O trabalho é um ato entre o homem e a natureza onde o homem usa suas forças físicas para modificar a natureza de acordo com suas necessidades e desenvolver suas habilidades. Ao contrário de outros animais, o homem planeja seu trabalho mentalmente antes de executá-lo, tendo um objetivo consciente em mente que guia suas ações. Durante todo o processo de trabalho, o homem requer concentração contínua para cumprir seu plano.
Descrição original:
Título original
02_Antes de Executar o Homem Concebe. MARX, Karl - O Capital
O trabalho é um ato entre o homem e a natureza onde o homem usa suas forças físicas para modificar a natureza de acordo com suas necessidades e desenvolver suas habilidades. Ao contrário de outros animais, o homem planeja seu trabalho mentalmente antes de executá-lo, tendo um objetivo consciente em mente que guia suas ações. Durante todo o processo de trabalho, o homem requer concentração contínua para cumprir seu plano.
O trabalho é um ato entre o homem e a natureza onde o homem usa suas forças físicas para modificar a natureza de acordo com suas necessidades e desenvolver suas habilidades. Ao contrário de outros animais, o homem planeja seu trabalho mentalmente antes de executá-lo, tendo um objetivo consciente em mente que guia suas ações. Durante todo o processo de trabalho, o homem requer concentração contínua para cumprir seu plano.
O trabalho é antes de tudo um ato que decorre entre o homem e a natureza. O homem representa, ele próprio, diante da natureza, o papel de uma força natural. As forças de que o seu corpo é dotado, braços e pernas, cabeça e mãos, são por ele postas em movimento, a fim de se apropriar das matérias, dando-lhes uma forma útil à sua vida. Ao mesmo tempo que, através desse movimento, atua sobre a natureza exterior e a modifica, modifica também a sua própria natureza e desenvolve as faculdades que nela estavam adormecidas. Não nos deteremos neste estágio primordial do trabalho ainda não despojado do seu modo puramente instintivo. O nosso ponto de partida é o trabalho sob uma forma que pertence exclusivamente ao homem. Uma aranha faz operações semelhantes às de um tecelão e a abelha confunde, pela estrutura das suas células de cera, muitos arquitetos hábeis. Mas o que, logo de início, distingue o pior arquiteto da abelha mais habilidosa é que ele construiu a célula na cabeça antes de a construir na colmeia. O resultado a que chega o trabalhador preexiste, idealmente, na imaginação do trabalhador. Não muda apenas a forma das matérias naturais; realiza, ao mesmo tempo, o seu próprio objetivo de que tem consciência, que determina como lei o seu modo de ação e a que deve subordinar à vontade. E esta subordinação não é momentânea. Durante toda a sua duração, além do esforço dos órgãos que atuam, a obra exige uma atenção firme que não pode resultar senão de uma tensão constante da vontade.
Marx: «O Capital», livro I, pp. 185-186,
Dietz Verlag, Berlim, 1951. «O Capital», livro I, f. I. pp. 180-181. Editions sociales, 1948.