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CONSTITUIÇÃO
FEDERAL E A LDB
DEFINEM EM TERMOS
DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL
SKITNEVSKY, Maria Vera Pereira; BORGES, Susana
SST Maria Ladeira
O que a constituição federal e a LDB definem em ter-
mos de educação especial / Maria Vera Pereira Skit-
nevsky; Susana Maria Ladeira Borges
Ano: 2020
nº de p. 12
Apresentação
Neste momento, trataremos de um assunto relacionado ao o que a Constituição
Federal de 1988 e a LDB definem em termos de educação. Estudaremos sobre o que
a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
definem em termos de Educação Especial. Também estudaremos a respeito do que Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência.
E, por fim, iremos conhecer as Políticas públicas em Educação Especial; e políticas
não públicas em Educação Especial. Fique atento a todas as informações presentes
aqui, e vamos juntos ao processo de conhecimento e aprendizagem a respeito da
relevância desses assuntos.
Bons estudos.
Atenção
A Constituição promoveu importantes avanços para a conquista de
direitos individuais e sociais relativos aos bens e serviços públicos
(saúde, transporte, alimentação, lazer, cultura, habitação), bem como
o compartilhamento de responsabilidades ao cumprimento dessas
deliberações, as quais contemplam crianças, adolescentes, idosos,
mulheres, negros, indígenas, além de outros segmentos sociais.
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O direito à educação aparece nas primeiras páginas da Constituição de 1988, no
Artigo 6º, Capítulo II, Dos Direitos Sociais:
Diretrizes
Curriculares Estatuto da Pessoa
Nacionais Gerais com deficiência - Lei
da Educação nº 13.146/2015
Básica/2013
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Nesse recorte cronológico, constatamos que a Constituição Federal de 1988
representa um marco histórico e político valioso para a institucionalização da
educação a todas as pessoas nascidas ou estrangeiras que vivem em solo
brasileiro. Assim, Mantoan (2003, p. 22) conclui que:
Saiba mais
A LDB nº 9.364/96, assegurou a obrigatoriedade de matricular os
educandos em classe comum, sem qualquer espécie de distinção
de raça, sexo, condição socioeconômica, religiosa, sem ou com
deficiência. O processo educativo escolarizado inicia na Educação
Básica, podendo ter prosseguimento no Ensino Superior e até o
mais elevado nível da pesquisa.
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Os caminhos propostos por nossas políticas (equivocadas?) de educação
continuam insistindo em “apagar incêndios”. Elas não avançam como
deveriam, acompanhando as inovações, e não questionam a produção
da identidade e da diferença nas escolas. Continuam mantendo um
distanciamento das verdadeiras questões que levam à exclusão escolar.
Assim, podemos dizer que, mesmo obtendo muitos direitos e garantias relativos à
frequência do estudante com deficiência ou necessidades educacionais específicas
nos sistemas de ensino, nem todos resultaram em compromissos educacionais de
maneira afirmativa, sem preconceitos nem segregação.
Para que sejamos sensíveis aos direitos da pessoa com deficiência de maneira
afirmativa, o poder executivo instituiu a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 –
Estatuto da Pessoa com Deficiência, a qual estabelece no Artigo 2º:
Atenção
O Estatuto da Pessoa com Deficiência conta com 127 artigos, os quais
abordam os desafios que temos, como sociedade civil organizada, em
efetivar a inclusão de milhões de brasileiros, naturais ou estrangeiros,
no convívio social nacional em igualdade de condições.
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Portanto, é indispensável que os governantes, nas esferas administrativas (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios), alinhados com o coletivo social, atendam
aos preceitos constitucionais, inclusive o direito fundamental à educação nacional
das pessoas sem ou com deficiências.
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Direito da pessoa com deficiência e dever do Estado
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POLÍTICAS NÃO PÚBLICAS EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL
Iniciaremos este tema com a reflexão de que a Educação Especial está em todos os
níveis da escolarização, não sendo exclusividade das chamadas escola especiais
(por exemplo, APAE, Amor pra Down, Sociedade Pestalozzi etc.). Essas instituições
desfrutam de reconhecimento nacional e internacional pelo trabalho técnico, clínico
e terapêutico disponibilizado ao grupo de pessoas com deficiência, bem como
assistir socialmente suas peculiaridades com recursos materiais e financeiros
próprios ou de ações públicas assistenciais.
Instituições que possuem uma política de atenção ao público com deficiência, mas não são conside-
rados serviços de política pública
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corpo discente, pais ou responsáveis, gestores e funcionários em geral. Esse
documento deve ser elaborado a partir do marco situacional (contextualização da
situação socioeconômica, política, cultural e educativa), doutrinal (o que queremos) e
operativo (como faremos). (GANDIN, 1994 apud GESSER, 2011).
Atenção
A LDB 9.394/96 reúne um conjunto de compromissos de
Estado com a educação em suas dimensões formativas para
o desenvolvimento do educando, exercício da cidadania e
oportunidade para ingressar no mundo do trabalho. Sendo assim,
o processo educativo escolarizado inicia na Educação Básica,
podendo ter prosseguimento no Ensino Superior e até o mais
elevado nível da pesquisa.
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Por fim, vimos que é de grande importância a articulação de todos os atores sociais
(famílias, gestores públicos, gestores educacionais e grupos representativos) para o
cumprimento da legislação brasileira relativa ao direito à educação, tendo em vista
que devemos ultrapassar a possibilidade de ficarmos no discurso burocrata repleto
de boas intenções, o qual não se efetiva sozinho.
Fechamento
Aprendemos que a Educação Especial é um território educacional que busca
promover o processo de inclusão escolar a todos os estudantes em igualdade
de condições para aprender e ensinar. Nesse contexto, é indispensável que se
considere a diferença como dimensão humana, a qual pode ser percebida na
pessoa sem ou com deficiência nas situações cotidianas que produzem e difundem
relações e conhecimentos.
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Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/
const/con1988/con1988_08.09.2016/CON1988.asp >. Acesso em: 14 set. 2020.
BRASIL. Cartilha do Censo 2010: Pessoas com Deficiência. Brasília: SDH-PR/SNPD, 2012.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
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