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MATEMÁTICA

Educação Especial

Prof.ª Dr.ª Andrezza Belota

Prof.ª Dr.ª Kelly Souza

CENTRO DE MÍDIAS
AULA 5.1

TEMA
Unidade 3 -
Contextualização da
educação especial na
década atual:
princípios legais
3.1 Legislação
internacional
e nacional
AULA 5.1

TEMA
3.2 Principais resoluções
e decretos que tratam da
educação inclusiva para o
público-alvo da educação
especial no Brasil
AULA 5.1

OBJETIVO
Identificar os
princípios legais e
as políticas públicas
educacionais que
norteiam a modalidade
de educação especial e
de educação inclusiva
no Brasil.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 5

EDUCAÇÃO ESPECIAL E
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 6

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL


NA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARECER CNE/CEB 17/2001
• O texto do Conselho Nacional de Educação (CNE) institui, por
meio das Diretrizes, os principais pontos, afirmando que:
“os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos,
cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos
educandos com necessidades educacionais especiais,
assegurando as condições necessárias para uma educação de
qualidade para todos”.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 7

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL


NA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARECER CNE/CEB 17/2001
• Porém, o documento coloca como possibilidade a
substituição do ensino regular pelo atendimento
especializado.
• Considera ainda que o atendimento escolar aos alunos
com deficiência tem início na educação infantil,
“assegurando-lhes os serviços de educação especial
sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação
com a família e a comunidade, a necessidade de
atendimento educacional especializado”.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 8

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL


NA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARECER CNE/CEB 17/2001
Operacionalização dos sistemas de ensino – serviços
da educação especial – foco na integração, apesar do
documento falar em inclusão.
• Nas classes comuns. • Classe hospitalar.
• Classes especiais. • Atendimento domiciliar.
• Escolas especiais. • Terminalidade específica.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 9

LEI n.º 10.172/2001


O Plano Nacional de Educação (PNE) anterior, criticado por
ser muito extenso, tinha quase 30 metas e objetivos para as
crianças e jovens com deficiência. Entre elas, afirmava que a
educação especial, “como modalidade de educação escolar”,
deveria ser promovida em todos os diferentes níveis de
ensino e que “a garantia de vagas no ensino regular para
os diversos graus e tipos de deficiência” era uma medida
importante.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 10

RESOLUÇÃO CNE/CP n.º 1/2002


• A resolução dá “diretrizes curriculares nacionais para a
formação de professores da educação básica, em nível
superior, curso de licenciatura e de graduação plena”.
• Sobre a educação inclusiva, afirma que a formação deve
incluir “conhecimentos sobre crianças, adolescentes,
jovens e adultos, aí incluídas as especificidades dos alunos
com necessidades educacionais especiais”.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 11

LEI n.º 10.436/2002


• Reconhece como meio legal de comunicação e expressão
a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Art. 1.º Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira
de Sinais (Libras) a forma de comunicação e expressão
em que o sistema linguístico de natureza visual-motora,
com estrutura gramatical própria, constituem um sistema
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de
comunidades de pessoas surdas do Brasil.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 12

LEI n.º 10.436/2002


Art. 2.º Deve ser garantido, por parte do poder público
em geral e de empresas concessionárias de serviços
públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio
de comunicação objetiva e de utilização corrente das
comunidades surdas do Brasil.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 13

LEI n.º 10.436/2002


Art. 4.º O sistema educacional federal e os sistemas
educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal
devem garantir a inclusão nos cursos de formação de
educação especial, de fonoaudiologia e de magistério, em
seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira
de Sinais (Libras), como parte integrante dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs), conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) não
poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 14

LEI n° 12.764, de 28/12/2022 – LEI BERENICE PIANA


A lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Art. 1.º Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos


Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e
estabelece diretrizes para sua consecução.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 15

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA


§ 1.º Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com
transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome
clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II:
I - Deficiência persistente e clinicamente significativa
da comunicação e da interação sociais, manifestada por
deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal
usada para interação social; ausência de reciprocidade social;
falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao
seu nível de desenvolvimento.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 16

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA

II - Padrões restritivos e repetitivos de comportamentos,


interesses e atividades, manifestados por comportamentos
motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos
sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões
de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 17

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA


Art. 1.º Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e
estabelece diretrizes para sua consecução.

§ 2.º A pessoa com transtorno do espectro autista é


considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos
legais.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 18

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA

§ 3.º Os estabelecimentos públicos e privados referidos na Lei


n.º 10.048, de 8 de novembro de 2000, poderão valer-se da
fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do
transtorno do espectro autista, para identificar a prioridade
devida às pessoas com transtorno do espectro autista.
(Incluído pela Lei n.º 13.977, de 2020)
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 19

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA


Art. 3.º É criada a Carteira de Identificação da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), com vistas a garantir
atenção integral, pronto atendimento e prioridade no
atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados,
em especial nas áreas de saúde, educação e assistência
social. (Incluído pela Lei n.º 13.977, de 2020)
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 20

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA


§ 1.º A Ciptea será expedida pelos órgãos responsáveis pela
execução da Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, mediante requerimento,
acompanhado de relatório médico, com indicação do código
da Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde (CID), e deverá conter, no
mínimo, as seguintes informações:
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 21

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA


I - Nome completo, filiação, local e data de nascimento,
número da carteira de identidade civil, número de inscrição
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), tipo sanguíneo,
endereço residencial completo e número de telefone do
identificado;
II - Fotografia no formato 3 (três) centímetros (cm) x 4
(quatro) centímetros (cm) e assinatura ou impressão digital
do identificado;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 22

LEI n.º 12.764/2002 – LEI BERENICE PIANA


III - Nome completo, documento de identificação,
endereço residencial, telefone e e-mail do responsável
legal ou do cuidador;
IV - Identificação da unidade da Federação e do órgão
expedidor e assinatura do dirigente responsável.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 23

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM


DIREITOS HUMANOS/2006

• Documento elaborado pelo Ministério da Educação


(MEC), Ministério da Justiça, Unesco e Secretaria Especial
dos Direitos Humanos.
• Entre as metas está a inclusão de temas relacionados às
pessoas com deficiência nos currículos das escolas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 24

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO (PDE)/2007

No âmbito da educação inclusiva, o PDE trabalha com


a questão da infraestrutura das escolas, abordando a
acessibilidade das edificações escolares, da formação
docente e das salas de recursos multifuncionais.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 25

DECRETO n.º 6.094/2007


• O texto dispõe sobre a implementação do Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educação do MEC.
• Ao destacar o atendimento às necessidades
educacionais especiais dos alunos com deficiência, o
documento reforça a inclusão deles no sistema público
de ensino.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 26

Política Nacional de Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva (2008)

Documento que traça o histórico do processo de inclusão


escolar no Brasil para embasar “políticas públicas promotoras
de uma educação de qualidade para todos os alunos”.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 27

Política Nacional de Educação Especial na


Perspectiva da Educação Inclusiva (2008)

Com o objetivo de implementação de adaptações de recursos


e espaços para a garantia de acesso e permanência dos alunos
no ambiente educacional sem exclusões, com respeito às
diferenças, assegurando a inclusão escolar de alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 28

Com o objetivo de implementação de adaptações de recursos e espaços para


a garantia de acesso e permanência dos alunos no ambiente educacional
sem exclusões, com respeito às diferenças, assegurando a inclusão escolar
de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.

O atendimento educacional especializado identifica, elabora e


organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem
as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando
as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no
atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas
realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à
escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na
escola e fora dela (BRASIL, 2008, p. 16).
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 29

DECRETO n.º 6.571/2008

Revogado pelo Decreto n.º 7.611/2011


• Dispõe sobre o atendimento educacional especializado
(AEE) na educação básica e o define como “o conjunto
de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucionalmente, prestado de forma
complementar ou suplementar à formação dos alunos
no ensino regular”.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 30

DECRETO n.º 6.571/2008

• O decreto obriga a União a prestar apoio técnico


e financeiro aos sistemas públicos de ensino no
oferecimento da modalidade.
• Além disso, reforça que o AEE deve estar integrado ao
projeto pedagógico da escola.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 31

RESOLUÇÃO n.º 4 CNE/CEB – 2009


• O foco dessa resolução é orientar o estabelecimento
do atendimento educacional especializado (AEE) na
educação básica, que deve ser realizado no contraturno
e preferencialmente nas chamadas salas de recursos
multifuncionais das escolas regulares.
• A resolução do CNE serve de orientação para os sistemas
de ensino cumprirem o Decreto n.º 6.571/2008 e
revogado pelo Decreto n.º 7.611/2011.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 32

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009

Promulga a Convenção Internacional sobre


os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
Protocolo Facultativo, assinados em Nova York,
em 30 de março de 2007.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 33

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009

Artigo 1.º – Propósito


• O propósito da presente Convenção é promover, proteger
e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os
direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as
pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua
dignidade inerente.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 34

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 1.º – Propósito
• Pessoas com deficiência são aquelas que têm
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdades de condições com as
demais pessoas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 35

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 2.º – Definições
Para os propósitos da presente Convenção:
• “Comunicação” abrange as línguas, a visualização de textos,
o Braile, a comunicação tátil, os caracteres ampliados,
os dispositivos de multimídia acessível, assim como a
linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e
os meios de voz digitalizada e os modos, meios e formatos
aumentativos e alternativos de comunicação, inclusive a
tecnologia da informação e comunicação acessíveis.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 36

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009

Artigo 2.º – Definições


Para os propósitos da presente Convenção:
• “Língua” abrange as línguas faladas e de sinais e outras
formas de comunicação não falada.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 37

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 2.º – Definições
Para os propósitos da presente Convenção:
• “Discriminação por motivo de deficiência” significa qualquer
diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência,
com o propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o
reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas, de todos os direitos
humanos e liberdades fundamentais nos âmbitos político,
econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro. Abrange
todas as formas de discriminação, inclusive a recusa de
adaptação razoável.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 38

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 2.º – Definições
Para os propósitos da presente Convenção:
• “Adaptação razoável” significa modificações e ajustes
necessários e adequados que não acarretem ônus
desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada
caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência
possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades
com as demais pessoas, todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 39

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 2.º – Definições
Para os propósitos da presente Convenção:
• “Desenho universal” significa concepção de produtos,
ambientes, programas e serviços a serem usados, na maior
medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade
de adaptação ou projeto específico. O “desenho universal”
não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos de
pessoas com deficiência, quando necessárias.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 40

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 3.º – Princípios gerais
a) o respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual,
inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a
independência das pessoas;
b) a não discriminação;
c) a plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;
d) o respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas
com deficiência como parte da diversidade humana e da
humanidade;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 41

DECRETO n.º 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009


Artigo 3.º – Princípios gerais
e) a igualdade de oportunidades;
f) a acessibilidade;
g) a igualdade entre o homem e a mulher;
h) o respeito pelo desenvolvimento das capacidades das
crianças com deficiência e pelo direito das crianças com
deficiência de preservar sua identidade.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 42

DECRETO n.º 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011

Dispõe sobre a educação especial, o atendimento


educacional especializado e dá outras providências.

Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7611.htm.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 43

DECRETO n.º 7.611/2011


Revoga o decreto n.º 6.571, de 2008, e estabelece novas
diretrizes para o dever do estado com a educação das
pessoas público-alvo da educação especial, entre elas:
• determina que o sistema educacional seja inclusivo em
todos os níveis, que o aprendizado seja ao longo de
toda a vida e impede a exclusão do sistema educacional
geral sob alegação de deficiência;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 44

DECRETO n.º 7.611/2011


• determina que o ensino fundamental seja gratuito
e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de
acordo com as necessidades individuais, que sejam
adotadas medidas de apoio individualizadas e efetivas,
em ambientes que maximizem o desenvolvimento
acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão
plena, e diz que a oferta de educação especial deve se
dar preferencialmente na rede regular de ensino.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 45

DECRETO n.º 7.611/2011


DECRETA:
Art. 1.º O dever do estado com a educação das pessoas
público-alvo da educação especial será efetivado de
acordo com as seguintes diretrizes:
• I - Garantia de um sistema educacional inclusivo em
todos os níveis, sem discriminação e com base na
igualdade de oportunidades;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 46

DECRETO n.º 7.611/2011


• II - Aprendizado ao longo de toda a vida;
• III - Não exclusão do sistema educacional geral sob
alegação de deficiência;
• IV - Garantia de ensino fundamental gratuito e
compulsório, asseguradas adaptações razoáveis, de
acordo com as necessidades individuais;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 47

DECRETO n.º 7.611/2011


• V - Oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema
educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva
educação;
• VI - Adoção de medidas de apoio individualizadas
e efetivas, em ambientes que maximizem o
desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a
meta de inclusão plena;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 48

DECRETO n.º 7.611/2011


• VII - Oferta de educação especial, preferencialmente na
rede regular de ensino; e
• VIII - Apoio técnico e financeiro pelo poder público às
instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e
com atuação exclusiva em educação especial.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 49

DECRETO n.º 7.611/2011


§ 1.º Para fins deste Decreto, considera-se público-alvo
da educação especial as pessoas com deficiência, com
transtornos globais do desenvolvimento e com altas
habilidades ou superdotação.
§ 2.º No caso dos estudantes surdos e com deficiência
auditiva, serão observadas as diretrizes e princípios
dispostos no Decreto n.º 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 50

DECRETO n.º 7.611/2011


Art. 2.º A educação especial deve garantir os serviços de
apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que
possam obstruir o processo de escolarização de estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação.
§ 1.º Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o
caput serão denominados atendimento educacional
especializado, compreendido como o conjunto de
atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos
organizados institucional e continuamente, prestado das
seguintes formas:
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 51

DECRETO n.º 7.611/2011


I - Complementar à formação dos estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, como
apoio permanente e limitado no tempo e na frequência
dos estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou
II - Suplementar à formação de estudantes com altas
habilidades ou superdotação.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 52

DECRETO n.º 7.611/2011


§ 2.º O atendimento educacional especializado deve integrar
a proposta pedagógica da escola, envolver a participação
da família para garantir pleno acesso e participação dos
estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas
público-alvo da educação especial e ser realizado em
articulação com as demais políticas públicas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 53

DECRETO n.º 7.611/2011


Art. 3.º São objetivos do atendimento educacional
especializado:
• I - Prover condições de acesso, participação e
aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de
apoio especializados, de acordo com as necessidades
individuais dos estudantes;
• II - Garantir a transversalidade das ações da educação
especial no ensino regular;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 54

DECRETO n.º 7.611/2011


• III - Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e
pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de
ensino e aprendizagem; e
• IV - Assegurar condições para a continuidade de estudos
nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 55

DECRETO n.º 7.611/2011

Art. 4.º O poder público estimulará o acesso ao


atendimento educacional especializado de forma
complementar ou suplementar ao ensino regular,
assegurando a dupla matrícula nos termos do art. 9.º-A do
Decreto n.º 6.253, de 13 de novembro de 2007.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 56

DECRETO n.º 7.611/2011


Art. 5.º A União prestará apoio técnico e financeiro aos
sistemas públicos de ensino dos estados, municípios,
Distrito Federal e a instituições comunitárias, confessionais
ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a finalidade de
ampliar a oferta do atendimento educacional especializado
aos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
matriculados na rede pública de ensino regular.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 57

DECRETO n.º 7.611/2011


§ 1.º As instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos de que trata o caput
devem ter atuação na educação especial e serem
conveniadas com o Poder Executivo do ente federativo
competente.
§ 2.º O apoio técnico e financeiro de que trata o caput
contemplará as seguintes ações:
• I - Aprimoramento do atendimento educacional
especializado já ofertado;
• II - Implantação de salas de recursos multifuncionais;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 58

DECRETO n.º 7.611/2011


Art. 5.º
§ 2.º O apoio técnico e financeiro de que trata o caput
contemplará as seguintes ações:
• III - Formação continuada de professores, inclusive para o
desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes
surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile
para estudantes cegos ou com baixa visão;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 59

DECRETO n.º 7.611/2011


• IV - Formação de gestores, educadores e demais
profissionais da escola para a educação na perspectiva da
educação inclusiva, particularmente na aprendizagem, na
participação e na criação de vínculos interpessoais;
• V - Adequação arquitetônica de prédios escolares para
acessibilidade;
• VI - Elaboração, produção e distribuição de recursos
educacionais para a acessibilidade; e
• VII - Estruturação de núcleos de acessibilidade nas
instituições federais de educação superior.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 60

DECRETO n.º 7.611/2011

Art. 5.º assegura e esclarece que:


§ 3.º As salas de recursos multifuncionais são ambientes
dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos
e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional
especializado.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 61

DECRETO n.º 7.611/2011


§ 4.º A produção e a distribuição de recursos educacionais
para a acessibilidade e aprendizagem incluem materiais
didáticos e paradidáticos em Braille, áudio e Língua Brasileira
de Sinais (Libras), laptops com sintetizador de voz, softwares
para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que
possibilitam o acesso ao currículo.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 62

DECRETO n.º 7.611/2011


§ 5.º Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais
de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de
comunicação e de informação que restringem a participação
e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com
deficiência.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 63

DECRETO n.º 7.480/2011

• Até 2011, os rumos da educação especial e inclusiva eram


definidos na Secretaria de Educação Especial (Seesp), do
Ministério da Educação (MEC).
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 64

DECRETO n.º 7.480/2011

• 2019 – Decreto n.º 9.465/2019 – Cria a Secretaria de


Modalidades Especializadas de Educação, extinguindo
a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão (Secadi).
• Diretoria de Educação Especial.
• Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue para Surdos.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 65

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) – 2014


META 4
• “Universalizar para a população de 4 a 17 anos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação
básica e ao atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino, com a
garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços
especializados, públicos ou conveniados”.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 66

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) – 2014

• O entrave para a inclusão é a palavra “preferencialmente”,


que, segundo especialistas, abre espaço para que as
crianças com deficiência permaneçam matriculadas
apenas em escolas especiais.
AULA 5.2

TEMA
Unidade 3 -
Contextualização da
educação especial na
década atual:
princípios legais
3.1 Legislação
internacional
e nacional
AULA 5.2

TEMA
3.2 Principais resoluções
e decretos que tratam da
educação inclusiva para o
público-alvo da educação
especial no Brasil
3.3 Pressupostos históricos
da educação especial no
Amazonas
AULA 5.2

OBJETIVO
Identificar os
princípios legais e
as políticas públicas
educacionais que
norteiam a modalidade
de educação especial e
de educação inclusiva
no Brasil.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 70

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

Destaca o bem-estar e a igualdade de acesso e direitos para


todas as pessoas com deficiência em espaços sociais.

Art. 3.º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: I - acessibilidade:


possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações,
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias,
bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público
ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, 2015, p. 1).

Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 71

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO II
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO

Art. 4.º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com
as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

§ 1.º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção,


restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito
de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.

§ 2.º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios


decorrentes de ação afirmativa.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 72

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO II
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO

Art. 5.º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de


negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade,
opressão e tratamento desumano ou degradante.

Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput


deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, o
adolescente, a mulher e o idoso com deficiência.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 73

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO II
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO

Art. 7.º É dever de todos comunicar à autoridade competente


qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa
com deficiência.
Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e os
tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as
violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério
Público para as providências cabíveis.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 74

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO II
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO

Art. 8.º É dever do estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com


deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde,
à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à
educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e
à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo,
ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à
dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre
outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência e seu protocolo facultativo e das leis e de outras normas
que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 75

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 27.º A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados


sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de
toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem.

Parágrafo único. É dever do estado, da família, da comunidade escolar e


da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência,
colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 76

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 28.º Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,


implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
• I - Sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem
como o aprendizado ao longo de toda a vida;
• II - Aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições
de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta
de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e
promovam a inclusão plena;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 77

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• III - Projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional


especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para
atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o
seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a
conquista e o exercício de sua autonomia;
• IV - Oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na
modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua,
em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 78

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 28.º Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar:

• V - Adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o


desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso,
a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;

• VI - Pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas,


de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva;

• VII - Planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional


especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de
disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 79

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CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 28.º Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,


implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
• VIII - Participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas
diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
• IX - Adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos
aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em
conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante
com deficiência;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 80

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CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• X - Adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de


formação inicial e continuada de professores e oferta de formação
continuada para o atendimento educacional especializado;
• XI - Formação e disponibilização de professores para o atendimento
educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de
guias intérpretes e de profissionais de apoio;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 81

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 28.º Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,


implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
• XII - Oferta de ensino da Libras, do sistema Braille e de uso de recursos
de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos
estudantes, promovendo sua autonomia e participação;
• XIII - Acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica
em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 82

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CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• XIV - Inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de


educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa
com deficiência nos respectivos campos de conhecimento;
• XV - Acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos
e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 83

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CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 28.º Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,


implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
• XVI - Acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e
demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e
às atividades concernentes a todas as modalidades,
etapas e níveis de ensino;
• XVII - Oferta de profissionais de apoio escolar;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 84

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Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• XVIII - Articulação intersetorial na implementação de políticas


públicas.
§ 1.º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de
ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V,
VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo,
sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza
em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento
dessas determinações.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 85

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 28.º Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,


implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
§ 2.º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se
refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 86

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• I - Os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação


básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e
certificado de proficiência na Libras; (Vigência)
• II - Os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à
tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação
e pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação,
prioritariamente, em tradução e interpretação em Libras. (Vigência)
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 87

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 30.º Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos
oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e
tecnológica, públicas e privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas:
• I - Atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências
das instituições de ensino superior (IES) e nos serviços;
• II - Disponibilização de formulário de inscrição de exames com campos
específicos para que o candidato com deficiência informe os recursos de
acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários para sua participação;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 88

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

• III - Disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento


às necessidades específicas do candidato com deficiência;
• IV - Disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia
assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo candidato
com deficiência;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 89

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência –


Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015

CAPÍTULO IV - DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 30.º Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas
instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas,
devem ser adotadas as seguintes medidas:

• V - Dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiência,


tanto na realização de exame para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante
prévia solicitação e comprovação da necessidade;

• VI - Adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação


que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da
modalidade escrita da língua portuguesa;

• VII - Tradução completa do edital e de suas retificações em Libras.


AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 90

DECRETO n.º 10.502 – POLÍTICA NACIONAL DE


EDUCAÇÃO ESPECIAL – 30 DE SETEMBRO DE 2020

• Institui a chamada Política Suspenso pela


AÇÃO DIRETA DE
Nacional de Educação Especial:
INCONSTITUCIONALIDADE
equitativa, inclusiva e com (ADI n.º 6.590) – Relator:
aprendizado ao longo da vida. MIN. DIAS TOFOLI
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 91

DECRETO n.º 10.502 – POLÍTICA NACIONAL DE


EDUCAÇÃO ESPECIAL – 30 DE SETEMBRO DE 2020
• Para organizações da sociedade
civil que trabalham pela inclusão
Revogado pelo Decreto
das diversidades, a política
n.° 11.370, de 01/01/2023.
representa um grande risco de
retrocesso na inclusão de crianças
e jovens com deficiência, e de que a presente iniciativa venha
a substituir a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva Inclusiva, estimulando a matrícula em escolas
especiais, em que os estudantes com deficiência ficam
segregados.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 92

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


• LDB n.º 9.394/1996
• Art. 60 - A Entende-se por educação bilíngue de surdos, para os
efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida em
Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em
português escrito, como segunda língua, em escolas bilíngues de
surdos, classes bilíngues de surdos, escolas comuns ou em polos de
educação bilíngue de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos,
com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades
ou superdotação ou com outras deficiências associadas, optantes
pela modalidade de educação bilíngue de surdos.
Altera a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 93

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


Art. 60 - A
§ 1.º Haverá, quando necessário, serviços de apoio educacional
especializado, como o atendimento educacional especializado
bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos
estudantes surdos.
§ 2.º A oferta de educação bilíngue de surdos terá início ao zero
ano, na educação infantil, e se estenderá ao longo da vida.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 94

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


Art. 60 - A
§ 3.º O disposto no caput deste artigo será efetivado sem
prejuízo das prerrogativas de matrícula em escolas e classes
regulares, de acordo com o que decidir o estudante ou,
no que couber, seus pais ou responsáveis, e das garantias
previstas na Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto
da Pessoa com Deficiência), que incluem, para os surdos
oralizados, o acesso a tecnologias assistivas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 95

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


Art. 60 - B
Além do disposto no art. 59 desta Lei, os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos surdos, surdo-cegos, com
deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades
ou superdotação ou com outras deficiências associadas
materiais didáticos e professores bilíngues com formação e
especialização adequadas, em nível superior.
Parágrafo único. Nos processos de contratação e de avaliação
periódica dos professores a que se refere o caput deste artigo
serão ouvidas as entidades representativas das pessoas surdas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 96

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


Art. 3.º A Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional), passa a vigorar
acrescida dos seguintes artigos 78 - A e 79 - C:
Art. 78 - A Os sistemas de ensino, em regime de
colaboração, desenvolverão programas integrados de
ensino e pesquisa para oferta de educação escolar bilíngue
e intercultural aos estudantes surdos, surdo-cegos,
com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas
habilidades ou superdotação ou com outras deficiências
associadas, com os seguintes objetivos:
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 97

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


• I - Proporcionar aos surdos a recuperação de suas
memórias históricas, a reafirmação de suas identidades e
especificidades e a valorização de sua língua e cultura;
• II - Garantir aos surdos o acesso às informações e
conhecimentos técnicos e científicos da sociedade
nacional e demais sociedades surdas e não surdas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 98

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


Art. 79 - C A União apoiará técnica e financeiramente os
sistemas de ensino no provimento da educação bilíngue e
intercultural às comunidades surdas, com desenvolvimento
de programas integrados de ensino e pesquisa.
§ 1.º Os programas serão planejados com participação das
comunidades surdas, de instituições de ensino superior e de
entidades representativas das pessoas surdas.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 99

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


§ 2.º Os programas a que se refere este artigo, incluídos no
Plano Nacional de Educação, terão os seguintes objetivos:
• I - Fortalecer as práticas socioculturais dos surdos e a
Língua Brasileira de Sinais;
• II - Manter programas de formação de pessoal
especializado, destinados à educação bilíngue escolar dos
surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes,
surdos com altas habilidades ou superdotação ou com
outras deficiências associadas;
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 100

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


• III - desenvolver currículos, métodos, formação e
programas específicos, neles incluídos os conteúdos
culturais correspondentes aos surdos;
• IV - Elaborar e publicar sistematicamente material
didático bilíngue, específico e diferenciado.
AULA EDUCAÇÃO ESPECIAL 101

LEI n.º 14.191, DE 3 DE AGOSTO DE 2021


§ 3.º Na educação superior, sem prejuízo de outras ações,
o atendimento aos estudantes surdos, surdo-cegos, com
deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades
ou superdotação ou com outras deficiências associadas
efetivar-se-á mediante a oferta de ensino bilíngue e de
assistência estudantil, assim como de estímulo à pesquisa e
desenvolvimento de programas especiais.

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