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EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA
Disciplina
EDUCAÇÃO ESPECIAL
2
Curso
EDUCAÇÃO ESPECIAL
E INCLUSIVA
Disciplina
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Carol KWEE
Fabiane MUNIZ
www.avm.edu.br
3
07 Apresentação
Aula 1
09 Educação especial e educação
inclusiva
Aula 2
33 Educação especial e as
deficiências visuais
Aula 3
59 Educação especial nas
deficiências auditivas
Aula 4
83 Educação especial nas
deficiências mentais
Sumário
Aula 5
109 Educação especial e os
distúrbios da conduta
Aula 6
131 A educação com os portadores
de altas habilidades
Aula 7
157 Educação especial e as múltiplas
deficiências
Aula 8
183 Sexualidade na educação
especial
AV1
215 Estudo dirigido da disciplina
AV2
218 Trabalho acadêmico de
aprofundamento
AULA
Educação Especial e
Educação Inclusiva
Carol Kwee
Apresentação
Introdução
Boa leitura!
Histórico
A Educação Especial
1. Revisão Conceitual,
2. Análise da Situação,
3. Fundamentos Axiológicos,
4. Objetivo Geral,
Quer
saber mais? 5. Objetivos Específicos e
6. Diretrizes Gerais.
Legislação que
regulamenta a
Educação Especial A revisão conceitual contém os termos mais
no Brasil
Constituição Federal usados na educação especial, mas nem sempre
de 1988 - Educação
Especial empregados com os mesmos significados, o que
Lei nº 9394/96 – Lei
de Diretrizes e Bases justifica chegar a um consenso nacional em torno dos
da Educação
Nacional mesmos. Na análise da situação no Brasil, foram
LDBN Lei nº
9394/96 – LDBN -
consideradas as duas últimas décadas, oferecendo-se
Educação Especial uma síntese das principais dificuldades existentes e que
Lei nº 8069/90 -
Estatuto da Criança precisam ser resolvidas. Nos fundamentos axiológicos,
e do Adolescente -
Educação Especial estão explicitados os valores democráticos que devem
Lei nº 8069/90 -
Estatuto da Criança nortear todo o trabalho educacional, particularizando-se
e do Adolescente
Lei nº 8859/94 - as pessoas com necessidades educativas especiais. Tais
Estágio Lei nº
10.098/94 - valores traduzem do deve ser que, comparado com a
Acessibilidade
Lei nº 10.436/02 - situação atual, permite constatar as lacunas que
Libras
precisam ser superadas. É o que se espera com os
objetivos gerais e específicos.
O ensino integrado
refere-se às crianças
3. Cooperação: os recursos são utilizados ao
com deficiência
mesmo tempo e com objetivos educativos aprenderem de
forma eficaz quando
comuns. freqüentam as
escolas regulares,
tendo como
instrumento a
Finalmente, a integração comunitária é a que se qualidade do ensino.
No ensino integrado,
produz na sociedade quando os alunos deixam a escola. a criança é vista
como sendo
A integração comunitária exige mudanças importantes portadora do
problema e
na estrutura social, no acesso a emprego e nas atitudes necessitando ser
adaptada aos
dos cidadãos. Por essa razão, pode ser que exista um
demais estudantes.
processo de integração educativa satisfatório seguido
de uma difícil incorporação à sociedade.
Aula 1 | Educação Especial e Educação Inclusiva 24
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Aula 1 | Educação Especial e Educação Inclusiva 32
RESUMO
2
AULA
as Deficiências
Visuais
Carol Kwee
Apresentação
Apresentação
Importante
O professor percebe que seu aluno exige que ela
O desafio de estar atue de forma diversa para atender a necessidades
atento às
necessidades dos específicas. Essas necessidades afetam o professor e
alunos é comum a
todos os seus alunos são afetados por sua atuação. Acaba
professores, porém,
quando nos detemos virando uma verdadeira confusão, não é mesmo? O que
na Educação
Especial, essa
fazer, como e quando são perguntas freqüentes para o
importância se profissional que encara o desafio da educação especial.
acentua, tendo em
vista a diversidade
de necessidades e
os conflitos daí Pretendemos, nas aulas a seguir, auxiliar o
advindos na
atividade dos educador a encontrar os caminhos que facilitem a sua
profissionais de
ensino. prática na sala de aula. Não levantando soluções
prontas, mas procurando iluminar possíveis construções
e estratégias facilitadoras. É por isso que nosso olhar
precisa estar bidirecionado. Precisamos perceber a
comunicação de mão dupla, entre aluno e professor,
deixando de acreditar que somente há propostas a
partir do educador. Tudo que o aluno traz e tudo que
acontece com ele também nos afeta e vice-versa.
Quando esse fato não é percebido, nossa tendência é
considerar o espírito baderneiro de uns ou o
comportamento isolado de outros como algo cuja
origem está exclusivamente fora da sala de aula.
Introdução
Para refletir
Por essa questão “visuocentrista” das primeiras
AS PROTOCONVERSAS
Dica da
professora
Entre o final do primeiro ano e o início do
segundo ano de vida, começa uma etapa muito Nada impede do
professor manter o
importante para o desenvolvimento simbólico e estímulo da
linguagem verbal
comunicativo: as crianças devem incorporar os objetos com seu aluno em
sala da aula.
e as pessoas num processo de interação ou Lembre-se de que
muitas situações
triangulação. sociais ocorrem pela
leitura corporal e
visual.
Aqueles intercâmbios importantes registrados no
segundo item do capítulo 1, sobre as interações não
verbais entre pais e bebês, é o que chamamos de
protoconversas. Um bom exemplo dessas
protoconversas é um jogo que consiste numa seqüência
de ritmos vocais, táteis e de movimentos entre o bebê
e o adulto. Esse jogo propiciará a entrada do
desenvolvimento simbólico e comunicativo: as crianças
deverão incorporar os objetos em sua interação com as
pessoas. Não somente adulto-bebê, mas também o
mundo que o cerca. Como o bebê cego vai incorporar
os objetos existentes no mundo se não os enxergam?
Por isso, a importância do desenvolvimento
comunicativo para a apresentação verbal do mundo a
essas crianças.
Aula 2 | Educação Especial e as Deficiências Visuais 44
O Período Pré-Escolar
O Período Escolar
Para pensar
Nas matérias que envolvam lógica concreta,
existe sem dúvida uma defasagem, mas de acordo com Vamos concordar
que um ano de
as adaptações e soluções escolares oferecidas, essa defasagem é bem
pouco para crianças
defasagem diminui bastante entre onze e quinze anos, com estas
características. Mas,
onde o raciocínio mais complexo e o aprimoramento da
além disso, não
linguagem são capazes de remediar esse atraso. É devemos esquecer
de prestar atenção
necessário, porém, que a escola contemple as ao desenvolvimento
afetivo e social
necessidades educativas especiais de tais crianças. destas crianças, e
incentivar a
integração dentro e
fora da escola.
Pesquisas realizadas por Fernandez (1991, in
Coll) sobre a integração escolar destas crianças
demonstraram que, do ponto de vista intelectual, elas
são capazes de acompanhar perfeitamente os
conteúdos normais do currículo. A defasagem de um
ano apresentada é atribuída ao sistema de acesso à
informação escrita, à leitura tátil do Braile.
A Adolescência
A Intervenção Educativa
Para conhecermos
Assistir a vídeos, a palestras, a conferências mais sobre os
deficientes visuais,
sobre o desenvolvimento de crianças cegas auxilia na podemos acessar os
discussão sobre o assunto de forma didática. Participar sites:
Dica da caminho.
professora
http://www.cts.org.
cabe concluir esta aula com dicas práticas sobre como
br
tratar um cego ou deficiente visual incluso na escola.
http://www.lerparav
er.com Vamos conferir?
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
AULA
nas Deficiências
Auditivas
Carol Kwee
Apresentação
Introdução
Diferenças individuais
ETIOLOGIA DA SURDEZ
Quer
A causa da surdez também é um fator de saber mais?
As perdas auditivas
fala situam-se entre 500 e 2.000 Hz e a intensidade do
nas freqüências som para a conversação normal em 60 dB.
baixas são de muito
pior prognóstico do
que as perdas nas
altas freqüências. Classificação dos graus de perda de audição para
conversação face a face:
FATORES AMBIENTAIS
Importante
A possibilidade de se obter atenção educativa
Quando a educação desde o momento em que se detecta a surdez é
é adaptada às suas
possibilidades, isto garantia para um desenvolvimento satisfatório da
é, quando se
utilizam os meios criança. Ações educativas que envolvam estimulação
comunicativos de
que a criança sensorial, atividades comunicativas e expressivas, a
necessita, facilita-se
utilização da língua de sinais para os que possuam
o conjunto de
aprendizagens. surdez profunda, o desenvolvimento simbólico, o
envolvimento dos pais e a utilização dos resquícios
auditivos contribuem sobremaneira para a superação
das limitações impostas pela deficiência auditiva.
Aula 3 | Educação Especial nas Deficiências Auditivas 67
O DESENVOLVIMENTO COMUNICATIVO E
LINGÜÍSTICO
O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Para pensar
O pensamento hipotético-dedutivo, característica
das operações formais, depende enormemente da Isso faz a gente
pensar no que
linguagem e do meio social. É de se esperar que o não- estamos fazendo,
não é?
ouvinte tenha dificuldades significativas nesta área.
Porém, alguns autores, como o próprio Furth,
assinalam para a falta de busca ativa para a solução
dos problemas e para o tipo de ensino que os surdos
recebem, concreto e literal demais, limitando o
pensamento abstrato.
Para pensar
O sistema manual adota diversas formas de
concretização. Nos Estados Unidos, desenvolveram-se
Quem estuda uma
vários modelos que visam manter um estreito paralelo língua de sinais fica
impressionado com
com a linguagem oral; por isso, criaram-se sinais para a sua sutil
complexidade e
expressar aspectos morfossintáticos: plurais, riqueza de
expressão.
desinências verbais, conjunções etc. A dactilogia é
usada normalmente para palavras novas, nome
próprio, palavras sem equivalência na língua de sinais.
Na maioria dos países europeus, os sinais seguem a
ordem da linguagem falada, mas ignoram-se as
mudanças morfológicas.
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
Na relação
A área de música deve ser mantida no currículo professor-aluno
D.A., é essencial que
do aluno surdo, com as adaptações necessárias. É sejamos verbais e
visuais em nossas
preciso dar mais atenção aos elementos relacionados interações. Isto
implica localizar bem
ao desenvolvimento da expressão corporal, ao ritmo e este aluno na sala,
nunca esquecer da
às experiências com diferentes tipos de sons e
sua singularidade
instrumentos musicais mediante a estimulação para aprender, não
falar de costas,
vibrotátil. articular bem as
palavras e ser
criativo na busca de
estratégias que
Em todas as áreas, deve-se dar mais ênfase aos facilitem a
aprendizagem do
procedimentos da aprendizagem e não tanto ao seu aluno.
A polêmica da inclusão
Ao oportunizar o
acesso ao sistema Em qualquer opção de modelo, é preciso
regular de ensino
aos indivíduos com
reconhecer e respeitar a cultura das pessoas surdas,
necessidades
uma cultura que se baseia na linguagem de sinais e que
especiais e estes
não conseguirem se se mantém graças às associações das pessoas surdas,
adaptar, devido à
escola não estar uma cultura que deve ajudar na construção da
pronta para recebê-
los, o processo pode identidade pessoal das crianças surdas e que deve ser
contribuir mais uma
vez para a conhecida e valorizada também pelos colegas ouvintes.
segregação.
Dessa forma, é mais simples conseguir o objetivo de
educar a criança surda para viver em uma comunidade
de pessoas surdas e em uma comunidade de pessoas
ouvintes.
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
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Aula 3 | Educação Especial nas Deficiências Auditivas 82
RESUMO
AULA
nas Deficiências
Mentais
Carol Kwee
Apresentação
Introdução
Boa leitura!
Aula 4 | Educação Especial nas Deficiências Mentais 86
Dica da
As pessoas com deficiência mental não professora
Atenção
Registro sensorial
Discriminação/
Codificação
Memória intermediária
Memória operacional
Estratégias de
processamento Memória de longo prazo,
cognitivo memória semântica, memória de
fatos, esquemas cognitivos,
habilidades
Recuperação de memória
Formação de conceitos
Solução de problemas
Metamemória
Metacognição
Autoconceito
Planos de ação
Tomadas de decisão
Aula 4 | Educação Especial nas Deficiências Mentais 93
Para refletir
uma decisão, mas o conjunto de decisões que configura
um plano de ação: de trabalho, de planejamento de
De passagem... vale tarefa ou de plano amoroso. Se já é difícil tomar uma
ressaltar que há
necessidade de se decisão, o que dirá planejar estratégias de ação.
educar na expressão
de desejos e na
tomada de decisões,
por menores que Existem ainda outras características. Aqui vale a
sejam, para
favorecer o
pena citar que se costuma dizer que a pessoa com
desenvolvimento da
deficiência apresenta baixa auto-estima e grande
identidade pessoal e
no aprendizado de instabilidade emocional. Nesses casos, esses fatores
como fazer. É mais
do que têm relação estreita com as experiências vividas e do
simplesmente rever
suas condutas modo como foram tratadas pelos adultos. Além disso,
pedagógicas, não é
mesmo? dois fatores críticos se destacam: a imagem que fazem
dele e como lhe transmitem e a percepção que se tem
da sua própria eficiência.
Aula 4 | Educação Especial nas Deficiências Mentais 95
Avaliação e intervenção
Para pensar
Corresponder aos modos ontogenicamente mais
Normalmente, as simples de condicionamento e de aprendizagem;
atividades baseadas
na teoria
comportamental
suportam melhor a Assemelhar-se aos utilizados com crianças menores
aprendizagem dos
indivíduos com
(com uso de reforçadores concretos em vez dos
déficits cognitivos. simbólicos);
Devemos lembrar
sempre de planejar
atividades do
interesse do aluno e Realizar um “passo a passo” mais minucioso e
que o levem a
construir seu analítico, que segmenta as seqüências complexas
conhecimento lenta
e prazerosamente. em atos simples.
Intervenção educativa
ADAPTAÇÕES CURRICULARES
O processo de inclusão
Dica da
A proposta e a prática da inclusão dos alunos professora
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Aula 4 | Educação Especial nas Deficiências Mentais 108
EXERCÍCIO 4
RESUMO
AULA
os Distúrbios da
Conduta
Carol Kwee
Apresentação
Introdução
Características do comportamento
Características da linguagem
Importante
1. Menor quantidade ou ausência de utilização
de símbolos; Algumas destas
características
podem ser
2. Déficit no processamento sintático da encontradas em
outras síndromes,
informação; não devem ser
encaradas como
marcadores
diagnósticos para o
3. Dissociação entre a recepção e a autismo.
categorização;
Considerações educativas
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
RESUMO
AULA
Portadores de Altas
Habilidades
Carol Kwee
Apresentação
Introdução
Boa leitura!
Histórico
Inteligência
Teorias da inteligência
Conseqüentemente, a velocidade de
processamento neural determina o nível de inteligência
do indivíduo; esta inteligência é denominada
inteligência geral ou "g". Assim, começando da simples
proposição de que "g" é algo que está presente em
diferentes graus, em todos os testes de habilidades
mentais, funções sensoriais e variáveis de desempenho
cognitivo, os pesquisadores empreenderam estudos
experimentais para correlacionar o QI com variáveis
tais como: parâmetros do EEG espontâneo, e do
potencial evocado, velocidade e variabilidade da
condução nervosa central e periférica, tamanho do
cérebro, assimetria hemisférica, mielinização, medidas
do pH e consumo de glicose para o metabolismo do
cérebro.
ambientes culturais.
O que acham dessa
teoria? Mais justa?
Muito abrangente?
Sua teoria é uma alternativa para o conceito de Reflitam.
inteligência como uma capacidade inata, geral e única,
que permite aos indivíduos uma performance maior ou
menor, em qualquer área de atuação. Sua insatisfação
com a idéia de QI e com as visões unitárias de
inteligência, que focalizam, sobretudo, as habilidades
importantes para o sucesso escolar, levou Gardner a rede-
Aula 6 | Ação Educativa com Portadores de Altas Habilidades 142
Inteligência lógico-matemática - Os
componentes centrais desta inteligência são descritos
por Gardner como uma sensibilidade para padrões,
ordem e sistematização. É a habilidade para explorar
relações, categorias e padrões, através da manipulação
de objetos ou símbolos, e para experimentar de forma
controlada; é a habilidade para lidar com séries de
raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. É
a inteligência característica de matemáticos e
cientistas. Gardner, porém, explica que, embora o
talento científico e o talento matemático possam estar
presentes num mesmo indivíduo, os motivos que
movem as ações dos cientistas e dos matemáticos não são
Aula 6 | Ação Educativa com Portadores de Altas Habilidades 145
Superdotação
Estratégias Educativas
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
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____________________________________________
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
AULA
as Múltiplas
Deficiências
Carol Kwee
Apresentação
Apresentação
Introdução
A lesão cerebral
espástica inclui
A lesão ao cérebro pode resultar em perda das
cerca de 50% dos
funções nervosas em áreas amplamente diferentes. O
casos.
achado clássico da PC é a espasticidade (tônus
muscular aumentado) que pode afetar um único
membro, um lado do corpo (hemiplegia espástica) ou
ambos os braços e pernas (quadriplegia espástica).
Quer
saber mais? Além disso, pode haver perda do movimento (paralisia)
parcial ou total, anormalidades sensoriais e defeitos de
Há quatro tipos audição e visão. São comuns anormalidades na fala e
básicos de paralisia
cerebral: podem ocorrer convulsões. A função intelectual pode
Espástica: variar de extremamente inteligente a um grave retardo
Movimentos duros e
difíceis. mental. Os sintomas são geralmente evidentes antes
Mista:
Combinação de As lesões cerebrais são classificadas em
diferentes tipos.
espásticas, discinéticas, atáxicas e paralisias cerebrais
mistas. A lesão cerebral espástica inclui cerca de 50%
dos casos. A lesão cerebral discinética (atetóide) ocorre
em cerca de 20% dos casos e implica um
desenvolvimento de movimentos anormais
(contorcidos, abruptos ou outros). A paralisia cerebral
atáxica envolve tremores, andar instável, perda da
coordenação e movimentos anormais. Sua incidência é
de cerca de 10%. Os 20% restantes são classificados
como mistos, com qualquer combinação de sintomas.
Aula 7 | A Educação Especial e as Múltiplas Deficiências 163
Fonte: http://neuropediatria.online.pt/para-ospais/paralesia-cerebral/
Aula 7 | A Educação Especial e as Múltiplas Deficiências 164
Fatores etiológicos
CAUSAS PRÉ-NATAIS
Quer
saber mais?
Entre as causas pré-natais, destacam-se:
O que pode
Entre as causas perinatais, destacam-se a acontecer durante o
parto:
anoxia e a asfixia por obstrução do cordão umbilical, ou
Trauma durante o
por anestesia administrada em quantidade excessiva ou trabalho de parto
Hipoxia e anoxia
em momento inoportuno, ou por um parto prolongado
Hipoglicemia
demais, ou uma cesárea secundária; utilização de Complicações
placentárias
fórceps, mudanças bruscas de pressão, prematuridade Infecção do SNC
Prematuridade
ou hipermaturação.
Aula 7 | A Educação Especial e as Múltiplas Deficiências 166
CAUSAS PÓS-NATAIS
CONSIDERAÇÕES GERAIS
MOTRICIDADE E LINGUAGEM
disfasias.
ALIMENTAÇÃO
INTERAÇÃO SOCIAL
Tecnologia Assistiva
ADAPTAÇÕES AMBIENTAIS
Equipamentos de
auto-ajuda têm A supressão de barreiras arquitetônicas e no
como objetivo servir
de coadjuvante transporte para ter acesso à escola e dentro dela é um
terapêutico no
processo de dos aspectos essenciais a se levar em conta. As
reabilitação de
portadores de barreiras arquitetônicas ainda hoje são um
necessidades
especiais. A partir de impedimento importante para que muitos alunos com
uma avaliação, o
terapeuta
deficiência motora possam integrar-se nas escolas
ocupacional vai regulares. Entre as adaptações de que pode necessitar
prescrever o
equipamento um prédio escolar, estão as rampas e elevadores,
necessário para uma
adequação postural corrimão nas paredes da sala de aula, nos corredores,
seja na postura de
pé, assentado ou na nas escadas ou no pátio, adaptações nos trincos das
marcha. Cadeiras de
rodas, andadores, portas e adequação dos banheiros.
muletas, bengalas
podem ser prescritos
e adaptados para
melhorar o Os alunos com PC necessitam mudar de postura
posicionamento e a
capacidade funcional
com freqüência ao longo do dia; por isso, além das
do indivíduo. adaptações necessárias da mesa e da cadeira para uma
correta sustentação, necessitarão de instrumental para po-
Aula 7 | A Educação Especial e as Múltiplas Deficiências 179
Conclusão
EXERCÍCIO 1
O termo PC engloba:
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
Aula 7 | A Educação Especial e as Múltiplas Deficiências 181
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
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____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
Vimos até agora:
AULA
Sexualidade na
Educação Especial
Fabiane Muniz
Apresentação
Introdução
Importante
Por isso, antes de fazer a relação da sexualidade
Parabéns!! com outro tema de grande resistência também para
Vocês são
educadores muitos de nós – que é a deficiência do ser humano,
“especiais”, pois tem
uma mais especificamente as deficiências físicas e mentais,
árdua tarefa que é
iniciaremos abordando a história da sexualidade como
lidar com a
sexualidade dos um todo, ou seja, de maneira geral, sem relacionar
outros.
com a educação especial propriamente dita.
Importante
Para pensar
A sexualidade feminina continuou sendo tal
como tinha sido no passado, denegrida, A definição de
normal e patológico
incompreendida e subordinada às expectativas no comportamento
sexual humano é
masculinas. uma função do clima
social e dos escritos
dos especialistas,
mas o que as
Antes de Kinsey, pouco se sabia sobre as pessoas fazem
também têm
práticas sexuais reais dos americanos, e as duas obras influência.
clássicas de Kinsey influenciaram profundamente a
noção de comportamento sexual aceitável da
sociedade. Foram 18.000 histórias individuais do que
pessoas de várias idades e antecedentes
socioeconômicos, religiosos e educacionais faziam
sexualmente.
Para pensar
A vida sexual ativa é pouco comum. No Brasil e
também em alguns outros países, observa-se que, de
Segundo a mãe de uma forma geral, o adolescente deficiente tem uma
uma adolescente
deficiente, “A vida social muito restrita e o relacionamento entre
sexualidade existe, a
vontade existe e a ambos os sexos, quando acontece, tem um sentido
brincadeira existe. O
que a gente percebe mais de amizade do que de namoro. Quando o
nas pessoas com
deficiências é esta
adolescente afirma que está namorando, muitas vezes,
coisa tão sincera
refere-se apenas a um adolescente do sexo oposto que
que elas têm. Se
elas querem te dar lhe agrada. Da mesma forma que o grupo de amigos é
um beijo, elas te
dão agora, não muito limitado, um parceiro sexual constante também é
esperam para
depois". raro.
E disso não
podemos discordar! Princípios e prática da Educação Sexual
Só depende de nós!
para deficientes
Conclusão
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
RESUMO
Lembre-se:
A observação direta é uma técnica de coleta de dados que depende mais da
habilidade do pesquisador em captar informação e registrá-las com fidelidade do
que da capacidade das pessoas de responder a perguntas ou se posicionar diante
de afirmações. Sendo assim, o pesquisador não precisa se preocupar com as
limitações das pessoas em responder às questões, o que é uma boa vantagem.
Dicas:
Conheça previamente o que será observado. Antes de iniciar o processo de
observação, procure examinar o local. Com base nessas informações
determine que tipo de fenômenos devam ser registros.
Planeje um método de registro; não confie em sua memória. Crie, com
antecedência, uma espécie de lista ou mapa de registro de fenômenos.
Procure estipular algumas categorias dignas de observação.
Esteja preparado para o registro de fenômenos que surjam durante a
observação, que não eram esperados no seu planejamento.
Faça registro fotográfico ou vídeo. Para realizar registros iconográficos
(fotografias, filmes, vídeos etc.), prepare os indivíduos envolvidos, eles não
devem ser pegos de surpresa.
Procure fazer um relatório o mais cedo possível.
Identificação da
Instituição Observada:
Relato da Observação:
ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em
aula. São Paulo: MG Editores Associados, 1990.