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EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA
Disciplina
PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS
DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
2
Curso
EDUCAÇÃO ESPECIAL
E INCLUSIVA
Disciplina
PRINCÍPIOS
METODOLÓGICOS DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Marcelo SALDANHA
Edla TROCOLI
Fátima ALVES
www.avm.edu.br
3
muito prazer que escrevi essa aula para vocês. Gosto muito do
meu trabalho: dar aulas, pesquisar, me relacionar com os alunos.
Sou pedagoga, especialista em Educação Especial e pós-graduada
em Docência do Ensino Superior. Comecei a atuar na área de
Educação Especial há alguns anos atrás e tive a oportunidade de
ser diretora-fundadora de um grande Centro Integrado de
Educação Especial, no Município de Valença-RJ, entre outras
atividades exercidas dentro da área. Atualmente luto por uma
Escola Inclusiva e acredito que um dia teremos realmente uma
Escola Para Todos. Neste ano, completo 5 anos de vínculo com o
Instituto A Vez do Mestre com muito respeito pelo trabalho que
presta à nossa educação. Um grande abraço!
07 Apresentação
Aula 1
09 Tipos e necessidades educacionais
especiais
Aula 2
53 Adaptações curriculares
Aula 3
81 O projeto pedagógico na diversidade
Sumário
Aula 4
111 Avaliação na educação inclusiva
Aula 5
139 Informática na educação inclusiva
Aula 6
169 Psicomotricidade na educação
inclusiva
AV1
201 Estudo dirigido da disciplina
AV2
207 Trabalho acadêmico de
aprofundamento
Esperamos que, após o estudo deste caderno, você seja capaz de:
Objetivos gerais
AULA
Educacionais
Especiais
Marcelo Saldanha
Apresentação
Introdução
atuação pedagógica.
Você sabia?
Outra ação a ser desenvolvida passa pela
concatenação de idéias, práticas metodológicas,
O avanço
recursos e atividades que operacionalizem as mudanças tecnológico é
fundamental para
e a busca de novas soluções para os problemas que a pessoa
portadora de
existentes. Para que tudo flua de forma bem natural, é necessidades
especiais tenha cada
necessário que haja uma avaliação ágil e efetiva das vez mais
independência.
competências exigidas no âmbito escolar e dos fatores
que interferem nas situações escolares.
AUTISMO
A título de
ilustração, segue As crianças autistas são perfeitamente testáveis
abaixo uma lista de
algumas deficiências e o diagnóstico não é tão difícil de ser realizado.
primárias:
Alterações
neurológicas;
Quociente de Na verdade, os problemas encontrados na
inteligência;
Respostas definição de autismo refletiram-se também na
anormais a sons;
Dificuldade de dificuldade de construção de instrumentos precisos
imitar movimentos
finos e elaborados;
para a avaliação e o diagnóstico desses casos.
Compreensão
deficiente da
informação visual; Devem-se considerar as severas deficiências de
Uso dos sentidos
proximais; interação, de comunicação e de linguagem e as
Dificuldade na
compreensão e uso alterações da atenção e do comportamento que estas
dos gestos.
crianças podem apresentar. É ponto pacífico que a
atuação psicopedagógica a ser traçada esteja centrada
em suas necessidades. Antes de se elaborar uma
abordagem, o aluno deve ser observado para que se
tenha uma noção dos canais de comunicação que sejam
mais receptivos a uma estimulação mais apropriada.
As deficiências
secundárias se Como uma proposta do que seria um
refletem nos
seguintes pontos: encaminhamento de ações a serem desenvolvidas com
Dificuldade nas
relações pessoais; as crianças vítimas da Síndrome do Autismo Infantil,
Resistência à
mudança na sua vamos apresentar alguns procedimentos que são de
rotina;
Auto agressão;
grande valia para se trabalhar com esta população.
Ausência de
brincadeira
imaginativa. O fazer pedagógico deve observar os seguintes
passos:
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Importante
Infelizmente, salvo honrosas exceções de
escolas que, de fato, praticam a Educação Inclusiva, no
A recomendação do
Brasil ainda estamos muito aquém no que concerne à Bureau International
d’Audiophonologie/B
boa formação de professores para um trabalho desta IAP é que os
deficientes auditivos
qualidade. tenham acesso a
recursos didáticos e
equipamentos
especiais para sua
Tendo em vista a rápida noção crítica proposta melhor adaptação ao
mundo.
neste estudo, é bom tecer alguns comentários que,
certamente, oferecem alguns dados bem elucidativos
para ampliarmos o atendimento satisfatório do
deficiente auditivo no Brasil.
DEFICIÊNCIA MENTAL
No modelo médico,
onde são Os critérios e os procedimentos usados no
enfatizadas as bases
orgânicas da processo de classificação determinam não apenas os
deficiência mental, a
busca de fatores aspectos do indivíduo que deverão ser trabalhados
etiológicos constitui-
se no cerne do
(inteligência, conduta adaptativa, sociabilidade etc.),
processo
mas, sobretudo, as atitudes e as práticas educativas
diagnóstico.
com relação a ele.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Importante
a) transmitir conhecimentos através de dados
referentes aos sentidos que ela dispõe; e b) propiciar Não é uma regra
fechada. São pontos
condições para que ela explore e possa compreender o de orientação que
facilitam as relações
mundo ao seu redor, organizando o que aprendeu por entre portadores e
não-portadores de
meio dos sentidos de que dispõe. necessidades
especiais.
AS ALTAS HABILIDADES
Superdotados
3- Consciência de que, mesmo no caso dos mais precisam de atenção
para não
capazes, as habilidades somente se desenvolvem apresentarem
problemas de
plenamente caso haja um treinamento especial e relacionamento com
o mundo. Devemos
provisão de condições favoráveis ao seu nos lembrar de que
Einstein teve uma
desenvolvimento e à sua expressão; infância difícil, não
gostava da escola e
entrou na lista dos
repetentes; Van
4- Reconhecimento de que a Educação formal é
Gogh padeceu de
algo indispensável a todos, devendo ser, porém, de desajustes
psicológicos, assim
acordo com as habilidades individuais. Dessa forma, a como o matemático
francês Pascal, que
escola, em vez de oferecer uma educação padronizada, aos sete anos já
fazia cálculos. Os
deveria possibilitar ao aluno receber uma educação que exemplos podem ser
um tanto fortes,
favorecesse, de fato, o seu potencial individual. mas servem de
alerta aos pais de
crianças com
talentos ou
Nos dias atuais, diversos aspectos relacionados aproveitamento
escolar excepcionais
à educação do portador de altas habilidades são
para sua idade e
discutidos e pesquisados por estudiosos de áreas dificuldades de
adaptação social.
diversas. Notamos nos EUA, na Alemanha, no Canadá, Essa combinação de
sinais pode esconder
na Holanda um volume muito grande de pesquisas e a face de um
superdotado.
publicações a esse respeito.
Importante
rejeitados ou hostilizados.
Considerações finais
Importante
em frente sem temores em busca do ideal de harmonia,
de entendimento e da paz para que todos se sintam
A Educação Especial seguros, respeitados e capazes de atuar no mundo na
deve obedecer aos
mesmos princípios medida de suas forças e de seu potencial.
da Educação geral.
O termo
‘normalização’,
embora controverso, No âmbito da Educação, não há espaços para
é a base filosófica
que sustenta que ser
ações destrutivas e pouco edificantes, muito menos
diferente é direito de para atitudes preconceituosas e/ou deletérias. Sabemos
qualquer um.
que a utopia da igualdade ainda se apresenta
inalcançável, mas sabemos também que sem sonhos
toda realidade se transforma em prisão.
Em suma, tomara
É tarefa dura, complicada, difícil, mas é prova de que este estudo
tenha trazido
uma maioridade científica que precisamos assumir, esclarecimentos que
norteiem suas
pois, do contrário, muito pouco ou nada terá valido o práticas
educacionais
esforço para que nos tornemos um país grande e inclusivas.
merecedor do seu futuro.
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
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____________________________________________
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EXERCÍCIO 4
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____________________________________________
____________________________________________
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Aula 1 | Tipos e necessidades educacionais especiais 51
RESUMO
AULA
Adaptações
Curriculares
Edla Trocoli
Apresentação
Introdução
Desenvolvimento
CURRÍCULO INCLUSIVO
Principais entraves Principais possibilidades
A sociedade excludente que Iniciativas que permitam, como a
envolve a escola e as famílias. deste fórum, a interlocução e o
A precariedade das condições da debate entre as pessoas que
Educação, em geral, no nosso país. trabalham e se preocupam com a
Falhas na formação inicial e inclusão em sentido amplo e com a
continuada dos docentes e demais Educação Inclusiva, em especial.
profissionais que lidam com os O desenvolvimento de políticas que
alunos que apresentam contemplem de forma efetiva a
necessidades educativas especiais. inclusão, com a geração dos
Dificuldades de concepção, correspondentes processos de
planejamento, implementação e gestão educacional.
avaliação dos currículos. A interação com os alunos, na
Excessivo número de alunos nas construção das propostas
turmas. pedagógicas.
A implementação, pelas escolas, de A aplicação da diversificação
adaptações curriculares menos metodológica nas escolas.
significativas (como as mudanças A divulgação de experiências bem
apenas na estrutura física), sucedidas na área, incentivando a
deixando de lado as verdadeiras troca de experiências.
mudanças, mais profundas, e que Amplas discussões sobre
requerem o envolvimento da paradigmas e procedimentos
instituição como um todo. avaliativos, confrontando-os com o
Excesso de leituras e trabalhos quadro de “dificuldades de
acadêmicos sem organização de um aprendizagem” que encontramos
sistema de apoio, sobretudo no que nas escolas.
concerne ao 3º grau. Fortalecimento de processo de
cooperação entre os alunos que, ao
auxiliarem seus colegas, estarão
aprendendo.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Não significativas Significativas
currículo.
Importante
Assim, há que se definir o conjunto de metas
Lembre-se de que que o município e/ou a unidade escolar pretendem
dificilmente as
adaptações que se alcançar, de forma a poder atender às necessidades
fazem necessárias
para a construção de educacionais de todos os seus alunos como, por
um sistema
educacional inclusivo exemplo:
sejam possíveis de
serem realizadas
todas, de imediato.
Tudo se torna
Número de alunos por sala. A literatura tem
possível se metas recomendado um máximo de 25 alunos para
objetivas e realistas
forem estabelecidas uma sala inclusiva, sendo que destes, no
e ações consistentes
forem planejadas e máximo, 02 apresentem necessidades
realizadas.
educacionais especiais. Esta, entretanto, não
é uma regra fixa, pois configurações
diferentes desta também têm sido
experimentadas e sido bem-sucedidas;
A criação de condições físicas, ambientais e
materiais para o aluno, em sua unidade
escolar:
A adaptação do ambiente físico escolar;
A aquisição de mobiliário específico
necessário;
A aquisição de equipamentos e recursos
materiais específicos;
A adaptação de materiais de uso comum em
sala de aula;
A capacitação continuada dos professores e
demais profissionais da Educação.
Aula 2 | Adaptações curriculares 65
Para pensar
participação do aluno nas atividades da vida
escolar:
Atender às Mobiliário: cadeiras, mesas e carteiras
diferenças, atender
às necessidades adaptadas em função das características do
especiais,
ressignificar, mudar aluno;
o olhar da escola,
pensando não na Material de apoio para locomoção: andador,
adaptação do aluno,
mas na adaptação
colete, abdutor de pernas, faixas restritoras;
do contexto escolar
Material de apoio pedagógico: pranchas ou
aos alunos. Não
seria esta a nossa presilhas para prender o papel na carteira,
luta?
suporte para lápis, presilha de braço,
tabuleiros de comunicação, sinalizadores
mecânicos, tecnologia microeletrônica,
sistemas aumentativos ou alternativos de
comunicação (baseados em elementos
representativos, em desenhos lineares,
sistemas que combinam símbolos
pictográficos, ideográficos e arbitrários,
sistemas baseados na ortografia tradicional,
de linguagem codificada), computadores que
funcionam por contato, cobertura de teclado.
Aula 2 | Adaptações curriculares 67
Uma proposta de
em diversos contextos. A produção de softwares e
Educação Inclusiva equipamentos informáticos, especialmente no campo
que possa contribuir
para a constituição dos leitores de tela, no Brasil, foi considerada uma
de uma sociedade
mais igualitária, iniciativa pioneira em relação a Portugal e a outros
mais solidária e,
portanto, países da América Latina. Os softwares brasileiros
comprometida com
o seu propósito mais (DOSVOX e Virtual Vision), projetados para usuários
significativo
expressa: cegos são comercializados ou distribuídos
humanizar. Você
concorda? gratuitamente por meio de convênios e parcerias com
instituições públicas e privadas.
Aula 2 | Adaptações curriculares 73
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
RESUMO
AULA
O Projeto Pedagógico
na Diversidade
Edla Trocoli
Apresentação
Introdução
Desenvolvimento
Para pensar
d) Autonomia responsável - deve trabalhar com todas
as situações do dia-a-dia para que, participando
Para a construção do
projeto pedagógico efetivamente da sociedade em que vivem, os alunos
não existem
modelos ou regras, possam ser capazes de analisá-la, de avaliá-la
ele deve ser feito
por e para cada criticamente e de agir em conseqüência, para mantê-la,
escola. Enfim, é
preciso realizar uma enriquecê-la e/ou modificá-la, de acordo com as
revisão efetiva da
escola para que, se necessidades e os recursos existentes;
transformando, ela
possa, de fato,
assumir sua função e) Formação do pensamento crítico - deve promover a
neste mundo
também formação do pensamento crítico dos alunos, tendo por
transformado.
Nossa escola tem
base um universo de conhecimentos, tanto os
agido desta forma
cotidianos quanto os representativos dos saberes
ao avaliar seu
projeto político- acumulados pela sociedade, levando em conta critérios
pedagógico?
Questione com seus éticos, estéticos e políticos;
colegas.
Conclusão
Antes de fazer seu pesquisa e sua relação com o ensino, sobre a extensão
projeto político-
e sua relação com o currículo, sobre a relação teoria e
pedagógico e seu
plano curricular, prática.
consulte a lei nº
93.94/96 e as
normatizações do
conselho estadual de Assim, o PPP é construído no contexto de uma
educação de seu
estado. realidade complexa e sua estruturação revela as
características das inter-relações existentes na instituição,
Aula 3 | O Projeto Pedagógico na diversidade 105
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
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____________________________________________
Aula 3 | O Projeto Pedagógico na diversidade 108
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
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Aula 3 | O Projeto Pedagógico na diversidade 109
RESUMO
Vimos até agora:
AULA
Avaliação na
Educação Inclusiva
Edla Trocoli
Apresentação
Introdução
Nessa época, as
pesquisas avaliativas
As duas primeiras décadas deste século foram
voltavam-se
marcadas pelo desenvolvimento de testes padronizados
particularmente para
a mensuração de para medir as habilidades e aptidões dos alunos e
mudanças do
comportamento influenciados, principalmente nos Estados Unidos, pelos
humano. Goldberg &
Souza (1982) estudos de Robert Thorndike.
apontam várias
destas pesquisas
realizadas nos anos
20 para medir A avaliação da aprendizagem tem seus princípios
efeitos de
programas de e características no campo da Psicologia, sendo que as
diversas áreas sobre
o comportamento
duas primeiras décadas do século XX foram marcadas
das pessoas. Eram
pelo desenvolvimento de testes padronizados para
realizados
experimentos aferir as habilidades e aptidões dos alunos.
relativos à
produtividade e à
moral dos operários,
à eficácia de Havendo sempre, no processo de
programas de saúde
pública, à influência ensino/aprendizagem, um trajeto a seguir entre um
de programas
experimentais ponto de partida e um ponto de chegada, naturalmente
universitários sobre
a personalidade e que é necessário verificar se o caminho está a decorrer
atitudes dos
alunos.
em direção à meta, se alguns pararam por não saber o
caminho ou por terem enveredado por um desvio errado.
Aula 4 | Avaliação na Educação Inclusiva 113
Desenvolvimento
EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO
Quer
saber mais? A AVALIAÇÃO CLASSIFICATÓRIA
O QUE AVALIAR?
COMO AVALIAR?
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
COMPETÊNCIAS PESSOAIS
COMPETÊNCIAS COGNITIVAS
COMPETÊNCIAS PRODUTIVAS
Para pensar
as dificuldades e continuar prosseguindo na construção
das informações.
Se avaliar é
sinônimo de
aprimorar, este Se a avaliação contribuir para o
progresso se refere
ao aluno, ao desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se
currículo, ao
professor e, em dizer que ela se converte em uma ferramenta
definitivo... à escola.
pedagógica, em um elemento que melhora a
Concorda?
aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino.
Para pensar
normatividade curricular e em relação aos
desempenhos dos alunos.
A avaliação deve
servir para auxiliar a
tomada de decisões Há críticas fortes à avaliação fundamentada no
em relação à
continuidade do conceito de diferenças comparativas (entre os alunos)
trabalho pedagógico,
não para definir ou normativas (em relação à normatividade curricular).
quem será excluído
do processo. Você
Isto porque a ilustre dimensão da potencialidade
concorda?
individual fica combalida, ou melhor, as condições
individuais (da criança) do desenvolvimento e
potencialização das habilidades dissimuladas são
desconsideradas em favor da prática pedagógica
discriminadora. Discriminadora porque tende a
desconsiderar ou subestimar potencialidades diversas
de cada educando, tendo em vista que estas não são
solicitadas pela normatividade curricular ou falta ao
professor à vontade e o tempo para sondá-las, conhecê-
Aula 4 | Avaliação na Educação Inclusiva 133
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
RESUMO
Vimos até agora:
AULA
Informática na
Educação Inclusiva
Edla Trocoli
Apresentação
Introdução
Para pensar
Nos últimos anos, ações isoladas de educadores
Atualmente, a e de pais têm promovido e praticado a inclusão, nas
tecnologia assistiva
é pouco utilizada no escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência,
país por conta do
desconhecimento visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no
técnico dos
profissionais de sentido de permitir o pleno desenvolvimento e o
saúde e também em
razão de ingresso a todos os recursos da sociedade por parte
insuficiência de
recursos financeiros
desse segmento.
para aquisição dos
dispositivos e
custeio do serviço A educação como instituição de gestão de
dos órgãos públicos
de saúde e também conhecimento abrange quatro processos fundamentais:
pelas empresas
privadas do setor. planejamento, administração de recursos (físicos,
Você não acredita
que a mídia ajudaria financeiros, de informação), avaliação e atualização
divulgando este tipo
de ferramenta? periódica (de conteúdos, metodologias, formas
organizativas) em função de modificações sociais,
tecnológicas e econômicas, articulação de processos
educativos desenvolvidos durante a vida das pessoas.
Essa situação se
Mas a inclusão social em geral e na educação em intensifica junto aos
mais carentes, pois
particular não se refere só ao acesso aos serviços a falta de recursos
educativos. Ela é muito mais do que isso. Inclusão tem econômicos diminui
as chances de um
implicações nos processos comunicativos, pedagógicos, atendimento de
qualidade. Tem-se aí
administrativos dentro das instituições e programas um agravante: o
potencial e as
educativos, mas também entre eles e os contextos habilidades dessas
pessoas são pouco
sociais, culturais e naturais onde tais processos são valorizados nas suas
comunidades de
desenvolvidos. Ainda mais, a educação como processo origem que,
obviamente,
social será ou inclusiva ou excludente, dependendo possuem pouco
esclarecimento a
também de fatores extra-escolares, tais como serviços respeito das
deficiências. Onde
básicos de saúde, nutrição, informação, comunicação, e
estão as causas da
da acessibilidade que tais serviços apresentam para os exclusão dessas
pessoas no Brasil?
sujeitos atuais e potenciais da educação.
Importante
também aponta novas formas de habilitação e
reabilitação de pessoas com deficiência. Esse fenômeno
E o que fazer para de apreensão de transformações constantes deve ser
que tenhamos um
conhecimento posto ao alcance das pessoas com deficiência.
nascente de cada
ação educativa da
difusão de
informações ? Ao refletirmos na utilização de computadores na
Primeiramente,
temos de nos guiar
educação, devemos considerar a colaboração que a
pelos princípios dos educação dá às melhoras sociais e que a tecnologia é
direitos humanos,
apostando, mesmo importante como meio para alcançar esses fins, não
sendo chamados de
sonhadores, em um indicando finalidades e valores norteadores para seus
futuro sem
exclusões, onde a usuários. São estes usuários que se utilizarão dela para
busca da
convivência ou, conduzir finalidades e valores adequados à sua
melhor ainda, o
respeito com as realidade. Desta forma, as crianças com deficiência não
diferenças, sejam
elas quais forem. podem mais continuar aliviadas do uso da informática
no processo ensino-aprendizagem.
Desenvolvimento
Os avanços
tecnológicos estão
A expressão “acessibilidade”, presente em
teoricamente
colocando, sob o diferentes áreas de atividade, tem também na
controle humano, a
manipulação dos informática um extraordinário significado.
componentes
genéticos da vida.
Isto apresenta novas
dimensões éticas ao Representa para o nosso usuário não só o direito
diálogo internacional
sobre a prevenção de acessar a rede de informações, mas também o
de deficiências. No
terceiro milênio, nós direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de
precisamos criar
políticas sensíveis disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de
que respeitem tanto
a dignidade de todas
equipamentos e programas adaptados, de conteúdo e
as pessoas como os apresentação da informação em formatos alternados.
inerentes benefícios
e harmonia
derivados da ampla
diversidade As tecnologias são, no campo da Educação, de
existente entre elas.
uso muito remoto, muito embora não estejamos
reconhecendo um "quadro-negro" como uma
ferramenta tecnológica, ou mesmo um pedaço de giz,
mas podemos dizer que os homens vêm idealizando e
recriando aparelhos, ferramentas, técnicas e
tecnologias instrumentais, mas também vêm
aperfeiçoando as chamadas tecnologias simbólicas,
como a linguagem, a escrita, as representações
simbólicas. Assim, fazendo uso dessas tecnologias nos
processos de organização do trabalho, das relações
humanas e, mais modernamente, das técnicas de
mercado.
Aula 5 | Informática na Educação Inclusiva 147
A tecnologia é
considerada
Categorias de Tecnologia Assistiva assistiva quando é
usada para auxiliar
no desempenho
funcional de
AUXÍLIOS PARA A VIDA DIÁRIA E A VIDA PRÁTICA
atividades,
reduzindo
incapacidades para a
Materiais e produtos que favorecem o realização de ações
da vida diária e da
desempenho autônomo e independente em tarefas vida prática, nos
diversos domínios
rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em do cotidiano. É
diferente da
situação de dependência de auxílio, nas atividades tecnologia
reabilitadora, usada,
como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e por exemplo, para
auxiliar na
executar necessidades pessoais. São exemplos os recuperação de
movimentos
talheres modificados, suportes para utensílios
diminuídos.
domésticos, roupas desenhadas para facilitar o vestir e
Aula 5 | Informática na Educação Inclusiva 148
RECURSOS DE ACESSIBILIDADE AO
COMPUTADOR
ÓRTESES E PRÓTESES
Incluem as
modificações em AUXÍLIOS DE MOBILIDADE
veículos para a
direção segura,
sistemas para A mobilidade pode ser auxiliada por bengalas,
acesso e saída do
veículo, como muletas, andadores, carrinhos, cadeiras de rodas
elevadores de
plataforma ou manuais ou elétricas e qualquer outro veículo ou
dobráveis,
plataformas equipamento ou estratégia utilizada na melhoria da
rotativas,
plataformas sob o mobilidade pessoal. Um exemplo de tática seria a
veículo, guindastes,
tábuas de colocação de pistas sensoriais facilitando a identificação
transferência,
correias e barras. do lugar, dentro de um espaço controlado como a casa,
a escola ou o trabalho.
ADAPTAÇÕES EM VEÍCULOS
dependentemente.
Editores de texto;
Software específico de edição de histórias;
Programação livre com a Linguagem Logo,
combinando projetos gráficos com frases e
textos, descritivos ou narrativos;
A interação, através de correio eletrônico, de
suas produções, projetos e idéias, entre os
próprios alunos participantes das atividades
ou também com outros alunos de diferentes
localidades;
A construção coletiva de histórias via rede
(Internet e/ou Intranet);
Pesquisa de histórias na Web.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Importante
Cegueira
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
DEFICIÊNCIA FÍSICA
DEFICIÊNCIA MENTAL
Adaptações
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
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____________________________________________
Aula 5 | Informática na Educação Inclusiva 166
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
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____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
AULA
Psicomotricidade na
Educação Inclusiva
Fátima Alves
Apresentação
Introdução
Inclusão
Você sabia?
exclusão.
Aula 6 | Psicomotricidade na Educação Inclusiva 172
Psicomotricidade
Áreas psicomotoras
Expressão
Comunicação
Afetividade
Agressividade
Limites
e da sociedade.
Corporeidade
COORDENAÇÃO MOTORA
POSTURA
TÔNUS
EQUILÍBRIO
RESPIRAÇÃO
Importante
A razão respiratória compreende duas fases: A
inspiração que é a fase ativa e diz respeito à entrada de A respiração
deficiente faz com
ar para a oxigenação do sangue e para a geração da que o nível de
energia seja menor
energia na realização dos movimentos e a expiração e as tensões e os
movimentos se
que é a fase passiva, a mais importante já que é desorganizam.
ESQUEMA CORPORAL
LATERALIDADE
RELAXAMENTO
RITMO
PERCEPÇÕES
de nutricional.
Práticas Psicomotoras
Para pensar
Atirar bolas, petecas, sacos de areia,
Todo indivíduo livremente em alvo determinado;
apresenta uma
motricidade Lançar uma bola contra a parede e apanhá-la
como andar, correr,
pular, comer, quando retorna, lançar uma bola ao ar e
escovar,
pentear e outras. apanhá-la;
Mas o indivíduo
precisa saber Andar sobre plano elevado, parar de correr ao
lidar com cada
mobilidade e para toque do apito, jogo de estátuas;
isso se faz
necessário a pessoa
Engatinhar para frente, para os lados e para
vivenciar e trás, erguendo uma perna e depois a outra,
experenciar cada
momento. O para apanhar o objeto determinado, rápido e
importante é
aprender sabendo e devagar; desviando de obstáculos, em padrão
não fazer por fazer.
Pensar sempre antes cruzado.
de agir. Todos têm
essa
condição.
Cada atividade COORDENAÇÃO MOTORA FINA
deverá ser adaptada
para
a pessoa conforme
seu
Pentear-se, catar objetos, colocar água do
comprometimento. balde na garrafa;
Pintura com os dedos das mãos e dos pés;
Recortar, rasgar, colagem de pedaços de
papel, picar papel, perfurar papéis de
texturas diferentes, traçado sobre
pontilhados, colorir em espaços limitados;
Seguir com os olhos um facho de luz, o
movimento de um brinquedo, de um objeto.
EQUILÍBRIO
Equilíbrio Estático
Equilíbrio Dinâmico
ESQUEMA CORPORAL
LATERALIDADE
RELAXAMENTO
RITMO
Dança da cadeira;
Dançar com bolas de gás; dançar no ritmo do
outro; dançar para chegar a um ritmo único
(trabalho em grupo).
PERCEPÇÕES
Auditiva
Descobrir entre dois sons qual o mais forte.
Visual
Comparar os objetos entre si pela forma, cor,
tamanho.
Tátil
Separar pelo tato coleções de objetos
diferentes.
Olfativa
Identificar odores, de olhos abertos e depois
fechados.
Aula 6 | Psicomotricidade na Educação Inclusiva 195
Gustativa
Reconhecer sabores diferentes com olhos
abertos e depois fechados.
Conclusão
EXERCÍCIO 1
( A ) Cinestesia;
( B ) Disartria;
( C ) Ataxia;
( D ) Cenestesia;
( E ) Apraxia.
EXERCÍCIO 2
( A ) Coordenação motora;
( B ) Esquema corporal;
( C ) Respiração;
( D ) Corporeidade;
( E ) Tônus.
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
RESUMO
Vimos até agora:
QUESTÃO 2: Será que planejar, projetar e planificar realmente nos ajuda a resolver
os problemas da escola? Justifique sua resposta.
Indicação da página do módulo onde este assunto é apresentado:
_________________________________________. Secretaria de
Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília:
MEC, 1994.
_________________________________________. Secretaria de
Educação Fundamental. Programa toda criança na escola. Brasília:
MEC, 1997.
_________________________________________. Secretaria de
Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais.
Brasília: MEC, livro 1, 1997.