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TERCEIRA CÂMARA DE INSTRUÇÃO

CABALÍSTICA

TERCEIRO GRAU (S::: I:::)

ABERTURA

(Os irmãos se reúnem na antecâmara da Corte. Se há algum candidato que deva ser iniciado ao
grau de Superior Incógnito, este deverá ser apresentado na abertura da Loja)

Filósofo Incógnito: Irmãos, para que nos reunimos?

Irmão Incógnito: Para deliberar na busca das operações da Natureza, Mui Sábio Mestre.

Filósofo Incógnito: Tal como é nossa intenção, vamos fazê-lo na Câmara de Instrução. Irmão
Guardião, aproxima-te e dá-me a Palavra de Passe semestral.

(A ordem é executada)

Toma seu teu lugar na Câmara sem fechar a porta da Câmara de Instrução e verifica a Palavra
de Passe aos irmãos que se vão apresentando à entrada. Irmão Segundo Mestre de
Cerimônias, chama a ordem aos irmãos e conduze-os à Câmara.

Segundo Mestre de Cerimônias: Atenção, Irmãos.

(Os irmãos se formam em uma fila e seguem ao Segundo Mestre de Cerimônias)

[Ver diagrama na folha anexa]

(Neste grau o quarto da Loja está dividido em 3 seções ou apartamentos igualmente que no
grau anterior, porém com a diferença de que o Primeiro e o Segundo estão iluminados, e que
neste primeiro as bancas estão localizados ao Sul e ao Norte (de França) para os irmãos, no
Oriente um banco frente ao Trono, e no ocidente todos os Oficiais subordinados).

(Esta seção está ocupada pelo Filósofo Incógnito, o Irmão Incógnito e o Orador; na coluna da
direita o Primeiro Mestre de Cerimônias; na coluna da esquerda e olhando para o ocidente o
Segundo Mestre de Cerimônias; O Primeiro Introdutor na porta do Laboratório; o Segundo
Introdutor na porta da Corte; O Irmão Iniciado no centro da bancada Sul; O Irmão Associado no
centro da bancada Norte).

Filósofo Incógnito: Irmão, unidos em corpo, unamo-nos na alma e no espírito, vamos invocar a
influência do invisível, porque a luz visível ofusca os nossos olhos. (X-X-X; bate-se 3 vezes o
malhete e os irmãos se levantam).

Venha até nós Noudo-Raabts!

Irmão Incógnito: Venha, ó Omeros Ieoschua!


Irmão Iniciado: Em nome de Iod-He-Shin-Vau-He!

Irmão Associado: Por I.N.R.I!

Todos: Amém!
(Faz-se um breve silêncio).

Filósofo Incógnito: (X-X-X, dá três golpes de malhete lentamente).

Irmão Incógnito: (X-X-X, dá três golpes de malhete lentamente).

Irmão Iniciado: (X, dá um golpe de malhete)

Filósofo Incógnito: Para a Glória de Ieoschua, Grande Arquiteto do Universo, em nome do


Supremo Conselho da Ordem Martinista, e sob os auspícios do Filósofo Incógnito, nosso
Venerável Mestre, declaro abertos os trabalhos da Loja Martinista _________________ (nome
e número) na Terceira Série. A mim meus irmãos, pelo Sinal (13), pela Bateria (14), e pela
Aclamação (15).

Filósofo Incógnito: Irmão Segundo Introdutor, Informe ao Guardião, que nossos trabalhos
estão abertos. (A ordem é executada logo em seguida). (O Filósofo Incógnito (X) dá um golpe
de malhete e todos se sentam).

RECEPÇÃO

(O candidato já deverá estar preparado quando o Filósofo Incógnito fizer a pergunta).

Filósofo Incógnito: Existe algum irmão que queira apresentar algo ao Bem da Ordem?

Candidato: (responde conforme já indicado, dizendo): “Tenho para oferecer-lhes uma


dissertação da apreciação da Câmara Cabalística”.

Filósofo Incógnito: Você tem a palavra meu irmão. Oficiais, por favor prestem atenção
enquanto o Irmão Incógnito lê a sua dissertação.

(Estando no centro da Câmara, o Candidato Lê a sua tese sobre o tema que lhe foi atribuído
pelo Orador. Esta leitura não deve ultrapassar de 30 minutos. Quando acabar a leitura, o
Candidato coloca seu manuscrito em cima da mesa do Filósofo Incógnito. Esta tese será
discutida extensivamente para testar a paciência e a boa índole do Candidato, já que ele não
tem direito de explicar. Este teste não deve durar mais que 10min, e serve para testar a sua
personalidade do candidato. Se o Candidato mostrar sinais de raiva, o Filósofo Incógnito
interromperá o debate imediatamente e explicará que está pronto para compreender o
Símbolo da Máscara. O Filósofo Incógnito dirá que sua demonstração é corajosa e continuará
com a cerimônia do Grau. Mas este Candidato, nunca será permitido subir mais alto e o
segundo Templo permanecerá fechado para ele).

Filósofo Incógnito: Algum Irmão tem mais alguma proposta para oferecer ao bem da Ordem?
Qualquer Irmão: Como nosso Irmão Incógnito provou eloquentemente que tem os pontos
necessários ao simbolismo e nos ensinamentos iniciais, proponho, Mui Sábio Mestre, que ele
receba as últimas instruções sobre esses assuntos.

Filósofo Incógnito: Se não houver objeções, será feito de acordo com o desejo expresso de
nosso Irmão _______________________ (nome do candidato). Irmão Orador, quais são as suas
conclusões?

Irmão Orador: Mui Sábio Mestre, minhas conclusões são a favor do reconhecimento de nosso
Irmão como Superior Incógnito.

Filósofo Incógnito: (dirigindo-se ao Candidato) Se este é o seu desejo de receber este Grau,
torna-se necessário que você renove seu juramento em nosso altar sagrado. Você está disposto
a submeter-se a isto?

Candidato: Sim! Estou.

Filósofo Incógnito: Irmãos voltemos ao Templo.

(Forma-se uma procissão, na mesma ordem do Grau anterior. O Filósofo Incógnito, tomando o
Candidato pela mão, o conduz até o altar e o faz ajoelhar-se. Dá dois golpes de malhete
lentamente, (Todos se levantam) e diz ao Candidato): Repita seu Juramento.

JURAMENTO

Candidato: “Eu, (nome do Candidato), prometo e juro solenemente nunca revelar o nome do
meu Iniciador, bem como nenhum dos secretos, nenhum dos rituais ou cerimônias, símbolos,
palavras sagradas, palavra de passe, sinais, mistérios ou segredos da Ordem Martinista a
ninguém que não seja reconhecido por mim, após exame exaustivo ou pelo seu Diploma como
membro autêntico desta Ordem.

Eu prometo e juro executar as ordens desta Loja ou de qualquer outra Loja que eu venha a me
tornar membro, bem como cumprir as ordens do Supremo Conselho desta região ou do
Supremo Conselho Central, bem com obedecer aos seus Delegados.

Além disso, eu prometo e juro ajudar meus irmãos em todas as circunstâncias da vida,
especialmente em momentos de tribulações e adversidades, e aliviá-los com a minha ajuda,
minha influência e meus bens.

Finalmente, eu prometo e juro seguir solenemente os ensinamentos do Martinismo e esforçar-


me para apreciá-lo, para a maior glória de DEUS e para o bem de meus Irmãos. Para o fiel
cumprimento deste juramento, dou a minha palavra de honra que é sagrada.”.
CONSAGRAÇÃO

Filósofo Incógnito: (Colocando as duas mãos no topo da cabeça do Candidato, ele diz): “Em
testemunho da alta consideração que tenho pela sua dedicação como Martinista e em nome
de nosso Venerável Mestre Louis-Claude de Saint-Martin eu te reconheço ___________ (Nome
e sobrenome do candidato) como SUPERIOR INCÓGNITO da Ordem Martinista. Para isso, vou
confiar-lhe sinais, palavras e toques deste honroso grau.”

A designação é: (16)

Sente-se em: (17)

Eles sobem: (18)

Orador: Eles sentam-se em (19), designam-se como (20), cruzam (21).

Filósofo Incógnito: (Juntamente com o Orador) eles batem (22) e viraram (23) três vezes.
Depois disso, ele diz): “Irmão, tais são os sinais e as palavras dos Superiores Desconhecidos. O
sinal refere-se (24), e a Palavra (25) nos lembra a grande lei do Equilíbrio (26), conforme
expressa no (27). Agora você está pronto para ouvir as explicações do simbolismo dos Graus
de Associado, Iniciado e Superior Incógnito. Irmão Orador, você tem a palavra.”

DISCURSO DO ORADOR

Orador: O Terceiro Grau é dividido em duas partes, que são estas: Iniciática e Administrativa.
Esse forma a sintese dos outros dois Graus. O S::: I::: é o sinal distintivo da Ordem e indica
apenas todos os desenvolvimentos do ritual simbólico. Os seis pontos dispostos em dois
Triângulos opostos representam a disposição das luzes e esta disposição representa o Ternário
nos Três Mundos: DEUS, o Homem e a Natureza. A letra S, inicial de palavras como Silêncio e
Superior, representa a Camada simbólica com a qual todos os iniciados estão corbertos. A
Letra I, inicial da palavra Incógnito (Incógnito, Desconhecido), simbolisa a Máscara e todos os
seus significados.

A oposição das duas letras e a oposição dos dois Triângulos revela à mente astuta do
simbolismo das Colunas em sua oposição ativa (letras) e passiva (pontos), oposição horizontal
e oposição vertical, chave do simbolismo da Cruz.

O simbolismo de nosso ritual também é mostrado de forma muito suntuosa em seu seguinte
aspecto, o que é muito característico. O ponto dentro do círculo, que representa o Princípio
em seu desenvolvimento, DEUS na eternidade.

No Reino Humano, o Ponto ou o Princípio, representa o Indivíduo. O Círculo ou


Desenvolvimento, representa a Humanidade.

No Reino Intelectual, o Ponto representa a Ciência Absoluta e o Círculo, representam às teorias


científicas, sistemas e as escolas.

No Domínio Moral, o Ponto representa a Religião e o Círculo representa todas as diferentes


formas de sua manifestação.
E finalmente, o Ponto é a Razão, o PRIMUM MOBILE e o Círculo é o efeito, a consequência. Os
Martinistas veem no ponto o emblema da Máscara, que nos ensina a solidão e a circunferência
a do Manto, que nos ensina a prudência. As linhas paralelas apoiadas pelos dois SAN JUAN,
cujas festividades ocorrem em duas épocas opostas do ano, representa as forças antagônicas
da natureza e a própria eternidade no mais perfeito estado de equilíbrio.

Estas linhas representam alternativas como Alegria e Tristeza, Homem e Mulher, Mente e
Matéria, etc. Oposições que tem sido indispensável desde os tempos antigos para estabelecer
toda a Criação a Lei Divina da Harmonia Universal, representada na antiguidade pela LIRA de
ORFEU, e desde os tempos da Era Cristã, pela Bíblia, que coroa todo o símbolo.

Enquanto você medita sobre este sublime simbolismo do ritual Martinista, recomendamos que
façamos a seguinte profissão de Fé:

AS LUZES

“Acreditamos em um único DEUS e em uma única religião como ELE, em um DEUS que tudo
abençoa e em uma religião que absorve tudo ou que cancela todos os cultos. Acreditamos na
infalibilidade da caridade mental mais do que na infalibilidade totalmente dogmática de alguns
homens.”

A MÁSCARA

“Acreditamos na liberdade absoluta, na independência absoluta, na mesma realeza, na


divindade relativa da vontade humana, esta quando é dominada por uma razão soberana.
Acreditamos que para enriquecer é preciso dar, e que a felicidade individual não pode ser
alcançada mais que para a felicidade dos outros.”

AS COLUNAS

“Reconhecemos que existem duas manifestações principais das coisas: a IDEIA e a FORMA, a
INTELIGÊNCIA e a AÇÃO. Acreditamos na Verdade, que foi concebida pela IDEIA. Nós
acreditamos na REALIDADE, que é a IDEIA demonstrada ou demonstrável pela Ciência.
Acreditamos na RAZÃO, na qual está expressa precisamente pela Palavra. Acreditamos na
Justiça, a qual se posta em ação de acordo com suas verdadeiras relações e proporções
razoáveis.”

O MANTO

“Nós acreditamos que o próprio Deus, o Grande Princípio de Justiça indefinível, não pode ser
o déspota ou o executor de suas criaturas; que ele não pode recompensar nem os punir; mas
que a Lei da Harmonia Universal carrega em si a sua sanção, de modo que o bem de si mesmo
é a recompensa do bem e o mal castiga, mas também o remédio do mal.”

Vamos dar-lhe mais luz sobre o significado dos SINAIS e PENTACULOS dos dois primeiros
Graus, porém você não deve esperar que estes tópicos se esgotem por agora, porém seu
esoterismo será revelado. Somente o Iniciado deve cumprir estas tarefas. Tudo o que nos é
permitido a este respeito é abrir o caminho para as descobertas.
A CRUZ

“A Cruz é o emblema da Lei Quaternária, escondendo-se na Formação Cabalística do


TeTragrammaTon ou Nome Incomunicável de quatro letras. Este conhecimento constitui o
ápice de todas as escolas de iniciação, qualquer que seja o nome seus rituais; mas, a princípio,
a letra substituiu a mente, e nada restou da Tradição, exceto algumas cerimônias que não são
mais compreendidas.

O Nome Incomunicável ou a Palavra Perdida, que só se pronuncia em voz baixa e no ritual


mais solene, está o I-H-V-H do Hebreus, que derivou dos egípcios (seus professores). É como o
I-N-R-I dos Rosacruzes e a ROTA dos Cabalistas.

O Nome Incomunicável é também o Grande Athanor (G.'. A.'.), o Azoth dos Adeptos dos Altos
Graus de Iniciação Hermética. Para saber a verdadeira pronúncia disso = é como possuir a
compreensão completa do mecanismo da Lei Quaternária sintetizado na palavra perdida dos
Cabalistas = é render-se como Mestre dos quatro elementos e concentre em seu cérebro todas
as idéias de Ciência, Religião e Progresso.

Vimos isso na Lei do Ternário oscila entre forças opostas e retorna à unidade do triângulo. O
Quaternário é o complemento do Ternário; ele reuni as leis da oposição e equilibra em um
todo a harmonia que é a entidade.

A Lei Quaternária é representada na Geometria pelo Quadrado, que é composto por quatro
ângulos iguais de 90 graus, cada um como o quarto de parte do círculo, que é o emblema da
Eternidade. Daí a origem do problema de Quadradatura do Círculo, que é insolúvel pela
matemática moderna, que se baseia no princípio errôneo do “Ponto matemático”, mas
perfeitamente solucionável pelos Antigos Filósofos, que assim representaram a lei absoluta da
harmonia eterna. O modo usado pelos Iniciados para escrever as Palavras Sagradas é organizá-
las em forma de Cruz dentro de um Círculo.

Tais são as instruções iniciáticas reais relativas à Cruz, símbolo da divindade através do
Mistério do Nome Incomunicável, que é, na verdade, a Divindade demonstrada aos Filósofos
pela grande Lei Universal do Quaternário.

Não podemos te dizer nada mais adicional sobre este importante tópico. Nós lhes demos a
chave da Ciência Universal; mas você mesmo deve abrir a porta do Santuário.

O PENTAGRAMA

“O Pentagrama, com suas cinco pontas, parece destruir a magnífica harmonia do Quaternário.
Atualmente é isso que ele faz. Além disso, o número 5 é o símbolo da Queda, da Morte, da
Ruína, da Corrupção, da Putrefação. Mas a estrela Flamingera, que sugere a forma do homem
(com cabeça e 4 membros), é o emblema do homem com toda a força do seu Livre Arbítrio,
capaz de dominar suas paixões quando o inteligência domina a matéria (ver Figura 1), ou
permitir que suas paixões dominem sua mente (Figura 2). Isto representa alegria e tristeza, de
acordo com a direção que toma.

A estrela de 5 pontas é, acima de tudo, emblemática da Queda do homem; e também a


condição corrupção, seja ela física ou moral.
Mas já vimos nos graus anteriores que a mente humana é poderosa, mesmo contra a
providência. Além disso, para haver redenção, é necessário que a se mente liberte e que o
consentimento do homem se una às intenções da Providência.

Esta aliança, esta comunhão ocorreu quando a divindade foi integrada no corpo do homem,
quando a Palavra se tornou carne. O homem ofendeu seu Criador? ofendeu seu nome
sagrado?

Em outros termos: destruiu a harmonia da relação entre o céu e a terra? (ideia expressa
Cabalisticamente pela mutilação do nome sagrado dividido em duas partes; o quaternário
sublime foi violentamente separado em dois binários, que são dois termos em oposição). Esse
o antagonismo não poderia continuar. O TeTragrammaTon buscou a reintegração do homem.

Este desejo é expresso na Cabala pelo triplo Tau, a letra que afeta a forma da linguagem,
representa a Palavra, que é a própria divindade demonstrada pela Palavra. A letra ‫( ש‬Schin),
emblema de Deus duas vezes, foi introduzido no Nome sagrado mutilado para unir os dois
fragmentos.

Este novo nome de cinco letras, emblema da redenção do homem, é lido em hebraico como
IEOSCHUA; é o nome do Nazareno, e aí vemos que o número 5, anteriormente destruidor de
harmonia, tornou-se, sob este novo arranjo, o número abençoado da Reinstalação do homem
em seu estado original de pureza.

Agora você entenderá o significado esotérico da morte de Osíris e de outro herói dos Mistérios
mais modernos, anterior a Cristo, embora desde a queda do homem sua redenção sempre foi
possível. Estas explicações esotéricas devem estar sempre presentes em nossas mentes. Elas
irão direcioná-lo, meu irmão, para a concepção mais elevada do Universo, e de suas Leis em
direção ao Grande Arquiteto. Este conhecimento é derivado da contemplação de nossos
símbolos se estende muito além do que poderia ser dado a você por qualquer associação
secreta contemporânea..

Isso nos ajuda a explicar a você, meu irmão, o sinal essencial deste grau: O Selo de Salomão, ou
duplo triângulo, e o Pentáculo Universal de Saint-Martin, o famoso fundador do nosso sublime
Ordem.

O SELO DE SALOMÃO

A Estrela de seis pontas, representa o Universo e seus dois Ternários, Deus e Natureza, e por
isso é chamado de Signo do Macrocosmo ou Grande Mundo, em oposição à estrela de cinco
pontas, que é o Signo do Microcosmo ou Pequeno Mundo, que é o Homem. É composto por
dois triângulos.

a) Aquele com a ponta para cima representa tudo que sobe, simboliza o Fogo e o calor;
representa fisicamente as coisas do homem perante o seu Criador; representa materialmente
a evolução física da Força, do centro da Terra ao centro do nosso sistema global, o Sol. Em uma
palavra, expressa o retorno natural das forças (morais e físicas) no início do que eles
emanaram.

b) Aquele com a ponta para baixo representa tudo o que desce; É o símbolo hermético de
Água e umidade; No mundo espiritual representa a ação da divindade sobre suas criaturas; No
mundo físico representa a corrente de involução que sai do Sol, centro de nosso sistema
global, em direção ao centro da terra. Combinados, os dois triângulos expressam a Lei do
Equilíbrio, a atividade eterna de Deus e a Universo; Representam o movimento perpétuo, a
incessante Geração e Regeneração pela Água e pelo Fogo, que juntos é a Putrefação, cujo
termo mais comum no mundo científico é de Fermentação. O Selo de Salomão é então o
emblema perfeito da Criação, e por este significado que lhe foi dado pelo nosso Venerável
Mestre, Louis-Claude de Saint-Martin, para que estivesse contido no Pentáculo Universal.

PENTÁCULO UNIVERSAL

Deus, o primeiro princípio do Universo, é representado pelo Círculo, símbolo da Eternidade: A


ação da eternidade (Aleph-Iod-Kaph-Phe-Vau-Phe da Kabbalah), passou do poder latente para
a ação, e é simbolizado pela relação mística do centro com a Circunferência; pelo raio
projetado seis vezes ao redor do círculo, o que produz o Hexágono, emblemático dos seis
períodos da Criação.

O ponto central forma o sétimo período, que é o período de descanso. É entre essas
emanações criativas que a Natureza encontra suas duas grandes correntes de evolução e
involução (triângulos ascendentes e descendentes).

Notamos que a Natureza, simbolizada pelo Selo de Salomão, não chega a Deus, mas as forças
criativas que emanam Dele. Do centro do universo em direção ao próprio Deus (o círculo), o as
forças do homem ganham vida, unindo os efeitos da divindade ao fatalismo da natureza, e na
unidade do seu livre arbítrio (simbolizado pela Cruz) ele se conecta ao centro do universo alma
humana) com o próprio Deus.

Tal é a explicação deste emblema; qual é o mais completo síntese que o gênio humano
descobriu. Ele nos revela todos os mistérios da natureza; e Isto é verdade tanto na física como
na metafísica, nas ciências naturais e na teologia. É o selo que une o Razão para Fé,
Materialismo para Espiritismo, Religião para Ciência. Medite, meu irmão, medite com toda a
sua alma sobre o que lhe foi ensinado até agora. O desejo e a meditação o levarão às maiores
descobertas: o Homem do Desejo é o protegido da Providência.

(Ver diagramas na folha anexa)

CONTINUAÇÃO

Filósofo Incógnito: (X, um golpe de malhete e o Candidato se levanta) “Superior Incógnito,


você alcançou o limiar do Santo dos Santos do Templo do Conhecimento Universal.

Devemos deixa-lo aqui, para que você possa decidir por si mesmo se deseja adentrar ou não,
no Santuário da Verdade Eterna.

Primeiro, você passou pelas provações e tribulações de um caráter físico bem merecido e
superou um grande número de obstáculos com coragem digna de louvor.

É verdade que não Você não tinha nada a temer, porque foi guiado por um Amigo Fiel, em
quem depositou sua confiança. Mas aqui, nesta Escola Superior de Sabedoria Antiga, os testes
físicos são considerado insuficiente. Exigimos mais provas do seu valor moral e intelectual.

E isto é para provar que você possui um caráter espiritual merecidamente ao qual já se
subjugou. É o homem moral que procura passar sem qualquer ajuda da ignorância em direção
à Luz, através escuridão e os vales áridos da dúvida, da moralidade não resolvida, da ansiedade
mental e do medo.

Não podemos recomendar nenhum amigo confiável ao Iniciado para orientar seus passos
hesitantes.

Não podemos dar-lhe outros meios de defesa, do que aqueles que você mesmo adquiriu,
quando envolvido em seu Manto Misterioso e protegido pela Máscara contra a curiosidade e a
morbidez do profano, você desenvolveu a Grande Obra de sua própria personalidade.

Não podemos dar-lhe para dissipar a escuridão que o cercam, nenhuma outra luz senão a
lâmpada do seu próprio Gênio, alimentada pelo óleo de meditação paciente. Assim como você
soube criar sua personalidade, você será vitorioso em um esforço supremo para obter toda a
Luz, ou você despedaçado sem piedade pelos vilões mais atrozes, do que alguém conheceu.

Tais são os caminhos de prova que ele impõe aos seus Adeptos pelo Martinismo, que é o
repositório da Sagrada Tradição; e ao contrário do que é praticado em outras Escolas, nossos
testes não são iniciados pelo Iniciado até que a tarefa do iniciador é interrompida.

Infelizmente (embora quem sabe se é felizmente?) esses testes só terminam assim que a parte
inferior dos quatro elementos e forças cegas e fatais são desencadeadas contra você. Só então
começa para o vencedor um tempo de paz e glória, quando todas as coisas criadas obedecem
ao sinal de florescimento como num ramo de amêndoa, emblema de alta iniciação.

As provações do Martinismo também param por fraqueza, quando o destino dispara a lâmina
voadora do esquecimento eterno. Mas nenhuma lágrima é derramada pelo perdedor; nenhum
MESTRE aparece para ajudar a remover o corpo corrompido da sepultura, e ninguém será
enviado para recolher os restos dele.

Na verdade, há naquele ponto em que ele foi vítima de sua mente indecisa e de sua vontade
vacilante e impotente contra o destino e indigno da ajuda da Providência, precisamente nesse
ponto, eu lhe digo, permaneça desconhecido para seus amigos, sua família, seu Deus.

Superior Incógnito, observe-se antes; apenas um véu transparente de luz esconde novamente
a sua visão do grande Mistério do Mistérios; Você mesmo decide entre a ignorância eterna e a
sabedoria eterna.

Mas, se por força de seu livre arbítrio e a bênção da Divindade você venha a contemplar a
VERDADE cara a cara, Lembre-se que você deve manter o silêncio do mistério que você terá
adentrado, sempre através da lealdade, porque pode custar-lhe a vida. Lembre-se sempre de
ficar longe dos grandes Iniciados que tentaram, com a melhor das intenções, levantar um
canto do Véu Sagrado de Ísis:

ADÔNIS morto pelo javali,

OSIRIS morto por Set,

PITÁGORAS proscrito,

ORFEU despedaçado pelas Bacantes,

BASSINET silencioso nas cavernas do Monte Nebo,


HIRAM assassinado pelos bandidos,

SAN JUAN decapitado,

APOLONIO torturado,

JESUS crucificado,

JACQUES DE MOLAY queimado na fogueira,

AGRIPPA morrendo em uma solidão absoluta;

PARACELSO, CAZOTTE, CAGLIOSTRO, SAINT-MARTIN, WRONSKI, ELIPHAS LEVI, SAINT IVES


D’ALVEYDRE e centenas de outros mártires da Arte desconhecidos Ciência Real e Ministerial,
cujas leis são inexoráveis.

Você deve divulgar o mínimo de Artes Secretas ou algo dos Mistérios Sagrados, uma parte que
a meditação pode trazer para sua compreensão, e esta é uma tortura física que pode não ser
gentil, comparada com a vingança que sua alucinação pode reservar à você.

Nenhum símbolo material pode expressar o horror da extinção espiritual, tanto quanto o físico
que o miserável divulgador da Verdadeira Palavra espera, porque Deus é impiedoso com
aqueles que profanam o seu Santuário e expõem brutalmente aos olhos do indigno, o segredo
indizível.

Devemos parar por aqui, porque estamos proibidos de dizer algo a mais para esclarecer este
tópico. Mas, meu querido irmão, não é nossa intenção deixar-lhe uma incerteza, e não
podemos terminar a nossa instrução sem repetir isto uma última vez: “Medite, medite, e nós
lhe garantimos (se o seu julgamento for imparcial, se a sua razão for sã, se a sua mente e seu
corpo é puro, em uma palavra: se você é digno e bem preparado, tanto quanto sua confiança),
que a Providência lhe permitirá levantar o Véu Sagrado e poder contemplar o Grande
Mistério.” Então, você terá recebido todos os benefícios da iluminação celestial.

Meu irmão, o Primeiro Templo não tem mais nada para lhe ensinar. Receba este cordão
branco, distintivo de sua posição em nossa sublime instituição. Superior Incognito, sente-se
entre seus novos irmãos.

ENCERRAMENTO

Filósofo Incógnito: (X, dá um golpe de malhete) “Irmão Incógnito, és um Superior Incógnito?

Irmão Incógnito: Sou reconhecido como tal no Templo da Verdade.

Filósofo Incógnito: O que você viu neste Templo da Verdade?

Irmão Incógnito: Símbolos, letras, números e figuras geométricas chamadas de PENTÁCULO.

Filósofo Incógnito: Qual é o primeiro símbolo que você pode explicar?


Irmão Incógnito: O primeiro e último símbolo da Ordem é o Círculo formado por uma cobra
mordendo o rabo; É o emblema da eternidade, onde o passado e o futuro estão num eterno
presente.

Filósofo Incógnito: Este símbolo tem um número?

Irmão Incógnito: Tem o número 12, que é o número do Universo.

Filósofo Incógnito: Que outros símbolos você pode nos apresentar?

Irmão Incógnito: As 3 Luzes, dispostas em triângulo e representando a Unidade da Luz na


diversidade de luzes.

Filósofo Incógnito: Como esses símbolos são representados hieroglicamente?

Irmão Incógnito: Pela letra hebraica Aleph, que é composta por 2 Iods, um de cada lado, e pela
Vau inclinado, que é o emblema da unidade da Lei do Ternário

Filósofo Incógnito: Esta letra hieroglífica tem algum número?

Irmão Incógnito: Possui 3 números: 1, 26 e 8.

Filósofo Incógnito: O que o número 1 representa?

Irmão Incógnito: O princípio e a síntese dos números. É o símbolo de Deus e do Homem.

Filósofo Incógnito: O que o número 26 representa?

Irmão Incógnito: É a soma dos números representados por dois Iods (10 + 10) e o Vau
inclinado (6), formando a letra Aleph. É o número sagrado do Nome Inefável (Iod-He-Vau-He;
10+5+6+5=26).

Filósofo Incógnito: O que o número 8 representa?

Irmão Incógnito: A redução teosófica de 26 (2+6=8). O número 8 simboliza a unidade divina


em os Círculos universais (8) = celestial e terrestre =, que é o pensamento de Deus.

Filósofo Incógnito: Que outro símbolo você pode nos apresentar?

Irmão Incógnito: A Máscara.

Filósofo Incógnito: O que significa?

Irmão Incógnito: O abandono voluntário por parte do Iniciado de sua personalidade, para
assumir outra, apenas espiritual e universal. Os ensinamentos associados a este símbolo são
direcionados diretamente para a Reinstalação do homem no mundo das ideias, que não está
próximo. O símbolo da máscara É a pedra fundamental do Martinismo.

Filósofo Incógnito: Tem alguma letra?


Irmão Incógnito: Tem uma que é o Iod. Sendo esta letra é o começo, a célula da qual formou
todas as letras do alfabeto hebraico, a Máscara está associada a este princípio, a célula do
Grande Corpo que compõe a humanidade temporal e espiritual.

Filósofo Incógnito: E tem algum número?

Irmão Incógnito: Tem o número 10 que simboliza o pensamento humano e divino.

Filósofo Incógnito: Quais são os símbolos que vistes?

Irmão Incógnito: Duas colunas colocadas na entrada do templo. Elas simbolizam violento
antagonismo apresentado pela Natureza, e especialmente a terrível oposição oculta do Forças
que podem aniquilar o ignorante ou o imprudente que se aventura nas regiões do mundo
astral. As duas colunas também nos ensinam que a harmonia resulta da analogia dos opostos,
e o verdadeiro Iniciado usa essas energias para a óbvia reconciliação da oposição, para que o
adepto são os dois pilares sobre os quais estabelece sua força.

Filósofo Incógnito: Este simbolismo tem alguma letra hieroglífica?

Irmão Incógnito: Possui uma letra: Daleth, que significa Força, Poder e Imutabilidade.

Filósofo Incógnito: E tem algum número?

Irmão Incógnito: Tem o 4, relacionado ao TeTragrammaTon, e é o número da Força.

Filósofo Incógnito: Como pode-se adquirir esta força?

Irmão Incógnito: Pela Palavra.

Filósofo Incógnito: Por que pela Palavra?

Irmão Incógnito: Porque a Palavra cria a Forma e a Forma reage na Palavra para modificá-la e
finalizá-la. A Palavra começa com letras e termina com ações. A Arte Real envolve o mundo em
palavras, e esta Palavra pronunciada cabalisticamente, é mais forte do que todas as forças do
céu, da terra e do inferno.

Filósofo Incógnito: Você tem esta Palavra?

Irmão Incógnito: Eu a tenho?

Filósofo Incógnito: Dai-me a Palavra?

Irmão Incógnito: Não posso.

Filósofo Incógnito: Qual foi o próximo símbolo?

Irmão Incógnito: O Manto do Iniciado, diante de quem todas as coisas são impotentes, até
mesmo a Espada Flamejante dos Querubins que Deus colocou, depois da queda do homem, à
entrada da imortalidade.
Filósofo Incógnito: Tem alguma letra?

Irmão Incógnito: Tem o Tau. Símbolo da Verdade, da Luz, do Sol e do homem em estado de
perfeição.

Filósofo Incógnito: Tem algum número?

Irmão Incógnito: Tem o número 400, ou 5x8x10, e significa o número de portões da Morte (5)
que a vontade humana (8) deve passara antes de atingir o Pensamento Divino (10).

Filósofo Incógnito: (X-X-X, dá três golpes de malhete. Todos os Irmãos levantam-se e diz:)
“Lembremo-nos meus Irmãos, os perigos que tentam fazer com que o homem impuro
abandone prematuramente o seu corpo. Vão em paz, Superiores Incógnitos, depois de terem
renovado seu Juramento de Silêncio, acerca dos mistérios de nossa Venerável Ordem. Vocês
juram?

Todos: (Estendem a mão direita na altura do ombro e dizem) Nós Juramos!

Filósofo Incógnito: Declaro que os trabalhos da Loja ___________ (nome e número) de


Superiores Incógnitos, estão encerrados em sua devida forma. (X-X-X, dá três golpes de
malhete lentamente).

Irmão Incógnito: (X-X-X, dá três golpes de malhete lentamente).

Irmão Iniciado: (X-X, dá dois golpes de malhete lentamente).

Irmão Associado: (X, dá um golpe de malhete).

(Todos os irmãos se retiram pela porta do Laboratório. O Filósofo Incógnito se retira por
último) (Fim do Ritual).

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