processo
num diagrama temperatura × volume específico. ( b ) Qual a temperatura da água quando o
êmbolo deixa o esbarro? ( c ) Calcular o trabalho realizado pela água sobre o êmbolo
durante todo o processo.
Solução ▼
Para traçar o diagrama temperatura ×
volume específico precisamos encontrar os valores
de p1, p2 e T2. Da Tabela 10.5 temos que para água
a 35 [ ºC ] a p1 = 5,628 [ kPa ]. A pressão p2 será a
pressão necessária para que o êmbolo deixe os
esbarros, ou seja:
m
m g 60 kg 9,75
p interna p2 p atm s2
Aêmbolo p2
3
100 10 Pa
4 2
400 10 m
p2 = 114,625 [ kPa ]
Agora, podemos encontrar a que temperatura o vapor se encontra quando p2 = 114,625 [ kPa ].
Para isto utilizamos a Tabela 10.6 e interpolamos entre p = 0,1 [ MPa ] e p = 0,125 [ MPa ].
p T 0,114625 0,125
[ MPa ] [ ºC ] T 2 105,99 99,62 105,99
0,100 99,62
0,1 0,125
0,114625 T2 → T2 = 103,35 [ ºC ]
0,125 105,99
O trabalho realizado pela água sobre o êmbolo será calculado pela seguinte Equação
3 2 3
W1 3
pd pd pd
1 1 2
de 1 até 2 o volume específico não varia, como pode–se contatar pelo diagrama. Como m ea
massa é constante, então constante . Com isto, d 0 , já que a derivada de uma constante é
2 3 3
pd 0 W1 3
pd 0 pd
zero. Portanto 1 e 1 2
3
W1 3
p d
de 2 até 3 a pressão é contante, como pode–se constatar pelo diagrama. Portanto 2
W1 p
Agora, resolvendo a integral, temos que 3 3 2
E como m então W 1 3
p 3
m 2
m
ou
W1 3
pm 3 2
Agora precisamos encontrar υ2. Sabemos que υ2 será o volume específico de uma mistura
líquido + vapor e, poderíamos utilizar a seguinte Equação: υlv = υl + x ( υv – υl ). Mas como não
conhecemos o título não temos como resolver a Equação. Mas podemos verificar, pelo diagrama, que
3
0,02 m
1 1
υ1 = υ2 e, desta forma, como sabemos que m , ou seja: 0,1 kg , então υ1 = 0,2 [ m3 / kg ].
Assim,
W1 3
pm 3 2
3 3
m m
W1 3
114625 Pa 0,1 kg 1,5073 0,2
kg kg
W1 3
14984,9 J
Solução ▼
Podemos considerar o CO2 como um gás perfeito, portanto, da Tabela 10.20 temos:
RCO2 = 0,18892 [ kJ / kg · K ] ou RCO2 = 188,92 [ J / kg · K ]
p2 2
p1 1
3
300 10 0,2536 300 10 0,2
3
W1 2
→ W1 2
→ W1→2 = –80,25 [ kJ ]
1 n 1 1,2
LXXIV Um sistema fechado realiza um ciclo constituido por três processos. Durante o primeiro
processo, que é adiabático, são fornecidos 50 [ kJ ] de trabalho ao sistema. Durante o
segundo processo, transferem–se 200 [ kJ ] de calor para o sistema sem que ele realize
trabalho. No terceiro processo, o sistema realiza 90 [ kJ ] de trabalho enquanto regressa ao
estado inicial. (a) Determine o calor trocado durante o terceiro processo. (b) Determine o
trabalho útil do ciclo. (c) Enuncie o princípio em que se baseou para responder às alíneas
anteriores. [ 8.7 ]
Solução ▼
a) As trocas de calor e trabalho durante os diferentes processos do ciclo são:
Q1→2 = 0 [ kJ ] Q2→3 = 200 [ kJ ] Q3→1 = ?
W1→2 = –50 [ kJ ] W2→3 = 0 [ kJ ] W3→1= 90 [ kJ ]
c) O princípio utilizado é o princípio da equivalência que nos diz que “num ciclo, a soma das
quantidades de calor nos diferentes processos que constituem o ciclo, é igual à soma das
quantidades de trabalho trocadas neste mesmo ciclo”.
LXXV 2 [ kg ] de água estão contidos num sistema cilindro–êmbolo como se mostra na Figura 4.20.
No estado inicial a temperatura do sistema é 105 [ ºC ] e a massa de vapor é igual à massa
de líquido. O sistema é aquecido e o êmbolo sobe até uma posição em que é travado. O
vapor é então arrefecido até 50 [ ºC ] encontrando–se nesse momento no estado de vapor
saturado seco. (a) Determine a pressão final do sistema; (b) Determine o volume final; (c)
Calcule as quantidades de trabalho e calor trocadas durante o processo; (d) Represente o
processo no diagrama p–υ.
Solução ▼
a) No estado inicial sabemos a temperatura de saturação e o título da
mistura. Depois, o sistema é aquecido a pressão constante até
ocupar um volume 2 . Finalmente, o sistema é arrefecido a
volume constante 3 2 até 50 [ ºC ] e ao estado de vapor
saturado seco ( x = 1,0 ). Estes dados permitem–nos conhecer os
três estados de equlíbrio por que passa o sistema desde o estado
inicial c até ao estado final e
Figura 4.20 – Exercício LXXV
T1 = 105 [ ºC ]
ml = mv → x1 = 0,5
c p1 = psat@105 [ ºC ] = 0,12082 [ MPa ] Tabela 10.5
3
υ1 = υl + x1 · ( υv – υl ) = 0,001047 + 0,5 ( 1,4194 – 0,001047 ) = 0,7102 [ m / kg ] Equação ( 3.10 )
3
1
mt 1
2 0,7102 1,4204 m kg Equação ( 2.1 )
p2 = p1 = 0,12083 [ MPa ]
3
d υ2 = υ3 = υv@50 [ ºC ] = 12,032 [ m / kg ] Tabela 10.5
3
2
mt 2
2 12,032 24,064 m Equação ( 2.1 )
T3 = 50 [ ºC ]
p3 = psat@50 [ ºC ] = 12,350 [ kPa ] Tabela 10.5
e υ =υ 3
3 v@50 [ ºC ] = 12,032 [ m / kg ] Tabela 10.5
3
3
mt 3
2 12,032 24,064 m Equação ( 2.1 )
b) O volume final é:
3
3
24,064 m
3
3
W2 3
pd p 3 2
120,82 10 24,064 24,064 0 J
2
Assim, vem:
W1→2→3 = W1→2 = 2735,4 [ kJ ]
d) Diagrama p–υ:
Para plotar o diagrama p–υ vamos, inicialmente utilizar o software CATT (Computer Aided
Thermodhynamic Tables), desenvolvido por Richard E. Sonntag, Claus Borgnakke, Young Moo Park e
Kyoung Kuhn Park, da Universidade de Michigan, 1993 (Versão 93.2). Através deste software vamos
plotar um gráfico para cada um dos estados, c, d e e:
Uma vez plotados os diagramas para cada um dos 3 estados considerados no Exercício LXXV,
vamos sobrepor os 3 a fim de compor um único diagrama que ilustre o processo:
Figura 4.21 – Diagrama p–υ para água ( Log – Log ) do Exercício LXXV
Solução ▼
Já que o título foi dado, temos no início do processo, a condição de mistura líquido + vapor. Assim, a
temperatura inicial é a de saturação correspondente à pressão de 2 [ MPa ]. A determinação do estado
inicial é possível pois temos duas propriedades independentes: pressão e título.
A condição final também é amarrada pois o estado é o do vapor saturado seco na mesma pressão de
2 [ MPa ]. A pressão se mantém constante pois estamos na região de mudança de fase e nenhuma
informação sobre um eventual impedimento do pistão foi fornecida no enunciado. Assim, podemos
supor que é isto que acontece.
Uma vez que os estados extremos são determinados, suas propriedades (quaisquer) também são.
A determinação do trabalho trocado envolve a determinação do processo ligando os dois extremos. No
caso, pela mesma razão do processo a pressão constante, o trabalho é obtido simplesmente pelo
produto da pressão × variação de volume.
p1 = 2 [ MPa ]
x1 = 0,25
υl = 0,001177 [ m3 / kg ] Tabela 10.6
c
υv = 0,09963 [ m3 / kg ]
υ1 = υl + x1 · ( υv – υl ) = 0,001177 + 0,25 (0,09963 – 0,001177) = 0,0258 [ m3 / kg ] Equação ( 3.10 )
3
1
mt 1
20 0,0258 0,5158 m kg Equação ( 2.1 )
p2 = p1 = 2 [ MPa ]
x2 = 1,0
d υ = 0,09963 [ m3 / kg ]
v
3
2
mt v
20 0,09963 1,9926 m kg Equação ( 2.1 )
Com isto, o trabalho W1→2 pode ser calculado pela Equação ( 4.18 ):
2
W1 2
pd p 2 1
1
6
W1 2
2 10 1,9926 0,5158 2953,59 kJ (b) ◄
LXXVII Um balão é construído de tal modo que a pressão interna é proporcional ao quadrado do
diâmetro do balão. Esse balão contém 2 [ kg ] de amônia que está inicialmente a 0 [ °C ] e
com título de 60 [ % ]. O balão é então aquecido até que a pressão interna final
atinja 600 [ kPa ]. Considerando a amônia como sistema, qual é o trabalho realizado durante
o processo? [ 8.8 ]
Fazendo
p2 600 2 0,5759 Substituindo os valores numéricos na Equação
1,3977 e 1,6523 ( 4.28 ) obtemos:
p1 429,29 1 0,3485
429,29
ln
600 ( 4.29 )
Como 1,3977 ≠ 1,6523 podemos concluir que n
n ln 0,34853 ln 0,57589
temos uma relação p constante onde n ≠ 1.
Então, precisamos encontrar o valor de n. n = –0,6667 ou n = –2 / 3 ◄
Então precisamos encontrar um valor para n de Poderíamos ter obtido uma aproximação
modo que se elevarmos 1,6523 a este valor bastante razoável calculando a área sob a curva
encontremos 0,7155. no diagrama p
Podemos fazer isto por tentativa
n 1,6523n
3
/4 = 0,750 1,4574
2
/3 = 0,667 1,3976
1
/2 = 0,500 1,2854
1
/4 = 0,250 1,1338
0 = 0,000 1,0000
–1/4 = –0,250 0,8820
–1/2 = –0,500 0,7780
–2/3 = –0,667 0,7155 ◄
–3/4 = –0,750 0,6862
W1 2
A1 A 2
LXXVIII Um grama de água se transforma em 1671 [ cm3 ] quando ocorre o processo de ebulição a
uma pressão constante de 1 [ atm ]. Calcule o trabalho realizado pela água quando ela se
transforma em vapor. [ 8.12 ]
W1 2
pd ( 4.18 )
1
Análise ▼
W1 2
p 2 1
Recorrendo à Tabela 10.6, para a pressão
p = 0,101325 [ MPa ] devemos encontrar o υl, já N 1671 6 3
que inicialmente toda a massa de água estava no W1 2
101325 2 3
1,0433 10 m
m 100
estado líquido para, com isto, envontrarmos 1.
Como não existe este informação para esta W1→2 = 169,2 [ N · m ]
pressão na Tabela 10.6, devemos interpolar.
W1→2 = 169,2 [ J ] ◄
LXXIX Um gás realiza dois processos. No primeiro, o volume permanece constante a 0,200 [ m3 ] e
5 5
a pressão cresce de 2,00×10 [ Pa ] até 5,00×10 [ Pa ]. O segundo processo é uma
5
compressão até o volume 0,120 [ m3 ] sob pressão constante de 5,00×10 [ Pa ]. (a) Desenhe
um diagrama p mostrando estes dois processos e (b) calcule o trabalho total realizado
pelo gás nos dois processos. [ 8.12 ]
W1 3
0 p 3 2
5 3
W1 3
5,0 10 Pa 0,12 0,2 m
W1→3 = –40 [ kJ ] ◄
LXXX Água, inicialmente a 50 [ kPa ] e 100 [ ºC ], está contida num arranjo cilindro êmbolo e o
volume inicial é de 3 [ m3 ]. A água é, então, lentamente comprimida de acordo com a relação
p ⋅∀ = constante , até se atingir uma pressão final de 1 [ MPa ]. Determinar o trabalho neste
processo.
Solução ▼
p ⋅∀ = constante
p1 ⋅∀1 = p2 ⋅∀2
p1 ⋅∀1 50 ×103 ⋅ 3
∀2 = = = 0,15 ⎡⎣ m3 ⎤⎦
p2 1×10 6
Para processo polit’rpico onde n = 1 o trabalho pode ser obtido pela Equação ( 4.20 )
2 2
d∀ ∀
W1→2 = ∫ p ⋅ d ∀ = p1 ⋅∀1 ⋅ ∫ = p1 ⋅∀1 ⋅ ln 2 ( 4.20 )
1 1
∀ ∀1
⎡ N ⎤ 0,15
W1→2 = 50 × 103 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 3 ⎡⎣ m ⎤⎦ ⋅ ln
3
= −449,36 [ N ⋅ m ] ◄
⎣m ⎦ 3
LXXXI Um gás sofre três processos em série que completam um ciclo. Processo 1→2:
3
compressão de p1 = 10 [ lbf / in2 ], 1
4,0 ft até p2 = 50 [ lbf / in2 ] durante a qual a
relação pressão–volume é p constante . Processo 2→3: volume constante até p3 = p1.
Processo 3→1: pressão constante. Esboce os processos num diagrama p e determine
o trabalho líquido para o ciclo, em [ Btu ]. [ 8.5 ]
Solução ▼
Hipóteses ▼
(1) De c até d a relação p constante, portanto teremos uma reta neste trecho e podemos utilizar
a Equação ( 4.20 ) para encontrar o trabalho;
(2) De d até e o processo é isocórico, portanto, não há trabalho;
(3) De e até c o processo é isobárico, portanto, podemos utilizar a Equação ( 4.18 ) para encontrar
o trabalho;
Equações básicas ▼
∀2 ∀3 0(2) ∀1
W1→3 = ∫ p ⋅ d∀ + ∫ p ⋅ d∀ + ∫ p ⋅ d∀
∀1 ∀2 ∀3
( 4.18 )
2 2
p constante p1 p2 d 2
1 2 e pd p1 1
p1 1
ln ( 4.20 )
1 1 1
Para resolver a Equação ( 4.20 ) precisamos encontrar 2 . Para isto, podemos utilizar a relação
p constante p1 1
p2 2 .
lbf
10 2
p1 1
p1 3 in 3
2 1
4 ft 0,8 ft
p2 p2 lbf
50 2
in
2
W1 3
p1 1
ln p3 1 3
1
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
⎤ 12 ⎡⎣in ⎤⎦ 0,8 ⎡⎣ft 3 ⎤⎦ ⎤ 12 ⎡⎣in ⎤⎦
2 2 2 2
⎡ lbf ⎟ + ⎜10 ⎡ lbf
W1→3 = ⎜10 ⎢ 2 ⎥⋅ ⋅ 4 ⎡⎣ft ⎤⎦ ⋅ ln
3
⎥⋅
3 ⎟
⋅ ( 4 − 0,8 ) ⎡⎣ft ⎤⎦
⎜⎜ 1 ⎡ ft 2
⎤ 4 ⎡⎣ ft 3 ⎤⎦ ⎟⎟ ⎜⎜ ⎢ in 2 1 ⎡ ft 2
⎤ ⎟⎟
⎣ in ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎛ [ft ] [ft ] ⎞
⎡ lbf ⎤ 0,8 ⎞⎟ ⎛⎜ ⎡ lbf ⎤
= ⎜10 ⋅122 ⎢ 2 ⋅ ⎡ ⎤ ⋅ + 10 ⋅122 ⎢ 2 ⎥ ⋅ ( 4 − 0,8 ) ⎡⎣ft ⎤⎦ ⎟
3 3
W1→3 4
⎥ ⎣ ⎦ ft ln
⎜ ⎣ ft ⎦ 4 ⎟ ⎜ ⎣ ft ⎦ ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎛ 0,8 ⎞
W1→3 = ⎜10 ⋅122 [ lbf ] ⋅ 4 [ ft ] ⋅ ln
⎝ 4 ⎠
(
⎟ + 10 ⋅12 [ lbf ] ⋅ ( 4 − 0,8 ) [ ft ]
2
)
W1→3 = –4662,36 [ lbf · ft ]
Mas como 1 [ Btu ] = 778,17 [ lbf · ft ]
4662,36
W1 3
6 Btu ◄
778,17
Assim, como obtivemos um resultado negativo, podemos concluir que trabalho foi realizado sobre o
sistema.
Poderíamos ter avaliado o trabalho líquido do ciclo calculando as áreas dos polígonos sombreados,
como ilustrado na Figura 4.23, e fazendo Wlíquido = A1 – A2.
Solução ▼
Sabe–se que este processo tem 2 estados. No estado d o refrigerante 134a encontra–se no estado de
vapor saturado. Mas no estado c não conhecemos a condição desta substância. Portanto, devemos ir
à Tabela 10.14 e verificar qual a pressão de saturação deste fluido para T = 20 [ ºC ] com a finalidade de
verificar se está comprimido ou superaquecido.
Da Tabela 10.14 temos psat@20 [ ºC ] = 0,1337 [ MPa ] < 1,4 [ bar ] (0,14 [ MPa ]), o que significa que esta
substância está superaquecida no estado c.
Assim, encontremos os volumes específicos nos estados c e d:
T p υ
3
[ ºC ] [ MPa ] [ m / kg ]
0,10 0,23393
20 0,14 υ1 → Interpolando → υ1 = 0,170178 [ m3 / kg ]
0,15 0,15424
T p υ
3
[ ºC ] [ MPa ] [ m / kg ]
–20 0,1337 0,14649
T2 0,14 υ2 → Interpolando → υ2 = 0,141172 [ m3 / kg ]
–15 0,1650 0,12007 T2 = –18,994 [ ºC ]
T p υ
3
[ ºC ] [ MPa ] [ m / kg ]
c 20 0,14 0,170178 Tabela 10.15
Agora, já que temos um processo isotrópico, utilizamos a Equação ( 4.18 ) para calcular o trabalho
2
( 4.18
W1 2
pd )
1
∀2 υ υ
W1→2 d∀ 2 2
= ∫ p⋅ = ∫ p ⋅ dυ = p ⋅ ∫ dυ = p ⋅ (υ2 − υ1 )
m ∀1
m υ1 υ1
⎡ 3 m⎤
⎡ N ⎤ ⎢ m ⎥ = −4060,84 ⎡ N ⋅ m ⎤ ⎡ kJ ⎤
w1→ 2 = 0,14 × 106 ⎢ 2 ⎥ ⋅ ( 0,141172 − 0,170178 ) ⎢ ⎢ kg ⎥ −4, 06 ⎢ ⎥ ◄
⎣m ⎦ kg ⎥ ⎣ ⎦ ⎣ kg ⎦
⎢⎣ ⎥⎦
LXXXIII O tanque A, mostrado na Figura 4.24, tem um volume de 400 [ litros ] e contém o gás argônio
a 250 [ kPa ] e 30 [ ºC ]. O cilindro B contém um pistão, que se movimenta sem atrito, com
uma massa tal, que é necessária uma pressão interna ao cilindro de 150 kPa para faze–lo
subir. Inicialmente o pistão B está encostado na superfície inferior do cilindro. A válvula que
liga os dois recipientes é então aberta, permitindo o escoamento do gás para o cilindro. No
final do processo, o argônio atinge um estado uniforme, em todo o espaço interno, de 150
kPa e 30 °C. Calcular o trabalho realizado pelo argônio durante esse processo.
Solução ▼
Consideremos o argônio como gás perfeito. De acordo com a Tabela 10.20, R = 0,20813 [ kJ / kg · K ].
p
∀
T
Utilizando a Equação
TK = TºC + 273,15 ( 2.17 )
p1 1
p2 2
( 4.30 )
T1 T2
LXXXIV Considere o processo descrito no Exercício XXI. Para um volume de controle constituído
pelo espaço confinado no cilindro, determine o trabalho realizado pelo movimento de
fronteira. Admita que no estado inicial o pistão está encostado na superfície inferior do
cilindro e o estado final é o fornecido no Exercício XXI. [ 8.8 ]
LXXXV Determine o trabalho realizado pela água no processo descrito no Exercício L.[ 8.8 ]
LXXXVII Um conjunto cilindro–pistão (Figura 4.25) contém, inicialmente, 320 [ g ] de refrigerante R–22
a 10 [ °C ] e título 90 [ % ]. O pistão apresenta área da seção transversal igual a 0,006 [ m2 ],
massa de 90 [ kg ] e está travado por um pino. O pino é, então, removido e espera–se que o
sistema atinja o equilíbrio. Sabendo que a pressão atmosférica é 100 [ kPa ] e que a
temperatura no estado final é igual a 10 [ °C ], determine: (a) a pressão e o volume no estado
final; (b) o trabalho realizado pelo R–22.
3 3
LXXXIX Um gás é comprimido de 1
0,09 m , p = 1 [ bar ] até 2
0,03 m , p = 3 [ bar ]. A
1 2
pressão e o volume possuem uma relação linear durante o processo. Ache o trabalho para o
gás, em [ kJ ]. [ 8.5 ]
3
XC Um gás se expande de um estado inicial, em que p1 = 500 [ kPa ] e 1
0,1 m , até um
estado final em que p2 = 100 [ kPa ]. A relação entre pressão e volume durante o processo é
p constante. Esboce o processo num diagrama p e determine o trabalho
[ 8.5 ]
em [ kJ ].
um valor inicial de 900 [ N ] até um valor final zero. A pressão atmosférica é 100 [ kPa ], e a
área da face do pistão é 0,018 [ m2 ]. O atrito entre o pistão e a parede do cilindro pode ser
desprezado. Para o ar, determine as pressões inicial e final, em [ kPa ], e o trabalho,
em [ kJ ]. [ 8.5 ]
XCII O ar sofre dois processos em série: Processo 1→2: compressão politrópica, com n = 1,3; de
p1 = 100 [ kPa ], υ1 = 0,04 [ m3 / kg ] até υ2 = 0,02 [ m3 / kg ]. Processo 2→3: processo a
pressão constante até υ3 = υ1. Esboce os processos em um diagrama p×υ e determine o
trabalho por unidade de massa de ar, em [ kJ / kg ]. [ 8.5 ]
XCIII O eixo do ventilador do sistema de exaustão de um edifício é acionado a ω = 300 [ rpm ] por
uma correia que passa por uma polia de 0,3 [ m ] de diâmetro. A força líquida aplicada na
polia pela correia é de 2000 [ N ]. Determine o torque aplicado na polia pela correia, em
[ N · m ], e a potência transmitida, em [ kW ]. [ 8.5 ]
XCIV Uma barra cilíndrica sólida conforme Figura 4.13, com diâmetro de 5 [ mm ], é lentamente
estendida de um comprimento inicial de 10 [ cm ] para um comprimento final de 10,1 [ cm ]. A
C L L0
XCV Uma película líquida é suspensa numa armação retangular de arame, como mostrado na
Figura 4.14. O comprimento do arame móvel é de 2 [ in ], e a outra dimensão é inicialmente
de 6 [ in ]. O arame móvel é deslocado de 1 [ in ] por uma força aplicada, enquanto a tensão
–4
superficial da película de líquido permanece constante em 2,5×10 [ lbf / in ]. Determine o
trabalho realizado ao esticar–se a película, em [ ft · lbf ]. [ 8.5 ]
XCVI O cilindro mostrado na Figura 4.27, com área da seção transversal igual a 7,012 [ cm2 ]
contém 2 [ kg ] de água e apresenta dois pistões. O superior tem massa de 100 [ kg ] e
inicialmente está encostado nos esbarros. O pistão inferior tem massa muito pequena, que
pode ser considerada nula, e a mola está distentida quando o pistão inferior está encostado
no fundo do cilindro. O volume confinado no cilindro é igual a 0,3 [ m3 ] quando o pistão
inferior toca os esbarros. No estado inicial a pressão é 50 [ kPa ] e o volume é 0,00206 [ m3 ].
Transfere–se calor a água até que se obtenha vapor saturado. Nestas condições, determine:
(a) a temperatura e a pressão na água para que o pistão superior inicie o movimento. (b) a
temperatura, pressão e o volume específico no estado final. (c) o trabalho realizado pela
água.
XCVII Two pounds mass of Refrigerant 134a, initially at p1 = 180 [ lbf / in2 ] and T1 = 120 [ ºF ],
undergo a constant–pressure process to a final state where the quality is 76,5 [ % ].
Determine the work for the process, in [ Btu ].
XCIX O espaço localizado acima do nível d’água num tanque fechado de armazenamento contém
nitrogênio a 25 [ °C ] e 100 [ kPa ]. O tanque tem um volume total de 4 [ m3 ] e contém
500 [ kg ] de água a 25 [ °C ]. Uma quantidade adicional de 500 [ kg ] de água é então
lentamente forçada para dentro do tanque. Admitindo que a temperatura permaneça
constante no processo, calcular a pressão final do nitrogênio e o trabalho realizado sobre o
mesmo durante o processo. [ 8.8 ]
(a) (b)
Historicamente, o trabalho foi medido em unidades mecânicas, dadas pelo produto da força pela
distância, como, por exemplo, em quilograma força × metro ou em joule, enquanto que as medidas de
calor eram realizadas em unidades térmicas, como a caloria ou a quilocaloria. As medidas de trabalho e
calor foram efetuadas, durante um ciclo, para uma grande variedade de sistemas e para várias
quantidades de trabalho e calor. Quando as quantidades de trabalho e calor foram comparadas,
verificou–se que elas eram sempre proporcionais. Observações iguais a essas conduziram a
formulação da primeira lei da termodinâmica, que pode ser escrita da seguinte forma
J ( 5.1 )
que tem sido considerada como a expressão básica da primeira lei da termodinâmica para ciclos.
A B A B
1 1 1 1
Agora consideremos um outro ciclo, com o sistema mudando do estado 1 ao estado 2 pelo
processo C e voltando ao estado 1 pelo processo B. Para esse ciclo podemos escrever
2 2 2 2
C B C B
1 1 1 1
A C A C
1 1 1 1
ou, reordenando,
2 2
A C
( 5.3 )
1 1
Observe–se que, sendo E uma propriedade, sua diferencial é escrita dE. Quando a Equação
( 5.4 ) é integrada, de um estado inicial 1 a um estado final 2, temos
Q1 2
E2 E1 W 1 2 ( 5.5 )
onde Q1→2 é o calor transferido para o sistema durante o processo do estado 1 ao estado 2, E1 e E2 são
os valores inicial e final da energia E do sistema e W1→2 é o trabalho realizado pelo sistema durante o
processo.
O motivo para esta separação é que as energias cinética e potencial estão associadas ao
sistema de coordenadas que escolhemos e podem ser determinadas pelos parâmetros macroscópicos
de massa, velocidade e elevação. A energia interna U inclui todas as outras formas de energia do
sistema e está associada ao estado termodinâmico do sistema. Como cada uma das parcelas é uma
função de ponto, podemos escrever
dE = dU + d ( EC ) + d ( EP ) ( 5.6 )
A primeira lei da termodinâmica para uma mudança de estado de um sistema pode, portanto, ser
escrita
δQ = dU + d ( EC ) + d ( EP ) + δW ( 5.7 )
Verbalmente, essa equação estabelece que: quando um sistema passa por uma mudança de
estado, a energia pode cruzar a fronteira na forma de calor ou trabalho, e cada um destes pode ser
positivo ou negativo. A variação líquida de energia do sistema será igual a transferência líquida de
energia que cruza a fronteira do sistema. A energia do sistema pode variar por qualquer uma das três
maneiras, a saber: por uma variação da energia interna, da energia cinética ou da energia potencial.
Como a massa de um sistema é fixa, também podemos afirmar que uma quantidade de matéria pode
possuir três formas de energia: energia interna, energia cinética, ou energia potencial.
Este parágrafo será concluído deduzindo–se uma expressão para as energias cinética e
potencial de um sistema. Consideremos, primeiramente, um sistema que está inicialmente em repouso
em relação a um referencial fixo à superfície da Terra. Apliquemos uma força externa F horizontal sobre
o sistema, admitamos que o movimento apresenta um deslocamento dx na direção da força e que não
haja transferência de calor nem variação da energia interna. Como não há variação de energia
potencial, a primeira lei, Equação ( 5.7 ), pode ser simplificada para
δW = –F · dx = –d ( EC )
Mas
dV dx d V dV
F m a m m mV
dt dt dx dx
Assim
d EC F dx m V d V
Integrando, obtemos
EC V
d EC m V dV
EC 0 V 0
1
EC m V2 ( 5.8 )
2
Uma expressão para a energia potencial pode ser construída de modo semelhante.
Consideremos um sistema inicialmente em repouso e a uma certa cota em relação a um plano de
referência. Deixemos atuar sobre o sistema uma força vertical F, de intensidade tal que ela eleva (em
altura) o sistema, a velocidade constante, de uma quantidade dZ. Admitamos que a aceleração, devido
a gravidade, nesse ponto seja g e que não haja transferência de calor nem variação da energia interna.
A primeira lei, Equação ( 5.7 ), para este caso é
δW = –F · dZ = –d ( EP )
F=m·a=m·g
Então,
d ( EP ) = F · dZ = m · g · dZ
Integrando,
EP 2 Z2
d EP m g dZ
EP 1
Z1
Admitindo–se que g não varia com Z (o que é razoável para variações moderadas de cotas)
EP 2
EP 1
m g Z2 Z1 ( 5.9 )
Integrando, para uma mudança do estado 1 até um estado 2, com g constante, temos
2 2
m V2 m V1
E 2 E1 U 2 U 1 m g Z2 m g Z1
2 2
Três observações podem ser feitas relativamente a essa equação. A primeira é que a
propriedade E, a energia do sistema, realmente existe e pudemos escrever a primeira lei para uma
mudança de estado, usando a Equação ( 5.5 ). Entretanto, ao invés de utilizarmos essa propriedade E,
vimos que é mais conveniente considerar separadamente a energia interna, a energia cinética e a
energia potencial. Em geral, esse será o procedimento utilizado.
A segunda observação é que as Equações ( 5.10 ) e ( 5.11 ) são, de fato, o enunciado da
conservação da energia. A variação líquida da energia do sistema é sempre igual a transferência líquida
de energia através da fronteira do sistema, na forma de calor e trabalho. Isso é um pouco parecido com
uma conta conjunta que um homem pode fazer com sua mulher. Neste caso existem dois caminhos
pelos quais os depósitos e as retiradas podem ser feitos, quer pelo homem ou por sua mulher e o saldo
sempre refletirá a importância líquida das transações. Analogamente, existem dois modos pelos quais a
energia pode ser transferida na fronteira de um sistema, seja como calor ou trabalho e a energia do
sistema variará na exata medida da transferência líquida de energia que ocorre na fronteira do sistema.
O conceito de energia e a lei da conservação da energia são básicos na termodinâmica.
A terceira observação é que as Equações ( 5.10 ) e ( 5.11 ) somente podem fornecer as
variações de energia interna, energia cinética e energia potencial e assim não conseguimos obter os
valores absolutos destas quantidades. Se quisermos atribuir valores a energia interna, energia cinética
e energia potencial, precisamos admitir estados de referência e atribuir valores para as quantidades
nestes estados. Deste modo, a energia cinética de um corpo imóvel em relação a Terra é admitida nula.
Analogamente, o valor da energia potencial é admitido nulo quando o corpo está numa certa cota de
referência. Para a energia interna, portanto, também necessitamos de um estado de referência para
atribuirmos valores para a propriedade. Esse assunto será considerado no próximo parágrafo.
Por exemplo: a energia interna específica do vapor a pressão de 0,6 [ MPa ] e título de 95 [ % ] é
calculada do seguinte modo:
u = ul + x · ulv = 669,9 + 0,95 · ( 1897,5 ) = 2472,5 [ kJ / kg ]
Solução ▼
A primeira lei da termodinâmica é (Equação ( 5.11 ))
2 2
m V 2 V1
Q1 U2 U1 m g Z 2 Z1 W1 ( 5.11 )
2 2
2
CII Consideremos um sistema composto por uma pedra que tem massa de 10 [ kg ] e um balde
que contém 100 [ kg ] de água. Inicialmente a pedra está 10,2 [ m ] acima da água e ambas
estão a mesma temperatura (estado 1). A pedra cai, então, dentro da água. Admitindo que a
aceleração da gravidade seja igual a 9,80665 [ m / s2 ], determinar ∆U, ∆EC, ∆EP, Q e W para
os seguintes estados finais: (a) A pedra imediatamente antes de penetrar na água (estado 2).
(b) A pedra acabou de entrar em repouso no balde (estado 3). (c) O calor foi transferido para
o meio, numa quantidade tal, que a pedra e a água estão a mesma temperatura inicial
(estado 4).
Solução ▼
A primeira lei da termodinâmica é
Q = ∆U + ∆EC + ∆EP + W
a) A pedra está quase a penetrar na água. Admitindo–se que não houve transferência de calor para
a pedra ou da mesma, durante sua queda, concluímos que durante esta mudança de estado,
Q1→2 = 0 .·. W1→2 = 0 .·. ∆U = 0
Então
∆U + ∆EC = 0
∆U = –∆EC = –1 [ kJ ]
c) Depois que o calor necessário foi transferido, para que a pedra e a água apresentem a mesma
temperatura que tinham inicialmente, concluímos que ∆U = 0. Portanto, neste caso
∆U = –1 [ kJ ] .·. ∆EC = 0 .·. ∆EP = 0 .·. W3→4 = 0
Então
Q2→3 = ∆U = –1 [ kJ ]
Solução ▼
υl = 0,01061 [ m3 / kg ]
υv = 0,8857 [ m3 / kg ]
υ1 = υl + x1 · ( υv – υl ) → x1 = 0,5012 Equação ( 3.10 )
mv
x1 m v 0,5012 4,5 m v 2,26 kg
mt
Ou seja, 50,12 [ % ] da massa total está no estado de vapor, ou seja, a massa na fase gasosa no estado
inicial é de 2,26 [ kg ].
b) Estado d (final): Vapor saturado
υ2 = υv
d Transformação isocórica → 2 1 → υ2 = υ1 = 0,4444 [ m3 / kg ]
p2 será a pressão de saturação correspondente a este estado de vapor saturado
A consulta da Tabela 10.6 mostra que o valor de υ2 corresponde a um estado compreendido entre os
estados correspondentes às pressões de saturação de 0,40 e 0,45 [ MPa ], obtendo–se os valores de p2
e T2 por interpolação linear da Tabela 10.6:
Tabela 10.6 – Adaptada
p T υv
[ MPa ] [ ºC ] [ m3 / kg ] → p2 ≈ 0,4186 [ MPa ]
0,400 143,63 0,4625 → T2 ≈ 145,2 [ ºC ]
p2 T2 υ2 = 0,4444
0,450 147,93 0,4140
Figura 5.3 – Diagrama p–υ para água ( Log – Log ) do Exercício CIII
c) Pela Primeira lei da termodinâmica para sistemas fechados Q1→2 – W1→2 = ∆U1→2, por outro lado,
tratando–se de uma transformação isocórica d 0:
2
W1 2
pd 0 Q1 2
U 2 U 1 m t u 2 u1
1
Para o estado d tem–se que u2 = uv, repetindo a interpolação linear entre os mesmos dois estados da
alínea anterior:
p T υv uv
[ MPa ] [ ºC ] [ m3 / kg ] [ kJ / kg ]
0,400 143,63 0,4625 2553,6
p2 T2 υ2 = 0,4444 u2 → u2 ≈ 2555,1 [ kJ / kg ]
0,450 147,93 0,4140 2557,6
CIV Um recipiente contém água numa pressão de 0,1 [ MPa ] e título de 80 [ % ], a massa de
água é de 3 [ kg ]. Mantendo–se a pressão constante, eleva–se a temperatura a 150 [ ºC ].
(a) Mostrar o processo num diagrama tempertura × volume específico. (b) Calcular o calor
fornecido ao sistema.
Solução ▼
a) Diagrama tempertura × volume específico
b) Tomando como sistema a água contida no recipiente, a Primeira lei da termodinâmica fica
(desprezando as variações de energia cinética e potencial)
Q1→2 = U2 – U1 + W1→2 ( 5.13 )
Cálculo de U2: De acordo com a Tabela 10.6 a temperatura de saturação da água a p = 0,1 [ MPa ] é
T = 99,62 [ ºC ], como no estado d a temperaura é T2 = 150 [ ºC ], significa que está superaquecido.
Então, pela Tabela 10.7:
uv @ p=0,1 [MPa] e T=150 [ºC] = 2583 [ kJ / kg ]
U2 = u2 · m = 2583 [ kJ / kg ] · 3 [ kg ]
U2 = 7749 [ kJ ]
2
Equação ( 2.1 )
2
d m
3
m 3
2
1,9364 3 kg 5,8092 m
kg
W1 2
pd ( 4.18 )
1
W1 2
p d p 2 1
1
6 N 3
W1 2
0,1 10 2
5,08092 4,066 m
m
W1→2 = 174297,42 [ N · m ] ou [ J ]
W1→2 = 174,3 [ kJ ]
Conhecendo a Equação ( 4.18 ), Então, como ul < u2 < uv significa que temos, no
2 estado d, uma mistura de líquido + vapor.
W1 pd Desta forma, utilizando a Equação ( 5.12 )
2
1 , seríamos tentados a calcular podemos calcular o título no estado d,
o trabalho. No entanto, para a situação descrita utilizando o valor de ulv da Tabela 10.6
no Exercício CV, o trabalho é nulo, pois o
u2 = ul + x2 · ulv ( 5.12 )
vapor + água líquida, após a retirada da
membrana, poderiam expandir–se livremente. 2429,26 = 761,67 + x2 · 1822,0
Nestes casos, onde a expansão é livre, o x2 = 0,915
trabalho é nulo. Portanto, se Q1→2 = 0 e
W1→2 = 0 a Equação ( 5.13 ) fica:
Conhecendo, agora, o título da mistura no
U2 = U1 ( 5.14 )
estado d podemos calcular a letra (b), ou seja,
o volume no estado d. Para tanto, vamos obter
os valores do volume específico da mistura
No estado c, de acordo com a Tabela 10.6,
para p = 1 [ MPa ] da Tabela 10.6
para p = 10 [ MPa ]:
υl = 0,001127 [ m3 / kg ]
ul = 1393,00 [ kJ / kg ]
υv = 0,19444 [ m3 / kg ]
ulv = 1151,4 [ kJ / kg ]
3
Já que conhecemos A 1
1 m ,
Então, utilizando a Equação ( 4.22 ) podemos, utilizando a Equação ( 2.1 ),
υ2 = υl + x2 · υlv ( 4.22 ) encontrar m1
A B
Como este exercício trata de um sistema, a ( 5.17 )
2
massa é constatnte, ou seja, m = m1 = m2. m
Então, para resolver a Equação ( 5.16 ) e 1 B
encontrar precisamos conhecer m. Para
2 0,178
61,08
tanto, com dados do estado c, obtidos a partir
3
da Tabela 10.6 para p = 10 [ MPa ] B
9,872 m (b)◄
υl = 0,001452 [ m3 / kg ]
υv = 0,01803 [ m3 / kg ] Para encontrar a temperatura no estado final,
como temos uma mistura de líquido + vapor,
basta pegar a temperatura de saturação da
Então, utilizando a Equação ( 4.22 ) água à pressão de 1 [ MPa ] da Tabela 10.6
υ1 = υl + x1 · υlv ( 4.22 )
T2 = 179,91 [ ºC ] (a)◄
υ1 = 0,001452 + 0,9 · ( 0,01803 – 0,001452 )
υ1 = 0,01637 [ m3 / kg ]
Solução ▼
c d
T1 = 20 [ ºC ] T2 > T1
∀1 = 0,1 ⎡⎣ m3 ⎤⎦ ∀2 = ∀1 = 0,1 ⎡⎣ m3 ⎤⎦
estado desconhecido vapor saturado
∀1 0,1 ⎡ m3 ⎤
υ1 = = = 0,1 ⎢ ⎥ Equação ( 2.1 ) υ2 = υ1 = υv@T2 = 0,1 [ m3 / kg ]
m 1 ⎣ kg ⎦
De posse do volume específico no estado d, como sabemos que toda massa está no estado de vapor
saturado, podemos encontrar por interpolação, a temperatura correspondente ao volume específico de
vapor υv@T2 = 0,1 [ m3 / kg ]. Para isto, recorremos aos dados da Tabela 10.5:
T υv
[ ºC ] [ m3 / kg ]
210 0,10441
T2 = 212,292 [ ºC ] ← T2 0,1
215 0,09479
Não sabemos em que estado se encontra a substância no estado c, mas conhecemos o seu volume
específico, então, vemos que, para T1 = 20 [ ºC ], da Tabela 10.5
υl υ1 υv
< <
0,001002 0,1 57,79
Portanto, temos uma mistura de líquido + vapor. Neste caso, com a Equação ( 4.22 ) podemos
encontrar o título
υ1 = υl + x1 · υlv ( 4.22 )
Agora, de posse do título, podemos encontrar a energia interna específica no estado c, através da
Equação ( 5.12 ), com dados da Tabela 10.5 para T1 = 20 [ ºC ]:
u1 = ul + x1 · ulv ( 5.12 )
A energia interna específica no estado d pode ser obtida por interpolação da Tabela 10.5 para
T2 = 212,292 [ ºC ]:
T uv
[ ºC ] [ kJ / kg ]
210 2599,4
212,292 u2 → u2 = 2600,179 [ kJ / kg ]
215 2601,1
De acordo com a Primeira lei da termodinâmica para este sistema, desprezando as variações de
energia cinética e potencial, temos:
Q1→2 = U2 – U1 + W1→2 ( 5.13 )
Mas como o êmbolo não se moveu durante o processo não houve movimento de fronteira do sistema e,
0
portanto, não houve trabalho, portanto Q1→2 = U 2 − U1 + W1→2 . E, como, U = u · m.
Q1→2 = m · ( u2 – u1 )
Q1→2 = 1 · ( 2600,179 – 87,913 )
Q1→2 = 2512,266 [ kJ ] ◄
Solução ▼
c d
p1 = 200 [ kPa ] T2 > T1
∀1 = 0,1 ⎡⎣ m3 ⎤⎦ ∀2 ≠ ∀1 = 0,5 ⎡⎣ m3 ⎤⎦ (houve trabalho)
estado desconhecido estado desconhecido
∀1 0,1 ⎡ m3 ⎤ ∀1 0,5 ⎡ m3 ⎤
υ1 = = = 0, 0020 ⎢ ⎥ Equação ( 2.1 ) υ2 = = = 0, 01 ⎢ ⎥
m 50 ⎣ kg ⎦ m 50 ⎣ kg ⎦
Não sabemos em que estado se encontra a substância no estado c, mas conhecemos o seu volume
específico, então, vemos que, para p1 = 200 [ kPa ], da Tabela 10.6
υl υ1 υv
< <
0,001061 0,002 0,8857
Portanto, temos uma mistura de líquido + vapor. Neste caso, com a Equação ( 4.22 ) podemos
encontrar o título no estado c
υ1 = υl + x1 · υlv ( 4.22 )
De posse do título, podemos encontrar a energia interna específica no estado c, através da Equação
( 5.12 ), com dados da Tabela 10.6 para p1 = 200 [ kPa ]:
u1 = ul + x1 · ulv ( 5.12 )
Quando o pistão encosta–se no esbarro, o volume da câmara se torna igual a 0,5 [ m3 ]. Note que o
calor é fornecido até que o pistão toque o esbarro, ou seja, enquanto calor era fornecido, o pistão
movia–se livremente, o que significa que a pressã é constante entre os estados c e d.
Então, vamos descobrir, a codição da água no estado d. Da Tabela 10.6 para p1 = 200 [ kPa ]:
υl υ2 υv
< <
0,001061 0,01 0,8857
Portanto, ainda temos uma mistura de líquido + vapor. Neste caso, com a Equação ( 4.22 ) podemos
encontrar o título no estado d
υ2 = υl + x1 · υlv ( 4.22 )
Com o título, podemos encontrar a energia interna específica no estado d, através da Equação ( 5.12 ),
com dados da Tabela 10.6 para p1 = 200 [ kPa ]:
u2 = ul + x2 · ulv ( 5.12 )
Entre os estados c e d houve trabalho, através de um processo isobárico. Podemos calcular este
trabalho com a Equação ( 4.18 )
2 2
W1 2
pd ( 4.18 )
1 1
De acordo com a Primeira lei da termodinâmica para este sistema, desprezando as variações de
energia cinética e potencial, temos:
Mas como U = u · m.
Q1→2 = m · ( u2 – u1 ) + W1→2
Q1→2 = 50 · (524,9323 – 506,6195 ) + 80
Q1→2 = 995,64 [ kJ ] ◄
3
CVIII Um gás se expande em um conjunto cilindro–pistão de p1 = 8,2 [ bar ] e 1
0,0136 m
até p2 = 3,4 [ bar ], em um processo durante o qual a relação entre pressão e volume é
1,2
p constante. A massa do gás é 0,183 [ kg ]. Se a energia interna específica do gás
decrescer de 29,8 [ kJ / kg ] durante o processo, determine a transferência de calor, em [ kJ ].
Os efeitos de energia cinética e energia potencial são desprezíveis.
Solução ▼
c d sistema
p1 = 8,2 [ bar ] = 820 [ kPa ] p2 = 3,4 [ bar ] = 340 [ kPa ] m = 0,183 [ kg ]
∀1 = 0, 0136 ⎡⎣ m ⎤⎦ 3
∀2 ≠ ∀1 (houve trabalho) u2 – u1 = 29,8 [ kJ / kg ]
1,2
p constante
Agora, vamos calcular o trabalho entre os estados c e d. Para isso, como temos um processo
politrópico, no qual n ≠ 1, podemos usar a Equação ( 4.19 ) para calcular o trabalho.
2
p2 2
p1 1
pd ( 5.18 )
1
1 n
⎛ ⎡ N ⎤ ⎞ ⎛ ⎡ N ⎤ ⎞
⎜⎜ 340 ×10 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 0, 0283 ⎡⎣ m ⎤⎦ ⎟⎟ − ⎜⎜ 820 × 10 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 0, 0136 ⎡⎣ m ⎤⎦ ⎟⎟
3 3 3 3
⎣m ⎦ ⎣m ⎦
W1→ 2 =⎝ ⎠ ⎝ ⎠
1 − 1, 2
De acordo com a Primeira lei da termodinâmica para este sistema, desprezando as variações de
energia cinética e potencial, temos:
Q1→2 = U2 – U1 + W1→2 ( 5.13 )
Mas como U = u · m.
Q1→2 = m · ( u2 – u1 ) + W1→2
⎛ ⎡ kJ ⎤⎞
Q1→2 = 0,183 [ kg ] ⋅ ⎜ −29,8 ⎢ ⎥ ⎟ + ( 7, 61[ kJ ])
⎜ ⎟
⎝ ⎣⎢ kg ⎦⎥ ⎠
Q1→2 = 2,156 [ kJ ] ◄
Solução ▼
Considerações ▼
(1) Z2 – Z1 = 700 [ m ];
(2) ∆u = –15 [ kJ / kg ];
(3) Não há variação de energia cinética;
(4) Q1→2 = –25 [ kJ ].
Q1→2 = U 2 − U1 +
(
m ⋅ V −V
2
2
2
1 ) + m ⋅ g ⋅( z − z ) +W
2 1 1→ 2
2
Q1→2 = m ⋅ ( u2 − u1 ) + m ⋅ g ⋅ ( z2 − z1 ) + W1→2
⎡ ⎛ ⎡ kJ ⎤ ⎞⎤ ⎛ ⎡m⎤ ⎞
−25 [ kJ ] = ⎢ 2 [ kg ] ⋅ ⎜ −15 ⎢ ⎥ ⎟ ⎥ + ⎜ 2 [ kg ] ⋅ 9, 6 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 700 [ m ] ⎟ + W1→2
⎢⎣ ⎜ ⎢⎣ kg ⎥⎦ ⎟⎠ ⎥⎦ ⎝ ⎣s ⎦ ⎠
⎝
( ) ( )
W1→2 = −25 × 103 [ J ] − −30 × 103 [ J ] − (13440 [ J ])
W1→2 = –8,44 [ kJ ] ◄
CX Um sistema fechado constituído por 2 [ kg ] de água sofre uma expansão reversível, desde o
estado de vapor saturado (seco) a 100 [ bar ] até uma pressão final de 10 [ bar ]. Durante a
transformação verifica–se a seguinte relação entre o volume e a pressão: p constante.
(a) Represente a transformação no diagrama p–υ; (b) Determine, em [ kJ ], o trabalho
realizado pelo sistema e a quantidade de calor trocada com o exterior.
Solução ▼
a) No estado inicial o vapor de água encontra–se no estado de vapor saturado a 100 [ bar ] ou 10 [ MPa
]. Consultando a Tabela 10.6 tira–se que o volume específico do vapor saturado para esta pressão
3
é υv@10 [ MPa ] = 0,018026 [ m / kg ] e a temperatura é Tsat@10 [ MPa ] = 311,06 [ ºC ]. Como a massa
não se modifica na transformação, a relação que existe entre a pressão e o volume total durante a
transformação ( p ⋅∀ = constante ) também é válida quando o volume total é substituído pelo volume
específico, isto é:
p1 ⋅υ1 = p2 ⋅υ2
υ1 ⋅ p1 10 ×106 ⋅ 0,018026 ⎡ m3 ⎤
υ2 = = =0,18026 ⎢ ⎥
p2 1×106 ⎣ kg ⎦
Consultando novamente a Tabela 10.6, como υl@1 [ MPa ] = 0,001127 e υv@1 [ MPa ] = 0,19444,
υl υ2 υv
< <
0,001127 0,18026 0,19444
Portanto, temos uma mistura de líquido + vapor. Neste caso, com a Equação ( 4.22 ) podemos
encontrar o título no estado d
υ2 = υl + x2 · υlv ( 4.22 )
O diagrama p–υ é:
b) O trabalho realizado, por cada quilograma de vapor na transformação pode ser calculado com a
Equação ( 4.20 )
2 2
d 2
pd p1 1
p1 1
ln ( 4.20 )
1 1 1
⎡N⎤ ⎛ ⎡ m3 ⎤⎞ ( 2 ⋅ 0,18026 )
W1→2 = 10 × 106 ⎢ 2 ⎥ ⋅ ⎜ 2 [ kg ] ⋅ 0,018026 ⎢ ⎥ ⎟ ⋅ ln
⎣ m ⎦ ⎜⎝ ⎦⎥ ⎠ ( 2 ⋅ 0,018026 )
⎟
⎣⎢ kg
W1→2 = 830127,97 [ J ] = 830,128 [ kJ ]
Da Tabela 10.6
u1 = uv@10 [ MPa ] = 2544,4 [ kJ / kg ]
ul@1 [ MPa ] = 761,67 [ kJ / kg ]
uv@1 [ MPa ] = 2583,6 [ kJ / kg ]
Com o título, podemos encontrar a energia interna específica no estado d, através da Equação ( 5.12 ),
com dados da Tabela 10.6 para p2 = 1 [ MPa ]:
u2 = ul + x2 · ulv ( 5.12 )
De acordo com a Primeira lei da termodinâmica para este sistema, desprezando as variações de
energia cinética e potencial, temos:
Q1→2 = U2 – U1 + W1→2 ( 5.13 )
Mas como U = u · m.
Q1→2 = m · ( u2 – u1 ) + W1→2
⎡ kJ ⎤
Q1→2 = 2 [ kg ] ⋅ ( 2448, 777 − 2544, 4 ) ⎢ ⎥ + 830,128 [ kJ ]
⎣⎢ kg ⎦⎥
Q1→2 = 638,882 [ kJ ] ◄
CXI Quatro quilogramas de um certo gás estão contidos em um conjunto cilindro–pistão. O gás
sofre um processo para o qual a relação entre pressão e volume é p ⋅∀1,5 = constante . A
pressão inicial é de 3 [ bar ], o volume inicial é de 0,1 [ m3 ] e o volume final é de 0,2 [ m3 ]. A
variação da energia interna específica do gás no processo é u2 – u1 = –4,6 [ kJ / kg ]. Não há
variação significativa de energia cinética ou potencial. Determine a transferência de calor
líquida para o processo, em [ kJ ].
Solução ▼
Hipóteses ▼
(1) O gás é um sistema fechado;
(2) O processo é descrito por p ⋅∀1,5 = constante ;
(3) Não há variação da energia cinética ou potencial do sistema.
Análise ▼
p1 ⋅∀1,5 3 ⋅ 0,11,5
p1 ⋅∀ = p2 ⋅∀
1,5 1,5
→ p2 = 1
= = 1, 0607 [ bar ]
1 2
∀1,5
2 0, 21,5
Em seguida, calculemos o trabalho no processo 1→2:. Temos um processo politrópico, no qual n = 1,5.
Portanto, podemos utilizar a Equação ( 4.19 ) para encontrar o trabalho.
2
p2 ⋅∀2 − p1 ⋅∀1
W1→2 = ∫ p ⋅ d ∀ = ( 4.19 )
1
1− n
⎡ N ⎤ ⎡ N ⎤
1, 0607 × 100000 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 0, 2 ⎡⎣ m 3 ⎤⎦ − 3 × 100000 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 0,1 ⎡⎣ m 3 ⎤⎦
W1→2 = ⎣m ⎦ ⎣m ⎦ = 17573, 6 [ N ⋅ m ]
1 − 1,5
Q1→2 = U 2 − U1 +
(
m ⋅ V −V
2
2
2
1 ) + ⎡m ⋅ g ⋅ ( z − z )⎤ + W
= 0( 3 )
2 ⎣ 2 1 ⎦ 1→ 2
Q1→2 = m ⋅ ( u2 − u1 ) + W1→2
⎡ J ⎤
Q1→2 = 4 [ kg ] ⋅ ( −4600 ) ⎢ ⎥ + 17573, 6 [ J ] = −826, 41[ J ] = −0,83 [ kJ ] ◄
⎢⎣ kg ⎥⎦
n A relação fornecida entre pressão e volume permite que o processo seja representado pelo
caminho mostrado no diagrama correspondente. A área sob a curva representa o trabalho. Como
não são propriedades, os valores do trabalho e da transferência de calor dependem dos detalhes
do processo e não podem ser determinados a partir dos estados inicial e final somente.
o O sinal negativo para o valor de Q significa que uma quantidade líquida de energia foi transferida
do sistema para a vizinhança por transmissão de calor.
CXII Um recipiente, com volume de 5 [ m3 ], contém 0,05 [ m3 ] de água líquida saturada e 4,95 [
m3 ] de água no estado de vapor saturado a pressão de 10,197 [ kgf / cm2 ]. Calor é
transferido à água até que o recipiente contenha apenas vapor saturado. Determinar o calor
transferido neste processo.
Solução ▼
Primeiro, vamos encontrar as massas de líquido e vapor para, com isto, obtermos a energia interna da
mistura no estado inicial:
⎡m⎤
1[ kgf ] = 1[ kg ] ⋅ 9,81 ⎢ 2 ⎥ = 9,81[ N ]
⎣s ⎦
⎡ N ⎤ 1002 [ cm ]
2
⎡ kgf ⎤ ⎡N⎤
10,197 ⎢ ⎥ ⋅ 9,81 ⎢ ⎥⋅ 2 1× 106 ⎢ 2 ⎥ 1[ MPa ]
⎣⎢ kgf ⎦⎥ 1 [ m ]
2
2
⎣⎢ cm ⎥⎦ ⎣m ⎦
∀ ∀ 0, 05 ⎡⎣ m3 ⎤⎦ ∀ ∀ 4,95 ⎡⎣ m3 ⎤⎦
υ = ∴ ml = l = = 44,366 [ kg ] υ = ∴ mv = v = = 25, 458 [ kg ]
m υl ⎡ m3 ⎤ m υv ⎡ m3 ⎤
0,001127 ⎢ ⎥ 0,19444 ⎢ ⎥
⎣ kg ⎦ ⎣ kg ⎦
⎡ kJ ⎤ ⎡ kJ ⎤
U1 = 44,366 [ kg ] ⋅ 761, 67 ⎢ ⎥ + 25, 458 [ kg ] ⋅ 2583, 6 ⎢ ⎥ = 99564,5 [ kJ ]
⎣⎢ kg ⎦⎥ ⎣⎢ kg ⎦⎥
Para determinar a energia interna no estado final, U2, precisamos conhecer duas propriedades
termodinâmicas independentes. A propriedade que conhecemos diretamente é o título (x2 = 100 [ % ]) e
a que pode ser calculada é o volume específico final, υ2, assim:
∀ 5 ⎣⎡ m3 ⎦⎤ ⎡ m3 ⎤
υ2 = = = 0, 0716 ⎢ ⎥
m ( 25, 458 + 44,366 ) [ kg ] ⎣ kg ⎦
⎡ kJ ⎤
U 2 = ( 44,366 + 25, 458 ) [ kg ] ⋅ 2603,86 ⎢ ⎥ = 181811,92 [ kJ ]
⎢⎣ kg ⎥⎦
Aplicando a primeira lei segundo as hipóteses ▼
(1) Não há trabalho
(2) Não há variação da energia cinética ou potencial do sistema.
2 2
m V 2 V1
Q1 U2 U1 m g Z 2 Z1 W1 ( 5.11 )
2 2
2
= 0(2)
Q1→2 = U 2 − U1 +
( 2
m ⋅ V −V
2
2
1 ) + ⎡m ⋅ g ⋅ ( z − z )⎤ + W
= 0(2) = 0(1)
2 ⎣ 2 1 ⎦ 1→ 2
Q1→2 = U 2 − U1
⎛ Ve2 ⎞
E ( t ) = EVC ( t ) + me ⋅ ⎜ ue + + g ⋅ ze ⎟ ( 5.19 )
⎝ 2 ⎠
onde EVC(t) é a soma das energias interna, cinética e potencial gravitacional da massa contida no
interior do volume de controle no instante t. O segundo termo à direita da Equação ( 5.19 ) leva em
conta a energia associada à massa me contida na região e adjacente ao volume de controle. A energia
⎛ Ve2 ⎞
m
específica da massa e é ⎜ ue + + g ⋅ ze ⎟ . Vamos estudar uma quantidade fixa de matéria m à
⎝ 2 ⎠
medida que o tempo evolui.
Em um intervalo de tempo ∆t toda a massa contida na região e cruza a fronteira do volume de
controle enquanto uma quantidade de massa ms, inicialmente no interior do volume de controle, sai de
modo a preencher a região s, conforme mostrado na Figura 5.8 (b). Durante este intervalo podem existir
transferências de energia de ou para o sistema em análise em termos de calor e trabalho. No instante t
+ ∆t, a energia do sistema é
⎛ Ve2 ⎞
E ( t + Δt ) = EVC ( t + Δt ) + me ⋅ ⎜ ue + + g ⋅ ze ⎟ ( 5.20 )
⎝ 2 ⎠
Observe que toda a massa e a energia no interior do volume de controle podem ter variado no
intervalo de tempo e que as massas me e ms não são necessariamente iguais, nem suas energias são
necessariamente as mesmas. Ao se escrever as Equações ( 5.19 ) e ( 5.20 ), as propriedades
intensivas das massas me e ms foram admitidas como globalmente uniformes.
Muito embora a massa total m em análise ocupe diferentes regiões do espaço em tempos
diferentes, ainda assim é a mesma quantidade de matéria. Conseqüentemente, o balanço de energia
para sistema fechado pode ser aplicado
E ( t + Δt ) = E ( t ) = Q − W ( 5.21 )
⎡ ⎛ Vs2 ⎞⎤ ⎡ ⎛ V2 ⎞⎤
⎢ EVC ( t + Δt ) + ms ⋅ ⎜ us + + g ⋅ zs ⎟ ⎥ − ⎢ EVC ( t ) + me ⋅ ⎜ ue + e + g ⋅ ze ⎟ ⎥ = Q − W ( 5.22 )
⎣ ⎝ 2 ⎠⎦ ⎣ ⎝ 2 ⎠⎦
⎛ V2 ⎞ ⎛ V2 ⎞
EVC ( t + Δt ) − EVC ( t ) = Q − W + me ⋅ ⎜ ue + e + g ⋅ ze ⎟ − ms ⋅ ⎜ us + s + g ⋅ zs ⎟ ( 5.23 )
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
A formulação da equação da energia para volume de controle em termos de taxa temporal pode
ser obtida aplicando–se um procedimento limite análogo ao empregado na Seção 4.1 para o balanço de
massa em um volume de controle. Primeiramente, divide–se cada termo da Equação ( 5.23 ) pelo
intervalo de tempo ∆t:
⎛ V2 ⎞ ⎛ V2 ⎞
me ⋅ ⎜ ue + e + g ⋅ ze ⎟ ms ⋅ ⎜ us + s + g ⋅ zs ⎟
EVC ( t + Δt ) − EVC ( t ) Q W ⎝ 2 ⎠− ⎝ 2 ⎠ ( 5.24 )
= − +
Δt Δt Δt Δt Δt
Em seguida considera–se o limite de cada termo à medida que ∆t tenda para zero.
No limite para ∆t tendendo a zero, o lado esquerdo da Equação ( 5.24 ). 4.17 torna–se
EVC ( t + Δt ) − EVC ( t ) dEVC
lim = ( 5.25 )
Δt →0 Δt dt
dEVC
onde é a taxa temporal de variação de energia contida no interior do volume de controle.
dt
Considere em seguida o termo de transferência de calor. Como ∆t tende a zero, as fronteiras do
sistema e do volume de controle coincidem, de modo que a transferência de calor para o sistema
Q i
também é a transferência de calor para o volume de controle. No limite lim =Q
Δt →0 Δt
W i
Analogamente, para o termo do trabalho lim =W
Δt →0 Δt
(a) (b)
Figura 5.8 – Esboço utilizado para o desenvolvimento do princípio de conservação de energia para um volume de controle, (a)
Instante t; (b) Instante t + ∆t. (Fonte: [ 8.5 ])
i i
Nestas expressões Q e W são, respectivamente, as taxas líquidas de transferência de energia
por calor e por trabalho ao longo da fronteira do volume de controle no instante t.
Finalmente, no limite quando ∆t tende a zero, os outros termos da Equação ( 5.25 ) tornam–se,
respectivamente,
⎡ ⎛ Ve2 ⎞⎤
⎢ me ⋅ ⎜ ue + + g ⋅ ze ⎟ ⎥
⎠ ⎥ = mi ⋅ ⎛ u + Ve + g ⋅ z ⎞
2
⎝ 2
lim ⎢ e ⎜ e e⎟
Δt →0 ⎢ Δt ⎥ 2
⎝ ⎠
⎢ ⎥
⎣⎢ ⎦⎥
⎡ ⎛ Vs2 ⎞⎤
⎢ ms ⋅ ⎜ us + + g ⋅ zs ⎟ ⎥
⎠ ⎥ = mi ⋅ ⎛ u + Vs + g ⋅ z ⎞
2
⎝ 2
lim ⎢ s ⎜ s s⎟
Δt →0 ⎢ Δt ⎥ 2
⎝ ⎠
⎢ ⎥
⎣⎢ ⎦⎥
i i ⎛ Ve2 ⎞ ⎛ Vs2 ⎞
onde m e e m s são as vazões mássicas. Os termos ⎜ ue + + g ⋅ ze ⎟ e ⎜ u s + + g ⋅ zs ⎟ são as
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
energias específicas da massa em escoamento avaliadas na entrada e na saída do volume de controle.
Lembre–se de que inicialmente admitimos propriedades uniformes para cada uma das massas me e ms
que cruzam a fronteira do volume de controle. Conseqüentemente, ao se tomar estes limites, isto
corresponde à hipótese de escoamento unidimensional nas áreas de entrada e saída do escoamento.
Em síntese, a equação da energia em termos de taxa temporal para o volume de controle da
Figura 5.8 é
dEVC i i i ⎛ V2 ⎞ i ⎛ V2 ⎞
= Q − W + m e ⋅ ⎜ ue + e + g ⋅ z e ⎟ − m s ⋅ ⎜ u s + s + g ⋅ z s ⎟ ( 5.26 )
dt ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
A Equação ( 5.26 ) mostra que, além de calor e trabalho, existe uma outra maneira pela qual a
energia pode ser transferida pela fronteira de um volume de controle: é a energia que acompanha a
massa à medida que esta entra ou sai do volume de controle. Estes termos de transferência de
i ⎛ V2 ⎞
energia possuem a forma m⋅ ⎜ u + + g ⋅ z ⎟ , em que a hipótese de escoamento unidimensional foi
⎝ 2 ⎠
considerada. Se não existir escoamento de massa entrando ou saindo do volume de controle, os dois
últimos termos da Equação ( 5.26 ) desaparecem. A equação então se reduz à formulação do balanço
de energia para sistema fechado.
Em seguida, iremos colocar a Equação ( 5.26 ) em uma forma que é mais conveniente para
aplicações subseqüentes. Isto será basicamente realizado através de uma reanálise do termo de
i
trabalho W , que representa a taxa temporal de transferência líquida de energia sob a forma de trabalho
ao longo de todas as partes da fronteira do volume de controle.
Por ser o trabalho sempre realizado sobre ou por um volume de controle onde a matéria escoa
i
ao longo da fronteira, é conveniente separar o termo de trabalho W em duas contribuições. Uma é o
trabalho associado à pressão do fluido à medida que a massa é introduzida nas entradas e removida
i
nas saídas. A outra contribuição, designada por WVC , inclui todos os outros efeitos devidos ao trabalho,
como aqueles associados a eixos que giram, a deslocamentos de fronteira e a efeitos elétricos,
magnéticos e de tensão superficial.
Considere o trabalho associado à pressão da matéria escoando através de uma saída s. Como
se vê na Seção 4.2, a taxa de transferência de energia por trabalho pode ser expressa pelo produto da
força pela velocidade no ponto de aplicação da força. Conseqüentemente, o produto da força normal,
ps · As, pela velocidade do fluido, Vs , corresponde à taxa pela qual o trabalho é realizado na saída pela
força normal (normal em relação à área de saída na direção do escoamento) devido à pressão. Ou seja,
onde, de acordo com a convenção de sinais para trabalho, o termo na entrada possui um sinal
negativo porque nesta situação a energia está sendo transferida para o volume de controle. Um sinal
positivo precede o termo de trabalho na saída porque a energia está sendo transferida para fora do
i
volume de controle. Com A ⋅ V = m⋅υ , a expressão anterior pode ser escrita como
i i i i
W = WVC + m s ⋅ ( ps ⋅υ s ) − me ⋅ ( pe ⋅υe ) ( 5.29 )
i i
onde m e e m s são as vazões mássicas e υe e υ s são os volumes específicos avaliados,
i i
respectivamente, na entrada e na saída. Na Equação ( 5.29 ), os termos m e ⋅ ( pe ⋅υe ) e m s ⋅ ( ps ⋅υ s )
levam em conta, respectivamente, o trabalho associado à pressão na entrada e na saída. Eles são
i
comumente conhecidos como trabalho de fluxo. O termo WVC leva em conta todas as outras
transferências de energia associadas a trabalho ao longo da fronteira do volume de controle.
dEVC i i i ⎛ V2 ⎞ i ⎛ V2 ⎞
= QVC − WVC + me ⋅ ⎜ ue + pe ⋅υe + e + g ⋅ ze ⎟ − m s ⋅ ⎜ us + ps ⋅υ s + s + g ⋅ zs ⎟ ( 5.30 )
dt ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
i
O subscrito VC foi adicionado a Q para enfatizar que esta é a taxa de transferência de calor ao
longo da fronteira (superfície de controle) do volume de controle.
Os últimos dois termos da Equação ( 5.30 ) podem ser reescritos usando a entalpia específica h.
Com h = u + p · υ, o balanço de energia torna–se
dEVC i i i ⎛ V2 ⎞ i ⎛ V2 ⎞
= QVC − WVC + me ⋅ ⎜ he + e + g ⋅ ze ⎟ − m s ⋅ ⎜ hs + s + g ⋅ zs ⎟ ( 5.31 )
dt ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
A Equação ( 5.32 ) é um balanço contábil para a energia no volume de controle. Ela enuncia que
o aumento ou decréscimo da taxa de energia no interior do volume de controle é igual à diferença entre
as taxas de transferência de energia entrando ou saindo ao longo da fronteira. Os mecanismos para a
transferência de energia são calor e trabalho, como no caso de sistemas fechados, e a energia que
acompanha a massa entrando ou saindo.
A Equação ( 5.32 ) é a forma mais geral do princípio da conservação de energia para volumes
de controle a ser utilizada para a solução de problemas nesta apostila. Ela serve como um ponto de
partida para a aplicação do princípio da conservação de energia para volumes de controle nas análises
que se seguem. No entanto, como no caso do balanço de massa, o balanço de energia pode ser
expresso em termos de propriedades locais para se obter formulações que são aplicáveis de uma forma
mais abrangente. Assim, o termo EVC(t), que representa a energia total associada ao volume de controle
em um instante t, pode ser escrito como uma integral volumétrica
⎛ V2 ⎞
EVC ( t ) = ∫ ρ ⋅ e ⋅ d ∀ = ∫ ρ ⋅ ⎜ u + + g ⋅ z ⎟ ⋅ d∀ ( 5.33 )
∀ ∀ ⎝ 2 ⎠
De maneira similar, os termos que levam em conta as transferências de energia pelo fluxo de
massa e pelo trabalho de fluxo nas entradas e nas saídas podem ser expressas como mostrado na
seguinte formulação da equação de taxa de energia:
d i i ⎡ ⎛ V2 ⎞ ⎤ ⎡ ⎛ V2 ⎞ ⎤
∫
dt ∀
ρ ⋅ e ⋅ d ∀ = Q VC − W VC + ∑ ⎢ ∫
e ⎣A⎝
⎜ h +
2
+ g ⋅ z ⎟ ⋅ ρ ⋅ Vn ⋅ dA ⎥ − ∑ ⎢ ∫ ⎜ h +
2
+ g ⋅ z ⎟ ⋅ ρ ⋅ Vn ⋅ dA⎥ ( 5.34 )
⎠ ⎦e s ⎣ A ⎝ ⎠ ⎦s
∑m ∑m
i i
e = s
e s
( 5.35 )
vazão mássica vazão mássica
entrando saindo
dEVC
Além disso, no regime permanente = 0 e, então, a Equação ( 5.32 ) pode ser escrita como
dt
0
dEVC i i ⎛ V2 ⎞ ⎛ V2 ⎞
= QVC − WVC + ∑ me ⋅ ⎜ he + e + g ⋅ ze ⎟ − ∑ m s ⋅ ⎜ hs + s + g ⋅ zs ⎟
i i
( 5.36 )
dt i
e ⎝ 2 ⎠ si ⎝ 2 ⎠
Alternativamente
i ⎛ V2 ⎞ i ⎛ V2 ⎞
QVC + ∑ me ⋅ ⎜ he + e + g ⋅ ze ⎟ = WVC + ∑ m s ⋅ ⎜ hs + s + g ⋅ zs ⎟
i i
e ⎝ 2 ⎠ s ⎝ 2 ⎠ ( 5.37 )
taxa de energia taxa de energia
entrando saindo
A Equação ( 5.35 ) afirma que no regime permanente a taxa total pela qual a massa entra no
volume de controle é igual à taxa total pela qual a massa sai. De maneira similar, as Equações ( 5.36 ) e
( 5.37 ) afirmam que a taxa total pela qual a energia é transferida para o volume de controle é igual à
taxa total pela qual a energia é transferida para fora.
Muitas aplicações importantes envolvem volumes de controle em regime permanente com uma
entrada e uma saída. É interessante aplicar–se os balanços de massa e de energia para este caso
i i
especial. O balanço de massa reduz–se simplesmente a m1 = m 2 . A vazão mássica na saída, 2, deve
i
ser a mesma da entrada, 1. Esta vazão mássica em comum é designada simplesmente por m . Em
seguida, aplicando o balanço de energia e fatorando a vazão mássica tem–se
i
0 = QVC − WVC
i i ⎡
+ m⋅ ⎢( h1 − h2 ) +
(
V12 − V22 ) ⎤
+ g ⋅ ( z1 − z2 ) ⎥ ( 5.38 )
⎢⎣ 2 ⎥⎦
( )
i i
QVC
WVC V12 − V22
0 = i − i + ( h1 − h2 ) + + g ⋅ ( z1 − z2 ) ( 5.39 )
m m 2
Os termos de entalpia, energia cinética e potencial aparecem todos nas Equações ( 5.38 ) e
( 5.39 ) como diferenças entre os seus valores na entrada e na saída. Isto mostra que os dados
utilizados para se atribuir valores a entalpia específica, velocidade e altura se cancelam, desde que os
i i
W QVC
mesmos dados sejam usados na entrada e na saída. Na Equação ( 5.39 ), as razões i e VC
i são
m m
as taxas de transferência de energia por unidade de massa que se encontra escoando ao longo do
volume de controle.
As formulações anteriores do balanço de energia em regime permanente relacionam apenas
quantidades associadas à transferência de energia avaliadas na fronteira do volume de controle. Nestas
equações, nenhum detalhe sobre as propriedades no interior do volume de controle é necessário ou
pode ser inferido. Quando se aplica o balanço de energia em qualquer de suas formulações é
necessário usar as mesmas unidades para todos os termos da equação. Por exemplo, todos os termos
na Equação ( 5.39 ) devem possuir uma unidade como [ kJ / kg ] ou [ Btu / lb ].
Solução ▼
Hipóteses ▼
(1) Cada um dos dois volumes de controle mostrados neste esboço encontra–se em regime
permanente;
(2) Não existe uma transferência de calor significativa entre o condensador como um todo e as suas
i
vizinhanças e WVC = 0 ;
(3) As variações das energias cinética e potencial dos fluxos entre a entrada e a saída podem ser
ignoradas;
(4) O modelo de líquido incompressível aplica–se para a água de resfriamento para a qual a pressão
permanece constante.
Análise ▼
Os fluxos de vapor d'água e da água de resfriamento não se misturam. Assim, o balanço de massa para
cada um dos dois fluxos reduz–se, no caso de regime permanente, a
(a) A razão entre a vazão mássica da água de resfriamento e a do vapor que se condensa,
m3/mx, pode ser determinada através da formulação em regime permanente do balanço de energia
aplicado ao condensador como um todo, conforme se segue:
0 = ∑ me ⋅ he − ∑ m s ⋅ hs
i i
i i
e s
⎛ i ⎞ ⎛ i ⎞ ⎛ i ⎞ ⎛ i ⎞
⎜ m1 ⋅ h1 ⎟ + ⎜ m3 ⋅ h3 ⎟ = ⎜ m2 ⋅ h2 ⎟ + ⎜ m4 ⋅ h4 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠
Consirenado regime permanente, toda a massa que entra em c deve sair em d, bem como, toda a
i i i i
massa que entra em e deve sair em f, portanto m1 = m2 e m3 = m4 . Daí temos:
⎛ i ⎞ ⎛ i ⎞ ⎛ i ⎞ ⎛ i ⎞
⎜ m1 ⋅ h1 ⎟ + ⎜ m3 ⋅ h3 ⎟ = ⎜ m1 ⋅ h2 ⎟ + ⎜ m3 ⋅ h4 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠
m1 ⋅ ( h1 − h2 ) = m3 ⋅ ( h3 − h4 )
i i
i
m3 h1 − h2
i =
m1 h4 − h3
A entalpia específica h1 pode ser determinada usando o título fornecido. Se temos título, significa que é
vapor saturado. Então, podemos usar a Tabela 10.6 para 0,1 [ bar ] = 10,0 [ kPa ] temos
hl = 191,81 [ kJ / kg ] e hv = 2584,6 [ kJ / kg ], assim
h1 = 191,81 + 0,95 · ( 2584,6 – 191,81 ) = 2464,9605 [ kJ / kg ]
O problema informa que sai condensado em d. Se está condensado, significa que toda a massa esta
no estado líquido. Portanto, a entalpia específica em d é dada por h2 ≈ hl@T = 45 [ ºC ] = 188,42 [ kJ / kg ].
Devemos pegar a entalpia específica no ponto na Tabela 10.5 em função da temperatura e não na
Tabela 10.6 em função da pressão porque como pode–se observar na Tabela 10.6, a temperatura de
saturação para uma pressão de é Tsat = 45,81 [ ºC ] e temos 45,0 [ ºC ]. Por outro lado, da Tabela 10.5
vemos que pata T = 45 [ ºC ] a pressão de saturação é psat = 9,5934 [ kPa ] e temos 10,0 [ kPa ]. Mas
abemos que diferenças de temperatura produzem efeitos mais significativos nas propriedades dos
fluidos, como a entalpia do que diferenças de pressão. Portanto, pegando o dado na temperatura exata
de 45 [ ºC ], mesmo que a pressão não seja rigorosamente igual à que temos, não incorreremos em erro
significativo. Assim,
h2 ≈ hl@T = 45 [ ºC ] = 188,42 [ kJ / kg ]
Para a água de resfriamento, não conhecemos a pressão, apenas sabemos que se mantém constante.
Mas conhecemos a temperatura e o estado: sabemos que é água líquida. Então, da Tabela 10.5
encontramos as entalpias específicas para os estados e e f.
h3 ≈ hl@T = 20 [ ºC ] = 83,94 [ kJ / kg ]
h4 ≈ hl@T = 35 [ ºC ] = 146,66 [ kJ / kg ]
Com isto,
i
m3 h1 − h2 2464,9605 − 188,42
i = = 36,3 ◄
m1 h4 − h3 146,66 − 83,94
(b) Para um volume de controle englobando o lado vapor do condensador apenas, a formulação em
regime permanente do balanço de energia é
(1) (2) ⎛ 2
(3)
(3)
⎞ ⎛ 2
(3)
⎞
(3)
dEVC i i
⎜ Ve ⎟ ⎜ Vs ⎟
+ ∑ me ⋅ ⎜ he + + g ⋅ ze ⎟ − ∑ m s ⋅ ⎜ hs +
i i
= QVC − WVC + g ⋅ zs ⎟ ( 5.36 )
dt i
e ⎜ 2 ⎟ si ⎜ 2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
i
i i
− QVC = me ⋅ he − m s ⋅ hs
i
QVC = m⋅ ( hs − he )
i
i
Dividindo pela vazão mássica do vapor, m1 , e inserindo valores
i
QVC ⎡ kJ ⎤
= ( h2 − h1 ) = 188,42 − 2464,9605 = −2276,54 ⎢ ⎥ ◄
i
m ⎣ kg ⎦
Solução ▼
Podemos utilizar a Equação ( 5.36 ) mediante as seguintes hipóteses:
Hipóteses ▼
(1) Os fluxos que cruzam o VC são em regime permanente;
i
(2) Transferência de calor entre o condensador e as suas vizinhanças desprezível: WVC = 0 ;
(3) Variações das energias cinética e potencial dos fluxos entre entrada e saída podem ser ignoradas;
(1) (2) ⎛ 2
(3)
(3)
⎞ ⎛ 2
(3)
⎞
(3)
dEVC i i
⎜ Ve ⎟ ⎜ Vs ⎟
+ ∑ me ⋅ ⎜ he + + g ⋅ ze ⎟ − ∑ m s ⋅ ⎜ hs +
i i
= QVC − WVC + g ⋅ zs ⎟ ( 5.36 )
dt i
e ⎜ 2 ⎟ si ⎜ 2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
i
i i
− QVC = me ⋅ he − m s ⋅ hs
i
QVC = m⋅ ( hs − he )
i
c d
vapor saturado líquido saturado
Tabela 10.5 Tabela 10.5
5 ⋅ (Tº F − 32 ) 5 ⋅ ( 300 − 32 ) 5 ⋅ ( 300 − 32 )
T TºC = = = 148,9 TºC = = 148,9 [ ºC ] ( 2.16 )
9 9 9
x 1 0
h 2745,06 627,43 [ kJ / kg ]
i
QVC = m⋅ ( hs − he )
i
i ⎡ lbm ⎤ 0,4536 [ kg ] 1 [ h ] ⎡ kJ ⎤ ⎡ kJ ⎤
QVC = 10 ⎢ ⎥⋅ ⋅ ⋅ ( 627, 43 − 2745, 06 ) ⎢ ⎥ = −2, 67 ⎢ ⎥ ◄
⎣ h ⎦ 1 [ lbm ] 3600 [s ] ⎣⎢ kg ⎥⎦ ⎣s ⎦
O sinal negativo significa que, de acordo com a convenção de sinais adotada na Figura 4.4, o calor sai
do sistema para a atmosfera, e portanto é negativo.
CXV In a steam generator, compressed liquid water at 1500 [ lbf / in2 ], 100 [ ºF ], enters a 1 [ in ]
diameter tube at the rate of 5 [ ft3 / min ]. Steam at 1250 [ lbf / in2 ], 750 [ ºF ] exits the tube.
Find the rate of heat transfer to the water.
Solução ▼
O primeiro passo é sempre a definição do volume de controle que, neste caso, pode ser todo o gerador
de vapor, como indica a linha tracejada da Figura 5.12.
É conhecido o diâmetro do tubo de entrada e a vazão de água líquida comprimida que entra no gerador
de vapor. De posse desta informação, podemos calcular a velocidade de entrada. Para tanto, utilizamos
a Equação ( 2.12 )
Q =V ⋅ A ( 2.12 )
⎡ ft 3 ⎤ 123 [in ] 3
5⎢ ⎥⋅ ⋅4
⎣⎢ min ⎦⎥ 1 [ ft ] ⎤ 0,0254 [ m ] 1 [ min ]
3 3
Q Q⋅4 ⎡ in ⎡m⎤
V1 = = = = 11000,8 ⎢ ⎥⋅ ⋅ = 4, 657 ⎢ ⎥
A π ⋅ D2 π ⋅12 [in ]
2
⎣ min ⎦ 1 [in ] 60 [s ] ⎣s⎦
⎡ m ⎤
⎢ kg ⋅ 2 ⎥ ⎡ kg ⎤
⎡N⎤
1[ Pa ] = 1 ⎢ 2 ⎥ = 1 ⎢ s ⎥ = 1⎢ 2⎥
⎣m ⎦ ⎢ m ⎥ ⎣ m ⋅s ⎦
2
⎢⎣ ⎥⎦
p1 = 10,3421339 [ MPa ] 10,34 [ MPa ]
Para converter a pressão do vapor na saída pode–se utilizar um método mais simples, que é a
⎡ lbf ⎤
utilização do fator de conversão 1 ⎢ 2 ⎥ = 1[ psi ] = 6894, 76 [ Pa ]
⎣ in ⎦
⎡ lbf ⎤ 6894, 76 [ Pa ]
p2 = 1250 ⎢ 2 ⎥ ⋅ 8, 62 [ MPa ]
⎣ in ⎦ ⎡ lbf ⎤
1⎢ 2 ⎥
⎣ in ⎦
Agora, para estas pressões vamos encontrar as propriedades termodinâmicas, interpolando dados das
tabelas
c d
Tabela 10.8 Tabela 10.7
5 ⋅ (Tº F − 32 ) 5 ⋅ (100 − 32 ) 5 ⋅ ( 750 − 32 )
T TºC = = = 37,8 TºC = = 398,9 [ ºC ] ( 2.16 )
9 9 9
Tsat@10,34 [ MPa ] = 313,5 Tsat@8,62 [ MPa ] = 300,3 [ ºC ]
p 10,34 8,62 [ MPa ]
v 0,00100257 0,031505334 [ m3 / kg ]
h 167,52606 3122,1275 [ kJ / kg ]
Para calcular a velocidade na saída da turbina devemos levar em conta a conservação da massa, que
i i
garante que m E = m S . Portanto, a diferença de velocidade que será anotada na saída da turbina deve–
se exclusivamente à diferença de volume específico, assim:
υ2 0, 031505334 ⎡m⎤
V2 = V1 ⋅ = 4, 657 ⋅ 146,34 ⎢ ⎥
υ1 0, 00100257 ⎣s⎦
Para calcular a vazão em massa escoando pela turbina podemos empregar a Equação ( 2.11 )
i 1 π ⋅ D2
m = ρ ⋅V ⋅ A = ⋅ V1 ⋅ ( 2.11 )
υ1 4
i 1 π ⋅ 0, 02542 ⎡ kg ⎤
m= ⋅ 4, 657 ⋅ = 2,354 ⎢ ⎥
0,00100257 4 ⎣ s ⎦
Para encontrar o calor transferido para a água utilizamos a Equação ( 5.38 ) mediante as hipóteses:
(1) Não há trabalho no gerador de vapor;
(2) A diferença de cotas é desprezível.
( )
= 0(1)
i i ⎡
i V12 − V22 = 0(2)⎤
− QVC
i i ⎡
= m⋅ ⎢( h1 − h2 ) +
V12 − V22 ( ) ⎤⎥
⎢⎣ 2 ⎥⎦
i
QVC
⎡
= 2,354 ⋅ ⎢(167526, 06 − 3122127,5 ) +
4, 657 2 − 146,342 ( ) ⎥⎤ = 6980,31 ⎡ kJ ⎤ ◄
2 ⎢⎣ s ⎥⎦
⎢⎣ ⎥⎦
CXVI (Cálculo de los parámetros operativos de una turbina de vapor) Se ha construido una
turbina según el croquis em la Figura 5.13. Elegimos los limites del sistema arbitrariamente
en c y d, según marcamos con líneas de puntos. La turbina está aislada adiabáticamente y
el fluido sale de ella en d a la misma velocidad a la que entra en c. Por lo tanto toda la
energía que pierde el fluido entre c y d se debe convertir en trabajo W, suponiendo una
eficiencia del 100 [ % ]. Esto último claro está no es así por los efectos disípateos, ya que
una parte de esa energía se disipa como turbulencia, otra parte se disipa en forma de calor a
través de la aislación, etc. Todo esto conduce a que la eficiencia puede ser del 20,
50 o 60 [ % ], según la construcción. Por ejemplo una turbina con una eficiencia del 60 [ % ]
puede entregar como trabajo mecánico en el eje sólo 60 de cada 100 unidades de la energía
que recibe del vapor. Supongamos que usa vapor de agua que entra a 2 [ atm ] y 230 [ ºC ]
en c y sale a 1 [ atm ] y 150 [ ºC ] en d. ¿Cuál debería ser la cantidad de vapor necesaria
para que la turbina idealmente suministre 10 [ kW ] de potencia?
vapor
superaquecido
WS
VC
2
Q
vapor
saturado
Figura 5.13 – Esquema para o exercício CXVI Figura 5.14 – Vista externa de uma turbina a vapor
Figura 5.15 – Turbina de 10 estágios Figura 5.16 – Rotor de uma turbina a vapor de extração e
condensação
Solução ▼
Com os dados fornecidos no problema obtemos:
c d
Tabela 10.7 Tabela 10.7
T 230 150 [ ºC ]
p 2 [ atm ] = 0,20265 [ MPa ] 1 [ atm ] = 0,101325 [ kPa ]
Tsat@0,20265 [ MPa ] = 120,63 Tsat@0,101325 [ MPa ] = 99,96 [ ºC ]
T = 230 > Tsat = 120,63 → superaquecido T = 150 > Tsat = 99,96 → superaquecido
h 2930,91 2775,9 [ kJ / kg ]
Hipóteses ▼
(1) Os fluxos que cruzam o VC são em regime permanente;
i
(2) Suponiendo que el sistema es adiabático: QVC = 0 ;
(3) As velocidades de entrada y salida son casi iguales y despreciando la variación de energía
potencial.
(1) = 0(2) ⎛ 2
(3)
(3)
⎞ ⎛ 2
(3)
⎞
(3)
dEVC i i
⎜ Ve ⎟ ⎜ Vs ⎟
+ ∑ me ⋅ ⎜ he + + g ⋅ ze ⎟ − ∑ m s ⋅ ⎜ hs +
i i
= QVC − WVC + g ⋅ zs ⎟ ( 5.36 )
dt i
e ⎜ 2 ⎟ si ⎜ 2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
i
i i
WVC = me ⋅ he − m s ⋅ hs
i
WVC = m⋅ ( he − hs )
i
⎡ kJ ⎤ i ⎡ kJ ⎤
10 ⎢ ⎥ = m⋅ ( 2930,91 − 2775,9 ) ⎢ ⎥
⎣ s ⎦ ⎣ kg ⎦
i ⎡ kg ⎤
m = 0, 0645 ⎢ ⎥ ◄
⎣ s ⎦
Esto no es demasiado, es decir, nos da la idea de que es posible obtener esa potencia.
Analicemos ahora qué pasa con la velocidad y la altura. Al usar el Primer Principio [ecuación ( 5.36 )]
despreciamos las contribuciones de la energía cinética y potencial. ¿Porqué podemos hacer esto?
Veamos primero la energía cinética. Vamos a suponer que en la entrada a la turbina la velocidad es de,
por ejemplo, 30 [ m / s ] que es un valor un poco alto para un sistema casero pero algo bajo para
instalaciones industriales. Supongamos que a la salida de la turbina la velocidad se reduce a un décimo,
o sea 3 [ m / s ]. Luego:
Hipóteses ▼
(4) Os fluxos que cruzam o VC são em regime permanente;
i
(5) Suponiendo que el sistema es adiabático: QVC = 0 ;
=0(4) = 0(5)
dEVC ii ⎛ Ve2 = 0(6)
⎞ ⎛ Vs2 = 0(6)
⎞
= QVC − WVC + ∑ me ⋅ ⎜ he + + g ⋅ ze ⎟ − ∑ m s ⋅ ⎜ hs +
i i
+ g ⋅ zs ⎟ ( 5.36 )
dt i
e ⎝ 2 ⎠ si ⎝ 2 ⎠
i
i ⎛ V2 ⎞ i ⎛ V2 ⎞
WVC = me ⋅ ⎜ he + e ⎟ − m s ⋅ ⎜ hs + s ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
i ⎛ V2 V2 ⎞
i
WVC = m⋅ ⎜ he + e − hs + s ⎟
⎝ 2 2 ⎠
⎛ ⎡ kg ⋅ m ⎤ 2 ⎡m⎤
2
⎡ kg ⋅ m ⎤ 2 ⎡m⎤
2
⎞
⎜ ⋅ m 30 ⎢ ⎥ ⋅ m 3 ⎢ ⎥ ⎟
⎡ kJ ⎤ i ⎢ 2 ⎥ ⎣ s ⎦ − 2775900 ⎢ s 2 ⎥ s
10 ⎢ ⎥ = m⋅ ⎜ 2930910 ⎢ s ⎥ + ⎢ ⎥ + ⎣ ⎦ ⎟
⎣s ⎦ ⎜ ⎟
⎜ ⎢ kg ⎥ 2 ⎢ kg ⎥ 2
⎟
⎝ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎠
⎡ kN ⋅ m ⎤ i ⎛ ⎡ kg ⋅ m m ⎤ 302 ⎡ m 2 ⎤ ⎡ kg ⋅ m m ⎤ 32 ⎡ m 2 ⎤ ⎞
10 ⎢ ⎥ = m⋅ ⎜ 2930910 ⎢ ⋅ ⎥ + ⎢ ⎥ − 2775900 ⎢ 2 ⋅ ⎥ + ⎢ 2 ⎥⎟
⎣ s ⎦ ⎜ s2 2 ⎣ s2 ⎦ s ⎟
⎝ ⎢
⎣ kg ⎥
⎦ ⎢
⎣ kg ⎦⎥ 2 ⎣ s ⎦ ⎠
⎡ kg ⋅ m ⎤
⋅m⎥
3 ⎢ ⎡ m2 ⎤
2
s
⎥ = m⋅ (155455,5 ) ⎢ 2 ⎥
i
10 × 10 ⎢
⎢ s ⎥ ⎣s ⎦
⎣ ⎦
⎡ kg ⋅ m 2 ⎤
10 ×103 ⎢ 3 ⎥
⎦ = 10 ×10 ⎡ kg ⋅ m ⎤ ⎡ s ⎤ = 0, 0643 ⎡ kg ⎤
3 2 2
i
m= ⎣ s
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢⎣ s ⎥⎦ ◄
⎡ m 2 ⎤ 155455,5 ⎢⎣ s 3 ⎦⎥ ⎣⎢ m 2 ⎦⎥
(155455,5) ⎢ 2 ⎥
⎣s ⎦
Calentamiento
Ronien–j ¿– Enfriamiento
r(c)
'fj. Trabajo alimentado
Bomba auxiliar
Las evoluciones que sufre el fluido de trabajo (vapor y líquido) se pueden seguir en el diagrama
T–S.
El generador de vapor produce vapor de agua en el estado 1,
*¡\ que suponemos recalentado, que ingresa a la turbina. En la
turbina se expande en forma adiabática reversible, disminuyendo mucho su presión y
temperatura (y consecuentemente su entalpia) y produciendo una cantidad de trabajo útil Wu. A la
salida de la turbina el vapor se encuentra en el estado 2, como vapor húmedo, es decir, mezclado con
líquido. Posteriormente el vapor de agua se enfría y condensa en el condensador, extrayendo calor Q2.
Esta operación es necesaria porque para ingresar el fluido de trabajo en el generador de vapor hay que
hacerlo en el estado líquido. La razón es que para poder forzar la entrada del fluido en el generador de
vapor {que se encuentra a presión muy alta) hay que impulsarlo con un equipo impulsor. Si el fluido se
encuentra al estado líquido el costo de impulsarlo es mucho menor que si está como vapor. A la salida
del condensador el agua líquida se encuentra en el estado 3.
A continuación es tomada por la bomba inyectora que lo comprime hasta la presión de entrada al
generador de vapor, que es ligeramente superior a la presión operativa del generador, en el estado 4.
La bomba con–
Patric Schürhaus
170
CXVII Para a central termoelétrica ilustrada na calcule: (a) a potência produzida pela turbina; (b) os
calores transferidos na caldeira; no condensador e no pré aquecedor de água; (c) o diâmetro
do tubo que liga a turbina ao condensador; (d) a vazão de água de resfriamento utilizada no
condensador, sabendo que ela entra a 13 [ ºC ] e sai a 24 [ ºC ] (água utilizada de um rio).
i
i ⎛ V2 ⎞ i ⎛ V2 ⎞ i
QVC + m5 ⋅ ⎜ h5 + 5 + g ⋅ z5 ⎟ = m6 ⋅ ⎜ h6 + 6 + g ⋅ z6 ⎟ + WT
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
Hipóteses ▼
i
(1) As tubinas normalmente são adiabáticas → Q = 0 ;
i i i ⎡ kg ⎤
(4) m5 = m6 = m = 25 ⎢
⎣ s ⎥⎦
i
i
⎛ V2 ⎞ i ⎛ V62 ⎞ i
QVC + m⋅ ⎜ h5 + 5 + g ⋅ z5 ⎟ = m⋅ h
⎜ 6 + + g ⋅ z6 ⎟ + WT ( 5.40 )
⎜ 2 ⎟ ⎝ 2 ⎠
⎝ ⎠
Nota: Veja na Tabela 10.7 que para p = 5,0 [ MPa ] e T = 490 [ ºC ] a entalpia vale h ≈ 3410 [ kJ / kg ].
Com isto, podemos dizer que as propriedades, principalmente a entalpia, não variam
significativamente para pequenas variações de pressão.
p6 = 9,593 [ kPa ] líquido h6 = hl + x6 · ( hv – hl )
h → + → → h6 = 2218,4 [ kJ / kg ]
x6 = 0,92 vapor h6 = 188,06 + 0,92 · (2394,9)
⎡ kg ⎤ ⎡ kJ ⎤ ⎡ kg ⎤ ⎛ 2002 ⎞ ⎡ kJ ⎤ i i
25 ⎢ ⎥ ⋅ 3405 ⎢ ⎥ = 25 ⎢ ⎥ ⋅ ⎜ 2218, 4 + ⎟⎢ ⎥ + WT ∴ WT 29165 [ kW ] ◄
⎢⎣ s ⎥⎦ ⎢⎣ kg ⎥⎦ ⎢⎣ s ⎥⎦ ⎝ 2000* ⎠ ⎢⎣ kg ⎥⎦
*Nota: A unidade de velocidade é [ m / s ] mas precisamos passar para [ kJ / kg ] que é a unidade de
entalpia
2
⎛ ⎡m⎤⎞ ⎡ m2 ⎤
V = ⎜ 200 ⎢ ⎥ ⎟ = 2002 ⎢ 2 ⎥
6
2
⎝ ⎣ s ⎦⎠ ⎣s ⎦
⎡ m2 ⎤
Portanto, ⎢ 2 ⎥
é a unidade de V62 . Se multiplicarmos tudo por 1000 [ kg ]:
s
⎣ ⎦
⎡ m 2 kg ⎤ 1000 1000 [ m ⋅ m ⋅ kg ] 1000 [ kg ⋅ m ] [ m] = 1000 [ N ⋅ m] = [ kJ ]
⎢ 2 ⋅ ⎥⋅ = = ⋅
⎣ s kg ⎦ 1000 1000 ⎡⎣s ⋅ kg ⎤⎦
2
⎡⎣s ⎤⎦
2
1000 ⋅ kg 1000 [ kg ] 1000 [ kg ]
⎡ m2 ⎤
logo ⎢ 2 ⎥ =
[ kJ ]
⎣ s ⎦ 1000 [ kg ]
2
⎛ ⎡m⎤⎞
⎜ 200 ⎢ ⎥ ⎟
V 2
⎣ s ⎦⎠ 2002 [ kJ ] 2002 ⎡ kJ ⎤
portanto 6 = ⎝ = =
2 2 2 1000 [ kg ] 2000 ⎢⎣ kg ⎥⎦
Hipóteses ▼
i i i ⎡ kg ⎤
(5) m6 = m7 = m = 25 ⎢ ;
⎣ s ⎥⎦
(6) Em equipamentos de troca de calor não temos
trabalho mecânico presente. Assim, a Primeira
lei da termodinâmica aplicada ao VC é escrita
como (desprezando as variações de energia
cinética e potencial):
i
i i
Q Cond + m6 ⋅ h6 = m7 ⋅ h7 ( 5.41 )
i ⎡ kg ⎤ ⎡ kJ ⎤ ⎡ kJ ⎤
Q Cond = 25 ⎢ ⎥ ⋅ (167,54 − 2218, 4 ) ⎢ ⎥ = −51271,5 ⎢ ⎥ −51271,5 [ kW ] 6 ◄
⎣⎢ s ⎥⎦ ⎣⎢ kg ⎦⎥ ⎣s ⎦
5
Como está líquido resfriado (água líquida comprimida) esquecemos da pressão e pegamos as propriedades como se fosse líquido
saturado na temperatura T7 = 40 [ ºC ]. Para isto, usamos a Tabela 10.5.
6
O sinal negativo indica que há uma perda de calor no condensador, já que usamos a notação que trabalho saíndo é positivo e
calor saíndo é negativo.
Hipóteses ▼
i i i ⎡ kg ⎤
(7) m3 = m4 = m = 25 ⎢ ;
⎣ s ⎥⎦
(8) A caldeira não deixa de ser um trocador de
calor, portanto também não temos trabalho
mecânico presente. Assim, a Primeira lei da
termodinâmica aplicada ao VC é escrita como
(desprezando as variações de energia cinética
e potencial):
i
i i
Q Caldeira + m3 ⋅ h3 = m 4 ⋅ h4 ( 5.42 )
i ⎡ kg ⎤ ⎡ kJ ⎤ ⎡ kJ ⎤
Q Caldeira = 25 ⎢ ⎥ ⋅ ( 3426,8 − 763, 21) ⎢ ⎥ = 66589, 75 ⎢ ⎥ 66590 [ kW ] ◄
⎣⎢ s ⎥⎦ ⎣⎢ kg ⎦⎥ ⎣s ⎦
7
Como está líquido resfriado (água líquida comprimida) esquecemos da pressão e pegamos as propriedades como se fosse líquido
saturado na temperatura T3 = 180 [ ºC ]. Para isto, usamos a Tabela 10.5.
i ⎡ kg ⎤ ⎡ kJ ⎤ ⎡ kJ ⎤
Q Pré = 25 ⎢ ⎥ ⋅ ( 763, 21 − 188, 42 ) ⎢ ⎥ = 14369, 75 ⎢ ⎥ 14370 [ kW ] ◄
⎣⎢ s ⎥⎦ ⎣⎢ kg ⎦⎥ ⎣s ⎦
O volume específico no ponto 6 pode ser obtido com a Equação ( 3.10 ) com dados da Tabela 10.5:
υ = υl + x · υlv ( 3.10 )
1 π ⋅ D62 1 π ⋅ D62
∴ D6 = 1, 495 [ m ]
i i
m6 = ⋅ V6 ⋅ ∴ m6 = ⋅ 200 ⋅ ( 2.1 )
υ6 4 14, 037 4
8
Como está líquido resfriado (água líquida comprimida) esquecemos da pressão e pegamos as propriedades como se fosse líquido
saturado na temperatura T2 = 45 [ ºC ]. Para isto, usamos a Tabela 10.5.
∑m ⋅ he = ∑ m s ⋅ hs
i i
e
i i i i
m⋅ h6 + m H2O ⋅ h9 = m⋅ h10 + m H2O ⋅ h10 ( 5.44 )
Substituindo em ( 5.44 )
⎡ kg ⎤ ⎡ kJ ⎤ i ⎡ kJ ⎤ ⎡ kg ⎤ i ⎡ kJ ⎤
25 ⎢ ⎥ ⋅ 2391, 6 ⎢ ⎥ + m H2O ⋅ 54, 6 ⎢ ⎥ = 25 ⎢ ⎥ ⋅167,54 + m H2O ⋅100, 7 ⎢ ⎥
⎣ s ⎦ ⎣ kg ⎦ ⎣ kg ⎦ ⎣ s ⎦ ⎣ kg ⎦
i ⎡ kg ⎤
m H2O = 1206,1 ⎢ ⎥ ◄
⎣ s ⎦
9
Água retirada de um rio, por isso está na pressão atmosférica
5.4.4 Exercícios
CXVIII 2,3 [ kg ] de água a 15 [ ºC ] estão dentro de um cilindro com êmbolo sem atrito que tem uma
massa tal que a pressão da água é 0,7 [ MPa ]. Transfere–se o calor lentamente para a água
fazendo com que o êmbolo suba até atingir os batentes quando, então, o volume interno do
cilindro é 0,425 [ m3 ]. Transfere–se mais calor à água até atingir o estado de vapor saturado.
(a) Mostre o processo num diagrama T×υ. (b) Determine a pressão final do cilindro, o calor
transferido e o trabalho realizado durante o processo.
2.46 Uma parede plana de 0,08 m de espessura é construída com tijolos comuns. Em regime
permanente, a taxa de transferência de energia por condução através de uma área de parede de l m2 é
0,2 kW. Se a distribuição de temperatura através da parede for linear, qual é a diferença de temperatura
entre os lados da parede, em K?
2.47 A parede de 6 in de espessura de uma casa possui uma área de 160 ft2 e uma
condutividade térmica média de 0,0318 Btu/h • ft • °R. Em regime permanente, a temperatura da parede
diminui linearmente de 70°F na superfície interna para 30°F na superfície externa. Determine a taxa de
transferência de energia por condução, em Btu/h.
2.48 Uma superfície de 2 cm de diâmetro a 1000 K emite radiação térmica numa taxa de 15 W.
Qual é a emissividade da superfície? Supondo uma emissividade constante, faça um gráfico da taxa de
emissão radiante, em W, para temperaturas superficiais compreendidas entre O e 2000 K. A constante
de Stefan–Boltzmann, o–, é 5,67 X 10~8 W/m2 • K4.
2.49 Uma esfera de área superficial O, l ft2 e temperatura superficial de 1000°R emite radiação
térmica. A emissividade da superfície é e = 0,9. Determine a taxa de emissão térmica, em Btu/h. A
constante de Stefan–Boltzmann é a = 0,1714 X 10~8 Btu/h • ft2 • R4.
2.50 Uma superfície plana possuindo uma área de 2 m2 e uma temperatura de 350 K é resfriada
convectivamente por um gás a 300 K. Utilizando os dados da Tabela 2.1, determine a maior e a menor
taxa de transferência de calor, em kW, que poderiam ser encontradas para (a) convecção livre, (b)
convecção forçada.
2.51 Uma parede composta plana consiste numa camada de 9 in de tijolos (K( =1,4 Btu/h • ft •
°R) e numa camada de 4 in de isolante (K, = 0,05 Btu/h • ft • °R). As temperaturas das superfícies
exteriores do tijolo e do isolante são 1260°R e 560°R, respectivamente, e existe um contato perfeito na
interface entre as duas camadas. Determine, em regime permanente, a taxa instantânea de
transferência de calor por condução, em Btu/h por ft2 de área de superfície, e a temperatura, em °R, na
interface entre o tijolo e o isolante.
2.52 Uma parede isolada de uma casa possui condutividade térmica média de 0,0318 Btu/h • ft •
°R. A espessura da parede é de 6 in e a área é 160 ft2. A temperatura do ar interno é 70°F, e o
coeficiente de transferência de calor por convecção entre o ar interno e a parede é 1,5 Btu/h • ft2 • °R.
No lado externo, o coeficiente de transferência de calor é 6 Btu/h • ft2 • °R e a temperatura do ar é –
10°F. Ignorando a radiação, determine a taxa de transferência de calor através da parede em regime
permanente, em Btu/h.
2.53 Uma superfície plana é coberta com um isolante com condutividade térmica de 0,08 W/m •
K. A temperatura na interface entre a superfície e o isolante é de 300°C. O lado externo do isolante é
exposto ao ar a 30°C, e o coeficiente de transferência de calor por convecção entre o isolante e o ar é
10 W/m2 • K. Ignorando a radiação, determine a espessura mínima de isolamento, em metros, tal que o
lado externo do isolante possua uma temperatura inferior a 60° C em regime permanente.
Balanço de Energia
2.54 Cada linha na tabela a seguir fornece informações sobre um processo em um sistema
fechado. Cada entrada possui as mesmas unidades de energia. Complete os espaços em branco na
tabela.
(a)
Transferência de calor espontânea
(b)
Expansão espontânea
(c)
Massa em queda
Figura 6.1 – Ilustração de processos espontâneos e do alcance eventual do equilíbrio com as vizinhanças
▪ Sistema (a): Um objeto a uma temperatura elevada Ti colocado em contato com o ar atmosférico
à temperatura T0 eventualmente se resfriaria até atingir a temperatura das suas vizinhanças de
dimensões muito maiores, conforme mostrado na Figura 6.1 (a). De acordo com o princípio da
conservação da energia, o decréscimo de energia interna do corpo se traduziria por um aumento
na energia interna da vizinhança. O processo inverso não ocorreria espontaneamente, mesmo
que a energia pudesse ser conservada: a energia interna das vizinhanças não diminuiria
espontaneamente enquanto o corpo se aquecesse de T0 até sua temperatura inicial.
▪ Sistema (b): O ar mantido a uma alta pressão pi em um tanque fechado escoaria
espontaneamente para as vizinhanças a uma pressão mais baixa p0 se a válvula fosse aberta
conforme apresentado na Figura 6.1 (b). Eventualmente, a movimentação do fluido cessaria e
todo o ar estaria a mesma pressão de suas vizinhanças. Baseado na experiência, deve estar
claro que o processo inverso não ocorreria espontaneamente, mesmo que a energia pudesse
ser conservada: o ar não retornaria espontaneamente para o tanque a partir das suas
vizinhanças à pressão p0, conduzindo a pressão ao seu valor inicial.
▪ Sistema (c): A massa suspensa por um cabo a uma altura zi cairia quando liberada, conforme
ilustrado na Figura 6.1 (c). Quando atingisse o repouso, a energia potencial da massa na sua
condição inicial se transformaria em um aumento na energia interna da massa e das suas
vizinhanças, de acordo com o princípio da conservação da energia, Eventualmente, a massa
também atingiria a temperatura das suas vizinhanças de dimensões muito maiores. O processo
inverso não ocorreria espontaneamente, mesmo que a energia pudesse ser conservada: a
massa não retornaria espontaneamente a sua altura inicial enquanto a sua energia interna ou a
de suas vizinhanças diminuísse.
Em cada caso considerado, a condição inicial do sistema pode ser restabelecida, mas não
através de um processo espontâneo. Alguns dispositivos auxiliares seriam necessários. Por estes meios
auxiliares o objeto poderia ser reaquecido até a sua temperatura inicial, o ar poderia ser retornado ao
tanque e sua pressão inicial restabelecida, e a massa poderia ser erguida até a sua altura inicial.
Também em cada caso, o fornecimento de um combustível ou eletricidade seria necessário para o
funcionamento dos dispositivos auxiliares, de forma que resultaria em uma mudança permanente na
condição das vizinhanças.
Essa discussão indica que nem todo processo consistente com o princípio da conservação da
energia pode acontecer. Geralmente, um balanço de energia por si só não permite indicar a direção
preferencial nem distinguir os processos que podem ocorrer daqueles que não podem. Em casos
elementares como os aqui discutidos, a experiência pode ser usada para deduzir se certos processos
espontâneos ocorrem e quais seriam as suas direções. Para casos mais complexos, em que falta
experiência ou esta é imprecisa, seria útil uma linha de ação. Isto é fornecido pela Segunda Lei.
Essa discussão também indica que, quando não perturbados, os sistemas tendem a sofrer
mudanças espontâneas até atingir uma condição de equilíbrio, tanto internamente quanto com suas
vizinhanças. Em alguns casos o equilíbrio é atingido rapidamente enquanto em outros é atingido
lentamente. Por exemplo, algumas reações químicas atingem o equilíbrio em frações de segundos; um
cubo de gelo precisa de alguns minutos para derreter; e pode levar anos para uma barra de ferro
enferrujar completamente. Tanto o processo rápido quanto o lento devem, obviamente, satisfazer o
princípio da conservação da energia. No entanto, este princípio por si só seria insuficiente para
determinar o estado final de equilíbrio. Outro princípio geral é necessário. Isto também é fornecido pela
Segunda Lei.
Essas discussões podem ser resumidas observando–se que a Segunda Lei e as deduções a
partir dela são úteis porque fornecem meios para
1. prever a direção de processos;
2. estabelecer condições para o equilíbrio;
3. determinar o melhor desempenho teórico de ciclos, motores e outros dispositivos;
4. avaliar quantitativamente os fatores que impedem a obtenção do melhor nível de
desempenho teórico.
Outras utilizações da Segunda Lei incluem seu papel em
5. definir uma escala de temperatura independente das propriedades de qualquer substância
termométrica;
6. desenvolver meios para avaliar propriedades tais como u e h em termos de propriedades que
são mais fáceis de obter experimentalmente.
Os cientistas e engenheiros encontraram muitas outras aplicações da Segunda Lei e das
deduções a partir dela. Ela também tem sido utilizada em Economia, Filosofia e em outras áreas de
Termodinâmica aplicada à Engenharia.
Os seis pontos listados podem ser vistos como aspectos da Segunda Lei da Termodinâmica e
não como idéias independentes e sem relação alguma. Contudo, dada a variedade destas áreas de
aplicação, é fácil entender por que não existe um enunciado simples que contemple claramente cada
uma delas. Existem várias formulações alternativas, ainda que equivalentes, da Segunda Lei. Na
próxima seção, dois enunciados equivalentes da Segunda Lei são apresentados como um ponto de
partida para o nosso estudo da Segunda Lei e de suas conseqüências. Embora a relação exata entre
estas formulações particulares e cada um dos aspectos da Segunda Lei aqui listados possa não ser
imediatamente perceptível, todos os aspectos apresentados podem ser obtidos através de deduções a
partir destas formulações ou de seus corolários. E importante acrescentar que, em cada exemplo em
que uma conseqüência da Segunda Lei foi testada direta ou indiretamente através de experimentos, ela
foi infalivelmente confirmada. Conseqüentemente, a base da Segunda Lei da Termodinâmica, como
qualquer outra lei física, é a evidência experimental.
fornecer uma quantidade líquida de trabalho para as suas vizinhanças enquanto recebe energia
por transferência de calor de um único reservatório térmico. O enunciado de Kelvin–Planck não
exclui a possibilidade de um sistema desenvolver uma quantidade líquida de trabalho a partir de uma
transferência de calor extraída de um único reservatório. Ele apenas nega esta possibilidade se o
sistema percorrer um ciclo termodinâmico.
onde as palavras “reservatório único” são adicionadas para enfatizar que o sistema se comunica
termicamente somente com um único reservatório enquanto executa o ciclo. Combinando a Equação
( 6.2 ) com Wciclo = Qciclo fornece Qciclo ≤ 0 . Cada uma destas desigualdades pode ser enxergada como
uma expressão analítica do enunciado de Kelvin–Planck da Segunda Lei da Termodinâmica.
Interpretaremos a desigualdade da Equação ( 6.2 ) na Seção 6.4.1.
transfere energia QC do reservatório frio para o reservatório quente por transferência de calor sem a
ocorrência de outros efeitos e assim violando o enunciado de Clausius. O sistema à direita opera em um
ciclo recebendo QH (maior do que QC) do reservatório quente, rejeitando QC para o reservatório frio e
fornecendo trabalho Wciclo para as vizinhanças. Os fluxos de energia na Figura 6.4 ocorrem nas
direções indicadas pelas setas.
Considere o sistema combinado indicado pela linha pontilhada na Figura 6.4, o qual consiste no
reservatório frio e nos dois dispositivos. Podemos considerar que o sistema combinado executa um ciclo
porque uma parte percorre um ciclo e as outras duas partes não sofrem variações líquidas em suas
condições. Além disso, o sistema combinado recebe energia (QH – QC) por transferência de calor de um
único reservatório, o reservatório quente, e produz uma quantidade equivalente de trabalho. Dessa
forma, o sistema combinado viola o enunciado de Kelvin–Planck. Assim, uma violação do enunciado de
Clausius implica a violação do enunciado de Kelvin–Planck. A equivalência entre os dois enunciados da
Segunda Lei é demonstrada completamente quando também se mostra que uma violação do enunciado
de Kelvin–Planck implica a violação do enunciado de Clausius. Isto é proposto como um exercício.
Figura 6.4 – Ilustração utilizada para demonstrar a equivalência entre os enunciados da Segunda Lei devidos a Clausius e
Kelvin–Planck
6.3.1.1 Irreversibilidades
Da discussão do enunciado de Clausius deve estar claro que qualquer processo envolvendo
uma transferência de calor espontânea de um corpo mais quente para um corpo mais frio é irreversível.
Caso contrário, seria possível retornar esta energia do corpo mais frio para o corpo mais quente sem
nenhum outro efeito dentro dos corpos ou em suas vizinhanças. No entanto, esta possibilidade é
negada pelo enunciado de Clausius. Além da transferência de calor espontânea, os processos que
envolvem outros tipos de eventos espontâneos são irreversíveis, como uma expansão não–resistida de
um gás ou líquido. Existem também muitos outros efeitos cuja presença durante um processo torna–o
irreversível. Atrito, resistência elétrica, histerese e deformação inelástica são exemplos importantes. Em
resumo, processos irreversíveis normalmente incluem uma ou mais das seguintes irreversibilidades:
1. Transferência de calor através de uma diferença finita de temperatura;
2. Expansão não–resistida de um gás ou líquido até uma pressão mais baixa;
3. Reação química espontânea;
4. Mistura espontânea de matéria em estados ou composições diferentes;
5. Atrito – atrito de rolamento, bem como atrito no escoamento de fluidos;
6. Fluxo de corrente elétrica através de uma resistência;
7. Magnetização ou polarização com histerese;
8. Deformação inelástica
Embora essa lista não esteja completa, ela sugere que todos os processos reais são
irreversíveis. Isto é, todos os processos envolvem efeitos como aqueles listados, seja um processo de
ocorrência natural ou um envolvendo um dispositivo inventado por nós, do mais simples mecanismo ao
maior complexo industrial. O termo “irreversibilidade” é utilizado para identificar qualquer destes efeitos.
A lista fornecida engloba algumas das irreversibilidades que são comumente encontradas.
A medida que um sistema sofre um processo, podem ser encontradas irreversibilidades dentro
do sistema, bem como em suas vizinhanças, embora em certos casos elas possam ser encontradas s
predominantemente no sistema ou em suas vizinhanças. Para muitas análises é conveniente dividir as
irreversibilidades presentes em duas classes. Irreversibilidades internas são aquelas que ocorrem
dentro do sistema. Irreversibilidades externas são aquelas que ocorrem nas vizinhanças,
freqüentemente nas vizinhanças imediatas. Como esta diferença depende apenas da localização da
fronteira, existem algumas arbitrariedades na classificação, uma vez que estendendo–se a fronteira de
forma a incorporar parte das vizinhanças, todas as irreversibilidades tornam–se “internas”. Contudo,
como mostrado nos desenvolvimentos posteriores, esta diferença entre irreversibilidades é
freqüentemente útil.
Os engenheiros deveriam estar aptos a reconhecer as irreversibilidades, avaliar a sua influência
e desenvolver meios práticos para reduzi–las. Porém, certos sistemas, tais como freios, baseiam–se no
efeito do atrito ou de outras irreversibilidades para a sua aplicação. A necessidade de se atingir taxas
rentáveis de produção, altas taxas de transferência de calor, acelerações rápidas e assim por diante,
invariavelmente dita a presença de irreversibilidades importantes. Além disso, as irreversibilidades são
toleradas em algum grau em todo tipo de sistema porque as modificações no projeto e a operação
necessária para reduzi–las seriam demasiadamente caras. Conseqüentemente, embora a melhora do
desempenho termodinâmico possa vir acompanhada da redução de irreversibilidades, os esforços neste
sentido são restringidos por vários fatores práticos freqüentemente relacionados a custos.
Sempre que qualquer irreversibilidade está presente durante um processo, o processo tem de
ser necessariamente irreversível. Porém, a irreversibilidade do processo pode ser demonstrada
usando–se o enunciado de Kelvin–Planck e o seguinte procedimento: (1) Suponha que há uma maneira
de retornar o sistema e as vizinhanças aos seus respectivos estados iniciais. (2) Mostre que, como
conseqüência desta hipótese, seria possível imaginar um sistema que produziria trabalho enquanto
nenhum outro efeito ocorreria, além de uma transferência de calor de um único reservatório. Uma vez
que a existência deste ciclo é negada pelo enunciado de Kelvin–Planck, a hipótese inicial deve estar
errada e segue–se que o processo é irreversível.
Por exemplo, vamos utilizar o enunciado de Kelvin–Planck para demonstrar a irreversibilidade de
um processo envolvendo atrito. Considere um sistema composto de um bloco de massa m e um plano
inclinado. Inicialmente o bloco está em repouso no topo da ladeira. O bloco então desliza pelo plano,
eventualmente atingindo o repouso em uma altura mais baixa. Não há transferência de calor
significativa entre o sistema e suas vizinhanças durante o processo.
Aplicando o balanço de energia para sistemas fechados
0 0 0
(U f − U i ) + m ⋅ g ⋅ ( z f − zi ) + ( ECf − ECi ) = Q − W
U f − U i = m ⋅ g ⋅ ( zi − z f )
onde U indica a energia interna do sistema bloco–plano e z é a altura do bloco. Assim, o atrito entre o
bloco e o plano durante o processo age convertendo o decréscimo na energia potencial do bloco em
energia interna do sistema global. Uma vez que não há trabalho ou interações de calor entre o sistema
e as suas vizinhanças, a condição destas permanece imutável durante o processo.
Figura 6.5 – Figura usada para demonstrar a irreversibilidade de um processo envolvendo atrito
Isto permite que observemos apenas o sistema para a demonstração de que o processo é
irreversível.
Quando o bloco está em repouso após deslizar pelo plano, a sua altura é zf e a energia interna
do sistema bloco–plano é Uf. De forma a demonstrar que o processo é irreversível usando o enunciado
de Kelvin–Planck, vamos tomar esta condição do sistema, mostrada na Figura 6.5 (a), como sendo o
estado inicial de um ciclo consistindo em três processos. Imaginemos que o arranjo cabo–polia e um
reservatório térmico estejam disponíveis para auxiliar na demonstração.
▪ Processo 1: Considere que o processo inverso possa ocorrer sem nenhuma mudança nas
vizinhanças. Como mostrado na Figura 6.5 (b), considere que o bloco retorne espontaneamente
à sua altura inicial e a energia interna do sistema decresce até o seu valor inicial, Ui (Este é o
processo que queremos demonstrar ser impossível.)
▪ Processo 2: Como mostrado na Figura 6.5 (c), use o arranjo cabo–polia fornecido para baixar o
bloco de zi até zf, permitindo que o decréscimo na energia potencial realize trabalho pela
elevação de outra massa localizada nas vizinhanças. O trabalho realizado pelo sistema é igual
ao decréscimo de energia potencial do bloco: m ⋅ g ⋅ zi − z f . ( )
▪ Processo 3: A energia interna do sistema pode ser aumentada de Ui até Uf colocando–o em
contato com o reservatório, como mostrado na Figura 6.5 (d). A transferência de calor
necessária é Q = Uf – Ui. Ou, com o resultado do balanço de energia no sistema, dado aqui,
conjunto massa–polia sem atrito, ou o equivalente, não haveria, também, variação líquida
alguma nas vizinhanças. Este processo seria reversível.
3. Como um exemplo final, considere dois corpos com temperaturas diferentes capazes de
interagir termicamente. Com uma diferença finita de temperatura entre eles, uma
transferência de calor espontânea ocorreria e, como discutido anteriormente, isto seria
irreversível. Poderia ser esperado que a importância desta irreversibilidade diminuiria à
medida que a diferença de temperatura se estreitasse, e este é o caso. A proporção que a
diferença de temperatura entre os corpos se aproximasse de zero, a transferência de calor
se aproximaria da reversibilidade. Da discussão sobre os modos de transferência de calor na
Seção 4.1.3, sabemos que a transferência de uma quantidade finita de energia por calor
entre corpos cujas temperaturas difiram entre si apenas levemente exigiria um tempo
considerável, uma área de superfície de troca de calor grande, ou ambos. Dessa forma, para
aproximar–se da reversibilidade, uma transferência de calor requereria um tempo infinito e/ou
uma área superficial infinita.
Figura 6.6 – Sistema percorrendo um ciclo enquanto troca energia por transferência de calor com um único reservatório térmico
térmicos, um reservatório quente e um reservatório frio, e desenvolve trabalho líquido Wciclo. A eficiência
térmica do ciclo é
Wciclo Q
η= = 1− C ( 6.3 )
QH QH
quantidade de energia descarregada do sistema para o reservatório frio por
QC transferência de calor
quantidade de energia recebida pelo sistema do reservatório quente por
QH transferência de calor
As transferências de energia mostradas na Figura 6.7 estão nas direções indicadas pelas setas.
Se o valor de QC fosse zero, o sistema da Figura 6.7 retiraria energia QH do reservatório quente
e produziria uma quantidade de trabalho igual, enquanto percorresse um ciclo. A eficiência térmica
deste ciclo teria o valor da unidade (100 [ % ]). Porém, este método de operação violaria o enunciado de
Kelvin–Planck e, portanto, não é permitido. Segue–se que para qualquer sistema executando um ciclo
de potência enquanto opera entre dois reservatórios, somente uma parcela da transferência de calor QH
pode ser obtida como trabalho, e a remanescente, QC, tem que ser descarregada por transferência de
calor para o reservatório frio. Isto é, a eficiência térmica tem que ser menor do que 100 [ % ]. Para
chegar a esta conclusão não foi necessário (1) identificar a natureza da substância contida no sistema,
(2) especificar a série exata de processos que compõem o ciclo, ou (3) indicar se os processos são
processos reais ou de alguma forma idealizados. A conclusão de que a eficiência térmica tem que ser
menor do que 100 [ % ] se aplica a todos os ciclos de potência quaisquer que sejam os detalhes da
operação. Isto pode ser considerado como um corolário da Segunda Lei. Outros corolários se seguem.
Uma vez que nenhum ciclo de potência pode ter uma eficiência de 100 [ % ], é de interesse
investigar–se a eficiência teórica máxima. A eficiência teórica máxima para sistemas percorrendo ciclos
de potência enquanto se comunicam termicamente com dois reservatórios térmicos a temperaturas
diferentes é avaliada na Seção 6.6, com referência aos dois seguintes corolários da Segunda Lei,
chamados corolários de Carnot.
▪ A eficiência térmica de um ciclo de potência irreversível é sempre menor do que a eficiência
térmica de um ciclo de potência reversível quando cada um opera entre os mesmos dois
reservatórios térmicos.
▪ Todos os ciclos de potência reversíveis operando entre os mesmos dois reservatórios térmicos
possuem a mesma eficiência térmica.
Figura 6.7 – Sistema percorrendo um ciclo de potência enquanto troca energia por transferência de calor com dois
reservatórios
O primeiro corolário de Carnot pode ser demonstrado utilizando–se o arranjo da Figura 6.8. Um
ciclo de potência reversível R e um ciclo de potência irreversível I operam entre os mesmos dois
reservatórios, e cada um recebe a mesma quantidade de energia QH do reservatório quente. O ciclo
reversível produz trabalho WR, enquanto o ciclo irreversível produz trabalho WI. De acordo com o
princípio da conservação de energia, cada ciclo descarrega energia no reservatório frio igual à diferença
entre QH e o trabalho produzido. Deixemos agora R operar na direção oposta como um ciclo de
refrigeração (ou bomba de calor). Uma vez que R é reversível, as magnitudes das transferências de
energia WR, QH e QC permanecem as mesmas, mas as transferências de energia são em direções
opostas, como mostrado pelas linhas pontilhadas na Figura 6.8. Além disso, com R operando na
direção oposta, o reservatório quente não experimentaria variação líquida alguma na sua condição, já
que receberia QH de R enquanto passasse QH para I.
A demonstração do primeiro corolário de Carnot é completada considerando–se o sistema
combinado mostrado pela linha pontilhada na Figura 6.8, que consiste nos dois ciclos e no reservatório
quente. Já que seus componentes executam ciclos ou não experimentam variação líquida alguma, o
sistema combinado opera em um ciclo. Além disso, o sistema combinado troca energia por
transferência de calor com um único reservatório: o reservatório frio. Dessa maneira, o sistema
combinado tem que satisfazer a Equação ( 6.2 ) expressa como
Wciclo < 0 (reservatório único)
em que a desigualdade é usada porque o sistema combinado é irreversível em sua operação, já que o
ciclo irreversível I é um de seus componentes. Avaliando–se Wciclo para o sistema combinado em
termos das quantidades de trabalho WI e WR, essa desigualdade torna–se
WI − WR < 0
a qual mostra que WI tem que ser menor que WR. Uma vez que cada ciclo recebe a mesma entrada de
energia, QH, segue–se que ηI < ηR e isto completa a demonstração.
Figura 6.8 – Desenho para demonstrar que um ciclo reversível R é mais eficiente do que um ciclo irreversível I quando ambos
operam entre os mesmos dois reservatórios
Figura 6.9 – Sistema percorrendo um ciclo de refrigeração ou de bomba de calor enquanto troca energia por transferência de
calor com dois reservatórios
QH QH
γ= = ( 6.5 )
Wciclo QH − QC
À medida que o fornecimento líquido de trabalho no ciclo Wciclo tende a zero, os coeficientes de
desempenho dados pelas Equações ( 6.4 ) e ( 6.5 ) aproximam–se de um valor infinito. Se Wciclo fosse
identicamente nulo, o sistema da Figura 6.9 retiraria energia QC do reservatório frio e forneceria energia
QC ao reservatório quente, enquanto percorresse um ciclo. Porém, este método de operação violaria o
enunciado de Clausius da Segunda Lei e, portanto, não é permitido. Segue–se que estes coeficientes
de desempenho têm que possuir invariavelmente um valor finito. Isto pode ser considerado como outro
corolário da Segunda Lei. Outros corolários se seguem.
Corolários para Ciclos de Refrigeração e Bomba de Calor.
Os coeficientes de desempenho teóricos máximos para sistemas que percorrem ciclos de
refrigeração e bomba de calor, enquanto se comunicam termicamente com dois reservatórios a
temperaturas diferentes, são avaliados na Seção 6.6 no que se refere aos seguintes corolários da
Segunda Lei:
▪ O coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração irreversível é sempre menor do que o
coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração reversível quando cada um opera entre
os mesmos dois reservatórios térmicos.
▪ Todos os ciclos de refrigeração reversíveis operando entre os mesmos dois reservatórios
térmicos possuem o mesmo coeficiente de desempenho.
Substituindo o termo refrigeração por bomba de calor, obtemos corolários equivalentes para
ciclos de bomba de calor.
O primeiro destes corolários está de acordo com o esperado baseado na discussão da Segunda
Lei até agora. Para explorar este fato, considere a Figura 6.10, que mostra um ciclo de refrigeração
reversível R e um ciclo de refrigeração irreversível I operando entre os mesmos dois reservatórios.
Cada ciclo retira a mesma quantidade de energia QC do reservatório frio. A entrada líquida de trabalho
necessária para operar R é WR, enquanto a entrada líquida de trabalho para I é WI. Cada ciclo
descarrega energia por transferência de calor para o reservatório quente igual à soma de QC e a
entrada líquida de trabalho. As direções das transferências de energia estão mostradas por setas na
Figura 6.10. A presença de irreversibilidades durante a operação de um ciclo de refrigeração exige um
preço, como esperado. Se dois refrigeradores trabalhando entre os mesmos reservatórios receberem,
cada um, uma transferência idêntica de energia do reservatório frio, QC, e um deles executar um ciclo
reversível enquanto o outro executa um ciclo irreversível, esperamos que o ciclo irreversível requeira
um aporte líquido de trabalho maior e assim possua um coeficiente de desempenho menor. Com uma
simples extensão deste raciocínio segue–se que todos os ciclos de refrigeração reversíveis operando
entre os mesmos dois reservatórios possuem o mesmo coeficiente de desempenho. Argumentos
similares se aplicam aos enunciados equivalentes para ciclos de bomba de calor.
Figura 6.10 – Desenho para demonstrar que um ciclo de refrigeração reversível R possui um coeficiente de desempenho maior
do que um ciclo irreversível I quando ambos operam entre os mesmos dois reservatórios
η = η (θC ,θ H )
⎛ QC ⎞
⎜ ⎟ = ψ (θC ,θ H ) ( 6.6 )
⎝ QH ⎠ciclo
rev
onde a função ψ não está, por ora, especificada. Observe que as palavras “ciclo rev” são adicionadas a
esta expressão para enfatizar que ela se aplica apenas a sistemas percorrendo ciclos reversíveis
enquanto operam entre dois reservatórios. A Equação ( 6.6 ) mostra que, para estes ciclos, a razão
entre as transferências de calor QC / QH está relacionada somente com as temperaturas dos
reservatórios.
particularmente simples, a saber, ψ = TC / TH, onde T é o símbolo usado para indicar temperaturas na
escala Kelvin. Com isso, a Equação ( 6.6 ) torna–se
⎛ QC ⎞ TC
⎜ ⎟ = ( 6.7 )
⎝ QH ⎠ciclo
rev
TH
Assim, duas temperaturas na escala Kelvin estão na mesma razão que os valores das
transferências de calor absorvido e rejeitado, respectivamente, por um sistema percorrendo um ciclo
reversível, enquanto se comunica termicamente com reservatórios a estas temperaturas.
Se um ciclo de potência reversível fosse operado na direção oposta como um ciclo de
refrigeração ou bomba de calor, as magnitudes das transferências de energia QC e QH permaneceriam
as mesmas, mas as transferências de energia estariam na direção oposta. Desta forma, a Equação (
6.7 ) se aplica a cada tipo de ciclo considerado até agora, desde que o sistema percorrendo o ciclo
opere entre dois reservatórios térmicos e o ciclo seja reversível.
A Equação ( 6.7 ) fornece apenas uma razão entre temperaturas. Para completar a definição da
escala Kelvin é necessário proceder como na Seção 2.9, com a atribuição do valor 273,16 [ K ] à
temperatura do ponto triplo da água. Então, se um ciclo reversível é operado entre um reservatório a
273,16 [ K ] e outro reservatório à temperatura T, as duas temperaturas estão relacionadas através de
⎛ Q ⎞
T = 273,16 ⋅ ⎜ ⎟⎟
⎜ Q pt ( 6.8 )
⎝ ⎠ciclo
rev
1990. A Escala Internacional de Temperatura de 1990 (ITS–90) é definida de tal modo que a
temperatura nela medida condiz com a temperatura termodinâmica, cuja unidade é o kelvin, até os
limites de precisão das medições obteníveis em 1990. A ITS–90 é baseada nos valores de temperatura
atribuídos a vários pontos fixos reproduzíveis (Tabela 6.1 e Tabela 2.4). A interpolação entre as
temperaturas dos pontos fixos é efetuada por fórmulas que fornecem a relação entre as leituras de
instrumentos–padrão e os valores da ITS.
Tabela 6.1 – Definindo os Pontos Fixos da Escala Internaciona de Temperatura de 1990
Na faixa entre 0,65 e 5,0 [ K ], a ITS–90 é definida por equações que fornecem a temperatura
como funções das pressões de vapor de isótopos particulares de hélio. A faixa entre 3,0 e 24,5561 [ K ]
é baseada em medições utilizando–se um termômetro de gás hélio a volume constante. Na faixa entre
13,8033 e 1234,93 [ K ], a ITS–90 é definida por intermédio de termômetros de resistência de platina.
Acima de 1234,93 [ K ] a temperatura é definida utilizando–se a equação de Planck para radiação de
corpo negro e medições da intensidade de radiação no espectro visível.
A discussão da Seção 6.4 continua nesta seção com o desenvolvimento de expressões para a
eficiência térmica máxima dos ciclos de potência e para os coeficientes de desempenho máximos dos
ciclos de refrigeração e bomba de calor em termos das temperaturas dos reservatórios avaliadas na
escala Kelvin. Estas expressões podem ser usadas como padrão de comparação para ciclos reais de
potência, refrigeração e bomba de calor.
10
He denota 3He ou 4He; e–H2 é hidrogênio na concentração de equilíbrio das formas orto e paramolecular.
11
Ponto triplo: temperatura na qual as fases sólida, líquida e vapor estão em equilíbrio. Ponto de fusão, ponto de congelamento:
temperatura, a uma pressão de 101,325 [ kPa ], na qual as fases sólida e líquida estão em equilíbrio. Fonte: H. Preston–Thomas, “The
International Temperature Scale of 1990 (ITS–90)”, Metrologia 27, 3–10 (1990).
Os ciclos convencionais de produção de potência possuem eficiência térmica variando até cerca
de 40 [ % ]. Este valor pode parecer baixo, mas a comparação deveria ser feita com um valor–limite
apropriado e não 100 [ % ]. Por exemplo, considere um sistema que executa um ciclo de potência para
o qual a temperatura média de adição de calor é 745 [ K ] e a temperatura média na qual o calor é
descarregado é 298 [ K ]. Para um ciclo reversível recebendo e descarregando energia por
transferência de calor nestas temperaturas, a eficiência térmica dada pela Equação ( 6.9 ) é 60 [ % ].
Quando comparada a este valor, uma eficiência térmica real de 40 [ % ] não parece ser tão baixa. O
ciclo estaria operando a dois terços do máximo teórico.
O desenvolvimento das Equações ( 6.10 ) e ( 6.11 ) fica como um exercício. Observe que as
temperaturas usadas para avaliar βmáx e γmáx devem ser temperaturas absolutas, Kelvins ou graus
Rankine.
Da discussão da Seção 6.4.3, segue–se que as ( 6.10 ) e ( 6.11 ) são os coeficientes de
desempenho máximos que quaisquer ciclos de refrigeração e bomba de calor podem possuir enquanto
operarem entre os reservatórios às temperaturas TH e TC. Assim como no caso da eficiência de Carnot,
essas expressôes podem ser usadas como padrão de comparação para refrigeradores e bombas de
calor reais.
Para que a transferência de calor durante o Processo 2–3 seja reversível, a diferença entre a
temperatura do gás e a temperatura do reservatório quente deve ser infinitamente pequena. Uma vez
que a temperatura do reservatório permanece constante, isto implica que a temperatura do gás também
permanece constante durante o Processo 2–3. O mesmo pode ser concluído para o Processo 4–1.
Figura 6.12 - Diagrama p–υ para um ciclo de potência de Carnot executado por um gás
Para cada um dos quatro processos internamente reversíveis do ciclo de Carnot, o trabalho pode
ser representado como uma área na Figura 6.12. A área sob a linha do processo adiabático 1–2
representa o trabalho realizado por unidade de massa para comprimir o gás neste processo. As áreas
sob as linhas dos Processos 2–3 e 3–4 representam o trabalho realizado por unidade de massa pelo
gás à medida que ele se expande nestes processos. A área sob a linha do Processo 4–1 é o trabalho
realizado por unidade de massa para comprimir o gás neste processo. A área delimitada pelas linhas no
diagrama p–υ, mostrada sombreada, é o trabalho líquido desenvolvido pelo ciclo por unidade de massa.
Figura 6.13 - Ciclo de potência de Carnot executado por um gás em um conjunto cilindro–pistão
passa através do condensador, uma transferência de calor para o reservatório frio ocorre e parte do
vapor d'água condensa à temperatura constante TC. Uma vez que a temperatura permanece constante,
a pressão também permanece constante enquanto a água passa através do condensador. O quarto
componente é uma bomba, ou compressor, que recebe uma mistura bifásica de líquido–vapor do
condensador e a retorna adiabaticamente ao estado na entrada da caldeira. Durante este processo, que
necessita de um fornecimento de trabalho para elevar a pressão, a temperatura aumenta de TC para TH.
Os ciclos de Carnot também podem ser enxergados como compostos de processos nos quais um
capacitor é carregado e descarregado, uma substância paramagnética é magnetizada e
desmagnetizada, e assim por diante. Porém, não importa o tipo de dispositivo ou a substância de
trabalho usada, o ciclo de Carnot sempre possui os mesmos quatro processos internamente reversíveis:
dois processos adiabáticos alternados com dois processos isotérmicos. Mais ainda, a eficiência térmica
é sempre dada pela Equação ( 6.9 ) em termos das temperaturas dos dois reservatórios avaliadas na
escala Kelvin ou Rankine.
Figura 6.15 - Diagrama p–υ para um ciclo de refrigeração ou bomba de calor de Carnot executado por um gás
Lembre–se de que um efeito de refrigeração ou bomba de calor pode ser realizado em um ciclo
somente se uma quantidade líquida de trabalho for fornecida para o sistema que executa o ciclo. No
caso do ciclo mostrado na Figura 6.15, a área sombreada representa a entrada de trabalho líquido por
unidade de massa.
refrigerador vizinhanças
= 4,5 20 [ ºC ]
CXIX O refrigerador mostrado na Figura 6.16 opera
serpentinas
em regime permanente com um coeficiente de 28 [ ºC ]
desempenho de β = 4,5 e uma potência de
entrada de 0,8 [ kW ]. Energia é rejeitada do
refrigerador para as vizinhanças a 20 [ ºC ] por
QH
transferência de calor de serpentinas metálicas,
cuja temperatura superficial média é 28 [ ºC ].
Determine: (a) a taxa de energia que é rejeitada
em [ kW ]; (b) A mínima temperatura teórica
dentro do refrigerador em [ K ] e (c) a máxima
potência teórica que poderia ser desenvolvida
por um ciclo de potência a partir da energia
rejeitada em [ kW ]. (Nível: 0 Valor: 5,0) + 0.8 [ kW ]
Figura 6.16 – Questão CXIX
Hipóteses ▼
(1) Operação em regime constante;
(2) Na parte (b) o interior do refrigerador e as redondezas fazem o papel dos reservatórios frio e
quente, respectivamente;
(3) Na parte (c) as serpentinas e as redondezas fazem o papel dos corpos quente e frio,
respectivamente.
Análise ▼
(a) A taxa de energia que é rejeitada em [ kW ]
De acordo com o princípio da conservação de QH
energia, o ciclo descarrega energia QH por
transferência de calor para o reservatório quente
igual à soma da energia QC recebida por Wciclo = 0,8 [ kW ]
transferência de calor do reservatório frio e a
entrada líquida de trabalho.
QC
i
⎛ i
⎞ i
Q H = ⎜ β ⋅ Wciclo ⎟ + Wciclo = ( 4,5 ⋅ 0,8 ) + 0,8 = 4, 4 [ kW ] ◄
⎝ ⎠
Wciclo = 0,8 [ kW ]
QC
interior do refrigerador
Figura 6.18 – Esquema para a solução da parte (b) do
exercício CXIX
TC
β máx = ( 6.10 )
TH − TC
TC
4,5 ≤
TH − TC
(TH − TC ) ⋅ 4,5 ≤ TC
4,5 ⋅ TH − 4,5 ⋅ TC ≤ TC
4,5 ⋅ TH ≤ TC + 4,5 ⋅ TC
4,5 ⋅ TH ≤ 5,5 ⋅ TC
4,5 ⋅ 293
≤ TC
5,5
TC ≥ 239, 7 [ K ] ◄
(c) A máxima potência teórica que poderia ser desenvolvida por um ciclo de potência a partir da
energia rejeitada em [ kW ]
Para o ciclo de potência mostrado na Figura 6.19, a TH = 301 [ K ] ( 28 [ ºC ] )
Wciclo QH
eficiência térmica é η = . Sabe-se que η ≤ η max,
QH
onde η max é dado pela equação Erro! A origem da
Wciclo = 0,8 [ kW ]
referência não foi encontrada.. Então, com TC = 297
[ K ] e TH = 301 [ K ], temos
QC
TC = 293 [ K ] ( 20 [ ºC ] )
Figura 6.19 – Esquema para a solução da parte (c) do
exercício CXIX
Wciclo Q
η= = 1− C ( 6.3 )
QH QH
TC
ηmáx = 1 − ( 6.9 )
TH
Combinando ( 6.3 ) e ( 6.9 )
i
Wciclo TC
i
≤ 1−
QH TH
i ⎛ T ⎞ i ⎛ 293 ⎞
Wciclo ≤ ⎜1 − C ⎟ ⋅ Q H ≤ ⎜1 − ⎟ ⋅ 4, 4 = 0,12 [ kW ] ◄
⎝ TH ⎠ ⎝ 301 ⎠
6.7.1 Exercícios
CXX Uma bomba de calor recebe energia por transferência de calor do ar exterior a 0 [ ºC ] e
descarrega energia por transferência de calor para uma residência a 20 [ ºC ]. Isto viola o
enunciado de Clausius da Segunda Lei da Termodinâmica? Explique.
CXXIII Um inventor afirma ter desenvolvido um aparelho que percorre um ciclo termodinâmico
enquanto se comunica termicamente com dois reservatórios. O sistema recebe energia QC
do reservatório frio e descarrega energia QH para o reservatório quente enquanto fornece
uma quantidade líquida de trabalho para suas vizinhanças. Não existem outras
transferências de energia entre o aparelho e suas vizinhanças. Usando a Segunda Lei da
Termodinâmica, avalie a afirmação do inventor.
CXXIV Um reservatório térmico quente está separado de um reservatório térmico frio por um bastão
cilíndrico isolado na sua superfície lateral. Ocorre transferência de energia por condução
entre os dois reservatórios através do bastão, que permanece em regime permanente.
Usando o enunciado de Kelvin-Planck, demonstre que tal processo é irreversível.
CXXV Um tanque rígido isolado é dividido pela metade por uma divisória. De um lado da divisória
está um gás. O outro lado está inicialmente em vácuo. Uma válvula na divisória é aberta e o
gás se expande preenchendo todo o volume. Usando o enunciado de Kelvin-Planck,
demonstre que este processo é irreversível.
CXXIX Um ciclo de potência I e um ciclo de potência reversível R operam entre os mesmos dois
reservatórios, como mostrado na Figura 6.8. O ciclo I possui uma eficiência térmica igual a
dois terços daquela do ciclo R. Usando o enunciado de Kelvin-Planck da Segunda Lei,
mostre que o ciclo I tem que ser irreversível.
CXXXI Forneça os detalhes deixados para o leitor na demonstração do segundo corolário de Carnot
dado na Seção 6.4.2.
CXXXIII Antes de apresentar a escala de temperatura agora conhecida como escala Kelvin, Kelvin
sugeriu uma escala logarítmica na qual a função ψ da Equação ( 6.6 ) toma a forma
exp θC
ψ= onde θH e θC representam, respectivamente, as temperaturas dos reservatórios
exp θ H
quente e frio nesta escala. (a) Mostre que a relação entre a temperatura Kelvin T e a
temperatura θ na escala logarítmica é θ = ln T + C onde C é uma constante. (b) Na escala
Kelvin, as temperaturas variam de 0 a +∞. Determine a faixa de valores de temperatura na
escala logarítmica. (c) Obtenha uma expressão para a eficiência térmica de qualquer sistema
percorrendo um ciclo de potência reversível enquanto opera entre reservatórios às
temperaturas θH e θC na escala logarítmica.
CXXXIV Para aumentar a eficiência térmica de um ciclo de potência reversível que opera entre
reservatórios a TH e TC, você aumentaria TH enquanto mantivesse TC constante ou diminuiria
TC enquanto mantivesse TH constante? Existe algum limite natural para o aumento da
eficiência térmica que pudesse ser atingido desta forma?
CXXXV Dois ciclos de potência reversíveis são colocados em série. O primeiro ciclo recebe energia
por transferência de calor de um reservatório à temperatura TH e rejeita energia para um
reservatório a uma temperatura intermediária T. O segundo ciclo recebe a energia rejeitada
pelo primeiro ciclo do reservatório à temperatura T e rejeita energia para um reservatório à
temperatura TC menor do que T. Desenvolva uma expressão para a temperatura
intermediária T em termos de TH e TC quando (a) o trabalho líquido dos dois ciclos de
potência é igual; (b) as eficiências térmicas dos dois ciclos de potência são iguais.
CXXXVI Se a eficiência térmica de um ciclo de potência reversível que opera entre dois reservatórios
é indicada por ηmáx, desenvolva uma expressão em termos de ηmáx para o coeficiente de
desempenho de (a) um ciclo de refrigeração reversível que opera entre os mesmos dois
reservatórios; (b) uma bomba de calor reversível que opera entre os mesmos dois
reservatórios.
CXXXVII Os dados listados a seguir são reivindicados para um ciclo de potência que opera entre
reservatórios a 727 e 127 [ ºC ]. Para cada caso, determine se algum princípio da
Termodinâmica seria violado.
CXXXVIII Um ciclo de potência que opera entre dois reservatórios recebe energia QH por
transferência de calor de um reservatório quente a TH = 2000 [ K ] e rejeita energia QC por
transferência de calor para um reservatório frio a TC = 400 [ K ]. Para cada um dos seguintes
casos, determine se o ciclo opera reversivelmente, irreversivelmente ou é impossível:
CXXXIX Um ciclo de refrigeração que opera entre dois reservatórios recebe energia QC de um
reservatório frio a TC = 250 [ K ] e rejeita energia QH para um reservatório quente a TH = 300
[ K ]. Para cada um dos seguintes casos, determine se o ciclo opera reversivelmente,
irreversivelmente ou é impossível:
CXLI A Figura 6.20 mostra um sistema consistindo em um ciclo de potência acionando uma
i
bomba de calor. Em regime permanente, o ciclo de potência recebe Q S por transferência de
i
calor a TS da fonte de alta temperatura e fornece Q1 para uma residência a Tr. A bomba de
i i
calor recebe Q 0 do exterior a T0 e fornece Q 2 para a residência. (a) Obtenha uma expressão
i i
Q1 + Q 2
para o valor máximo teórico do parâmetro de desempenho i
em termos das razões
QS
TS T T
de temperatura e 0 . (b) Faça um gráfico do resultado da parte (a) versus S na faixa
Tr Tr Tr
T0
de 2 a 4, para = 0,85; 0,9 e 0,95.
Tr
6.7.1.2 Aplicações
CXLII Um ciclo de potência reversível recebe 1000 [ Btu ] de energia por transferência de calor de
um reservatório a 1540 [ ºF ] e descarrega energia por transferência de calor para um
reservatório a 40 [ ºF ]. Determine a eficiência térmica e o trabalho líquido desenvolvido, em
[ Btu ].
CXLIV Um determinado ciclo de potência reversível possui a mesma eficiência térmica, para
reservatórios quente e frio a 1000 e 500 [ K ], respectivamente, do que para reservatórios
quente e frio às temperaturas T e 1000 [ K ]. Determine T, em [ K ].
CXLVI Um inventor afirma ter desenvolvido um dispositivo que executa um ciclo de potência
enquanto opera entre reservatórios a 900 e 300 [ K ] que possui eficiência de (a) 66 [ % ], (b)
50 [ % ]. Avalie a afirmação para cada caso.
CXLVII Em regime permanente, um novo ciclo de potência desenvolve 6 [ HP ] para uma taxa de
adição de calor de 400 [ Btu / min ], segundo o seu inventor. Se o ciclo opera entre
reservatórios a 2400 e 1000 [ ºR ], avalie esse invento.
5.31 Em regime permanente, um ciclo desenvolve uma potência de saída de 10 kW para uma
adição de calor à taxa de 10 kJ por ciclo de operação a partir de uma fonte a 1500 K. Energia é
rejeitada para a água de resfriamento a 300 K. Determine o número mínimo teórico de ciclos
necessários por minuto.
5.32 Um ciclo de potência proposto deverá ter uma eficiência térmica de 40%, enquanto recebe
energia por transferência de calor de vapor d'água condensando de vapor saturado para líquido
saturado à temperatura Te descarrega energia por transferência de calor para um lago próximo a 70°F.
Determine a menor temperatura T possível, em °F, e a pressão correspondente do vapor d'água, em
lbf/in2.
5.33 Em regime permanente, um ciclo de potência que possui uma eficiência térmica de 38%
gera 100 MW de eletricidade, enquanto descarrega energia por transferência de calor para água de
resfriamento a uma temperatura média de 70°F. A temperatura média do vapor que passa pela caldeira
é de 900°F. Determine
(a) Determine a eficiência térmica máxima para qualquer ciclo de potência operando entre estas
temperaturas.
(b) A eficiência térmica de instalações de OTEC existentes é de aproximadamente 2%. Compare
esta informação com o resultado da parte (a) e comente.
¦
5.35 Instalações de potência geotérmicas captam fontes subterrâneas de água quente ou vapor
d'água para a produção de eletricidade. Uma dessas instalações recebe água quente a 167°C e rejeita
energia por transferência de calor para a atmosfera, que está a 13°C. Determine a eficiência térmica
máxima possível para qualquer ciclo de potência operando entre estas temperaturas.
5.36 Em certos locais no Alasca, durante o mês de janeiro, ventos a - 23°F podem ser
observados. Porém, vários metros abaixo do solo a temperatura permanece a 55°F. Um inventor afirma
ter desenvolvido um ciclo de potência que explora esta situação e que possui uma eficiência térmica de
15%. Discuta esta afirmação.
5.37 A Fig. P5.37 mostra um sistema para coletar radiação solar, utilizando-a para a produção
de eletricidade através de um ciclo de potência. O coletor solar recebe radiação solar à taxa de 0,315
kW por m2 de área e fornece energia para uma unidade de armazenamento cuja temperatura
permanece constante em 220°C. O ciclo de potência recebe energia por transferência de calor da
unidade de armazenamento, gera eletricidade à taxa de 0,5 MW e rejeita energia por transferência de
calor para as vizinhanças a 20°C. Para operação em regime permanente,
/\LCÜ *s^\y
(b) Faça um gráfico de H^iclo/A e da eficiência térmica versus Tc e determine o valor máximo de
Wciclo/A.
(c) Determine a faixa de temperaturas Tc, em K, para a qual
W^iclo/A está dentro de 2% do valor máximo obtido na parte (b). A constante de Stefan-
Boltzmann é 5,67 X IO"8 W/m2 • K4.
Refrigerador P = 4,5
5.40 Um inventor afirma ter desenvolvido um ciclo de refrigeração que requer uma entrada de
potência elétrica de 0,7 HP para remover 12.000 Btu/h de energia, por transferência de calor de um
reservatório a 0°F e descarregar energia por transferência de calor para um reservatório a 70°F. Não há
outras transferências de energia para ou das vizinhanças. Avalie essa afirmação.
5.41 Determine se uma bandeja de cubos de gelo poderia permanecer congelada quando
colocada em um congelador de alimentos que possui um coeficiente de desempenho de 9 e opera em
uma sala onde a temperatura é 32°C (90°F).
5.42 O refrigerador mostrado na Fig. P5.42 opera em regime permanente com um coeficiente de
desempenho de 4,5 e uma potência de entrada de 0,8 kW. Energia é rejeitada do refrigerador para as
vizinhanças a 20°C por transferência de calor de serpentinas metálicas, cuja temperatura superficial
média é 28°C. Determine a potência máxima teórica, em kW, que poderia ser desenvolvida por um ciclo
de potência operando entre as serpentinas e as vizinhanças. Você recomendaria fazer uso desta
situação para desenvolver potência?
Vizinhanças, 20°C Serpentinas, 28°C
0,8 kW
ÚH
Fig. P5.42
5.43 Determine a potência mínima teórica, em Btu/s, necessária, em regime permanente, para
um sistema de refrigeração manter uma amostra criogênica a -195°F em um laboratório a 70°F, se a
energia vaza por transferência de calor das vizinhanças para a amostra a uma taxa de 0,085 Btu/s.
5.44 Para cada kW de potência de entrada para uma máquina de fazer gelo em regime
permanente, determine a taxa máxima na qual o gelo pode ser produzido, em kg/h, a partir de água
líquida a 0°C. Considere que 333 kJ/kg de energia devam ser removidos por transferência de calor para
congelar água a 0°C e que as vizinhanças estão a 20°C.
5.45 Em regime permanente, um ciclo de refrigeração acionado por um motor de 1 HP remove
200 Btu/min de energia por transferência de calor de um espaço mantido a 20°F e descarrega energia
por transferência de calor para as vizinhanças a 75 °F. Determine
- 50°C e descarrega energia por transferência de calor para as vizfl nhanças a 15°C. Se o
coeficiente de desempenho do ciclo for 30B daquele associado a um ciclo de refrigeração reversível
operandoB tre reservatórios a estas duas temperaturas, determine a potência¦ entrada para o ciclo, em
kW.
5.47 Um ciclo de refrigeração possuindo um coeficiente de desempw nho de 3 mantém um
laboratório de computação a 18°C em umáfl em que a temperatura exterior é 30°C. A carga térmica em
re^H permanente consiste na energia entrando através das paredes e janelas a uma taxa de 30.000
kJ/h e dos ocupantes, computadores e luzeB a uma taxa de 6000 kJ/h. Determine a potência necessária
para este ciclo e compare com a potência mínima teórica requerida por qufl quer ciclo de refrigeração
operando sob estas condições, ambas ¦ kW.
5.48 Se a transferência de calor através das paredes e do teto de ura» residência é 6,5 X 105
Btu por dia, determine a potência mínimatiU rica, em HP, para acionar uma bomba de calor operando
em regifl permanente entre a residência a 70°F e
5.49 Uma bomba de calor acionada por um motor elétrico de 1 kWfor-» nece aquecimento para
um prédio cujo interior deve ser mantidoai 20°C. Em um dia em que a temperatura externa fosse 0°C e
a ene(tm) fosse perdida através das paredes e do teto a uma taxa de 60.000 kJ/H a bomba de calor
seria adequada?
5.50 Uma bomba de calor mantém uma residência a 70°F quando atem! peratura externa é de
40°F. A taxa de transferência de calor atravàl das paredes e do teto é 1300 Btu/h por diferença de grau
de tempera tura entre o interior e o exterior. Determine a potência mínima teóric^ necessária para
acionar a bomba de calor, em HP.
5.51 Um edifício para o qual a taxa de transferência de calor atraví das paredes e do teto é 1400
Btu/h por diferença de grau de tempera tura entre o interior e o exterior deve ser mantido a 68 °F. Para
um dl no qual a temperatura externa é de 38°F, determine a potência neces-l sária, em HP, para
aquecer o prédio usando elementos de resistência elétrica e compare com a potência mínima teórica
que seria requeriàT por uma bomba de calor. Repita a comparação usando dados típicoj de fabricantes
para o coeficiente de desempenho de bombas de caloj
5.52 Faça um gráfico (a) do coeficiente de desempenho /3máx dado pá Eq. 5.9 para TH = 298 K
versus Tc variando entre 235 e 298 K. Dii cuta as implicações práticas da diminuição do coeficiente de
deserJ penho com o decréscimo da temperatura Tc (b) do coeficiente de dei sempenho ymáx dado pela
Eq. 5.10 para TH = 535°R versus Tc variai do entre 425 e 535°R. Discuta as implicações práticas da
diminuiçâj do coeficiente de desempenho com o decréscimo da temperatura JÍ
5.53 Em regime permanente, um refrigerador cujo coeficiente de dd sempenho é 3 remove
energia por transferência de calor de um com-partimento a 0°C à taxa de 6000 kJ/h e descarrega
energia por transj ferência de calor para as vizinhanças, que estão a 20°C.
5.54 Uma bomba de calor fornece 30.000 Btu/h para manter umaresi| dência a 68°F em um dia
em que a temperatura externa é de 35°F. potência de entrada da bomba de calor é 5 HP. Se a
eletricidade cusíj 8 centavos por kW • h, compare o custo de operação real com o custj de operação
mínimo teórico por dia de operação.
5.55 Com o fornecimento de energia para uma residência à taxa dei kW, uma bomba de calor
mantém a temperatura da residência em 210(j quando o ar exterior está a 0°C. Se a eletricidade custa 8
centavospj kW • h, determine o custo de operação mínimo teórico por dia de opej ração.
5.56 Em regime permanente, um ciclo de refrigeração mantém umrej frigerador de alimentos a
0°F através da remoção de energia por transj ferência de calor do interior a uma taxa de 2000 Btu/h. O
ciclo dei carrega energia por transferência de calor para as vizinhanças a 72°1
5.54
A Segunda Lei da Termodinâmica
163
Se a eletricidade custa 8 centavos por kW ¦ h, determine o custo de operação mínimo teórico por
dia de operação.
5.57 Através do fornecimento de energia a uma taxa média de 21.100
kJ/h, uma bomba de calor mantém a temperatura de uma residência
em 21°C. Se a eletricidade custa 8'centavos por kW • h, determine o
custo de operação mínimo teórico por dia de operação se a bomba de
calor receber energia por transferência de calor
(a) do ar exterior a - 5°C.
(b) da água de um poço a 8°C.
5.58 Uma bomba de calor com coeficiente de desempenho de 3,8 for
nece energia a uma taxa média de 75.000 kJ/h para manter um edifí
cio a 21 °C em um dia em que a temperatura externa é 0°C. Se a eletri
cidade custa 8 centavos por kW • h
(a) determine o custo de operação real e o custo de operação mínimo teórico, ambos em $/dia.
(b) compare os resultados da parte (a) com o custo de aquecimento por resistência elétrica.
15.59 Uma bomba de calor mantém uma residência à temperatura Tquan-
m do a temperatura exterior é, em média, 5°C. A taxa de transferência
de calor através das paredes e do teto é de 2000 kJ/h por diferença de grau de temperatura
entre o interior e o exterior. Se a eletricidade custa 8 centavos por kW • h
(a) determine o custo operacional mínimo teórico para cada dia de operação em que T = 20°C.
(b) faça um gráfico do custo operacional mínimo teórico para cada dia de operação como função
de Tna faixa entre 18 e 23°C.
15.60 Uma bomba de calor mantém uma residência à temperatura Tquan-
H do a temperatura exterior é 20°F. A taxa de transferência de calor atra
vés das paredes e do teto é de 1500 Btu/h por diferença de grau de
temperatura entre o interior e o exterior.
(a) Se a eletricidade custa 8 centavos por kW • h, faça um gráfico do custo operacional mínimo
teórico para cada dia de operação para T variando entre 68 e 72°F.
(b) Se T = 70°F, faça um gráfico do custo operacional mínimo teórico para cada dia de operação
para um custo de eletricidade variando de 4 a 12 centavos por kW • h.
Ciclo de Carnot
5.61 Meio quilograma de água executa um ciclo de potência de Carnot.
Durante a expansão isotérmica, a água é aquecida até a condição de
vapor saturado a partir de um estado inicial onde a pressão é de 15 bar
e o título é de 25%. O vapor então se expande adiabaticamente até uma
pressão de 1 bar, enquanto realiza 403,8 kJ/kg de trabalho.
(a) Esboce o ciclo em coordenadas p-v.
(b) Estime o calor e o trabalho para cada processo, em kJ.
(c) Estime a eficiência térmica.
5.62 Um décimo de libra de água executa um ciclo de potência de Carnot.
(a) V4V2=VlV3.
(b) T2/T3 = (p2/p3r-m.
(c) T2/T3 = (V3/V2y-\
Nísoterma
\ ^^2
\G4l=0 \
\ y
4\. \&3 = 0
Isoterma^****^^ ~
Fig. P5.64
5.65 Nitrogêneo (N2) considerado como gás ideal executa um ciclo de
Carnot enquanto opera entre reservatórios a 260 e 20°C. As pressões
nos estados inicial e final da expansão isotérmica são de 30 e 15 bar,
respectivamente. A razão entre calores específicos é k = 1,4. Usando
os resultados do Problema 5.64, conforme necessário, determine
(a) o trabalho e a transferência de calor para cada um dos quatro processos, em kJ/kg.
(b) a eficiência térmica.
(c) as pressões nos estados inicial e final da compressão isotérmica, em bar.
5.66 Meia libra de ar considerado como gás ideal com k = 1,4 executa
um ciclo de refrigeração de Carnot, como mostrado na Fig. 5.13. A
expansão isotérmica ocorre a 440°R com uma transferência de calor
para o ar de 7,5 Btu. A compressão isotérmica ocorre a 550°R até um
volume final de 0,1 ft3. Usando os resultados do Problema 5.64, con
forme necessário, determine
(a) a pressão, em lbf/in2, em cada um dos quatro estados principais.
(b) o trabalho, em Btu, para cada um dos quatro processos.
(c) o coeficiente de desempenho.
5.67 Avalie o coeficiente de desempenho do ciclo de refrigeração cor
respondente ao ciclo de potência descrito no
(a) Problema 5.61.
(b) Problema 5.62.
(c) Problema 5.63.
(d) Problema 5.65.
5.68 Avalie o coeficiente de desempenho do ciclo de bomba de calor
correspondente ao ciclo de potência descrito no
(a) Problema 5.61.
(b) Problema 5.62.
(c) Problema 5.63.
(d) Problema 5.65.
Sugestões de Projeto e Problemas Abertos
7 ENTROPIA
Até o momento, nosso estudo da Segunda Lei tem se concentrado principalmente no enunciado
aplicado a sistemas submetidos a ciclos termodinâmicos. No presente capítulo são apresentadas
formas para a análise de sistemas a partir de Segunda Lei à medida que estes são submetidos a
processos que não são necessariamente ciclos. A propriedade entropia tem um papel importante
nessas considerações. O objetivo deste capítulo é apresentar a entropia e mostrar sua utilização em
análises termodinâmicas. A palavra energia é, de tal forma, parte de nossa linguagem cotidiana que
estávamos, sem dúvida, familiarizados com o termo antes de encontrá–lo em cursos básicos de ciência.
Essa fa–miliaridade provavelmente facilitou o estudo de energia naqueles cursos básicos e neste curso
de Termodinâmica Aplicada à Engenharia. Neste capítulo será mostrado que a análise de sistemas a
partir da visão da Segunda Lei é convenientemente realizada em termos da propriedade entropia.
Energia e entropia constituem, ambas, conceitos abstratos. Entretanto, de forma diferente da energia, a
palavra entropia é raramente ouvida em conversas cotidianas, e talvez nunca tenhamos lidado com ela
com muita freqüência antes. Energia e entropia possuem papéis importantes nos capítulos
subseqüentes deste livro.
gualdade de Clausius fornece uma base para a apresentação de dois conceitos aplicáveis na
análise tanto de sistemas fechados como de volumes de controle a partir de uma perspectiva de
Segunda Lei: a propriedade entropia (Seção 6.2) e o balanço de entropia (Seções 6.5 e 6.6).
A desigualdade de Clausius estabelece que
<0
(6.1)
?).
onde 8Q representa a quantidade de calor transferido em uma parcela da fronteira do sistema
durante uma parte do ciclo, e Té a temperatura absoluta nesta parcela da fronteira. O subscrito "b"
serve como um lembrete de que o integrando é avaliado na fronteira do sistema onde o ciclo é
executado. O símbolo <j> indica que a integral deve ser avaliada sobre todo o contorno e sobre a
totalidade do ciclo. A igualdade e a desigualdade têm a mesma interpretação do enunciado de Kelvin–
Planck: a igualdade é válida quando não ocorrem irreversibilidades internas à medida que o ciclo
executa o ciclo, e a desigualdade é válida quando irreversibilidades estão presentes. A Desigualdade de
Clausius pode ser desenvolvida a partir do enunciado de Kelvin–Planck para a Segunda Lei (veja texto
a seguir).
realiza trabalho SW. Mantendo–se a convenção de sinal para o calor transferido, a expressão recebe
energia 8Q inclui a possibilidade de transferência de calor a partir do sis–
D–A: Compressão adiabática (T1 para T2). O sistema não troca energia na forma de calor, mas
recebe trabalho WDA da vizinhança.
É comum dizer–se que o sistema submetido ao ciclo de Carnot absorve a quantidade de
energia Q2 de uma fonte quente (reservatório térmico à temperatura T2) e perde a quantidade de
energia Q1 para uma fonte fria (reservatório térmico à temperatura T1). Para o ciclo completo DU = 0,
ou seja, W = Q = Q2 + Q1. Como Q1 < 0, já que representa energia que sai do sistema na forma de
calor, explicita–se o sinal de Q1 substituindo–o por – Q1, com este novo Q1 > 0. Assim, escrevemos:
W = Q = Q2 – Q1
Gás Ideal
Q2 = nRT2 ln(VB/VA)
e:
Q1 = nRT1 ln(VD/VC)
Q1 = –nRT1ln(VB/VA)
Q2/Q1 = T2/T1
Escala Kelvin
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–––
8 BIBLIOGRAFIA
[ 8.1 ] IGNÁCIO, Raimundo Ferreira. Curso Básico de Mecânica dos Fluidos. Disponível em:
http://www.escoladavida.eng.br/mecfluidos.htm Acesso: 16/04/06
[ 8.4 ] http://www.ufsm.br/gef/CicCar.htm
[ 8.5 ] MORAN, Michael J.; SHAPIRO, Howard N.. Princípios de Termodinâmica para Engenharia. 4. ed. LTC: Rio de
Janeiro, 2002.
[ 8.7 ] http://sites.isel.ipl.pt/fisica/termodinamica.html
[ 8.8 ] VAN WYLEN, G. J.; SONNTAG, R. E.; BORGNAKKE, C.. Fundamentos da Termodinâmica Clássica. 4. Ed.
Edgard Blücher: São Paulo, 1995
[ 8.9 ] http://www.equipalcool.com.br
[ 8.10 ] BIZZO, Waldir A.. Geração, Distribuição e Utilização de Vapor. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade
de Engenharia Mecânica. Disponível em: http://www.fem.unicamp.br/~em672/GERVAP4.pdf Acesso em:
24/01/06
[ 8.11 ] http://www.embraco.com.br/portugue/down_simuladores.htm
[ 8.12 ] http://aerolume.df.ufcg.edu.br/~afragoso/Calor.pdf
Trabalho e calor
LXXXIV W = 0,173 [ kJ ]
LXXXV W = 0,0963 [ kJ ]
LXXVII W = 117,5 [ kJ ]
LXXXVI W = –13,4 [ kJ ]
p2 = 247 [ kPa ]
(a)
LXXXVII 2
33,6 L
(b) W = 5,8 [ kJ ]
3
LXXXVII 2
16,58 ft
I
p2 = 53,31 [ lbf / in2 ]
LXXXIX W = –12 [ kJ ]
XC W = 80,47 [ kJ ]
XCII W = 1,843 [ kJ ]
MT = 300 [ N · m ]
XCIII
W 9,42 kW
XCIV W = –1,96 [ J ]
XCV W = –8,33×10–5 [ ft · lbf ]
XCVII W = 3,96 [ Btu ]
XCVIII W = 1,012 [ Btu ]
XCIX W = –54,1 [ kJ ]
C
1
(a) −1
ηmáx
CXXXVI
1
(b)
ηmáx
TC [TH − T0 ]
CXL (a)
TH [T0 − TC ]
CXLIII T = 952 [ K ]
10 ANEXOS
Tabela 10.1 – Propriedades físicas aproximadas de alguns fluidos comuns – unidades do SI (Fonte: [ 8.5 ])
massa peso viscosidade viscosidade
temperatura
específica específico dinâmica cinemática
T ρ γ μ v
3 3 2 2
[ ºC ] [ kg / m ] [ kN / m ] [N·s/m ] [m /s]
LÍQUIDOS
tetraclorido de carbono 20 1590 15,6 9,58 × 10–4 6,03 × 10–7
alcool etílico 20 789 7,74 1,19 × 10–3 1,51 × 10–6
gasolina 15,6 680 6,67 3,1 × 10–4 4,6 × 10–7
glicerina 20 1260 12,4 1,50 × 10+0 1,19 × 10–3
mercúrio 20 13600 133 1,57 × 10–3 1,15 × 10–7
óleo SAE 30 15,6 912 8,95 3,8 × 10–1 4,2 × 10–4
água do mar 15,6 1030 10,1 1,20 × 10–3 1,17 × 10–6
água 15,6 999 9,8 1,12 × 10–3 1,12 × 10–6
GASES
ar (padrão) 15 1,23 12 1,79 × 10–5 1,46 × 10–5
dióxido de carbono 20 1,83 18 1,47 × 10–5 8,03 × 10–6
hélio 20 0,166 1,63 1,94 × 10–5 1,15 × 10–4
hidrogênio 20 0,0838 0,822 8,84 × 10–6 1,05 × 10–4
metano (gás natural) 20 0,667 6,54 1,10 × 10–5 1,65 × 10–5
nitrogênio 20 1,16 11,4 1,76 × 10–5 1,52 × 10–5
oxigênio 20 1,33 13 2,04 × 10–5 1,53 × 10–5
Tabela 10.2 – Propriedades físicas aproximadas de alguns fluidos comuns – outras unidades (Fonte: [ 8.5 ])
massa peso viscosidade viscosidade
temperatura
específica específico dinâmica cinemática
T ρ γ μ v
[ ºF ] [ slug / ft3 ] [ lbf / ft3 ] [ lbf · s / ft2 ] [ ft2 / s ]
LÍQUIDOS
tetraclorido de carbono 68 3,09 99,5 2,00 × 10–5 6,47 × 10–6
alcool etílico 68 1,53 49,3 2,49 × 10–5 1,63 × 10–5
gasolina 60 1,32 42,5 6,5 × 10–6 4,9 × 10–6
glicerina 68 2,44 78,6 3,13 × 10–2 1,28 × 10–2
mercúrio 68 26,3 847 3,28 × 10–5 1,25 × 10–6
óleo SAE 30 60 1,77 57 8,0 × 10–3 4,5 × 10–3
água do mar 60 1,99 64 2,51 × 10–5 1,26 × 10–5
água 60 1,94 62,4 2,34 × 10–5 1,21 × 10–5
GASES
ar (padrão) 59 2,38 × 10–3 7,65 × 10–2 3,74 × 10–7 1,57 × 10–4
dióxido de carbono 68 3,55 × 10–3 1,14 × 10–1 3,07 × 10–7 8,65 × 10–5
hélio 68 3,23 × 10–4 1,04 × 10–2 4,09 × 10–7 1,27 × 10–3
hidrogênio 68 1,63 × 10–4 5,25 × 10–3 1,85 × 10–7 1,13 × 10–3
metano (gás natural) 68 1,29 × 10–3 4,15 × 10–2 2,29 × 10–7 1,78 × 10–4
nitrogênio 68 2,26 × 10–3 7,28 × 10–2 3,68 × 10–7 1,63 × 10–4
oxigênio 68 2,58 × 10–3 8,31 × 10–2 4,25 × 10–7 1,65 × 10–4
Tabela 10.3 – Propriedades de sólidos e líquidos selecionados (English Units): cp, ρ e κ12
12
Estes dados foram retirados de várias fontes e são apenas representativos. Os valores podem ser outros dependendo da
temperatura, pureza, conteúdo de umidade e outros fatores.
Tabela 10.4 – Propriedades de sólidos e líquidos selecionados (em unidades SI): cp, ρ e κ13
13
Estes dados foram retirados de várias fontes e são apenas representativos. Os valores podem ser outros dependendo da
temperatura, pureza, conteúdo de umidade e outros fatores.
Volume
Temp Pressão Energia interna Entalpia Entropia
específico
[ ºC ] [ kPa ] [ m3 / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
Sólido Vapor Sólido Vapor Sólido Vapor Sólido Vapor
Sublimação Sublimação Sublimação
saturado saturado saturado Saturado Saturado Saturado Saturado Saturado
Temperatura
Pressão abs. [ kPa ] [ ºC ]
(Temp. sat) [ ºC ] –20 –10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 100
υ 2,4463 2,5471 2,6474 2,7472 2,8466 2,9458 3,0447 3,1435 3,2421 3,3406 3,4390 —
50 h 1434,6 1455,7 1476,9 1498,1 1519,3 1540,6 1562,0 1583,5 1605,1 1626,9 1648,8 —
(–46,53) s 6,3187 6,4006 6,4795 6,5556 6,6293 6,7008 6,7703 6,8379 6,9038 6,9682 7,0312 —
υ 1,6222 1,6905 1,7582 1,8255 1,8924 1,9591 2,0255 2,0917 2,1577 2,2237 2,2895 —
75 h 1431,7 1453,3 1474,8 1496,2 1517,7 1539,2 1560,7 1582,4 1604,1 1626,0 1648,0 —
(–39,16) s 6,1120 6,1954 6,2756 6,3527 6,4272 6,4993 6,5693 6,6373 6,7036 6,7683 6,8315 —
υ 1,2101 1,2621 1,3136 1,3647 1,4153 1,4657 1,5158 1,5658 1,6156 1,6652 1,7148 1,8137
100 h 1428,8 1450,8 1472,6 1494,4 1516,1 1537,7 1559,5 1581,2 1603,1 1625,1 1647,1 1691,7
(–33,59) s 5,9626 6,0477 6,1291 6,2073 6,2826 6,3553 6,4258 6,4943 6,5609 6,6258 6,6892 6,8120
υ 0,9627 1,0051 1,0468 1,0881 1,1290 1,1696 1,2100 1,2502 1,2903 1,3302 1,3700 1,4494
125 h 1425,9 1448,3 1470,5 1492,5 1514,4 1536,3 1558,2 1580,1 1602,1 1624,1 1646,3 1691,0
(–29,06) s 5,8446 5,9314 6,0141 6,0933 6,1694 6,2428 6,3138 6,3827 6,4496 6,5149 6,5785 6,7017
υ 0,7977 0,8336 0,8689 0,9037 0,9381 0,9723 1,0062 1,0398 1,0734 1,1068 1,1401 1,2065
150 h 1422,9 1445,7 1468,3 1490,6 1512,8 1534,8 1556,9 1578,9 1601,0 1623,2 1645,4 1690,2
(–25,21) s 5,7465 5,8349 5,9189 5,9992 6,0761 6,1502 6,2217 6,2910 6,3583 6,4238 6,4877 6,6112
υ — 0,6193 0,6465 0,6732 0,6995 0,7255 0,7513 0,7769 0,8023 0,8275 0,8527 0,9028
200 h — 1440,6 1463,8 1486,8 1509,4 1531,9 1554,3 1576,6 1598,9 1621,3 1643,7 1688,8
(–18,85) s — 5,6791 5,7659 5,8484 5,9270 6,0025 6,0751 6,1453 6,2133 6,2794 6,3437 6,4679
υ — 0,4905 0,5129 0,5348 0,5563 0,5774 0,5983 0,6190 0,6396 0,6600 0,6803 0,7206
250 h — 1435,3 1459,3 1482,9 1506,0 1529,0 1551,7 1574,3 1596,8 1619,4 1641,9 1687,3
(–13,65) s — 5,5544 5,6441 5,7288 5,8093 5,8861 5,9599 6,0309 6,0997 6,1663 6,2312 6,3561
υ — — 0,4238 0,4425 0,4608 0,4787 0,4964 0,5138 0,5311 0,5483 0,5653 0,5992
300 h — — 1454,7 1478,9 1502,6 1525,9 1549,0 1571,9 1594,7 1617,5 1640,2 1685,8
(–9,22) s — — 5,5420 5,6290 5,7113 5,7896 5,8645 5,9365 6,0060 6,0732 6,1385 6,2642
υ — — 0,3601 0,3765 0,3925 0,4081 0,4235 0,4386 0,4536 0,4685 0,4832 0,5124
350 h — — 1449,9 1474,9 1499,1 1522,9 1546,3 1569,5 1592,6 1615,5 1638,4 1684,3
(–5,34) s — — 5,4532 5,5427 5,6270 5,7068 5,7828 5,8557 5,9259 5,9938 6,0596 6,1860
υ — — 0,3123 0,3270 0,3413 0,3552 0,3688 0,3823 0,3955 0,4086 0,4216 0,4473
400 h — — 1445,1 1470,7 1495,6 1519,8 1543,6 1567,1 1590,4 1613,6 1636,7 1682,8
(–1,87) s — — 5,3741 5,4663 5,5525 5,6338 5,7111 5,7850 5,8560 5,9244 5,9907 6,1179
υ — — — 0,2885 0,3014 0,3140 0,3263 0,3384 0,3503 0,3620 0,3737 0,3967
450 h — — — 1466,5 1492,0 1516,7 1540,9 1564,7 1588,2 1611,6 1634,9 1681,3
(1,27) s — — — 5,3972 5,4855 5,5685 5,6470 5,7219 5,7936 5,8627 5,9295 6,0575
Temperatura
Pressão abs. [ kPa ] [ ºC ]
(Temp. sat) [ ºC ] 40 50 60 70 80 100 120 140 160 180 200 220
υ 0,1129 0,1185 0,1238 0,1289 0,1339 0,1435 0,1527 0,1618 0,1707 0,1795
1200 h 1495,4 1525,1 1553,3 1580,5 1606,8 1658 1708 1757,5 1807,1 1856,9
(30,95) s 5,0564 5,1497 5,2357 5,3159 5,3916 5,5325 5,6631 5,786 5,9031 6,0156
υ 0,0943 0,0994 0,1042 0,1088 0,1132 0,1217 0,1299 0,1378 0,1455 0,1532
1400 h 1481,6 1513,4 1543,1 1571,5 1598,8 1651,4 1702,5 1752,8 1802,9 1853,2
(36,26) s 4,9463 5,0462 5,137 5,2209 5,2994 5,4443 5,5775 5,7023 5,8208 5,9343
υ 0,0851 0,0895 0,0937 0,0977 0,1054 0,1127 0,1197 0,1266 0,1334
1600 h 1501 1532,5 1562,3 1590,7 1644,8 1696,9 1748 1798,7 1849,5
(41,03) s 4,951 5,0472 5,1351 5,2167 5,3659 5,5018 5,6286 5,7485 5,8631
υ 0,0738 0,078 0,0819 0,0857 0,0927 0,0993 0,1057 0,1119 0,118
1800 h 1487,9 1521,4 1552,7 1582,2 1638 1691,2 1743,1 1794,5 1845,7
(45,37) s 4,8614 4,9637 5,0561 5,141 5,2948 5,4337 5,5624 5,6838 5,7995
υ 0,0647 0,0687 0,0725 0,076 0,0825 0,0886 0,0945 0,1002 0,1057
2000 h 1473,9 1509,8 1542,7 1573,5 1631,1 1685,5 1738,2 1790,2 1842
(49,36) s 4,7754 4,8848 4,9821 5,0707 5,2294 5,3714 5,5022 5,6251 5,742
T υ h s υ h s υ h s
[ ºC ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
T υ h s υ h s υ h s
[ ºC ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
Pressão
Temp Volume específico Entalpia Entropia
abs
3
[ ºC ] [ MPa ] [ m / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
Líquido Vapor Líquido Vapor Líquido Vapor
Evaporação Evaporação Evaporação
saturado Saturado saturado Saturado saturado Saturado
T υ h s υ h s υ h s
[ ºC ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
0,10 [ MPa ] 0,15 [ MPa ] 0,20 [ MPa ]
–25 0,19400 383,212 1,75058
–20 0,19860 387,215 1,76655
–10 0,20765 395,270 1,79775 0,13603 393,839 1,76058 0,10013 392,338 1,73276
0 0,21652 403,413 1,82813 0,14222 402,187 1,79171 0,10501 400,911 1,76474
10 0,22527 411,668 1,85780 0,14828 410,602 1,82197 0,10974 409,500 1,79562
20 0,23393 420,048 1,88689 0,15424 419,111 1,85150 0,11436 418,145 1,82563
30 0,24250 428,564 1,91545 0,16011 427,730 1,88041 0,11889 426,875 1,85491
40 0,25102 437,223 1,94355 0,16592 436,473 1,90879 0,12335 435,708 1,88357
50 0,25948 446,029 1,97123 0,17168 445,350 1,93669 0,12776 444,658 1,91171
60 0,26791 454,986 1,99853 0,17740 454,366 1,96416 0,13213 453,735 1,93937
70 0,27631 464,096 2,02547 0,18308 463,525 1,99125 0,13646 462,946 1,96661
80 0,28468 473,359 2,05208 0,18874 472,831 2,01798 0,14076 472,296 1,99346
90 0,29303 482,777 2,07837 0,19437 482,285 2,04438 0,14504 481,788 2,01997
100 0,30136 492,349 2,10437 0,19999 491,888 2,07046 0,14930 491,424 2,04614
0,25 [ MPa ] 0,30 [ MPa ] 0,40 [ MPa ]
0 0,082637 399,579 1,74284
10 0,086584 408,357 1,77440 0,071110 407,171 1,75637 0,051681 404,651 1,72611
20 0,090408 417,151 1,80492 0,074415 416,124 1,78744 0,054362 413,965 1,75844
30 0,094139 425,997 1,83460 0,077620 425,096 1,81754 0,056926 423,216 1,78947
40 0,097798 434,925 1,86357 0,080748 434,124 1,84684 0,059402 432,465 1,81949
50 0,101401 443,953 1,89195 0,083816 443,234 1,87547 0,061812 441,751 1,84868
60 0,104958 453,094 1,91980 0,086838 452,442 1,90354 0,064169 451,104 1,87718
70 0,108480 462,359 1,94720 0,089821 461,763 1,93110 0,066484 460,545 1,90510
80 0,111972 471,754 1,97419 0,092774 471,206 1,95823 0,068767 470,088 1,93252
90 0,115440 481,285 2,00080 0,095702 480,777 1,98495 0,071022 479,745 1,95948
100 0,118888 490,955 2,02707 0,098609 490,482 2,01131 0,073254 489,523 1,98604
110 0,122318 500,766 2,05302 0,101498 500,324 2,03734 0,075468 499,428 2,01223
120 0,125734 510,720 2,07866 0,104371 510,304 2,06305 0,077665 509,464 2,03809
0,50 [ MPa ] 0,60 [ MPa ] 0,70 [ MPa ]
20 0,042256 411,645 1,73420
30 0,044457 421,221 1,76632 0,036094 419,093 1,74610 0,030069 416,809 1,72770
40 0,046557 430,720 1,79715 0,037958 428,881 1,77786 0,031781 426,933 1,76056
50 0,048581 440,205 1,82696 0,039735 438,589 1,80838 0,033392 436,895 1,79187
60 0,050547 449,718 1,85596 0,041447 448,279 1,83791 0,034929 446,782 1,82201
70 0,052467 459,290 1,88426 0,043108 457,994 1,86664 0,036410 456,655 1,85121
80 0,054351 468,942 1,91199 0,044730 467,764 1,89471 0,037848 466,554 1,87964
90 0,056205 478,690 1,93921 0,046319 477,611 1,92220 0,039251 476,507 1,90743
100 0,058035 488,546 1,96598 0,047883 487,550 1,94920 0,040627 486,535 1,93467
110 0,059845 498,518 1,99235 0,049426 497,594 1,97576 0,041980 496,654 1,96143
120 0,061639 508,613 2,01836 0,050951 507,750 2,00193 0,043314 506,875 1,98777
130 0,063418 518,835 2,04403 0,052461 518,026 2,02774 0,044633 517,207 2,01372
140 0,065184 529,187 2,06940 0,053958 528,425 2,05322 0,045938 527,656 2,03932
0,80 [ MPa ] 0,90 [ MPa ] 1,00 [ MPa ]
40 0,027113 424,860 1,74457 0,023446 422,642 1,72943 0,020473 420,249 1,71479
50 0,028611 435,114 1,77680 0,024868 433,235 1,76273 0,021849 431,243 1,74936
60 0,030024 445,223 1,80761 0,026192 443,595 1,79431 0,023110 441,890 1,78181
70 0,031375 455,270 1,83732 0,027447 453,835 1,82459 0,024293 452,345 1,81273
80 0,032678 465,308 1,86616 0,028649 464,025 1,85387 0,025417 462,703 1,84248
90 0,033944 475,375 1,89427 0,029810 474,216 1,88232 0,026497 473,027 1,87131
100 0,035180 485,499 1,92177 0,030940 484,441 1,91010 0,027543 483,361 1,89938
110 0,036392 495,698 1,94874 0,032043 494,726 1,93730 0,028561 493,736 1,92682
120 0,037584 505,988 1,97525 0,033126 505,088 1,96399 0,029556 504,175 1,95371
130 0,038760 516,379 2,00135 0,034190 515,542 1,99025 0,030533 514,694 1,98013
140 0,039921 526,880 2,02708 0,035241 526,096 2,01611 0,031495 525,305 2,00613
150 0,041071 537,496 2,05247 0,036278 536,760 2,04161 0,032444 536,017 2,03175
T υ h s υ h s υ h s
[ ºC ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ] [ m³ / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
Pressão
Temp Volume específico Entalpia Entropia
abs
[K] [ MPa ] [ m3 / kg ] [ kJ / kg ] [ kJ / kg · K ]
Líquido Vapor Líquido Vapor Líquido Vapor
Evaporação Evaporação Evaporação
saturado Saturado saturado Saturado saturado Saturado
150 175 200 225 250 275 300 350 400 450
υ — — 0,0114 0,0175 0,0216 0,0252 0,0286 0,0348 0,0406 0,0463
5,00 h — — 258,3 369,3 445,6 513,6 578,6 706,7 837,8 975
s — — 8,1459 8,6728 8,9945 9,254 9,4802 9,8751 10,2251 10,5483
υ — — 0,0061 0,0135 0,0173 0,0205 0,0234 0,0288 0,0338 0,0386
6,00 h — — 160,3 343,7 428,8 500,9 568,4 699,5 832,4 970,9
s — — 7,6125 8,4907 8,8502 9,1253 9,3601 9,7643 10,1192 10,4453
υ — — 0,0041 0,0085 0,012 0,0147 0,0171 0,0213 0,0252 0,0289
8,00 h — — 88,5 285 393,9 475,4 548,1 685,4 822 962,9
s — — 7,2069 8,1344 8,5954 8,9064 9,1598 9,5831 9,9477 10,2796
υ — — 0,0038 0,0059 0,0089 0,0113 0,0133 0,0169 0,0201 0,0231
10,00 h — — 72,2 229,3 358,6 450,1 528,4 671,8 811,9 955,3
s — — 7,0862 7,8245 8,3716 8,721 8,9936 9,4362 9,8104 10,148
Anexo 8 Gráficos
Figura 10.2 – Diagrama generalizado de compressibilidade pR ≤ 1,0 (Fonte: E. F. Obert, Concepts of Thermodynamics,
McGraw–Hill, New York, 1960.)
Figura 10.3 – Diagrama generalizado de compressibilidade pR ≤ 10,0 (Fonte: E. F. Obert, Concepts of Thermodynamics,
McGraw–Hill, New York, 1960.)
Figura 10.4 – Diagrama generalizado de compressibilidade 10,0 ≤ pR ≤ 40,0 (Fonte: E. F. Obert, Concepts of Thermodynamics,
McGraw–Hill, New York, 1960.)
/ English / Portuguese
.5 poin five 0,5 zero vírgula cinco
43,861.36 forty–three thousand eight hundred and sixty–one 43.861,36 quarenta e três mil oitocentos e sessenta e um
poin thirty–six virgula trinta e seis
Tabela 10.22 – Prefixos das unidades de medida do Sistema Internacional (Fonte: INMETRO)
Nome Símbolo Fator de multiplicação da unidade
yotta Y 1024 = 1 000 000 000 000 000 000 000 000
zetta Z 1021 = 1 000 000 000 000 000 000 000
exa E 1018 = 1 000 000 000 000 000 000
peta P 1015 = 1 000 000 000 000 000
tera T 1012 = 1 000 000 000 000
giga G 109 = 1 000 000 000
mega M 106 = 1 000 000
quilo k 10³ = 1 000
hecto h 10² = 100
deca da 10
deci d 10–1 = 0,1
centi c 10–2 = 0,01
mili m 10–3 = 0,001
micro µ 10–6 = 0,000 001
nano n 10–9 = 0,000 000 001
pico p 10–12 = 0,000 000 000 001
femto f 10–15 = 0,000 000 000 000 001
atto a 10–18 = 0,000 000 000 000 000 001
zepto z 10–21 = 0,000 000 000 000 000 000 001
yocto y 10–24 = 0,000 000 000 000 000 000 000 001
Símbolos
Nome
Maiúsculas Minúsculas
Alfa Α α
Beta Β β
Gama Γ γ
Delta Δ δ
Épsilon Ε ε
Zeta Ζ ζ
Eta Η η
Téta Θ θ
Iota Ι ι
Capa Κ κ
Lambda Λ λ
Miu Μ μ
Niu Ν ν
Csi Ξ ξ
Omicron Ο ο
Pi Π π
Ró Ρ ρ
Sigma Σ σ
Tau Τ τ
Upsilon Υ υ
Fi Φ ϕ
Chi Χ χ
Psi Ψ ψ
Omega Ω ω
2
Área 2 r 2 rh
2
Volume h r
n n 1
y ln x y' ( 10.35 )
y'
x y arcoth x 2
( 10.48 )
1 x
1
y ln x y' ( 10.36 )
2x
C y0 F x0 ( 10.51 )
10.9 CÁLCULO INTEGRAL
Integração: o inverso da derivação A integral definida
O cálculo integral tem por objetivo achar uma função F ( x ) sendo A integral definida tem a forma
dado y = f ( x ) de modo tal que a derivada F’ ( x ) seja igual a f ( x ). b b
Assim: f x dx F x F b F a ( 10.52 )
dF x a
a
F' x f x ( 10.49 )
dx Neste caso a integral se verifica entre os limites a e b. Os resultados
Donde, por integração: obtidos substituindo b e a se subtraem, fazendo desaparecer a
A integral indefinida constante C.
f x dx F x C ( 10.50 )