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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

OS FLUXOS MATERIAIS

Para começo de conversa


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1. Nesta questão, os alunos devem apresentar como argumentos: a ampliação da
capacidade de carga dos navios, responsável por facilitar o transporte e baratear
custos; a modernização nas formas de armazenamento para transportes com o uso de
contêineres, o que evita perdas; e o aumento da velocidade, devido ao avanço
tecnológico em aviões e navios, o que diminui o tempo de distribuição das
mercadorias.
2.
a) Soja: 1-4-5.
b) Aço para exportação: 1-4.
c) Petróleo: 1-2-5.
d) Peças de computador: 3-5.
e) Alimentos industrializados: 5.

Páginas 4 - 5
1. Espera-se que os alunos percebam que: os fluxos materiais são aqueles representados
por objetos que possuem materialidade e volume e, portanto, compõem uma imensa
variedade de sistemas de infraestrutura e de mercadorias – por exemplo, produtos
agrícolas, minerais e industrializados –; e os fluxos imateriais são aqueles
disseminados pelos meios de comunicação e informação, como a internet – por
exemplo, redes sociais (Orkut, facebook etc.) e lojas virtuais –, a comunicação via
satélite e a telefonia, e que influem em nossas vidas e alteram a nossa economia, mas
que não são palpáveis e, portanto, não têm materialidade.
2. Como o próprio texto destaca, na atualidade, há uma relação de interdependência entre
os fluxos materiais e os imateriais. Se, por um lado, toda a infraestrutura dos setores de
comunicação e informação compõe-se de uma base material – formada por satélites,

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fiações, cabos submarinos etc. –, por outro, o que eles tornam disponível resulta em
fluxos imateriais que são utilizados pelas mesmas empresas responsáveis por fabricar
todas essas tecnologias. É possível destacar também que os fluxos imateriais são
importantes meios de comercialização de fluxos materiais (comércio online).
3. Alguns exemplos são: a rede bancária funciona interconectada e há uma infindável
diversidade de transações econômicas realizadas por essa instituição. Além disso, as
bolsas de valores do mundo inteiro operam em conexão e influem na economia dos
mais diferentes países. Também todo o setor do e-commerce só existe porque está
disponível online. Esses são exemplos econômicos. Porém, há uma variedade de
transações que ocorrem pela via do fluxo imaterial que não podem ser consideradas
econômicas, mas, sim, culturais. Esse é o caso dos contatos por e-mails, das relações
que se estabelecem no Orkut e em diferentes redes sociais, das transações de músicas
em mp3, de filmes no YouTube etc.

Páginas 5 - 9
1. Espera-se que os alunos destaquem os seguintes pontos:
• Habilidades humanas: saber-fazer.
• Técnica – origem grega (tekhné): capacidade de atuar na vida social, nos seus
mais diferentes aspectos; sustentação material da vida; produção.
• Relações sociais: atividades artísticas, culturais ou esportivas. São elementos
componentes e constituintes das sociedades.
• Na história (as técnicas antecederam as ciências): constituem-se em objetos tudo
o que é concebido pelo ser humano para ter uma função – toda coisa material que
pode ser apreendida pelos sentidos. Os objetos são técnicos.
• Espaço geográfico: constituído de objetos técnicos (ex.: estrada, indústria etc.)
construídos sobre a base física.
• Espaço relativo (opõe-se à ideia de espaço absoluto): espaço relativo não é um
vazio ou extensão a ser preenchida, é tido como concreto, onde a matéria está sempre
presente – mesmo que só na forma de energia – e em constante mutação. Ideia de que
o espaço está em expansão → leis variam conforme a relação entre as coisas
materiais que o constituem → interação.

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• Espaço relativo (Geografia): objetos técnicos introduzidos no espaço geográfico


passam a constituí-lo e não apenas a ocupar lugares (ex.: usina hidrelétrica numa área
qualquer de um espaço muda as relações existentes entre todos os objetos que o
compunham anteriormente; o espaço geográfico dessa área contém uma usina
hidrelétrica e todas as modificações ocasionadas por ela).
• Meio técnico-científico-informacional → tecnologia (junção das palavras gregas
tekhné e logos): pensamento organizado sobre as técnicas. Hoje a tecnologia remete a
eletrônica, informática, satélites, robôs e outras coisas do gênero. Para Ruy Gama, a
tecnologia é a sistematização científica dos conhecimentos relacionados às técnicas =
pesquisa científica sistematizada.
• Em síntese: técnicas = saber-fazer aprendido na prática e transmitido de geração
em geração. Tecnologia = saber vinculado à ciência moderna.
• Espaço geográfico → meio técnico: objetos técnicos, produtos da técnica e das
tecnologias modernas. O predomínio de um sobre o outro explica as diferenças regionais.
• Século XXI → o planeta pode ser apreendido de forma simultânea →
conhecimento do conjunto dos recursos naturais e das transformações em todos os
territórios = espaço geográfico recebe cada vez mais objetos tecnológicos,
organizados como sistemas articulados e dependentes entre si.
• Sistema tecnológico de telecomunicações: baseado num conjunto complexo de
aparelhos e instalações (satélites, cabos marítimos e terrestres, torres de transmissão
etc.) → conhecimento global do planeta = chaves do fim do século.
• Globalização: transnacionalização de setores hegemônicos da economia e dos
territórios (espaços globalizados) + aumento da escala geográfica das relações humanas.
• Meio técnico-científico (generalizado após a 2a Guerra Mundial): empresas
transnacionais e países → valores maciços de capital investidos na pesquisa
científica (ex.: conhecimento das fontes de matérias-primas, controle das
informações, comunicações e transportes etc.). Característica básica desses espaços:
articulação de pontos territoriais das empresas localizadas em outros extremos do
planeta. Emissão e recepção de informações estratégicas de todos os tipos
(científicas, financeiras, políticas etc.). Milton Santos identificou esses espaços como
o meio técnico-científico informacional: espaço transformado num grande sistema
técnico com alto teor de ciência e informação → sensação de que o espaço estaria
“diminuindo” = velocidades para percorrê-lo e travar relações → instantaneidade =
tirania da rapidez = acessíveis a poucos → fonte de poder e dominação.

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2. Espera-se que os alunos apresentem os objetos técnicos como tudo o que foi
produzido pelas sociedades com o intuito de produzir bens materiais e sociais
(ferramentas simples, técnicas de plantio repassadas de geração em geração ou ainda
bens culturais e esportivos). Quanto aos objetos tecnológicos, devem considerar
todos os que resultam de uma sistematização científica e que na atualidade são
constituídos por redes de comunicação e informação, aparelhos de ressonância
magnética e tomografia; internet; transmissões televisivas; conjunto de aparatos de
alta tecnologia ligados à informática etc.
3. Como argumento para essa questão os alunos devem apresentar a constante
aceleração do tempo resultante da disseminação de objetos tecnológicos e da
instantaneidade dos sistemas de informação e comunicação.
4. Os alunos podem destacar que os meios para atuar com maior rapidez e velocidade
nas relações socioeconômicas são acessíveis a poucos, sendo, portanto, fonte de
poder e dominação.

Páginas 10 - 12
1. Há uma gama de exemplos e, portanto, você pode conduzir a discussão organizando
os resultados, na lousa, os quais compõem partes dos fluxos apresentados na tabela.

Sistemas Técnicos e Tecnológicos


Espera-se que novos exemplos de fluxos materiais sejam lembrados, tais
Fluxos
materiais como portos, aeroportos, estradas ou toda a variedade de sistemas modais
responsáveis por captação, transporte e distribuição das mercadorias. Além
disso, poderá ser citada uma infinidade de produtos e objetos que formam o
conjunto de bens comprados e vendidos pelos mais diferentes países.
Quanto aos fluxos imateriais, espera-se que sejam citadas todas as formas
Fluxos
imateriais de transações econômicas e sociais resultantes do uso da internet e que
compõem a base imaterial da vida social. Nesse sentido, poderão ser
relacionados o compartilhamento de arquivos digitalizados, as redes sociais
informacionais, as transações financeiras e a disseminação das informações
por meios televisivos.

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2. Em 1948, foram exportados apenas 59 bilhões de dólares em mercadorias, mas, em


1963, passamos a contar com 157 bilhões, representando um crescimento de quase
três vezes. O crescimento das exportações continuou acelerado com o aumento das
exportações em cerca de três vezes e meia em 1973, mantendo esse índice de
crescimento até 1983. A partir dos anos 1980, o crescimento das exportações
duplicou a cada década, chegando, em 2003, a 7,3 trilhões de dólares movimentados.
As quantidades exportadas, em 1948, foram multiplicadas por cerca de 230 vezes no
período (1948-2007).
3.
a) De acordo com os dados, os alunos devem indicar que a maior participação no
total mundial de exportações de mercadorias é da Europa (42,4%), Ásia e Oceania
(27,9%) e América do Norte (13,6%). A soma dessas regiões corresponde a 83,9%
do total das exportações mundiais.
b) De acordo com os dados da tabela, os alunos devem indicar que o maior
aumento percentual das exportações mundiais entre 1993 e 2007 ocorreu nas
seguintes regiões: Comunidade dos Estados Independentes (+2,2%); Oriente Médio
(+2,1%); Ásia e Oceania (1,8%); Américas do Sul e Central (+0,7%); África
(+0,6%). Na América do Norte houve decréscimo de –4,4% e na Europa o
decréscimo foi de –3%;
c) Os alunos podem estabelecer a correspondência entre os dados apresentados na
tabela e a superfície dos círculos e a espessura das setas contidas no mapa, ou seja, as
duas linguagens conduzem ao mesmo resultado ao expressarem de maneiras
diferentes a maior participação de algumas regiões do mundo no comércio ou fluxo
internacional de mercadorias. A expectativa é a de que eles reconheçam a
correspondência entre os dados apresentados no mapa e parte daqueles da tabela.
Além disso, com base nos dados da tabela e no mapa, os alunos devem chegar às
seguintes conclusões:
• A Europa apresenta maior participação no total mundial das exportações porque
reúne o conjunto de países da União Europeia (27 países) com livre circulação de
mercadorias. Como é possível observar no mapa, essa é a região com maior
participação de comércio intrarregional dentre as regiões apresentadas.

• Dentre as regiões com o maior aumento percentual das exportações mundiais


entre 1993 e 2007, a Comunidade dos Estados Independentes (+2,2%), o Oriente

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Médio (+2,1%), as Américas do Sul e Central (+0,7%) e a África (+0,6%) têm em


suas pautas de exportações produtos primários tanto agrícolas quanto minerais.
• Sugerimos também que seja analisado o modelo de plataformas de exportação
implementado em alguns países da Ásia, conhecidos como “Tigres Asiáticos”, e
também na China, e que tem como fundamento a produção de bens de consumo para
a exportação, o que explica a intensidade das relações comerciais da Ásia com o
resto do mundo conforme se verifica no mapa.

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Espera-se que os alunos percebam que a maior parte de produtos agrícolas com baixo
valor agregado é transportada a granel, o que em muitos casos tem como consequência
grande perda de parte da carga. Já produtos com maior valor agregado são acondicionados
em contêineres, o que permite colocar e transportar o material em caixas metálicas,
resultando em vários benefícios, como: impedir que não haja rupturas no processo de
transporte; facilitar e agilizar o embarque, o desembarque e o transbordo dos produtos; e
diminuir as possibilidades de acidentes e de perda das mercadorias desde as fábricas onde
são produzidas até os estabelecimentos comerciais onde serão vendidas.

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a) Vistos em conjunto, os dois enunciados requerem dos alunos a articulação dos
conteúdos desenvolvidos, para a qual eles podem estruturar a argumentação com o
objetivo de destacar as cidades globais. Desse modo, atendendo ao primeiro
enunciado, espera-se que ressaltem como a rede mundial de computadores, a
internet, facilita a integração econômica global. Isso porque permite a conectividade
entre bolsas de valores e mercados financeiros, empresas de diversos setores
econômicos, organizações governamentais multilaterais e não governamentais, além
de pessoas de diferentes lugares. Poderão ainda salientar que os computadores
viabilizam não apenas a aceleração do fluxo de informações, mas também facilitam o
controle à distância dos negócios, tornando a rede mundial de telecomunicações uma
“ferramenta” essencial na integração dos vários lugares do mundo.

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b) Como em outras ocasiões deste Caderno, para responder ao segundo enunciado os


alunos poderão salientar que os lugares mais integrados às redes mundiais de fluxos
são aqueles mais densos em termos de “objetos técnicos”, que apresentam melhores
infraestruturas de produção, transportes e telecomunicações. Espera-se, portanto, que
eles destaquem o caso das cidades globais, em contraste com outros lugares do
mundo, onde há muita dificuldade quanto a serem integrados aos fluxos materiais e
imateriais que acompanham o atual período técnico-científico-informacional. A
expectativa é que identifiquem como as cidades globais estão localizadas
principalmente nos países desenvolvidos, o que reflete a afirmação do enunciado.

Páginas 14 - 15
1. Alternativa a. Pode ser afirmado que, sem dúvida, os novos aportes tecnológicos que
adentram os espaços provocam uma aceleração das relações de ordem econômica e
também da mobilidade das pessoas. Mas isso não permite ainda todas as integrações
e regularizações nos mercados de trabalho.
2.
a) Em virtude da liderança na atual revolução técnico-científica, o Japão e,
principalmente, os Estados Unidos devem ser indicados como os dois centros
hegemônicos da atual economia informacional. Os alunos poderão justificar essa
escolha diante do mapa sobre os fluxos do comércio internacional analisado na
Situação de Aprendizagem, como também considerando que esses dois países são os
que mais investem em pesquisa e desenvolvimento, além de se apresentarem como
sede de grande parte das maiores corporações transnacionais.
b) Levando-se na devida conta que os alunos estudaram a África e, em particular, a
África Subsaariana, no volume 3 da 3a série do Ensino Médio, o enunciado da
questão permite resgatar conhecimentos desenvolvidos. Ademais, diante dos novos
conteúdos estudados neste 4o bimestre, poderão redimensionar entendimento e
aprendizagem anteriores, considerando, por exemplo, que a África Subsaariana é a
porção mais marginalizada do espaço geográfico mundial, mantida praticamente
excluída das redes por meio das quais circulam crescentes fluxos de capitais,
mercadorias, pessoas e informações. Numa palavra, a expectativa é que apliquem os

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conteúdos desenvolvidos nesta Situação de Aprendizagem, para ampliar o


entendimento sobre assunto estudado. Desse modo, também poderão explicar que o
aspecto identificado mantém relações com o baixo grau de desenvolvimento dos
países e com o também baixo poder aquisitivo das populações dessa extensa região,
além da carência de infraestrutura ou de “objetos técnicos” (terminologia do
geógrafo Milton Santos). De maneira complementar, poderão apontar as guerras
civis e os conflitos étnicos que agravam a situação dos países e das populações dessa
porção do globo, o que também contribui para a destruição da precária infraestrutura
e para afugentar ainda mais possíveis investimentos estrangeiros.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

FLUXOS DE IDEIAS E INFORMAÇÃO

Para começo de conversa


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Espera-se que os alunos definam sociedade da informação como aquela que exprime as
diferentes formas de acesso dos grupos sociais, através da tecnologia, às mais variadas
informações e produtos. Como impactos representativos de sua influência na cultura e na
economia podem ser citadas as transmissões via satélite de eventos culturais e esportivos,
que em tempo real mostram de forma simultânea a todas as partes do mundo eventos que
ocorrem em determinada região do planeta, além da facilidade de acesso a bens e serviços
das mais diferentes partes do mundo, formando um mercado global.

É interessante destacar com os alunos que essa sociedade da informação produz uma
nova modalidade de lixo, o lixo tecnológico, representado na ilustração pelo lixo
espacial.

Leitura e Análise de Texto e Gráfico


Páginas 17 - 19
1.
a) Esta questão tem como objetivo levar os alunos a perceber a influência dos
fluxos imateriais em suas vidas. Assim como as alterações resultantes dos avanços
tecnológicos nos setores da eletrônica provocaram grandes mudanças, espera-se que
os exemplos sejam vinculados às modificações acarretadas pela telefonia móvel e
pelas diferentes transações por meio da internet.
b) Alternativa a. Esta é a única alternativa que ressalta a desigual distribuição dos
objetos técnicos no mundo expressa na frase do ex-presidente sul-africano.
2. Alternativa d. Embora corresponda a um avanço extraordinário para a humanidade,
há uma distribuição desigual no desenvolvimento e no acesso às inovações
tecnológicas ligadas à informática, por exemplo. Isso acrescenta um elemento a mais
de desigualdades entre os povos.

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3. Espera-se que os alunos ratifiquem a situação de exclusão vivida pela população da


África em relação às diferentes formas de acessibilidade tecnológica. Nesse sentido,
a África encontra-se à margem dos processos de inclusão telefônica e digital,
exemplificando de forma contundente a expressão “tirania da rapidez”, ou seja, os
meios para atuar com maior rapidez e velocidade nas relações socioeconômicas da
atualidade são acessíveis a poucos, sendo, portanto, fonte de poder e dominação.

Páginas 20 - 21
1. A leitura do texto permite aos alunos destacar a grande abrangência das lan houses,
pois elas são responsáveis por 49% dos acessos à internet no Brasil, substituindo
dessa forma o poder público e tornando-se as principais responsáveis pela inclusão
digital no Brasil. Eles também podem abordar um dado importante, o fato de que os
acessos se encontram associados ao envio de e-mails, currículos, atividades
escolares. Quanto ao uso das redes sociais, elas prestam um serviço importante, ao
contribuir para o encontro de pessoas e parentes distantes, assim como para facilitar,
a um custo mais acessível, a aproximação daqueles que vivem afastados por
residirem em regiões distantes umas das outras.
2. Aqui vão ser discutidas pelos alunos as diferentes formas de integração criadas pelas
tecnologias informacionais, mas eles também devem apresentar algumas distorções
resultantes do uso dessas mesmas tecnologias. Uma das grandes preocupações
sociais da atualidade é saber quais consequências a difusão do ciberespaço provoca
na vida das pessoas. Se, por um lado, as formas de contato e comunicação se
ampliam, por outro, a possibilidade que um indivíduo tem de se manter incógnito faz
com que deixemos de ser pessoas para nos tornarmos mensagens eletrônicas que
invadem computadores alheios, sem que haja o consentimento de quem nos recebe.
Nesse sentido, quando se analisam questões relativas a processos de interação social,
opiniões divergentes aparecem de imediato. Há os que enxergam o ciberespaço como
mais uma oportunidade para o surgimento de novas formas de relacionamento, pois
comunidades de múltiplos interesses são montadas (como as do Orkut) e
multiplicam-se as salas de bate-papo – que permitem às pessoas interagir à distância,
criando laços importantes que podem até mesmo transformar-se em amizades ou
manifestar-se em outras formas de comunicação e ainda como um modo de

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conseguir um emprego. Por outro lado, os “cibercontatos” podem também trazer


problemas; inúmeras situações de constrangimento individual e coletivo, como
páginas ofensivas criadas com o intuito de denegrir a imagem de alguém, muito
comuns em ambientes escolares, vídeos lançados na rede sem a permissão dos
envolvidos, assim como o uso da internet por redes criminosas, têm-se proliferado e
exigido inclusive mudanças nas legislações dos diferentes países. Além de todos
esses problemas, existe a preocupação quanto aos isolamentos sociais decorrentes do
intenso envolvimento de jovens com jogos eletrônicos, ou mesmo em razão da
prevalência dessas formas de comunicação em detrimento da convivência social mais
ampla. Certamente, há que se considerar como válidos todos os argumentos que
envolvem esse debate.
3. Espera-se que os alunos apresentem como distinção o fato de que a comunicação se
faz com informações, mas nem todas as relações comandadas pela informação
realizam plenamente a comunicação. A diferença é sutil, mas importantíssima. O
telefone é quase sempre um meio de comunicação: nele os participantes têm papel
comum. Ambos podem falar e ouvir. Por sua vez, a televisão é um meio de
informação que não realiza a comunicação por inteiro. Não há posição comum entre
o emissor e o telespectador. O emissor fala, enquanto o receptor assiste e ouve. Para
a Geografia, é de grande valor a separação entre os meios de comunicação e os meios
de informação. A comunicação seria mais afeita ao plano das horizontalidades,
enquanto os meios de informação seriam parte dos suportes das verticalidades.

Desafio!
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1. Espera-se que os alunos argumentem que a ampliação do alcance das grandes redes
mundiais de televisão pode, por um lado, facilitar o acesso à informação, que antes
demoraria muito a ser veiculada. Por outro, espera-se que eles considerem que, ao
mesmo tempo, essas redes vão transmitir apenas o seu olhar sobre os
acontecimentos, fazendo com que o telespectador tenha apenas uma visão dos fatos.
Muitas vezes, isso impossibilita que opiniões divergentes sejam explicitadas, o que
resulta em uma homogeneização da informação.
2. Espera-se que os alunos percebam que, se, por um lado, ser informado sobre o que
está ocorrendo em outras partes do mundo é fundamental para que o nosso próprio
conhecimento ou a nossa cultura sejam ampliados (ou mesmo modificados), por

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outro, frequentemente, a informação que nos chega já foi manipulada por redes de
comunicação, de países cujos governos muitas vezes são protagonistas diretos de
conflitos e de pressões hegemônicas sobre povos e países excluídos desse mesmo
sistema.

Desafio!
Página 23
1. Especular neste caso significa fazer operações financeiras ou comerciais com bens
negociáveis, com a finalidade de tirar proveito da variação de preços a partir de
informações sobre esses bens que podem aumentar ou diminuir o seu valor.
2. Espera-se que os alunos identifiquem que o aprofundamento da economia
especulativa tornou-se possível, em grande parte, graças a dois conjuntos de fatores:
a) a liberalização e a desregulamentação das economias nacionais, estimuladas pelo
neoliberalismo; e b) o avanço nos últimos 20 anos das redes de fluxos imateriais que
permitiram a movimentação instantânea de dinheiro entre as bolsas de valores de
todo o mundo por intermédio das redes de computadores integradas em escala global.
3. As economias emergentes são as mais suscetíveis à fuga de capitais. Isso se explica
porque os papéis negociados nestas bolsas, aliados aos títulos emitidos por seus
governos, despertam interesse por ofertar altas taxas de rendimentos como um
atrativo aos investidores. Porém, quando apresentam fatores de risco econômico,
normalmente vinculados à fragilidade de suas contas públicas ou à vulnerabilidade
de suas economias, os grandes investidores debandam de forma uniforme, o que
abala o mercado e consequentemente afeta diretamente as reservas cambiais. Tal fato
se explica porque, ao chegarem, os investidores internacionais necessitam trocar suas
moedas estrangeiras (em geral, dólar) pela moeda local para aplicarem no país. Ao
fugirem, ocorre um descompasso das reservas cambiais, o que diminui ainda mais o
nível de estabilidade das frágeis economias emergentes.

Páginas 24 - 25
1.
a) Para atender o que é solicitado no enunciado, os alunos deverão ler, interpretar e
comparar os dois mapas fornecidos. A expectativa é que o exercício dessa habilidade

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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

seja realizado por meio dos conceitos desenvolvidos no Caderno do Aluno e, em


particular, nesta Situação de Aprendizagem. Desse modo, a primeira semelhança que
poderão apontar refere-se à repetição dos principais centros de interligação entre as
grandes rotas marítimas e aéreas, que, na maior parte, correspondem às áreas de maior
expressão econômica do mundo, entre as quais existem os maiores fluxos. Outra
semelhança diz respeito à concentração de fluxos na região do Atlântico Norte,
principalmente interligando os Estados Unidos à Europa Ocidental. No que tange às
diferenças, poderão considerar que as rotas marítimas são mais longas e lentas e
transportam principalmente mercadorias, enquanto as aéreas são mais rápidas e
abrangentes, porque, além do transporte de mercadorias, são voltadas, em larga escala,
para o transporte de passageiros. De maneira complementar, as grandes rotas aéreas
apresentam uma rede de fluxo mais densa e concentrada do que as rotas marítimas.
b) O enunciado permite que os alunos relacionem seus conhecimentos sobre os fluxos
materiais e imateriais da globalização, estabelecendo inter-relações entre os conteúdos
abordados nas Situações de Aprendizagem 1 e 2 deste Caderno. Nesse sentido, poderão
resgatar conhecimentos a respeito do predomínio de ocorrências de fluxos financeiros
entre os países e regiões da “tríade” do capitalismo mundial, que respondem também
pelo maior fluxo de passageiros aéreos, em virtude do custo desse transporte. Numa
visão de detalhe, poderão identificar que os principais polos econômicos de relações e
circulação de fluxos concentram-se na Califórnia e no Nordeste dos Estados Unidos, nos
principais centros financeiros da Europa Ocidental e no Japão, articulados com as
principais cidades do mundo em todos os continentes, o que expressa semelhança com a
rede de comunicação aérea. Não é desejável excluir a possibilidade de identificarem que
as economias emergentes também estão presentes na trajetória desses fluxos, como
também poderão ressaltar que a África, apesar da sua inclusão nas rotas aéreas, não
participa de maneira relevante nas financeiras.

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2. Alternativa b. A alternativa e não corresponde aos dados apresentados na Situação de


Aprendizagem, particularmente com os exemplificados e referentes à década de
1990; a alternativa d é equivocada, pois desconsidera, por exemplo, o fato de o
território brasileiro estar sob a área de cobertura de redes televisivas estrangeiras; a c
negligencia as eventuais reproduções de preconceitos e desconsidera a parcialidade
das notícias, como também os interesses políticos que concorrem na sua elaboração e
difusão (neste último caso, o mesmo se pode dizer para a alternativa a). Desse modo,
conforme o conteúdo estudado na Situação de Aprendizagem, a alternativa b é a que
melhor expressa os problemas hoje colocados pela abrangência global de grandes
redes televisivas mundiais.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

AS CIDADES GLOBAIS

Para começo de conversa


Página 26
Espera-se que os alunos destaquem São Paulo como a grande metrópole do Brasil e,
portanto, possuidora de todo um aparato tecnológico responsável por sua conexão com
os demais centros mundiais.

Leitura e Análise de Texto, Mapa e Quadro


Páginas 27 - 31
1. Espera-se que os alunos apontem os setores bancários e as bolsas de valores, as
empresas de publicidade/marketing, as firmas de consultoria e de seguros e os
centros de pesquisa.
2. a) e b)

Cidades Globais do Tipo Alpha


Cidade
País Continente
1998 2008
Nova Iorque Nova Iorque Estados Unidos América do Norte
Chicago Chicago Estados Unidos América do Norte
Los Angeles Los Angeles Estados Unidos América do Norte
Londres Londres Inglaterra Europa
Paris Paris França Europa
Milão Milão Itália Europa
Frankfurt Frankfurt Alemanha Europa
Tóquio Tóquio Japão Ásia
Hong Kong Hong Kong China Ásia
Cingapura Cingapura Cingapura Ásia
– Toronto Canadá América do Norte
– Cidade do México México América do Norte
– Madri Espanha Europa
– Moscou Rússia Europa

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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

– Bruxelas Bélgica Europa


– Varsóvia Polônia Europa
– Zurique Suíça Europa
– Amsterdã Holanda Europa
– Dublin Irlanda Europa
– Istambul Turquia Europa
– Roma Itália Europa
– Lisboa Portugal Europa
– Estocolmo Suécia Europa
– Praga República Tcheca Europa
– Viena Áustria Europa
– Budapeste Hungria Europa
– Atenas Grécia Europa
– Shangai China Ásia
– Pequim China Ásia
– Seul Coreia do Sul Ásia
– Mumbai Índia Ásia
– Kuala Lumpur Malásia Ásia
– Jacarta Indonésia Ásia
– Bangcoc Tailândia Ásia
– Taipé China Ásia
– Buenos Aires Argentina América do Sul
– São Paulo Brasil América do Sul
– Caracas Venezuela América do Sul
– Santiago Chile América do Sul
– Sydney Austrália Oceania
– Auckland Nova Zelândia Oceania

c) De acordo com a tabela anterior as cidades tipo Alpha predominam na Europa (19),
seguida da Ásia (11); América do Norte (5); América do Sul (4) e Oceania (2). Como é
possível perceber ainda, as principais atividades sobre as quais cada cidade global mostra
sua força: bancos e bolsas de valores, empresas de publicidade/marketing, firmas de
consultoria e de seguros e centros de pesquisa concentram-se em cidades dos países
ricos. Porém, deve-se registrar o grande crescimento de cidades do tipo Alpha no

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continente asiático, principalmente na China e na Índia, o que demonstra o


desenvolvimento dessas economias na escala mundial.
d) Não há nenhuma cidade africana considerada Alpha e, na América do Sul,
destacam-se apenas as cidades de Buenos Aires, São Paulo e Caracas. Esse fato
demonstra a menor inserção da África e de grande parte da América do Sul no
contexto da globalização.
3. Espera-se que os alunos reflitam acerca da forma como essa classificação foi elaborada
e possam concluir que é realizada a partir de dados disponibilizados por escritórios de
empresas transnacionais. Nesse sentido, essa classificação pode influir muito mais para
auxiliar na escolha de locais favoráveis a futuros empreendimentos e projetos de
expansão dessas mesmas empresas, e não propriamente em função de interesses
coletivos voltados para a melhoria das condições de vida das populações urbanas.

LIÇÃO DE CASA

Página 31
Alternativa b. Essa alternativa define e diferencia corretamente os dois conceitos em
questão, o que não ocorre nas demais.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

O TERROR E A GUERRA GLOBAL

Para começo de conversa


Páginas 32 - 33
As imagens A e B foram atentados comandados pela rede terrorista Al-Qaeda, do
saudita Osama bin Laden. A imagem C corresponde ao atentado liderado por jovens
islâmicos adeptos da Al-Qaeda e antiocidentais. A imagem D corresponde ao atentado
coordenado pelo movimento separatista checheno.

Desafio!
Página 34
A expectativa de aprendizagem é que os alunos articulem ideias e informações
coletadas nos textos consultados e trabalhados por eles diante da proposta da Situação
de Aprendizagem 4. O propósito é levá-los a exercitar a coesão textual e o
encadeamento de argumentos diante de um tema específico. Eles poderão defender
diferentes pontos de vista, desde que resgatem informações, fatos e conceitos obtidos
durante a leitura e a elaboração das sínteses dos textos. Trata-se, portanto, de conceder
total liberdade para a defesa de uma opinião sobre o assunto, avaliando-se, acima de
tudo, a pertinência e a adequação dos argumentos e a capacidade de mobilizarem o que
leram para o exercício da habilidade da escrita e da oralidade.

Páginas 34 - 35
1. Alternativa c. A questão alia precisão conceitual com relação à definição política de
terrorismo e eventos históricos distintos com os quais os alunos travaram
conhecimento anteriormente, durante a escolarização – em particular e no caso das
aulas de Geografia, na 8a série/9o ano do Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, a
afirmação III é equivocada, pois não leva em consideração a precisão conceitual
apresentada no texto oferecido para leitura e interpretação dos alunos, além de

18
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

associar eventos históricos distintos. No caso das afirmações I e II, os movimentos de


independência armados citados e que lutaram em prol da emancipação política
(descolonização) possuíam, entre outras finalidades, a intenção de romper os laços
políticos com as metrópoles e fundar um novo Estado. Por outro lado, como é
largamente difundido, os atentados terroristas recentes, entre os quais o episódio de
11 de setembro de 2001, não podem ser atribuídos especificamente a um Estado e, de
maneira geral, buscam chamar a atenção para determinada causa que pode ser de
cunho religioso ou político-ideológico.
2. Alternativa c. A eleição do democrata Barack Obama para a Presidência dos EUA
em 2008 mudou os fundamentos da política externa norte-americana, que busca
aproximar-se do mundo islâmico rompendo com a política unilateral e militar de seu
antecessor.

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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

A GLOBALIZAÇÃO DO CRIME

Para começo de conversa


Páginas 36 - 38
1. De acordo com a Convenção de Palermo e outros acordos internacionais, os
departamentos de polícia devem agir em consonância, de modo a coibir a extensão dessas
redes. Dessa forma, firmaram acordos para extraditar traficantes e agentes do crime
internacional; desenvolver ações conjuntas para prevenir, suprimir e punir o tráfico de
pessoas, especialmente mulheres e crianças; coibir de modo eficaz o contrabando de
imigrantes por terra, ar e mar; agir em conjunto com vistas a controlar e impedir a
fabricação ilegal e o tráfico de armas de fogo, incluindo peças, acessórios e munições.
2. Ao abordar este tema, é preciso que você analise com os alunos como as redes ilegais se
interligam e de que forma atuam na desestruturação da sociedade. Vale lembrar que essa
é uma discussão necessária e pertinente tanto com relação ao funcionamento dos fluxos
da ilegalidade que atuam nas diferentes escalas geográficas quanto ao se considerar
como o narcotráfico afeta a vida em sociedade disseminando outras formas de violência.
Dada a relevância do assunto, também é importante destacar os efeitos perversos ligados
ao narcotráfico, como, entre outros, o fato de que os usuários de drogas acabam tendo
menos tempo de vida por terem a saúde debilitada em consequência do consumo e a
relação entre as atividades do narcotráfico e os altos índices de violência e de
criminalidade. Valeria ponderar com os alunos que quem acaba pagando o preço mais
alto pelo envolvimento com os fluxos de droga são os pequenos “passadores”, que têm
uma média de vida baixíssima, já que estão na ponta mais perigosa do circuito.

Página 39
O objetivo desta atividade é levar os alunos a articularem ideias e informações coletadas
nos textos consultados e trabalhados por eles diante da proposta da Situação de
Aprendizagem 5. Sugerimos ao professor atenção especial com relação aos procedimentos

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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

de coesão textual e encadeamento de argumentos diante do tema a ser pesquisado. O


convívio com diferentes pontos de vista, e o resgate de informações, fatos e conceitos
obtidos durante a leitura e a elaboração das sínteses dos textos, é tarefa fundamental para a
fixação e ampliação da capacidade argumentativa. Trata-se, portanto, de conceder total
liberdade para a defesa de uma opinião sobre o assunto, avaliando-se, acima de tudo, a
pertinência e a adequação dos argumentos e a capacidade de mobilizarem o que leram para
o exercício da habilidade da escrita e da oralidade.

Páginas 40 - 42
1.
a) Cocaína: América do Sul; ópio e heroína: Ásia; maconha: África, América
Central, México e Oriente Médio.
b) Europa, África do Sul, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, Peru e Canadá.
c) Estados Unidos, Canadá, Europa, Japão, Austrália e Nova Zelândia.
2. Espera-se que os alunos identifiquem a pobreza generalizada desses países, resultado
da posição que eles ocupam na divisão internacional do trabalho, e percebam o papel
que tal situação exerce, pois ela acaba forçando parte da população ao cultivo e ao
beneficiamento das matérias-primas que darão origem às drogas (papoula, coca,
maconha etc.), já que os empregos lícitos são escassos e de baixo rendimento. Às
vezes, as ocupações ligadas às drogas apresentam-se como única opção de renda para
muitas pessoas em países desse grupo.
Além disso, nos países mais pobres, de escassos recursos financeiros, os grandes
controladores do tráfico encontram terreno fértil para influenciar os órgãos de
repressão dessas atividades (a polícia, o exército, entre outras autoridades do Estado)
a fazer “vistas grossas” para essas práticas ilegais.
3. De acordo com os dados apresentados no mapa, o fabrico de drogas de origem
química encontra-se mais disseminado pelo mundo, em virtude de elas serem
produzidas em laboratórios, o que facilita a sua instalação e a proteção contra
aparatos repressivos.

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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

Páginas 43 - 45
1. “Lavagem de dinheiro” é um processo pelo qual o dinheiro obtido por meios ilegais,
como o proveniente do narcotráfico, passa a ser legal. Para legalizar o dinheiro, os
traficantes contratam intermediários, que, por sua vez, subcontratam outras pessoas
para que realizem depósitos em suas contas de pequenas quantidades do “dinheiro
sujo”, proveniente do narcotráfico (até 10 000 dólares). Após investirem esses
recursos em outras aplicações (em ações, letras de câmbio), as pessoas
subcontratadas devolvem as tais aplicações para os intermediários, que, por sua vez,
depositarão os montantes numa conta de banco nacional ou num paraíso fiscal, lugar
onde os controles sobre os depósitos não são rigorosos.
Já o termo “paraíso fiscal” designa os lugares (muitas vezes são pequenas ilhas) em
que enormes quantias de capital financeiro são depositadas. As altas taxas de juros
pagas e a falta de controle sobre pessoas e empresas que depositam essas grandes
quantias, permitindo que recursos obtidos em atividades criminosas sejam depositados,
são algumas das vantagens oferecidas. As Ilhas Cayman, pertencentes ao Reino Unido,
e outras, situadas no Mar do Caribe, são exemplos de paraísos fiscais.
2.
a) Na América Central, distribuindo-se principalmente em sua porção insular, ou
seja, nas Antilhas.
b)

Organização criminosa Extensão da área de atuação

Cosa Nostra EUA, Canadá e México

Cartéis bolivianos do narcotráfico Colômbia e outros países da América do Sul

Máfia siciliana, Camorra, ’Ndrangheta, Itália


Nuova Sacra Corona Unita

Máfia russa Rússia e porção leste da Europa

Yakuzas Junto com a máfia de Hong Kong, atua no


Sudeste Asiático e no Japão

Máfias de Hong Kong Juntamente com a Yakuza, atua no Sudeste


Asiático e no Japão

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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 3a série – Volume 4

Páginas 46 - 47
1. Alternativa e. Com base nos conteúdos estudados na Situação de Aprendizagem 5 e
na proposta de trabalho sobre o texto de Paula Laboissière, intitulado “Diretor da PF
avalia que globalização intensifica tráfico internacional de drogas”, espera-se que os
alunos identifiquem a alternativa “e” como a incorreta, enquanto as demais são
pertinentes ao tema do enunciado da questão.
2. Alternativa d. As alternativas a, b e c não correspondem ao conteúdo do texto
fornecido para leitura e interpretação, e a alternativa e contraria a tendência atual
explicada na Situação de Aprendizagem 5. A alternativa d, por sua vez, aponta uma
das consequências da “lavagem de dinheiro”.

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