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Autor: NIELSEN, Lee Brattland.

Class
Bibliografia: NIELSEN, Lee Brattland. Necessidades educativas especiais na sala
de aula. Uma guia para professores. Portugal, Porto editora, 1999.
Titulo: Necessidades educativas especiais na sala de aula. Uma guia para
professores
Obs
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Definição de conceitos
Educação
“Processo de aprendizagem e de mudança que se opera num aluno através
do ensino e de quaisquer outras experiências a que ele é exposto nos
ambientes onde interage.” (Correia, 1997)

Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma


estrutura psíquica, fisiológica ou anatómica. Diz respeito à actividade
exercida pela biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela
Organização Mundial de Saúde.
A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a
qualquer pessoa que vivencie uma deficiência continuamente. Contudo, há
que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais
restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada
legislação.

Defectologia
Os termos defectologia e criança anormal, utilizados no título e ao longo
do artigo, foram mantidos na presente tradução por corresponderem à
terminologia utilizada no início do século XX, quando Vigotski produziu
seus textos. Actualmente, seriam equivalentes às expressões deficiência e
educação especial e criança com deficiência, respectivamente. Além do
interesse histórico e da indiscutível relevância de fazer traduções directas
da obra vigotskiana, destaca-se neste artigo a postulação do

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desenvolvimento como um percurso tortuoso, atravessado por rupturas e
conflitos, e a tese central do autor de que caminhos indirectos de
desenvolvimento são possibilitados pela cultura quando o caminho directo
está impedido. Isso teria especial importância no caso das crianças com
deficiência.

Educação Inclusiva
Segundo Correia (2003), os finais dos anos Setenta foram importantes para
a inclusão, foi a partir dessa data é que se começou a reconhecer que os
alunos com NEE tinham grandes possibilidades de alcançar sucesso
escolar nas classes regulares, pelo menos aqueles com problemáticas
ligeiras, podendo assim, fazer parte integrante do sistema regular do
ensino.
Mas, foi nos anos oitenta, concretamente em 1986, é que os autores,
defensores dos direitos dos alunos com NEE, os pais dos alunos com NEE
profundas e reconhecimento público de que a escola abdicava-se de
cumprir o seu papel ao não dar respostas educativas para todos, é que
forçaram a reestruturação do sistema educativo.
Para Madureira e Leite (2003), a perspectiva inclusiva, terá ganhado corpo
nos anos noventa, decorrente das críticas que foram sendo desenvolvidas
por vários autores à integração e às práticas educativas vigente, que
continuava a permitir que alguns alunos ficassem fora do sistema
educativo, quando este não dispunham de meios que visassem dar
respostas às suas necessidades.

A Educação Especial
É o ramo da Educação que se ocupa do atendimento e da educação de
pessoas com deficiência, preferencialmente em escolas regulares, ou em
ambientes especializados tais como escolas para surdos, escolas para cegos
ou escolas para atender pessoas com deficiência mental. Dependendo do
país, a educação especial é feita fora do sistema regular de ensino. Nessa

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abordagem, as demais necessidades educativas especiais que não se
classificam como deficiência não estão incluídas. Não é o caso do Brasil,
que tem uma Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (2008) e que inclui outros tipos de alunos, além dos
que apresentam deficiências.

Incapacidade
Já a incapacidade é o resultado da relação entre a deficiência e as eventuais
barreiras do meio.
Uma pessoa cega, isto é, que tem uma deficiência, pode ou não ser capaz
de mexer em um computador, dependendo da existência de algumas
barreiras. Se o computador possuir um programa de leitura de tela, as
barreiras desaparecem. A deficiência continuará lá, mas a incapacidade de
mexer no computador não.

Superdotação/superdotados
Capacidade intelectual, cognitiva ou de outra qualidade, significativamente
acima da média das pessoas comuns (no caso do teste de QI, registos acima
de 140). Tradicionalmente, aplicava-se a alunos com raciocínio lógico-
dedutivo e matemático acima da média. actualmente, a partir do conceito
de inteligências múltiplas de Howard Gardner, aplica-se também a outros
potenciais: inteligências espaciais, cinestésica, musical, estética, entre
outras.

Inclusão
Para compreender a inclusão educativa, recorremos a Soares (2003: 48),
que a define como: “um ambiente de aprendizagem em que se reconhecem
e se acolhem as diferentes necessidades de aprendizagem de todas as
crianças, designadamente das crianças com NEE, apoiando essas mesmas
necessidades numa variedade de formas”.
Este autor acrescenta ainda, que em termos operacionais a inclusão

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significa – Educar todas as crianças e jovens num único sistema educativo
em que:
- Os alunos com NEE são membros da mesma comunidade escolar, como
semelhantes e irmãos;
- Os alunos com NEE serão colocados em níveis e classes apropriados à
sua idade;

Inclusão escolar
Processo de inclusão nos ambientes escolar e cultural dos sujeitos
anteriormente excluídos desses ambientes sociais. é mais que a simples
integração física de sujeitos em sala de aula - pois supõe uma mudança de
atitudes e mentalidade frente às diferenças e diversidades de toda ordem:
físicas, étnicas, culturais, económicas, etc..

Escolas especiais
Escolas destinadas a atender, especificamente, portadores de necessidades
especiais, agrupados ou por deficiência específica - sensorial, física, mental
ou múltipla. Sua existência e funcionamento se justificam, actualmente,
somente para casos considerados muito graves e que impossibilitem a
inclusão dos sujeitos em escolas/salas de aula regulares.

Distúrbios de aprendizagem
Dislexia
Distúrbio da aprendizagem, específico da linguagem, caracterizada por
dificuldade na decodificação de palavras. Mostra insuficiência no processo
fonológico. Apresenta sintomas variados. É hereditária e não acompanha,
em absoluto, comprometimento da inteligência. Não visto como doença e
não apresenta comprometimento neurológico.

Diversidade significa variedade, pluralidade, diferença. É um substantivo


feminino que caracteriza tudo que é diverso, que tem multiplicidade.

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Pedagogia de Problemas
Suzana Lanna Burnier Coelho
A ideia da utilização pedagógica de problemas sobre algum assunto a ser
resolvido pelos aprendizes não é nova. Stanic e Kilpatrick (1989)
recuperam colecções de problemas tanto de manuscritos egípcios de 1650
a.C. quanto de documentos chineses de 1000 a.C. No âmbito da escola
moderna, na virada do século XIX para o século XX, principalmente a
partir das ideias de John Dewey, que tal proposta começa a ser
sistematizada e implantada. Entretanto, sofre certo arrefecimento sendo
retomada a partir dos anos 80 do século XX.
Engel (1991) aponta para a necessidade de escolher conteúdos e métodos
adequados a tal proposta, o que levaria à adopção, no currículo, dos
seguintes princípios de aprendizagem:
 A aprendizagem será cumulativa: nenhum tópico será abordado de
forma completa e definitiva, mas sim reintroduzido repetidamente;
 A aprendizagem deve ser integrada: os conteúdos não devem ser
apresentados isoladamente, mas disponibilizados para estudo na
medida em que se relacionam ao problema;
 A aprendizagem deverá ser progressiva: as habilidades requeridas
vão-se transformando à medida que os alunos amadurecem.

Pedagogia das potencialidades


Efectivamente, a heterogeneidade não é um problema mas sim uma
realidade. E não sendo um problema da escola, o problema invocado para
os professores, quando estes querem trabalhar com grupos heterogéneos, é
a gestão da heterogeneidade. Ou seja, como é que é possível chegar a cada
aluno em particular tendo em conta que todos são diferentes e que não têm
todos os mesmos conhecimentos, os mesmos interesses, a mesma relação
com o saber e os mesmos mecanismos de aprendizagem?
Desengane-se quem pensar que para realizar diferenciação pedagógica há

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uma receita ou uma resposta concreta.

Nota reflexiva

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