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MATEMÁTICA

Educação Especial

Prof.ª Dr.ª Andrezza Belota

Prof.ª Dr.ª Kelly Souza

CENTRO DE MÍDIAS
AULA 1.1

TEMA
Unidade 1 – Educação
especial: inclusão e
direitos humanos
1.1 Diferença,
desigualdade,
exclusão e inclusão
AULA 1.1

OBJETIVO
Refletir acerca dos
conceitos de diferença,
diversidade, exclusão
e inclusão, a fim
de analisar suas
implicações nas práticas
sociais e educacionais,
numa perspectiva da
educação inclusiva.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 4

QUEM É E DE ONDE FALA ESSA EDUCADORA?


Andrezza...
Mulher, filha, esposa, mãe do Gabriel,
tia e educadora.
De onde fala?
• Da experiência: 28 anos de práxis
pedagógica na educação básica
e educação especial. 19 anos na
docência no ensino superior –
licenciaturas.
Fonte: acervo da professora
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QUEM É E DE ONDE FALA ESSA EDUCADORA?


• Da formação: pedagoga,
psicopedagogia e interdisciplinaridade;
neuropsicopedagogia institucional
e educação especial inclusiva e
neuropsicopedagogia clínica; mestra
em educação e doutora em estudos
da criança; pesquisadora do GEIAD
(UEA); LAP³EAHS... das áreas de:
altas habilidades/superdotação,
educação especial, educação inclusiva,
psicomotricidade, neuropsicopedagogia
e processo ensino-aprendizagem.
Fonte: acervo da professora
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QUEM É E DE ONDE FALA ESSA EDUCADORA?


Kelly...
Mulher, educadora, tia e mãe da
Rebecah, da Kamilla e do Nikolas.
De onde fala?
• Da experiência: de 35 anos em
educação, 11 anos na educação básica,
especificamente na educação infantil
e anos iniciais como professora e
pedagoga. 23 anos no ensino superior. Fonte: acervo da professora
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QUEM É E DE ONDE FALA ESSA EDUCADORA?


• Da formação: pedagoga,
psicopedagoga, neuropsicopedagoga,
mestra em educação e doutora em
estudos da criança.

Fonte: acervo da professora


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SONDAGEM DE CONHECIMENTOS PRÉVIOS


DOS ACADÊMICOS
• O que é educação especial?
• Qual o público-alvo da educação
especial?
• O que é educação inclusiva?
• Qual o público-alvo da educação
inclusiva?
• Quais os serviços de responsabilidade
da educação especial? Fonte: Por Kromkina__O - shutterstock
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PLANO
DE CURSO
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EMENTA
Diferença, desigualdade e exclusão. Conceitos e paradigmas
históricos da educação especial e da educação inclusiva.
Aspectos legais e políticas públicas relacionadas à educação
especial. Estudantes com necessidades educacionais
especiais: caracterização, práticas educativas inclusivas
e currículo. Modalidades de apoio especializado para a
inclusão escolar.
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OBJETIVOS
Geral:
• Compreender a prática pedagógica inclusiva a partir
dos conhecimentos teóricos e metodológicos, visando
oportunizar condições de aprendizagem com equidade para
estudantes com necessidades educacionais específicas.
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OBJETIVOS
Específicos:
• Refletir acerca dos conceitos de diferença, diversidade,
exclusão e inclusão, a fim de analisar suas implicações
nas práticas sociais e educacionais, numa perspectiva da
educação inclusiva.
• Conhecer o percurso histórico da educação especial,
visando entender como o imaginário social foi se
construindo em relação às pessoas com deficiência.
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OBJETIVOS
Específicos:
• Identificar os princípios legais e as políticas públicas
educacionais que norteiam a modalidade de educação
especial e educação inclusiva no Brasil.
• Reconhecer os estudantes que compõem o público-alvo da
modalidade de educação especial, buscando compreender
a necessidade de práticas educacionais que considerem a
diferença, a diversidade e a equidade na educação.
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OBJETIVOS
Específicos:
• Conhecer o suporte e o apoio especializado legalmente
garantidos aos estudantes com necessidades educacionais
específicas e a oferta no contexto educacional.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 09/01 – Aula 1: UNIDADE 1 – EDUCAÇÃO ESPECIAL:
INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS
1.1 Diferença, desigualdade, exclusão e inclusão.

Dia 10/01 – Aula 2: UNIDADE 1 – EDUCAÇÃO ESPECIAL:


INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS
1.1 Diferença, desigualdade, exclusão e inclusão.
1.2 Educação inclusiva: diferença, diversidade, imaginário social.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 11/01 – Aula 3: UNIDADE 1 – EDUCAÇÃO ESPECIAL:
INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS
1.2 Educação inclusiva: diferença, diversidade, imaginário social.
1.3 Princípios educacionais norteadores da educação inclusiva.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 12/01 – Aula 4: UNIDADE 2 – EDUCAÇÃO ESPECIAL:
CONCEITOS, OBJETIVOS E TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
2.1 Conceitos da educação especial no Brasil.
2.2 Objetivos da educação especial na atualidade.
2.3 Pressupostos sócio-históricos e legais da modalidade
de educação especial inclusiva no Brasil: influência dos
documentos internacionais e legislação nacional.
2.4 Paradigmas educacionais norteadores da educação
especial e da educação inclusiva.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 13/01 – Aula 5: UNIDADE 3 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA DÉCADA ATUAL: PRINCÍPIOS
LEGAIS
3.1 Legislação internacional e nacional.
3.2 Principais resoluções e decretos que tratam da educação
inclusiva para o público-alvo da educação especial no Brasil.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 14/01 – Aula 6: Atividade avaliativa

Dia 16/01 – Aula 7: UNIDADE 3 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA


EDUCAÇÃO ESPECIAL NA DÉCADA ATUAL: PRINCÍPIOS
LEGAIS
3.3 Pressupostos históricos da educação especial no Amazonas.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 17/01 – Aula 8: UNIDADE 4 – ATUAL PÚBLICO-ALVO
DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
4.1 Pessoas com deficiência física.
4.2 Pessoas com deficiência visual.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 21

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 18/01 – Aula 9: UNIDADE 4 – ATUAL PÚBLICO-ALVO
DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
4.3 Pessoas com deficiência auditiva/surdez.
4.4 Pessoas com surdocegueira.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 22

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 19/01 – Aula 10: UNIDADE 4 – ATUAL PÚBLICO-ALVO
DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
4.5 Pessoas com transtorno global de desenvolvimento.

Dia 20/01 – Aula 11: UNIDADE 4 – ATUAL PÚBLICO-ALVO


DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
4.6 Pessoas com altas habilidades/superdotação.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 23

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 21/01 – Aula 12: Atividade avaliativa

Dia 23/01 – Aula 13: UNIDADE 4 – ATUAL PÚBLICO-ALVO


DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
4.7 Pessoas com deficiência intelectual.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 24

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Dia 24/01 – Aula 14: UNIDADE 4 – ATUAL PÚBLICO-ALVO
DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
4.8 Atendimento educacional especializado e práticas
educacionais para e com o público-alvo da educação especial.
4.8.1 O trabalho pedagógico na diversidade: flexibilização
curricular, plano de ensino individualizado e processos de
avaliação na perspectiva inclusiva.
4.8.2 Tecnologia assistiva e recursos pedagógicos acessíveis.
Dia 25/01 – Aula 15: Prova final
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A disciplina será desenvolvida por meio de procedimentos
metodológicos como:
• aulas expositivas dialógicas;
• dinâmicas locais com o uso de: debates mediados
por documentários, filmes, textos e questões
problematizadoras.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 26

AVALIAÇÃO
AP1 (14/01):
Instrumento:
• Produzir um texto crítico-reflexivo sobre como a
sociedade vem tratando a pessoa com deficiência ao
longo da história e como é possível respeitar as diferenças,
contemplando a diversidade e atendendo às necessidades
específicas, de modo a garantir a equidade, promovendo a
inclusão para garantia dos direitos humanos.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 27

AVALIAÇÃO
AP1 (14/01):
Instrumento:
• Deficiência, direitos humanos e justiça (https://www.scielo.
br/j/sur/a/fPMZfn9hbJYM7SzN9bwzysb/?lang=pt) e; além
de assistir ao vídeo: Deficiência e Diferença (https://youtu.
be/jQKD5mIMJsM).
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 28

AVALIAÇÃO
AP1 (14/01):
Critérios:
• a atividade deverá ser realizada em dupla ou
individualmente;
• as críticas e reflexões deverão fundamentar-se
teoricamente nos textos disponibilizados para a
disciplina e em outras leituras do estudante;
• a produção deve ser de no mínimo 3 laudas e no
máximo 5 laudas;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 29

AVALIAÇÃO
AP1 (14/01):
Critérios:
• a produção deve: (1) ter início, meio e fim (organização
lógica das ideias), (2) abordar o que foi solicitado na
descrição da atividade, (3) fundamentar teoricamente
as ideias apresentadas, (4) empregar corretamente a
linguagem acadêmica e (5) apresentar as referências
bibliográficas;
• será atribuído valor de 0,0 a 10,0.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 30

AVALIAÇÃO
AP1 (14/01):
Relação com os objetivos:
• conhecer o percurso histórico da educação especial,
visando entender como o imaginário social foi se
construindo em relação às pessoas com deficiência.
• refletir acerca dos conceitos de diferença, diversidade,
exclusão e inclusão, a fim de analisar suas implicações
nas práticas sociais e educacionais, numa perspectiva da
educação inclusiva.
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AVALIAÇÃO
AP 2 (21/01):
Instrumento:
• construir uma linha do tempo da legislação que
historicamente fundamentou a educação especial e a
educação inclusiva no Brasil, desde a sua origem até os
dias atuais (legislação nacional e internacional).
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 32

AVALIAÇÃO
AP 2 (21/01):
Critérios:
• a atividade deverá ser realizada em dupla ou
individualmente;
• incluir cronologicamente a legislação e suas contribuições;
• será atribuído valor de 0,0 a 10,0.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 33

AVALIAÇÃO
AP 2 (21/01):
Relação com os objetivos:
• identificar os princípios legais e as políticas públicas
educacionais que norteiam a modalidade de educação
especial e de educação inclusiva no Brasil.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 34

AVALIAÇÃO
Prova final (25/01):
Instrumento:
• prova dissertativa.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 35

AVALIAÇÃO
Prova final (25/01):
Critérios:
• individual;
• as questões devem ser respondidas considerando: (1)
ter início, meio e fim (organização lógica das ideias), (2)
abordar o que foi solicitado na descrição da atividade, (3)
fundamentar teoricamente as ideias apresentadas e (4)
empregar corretamente a linguagem acadêmica.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 36

AVALIAÇÃO
Prova final (25/01):
Relação com os objetivos:
• reconhecer os estudantes que compõem o público-alvo da
modalidade de educação especial, buscando compreender
a necessidade de práticas educacionais que considerem a
diferença, a diversidade e a equidade na educação.
• conhecer o suporte e o apoio especializado legalmente
garantidos aos estudantes com necessidades educacionais
específicas e a oferta no contexto educacional.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 37

COMEÇANDO NOSSOS DIÁLOGOS


Qual a relação entre a educação especial e a inclusão com
os direitos humanos?

Fonte: Por Net Vector - Shutterstock


AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 38

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)


Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência
e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 39

Século XXI se caracteriza por:


• ampla evolução e expansão
do conhecimento; período
em que a inovação, a
autonomia, a proatividade e
a produtividade do homem
visam à construção do
conhecimento propulsor
do desenvolvimento das Fonte: Por mentalmind - shutterstock

Equidade: Adaptar as oportunidades,


culturas e das sociedades; deixando-as justas.

Igualdade: É dar às pessoas as


mesmas oportunidades.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 40

• defesa pelo respeito e


valorização da diversidade,
reconhecimento da
diferença como aspecto
inerente aos seres humanos
– foco no desenvolvimento e
inclusão de TODOS;

Fonte: Por mentalmind - shutterstock

Equidade: Adaptar as oportunidades,


deixando-as justas.

Igualdade: É dar às pessoas as


mesmas oportunidades.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 41

• dicotomia: reconhecimento
das diferenças X negação
de direitos = estereótipos,
preconceitos, desatenção
às reais necessidades
de desenvolvimento e
aprendizagem.

Fonte: Por mentalmind - shutterstock

Equidade: Adaptar as oportunidades,


deixando-as justas.

Igualdade: É dar às pessoas as


mesmas oportunidades.
DINÂMICA
LOCAL
DL EDUCAÇÃO ESPECIAL 43

Mas de que inclusão estamos falando?

Como é possível promover a inclusão no contexto escolar?

https://www.youtube.com/
watch?v=MF19PqxSnps
Fonte: Cordas Dublado - Cuerdas - 1080p - YouTube
AULA 1.2

TEMA
Unidade 1 – Educação
especial: inclusão e
direitos humanos
1.1 Diferença,
desigualdade,
exclusão e inclusão
AULA 1.2

OBJETIVO
Refletir acerca dos
conceitos de diferença,
diversidade, exclusão
e inclusão, a fim
de analisar suas
implicações nas práticas
sociais e educacionais,
numa perspectiva da
educação inclusiva.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 46

No Dicionário on-line de
português, inclusão significa:
Acessibilidade,
• genericamente, o ato de dignidade e
inclusão:
incluir e acrescentar,
ou seja, adicionar coisas Direito de
ou pessoas em grupos e todos!
núcleos que antes não
faziam parte.

Fonte: Ilustração de ONYXprj - Fonte: Ilustração de Ricardo Ferraz - Cartilha


Shutterstock (adaptada) do Ministério Público do Trabalho
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 47

• no contexto social,
representa um ato de
igualdade entre os Acessibilidade,
dignidade e
diferentes indivíduos que inclusão:
habitam determinada
sociedade. Igualdade Direito de
no direito de integrar e todos!
participar ativamente
das várias dimensões
de seu ambiente, sem
sofrer qualquer tipo de
discriminação e preconceito.
Fonte: Ilustração de ONYXprj - Fonte: Ilustração de Ricardo Ferraz - Cartilha
Shutterstock (adaptada) do Ministério Público do Trabalho
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 48

Em contrapartida, o vocábulo exclusão significa:


• a ação ou efeito de excluir, de segregar, de deixar de fora,
promovendo afastamento e segregação. Nesse sentido, a
exclusão pode ocorrer por diversos motivos: étnicos, raciais,
religiosos, sociais, econômicos, por características de
desenvolvimento etc.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 49

ESTIGMA SOCIAL E EXCLUSÃO


Definido pela desaprovação das características e crenças
pessoais que confrontam as normas culturais prevalentes em
determinado grupo social, conduzindo os portadores dessas
características ou adeptos dessas crenças à marginalização.
Portanto, o estigma é a “situação do indivíduo que é
inabilitado para a aceitação social plena” e refere-se a “um
atributo profundamente depreciativo” (GOFFMAN, 1982, p. 8).
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 50

ESTIGMA SOCIAL E EXCLUSÃO


Nessa perspectiva, o estigma está relacionado a uma condição
vivida pelo indivíduo por não possuir atributos considerados
importantes por um grupo social/cultura, fazendo-o vivenciar
situações de marginalização social, exclusão.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 51

ESTIGMA SOCIAL E EXCLUSÃO


Segundo Goffman (1982), existem três formas de
estigma: deformidades físicas (deficiências motoras,
auditivas, visuais, desfigurações do rosto ou do corpo);
características pessoais e comportamentais (distúrbios
mentais, comportamento político radical, desemprego,
toxicodependências, vícios, prisão) e estigmas tribais
(pertencimento a uma raça, nação, religião).
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 52

ESTIGMA

Produto das relações sociais

Caraterísticas sociológicas dos estigmas:


- Um indivíduo possui um ou vários atributos diferentes
daqueles considerados comuns e naturais para os
membros da comunidade da qual faz parte.

PRECONCEITO

PROBLEMA ÉTICO
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 53

Em linhas gerais, a
exclusão e a inclusão são
Exclusão
Inclusão
polaridades, tanto sociais
como educacionais. No
contexto social, várias são
as formas da exclusão
ocorrer, mas de uma
forma mais camuflada,
entretanto, bem presente
nas práticas sociais,
destacamos o capacitismo. Segregação

Integração
Fonte: Adaptada de ONYXprj - Shutterstock
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 54

Parece Pensei que


milagre! ele não seria
Você sabe o que é Um dia eles vão se
capaz para tal
tarefa!!

capacitismo? Incrível! acostumar que não


somos ET! É inacreditável o
que estou vendo!

É a desvalorização
e desqualificação
das pessoas com
deficiência com base no
preconceito em relação
à sua capacidade
corporal e/ou cognitiva
(CAMPBELL, 2008). Fonte: Ilustrado por Alberto Ramon - VAT Tecnologia da Informação Ltda
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 55

EXPRESSÕES PARA TROCAR NO SEU VOCABULÁRIO


“Dar uma de João sem braço” – “Trapacear”
“Retardado” / “Mongol” – “Estúpido”
“Fingir demência” – “Fazer-se de desentendido”
“Que mancada!” – “Que vacilo!”
“Está surdo?” – “Preste atenção, porque estou falando
com você.”
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 56

SER HUMANO

SER ÚNICO

RICO EM POTENCIALIDADES

Mas,

PRECISA DE OPORTUNIDADES
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 57

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

INCLUIR DIFERENÇA
DIVERSIDADE
GARANTIA DE
RESPEITO DIREITOS
PARCERIA

ADAPTAÇÃO OPORTUNIDADES
CONVIVÊNCIA
MUDANÇAS INTERAÇÃO
EQUIDADE
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 58

EDUCAÇÃO QUE EXCLUI

NEGAÇÃO DAS NEGAÇÃO DAS


DIFERENÇAS SINGULARIDADES

SEGREGAÇÃO RESISTÊNCIA ABANDONO

BARREIRAS OBSTÁCULOS PRECONCEITO

NEGAÇÃO DE OPORTUNIDADES IGUAIS DE


ACESSO E AUTONOMIA NA CONSTRUÇÃO
DO CONHECIMENTO
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 59

DIFERENÇAS E SOCIEDADE
1. Qualidade ou estado de diferente; propriedade ou
característica pela qual pessoas ou coisas diferem umas das
outras.
2. Falta de igualdade ou semelhança; desigualdade,
dessemelhança, distinto.
3. Mudança observada ou constatada; alteração, modificação,
transformação.
Fonte: Diferença | Michaelis On-line https://michaelis.uol.com.br › busca › português-
brasileiro.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 60

DIFERENÇAS
ESSÊNCIA DO SER HUMANO
Fonte: Por Roman Samborskyi - shutterstock
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 61

DIFERENÇA E SOCIEDADE
Para Rosita Edler de Carvalho (2008):

o vocábulo DIFERENÇA, quando aplicado a pessoas, é


particularmente polissêmico e polifônico pela multiplicidade
de perspectivas de que se reveste nas práticas sociais e na
medida em que se apoia alguns “marcadores”, tais como:
gênero, classe social, geração, raça, etnia, características
físicas, mentais e culturais, segundo diferentes conotações.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 62

Trabalhando o conceito de diferença

Diferença Diferença como A experiência é o verdadeiro


conhecimento, o que não exige
Subjetividade experiência
nem envolve crença, pois o
conhecimento exclui qualquer
necessidade de acreditar.

O vivido.

Diferença como Diferença como Descreve o tipo de sentimento,


identidade relação pessoal afetividade, consciência,
Fonte: Por Pixel-Shot - shutterstock
autoestima e tratamento que
damos a nós mesmos.
Valores e crenças em Subjetividade
relação a nós mesmos. Identidade
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 63

Trabalhando o conceito de diferença


Diferença Diferença como
Subjetividade – processo pelo qual experiência
Subjetividade
algo se torna constitutivo e pertence
ao indivíduo de modo singular. É
o processo básico que possibilita a
construção do psiquismo (mente,
espírito, essência...).

Diferença como Diferença como


Identidade é o conjunto
identidade relação pessoal
de atributos que Fonte: Por Pixel-Shot - shutterstock

caracterizam alguma
pessoa ou coisa, ou seja,
é a soma de caracteres Em psicologia, desenvolvimento do sentido daquilo que se
que individualizam uma é, ou seja, do caráter do que é único. Esse termo remete à
pessoa, distinguindo-a identidade individual e pessoal de cada indivíduo.
das demais.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 64

As diferenças podem se revestir em vivências de


exclusão ou inclusão, depende de como os imaginários
sociais se constroem e de como as pessoas de relacionam
umas com as outras.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 65

O que pretende a educação especial na


perspectiva da inclusiva?
• Remover barreiras: extrínsecas ou intrínsecas aos alunos.
• Buscar formas de acessibilidade e de apoio para
assegurar (lei) e principalmente garantir (PPP dos
sistemas de ensino e das escolas) providências para
efetivar ações para acesso, ingresso, permanência e
acessibilidade bem-sucedida na escola.
Lei n.º 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 66

1. Arquitetônicas 2. Urbanísticas 3. Nos transportes

Fonte: Por David Tadevosian - Shutterstock Fonte: Por Andrey_Popov - Shutterstock Fonte: Por gillmar - Shutterstock

4. Comunicacionais 5. Tecnológicas 6. Atitudinais


...o nome dele?
Tem quantos Pergunta
anos? Ele pra ele!
conseguiu?

Fonte: Adaptada de Josh AppelUnsplash e New Fonte: Por AnnGaysorn - Shutterstock Fonte: Adaptada de Good Studio -
Africa - Shuttersctock Shutterstock
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 67

Mas o que é ACESSIBILIDADE?


De acordo com a Lei n.º 13.146, de 2015 (LBI), significa
“possibilidade e condição de alcance para utilização,
com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação
e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem
como de outros serviços e instalações abertos ao público,
de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona
urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida.”
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 68

Declaração de Salamanca (1994):


• dentro das escolas inclusivas, crianças com necessidades
educacionais especiais deveriam receber qualquer suporte
extra requerido para assegurar uma educação efetiva.

Educação inclusiva é o modo mais eficaz para construção de


solidariedade entre crianças com necessidades educacionais
especiais e seus colegas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 69

Declaração de Salamanca (1994) explica que:


O termo “necessidades educacionais especiais” refere-se
a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades
educacionais especiais se originam em função de
deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Muitas
crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e,
portanto, possuem necessidades educacionais especiais em
algum ponto durante a sua escolarização.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 70

Tomem
seus
lugares

Fonte: Fernando Neto - VAT Tecnologia da Informação LTDA


AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 71

Parafraseando o eminente
jurista RUI BARBOSA:
Justo não é tratar igualmente
os desiguais, mas sim tratar Somos todos
desigualmente os desiguais,
na medida exata de sua
iguais na
desigualdade. Essa é a medida diferença
da flexibilidade da escola
diante do desafio da imensa
diversidade a que está exposta.
Fonte: Por Robert Kneschke - shutterstock
DINÂMICA
LOCAL
DL EDUCAÇÃO ESPECIAL 73

Ao longo das trajetórias de vida de vocês, como a diferença


tem se revestido em exclusão no contexto social?

Compartilhem conosco suas experiências.

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