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Carlos Henrique Nowatzki

LÉXICO DE
ESTRUTURAS
SEDIMENTARES
E TERMOS ASSOCIADOS

Com ilustrações

2019
INTRODUÇÃO

O presente léxico é a mais recente publicação de uma série dedicada ao estudo das
estruturas sedimentares, cujo início ocorreu a partir de um projeto elaborado e desenvolvido por
pesquisadores do Departamento de Geologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos
(UNISINOS) entre os anos de 1981 e 1984. O objetivo principal das primeiras publicações foi o
de não só relatar tais feições, suas origens e morfologias, mas também o de ilustrar, sempre que
possível, as estruturas sedimentares ocorrentes em rochas e depósitos cenozoicos do Estado
do Rio Grande do Sul (RS). Em 1982 publicou-se o Atlas de Estruturas Sedimentares Pré-
Gondwânicas e Gondwânicas do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Parte I - Estruturas
Primárias, em 1983 o Atlas de Estruturas Sedimentares Pré-Gondwânicas e Gondwânicas do
Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Parte II – Estruturas Químicas e Orgânicas e, finalmente,
em 1984, o Glossário de Estruturas Sedimentares. Com ilustrações de estruturas em rochas Pré-
Cambrianas, Fanerozóicas e de depósitos recentes do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Durante a vigência daquele projeto o grupo de pesquisadores era composto pelos
professores Carlos Henrique Nowatzki (coordenador), Milton Antônio Araújo dos Santos e Tânia
Lindner Dutra, e pelos alunos-monitores Henrique Záquia Leão, Bárbara Reich dos Santos, Maria
Elisabeth de Souza, Vera Lúcia de Lima Schuster e Mônica Lacroix Wacker. O projeto recebeu
auxílio logístico da UNISINOS e financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq) que também destinou bolsas a alguns dos membros da equipe.
Decorridos 35 anos da publicação do glossário o autor disponibiliza a comunidade
científica interessada o Léxico de Estruturas Sedimentares e Termos Associados, uma versão
atualizada e ampliada do estudo editado em 1984. Aos verbetes do glossário foram acrescidos,
no léxico, outros que abrangem temas diversos, contudo, relacionados àquelas feições, tais
como, os ambientes deposicionais, a classificação das rochas quanto a origem, as diversas
modalidades de correntes que transportam os sedimentos, as espécies de transporte, etc. O
resultado se reflete no aumento de 930 verbetes, 157 fotografias e 2 quadros no glossário para
1 393 apontamentos, 224 ilustrações e 10 quadros no léxico. A par disto, este compêndio possui
215 páginas, abstraindo a da capa, a da introdução, a das dedicatórias e a do currículo.
Desde o início de sua elaboração havia o propósito de divulgar este estudo por meio
eletrônico, desejo ora concretizado. Este compêndio é composto, além dos verbetes, da
bibliografia, da listagem dos vocábulos em língua estrangeira, do resumido currículo do autor e
da Escala do Tempo Geológico, criada pela International Commission on Stratigraphy (ICS) da
International Union of Geological Sciences (IUGS), versão 2018.
Durante o manuseio do léxico, o leitor observará que os verbetes são grifados em negrito,
sucedem-se em ordem alfabética morfológica e estão singularizados. A cada apontamento, na
maioria das vezes, há a sua versão em língua estrangeira entre parênteses e em itálico. Na
explicação referente ao verbete podem ocorrer tanto palavras sublinhadas quanto o indicativo
“veja também”, cuja função é remeter o leitor para outro verbete que auxilie e complemente o
esclarecimento procurado. Caso haja alguma ilustração referente ao verbete esta palavra será
usada, na cor vermelha, na anotação pesquisada. Além de números seguidos por Ba, Ma, aC
que significam, respectivamente, bilhões de anos, milhões de anos, antes de Cristo, no manual
consta ainda a sigla CPRM referente ao Serviço Geológico do Brasil. Na lista de termos em
língua estrangeira que também está em ordem alfabética morfológica, há a sua versão adaptada
para o português, o que facilita sua busca no léxico.

Barra Velha, agosto de 2019.

Carlos Henrique Nowatzki


In memoria

Maria Elisabeth de Souza, pela amizade e pela dedicação à pesquisa destas singulares feições.
João José Bigarella, pelo incentivo aos nossos estudos sobre estruturas sedimentares.
Acaustobiólito (acaustobiolite). Rocha

A Sedimentar Organógena não combustível, tal


como calcário.

Adobe. Depósito de lamas ocorrentes em


áreas desérticas usadas na confecção de tijolos
Abioglifo (abioglyph). Marca ou hieroglifo secados ao sol.
originado por organismos. Aglomerado (agglomerate). Rocha
vulcanoclástica composta por lapilli (piroclastos
Abissal (abyssal sediments, abyssal com dimensões entre 4 mm e 32 mm) e por
sedimentary rocks). São os depósitos marinhos bombas, lavas arremessadas pelas explosões
sedimentados abaixo dos 1 000 metros. Após a (dos gases) consolidadas durante o trajeto
litificação dão origem as Rochas Sedimentares aéreo.
Abissais.
Agnostozoica (agnostozoic). Antiga
Ablação (ablation). Degelo de geleiras por denominação do tempo geológico precedente
insolação, ar quente ou chuva. ao Cambriano.
Veja também Escala do Tempo
Abrasão (abrasion). Erosão mecânica rea- Geológico.
lizada pelos sedimentos transportados por
ondas, correntes marinhas, rios, geleiras e Aklé. Veja em duna transversa.
ventos.
Aleitamento gradacional. Veja camada
Acamamento. Veja estratificação. gradacional.
Acamadamento. Veja estratificação. Alga (seaweed). Organismo fotossintético uni
ou multicelular que vive em meio subaquoso
Acamamento contorcido (contorted bedding, salgado, salobro ou doce, bem como em
contorted laminations, contorted stratification, ambientes subaéreos úmidos.
décollement structure, distorted laminations). Podem dispor-se na forma de tapetes
São estruturas de deformação pe- ou mantos. Ilustração.
necontemporâneas que mostram dobramentos
do tipo descolamento, falhas de pequena
escala (veja falhas penecontemporâneas e
dobras penecontemporâneas).
Tais feições podem ser produzidas por
atividade glacial, por deslocamento do gelo
sobre os sedimentos, por fusão do gelo
envolvido por clastos ou, ainda, por fusão de
camadas de gelo que substratavam os
depósitos.
São chamados de acamamento
contorcido irregular (irregulary contorted beds)
quando mostram os estratos amarrotados e
torcidos sem nenhum padrão regular. Manto de alga. Algas dispostas na forma de tapete ou
Veja também estrutura convoluta. manto em ambiente litorâneo marinho. As bolhas formam-
se por decomposição de matéria orgânica. Quaternário, Rio
Acamamento contorcido irregular (irregulary Grande do Sul (RS), Brasil (BR). Referência: 2,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
contorted beds). Veja em acamamento
contorcido.
Alga pisolítica (pisolitic seaweed). Veja em
Acamamento destruído. Veja estrutura de oncólito.
bioturbação deformativa.
1
Algonquiano (algonkian). Antiga denominação maior expressão na construção de depósitos
da idade ou das rochas do Pré-Cambriano, sedimentares, (d) os lagos são os depositários
mais jovens que as do Arqueano. de sedimentos até ali transportado pelos rios,
Veja também Escala do Tempo geleiras e vento.
Geológico. As deposições em regiões de
ambientes transicionais apresentarão
Alítico (allitic). Nos climas tropicais e sedimentações com as características mistas
subtropicais é o intemperismo mais comum. entre os depósitos de ambientes continentais e
Leva a decomposição dos silicatos com marinhos.
formação de hidratos de alumínio, perda de Qualquer um deles, deltáico, lagunar e
sílica e surgimento de laterita e bauxita. litorâneo pode sofrer as ações de marés, caso
elas sejam significativas ou de ondas, se estas
Alóctone (allochtonous). Depósito ou solo forem dominantes.
formado de materiais provindos de outras áreas Veja também marés.
que não aquela onde se encontra. Por último, os ambientes deposicio-
Aloestratigrafia (allostratigraphy). Veja em nais nerítico, batial, abissal e hadal
unidade aloestratigráfica. correspondem a sedimentação que ocorrem
em profundidade no oceano.
Aloformação (alloformation). Veja em unidade A zona nerítica corresponde a região
aloestratigráfica. com profundidade de até 200 metros, a zona
batial àquela região com lâmina de água entre
Alomembro (allomember). Veja em unidade 200 metros e 2 000 metros, a zona abissal está
aloestratigráfica. sob uma cobertura de água entre 2 000 metros
e 6 000 metros e a zona hadal com
Alotígeno (allogenic, allothigenic). Elemento profundidade maior que 6 000 metros.
constituinte de uma rocha que foi formado em
lugar diverso de onde a rocha está. Ambiente deltaico (deltaic environment). Este
ambiente deposicional se desenvolve na foz de
Alteração (allteration). Efeito da ação in- um rio que desemboque em um lago (delta
tempérica sobre uma rocha. lacustre) ou em uma região marinha marginal
(delta marinho), seja ela o próprio oceano, mar
Aluvião (alluvium). Depósitos fluviais, lacustres ou laguna. Ainda ocorrem os deltas formados
e em leques continentais recentes compostos por detritos oriundos de regiões elevadas que
por seixos, areias e lamas. foram depositados em um corpo d’água,
lacustre ou marinho, situado na área rebaixada.
Ambiente deposicional (deposicional Tais deltas, os leques deltaicos (fan delta),
environment). No caso sedimentar constituem apresentam (a) uma porção pro-ximal,
áreas da superfície terrestre com condições subaérea, característicamente um leque
biológicas, físicas e químicas distintas das continental (ou aluvial), (b) uma porção
áreas adjacentes. intermediária, subaquosa, o delta frontal e (c)
Dividem-se em continentais, uma região distal, igualmente subaquosa, o
transicionais e marinhos. Os primeiros podem pró-delta. Ilustração.
se subdividir em desérticos, glaciais, fluviais e
lacustres. Os transicionais em deltaicos,
lagunares e litorâneos. Os últimos em nerítico,
batial e abissal.

Os agentes responsáveis pelas
sedimentações nos ambientes deposicionais
1
continentais são: (a) nos desertos quentes a 2
ação dominante é a dos ventos, (b) nos 3
4
desertos frios, além do vento, atuam também as Seção longitudinal de fan delta. 1. Leque aluvial. 2. Frente
geleiras, as grandes responsáveis pela deltaica. 3. Pró-delta. 4. Substrato. NÁ. Nível superior da
lâmina de água. A seta amaréla indica o sentido da
deposição de sedimentos, (c) nas regiões progradação. Fonte: Massari e Colella 1988.
úmidas e semi-úmidas, as águas correntes têm
dos deltas construtivos.
O ambiente deltaico é, portanto, um
ambiente de deposição transicional, pois, os
depósitos recebem a influência do continente,
4
graças ao aporte de detritos terrestres trazidos 3
5
pelo curso d’água ou pela gravidade no caso de
muitos leques deltaicos, mas também estão 7 2
sujeitos ao retrabalhamento e redistribuição
realizados pelas ondas, correntes litorâneas, 1

marés, tempestades, etc. Além disto, é comum 6

que nestes sedimentos haja registro da Seção longitudinal de delta marinho construtivo. 1. Pró-
atividade orgânica de animais e vegetais da delta. 2. Frente deltaica. 3. Planície deltaica. 4. Nível do mar.
bacia receptora. 5. Nível de base das ondas. 6. Substrato. 7. Linha de tempo.
A espessura dos sedimentos que A seta amarela indica o sentido da progradação. Modificado
de Mendes 1984.
compõe o delta depende da taxa de
subsidência da bacia receptora, pois, o volume
de detritos acumulados está subordinado não
só a quantidade de material transportado pelo 4
NM
rio, mas também da movimentação negativa do 3
sítio deposicional. 2
No sistema deltaico há, idealmente,
uma área de deposição subaérea e outras duas
subaquosas. Esta segmentação foi identificada 1
em delta lacustre (ilustração), onde a atividade
de ondas é desprezível e a de marés é 5
praticamente inexistente, o que é determinante
para a formação de um delta construtivo, ou
Seção longitudinal de delta marinho destrutivo dominado por
seja, aquele em que a ação fluvial domina sobre maré. Delta do Rio Rhone. NM. Nível do mar. 1. Pró-delta e
a das ondas ou marés. lamas da plataforma (veja em ambiente marinho) 2. Areias
de barreiras costeiras. 3. Planície deltaica e bacias costeiras
areno-lamosa. 4. Canais distributários preenchidos. 5.
Substrato. A seta amarela indica o sentido da progradação.
5 Fonte: Oomkens 1970, modificado por Galloway e Hobday
3 1983.

6 2 A sequência de fundo (pró-delta) é


composta por argilas e argilas-sílticas com uma
quantidade maior de bioturbações (veja em
1 estrutura de bioturbação) do que aquela
4 existente nos depósitos da frente deltaica, o que
pode ser constatado pela presença significativa
Seção longitudinal de delta lacustre. Esboço de acordo com
Gilbert 1890. 1. Sequência de fundo (bottomset). 2. de estruturas mosqueadas.
Sequência frontal (foreset). 3. Sequência de topo (topset). 4. As camadas do pró-delta interdigitam-
Substrato. 5. Nivel do lago. 6. Linhas de tempo. A seta se as da sequência frontal (frente deltaica) no
amaréla indica o sentido da progradação. Modificado de sentido do continente.
Mendes 1984.
A sequência frontal apresenta clastos
com granulometria variada, desde areia grossa
Os deltas marinhos podem ser
a argila, que decrescem em dimensão no
igualmente construtivos (ilustração), mas
sentido da progradação. A matriz (veja em
também podem ser do tipo destrutivos, caso a
Rocha Sedimentar Clástica) dos sedimentos
atividade marinha das ondas ou marés supere
normalmente apresenta grande quantidade de
a reposição dos sedimentos transportados pelo
restos de vegetais.
rio. Nestes deltas destrutivos as sequências
A sequência de topo (planície deltaica)
deposicionais são interdigitadas (ilustração) e
é composta por areias que variam de grossas a
não são nitidamente separadas como no caso
finas, sedimentadas em pequenos canais
fluviais, chamados distributários, na forma de das sigmóides sem que ocorra erosão das
barras em pontal, de canal e de de- porções superiores destas formas de leito.
sembocadura. Ilustração. Vistos em planta tais corpos são
semicirculares, mas quando observados em
seção longitudinal assemelha-se a letra S
aberta e inclinada. Ilustração.

Seção longitudinal de delta lacustre evidenciando


CD sigmóides areno-sílticas intercaladas a pelitos. Formação
Caturrita, Triássico, RS, BR. Sentido da progradação: da
direita para a esquerda. Créditos: Renato Bidóia.
BA
O perfil vertical do depósito inicia, na
LAGUNA DOS PATOS base, com argila que transiciona para marcas
de ondulações cavalgantes (climbing ripples) e,
acima, para lâminas sigmoidais, cuja definição
Delta lagunar. Imagem de satélite do delta do Rio Camaquã, é a mesma das estratificações cruzadas
RS, BR. CD. Canais distributários. BA. Barras arenosas. sigmoidais, porém com pequena espessura.
PD. Planície deltaica. Imagem do satélite Landsat. Fonte: Estas sedimentações, as sigmóides,
acervo do Laboratório de Sensoriamento Remoto e
Cartografia–LASERCA da UNISINOS. originam-se quando de eventos episódicos de
fluxos homopicnais (veja também fluxo
Estratificação cruzada, laminação hipopicnal e fluxo hiperpicnal), constituindo-se
paralela horizontal e cruzada, bem como canais em mega-marcas de ondulações cavalgantes
de corte e preenchimento são as estruturas (veja marca de ondulação e também marca de
sedimentares dominantes nos sedimentos dos ondulação cavalgante).
canais. Por si só, sigmoides não identificam
Os canais limitam corpos d’água, as uma sequência deltaica porque também são
baias interdistributárias, áreas lamíticas encontradas em tempestitos, turbiditos e em
pantanosas (marsh) onde há abundância de ve- ambiente de planície de maré.
getais e o teor de matéria orgânica é elevado.
Em alguns depósitos deltaicos, Ambiente de planície de inundação (flood
particularmente nos lacustres, formam-se plain environment). É o ambiente
corpos lenticulares com uma espécie particular deposicional onde as águas correntes atuam
de estratificação cruzada: a estratificação promovendo a erosão, o transporte e a
cruzada sigmoidal (sigmoidal cross- sedimentação de clastos e de materiais
stratification). Ela pode ser descrita como uma solubilizados. Situada entre as cabeceiras e a
sucessão de sigmoides, depósitos que foz, aqui tratadas de maneira separadas, mas
tangenciam tanto na base quanto no topo tendo na natureza são integradas (sistema fluvial,
a sua maior largura na parte médiana. Os ilustração). A planície de inundação é o palco
corpos possuem espessura variável (50 cm a 1 da deposição de detritos com os mais variados
metro), são depositados à frente um do outro tamanhos onde, normalmente, os fragmentos
em contato direto, sem erosão. mais grossos situam-se próximos da cabeceira,
Esta estrutura sedimentar tem, os médios na porção intermediária e os finos
portanto, a geometria de uma sigmoide, em sua foz. Há, também, gradação na
depósito que se origina pela combinação de granulometria em um perfil vertical, localizando-
processos trativos e suspensivos, fator se os clastos grossos na base e os finos no
decisivo para a sedimentação como lobos, topo.
ditos lobos de suspensão, na foz do rio. Este
processo é determinante para a preservação
CABECEIRAS PORÇÃO INTERMEDIÁRIA FOZ
A B

Ambiente em leque Ambiente de planície de inundação Ambiente deltaico


Partículas: + 2,0mm Partículas: 2,0mm a 0,062mm Partículas: 0,062mm

1
2
3 4
C 5 D
B

Sistema fluvial. A. Seção longitudinal. B. Vista em planta.


1. Substrato. 2. Depósitos gravitacionais. 3. Depósitos
Formas de canais fluviais. Esboços de vista em planta.
tracionais e suspensivos. 4. Depósitos suspensivos e
A. Rio com canal meandrante. B. Rio com canal reto. C.
tracionais. 5. Lago, mar, oceano ou laguna. A seta indica o
Rio com canal entrelaçado e D. Rio com canal
sentido do fluxo. Fonte: Suguio 2003, modificado.
anastomosado. Fonte: Allen 1970, modificado.

A distribuição do tamanho dos detritos


não é fixa, dependendo de uma série de A sedimentação neste ambiente
variáveis, entre elas, velocidade do fluxo, forma ocorre em duas situações: como depósitos de
e profundidade do canal, regime regional de canal ou como depósitos de transbordamento.
chuvas, etc. Ilustração.
A descarga de um fluxo fluvial pode ser
DZV
assim expresso: Q = AV, onde a vazão (Q) DDM
m
depende da área da seção do canal (A) e da
velocidade do fluxo (V). Desta forma, a relação DMA
da seção do canal com a velocidade do fluxo, DRDM
determinará a competência do rio, ou seja, o
DBP
tamanho máximo de material que poderá ser
Rio meandrante. Representação de alguns de seus
movido, bem como sua capacidade, isto é, o depósitos. DDM. Depósito de dique natural ou marginal.
volume de carga transportada. DZV. Depósito de zona de várzea. DBP. Depósito de
Um fator importante para o barra em pontal. DRDM. Depósito de rompimento de
desenvolvimento da forma de canal é o diques marginais (ou crevasse splay) e DMA. Depósito de
meandro abandonado. Fonte: modificado de Allen, 1970.
mergulho regional que, somado aos fatores
acima mencionados influencia não só na forma,
Os depósitos de canal constituem-se
mas também na transição de um para outro
principalmente por areia e, secundariamente,
modelo.
por lamas. Na parte mais profunda do canal
A divisão clássica das formas de
sedimentam-se os clastos mais grossos
canais fluviais é: retos, anastomosados,
(depósitos residuais de canal, channel lag
entrelaçados e meandrantes (ilustração).
deposits) os quais são, posteriormente,
Contudo, pesquisas mais recentes sugerem
soterrados pelos depósitos de barras de
que a partir de análises do trajeto total
canal, e, finalmente, ambos são sobrepostos
percorrido por um rio, as formas de canais
pelos depósitos de barra em pontal.
existentes são entrelaçados e meandrantes,
Os depósitos de transbordamento
sendo as demais (retos e anastomosados)
compõem-se (a) de clastos finos a muito finos
apenas segmentos daqueles. Estes segmentos
(areias finas e lamas) acumuladas em baixios
teriam sido originados por modificações locais
sobre as barras em pontal, (b) depósitos de
na topografia o que, no que lhe concerne,
diques marginais (ou naturais), (c) depósitos
influencia na velocidade do fluxo, na sua
de rompimento de diques marginais, (d)
capacidade e na sua competência.
depósitos que preenchem os meandros
Ultrapassado este trecho com o retorno das
abandonados e (e) depósitos da bacia de
condições anteriores o canal volta a assumir
inundação (também chamados de depósitos
sua forma primitiva (entrelaçado ou
de zona de várzea). Ilustração.
meandrante).
A
Tal ambiente se desenvolve em áreas
baixas e planas ao longo da costa, bem como
em estuários e baías.
A região sob a influência de marés é
D
dividida em 3 zonas: (a) inframaré, situada
abaixo do nível médio das marés baixas, (b)
intermaré, localizada entre o nível médio das
marés baixas e o nível médio das marés altas,
C e, (c) supramaré, posicionado acima do nível
médio das marés altas.

Perfil vertical de rio meandrante. Seção colunar de


ciclos de depósitos de canal e de depósitos de
transbordamento. A. Depósito residual de canal. B.
Depósito de barra em pontal. C. Depósito de Ambiente de planície de maré. Representação
transbordamento com ondulações famintas, porção distal idealizada do ambiente com as zonas, canais de maré e
de depósito de rompimento de dique marginal. D. lagoas que o constituem. Fonte: Boggs 1987, modificado.
Depósito de zona de várzea com raízes, gretas de
contração e bioturbações. A escala é em metros. Fonte: É ambiente propício à vida, portanto,
modificado de Allen 1970, segundo Cant 1982.
rico em bioturbações. Também aí há
deposições de areias e siltes ondulados
Ambiente de planície de maré (tidal flat
(marcas de ondulações) com dimensões
environment). Ilustração. Corresponde a região
variadas, entre elas as ondas de areia.
costeira marinha onde predomina a ação das
Estratificação cruzada espinha de
marés. É normalmente lamosa e pelo menos
peixe, estratificação flaser, estratificação
parte dela permanece coberta por água durante
lenticular de pequeno porte e drapeamento de
a maré cheia, mas fica exposta quando a maré
lama, são feições comuns.
baixa.
Veja também maré.
A maré enchente (subida do nível das
águas oceânicas) e a maré vazante (descida do
Ambiente em leque (fan environment). Este
nível das águas oceânicas) são respostas a
ambiente é composto por deposições de
combinação da rotação terrestre e das
clastos com má classificação que variam de
influências gravitacionais do Sol e da Lua. Este
muito grossos a muito finos. As sedimentações,
fenômeno pode ocorrer, dependendo da região,
com formato cônico, ocorrem em áreas
uma ou duas vezes por dia.
situadas no sopé de montanhas, na base de
Quando a Terra, a Lua e Sol estão
escarpas de falhas, na desembocadura de
alinhados a intensidade do evento aumenta
vales e de canhões (canyons) submersos.
originando o que é conhecido por maré de
Há gradação horizontal na
sizígia.
granulometria, pois, os clastos maiores situam-
Em decorrência do transporte de
se nas proximidades da área-fonte, aqueles
sedimentos que ora se deslocam na direção do
com dimensões médias na porção
continente (maré enchente), ora se dirigem
intermediária e os mais finos na região distal.
para o oceano (maré vazante), as formas de
Podem ser classificados em leques
leito e, consequentemente, as estruturas se-
continentais (continental fans) e leques
dimentares refletem esta movimentação
submersos (submarine fans). Embora ocorram
bidirecional do fluido.
leques lacustres, aqui se faz a descrição A seta indica a progradação. Dietz 1963, Brown e Fischer
1977, modificado por Popp 1987.
daqueles formados nos oceanos e nos mares,
porque os três são semelhantes quanto a
origem, a modalidade de transporte e as feições Os depósitos submersos gerados por
que seus depósitos apresentam. correntes de turbidez, fluxos túrbidos e mais
Os leques continentais ou aluviais densos que o meio aquoso envolvente, são
(ilustração) formam-se sob climas diferentes: conhecidos como turbiditos (ilustração).
áridos ou semi-áridos (veja clima), quentes ou O acúmulo de muitos eventos
frios, e em regiões tropicais e úmidas. A melhor deposicionais sucessivos sobrepostos faz com
preservação está associada aos depósitos de que a possança do conjunto atinja centenas ou,
regiões desérticas quentes. em alguns casos, milhares de metros de
espessura.
A Bouma em 1962 observou que há
repetição de certas camadas, numa ordem
específica, sempre que os sedimentos se
depositam após um evento de transporte. De
suas análises, ficou evidente que cada ciclo
deposicional (transporte e deposição),
apresentaria, se completo, 5 camadas com
C
B LP
estruturas diferentes, ainda que algumas
LM
LD apresentassem a mesma granulometria,
indicando diminuição na velocidade da
corrente, portanto, na capacidade (veja em
Leque continental. A. Vista em planta dos depósitos e
dos canais dos fluxos de água que se deslocam sobre
ambiente de planície de inundação) e na
eles nos períodos de chuva. Estão aí representados o competência (veja em ambiente de planície de
corte transversal (A-A’) e o longitudinal (B-B’) observados inundação) da corrente. O leito de lamas rico
em detalhe nos desenhos B e C, respectivamente. LP. em bioturbações na porção superior significaria
Leque proximal. LM. Leque médio. LD. Leque distal. B.
Vista frontal (corte transversal) evidenciando a
o evento de término do transporte e deposição
acumulação sucessiva dos depósitos e seu (veja em sedimentação).
retrabalhamento realizado pelos fluxos de água (canais).
C. Vista lateral (corte longitudinal) e a distribuição
aproximada de LP, LM e LD. Fonte: Suguio, 2003, com
modificações.
Os leques submersos são
representados por depósitos cujas condições
originantes (área elevada) e local de
sedimentação (sopé das áreas elevadas) são
semelhantes aos dos leques continentais. As
exceções ficam por conta do ambiente
submerso e do agente transportante, as
correntes de turbidez (ilustração).

Turbidito. Seção colunar de ciclo ideal completo de um


depósito de corrente de turbidez (A a E). Fonte: Bouma,
1962, modificado por Popp 1987.
Correntes de turbidez ocorrem
também associada a deltas, a
lagos e a lagunas. A movimentação dos sedimentos
declive abaixo se deve a terremotos,
instabilidade dos clastos nas encostas, rápida e
Corrente de turbidez. Seção longitudinal da plataforma, do
vigorosa entrada de detritos transportados por
talude, ponto de origem da maioria das correntes de
turbidez, e o seu deslocamento para áreas mais profundas, rios para o interior da bacia receptora e
local de sedimentação dos materiais transportados. Fonte: correntes subaquáticas ocorrentes no corpo de
água. sobre rochas no próprio ambiente eólico, mas
O turbidito é composto por partículas também, a trituração de clastos por geleiras e,
(veja em Rocha Sedimentar Clástica) e matriz ainda, a detritos piroclásticos muito finos
(veja em Rocha Sedimentar Clástica) (cinzas) expelidos em erupções vulcânicas.
provenientes de rochas diversas, em Também há neste ambiente acúmulo
conformidade com a área-fonte. Ocorrem ainda de água em áreas de baixadas. Isto pode
aqueles compostos quase ou totalmente por ocorrer por erosão eólica do subtrato, o que
clastos de calcários. Tais turbiditos calcários expõe o nível mais superficial do lençol freático.
são chamados flysch. Ilustração. Estes corpos de água, chamados oásis, podem
durar algum tempo (alguns meses ou anos) ou
ter longa duração, pois, vários deles já
persistem há séculos.
Duna eólica

Interduna

Oásis

Água subterrânea

Esboço de região desértica com duna, interduna e oásis.


As flechas onduladas indicam o sentido de deslocamento
do vento, os processos destrutivos deste agente (deflação
eólica) que expõe o lençol freático (oásis) e construtivo
(duna). O espaço aplainado à frente da duna corresponde
Flysch. Sequência de leitos turbidíticos calcários. Eoceno, ao interduna. Fonte: Leet e Judson, 1980, modificado.
Venezuela. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
É possível também que a água seja
Ambiente eólico (eolian environment). acumulada a partir de chuvas intensas em
Ilustração. É o ambiente deposicional em que certos períodos do ano, ocasião em que rios
os depósitos eólicos são os mais significativos, efêmeros (wadi) se formam e suprem o lago ou,
ou seja, o vento é o principal responsável pela ainda, a fonte do líquido pode ser a fusão do
erosão, transporte e sedimentação dos detritos. gelo existente nas regiões montanhosas mais
As regiões desérticas, especialmente próximas.
as áridas e semi-áridas, as áreas litorâneas Tanto os lagos (playa lake) quando os
marinhas e lacustres, bem como as planícies de cursos d’água (wadi) secam em poucas horas
inundação arenosas, são as que apresentam os ou dias com o término do período chuvoso, o
maiores registros da atividade eólica. Nestes que não acontece com frequência com os lagos
locais, as areias secas são transportadas pelo supridos por degelo.
vento para ser depositadas, posteriormente, Neste ambiente, as dunas são os
como acumulações com formas diversas, entre depósitos mais significativos quer seja por sua
elas, as mega marcas de ondulações. dimensão, quer pela extensão em área que o
O vento é um bom selecionador da seu conjunto ocupe (campo de dunas). Podem
granulometria, portanto, as areias por ele ser classificadas em (a) dunas litorâneas, se
depositadas apresentam pouca variação no associadas ao litoral de oceanos ou lagos, (b)
tamanho dos grãos. Enquanto os fragmentos dunas de deserto, se ocorrentes em desertos e
mais grossos são deixados para trás, as areias (c) dunas de rios, se formadas em planícies de
seguem até o local de depósito por saltação inundação de rios em regiões de climas semi-
(veja em transporte) e os detritos mais finos, áridos (veja clima). Contudo, a classificação
especialmente as argilas, são conduzidas clássica destes corpos arenosos tem por base
adiante por suspensão (veja em transporte). sua forma: dunas e cadeias de dunas
As partículas (veja em Rocha transversais, dunas e cadeias de dunas
Sedimentar Clástica) mais finas, as argilas, longitudinais, dunas complexas.
serão sedimentadas em locais longínquos As dunas e os demais depósitos eólicos
como lençóis maciços, conhecidos como loess apresentam um conjunto de estruturas
que, após litificação (veja em diagênese), sedimentares (ilustração) que são utilizadas
passam a se chamar loessitos. A origem destes para identificá-los quando litificados (ilustração).
detritos é creditada não só a ação intempérica
Aí podem ser encontrados evaporitos
(veja também Rocha Sedimentar Química).

Esboço de uma duna transversal e suas estruturas


sedimentares. A porção frontal (face de sota-vento ou
face de avalanche, slipface) mostra os depósitos por
queda de grãos (grainfall, GFL) e depósitos por fluxo de
grãos (grainflow, GFW). Na face de barlavento (backside), Cadeia de dunas transversais (barcanoides) em litoral
ocorrem marcas de ondulações cavalgantes que, em marinho. Quaternário, RS, BR. O clima subtropical e a
perfil, são registradas como laminações cruzadas ocupação humana ao fundo impedem a progressão das
cavalgantes transladantes (LCCT). Igualmente em perfil areias. As áreas de interdunas e o barlavento das dunas
aparecem as estratificações cruzadas tangenciais (ECT), começam a ser ocupado por vegetação. A seta indica a
também denominadas estratificações cruzadas por direção de sopro do vento. Créditos: Carlos Henrique
camadas frontais (ECCF). Está ainda representado o Nowatzki.
interdunas, onde ocorrem arenitos com marcas de
ondulações cavalgantes e camadas com estratificação
paralela horizontal, playa lakes, wadi, evaporitos, etc. A Veja também duna.
seta indica a direção do fluxo. Fonte: Hunter, 1977,
modificado. Ambiente estuarino (estuarine environment).
O estuário é um ambiente deposicional
transicional entre o fluvial e o marinho, podendo
associar-se ao ambiente de planície de maré.
Suas águas são mixohalinas como
resultado da mistura dos líquidos fluviais e
marinhos.
Conceitualmente corresponde a uma
porção de água salgada parcialmente fechada
em uma região marginal ao mar (ilustração). A
salinidade deste corpo aquoso é diluída pelo
aporte de água doce fluvial.
O pesquisador está sobre camadas de arenitos com
laminações cruzadas cavalgantes transladantes,
sedimentados no barlavento (backside) de duna eólica.
Abaixo delas, o sota-vento constituído por arenito com
estratificações cruzadas tangenciais, depósitos por queda
de grãos (grainfall) e depósitos por fluxo de grãos
(grainflow). Grupo Guaritas, Proterozoico, RS, BR.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

As dunas são, corriqueiramente, se-


paradas por um espaço rebaixado plano, ho-
rizontalizado, onde se estabelecem os oásis, os
lagos de deserto (playa lakes) e por onde
migram os (wadi). Sobre esta área, o Ambiente estuarino. Imagem do Estuário da Babitonga,
interdunas, deslocam-se as dunas. Caso exista Santa Catarina (SC), BR. Fonte: Google Earth 2018.
umidade, podem aí habitar pequenos animais e
desenvolver-se vegetação rasteira e arbustiva Os sedimentos aí depositados
(ilustração). apresentam granulometria variável em função
da energia do ambiente que é disponibilizada
pelas correntes fluviais, pelas marés, pelas e nos seus entornos.
correntes de maré, pela ondas oceânicas, pelas As geleiras polares e as de altitude
chuvas, pela temperatura e pela flora e fauna dificilmente se fusionam, salvo por aumento de
locais. Nos estuários de baixa energia se temperatura global. As demais estão sujeitas a
acumulam lamas, enquanto nos de alta e- derretimento, parcial ou total, em períodos de
nergia há o domínio das areias. Ilustração. verão.
Geleiras continentais se desenvolvem
sobre continentes, como é o caso da Antártica
DEPÓSITOS DE AREIA GROSSA COM
ABUNDANTES ESTRATIFICAÇÕES CRUZADAS (polo sul) e as das montanhas, as quais
BARRAS DE DESEMBOCADURA
migram, por ação da gravidade, desde áreas
DEPÓSITOS DE AREIA FINA COM
elevadas até as rebaixadas. No Ártico (polo
ESTRATIFICAÇÃO CRUZADA DE BAIXO ÂNGULO norte) este fenômeno não ocorre, pois, a massa
(veja em estratificação cruzada de pequena
escala) INTERCALADO À NÍVEIS DE SILTE de gelo flutua sobre o oceano.
LAMINADOS ZONA
INTERMARÉ (?) Os depósitos e a paisagem em um
ambiente glacial são bastante variados:
DEPÓSITO LAMOSO-ARENÍTICO LAMINADO nunatak: elevação isolada projetada através de
ZONA INFRAMARÉ
uma geleira terrestre; moraina ou morena:
sedimentos mal classificados sedimentados por
DEPÓSITO ARENO-LAMÍTICO LAMINADO geleira. Podem ser morainas frontais, se
ZONA INFRAMARÉ
depositadas à frente da geleira, morenas
DEPÓSITO ARENO-SEIXOSO E FRAGMENTOS DE
CONCHAS
laterais, se ocorrentes nas laterais do gelo,
ROMPIMENTO DE ILHA-BARREIRA (WASHOVER) morenas basais, se formadas na base da
DEPÓSITO LAMÍTICO COM DETRITOS VEGETAIS E,
geleira, morainas médias, se originadas pelo
NA BASE, DEPÓSITO
PLANÍCIE DE MARÉ PANTANOSA
TURFÁCEO encontro de duas geleiras ou morainas de
recuo, se originadas quando da fusão e recuo
DEPÓSITO ARENO-SEIXOSOS MACIÇO do gelo; geleira propriamente dita; sítio glácio-
PLEISTOCÊNICO
lacustres; planícies e lavagem (outwash plain):
área de deposição de detritos sedimentados à
Ambiente estuarino. Seção colunar ideal da sedimentação
frente da moraina frontal, retrabalhados
transgressiva na Baía Delaware. Fonte: modificado de Weil posteriormente por rios; sítio fluvioglaciais;
1977. kattles: depressões originadas pela fusão de
blocos de gelo sobre os depósitos de till; eskers:
É comum a ocorrência de restos de depósitos alongado formado por correntes
vegetais com os detritos clásticos. Outro fluvioglaciais no interior de túneis abertos pela
fenômeno corriqueiro é o da floculação o que água no gelo; praias; geleira marinha: gelo que
resulta na rápida sedimentação das argilas. flutua sobre o mar; sítio glaciomarinho; vale
glacial submerso. (Ilustração).
Em direção ao continente os depósitos
estuarinos interdigitam-se aos fluviais enquanto 3 1
2
na direção oposta o fazem com sedimentações 4 t
marinhas. 6
Entre as estruturas sedimentares 5
citam-se estratificações cruzadas, laminações 7 9
8
côncavas, laminações angulares, estratificação
cruzada espinha de peixe, galhas de argila, 12
11 13
estruturas de bioturbação e estratificação flaser. 10

Ambiente glacial (glacial environment). Trata-


se do ambiente deposicional onde o gelo é o Bloco-diagrama de um ambiente glacial com
principal agente intempérico, erosivo, representação de algumas de suas feições: nunatak (1),
moraina média (2), geleira (3), sítio glaciolacustre (4),
transportante e depositante. O gelo se acumula planície de lavagem (5), sítio fluvioglacial (6), kettles (7),
em áreas com baixas temperaturas, tais como esker (8), praia (9), geleira marinha (10), morena basal
os polos (geleiras de latitude), o cume de (11), sítio glaciomarinho (12), vale glacial submerso (13).
montanhas (geleiras de altitude), em altiplanos Fonte: modificado de Edwards 1986.
A moraina basal interna origina o till, em duas camadas térmicas distintas. A camada
um depósito mal classificado, maciço, não superior possui temperatura maior do que a
consolidado, diretamente sedimentado pelo camada inferior cujas águas são estagnadas,
gelo. anóxicas, portanto, anaeróbicas, aí ocorrendo
A erosão, o transporte e a produção de ácido sulfídrico (H2S).
sedimentação de materiais pelo gelo deixam o Em regiões de clima temperado
registro da atuação deste elemento nos clastos, também há uma estratificação nas águas,
nas rochas e no substrato sobre o qual a geleira porém, com características diferentes no verão
migrou. e no inverno. Enquanto no verão a camada
Por décadas os varvitos, rochas se- inferior possui águas mais frias do que as da
dimentares clásticas compostas por lâminas camada superior, no inverno há uma inversão
síltico-arenosas que se intercalam à lâminas de térmica e a camada superior é mais fria do que
argila (varves, veja em estratificação finamente a inferior. O oxigênio rareia e pode desaparecer
interacamada) foram considerados glaciais. Os no nível inferior, o que permite a produção de
leitos (veja em lâmina) síltico-arenosos, H2S graças a ação de bactérias anaeróbicas. A
supostamente formados no verão, refletiriam deficiência de oxigênio permanece na camada
um aumento no volume das águas fluvioglaciais inferior, mesmo durante o inverno. O ambiente
em virtude da fusão de parte do gelo naquela redutor, se persistente, pode dar origem aos
estação do ano. Com a chegada do inverno e folhelhos pirobetuminosos (veja em folhelho).
novo congelamento de parte da água O formato do lago pode ser alongado,
disponível, a vazão daqueles cursos de água circular, elíptico ou irregular (ilustração) e seus
seria afetada reduzindo-se, portanto, a depósitos podem ser clásticos (veja Rocha
competência (veja em ambiente de planície de Sedimentar Clástica), químicos, tais como
inundação) e a capacidade (veja em ambiente carbonatos e sais (veja Rocha Se-dimentar
de planície de inundação) dos fluxos, o que Química), bioquímicos (veja rocha bioquímica
geraria as lâminas de argila. em Rocha Sedimentar Orgânica) e orgânicos
Esta explicação sobre a origem dos (veja Rocha Sedimentar Orgânica).
varvitos possibilitou a contagem dos pares de A distribuição concêntrica da
lâminas (silte-areia + argila = verão + inverno) e granulometria nos lagos associados a rios é
assim deduzir o tempo decorrido para a uma de suas características. Assim, suas
formação de um conjunto de pares da praias podem ser formadas por areias (veja em
sedimentação sob estudo. clasto) e clastos maiores, seguidas, no sentido
Este paradigma, o dos varvitos, foi do centro do lago, por sedimentações de areias,
abalado e substituído senão totalmente, pelo lamas arenosas e, por fim, na parte mais
menos em grande parte, pela descoberta das profunda, lamas.
correntes de turbidez e de seus produtos, os
turbiditos (veja em ambiente em leque).
Ver também estria glacial e sulco
glacial.

Ambiente lacustre (lake environment). Os


lagos são corpos de água aprisionados sobre
áreas emersas, continentes ou ilhas. As suas
águas podem ser, de acordo com a salinidade,
doces (0,3‰), mixohalina (1,0‰) ou salgadas
(acima de 24,7‰) e a sua profundidade é
variável podendo até ultrapassar mais de 1 000
metros. A temperatura de suas águas também Ambiente lacustre. Lagos alongados situados no RS, BR.
é variável em razão de seu posicionamento O maior, à esquerda, no centro da imagem é o Lago Mirim.
geográfico Cerca de 2/3 de sua área está em território brasileiro (RS) e
o restante no país vizinho do Uruguai (UR). O Lago
O clima é o fator mais importante na
Mangueira, à direita do lago Mirim é separado do Oceano
determinação do lago que existirá em uma Atlântico por estreita faixa arenosa litorânea marinha. Fonte:
região. Em regiões tropicais, as águas de Google Earth 2018.
grandes lagos apresentam uma segmentação
esverdeado. 6. Ocorrem
Rochas lacustres podem, muitas marcassita, pirita e sílica. 7.
vezes, ser confundidas com àquelas originadas Podem ocorrer fósseis de
ostracodes, microfósseis e
em outro ambiente deposicional. Um dos fragmentos de vegetais.
enganos mais comuns é a de analisá-las como
se fossem depósitos fluviais. Segundo Picard Não é incomum que afloramentos,
(1977) o estudo dos sedimentitos lacustres da testemunhos ou perfis verticais (ilustração) de
Uinta Basin, Utah, USA, permitiu elencar sedimentitos lacustres antigos sejam, muitas
algumas características dos depósitos lacustres vezes, confundidos com depósitos marinhos.
e fluviais, especialmente dos a-renitos, Assim, presença de fósseis terrestres é o
folhelhos, calcários (veja em Rocha Sedimentar indicador mais seguro de que as rochas sob
Química e também em Rocha Sedimentar estudo foram formadas em um paleoambiente
Orgânica) calcíticos e calcários dolomíticos. lacustre.
Os quadros a seguir tratam do tema,
modificados do original daquele autor.
SILTITO ARENOSO COM RAÍZES
Planície de inundação emergente

ARENITOS LACUSTRES ARENITOS FLUVIAIS SILTITO ARENOSO COM GRETAS DE


CONTRAÇÃO
Diques naturais e planície de inundação
1. A geometria dos depósitos, cuja 1. A geometria dos depósitos cujas
cor varia de branca a cinza- cores variam do branco, cinza- ARENITOS COM MARCAS DE ONDULAÇÕES
escuro, é, frequentemente, médio, vermelho, verde ao verde CAVALGANTES POR CORRENTE Barra
tabular, ocorrendo também as acinzentado, é dominantemente de desembocadura progradante
lenticulares. 2. As areias são finas lenticular. 2. As areias, mal
a muito finas, bem selecionadas, selecionadas, subangulares a ARENITOS E PELITOS COM LAMINAÇÃO
arredondadas ou subarredondadas, vão desde finas PARALELA HORIZONTAL
subarrendondadas (veja a muito grossas. Ocorrem
arredondamento). 3. Calcita, fragmentos de rochas. 3. O
dolomita e sílica são os cimentos cimento comum é a calcita, mais SILTITO ARENOSO COM MARCAS DE
(veja em Rocha Sedimentar raramente argila ou argila e calcita. ONDULAÇÕES
Clástica) mais comuns. 4. 4. Ocorre presença de marcas de Retrabalhamento por ondas normais
Ocorrem marcas de ondulações ondulações por corrente.
por ondas. 5. Maior continuidade
ARENITO COM HUMMOCKY
lateral se comparada com os Deposição por tempestade (tempestito)
depósitos fluviais.

SILTITO COM ESTRUTURAS DE BIOTURBAÇÃO

ARENITO COM ESTRUTURA GRADATIVA


LAMITOS LACUSTRES LAMITOS FLUVIAIS Deposição por tempestade (tempestito)

1. Cores dominantes: marrom e


cinza. Verde é menos frequente. 2. 1. Cores vermelhas ou verdes, LAMITO LAMINADO
Podem estar presentes: pirita, mais raramente marrom ou cinza. Deposição de lamas suspensdas na porção
marcassita, chert, sílica e sais. 3. 2. Ocorrência de fragmentos de central do lago
Laminação paralela horizontal. 4. rochas. 3. Laminação paralela
Maior continuidade lateral que a horizontal.
dos depósitos fluviais. Ambiente lacustre. Seção colunar de sedimentitos
lacustres com aporte de material clástico fluvial. Modificado
CALCÁRIOS CALCÍTICOS CALCÁRIOS CALCÍTICOS de Van Dijk, Hobday e Tankard 1978.
LACUSTRES FLUVIAIS
1. Se autóctones: coquinoides ou
algais. Se alóctones: calcarenitos Ambiente lagunar (lagoon environment). É o
(veja em Rocha Sedimentar
Química), calcilutitos (veja em 1. Apresentam-se com cores va- ambiente deposicional onde um corpo d’água
Rocha Sedimentar Química), riegadas, inclusive a rosa. 2.
coquinas. 2. Partículas (veja em Partículas variam de finas a mixohalina ou mesmo hipersalina, raso,
Rocha Sedimentar Clástica) médias. 3. Textura cristalina. 4. marginal ao mar se encontra separado dele por
variam de finas a grossas. 3. Ocorrem quartzo e argila. 5.
Textura cristalina sacaroide. 4. Depósitos menos contínuos que uma restinga, por recifes-barreira (veja em
Sedimentos químicos são os lacustres. 6. Raros fósseis.
bandeados. 5. Cores variam do recife) ou por uma estreita faixa arenosa,
cinza ao marrom. 6. Ocorrência de chamada ilha-barreira. A separação, contudo,
quartzo, argila, marcassita, pirita,
chert e sílica. 7. Maior não é total, pois, um ou mais canais (inlets)
continuidade lateral que a dos
depósitos fluviais. 8. São mantém as massas aquosas conectadas. Não
bandeados. 9. Os fósseis mais é incomum que surjam deltas na
comuns são ostracodes,
gastrópodes e pelecípodes. desembocadura dos canais, chamados deltas
de maré (tidal deltas). Durante a maré enchente
CALCÁRIOS DOLOMÍTICOS CALCÁRIOS DOLOMÍTICOS
LACUSTRES FLUVIAIS
é construído um delta para o interior da laguna,
1. Dolomita misturada com argila, enquanto na maré vazante os depósitos
calcita, sílica e matéria orgânica. 2.
As partículas são finas a muito formam um delta que aumenta em direção ao
finas. 3. A textura é cristalina. 4.
São bandeados. 5. As cores mais Presença rara ou ausência.
mar. Ilustração.
comuns são cinza, marrom e
vegetação. A seta indica a direção de rompimento da ilha-
B
barreira. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Os termos restinga (beach ridge) e ilha-


RI barreira são, muitas vezes, usados como
D sinônimos ainda que ilha-barreira seja uma
LG
terminologia geológica que se refere a estes
depósitos independentemente da presença de
IB
elementos da fauna e da flora. No caso do
enfoque geológico apenas é avaliado o
depósito alongado situado entre a laguna e o
Laguna Barra Velha. Imagem de satélite da Laguna de mar, cuja idade pode anteceder a existência da
Barra Velha (LG), SC, BR, e da ilha-barreira arenosa (IB). vida subaérea no planeta. A restinga, no
Na parte superior esquerda da imagem observa-se o Rio conceito geográfico, é não só a dita faixa
Itapocu (RI), sua foz na laguna, o canal (barra) que liga a arenosa alongada, mas também os depósitos
laguna ao oceano (B) e a pluma de sedimentos que forma o
delta (D) na bacia marinha. Fonte: Google Earth 2018. pós-laguna, em direção ao continente, cobertos
por vegetação com características próprias e
A acumulação das areias que formam exclusivas daquele ambiente e da fauna
a ilha-barreira resulta do transporte dos clastos associada.
por correntes marinhas e também da atividade De acordo com alguns, p. ex. Suguio
das ondas. Eventualmente durante 2003, inexistem verdadeiras ilhas-barreira na
tempestades a energia das ondas pode romper costa brasileira. Segundo o autor a descrição
a ilha-barreira e jogar seus componentes para o original destas feições vincula a sua formação a
interior da laguna, depósito conhecido como eventos transgressivos. No BR as atuais
leques de lavagem (washover fans). estruturas conhecidas estão associadas à
Ilustrações. regressão marinha que teria se iniciado em
torno de 4000 a.P.
A
As lagunas, cujos depósitos são
compostos principalmente por lamas, areias
finas e fragmentos de conchas, são
encontradas em regiões costeiras com
LL micromarés. Os sedimentos lagunares
OCEANO ATLÂNTICO registram abundantes estruturas de
bioturbação, especialmente em direção a parte
mais profunda da bacia onde também são mais
comuns camadas com laminações paralelas
horizontais.
B Quando localizadas em regiões com
climas áridos (veja clima) ou semi-áridos,
podem aí ocorrer a formação de rochas
sedimentares químicas e mesmo evaporitos.

Ambiente marinho (marine environment).


Ainda que para alguns mar e oceano sejam
LL
corpos d’água com características diferentes,
LL
geologicamente os termos são considerados
sinônimos. É provável que esta divergência
tenha surgido porque lagos com grandes
dimensões, salgados, tais como, Mar de Aral,
Mar Cáspio, Mar de Azov, Mar Morto, Mar da
Ilha-barreira. Detalhes da ilha-barreira de Barra Velha, SC, Galileia, foram interpretados, no passado, como
BR. A. Imagem de satélite em que aparecem diversos
leques de lavagem (LL) já estabilizados por vegetação.
corpos d’água oceânica.
Fonte: Google Earth 2019. B. Fotografia de leques de Os oceanos cobrem 70% da superfície
lavagem (LL) recentes ainda não estabilizados por terrestre com água salgada, possuem uma
profundidade média de 3 800 metros. Apesar
Fundo oceânico
de ser um único corpo ele foi dividido por razões Margem continental

geográficas, sendo seus limites os continentes. Nível do mar


1
A divisão em oceanos Atlântico, Pacífico, Ártico, 4 600 m
Antártico e Índico é a mais aceita. Atualmente FOSSA MARINHA 7 000 m
2
são usadas as subdivisões dos oceanos
Atlântico e Pacífico, em Atlântico Sul e Atlântico
Cordilheira abissal
Norte e Pacífico Sul e Pacífico Norte. Trincheira

O fundo marinho divide-se em margem


continental (continental margin) e Fundo Esboço de margem continental ativa tipo pacífico. 1.
oceânico (ocean floor). A primeira corresponde Plataforma continental. 2. Talude continental. Fonte: mo-
a porção continental que se projeta sob as dificado de Curray 1969 e Suguio 2003.
águas marinhas e é limitada pelo Fundo
oceânico. A margem continental é dividida em A plataforma continental apresenta,
plataforma continental (continental shelf), talude normalmente, uma suave declividade (menos
continental (continental slope) e sopé que 1:1 000), se situando entre a linha média de
continental (continental rise). baixa-mar e a acentuada inclinação do
O encontro das placas que consti-tuem assoalho oceânico para maiores profundezas,
os continentes e o substrato rochoso sob a o que ocorre em torno dos 180 metros de
lâmina de águas oceânicas, não é uniforme em lâmina d‘água.
todas as regiões do globo. Sobressaem, neste Sua largura varia de 1 200 km
sentido, as margens passivas e as margens (Austrália, AU) e 500 km na Patagônia
ativas. (Argentina, AR). No BR chega a 200 km à frente
Nas primeiras, o limite entre as rochas do Estuário Amazonas.
continentais e as rochas do Fundo oceânico se Esta região pode ser dividida em
faz de forma passiva, ou seja, não há ali Plataforma Continental Interna ou Proximal
colisões entre as ditas placas. É o modelo da (inner shelf) com espessura de lâmina de águas
margem leste da América do Sul, onde se em torno dos 40 metros, Plataforma Continental
localiza o Brasil. Ilustração. Média, situada entre os 40 metros e os 80
metros e Plataforma Continental Externa ou
Distal (outer shelf), localizada abaixo dos 80
R E G I Ã O P E L Á G I C A
metros.
É sobre a plataforma que se
180 m 3 000 m 4 000 m desenvolvem vários ambientes deposicionais,
Nível do mar entre eles, o ambiente deltaico, o ambiente de
MAR
planície de maré, o ambiente estuarino, o
ambiente lagunar, o ambiente praial, além dos
recifes orgânicos e os recifes de pedra (beach-
Plataforma
continental
Talude
continental
rocks) (veja recifes).
Sopé continental Região abissal
A areia é a granulometria dominante
Margem continental Fundo Oceânico em seus depósitos, seguida pelas dos siltes e
Esboço de margem continental passiva tipo atlântico. Fonte: lamas.
modificado de Mendes 1984. Correntes de marés, longitudinais,
perpendiculares e transversais à costa e a ação
Na margem oeste da América do Sul, das ondas são as responsáveis pelo transporte
onde se situam os chamados países andinos, e deposição das diversas frações, cujas
Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru, o sedimentações podem chegar a 50 km de
limite entre as rochas continentais e as de extensão e espessuras acima dos 40 me-tros.
Fundo oceânico é ativa, ou seja, há colisão As camadas de sedimentos mostram
entre elas o que origina terremotos, maremotos, laminação e estratificação cruzada planar de
enrugamento das rochas, o que origina baixo ângulo, estruturas de bioturbações e
montanhas e vulcões (Cadeia dos Andes). acumulação de conchas e carapaças ou seus
Ilustração. fragmentos. Também aí ficam registrados os
eventos episódicos das tempestades que
geram os tempestitos e suas estratificações porém, não tão abundantes, areias e siltes
cruzadas por ondas (hummocky). terrígenos.
Em plataformas carbonáticas as No Fundo oceânico, cuja profundeza
deposições mais distais se constituem por média está entre 4 000 metros e 5 000 me-tros,
calcilutitos (veja em Rocha Sedimentar depositam-se sedimentos biogênicos que
Química) com laminação paralela horizontal e constituem as vasas de globigerinas
biomicritos com fósseis, a região média é (globigerina ooze), vasas de radiolários
composta por calcarenitos (veja em Rocha (radiola-rian ooze), vasas de cocolitoforídeos
Sedimentar Química) com laminações (coccolithophorid ooze), entre outras, bem
cruzadas com oólitos (veja em concreções), como detritos terrígenos.
carapaças orgânicas e estruturas de Abaixo dos 6 000 metros deixam de
bioturbação; na porção proximal, localizam-se existir deposições inorgânicas ou orgânicas de
os calcários peletoidais (veja em Rocha calcários, provavelmente em razão da
Sedimentar Orgânica), calcirruditos (veja em diminuição do pH e do aumento da
Rocha Sedimentar Química), lamas calcárias, concentração de CO2, o que resulta na sua
dolomitos micro-cristalinos, estruturas de dissolução.
bioturbações, gretas de contração e evaporitos. No Fundo oceânico ainda ocorrem
O talude continental tem declividade depósitos de argilas vermelhas (red clays) ou
que varia de poucos a 50° ou mais graus. Os castanhas (brown clays) e cinzas vulcânicas,
sedimentos aí depositados desestabilizam-se todos terrígenos, transportadas por correntes
com o aumento da acumulação dos detritos, os marinhas, ventos e geleiras, lá assentadas por
quais se deslocam para as regiões mais ação da gravidade. A eles incorporam-se restos
profundas. Tal movimentação causa erosão no esqueletais de microorganismos.
substrato, processo que também ocorre Nesta região registra-se a presença,
quando fluxos de água e sedimentos são vi- entre outros bens minerais, de nódulos de
gorosamente impulsionados por descargas manganês (ilustração), cujo volume aumenta
vigorosas na foz de rios. abaixo dos 3 500 metros. Os vulcões seriam a
Os sedimentos depositados nos principal fonte de manganês que, dissolvido na
taludes são compostos por vasas (60%), areia água, se acumularia em torno de um núcleo
terrígena (25%), clastos com tamanhos orgânico para formar os nódulos.
variáveis desde seixos a matacões (10%) e
fragmentos orgânicos (0,5%).
As escavações (canhões submarinos,
submarine canyons) são semelhantes aos
vales continentais em forma de V com laterais
íngremes. Na sua porção terminal, sobre o sopé
continental ou na região abissal, ocorrem
deposições em forma de cone, os turbiditos.
Para alguns, pelo menos parte dos
canhões submarinos teriam sido escavados
fluvialmente quando, no passado, plataformas Nódulos de manganês. Fotografia do Fundo oceânico.
continentais ficaram expostas durante Créditos: United States Geological Survey (USGS).
regressões marinhas. Disponibilizado em 2010. Acessado: 04.04.2019. Fonte:
https://pubs.usgs.gov/of/2000/of00-006/images/nod_r.gif.
Nos sopés continentais podem ocorrer,
além dos turbiditos, sedimentações conhecidas
Ambiente praial (beach environments). As
como contouritos (contourites), cujas camadas
praias desenvolvem-se em regiões costeiras
são compostas por muito finas granulometrias
planas, com baixo gradiente, sendo geralmente
com laminações paralelas horizontais. Sua
compostas por sedimentos terrígenos. Pode-se
origem é creditada às correntes de fundo que
fazer um zoneamento da região praial, cuja
contornam os sopés continentais transportando
distribuição bacia sedimentar-continente é a
e depositando detritos.
seguinte: Zona de Costa Afora (offshore), Zona
Elevadas quantidades de esqueletos e
de Transição (transition), Zona de Praia
fragmentos de tecas de microorganismos são
(shoreface), Zona de Antepraia (foreshore),
dominantes no sopé, aí também ocorrendo,
Zona de Pós-praia (backshore) e Dunas mais vigorosas. Os sedimentos variam de areia
(dunes). Ilustração. a lama, com laminações cruzadas e estruturas
de bioturbação.
A Zona de Pós-praia pode ser
progradante (ilustração), deslocando-se na
direção do corpo de água e, em consequência,
ocorre a migração do ponto onde se encontram
Perfil de praia e o seu zoneamento. Modificado de Walker as águas e os sedimentos dessa zona. Desse
1986 e Reineck e Singh 1980. processo resulta a acresção de sucessivos
cordões (cristas de praia) de areia pa-ralelos
A Zona de Costa Afora se divide em entre si e aumento na largura daquela zona.
Costa Afora Superior, situada em
profundidades que variam de 2 metros a 10
metros, constituída por areia fina lamosa com
laminação paralela horizontal e, por vezes, com
estruturas de bioturbação, e Costa Afora
Inferior, posicionada abaixo dos 10 metros,
formada por mega marcas de ondulações de
areia limpa média a grossa, comumente
envelopadas em lama, não raro com
estratificação cruzada por ondas (hummocky
cross stratification).
É possível concluir, portanto, que o
domínio das lamas cresce no sentido da bacia. Fotografia aérea de parte do delta do Rio Camaquã, RS, BR,
Na Zona de Transição, cujo limite retratando a atual linha de costa da Laguna dos Patos e o
sentido de sua progradação (seta). Créditos: Marco Antônio
superior se situa no nível de base mais baixo de
Fontoura Hansen.
alcance das ondas normais, registra-se o
acúmulo de areia siltosa e silte arenoso com
Finalmente, a Zona de Dunas é
estratificações cruzadas, laminações cruzadas
composta essencialmente por areias finas a
e estruturas de bioturbação.
muito finas depositadas como dunas e
A Zona de Praia, que compreende a
interdunas (veja em ambiente eólico) eólicos.
região localizada entre a Zona de Transição e o
As estruturas mais significativas são as
nível da maré baixa, é formada por areia fina
estratificações cruzadas de grande escala e
com laminação cruzada (Praia Inferior, 1 metro
as laminações cruzadas transladantes
a 2 metros de lâmina de água), laminação
cavalgantes.
paralela horizontal (Praia Superior, do nível de
Em costas com correntes longitudinais
maré baixa a 1 metro de profundidade) e
internas vigorosas, micromarés, energia de
estrutura de bioturbação.
ondas baixa a moderada e aporte de
Entre os níveis de maré baixa e alta,
sedimentos com granulometria variável, pode
ocorre a Zona de Antepraia. Constitui-se por
haver o desenvolvimento de cristas alongadas
depósitos de areia fina e média intercalados
de conchas e areias paralelas à praia, isoladas,
com níveis de conchas. Ocorrem leitos com
separadas por planícies de lama e pântanos
estratificações cruzadas de baixo e alto ângulo
progradantes. Essas cristas, denominadas
e laminações cruzadas.
cheniers estendem-se por muitos quilômetros e
A região que compreende desde o
possuem poucos metros de altura e até 200
nível da maré mais alta até o campo de dunas
metros de largura.
eólicas, corresponde a Zona de Pós-praia que
Tais feições são desenvolvidas
se ocorrente em litorais dominados por ondas,
especialmente em regiões onde rios atinjam a
é formado por areia fina a média sobre as quais
costa, devido à diminuição no influxo de
se desenvolvem arroios, riachos e pequenos
sedimentos carreados pelo fluxo de água. As
lagos.
correntes longitudinais e as ondas arrastam as
A zona Supratidal, em uma região de
lamas e concentram as areias e as conchas.
domínio das marés, é apenas atingida pelas
Posteriormente, quando ocorrer novo aporte de
águas em períodos de tempestades e de marés
lamas, as ondas e correntes longitudinais
internas não transportam toda a carga Antracito (anthracite). Veja em Rocha
disponível, e as finas granulometrias Sedimentar Orgânica.
sedimentam-se à frente do chenier, avançando
na direção do oceano (progradação). A Arcabouço aberto (open frame). Veja em
repetição do processo dá origem às cristas de ortoconglomerado.
areias e conchas paralelas à costa. Ilustração.
Arcabouço fechado (closed frame). Veja em
paraconglomerado.

Arcósio (arkose). É o arenito que apresenta


mais que 25% de feldspatos de origem detrítica.
O mineral dominante, contudo, é o quartzo
podendo conter também placas de micas
(biotita e moscovita).
Originam-se em áreas topográficas
mais altas ou em regiões de climas áridos (veja
clima) ou semi-áridos, quentes ou frios,
compostas por rochas ígneas ácidas,
intermediárias e metamórficas ricas em quartzo
e feldspatos.

Processo de formação de cheniers e a progradação da Areia (sand). Veja em clasto.


linha de praia. Fonte: modificado de Boggs, 1987.
Arenáceo (arenaceous). Sedimentos
Veja também ambiente de planície de constituidos por areia.
maré, ambiente deltaico e ambiente lagunar.
Arenito (sandstone). Rocha Sedimentar
Anaeróbica (anaerobic). São bactérias Clástica composta pela fração areia (veja em
capazes de viver em ambiente com pouco ou clasto).
nenhum oxigênio livre.
Atuam sobre os restos orgânicos Arenito esponjoso (bubble sand structure,
decompondo-os. No caso de detritos vegetais cavernous sand, spongy structure, vesicular
sua ação sobre a celulose, as proteínas, a structure). Rocha constituída por camadas
lignina, as resinas, as ceras, as gorduras e os contendo gases que foram anteriormente
pigmentos transformam-nos em polímeros, aprisionados.
monômeros e demais componentes das turfas. Originam-se em ambiente praial de
areias limpas, bem classificadas, que apri-
Andar (stage). Veja em unidade sionam rapidamente o ar no momento da
cronoestratigráfica. deposição. Ilustração.
Nos casos de arenitos carbonáticos, a
Anel de Liesegang. Veja bandas de Liesegang subsequente dessecação após exposição
em banda. resulta na contração destas cavidades de bo-
lhas para cavidades planares referidas como
Ângulo de repouso (angle of repose). É o estrutura em olhos de pássaro (birdseye
ângulo limite de inclinação no qual os structure, birdseye vug).
sedimentos ainda se mantém equilibrados, isto
é, não deslizam.

Antiduna (antidune). Veja marca de ondulação


regressiva.

Anidrita (anhydrite). Veja em Rocha


Sedimentar Química.
Armadura. Veja em teca.

Arqueamento (warps). Veja em estrutura de


avalanche.

Arqueano (archean). Designação antiga da


idade das rochas pré-cambrianas anteriores ao
Algonquiano.

Arqueozoica (arqueozoic). Era geológica mais


antiga (2500 Ba), precedendo a Era
Proterozoica (570 Ma-2500 Ba).

Arredondamento (roundness). Veja em rochas


Sedimento bulboso. Praia arenosa com pequenos orifícios sedimentares clásticas.
originados por escape de ar. Referência: 2,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Arrasto (drag). Veja em transporte.
Arenito maciço (massive sandstone). Veja
camada maciça. Ilustração. Atol (atoll). Veja em recife.

Atualismo (actualism, uniformitarianism). É a


corrente de pensamento que defende a ideia de
que os eventos hoje ocorrentes na Terra são
iguais aos que devem ter ocorrido no passado.
Por essa razão, a observação do que hoje
acontece no planeta (fenômenos naturais) é a
explicação para entendermos a história
terrestre passada.
Criada por R. A. von Hoff, foi defendida
por James Hutton e, mais tarde (1830),
incorporada por Charles Lyell em seu livro
“Princípios de Geologia” que a tornou célebre
Arenito maciço. Arenito intertrapiano do Grupo Serra
Geral, Meso-Cenozoico, RS, BR. O caráter maciço resulta com a frase “o presente é a chave do passado”.
da abundante cimentação por sílica. Referência: 8,0 cm de Lyell propôs ainda a designação de “Princípio
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. do Uniformitarianismo” no lugar de Lei ou
Princípio do Atualismo. Contudo, este
Arenito malaxado. Veja pseudonódulo. postulado aproxima-se da realidade quando
referido a Era atual (Cenozoico). Admite-se a
Arenito-siltito interlaminado. Veja possibilidade de que as condições ambientais
estratificação finamente interacamada e fossem diversas das atuais em eras
também estratificação espessamente anteriores.
interacamada.
Autígeno (authigenic). Elemento constituinte
Argila (clay). Veja em clasto. de uma rocha, formado no mesmo local onde a
rocha se encontra.
Argila castanha (brown clay). Veja em
ambiente marinho. Autóctone (autocthonous). Depósito
sedimentar, solo ou rocha, formado no local
Argila vermelha (red clay). Veja em ambiente onde se encontra. Tais depósitos, solos ou
marinho. rochas foram constituídos in situ.

Argilito (argillite). Veja em Rocha Sedimentar Azoica (azoic). Denominação antiga dada a
Clástica. Era que abrangia o tempo anterior à
Paleozoica. Supostamente não possui fósseis
portanto, registro de vida, donde seu nome.
Veja também Escala do Tempo
Geológico.

B
A. Bactéria aeróbia. Colônias de Mycobacterium
tuberculosis. Disponibilizado: 1976. Acesso: 07.04.2019.
Bacia de deposição (basin of deposition). Créditos: CDC/Dr. George Kunica. Origem: Center for
Sinônimo de bacia sedimentar. Desease Control and Prevention’s Public Health Image
Library, nº 4428. Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/Fuile:TB_Culture.jpg.
Bacia de solução (kamenitzas, solution ba-
sins). São estruturas cársticas formadas so-bre
um plano rochoso levemente inclinado.
Constituem cavidades circunscritas
que contém água estagnada ou misturada com
clastos durante certo tempo. Em geral,
possuem 10 cm a 40 cm de largura e 1 cm a 10
cm de profundidade.
Ocasionalmente alcançam 50 cm de
profundidade e 3 metros de largura.
Em planta são circulares, ovais ou
ameboides. As bacias menores podem coa-
lescer e originar bacias maiores. Os bordos das
B. Bactéria anaeróbia. Clostridium tetani. Disponibilizado:
bacias podem estar sulcados. 1995. Acesso: 07.04.2019. Créditos: Center for Disease
Control and Prevention. Fonte:
Bacia intracratônica (intracratonic basin). É https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Clostridium_tetani.j
uma bacia, em geral, de forma simétrica, origi- pg.
nada tectonicamente sobre uma área cratoni-
zada.

Bacia sedimentar (sedimentary basin). Área


deprimida que recebe os sedimentos ali
depositados por algum agente transportante. Lá
a diagênese os transformará em rochas
sedimentares.

Bactéria (bacterium). São micro-organismos


unicelulares sem envoltório nuclear e sem
organelas membranosas (procariontes). Como
suas dimensões geralmente variam entre 0,2
𝜇m (micrometro) e 30 𝜇m (existem exceções)
são observáveis sob microscopia óptica ou
eletrônica. C. Bactéria anaeróbia facultativa. Imagem de Escherichia
coli obtida em microscópio eletrônico. Disponibilizado:
Podem ser aeróbias (viver na presença 10.04.2005. Acesso: 07.04.2019. Créditos: Rocky Mountain
de ar, ilustração A), anaeróbias (viver na Laboratories (NIAID), NIH. Fonte:
ausência de ar, ilustração B) ou ser anaeróbias https://commons.wikimedia.org/wiki/File:EscherichiaColi_NI
facultativas (ilustração C). AID.jpg.
Bactéria aeróbica (aerobic bacteria). Veja em originados pela erosão dos sedimentos na parte
bactéria. concava da curva de um rio que, a seguir, são
depositados na parte convexa da curva
Bactéria anaeróbica (anaerobic bacteria). Veja seguinte.
em bactéria. Veja também ambiente de planície de
inundação.
Bactéria anaerobia facultativa (facultative
anaerobic bacteria). Veja em bactéria. Barra linguoide (linguoid bar). Veja marca de
ondulação linguoide por corrente.
Baia interdistributária (interdistributary bay).
Veja em ambiente deltaico. Barreira (barrier). Veja ilha-barreira em
ambiente lagunar e também recife-barreira em
Banda (band, color-banding). Termo descritivo recife.
utilizado para estrutura bidimensional
usualmente distinguida por contraste de cor, tal Batial (bathyal sediments, bathyal rocks). São
como, bandas de Liesegang (Liesegang band). os depósitos marinhos sedimentados em
Bandeamento (banding) ou bandea-do profundidade entre 200 metros e 1.000 metros.
(banded) é normalmente aplicado para Após a litificação origina as Rochas
aparência de rochas sedimentares laminadas Sedimentares Batiais.
(veja lâmina) vistas em seção.
Bauxita (bauxite). É uma rocha composta por
Banda de Liesegang (Liesegang band). Veja uma mistura de hidróxidos de alumínio com
em banda. argilas, óxidos de ferro, fosfatos de alumínio;
sua composição é, portanto, indefinida. Por
Bandeado (banded). Veja em banda. essa razão, tem sido sugerido que bauxita não
seja considerada uma espécie mineral.
Bandeamento (banding). Veja em banda. Origina-se, provavelmente, por pro-
cessos intempéricos prolongados em climas
Banquisa (ice field). Extensas camadas de tropicais.
gelo formadas sobre o mar.
Beach-stone. Veja recifes de pedra em
Barcana (barcana). Veja duna barcana. ambiente marinho e também em recife.

Barlavento (windward). Lado de onde pro-vem Bentos (benthos). Seres vivos que habitam os
a corrente eólica. Num perfil de duna cor- oceanos, mares e lagos. Dividem-se em
responde ao lado com menor inclinação (5o a sedentários (fixos) e vágeis (livres).
12o).
Bentonita (bentonite). É uma argila originada
Barra (bar). Acumulação subaquática ou não de cinza vulcânica alterada, sendo a
de seixos, areias ou lamas, dispostos no canal montmorilonita seu principal componente.
ou na desembocadura de um rio, ou ao longo Quando mergulhada em água aumenta várias
de uma região costeira, sedimentados pelas vezes seu volume.
correntes fluviais ou litorâneas.
Betume (bitumen). É composto natural, infla-
Barra de canal (channel bar). Sedimentações mável, constituída por hidrocarbonetos. A cor
lenticulares alongadas dispostas ao longo de varia de amarela a preta. Apresenta-se na
um canal fluvial. forma de gás (gás natural), de líquido (petró-
Veja também ambiente de planície de leo) e de sólido (asfalto).
inundação.
Betuminoso (bituminous). Carvão com baixo
Barra de desembocadura (bar mouth). teor de umidade, médio teor de material volátil
Depósito fluvial sedimentado na foz de um rio. e alto percentual de material volátil betuminoso
(em torno de 40%). A cor é negra e, quando
Barra em pontal (point bar). Depósitos fluviais queimado emite chama amarela.
Nomenclatura também usada para Orgânica.
folhelhos dos quais se obtém hidrocarbonetos
voláteis por destilação. Biólito (biolite). Designação empregada para
Rochas Sedimentares Organógenas.
Biocenose (biocoenosis). Em Ecologia o ter-
mo é empregado para caracterizar um grupo de Biomicrito (biomicrite). Calcário (veja Rocha
seres vivos, intimamente associados, que Sedimentar Química e também Rocha
formam uma unidade ecológica natural. Sedimentar Orgânica) constituído por porções
Na PalÉontologia corresponde a uma va-riadas de fragmentos esqueletais, tais como
associação de organismos que cohabitaram o conchas, crinoides, etc., envoltos em lama
mesmo local em que agora são encontrados carbonática.
fossilizados.
Biostroma (biostrome). São depósitos sedi-
Bioestratificação (biostratification). Consis-te mentares com laminação tabular, reta ou
em uma estratificação determinada por ação de ondulada, originados pela concentração de
certos organismos, como o estromatólito. restos de organismos.
Alguns estromatólitos, bancos de
Bioestratigrafia (biostratigraphy). Segmento ostras, colonias de corais e de crinoides, e de
da Estratigrafia que estuda a distribuição dos tecas de foraminíferos, estão entre os principais
fósseis e das rochas onde estão contidos no responsáveis pela gênese do biostroma. Alguns
espaço e no tempo. aceitam também que seres não sedentários
(p.ex. foraminíferos) possam formar
Biofácies (biofacies). Veja em fácies. biostromas.
Veja também rochas sedimentares
Biogênico (biogenic). Sedimento composto por orgânicas.
mais de 30% de restos de organismos, tais
como conchas e corais. Biota (biota). Conjunto de características da
fauna e flora de uma região definida.
Bioglifo (bioglyph). Veja icnofóssil.
Bioturbação (bioturbation). Veja estrutura de
Bioherma (bioherm). Ilustração. Recife cons- bioturbação.
tituído por restos de esqueletos calcários de
diversas categorias de organismos (algas Bioturbação por alojamento. Veja estrutura
calcárias, corais, equinodermas, etc.). de moradia.
Apresentam forma de lente ou de
domos e internamente má estratificação. As Biozona (biozone). Também conhecida co-mo
dimensões são variadas, podendo atingir zona de amplitude, inclui as rochas sedi-
muitas dezenas de metros. mentadas desde o surgimento até a extinção de
determinada espécie correspondendo,
portanto, as verdadeiras unidades cronoes-
tratigráficas.
Bloco errático (erratic block). Clasto de grande
dimensão, transportado por geleira.
Veja também sulco glacial.
OCEANO
Bloco escorregado (slip block). Bloco sedi-
mentar anteriormente situado sobre um plano
inclinado que se deslocou por ação da
BIOHERMA
gravidade, mantendo as suas estruturas
originais sem maiores deformações.
Bioherma. Litoral marinho. Cenozoico, Bahia (BA), BR.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Bloco rompido por tração (keazoglyph,
parting cast, pull apart, pull apart structures).
Veja também Rocha Sedimentar Veja em estrutura brechosa.
Boçoroca (gully). Erosão realizada pelas
águas superficiais ou subterrâneas, podendo
atingir dezenas de metros de profundidade e
centenas de metros de extensão. Ilustração.
É comum que ocorra em sedimentos
ou sedimentitos arenosos, porém, não são ra-
ras em pelitos.

Bola de convolução. Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS,


BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.

Bola de deslize (slide ball). Veja bolas de


escorregamento em pseudonódulo.

Bola de escorregamento (slump balls). Ve-ja


Boçoroca. Exposição de nível de paleossolo (seta) em pseudonódulo.
desenvolvido sobre a Formação Sanga do Cabral, Triássico,
RS, BR. O antigo solo foi soterrado pelos arenitos Bola de lama couraçada (armored mud balls,
intertrapianos do Grupo Serra Geral, Meso-Cenozoico, RS, clay ball, mud ball, mud pebble, pud-ding ball,
BR. Créditos: Tânia Dutra.
till balls). Tratam-se de massas esferoides de
Bola arenosa de redemoinho (sandstones lama, recobertas por areias grossas, grânulos e
whirballs, whirl balls). Massas arenosas finas seixos. As bolas origi-nam-se de sedimentos
fusiformes, tubulares ou elipsoidais, embebidas pelíticos inconsolida-dos arrancados por curso
em matriz lamosa. Seus eixos maiores d'água e que, ao rolarem no fundo do agente
mostram-se verticais ou fortemente inclinados. transportante se enriquecem com os materiais
Sua origem está relacionada com re- de cobertura.
demoinhos formados por torrentes de lama.
Bola de rodopio. Veja bola arenosa de re-
Bola de areia (sand balls). Veja em estrutura demoinho.
brechosa.
Bola espiralada. Veja sobredobra de escor-
Bola de argila couraçada. Veja bola de la-ma regamento.
couraçada.
Bola espiralada por escorregamento. Veja
Bola de carvão (coal balls). Veja em galha de sobredobra por escorregamento e também
argila. estrutura brechosa.

Bola de convolução (convolutional balls, roll- Bola lacustre (burr balls, hair balls, lake balls,
up structure). Ilustração. São corpos pequenos water-rolled weed balls). São corpos
e subesféricos com lâminas concêntricas, esferoidais constituídos por materiais de ori-
associados com estrutura convoluta. gem orgânica, tais como algas, briozoas,
braquiópodos, corais agregados mecânica-
mente, graças ao movimento das ondas, em
águas pouco profundas, possivelmente em
períodos de tempestades. Quando originadas
em ambiente marinho são chamadas bolas
marinhas (aegragopila, pilae marinae, sea
ball).
Veja também estromatólito.
Calhau (pebble). Sinônimo de pedra. Veja em
Bola marinha (aegragopila, pilae marinae, sea clasto.
ball). Veja em bola lacustre.
Caliche (calcreto). Veja em Rocha Sedimentar
Bomba (bomb). É um clasto formado pela Química.
solidificação da lava enquanto se deslocava no
espaço, arremetida pelas explosões de ga-ses Camada (bed, laminaset, layer, strata,
numa ejeção vulcânica. stratum). Ilustração. É unidade de
Possui formas torcidas, arredonda-das sedimentação formada sob condições físicas
ou elípticas e superfície fissurada. essencialmente constantes e contínuo
assentamento do mesmo material durante a
Boneca de sílex (loess-kindchen). São deposição. A espessura de uma camada pode
concreções silicosas com formas bizarras. variar de poucos milímetros a vários metros.
Podem ser inteiramente laminadas.
Bottomset. Veja sequência de fundo em São separadas de camadas adjacen-
ambiente deltaico. tes por superfícies de estratificação,
comumente conhecidas como planos de
Boudinage. Constituem estruturas estratificação.
representadas por adelgaçamentos em
determinadas camadas. Os adelgaçamentos
são espaçados a intervalos regulares e
algumas vezes podem dar origem a blocos
rompidos por tração (veja em estrutura
brechosa). P
A origem está ligada ao efeito das A
forças de tração atuando sobre material plástico P
coesivo do tipo lamoso.

Brecha (breccia). É rocha composta por frag-


mentos angulosos, maiores do que 2,0 mm.
No caso das rochas sedimentares se
as partículas (veja em Rocha Sedimentar Camada de arenito (A) interposto a duas camadas de
Clástica) forem de ígneas e/ou metamórficas, pelitos (P) (veja em Rocha Sedimentar Clástica). Formação
irão compor uma brecha extraformacional. Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.
Contudo, se forem fragmentos de rochas
sedimentares (arenitos ou pelitos), chamar-se-
A geometria de uma camada depen-de
a brecha intraformacional.
das relações entre as superfícies de estra-
tificação, as quais podem ser paralelas ou não,
Bypass. Veja em fluxo homopicnal.
e elas próprias serem uniformes, onduladas ou
curvadas.
Conjuntos de camadas formam o que
se conhece como sequência de camadas.
Quando não podemos fazer a distin-
C ção entre camadas e lâminas pode-se utilizar o
termo leito.
Há também a ideia que camada diz
respeito à litologia e que estrato envolve um
episódio cronológico que pode conter uma ou
Calcário (limestone). Veja em Rocha
mais camadas.
Sedimentar Química e também em Rocha
Veja também unidade litoestratigráfica.
Sedimentar Orgânica.
Camada com seixos imbricados. Veja im-
Caldeirão. Veja marmita.
bricação.
graded bedding, normal grading, normally
Camada cruzada. Veja estratificação cruza-da. graded). Ilustração. São camadas gradacionais
em que todos os tamanhos de grãos, que
Camada gradacional (combined structures, formam o nível gradativo, estão presentes.
gradational lamination, graded bed, graded Arranjam-se de maneira tal que os grãos
bedding, graded laminated bed, heteroge- menores tornam-se dominantes, em
neous structures, sorted bedding). Camada quantidade, na direção do topo da unidade.
gradacional deve ser sempre relacionada com
uma unidade sedimentar primária, a qual, como
generalização, pode ser definida como uma P
camada de granulação grossa confinada entre
dois estratos de argilitos ou folhelhos.
A estrutura pode ser estudada sob
quatro aspectos: 1. O tamanho dos grãos B
presentes. 2. A separação dos diferentes
tamanhos de grãos. 3. O número de
subunidades gradacionais dentro da unidade
primária. 4. A direção da gradação.
Quanto ao tamanho dos grãos pre- P
sentes, podem ser camada gradacional com-
pleta ou normal e camada gradacional incom- Camada gradacional normal (B) intercalada entre ca-
pleta. madas de pelitos (P). O contato entre a brecha (B) e o pelitos
(veja em Rocha Sedimentar Clástica) soto-posto é erosivo.
De acordo com a separação dos Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Referência: 5,0
diferentes tamanhos de grãos, podem ser: cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
camada gradacional de boa separação e
camada gradacional de pobre separação. Camada gradacional continua. Veja cama-da
O número de subunidades grada- gradacional completa ou normal.
cionadas dentro da unidade primária permite a
existência de: camada gradacional simples e Camada gradacional de boa separação
camada gradacional múltipla. (content grading, distribution grading, gra-ded
Finalmente, quanto a direção da gra- bedding with good separation). São ca-madas
dação, podem ser: camada gradacional nor-mal gradacionais nas quais os diferentes tamanhos
(veja camada gradacional completa ou normal), de grãos estão organizados em zo-nas distintas
camada gradacional inversa, camada na unidade primária.
gradacional múltipla pene-simétrica e camada Os sedimentos arranjam-se de ma-
gradacional múltipla simetricamente invertida, neira tal que os grãos menores tornam-se do-
sendo às duas últimas, uma subca-tegoria de minantes, em quantidade, na direção do topo
camada gradacional múltipla. da unidade.
A origem das camadas gradacionais
está ligada a diversos agentes, tais como: se- Camada gradacional de pobre separação
dimentos depositados por correntes de turbi- (coarse-tail grading, delayed graded bed-ding,
dez, sedimentação de nuvens de suspensão, delayed graded bedding with poor separation,
deposição nas últimas fases de grandes cheias, graded bedding with poor separation). São
assentamentos de clásticos vulcânicos após camadas gradacionais que exibem uma
uma erupção (veja gradação de densidade), gradação demorada, na qual grande parte da
fluxo de grãos (veja camada ma-ciça), etc. camada é homogênea, ocorrendo o decréscimo
Veja também gradação lateral. no tamanho dos grãos somente muito próximo
do topo da unidade primária.
Camada gradacional completa. Veja cama-
da gradacional completa ou normal. Camada gradacional descontínua. Veja
camada gradacional incompleta.
Camada gradacional completa ou normal
(complete graded bedding, complete gra-ding, Camada gradacional incompleta (discon-
continuous graded bedding, graded, normal tinuous graded bedding, incomplete graded
bedding, interrupted graded bedding, inter- ding). São camadas gradacionais múltiplas que
rupted grading). São camadas gradacionais em mostram inversão na gradação de uma das
que falta um dos tamanhos de grãos que subunidades.
completaria a sucessão. Em alguns casos es- Os grãos crescem a partir do meio da
peciais, onde argilito ou folhelho assenta-se camada na direção do topo e base da mesma.
diretamente sobre areia media, ou grossa, sem
a presença intermediária de silte ou areia fina, Camada gradacional normal. Veja camada
a gradação é referida como camada grada- gradacional completa ou normal.
cional interrompida.
Os sedimentos arranjam-se de ma- Camada gradacional recurrente. Veja ca-
neira tal que os grãos menores tornam-se do- mada gradacional múltipla.
minantes, em quantidade, na direção do topo
da unidade. Camada gradacional simples (simple gra-
ding). É uma camada gradacional em que
Camada gradacional interrompida. Veja em apenas uma gradação está presente.
camada gradacional incompleta.
Camada gradacional única. Veja camada
Camada gradacional inversa (inverse gra- gradacional simples.
ding, inversely graded bedding, reverse gra-
ded bedding, reverse grading). São cama-das Camada homogênea. Veja camada maciça.
gradacionais que mostram as granulome trias
mais finas na base e as mais grossas no topo Camada laminada. Veja laminação.
da unidade primária, podendo a sucessão ser
completa ou não. Camada maciça (homogeneous bedding,
homogeneous structures, massive, massive
Camada gradacional invertida. Veja cama-da bedding, structureless, unlaminated). A de-
gradacional inversa. signação é empregada para definir uma uni-
dade de sedimentação que aparente ou ver-
Camada gradacional múltipla (multiple gra- dadeiramente não apresenta estrutura inter-na.
ding, recurrent grading). É uma camada Muitas vezes o que classificamos como
gradacional em que várias sub-unidades camada maciça apresenta laminação quando
gradacionadas estão presentes. aplicamos técnicas especiais, como, por
Pode apresentar-se de diversas ma- exemplo, exposição ao raio-X.
neiras desde que haja sobreposição de mais do Origina-se por processo de mistura
que uma camada gradacionada. difusa de grãos não classificados. Também
Ocasionalmente, gradações inversas surge como resultado de forte atividade de
ocorrem em uma das subunidades da cama-da. bioturbação (veja estrutura de bioturbação),
Nestes casos, existem duas possibilida-des: que pode destruir completamente as estruturas
camada gradacional múltipla pene-si-métrica e originais.
camada gradacional múltipla sime-tricamente A homogeneidade pode ainda resul-tar
invertida. da ascenção de água ou gás durante a
compactação da camada, bem como em ca-sos
Camada gradacional múltipla pene-simé- de sedimentação muito rápida (veja estru-tura
trica (pen-symmetrical grading, symmetrical de escape de água).
grading). São camadas gradacionais múlti-plas Finalmente a feição pode ser devida a
que mostram inversão na gradação em uma fluxo de grãos, que é explicado como pres-sões
das subunidades. dispersivas que afetam a fluxão dos se-
A gradação ocorre a partir de grãos dimentos, originando uma interação,
grossos que estão no meio da camada, de- grão-a-grão, que é muito mais forte do que a
crescendo a granulometria tanto para baixo turbulência do fluido. O resultado é a movi-
quanto para cima. mentação vertical de grãos dentro da massa
sedimentar. O mecanismo também é utilizado
Camada gradacional múltipla simetrica- na explicação da origem de certas camadas
mente invertida (inverted symmetrical gra- gradacionais inversas.
enchimento pelo fato de o eixo longitudinal re-
Camada regressiva (backset beds). Veja em presentar dimensões muitas vezes maior que a
estratificação cruzada complexa. largura.
Em áreas de declive subaquoso po-
Campo de gelo (ice field). Veja banquisa. dem ocorrer escorregamentos de sedimentos
instabilizados. Este movimento de material gera
Canal (channel, erosion channels). Ilustração. uma feição como canal sub-aéreo, deixando
Marca de desbaste em forma de longa calha, para trás de si um sulco, que é denominado
cujo eixo longitudinal corre paralelo à direção de cicatriz de escorregamento (slump scars).
fluxo. Uma das diferenças entre esta
Estas calhas podem ser retas, sinuo- estrutura e canal produzido por corrente é a sua
sas, anastomosadas ou ramificadas. Em se- dimensão horizontal máxima que se estende
ção transversal o perfil pode ser em “U” ou “V”. perpendicularmente na direção declive abaixo
Os canais podem adquirir magnitu-des enquanto os canais são alongados neste
muito variáveis desde centímetros a vários sentido.
metros. Veja também ambiente de planície de
Podem ser originados por correntes inundação.
parcialmente subaéreas ou correntes
subaquáticas. Canal com marca de ondulação (ripple
O preenchimento do canal é, geral- scour). Trata-se de um canal raso e alonga-do,
mente, de sedimentos com natureza diferente com seu leito coberto por marcas de on-
dos circundantes. dulações por corrente.
Comumente encontram-se sedimen-
tos mais grossos na base do canal, passando Canal de corte e preenchimento (channel cut
para sedimentos arenosos ou lamosos. and fill). São porções do canal fluvial
Existem duas maneiras de preenchi- abandonadas pelo rio (meandro abandonado)
mento de canal: 1. Simétrico: por leitos as quais, posteriormente, foram preenchidos
horizontalizados e tabulares ou por leitos por depósitos de transbordamento.
concordantes com forma do canal, Veja também ambiente de planície de
mostrando-se côncavos para cima. Neste inundação.
último caso, os leitos podem apresentar
espessuras uniformes em seção transversal Canal distributários (distributary channel).
completa ou podem adelgaçar para os lados. Canal fluvial típico da planície deltaica (veja em
2. Assimétrico: por leitos fortemente ambiente deltaico).
inclinados. Veja também estratificação cruza-da
em calha. Canelura glacial (glacial groove). Veja estria
glacial.

Canhão submarino (submarine canyon). Veja


em ambiente marinho.

Canyon. Vale com paredes altas e íngremes,


popularmente chamado garganta.
Veja também ambiente em leque.

Capacidade (de um rio) (capacity). Veja em


ambiente de planície de inundação.
Canal assimétrico. Arenitos fluviais de região desértica
(wadi) sobrepostos a arenitos eólicos. A seção é transversal Capilaridade (capillarity). Ascendência ou
ao canal cujo fluxo deslocava-se na direção do observador. descendência de líquidos, água, por exemplo,
Formação Sanga do Cabral, Triássico, RS, BR. Créditos: por contato com as paredes muito estreitas de
Carlos Henrique Nowatzki. um sólido, como se estas fossem tubos
capilares.
Difere das estruturas de corte e pre- Sua medida em milímetros por dia, em
litros por segundo, por hectare, desde o Catastrofismo (catastrophism). Teoria cria-da
subsolo, denomina-se descarga capilar por Baron G. L. Cuvier (1769-1832) que
(capillary discharge). postulava ter ocorrido, várias vezes no passa-
do, catástrofes naturais que extinguiram a fauna
Carbonatação (carbonation). Veja em e a flora, substituindo-os por uma nova
intemperismo. população.
É a teoria adotada pelos seguidores do
Carbonífero (carboniferous). Tempo ou su- Arcebispo Ussher que afirmou ter sido o mundo
cessão de rochas paleozoicas posteriores ao criado no ano 4004 aC.
Devoniano e antecessoras do Triássico.
Desenvolveu-se entre 360 Ma e 286 Caustobiólito (caustobiolite). São as Ro-chas
Ma atrás. Sedimentares Organógenas combustí-veis (p.
Nos United State of America (USA) é ex. carvão).
dividido em Mississipiano (inferior),
compreendido entre 360 Ma e 320 Ma atrás e Cavidade miarolítica (miarolitic structure).
Pensilvaniano (superior), decorrido entre 320 Veja em geodo.
Ma e 286 Ma.
Veja também Escala do Tempo Célula de pedra (stone cells). Veja em costela
Geológico. transversal.

Carbonização (carbonization). Refere-se ao Cenozoica (Cenozoic). É a Era posterior a


enriquecimento em carbono (C). É o processo Mesozoica.
natural de formação do carvão. Divide-se em Terciário (porção inferi-
or), compreendido entre 66,4 Ma e 1,6 Ma atrás
Carga (load). Totalidade dos clastos trans- e Quaternário que iniciou a 1,6 Ma e ainda
portados por um fluido. transcorre.
Veja também transporte.
Chenier. Veja em ambiente praial.
Carga de fundo (bed load). Veja em transporte.
Chert. Veja em Rocha Sedimentar Química.
Carga em suspensão (suspended load). Veja
em transporte. Cicatriz de escorregamento (slump scars).
Veja em canal.
Carnalita (carnallite). Veja em Rocha
Sedimentar Química. Ciclotema (cyclothem). Sucessão de Rochas
Sedimentares dispostas de maneira repetida.
Cárstica (karst). Veja estrutura cárstica. Exemplo: arenitos médios, psamitos finos,
pelitos e carvão; arenitos médios, arenitos finos,
Carvão (coal). Veja hulha em Rocha pelitos e carvão, etc.
Sedimentar Orgânica. São, portanto, ciclos e muitos prefe-
rem utilizar esta sinonímia.
Carvão alóctone (allochthonous coal). Veja em Um ciclo de ciclotemas denomina-se
carvão. mega ciclotema e um ciclo de mega ciclotemas
chama-se hiperciclotema.
Carvão autóctone (autochthonous coal). Veja
em carvão. Cilindro ctenoide (ctenoide cast). Estrutura
cilíndrica, curta, seccionada obliquamente, com
Carvão betuminoso (bituminous coal). Veja finas costelas longitudinais.
em carvão. Sua origem está relacionada, talvez, ao
preenchimento de marca de roçadura ori-
Cascalho (gravel). Veja seixo. ginada por talos de plantas equissetiformes.
Estrutura muito rara.
Cataglifo (kataglyph). Veja em hieroglifo.
Cilindro de argila. Veja greta de contração
encurvada. 1/2 a ¼ Areia média (sand medium)
1/4 a 1/8 Areia fina (sand fine)
1/8 a 1/16 Areia muito fina (sand very
Cimentação (cementation). É o processo fine)
graças ao qual se dá a litificação da maior parte 1/16 a 1/32 Silte grosso (silt coarse)
dos sedimentos. 1/32 a 1/64 Silte médio (silt medium)
Cimentação é um dos processos 1/64 a 1/128 Silte fino (silt fine)
1/128 a 1/256 Silte muito fino (silt very fine)
diagenéticos. 1/256 a 1/512 Argila grossa (clay coarse)
Veja também diagênese e zona de 1/512 a 1/1024 Argila média (clay medium)
cimentação. < 1024 Argila fina (clay fine)

Cimento (cement). Veja em Rocha Sedimentar Clasto pingado (dropped blocks, dropsto-nes,
Clástica. rafted blocks). Ilustração. São areias, grânulos,
seixos, etc., que perturbam as ca-madas
Cinza vulcânica (volcanic ash). É o material constituídas por finas lâminas de pelitos.
piroclástico com dimensões muito finas.
Para Fisher (1961) podem ser cinzas
finas (tamanhos inferiores a 0,0625 mm) e
cinzas grossas (granulometrias entre 0,0625
mm e 2 mm, inclusive).
As rochas daí oriundas recebem os
nomes de tufos finos e tufos grossos, respec-
tivamente.

Circo glacial (glacial cirque). Depressões


como anfiteatros gerados nas áreas elevadas
de vales glaciais.
Sua origem se deve ao intemperismo
físico promovido pela congelação da água nas
fissuras e poros das rochas e posterior remoção
dos detritos pelo deslocamento da geleira ou Clasto pingado em pelitos subaquáticos. Grupo Itararé,
Neocarbonífero-Eopermiano, RS, BR. Referência: 14,0 cm
pela ação das águas de degelo.
de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Clarênio (clarain). Veja em Rocha Sedimentar As lâminas inferiores ao clasto, re-


Orgânica. gistram o impacto sofrido, mostrando um ar-
queamento para baixo. As lâminas superiores
Clasto (clast). Porção de rocha pré-existente têm sua deposição, por norma, obedecendo à
que forma ou irá formar uma Rocha Sedimentar irregularidade do leito e mostram dobras
Clástica. antiformes.
Os detritos podem ser classificados de Sua origem está, quase sempre,
acordo com o tamanho. Uma das escalas associada à fusão de blocos de gelo que
granulométricas mais usadas é a de Wentworth transportavam os clastos. A geração da
(1922), apresentada a seguir. estrutura também pode estar condicionada ao
transporte dos detritos por outros agentes,
Partículas em mm Denominação das Classes
> 256 Matacão (boulder) como, por exemplo, vegetais. Ilustração.
256 a 64 Pedra ou calhau (cobble) Em alguns casos os clastos podem
64 a 32 Seixo muito grosso (gravel mostrar seus eixos maiores formando um ân-
very coarse) gulo reto com o plano de estratificação, sendo
32 a 16 Seixo grosso (gravel coarse)
16 a 8 Seixo médio (gravel medium) então reconhecidos como clastos verticais
8a4 Seixo fino (gravel fine) (vertical clasts, vertical stones).
4a2 Seixo muito fino (gravel very Os clastos verticais também podem
fine) aparecer nos casos de involução.
2a1 Areia muito grossa (sand very
coarse)
1a½ Areia grossa (sand coarse)
A. Classificação climatológica mundial de Köppen-Geiger.
Fonte: Classificação climática de Köppen-Geiger em
Shapefile. Disponibilizado por: www.forest-gis.com em
Clastos aprisionados em raiz de árvore tombada que se 05.10.2015. Acesso em: 05.04.2019.
deslocava em rio. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.

Clasto vertical (vertical clasts, vertical sto-


nes). Veja em clasto pingado e em involução.

Clima (climate). Tempo e clima são conceitos


diferentes. Tempo é o estado da atmosfera num
dado momento que poderá ser alterado a
qualquer instante. Clima corresponde a
acumulação e a análise de dados de tempo,
numa determinada região, durante longo
espaço temporal.
B. Classificação climatológica mundial de Strahler. Fonte:
Existem várias classificações climá- Classificação climática: Geral e Brasil. Disponibilizado por:
ticas, entre elas: (a) a do climatologista russo http://blogdoenem.com.br/classificacao-climatica-geral-e-
Wladimir Peter Köppen que posteriormente foi brasil. Acesso em: 05.04.2019.
aprimorada pelo meteorologista e climato-
logista alemão Rudolf Oskar Robert Williams Clivagem (cleavage). Planos de rompimento
Geiger e, por esta razão é conhecida como de muitos minerais, fenômeno devido à
Classificação de Köppen-Geiger. Ela se baseia estrutura molecular interna, possivelmente
na fitossociologia e na ecologia, pois, a paralelos às faces do cristal.
vegetação natural é, segundo eles, a expressão
direta do clima. Além disto, ainda são utilizados Coluna calcária. Veja em estalagmite.
na classificação os dados sobre a sazonalidade
e as médias anuais e mensais da temperatura Coluna litostática (lithostatic column). Coluna
do ar e da precipitação plu-viométrica de sedimentos ou rochas que exerce pressão
(ilustração A), (b) a do geógrafo, climatologista (pressão litostática) sobre sedimentos e rochas
e geocientista indiano Arthur Newell Strahler soto-postos.
que a elaborou com base na atuação das
massas de ar e da precipitação pluviométrica. A Compactação (compaction). É a redução de
classificação é dividida em três grupos: baixas, volume que os depósitos sofrem, ocasionada
médias e altas latitudes. Ilustração B. pelo aumento da coluna litostática ou por
pressões resultantes de movimentos da Terra,
denominados movimentos tectônicos.
O fenômeno ocorre por diminuição dos
poros entre as partículas que formam o
depósito. Dependendo da granulometria dos
sedimentos envolvidos, a diminuição pode
atingir até 1/3 do volume original como, por
exemplo, nos pelitos. Como consequência, há
a expulsão de líquidos e o aumento da densi- podem apresentar planos de acamadamento
dade. através da estrutura concrecionária, sem
É um dos processos diagenéticos e distorções na interface concreção-rocha
para sedimentos de finos (lamas) leva a hospedeira. É possível, ainda, que estas
litificação (veja diagênese) mesmo com a concreções apresentem planos de
ausência de cimento. acamamento através da estrutura
Como sedimentos com mesma concrecionária, com distorções na interface
espessura, porém, com granulometrias concreção-rochas hospedeiras.
diferentes mostram diminuição de volume Segundo a morfologia externa, o
desigual ao serem submetidos as mesmas aspecto interno e o modo de crescimento a
pressões, o fenômeno é denominado estrutura é catalogada como concreção
compactação diferencial. acrecional, concreção intercrecional (veja
septária), concreção excreciona ou concreção
Compactação diferencial (diferential com- increcional.
pactation). Veja em compactação. São muito comuns concreções
calcárias, silicosas, ferruginosas, etc., com
Competência (de um rio) (competence). Veja dimensões de milímetros a metros em diâme-
em ambiente de planície de inundação. tro.
Quando ocorre sedimentação calcária
Concreção (concretion). Ilustração. São em águas marinhas rasas, agitadas e quentes,
corpos rochosos esferoidais, elipsoidais ou surgem pequenos esferoides. Se eles medirem
discoidais com composição distinta da rocha entre 0,2 mm e 2 mm são denominados oólitos
que os contém. Esta estrutura se origina a partir (oolites), mas se ultrapassarem aquela
de um núcleo orgânico ou inorgânico sendo, dimensão são chamados de pisólitos
neste caso, produto de reações químicas entre (pisolites).
o centro não orgânico e o material de seu Muitas vezes a estrutura original é
entorno. removida permanecendo apenas os moldes
Podem ter origem singenética, dos oólitos e pisólitos representados por pe-
diagenética ou epigenética. quenas aberturas subesféricas que são deno-
minadas moldes de oólitos (oolicasts) e mol-
des de pisólitos, respectivamente.
Podem também ser encontrados
oólitos e pisólitos fósseis onde o calcário inicial
foi substituído por sílica, hematita, pirita, etc.,
contudo, é também possível que alguns deles
tenham origem primária.

Concreção acrecional (accretion concretion).


Concreção que tem crescimento regular e
centrífugo.

Concreção diagenética (diagenetic


Concreções calcárias com grandes dimensões desalojadas concretion). Veja em concreção.
de folhelhos pirobetuminosos. Formação Irati, Permiano,
RS, BR. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Concreção epigenética (epigenetic
concretion). Veja em concreção.
As concreções singenéticas são
aquelas formadas na interface água-sedi-
Concreção excrecional (excretion,
mento. As concreções diagenéticas são as que
excretional concretion). Concreção de
apresentam fósseis sem deformações
crescimento centrípeto.
mantendo a sua morfologia intacta. Este fato faz
presumir que a concreção originou-se enquanto
Concreção increcional (incretion, voidal
os sedimentos ainda estavam inconsolidados.
concretions). Concreção oca, com forma va-
As concreções epigenéticas são aquelas que
riada como um rim duro de óxidos de ferro (li-
monita, p.ex.) ou como tubos estendidos. aspecto sinuoso, possuindo, as mais recentes,
Às vezes, estas concreções podem corrugações e raramente estriações.
apresentar o núcleo solto provocando efeitos A preservação de fezes reptilianas e de
sonoros quando agitadas. mamíferos indica excreção em ambiente onde
o rápido soterramento por sedimentos fi-nos é
Concreção intercrecional (intercretional possível.
concretion). Veja septária. Veja também pelota fecal.

Concreção singenética (syncretic concretion).


Veja em concreção. A

Cone-em-cone (cone-in-cone). Veja estrutu-ra


cone-em-cone.

Conglomerado (conglomerate). Rocha Sedi-


mentar Clástica composta por partículas ar-
redondadas maiores do que 2 mm (veja
classificação de Wentworth em clasto).

Contato (contact). Ilustração. São superficies


com espessura finíssima, mas muito
estendidas, situadas na base e no topo de um B
depósito ou uma rocha sedimentar (veja em
rocha) que separam unidades geológicas ou
estratigráficas.
O termo também é usado para rochas
ígneas (veja em rocha) e suas encaixantes.
Para as rochas sedimentares os
contatos são referidos como abrupto (contato
nítido não erosivo, A), gradacional (contato
transicional entre um depósito e outro, B) e
erosivo (contato brusco com erosão de parte da
camada soto-posta. Veja ilustração de camada
gradacional completa ou normal).

Contornito. Sinônimo de contourito. Veja em


ambiente marinho.

Contourito (contourite). Sinônimo de


contornito. Veja em ambiente marinho.

Contramolde (cast). É o espaço originado na


dissolução de uma concha ou outro resto
orgânico, e seu posterior preenchimento por
substâncias levadas pelas águas de perco-
lação (calcita, por exemplo).
Veja também molde.

Coprólito (coprolite). Fezes fossilizadas ra-


Contato. A. Contato abrupto entre camadas de pelitos
ramente bem preservadas para serem reco- (leitos parcialmente “escavados”) e de arenitos. Os
nhecidas. lamitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) se assentam
Coprólitos de anfíbios e répteis são sobre os psamitos sem erodi-los. Grupo Guaritas,
relativamente comuns, podendo se apresentar Proterozoico, RS, BR. B. Contato gradacional intercalado
e grano decrescente para o topo. Na base, leito de arenito
em forma de ovo, de montículos ou com
muito grosso e, na porção superior, camada de psamito magnetita, Fe2+Fe2O4. Também é formado em
muito fino siltoso. Formação Palermo, Permiano, RS,
BR. Testemunho da perfuração IB-177/RS realizada
condições redutoras na presença de matéria
pela CPRM em Cachoeira do Sul, RS. Créditos: Carlos orgânica decomposta.
Henrique Nowatzki. Em ambiente redutor o ferro ferroso
Veja também nódulo. contido em argilo-minerais pode tingir a rocha
com verde.
Coquina (coquina). É um calcário de origem
orgânica, portanto, uma Rocha Sedimentar Coral (coral). Ilustração. Os corais são animais
Organógena. que podem ter o corpo duro (corais pétreos) ou
Compõem-se por fragmentos de di- mole (corais moles). Dependendo da espécie
versos animais (espículas de espon-jas vivem em colônias ou como indivíduos isolados.
calcárias, restos de corais, conchas de Os pétreos apresentam esqueleto de
moluscos, etc.). carbonato de cálcio (A). Nos corais moles há
um eixo de gorgonina (proteína mais
Cor (color). A cor dos sedimentitos (também mucopolisacarídeo) e, ao redor do eixo, um
dos sedimentos) pode fornecer informações cilindro de cenênquima onde estão espículas
úteis acerca de seu ambiente deposicional e calcárias (B).
dos processos diagenéticos aos quais foram
submetidos.
Existem algumas tabelas de cor, a
mais usada delas é a da Geological Society of
America (GSA), cuja base é o Sistema de Cor
de Munsell.
A verificação da cor pode ser feita no
afloramento, em amostras de mão e em
testemunhos de sondagem. De preferência
esta análise deve ser feita com a rocha (ou
amostra) sã e seca, pois, a umidade altera a
tonalidade e, às vezes, a cor original.
As cores mais comuns das rochas
A. Coral pétreo Acrofora cervicornis. Créditos: Adona9.
sedimentares são: Disponibilizado: 04.10.2007. Acesso: 06.04.2019. Fonte:
1. Vermelha, indicativa da presença de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Staghorn-coral-
hematita, Fe2O3. 1.jpg.
2. Amarelo-castanho e amarelo-
queimado, indicam presença de goethita,
FeO(OH) e/ou limonita, FeO(OH)nH2O
3. Azul-pálida, ocorrência de anidrita,
CaSO4.
4. Cinza-escuro ou preta, ocorrência de
pirita, FeS2 em ambiente redutor.
Cores cinza e preta podem indicar a
presença de matéria orgânica em menor (cinza)
ou maior quantidade (preta).
5. Amarelo-castanho, presença de
pirita, FeS2, siderita, FeCO3, calcita, CaCO3
ferrosa, ou dolomita, CaMg(CO3)2 ferrosa, se
alteradas.
6. Verde, ocorrência de glauconita,
(K,Na)(Fe,Al,Mg)2(AlSi)4O10(OH)2, clorita,
(Mg,Al,Fe)12[(SiAl)8O20](OH)16 e/ou ber-thierita,
FeSb2S4, chamosita*,
(Fe2+,MG,Fe3+)5Al(Si3Al)O10(OH,O)8. B. Coral mole Alcyonium palmatum. Créditos: Albert Kok.
Disponibilizado: 30.05.2007. Acesso: 06.04.2019. Fonte:
*Chamosita é mineral de origem https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Palmatum.jpg.
metamórfica, tipicamente associada a siderita e
Veja em transporte.
Coral mole (soft coral). Veja em coral.
Corrida de lama (mud flow). Veja em
Coral pétreo (stone coral). Veja em coral. movimento de massa.

Corrasão (corrasion). Veja abrasão. Corrosão (corrosion). Alteração da mineralo-


gia original de uma rocha graças a ação do
Corrente costa adentro (onshore current). intemperismo químico.
Veja em transporte.
Corrugação intraformacional
Corrente costa afora (offshore current). Veja (intraformational corrugation). Veja dobra
em transporte. penecontemporânea.

Corrente costeira (costal current). Veja em Corrugação laminar (laminar corrugation).


transporte. Veja dobra penecontemporânea.

Corrente de deriva litorânea (longshore drift Cosequência de camadas (coset). Tra-tam-se


current). Veja em transporte. de dois ou mais conjuntos de sequências de
camadas separadas por um plano de erosão,
Corrente de maré (tidal current). Veja em não deposição ou mudança abrupta do caráter
transporte. deposicional.
Os planos de separação, neste caso,
Corrente de onda (wave current). Veja em são superfícies horizontais.
transporte.
Cosequência de camadas cruzadas. Tra-
Corrente de retorno (rip current). Veja em tam-se de dois ou mais conjuntos de
transporte. sequências de camadas cruzadas separadas
por um plano de erosão, não deposição ou
Corrente de turbidez (turbidity current). São mudança abrupta do caráter deposicional.
correntes de alta densidade que tranportam
grande carga de detritos, por isso túrbidas, que Costela transversal (clast strips, debris bars,
se deslocam sobre, através ou sob águas, com pebble strips, stone cells, transverse ribs). São
densidade diferente. faixas clásticas grossas, transversais ao fluxo,
São subaquáticas e originam-se a geralmente assentadas sobre um leito arenoso
partir de sedimentos depositados em regiões ou siltoso.
inclinadas, portanto, instáveis. Tais faixas normalmente apresentam
O transporte ocorre por (a) agitação do espessura limitada pela altura dos clastos e
fundo por ondas de grande envergadura (ondas largura de uns poucos clastos. São regular-
de tempestade), correntes de marés e mente espaçadas.
correntes oceânicas, lacustres ou lagunares; Muito provavelmente, estas costelas
(b) ultrapassagem do ângulo de repouso dos transversais desenvolvem-se em regime de
sedimentos úmidos; (c) introdução rápida dos fluxo superior, com caráter supercrítico, lem-
sedimentos no corpo d’água por ação fluvial, brando a origem das marcas de ondulações
tempestades, ventos, erupções vulcânicas, regressivas.
fluxo de detritos; (d) terremotos. Talvez relacionadas com as costelas
Anatomicamente divide-se em cabe- transversais, aparecem figuras poligonais em
ça, porção dianteira mais espessa que o res-to, cursos d’água transportando seixos,
corpo, conectado a cabeça possui fluxo quase assentadas também sobre silte ou areia. São
uniforme em espessura e cauda, parte final conhecidas como células de pedra (stone cells).
onde a espessura diminui bruscamente,
apresentando-se mais diluída. Couro de dinossauro (dinosaur leather).
Veja também turbidito. Ilustração. Termo aplicado para um sistema
complexo de marcas de sola onde se incluem
Corrente longitudinal (longitudinal current). turboglifos e estruturas de sobrecarga.
pedúnculo) e outras são de vida livre.
Ilustração.

Couro de dinossauro. Moldes em arenito do Grupo Bom


Jardim, Proterozoico, RS, BR. Referência: 30 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Cratera de impacto (bomb sags, impact cra- Crinoide. Comaster schlegelii. Créditos: Frédéric Ducarme
ters). São crateras originadas pela queda de (IUCN mission). Disponibilizado: 24.04.2015. Acesso:
06.04.2019. Fonte:
piroclastos grossos sobre superfície de grãos https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Comaster_schlegel
soltos menores ou sobre leitos de lava. ii.jpg.
O impacto provoca um arqueamento
na camada atingida. A profundidade de pene- Criossombra de obstáculo (knob-and-trail).
tração do projétil depende de sua massa, for- Estrutura desenvolvida sobre substrato gla-cial
ma e velocidade no momento do impacto, bem originada por obstáculos resistentes que
como das propriedades da camada impactada. projetam no sentido do movimento do gelo,
feições hemicônicas de rocha menos resis-
Cratera de meteorito (meteor crater). É a área tente.
deprimida onde ocorreu o impacto de um
meteorito que se chocou contra a Crosta Crioturbação (cryoturbation). Veja em es-
Terrestre. O choque origina uma estrutura trutura de escorregamento.
circular no terreno cuja profundidade varia de
poucos centímetros a algumas dezenas de Criptocristalino (cryptocristalline). Designa-
metros e cujo diâmetro pode chegar a muitos ção das texturas ou cimentos cristalinos tão
quilômetros. finos cujos minerais individuais não podem ser
diretamente determinados.
Cretáceo (Cretaceous). Tempo ou sucessão
de rochas sucessoras do Jurássico e prede- Criptozoico (Criptozoic). É uma das duas
cessoras do Cenozoico. grandes divisões do tempo geológico, cha-
Compõe parte da Era Mesozoica madas Éon (a outra denomina-se Fanero-
situada entre 144 Ma e 66,4 Ma atrás. zoico).
Compreende todo o tempo ou as su-
Crevassa (crevasse). Veja crevasse. cessões de rochas anteriores ao Cambriano.
Do Cambriano até o atual (Ceno-zoico)
Crevasse. Denominação das rachaduras é o Éon Fanerozoico.
(fissuras) que se formam em geleiras. Veja também Escala do Tempo
Originam-se por movimentação da Geológico.
geleira.
Crista anormal (rides anormales). Veja em
Crinoide (crinoid). Tratam-se de animais marca de ondulação por onda com crista múl-
marinhos que vivem em profundidade de até 6 tipla.
000 metros que foram muito mais abundantes
no passado geológico da Terra. Crista (de duna) (crest dune). Sinônimo de
É uma classe de equinodermas; cume, a parte mais apical de marca de
algumas espécies são sésseis (fixadas por um ondulação, inclusive de dunas.
Crista de praia (beach crest). Veja em Cronozona (chronozone). Veja em unidade
ambiente praial. cronoestratigráfica.

Cristal de areia (sand crystals). São cristais Crosta salina (salt crust). As crostas salinas
calcíticos ou agregados cristalinos são superfícies com protuberâncias irregulares
incorporados a muita areia assumindo hábito desenvolvidas sobre um substrato aluvio-nar
escale-noédrico euédrico. com, no máximo, 2,5 cm de espessura, mas
Ocorrem em areias friáveis sendo fa- com grande extensão lateral.
cilmente retirados de sua matriz. Originam-se pela cristalização de sais
Sua origem está relacionada com a que se encontravam dissolvidos no meio
cimentação calcítica na areia. aquoso.
Os cristais variam de 5 cm a 10 cm,
podendo ser maiores. Crosta terrestre (Earth’s crust). Também
chamada de litosfera é a camada estrutural
Cristal pseudomorfo (pseudomorphs). Veja mais externa do planeta. É nela que a Vida se
em impressão de cristal. desenvolve e é aí que atuam os agentes
externos (ventos, chuvas, geleiras, rios, etc.)
Crista remanescente de desbaste (scour- que alteram e destroem as rochas existentes,
remant ridges, wind erosional remnants). mas, ao mesmo tempo, são também os res-
Ilustração. Veja em sombra de areia. ponsáveis pela geração de novos litossomas.

Cubichnia. Veja traço de repouso.

Curva acumulativa (cumulative curve). Gráfico


que representa os resultados da análise
granulométrica e das percentagens
acumuladas.
São usadas coordenadas, regis-
trando-se, nas ordenadas, as percentagens
acumuladas em escala aritmética e, nas ab-
cissas, a escala granulométrica em escala lo-
garítmica.

Cúspide (cusp). Veja cuspilito de praia.


Cristas remanescentes de debaste em areias do pós-
praia. Quaternário, RS, BR. A seta mostra a direção de
sopro do vento. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Cuspilito de praia (beach cusps, cusp, cus-
Henrique Nowatzki. plets). Ilustração. Estrutura com aspecto anti-
forme que se origina a partir da linha de costa e
Crista salina (salt ridge). São superfícies com se projeta mar adentro. Constitui-se de clastos
relevo de cristas de pequena envergadura. As variam desde seixos até areias. Em planta
cristas formam um padrão poligonal irregular e exibe a forma de um triângulo isósceles, com a
no encontro de vértices e arestas de polígonos base paralela à linha de costa e o ápice voltado
adjacentes, encurvam-se para cima para o mar.
abruptamente. Desenvolve-se na zona de transição
Originam-se da mesma forma que as entre a faixa intertidal maior (backshore) e a
crostas salinas. faixa intertidal menor (foreshore) por ação de
ondas de média energia em praias sem
Crista secundária (secondary crests). Veja correntes longitudinais fortes. As ondas alcan-
em marca de ondulação por onda com crista çam a praia em ângulos quase retos.
múltipla. O espaçamento entre os cuspilitos
provavelmente corresponde a segmentos
Crono (chron). Veja em unidade regularmente espaçados oriundos da reben-
cronoestratigráfica. tação das ondas.
Seu tamanho pode variar muito, po- permeabilidade de um corpo poroso com 1 cm2
dendo atingir até quilômetros em dimensão. de superfície e 1 cm de comprimento que deixa
Pode mostrar quatro variedades dife- passar 1 cm3 de fluido com viscosidade de 1
rentes sendo às duas mais comuns marcadas centipoise por segundo, sob diferença de
por segmentos de curvas e bicos bem defi- pressão de 1 atmosfera.
nidos. Em uma delas existe ou uma inclinação
constante, ou um leve arqueamento que surge Decomposição (decomposition). Alteração da
no lado da praia. Na outra, para o lado da praia composição mineralógica de uma rocha
existem corpos deltoides, existindo um delta causada por intemperismo químico.
para cada cuspilito ou para cada dois, ou três.
Debrito (debrite). Veja em movimento de
massa.

Deflação (deflation). Erosão eólica.


Veja também abrasão.

Deformação adiastrófica (non-diastrophic


deformation). Deformações atectônicas
devidas a pressão do gelo sobre sedimentos
por fusão do gelo envolvido por sedimentos, por
colapsos devidos a ação gravitacional, por
compactação diferencial (veja em
compactação), etc.
Cuspilito de praia em areias de litoral marinho.
Quaternário, RS, BR. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Delta. É a região situada na foz do rio Nilo que,
por sua semelhança com a letra grega, delta
A terceira variedade é chamada de (), recebeu tal denominação. Acabou sendo
cuspilito de praia juvenil ou faminto (juvenile empregada para designar os depósitos de foz
beach cusps, starved beach cusps), sendo de rios, independente de sua seme-lhança com
formado por montes triangulares isolados de àquela letra.
seixos ou restos de conchas sobre a areia,
sendo os segmentos de curvas rasos e os bi- Dendrito (dendrite). Constituem estruturas de
cos pouco marcados. origem química formadas pela infiltração de
A quarta variedade é restrita a cristas soluções, comumente óxido de ferro ou
de berma ou as cristas de barras que mergu- manganês, nos planos de estratificação ou diá-
lham oceano adentro. Combinam baías clases das rochas.
facetadas na direção do mar com superfícies de Podem apresentar aspecto
avalanche similares a barcanas, mergu-lhando arborescente, muito ramificado, geralmente
em direção ao continente. partindo de uma das margens da camada ou
das fissuras. Ilustração. Também aparecem
Cuspilito de praia juvenil (juvenile beach formas isoladas e radiadas, tipo floriformes.
cusps, starved beach cups). Veja em cuspi-lito
de praia.

D
Darcy (darcy). É a unidade de medida da
permeabilidade de um corpo. Corresponde a
Depósito gravitacional (gravitational deposit).
Veja em movimento de massa.

Depósito por fluxo de grãos (grainflow


deposit) O vento conduzindo as areias por
saltação (veja em transporte) deposita-as, entre
outros locais, na face de sota-vento (face de
escorregamento ou de avalanche, slipface) de
dunas eólicas. Com a crescente acumulação de
material, o grau máximo de repouso da areia
seca é atingido (± 30º) o que resulta em um
deslizamento (grainflow) com formato de língua
(língua arenosa de avalanche).

Depósito por queda de grãos (grainfall


deposit). Quando o vento deflete na crista
(cume) da duna, as partículas (veja em Rocha
Sedimentar Clástica) mais finas caem
bruscamente (grainfall) sobre a face de sota-
Dendritos arborescentes. Grupo Serra Geral, Meso-
Cenozoico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: vento onde se sedimentam.
Carlos Henrique Nowatzki.
Desagregar (desintegrate). Veja em
Denudação (denudation). É o resultado da intemperismo.
ação do intemperismo e da erosão sobre as
rochas expostas na superfície terrestre. Desbaste pela ação da corrente controlada
pela presença de obstáculos. Veja estrutura
Deposição (deposition). Veja em de desbaste em crescente e também estrutura
sedimentação. de desbaste longitudinal em turboglifo.

Depósitos de corridas de lama (mudflow Descamação (exfoliation). Clastos podem


deposits). Veja em movimento de massa. sofrer escamação por ação do intemperismo.
Como o processo intempérico ocorre da porção
Depósito de deslizamento (slide deposits). externa para a interna da rocha, não é incomum
Veja em movimento de massa. que o litossoma apresente uma feição que se
assemelha aquele da cebola quando vista em
Depósito de escorregamento (slump corte.
deposits). Veja em movimento de massa.
Descarga (discharge). Refere-se a quantidade
Depósito de fluxo de grãos (grainflows de água que passa num certo ponto na unidade
deposits). Sinônimo de depósito de fluxo de tempo.
fluidificado.
Veja em movimento de massa. Descarga capilar (capillary discharge). Veja
em capilaridade.
Depósito de fluxo gravitacional (debris flow
Descarga sólida (discharge solid). Trata-se da
deposits). Veja em movimento de massa. quantidade de material sólido transportada em
suspensão, que passa num certo ponto na
Depósito de fluxo fluidificado (fluidized flow unidade de tempo.
deposits). Veja em movimento de massa.
Deserto (desert). É uma região árida, quente ou
Depósito de tálus (talus deposits). Veja em fria, secas, com escassez de chuvas, onde as
movimento de massa. rochas estão sujeitas principalmente ao
intemperismo físico.
Desintegração (desintegration). Veja em estratificada e apresenta deformação de alto
intemperismo. grau.
Suas dimensões são variadas, desde
Deslizamento (creeping). É o movimento do alguns metros até quilômetros de extensão.
solo, manto de intemperismo ou rochas, Veja também diápiro de lama.
encosta abaixo. Mais especificamente refere-se
ao modo contínuo e lento de deslocamento Diatomácea (diatom). São algas uni ou
gravitacional de parte ou de todo o manto pluricelulares (mais raras) com frústula
intempérico. (carapaça) silicosa perfurada provida de duas
O termo solifluxão (solifluction) é valvas. Algumas espécies são solitárias, mas
utilizado quando o deslizamento se acelera por outras formam colônias.
embebição com água. Vivem em todos os ambientes
No caso de deslocamento abrupto aquáticos, mas a maior diversidade é
quando até as rochas do sub-solo são encontrada em água doce. Ilustração.
atingidas designa-se desmoronamento
(landslide).

Desmoronamento (landslide). Veja em des-


lizamento.

Diagênese (diagenesis). São processos


geológicos que resultam na união (litificação,
veja em diagênese) das partículas (veja em
Rocha Sedimentar Clástica) constituintes dos
sedimentos. Tais fenômenos ocorrem sob
baixa pressão, chamada pressão litostática
(veja em coluna litostática). Diatomácea. Diatomácea cêntrica, gênero Suriella.
A medida que o depósito é soterrado e Créditos: Dr. Norbert Lange/Shutterstock.com. Fonte:
pressionado, há o aumento da temperatura que https://www.infoescola.com/biologhia/diatomaceas. Acesso:
06.04.2019.
pode atingir 250 ºC.
Concomitantemente aqueles Diatomito (diatomite). Veja em Rocha
processos ocorre a cimentação, fenômeno em Sedimentar Orgânica.
que elementos ou compostos dissolvidos na
água subterrânea preenchem os poros entre os Dinoflagelado (dinoflagellate). Seres cuja
grãos. maioria é unicelular. Movimentam-se com o
auxílio de dois flagelos. Há também dinoflage-
Diaglifo (diaglyphs). Veja em hieroglifo. lados imóveis.
Diamictito (diamictite). Veja em Dique clástico (clastic dyke). Veja dique
paraconglomerado. sedimentar.
Diápiro de lama (mud lumps). Ascendência ou Dique de areia (sand dyke). Veja dique
emergência lamosa de depósitos cobertos por sedimentar.
outros sedimentos.
Podem, quando emergentes, formar Dique de areia irregular (contorted sandstone
ilhas ou promontórios, com alguns metros dykes). Veja diques sedimentares contorcidos
acima do nível das águas e vários metros de em dique sedimentar.
largura e comprimento.
Veja também diápiro de sal. Dique de arenito (sandstone dyke). Veja dique
sedimentar.
Diápiro de sal (salt diapir). São estruturas
halocinéticas responsáveis pela formação de Dique sedimentar (auto-intrusion, clastic
massas geralmente dômicas e lacolíticas. É dykes, dykes, intrusive clast, neptunian dikes,
importante lembrar que a estrutura interna é
sandstones dykes, sedimentary dykes). dobra penecontemporânea.
Ilustração. São corpos de forma tabu-lar,
discordantes em relação à rocha hospedeira, Dobra intraformacional (intraformational fold).
constituídos por sedimentos clásticos ou não Veja estrutura convoluta.
(asfalto). Originam-se por in-
jeções de materiais fluidizados para dentro da Dobramento de sobrecarga (load fold).
rocha hospedeira ou por queda dos sedimentos Dobras em uma camada originada,
em fissuras de outros litossomas, onde se provavelmente, por ondas e pressão desigual
consolidam. do leito sobrejacente.
Veja também estrutura de sobrecarga.

Dobramento penecontemporâneos
(penecontemporaneous folding). Veja dobra
penecontemporânea.

Dobramento por recalque. Veja estrutura de


sobrecarga.

Dobra penecontemporânea (folds of


décollement type, intraformational corrugation,
laminar corrugations, sedimentary folding,
Dique sedimentar de siltito (veja em Rocha Sedimentar slump folding, streamers, synsedimentary
Clástica), mais escuro, limitado por traço à tinta, em folding). Ilustração. Dobras de variada
andesito. Acima do cabo do martelo, sill sedimentar. Grupo envergadura podem ser desenvolvidas durante
Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Referência: 30 cm compactação, movimentos de deslizamentos
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
ou deslocamento glacial sobre sedimentos,
estando, normalmente, associadas a falhas
Interessantes são os diques calcários
penecontemporâneas.
que se confundem com a rocha calcária
hospedeira.
Quando a injeção sedimentar ocorre
após a compactação, a estrutura apresenta
paredes retas. Se injetadas antes da litificação,
poderão mostrar contorções por efeito da
compactação, sendo então reconhecidos como
diques sedimentares contorcidos (contorted
sandstone dykes). Em testemunhos, os diques
contorcidos assemelham-se às estruturas de
bioturbação, mas seus traços linea-res nos
planos de estratificação indicam seu caráter
tabular.
Estão relacionados com os sills Dobramento penecontemporâneo. Grupo Guaritas,
sedimentares. Proterozóico, RS, BR. Referência: 2,0 cm ∅. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.
Veja também estrutura de escape de
água e polígono de areia.
Quando são estruturas de
escorregamento mais do que uma camada está
Dique sedimentar contorcido (contorted
envolvida, no entanto, quando se tratar de
sandstone dykes, molar-tooth structures).
estrutura convoluta, os dobramentos estão res-
Veja em dique sedimentar.
tritos às lâminas de uma só camada.
Nas dobras de escorregamento as
Dissolução (dissolution). Veja em
antiformes não são pontiagudas nem as
intemperismo.
sinformes tão largas como àquelas das
estruturas convolutas, o que gera uma feição
Dobra de escorregamento (sliding fold). Veja
mais amarrotada nas primeiras.
Quando ocorrer espessamento nas
lâminas que formam as cristas das antiformes e
também das sinformes, com variações de
espessura, o que muitas vezes torna-as
descontínuas, tais dobramentos recebem a
denominação de estrutura de constrição (pinch
and swell).

Dobra recumbente intraformacional


(intraformational recumbent folds). Lâminas
frontais (veja em marca de ondulação) de
estratificação cruzada dobrada sobre si mesma
em sua parte superior.
A feição é produzida pelo arrasto de
fortes correntes carregadas com sedimentos
migrando sobre o topo de uma sequência de
lâminas frontais (veja em marca de ondulação).
Além disto, a estrutura pode ser o
resultado da deformação de areias liquefeitas
ou fluidificadas por correntes de arrasto
provocadas provavelmente por choques de
tremores de terra. Domichnia. Estrutura elaborada por Callianassa sp. Areias
Geralmente são dobras regulares com de ambiente marinho litorâneo. Cenozoico, RS, BR.
planos axiais sub-horizontais. Referência: 15 cm de comprimento. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.
Dolomita (dolomite). Mineral composto por
carbonato e magnésio [CaMg(CO3)2]. Domo arenoso (air heave structure, sand
domes). Veja em impressão de bolha.
Dolomito (dolomite). Rocha calcária formada
dominantemente por dolomita. Domo salino (saline dome). Veja diápiro de sal.
Veja também Rocha Sedimentar
Química e Rocha Sedimentar Orgânica. Depósito de deslizamento (slide deposits).
Veja em movimento de massa.
Domichnia. Ilustração. Veja estrutura de
moradia. Depósito de escorregamento (slump
deposits). Veja em movimento de massa.

Depósito de rastejo de rocha (rock creep).


Veja em movimento de massa.

Depósito de rastejo de solo (soil creep). Veja


em movimento de massa.

Draa. Veja em duna transversa.

Drapeamento de lama (draped, mud drape).


Ilustração. Veja estratificação ondulada.
declive suave corrente acima e um declive
íngreme de deslizamento, corrente abaixo.
Em seção apresentam uma assimetria
grosseiramente triangular.
Veja duna dikaka e também duna zibar.

Duna barcana (barchan dune, barkhan). São


dunas em forma de meia-lua ocorrendo como
corpos isolados, em cadeias ou colônias.
As extremidades de uma duna barcana
apontam para sota-vento, pois, sua migração é
mais rápida que a porção central.
Drapeamento de lama (nível escuro abaixo da moeda)
sobre leito de arenito ondulado. Formação Rio do Rasto,
É formada por corrente unidirecional de
Permo-Triássico, RS, BR. A seta indica a direção da velocidade mais baixa do que aquela que
paleocorrente. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos origina as dunas seif.
Henrique Nowatzki. Migram por avalanche de areia na face
de escorregamento ou de sota-vento.
Dreikanter. Veja em grão facetado. As formas simples podem coalescer
originando complexos.
Drusa (druse). Veja em geodo. A face de barlavento mostra-se menos
inclinada que a face de sota-vento,
Duna (dune, simple dune). Megamarcas de apresentando o lado convexo em sentido
ondulações ou marcas de ondulações gigantes contrário à corrente.
tanto subaquáticas quanto subaéreas, com
altura, comprimento e largura definíveis. A Duna de argila (clay dunes, lunettes). Dunas
razão comprimento sobre altura, em relação à geralmente solitárias, invariavelmente
razão das ondas de areia, é mais alta. associadas com algum tipo de depressão.
Os hidrodinamistas classificam tais Variam, em planta, de crescentes a
formas de leito sob a denominação de marcas meandrantes ou lineares irregulares.
ondulares tridimensionais (formas 3D). Podem Encontradas em zonas de sebkha ou em zonas
ser mencionadas de acordo com a dimensão de várzea (veja em ambiente de planície de i-
como: nundação) de canal tidal ou lagunar.
1. Pequenas dunas (60 cm até 30 O comprimento é limitado pela
metros de comprimento de onda). depressão. As menores possuem dezenas de
2. Grandes dunas (mais do que 30 metros e as maiores dezenas de quilômetros. A
metros de comprimento de onda). altura raramente excede 15 metros. Em seção,
As dunas possuem cristas (cume) podem ser simétricas ou assimétricas.
fortemente sinuosas e geralmente São o resultado do transporte por vento
descontínuas. As calhas entre as dunas so- unidirecional de agregados soltos de argila, sal
frem uma erosão pronunciada. e restos de conchas, do fundo de algum corpo
Para muitos a terminologia duna é de água temporariamente seco.
empregada na descrição de grandes corpos de
areia, em um caso por argila, formados pela Duna dikaka (dikaka dune). Dunas que
atividade eólica. Neste caso podemos ter as apresentam numerosos pedotúbulos.
seguintes formas: dunas barcanas, dunas São depósitos dunares estabilizados
parabólicas, dunas reversas, dunas seif, dunas graças ao excepcional desenvolvimento de
equantes, dunas transversas e dunas de argila. plantas, possuindo um sistema de raízes que
Dependendo da dimensão da duna crescem até grande profundidade.
podem ser superpostas por pequenas marcas O crescimento das plantas destrói total
de ondulações (veja em marca de ondulação) ou parcialmente a estratificação original.
ou por megamarcas de ondulações. As partes ocupadas pelas raízes
São grandes corpos arenosos podem apresentar cimentação preferencial.
desenvolvidos por fluxos fluidos sobre uma Dunas dikaka são comuns próximo de
camada granular. Normalmente mostram um depósitos de wadi ou em oásis.
apresentando o lado côncavo na direção de
Duna draa (draa dune). Veja em duna barlavento. A parte mais central movimenta-se
transversa. para frente em relação aos lados. Prova-
velmente a migração retardada dos braços se
Duna em forma de domo (domal dunes of deva à ancoragem dos mesmos, por vegeta-
medusa-head aspect, dome-shaped dunes, ção, o que não ocorre com a parte central.
rounded barchanoid draas). Dunas equantes As condições que favorecem sua
de baixo-relevo que não apresentam uma face origem são:
pronunciada de escorregamento. 1. Superfície estabilizada onde o vento
Em planta podem ser circulares, age em zonas dispersas de pouca resistência.
oblongas ou parabólicas, achatadas no topo. As 2. Espessura arenosa inicial consi-
duas formas extremas são: derável de maneira tal que o avanço possa ser
1. Dunas dômicas de topo chato, restrito a frentes comparativamente estreitas.
flanqueadas por cristas curtas e sinuosas. 3. Vento unidirecional.
Usualmente com o topo coberto por dunas
menores. Duna regressiva. Veja em marca de
2. Dunas dômicas com topo chato ondulação regressiva.
mostrando uma baixa muralha levantada acima
do íngreme declive flanqueante de onde Duna reversa (reversing dune). Duna de altura
irradiam cristas curtas e sinuosas. Também incomum, mas com pouca migração. Mudanças
podem estar cobertas por dunas menores e/ou temporárias na direção predominante do vento
depressões rasas e cristas menores. causam movimentos alternados em direções
Provavelmente se desenvolvem devido aproximadamente opostas. Tais corpos são
a uma forte corrente eólica que impede o dunas barcanas ou mesmo dunas transversas.
crescimento da duna. A forma dessas dunas é controlada por
uma direção eólica dominante e uma face de
Duna eólica (eolic dune). Veja duna. escorregamento bem desenvolvida. Entretanto,
graças às mudanças temporárias na direção de
Duna equante (equant dunes). Dunas sopro do vento, pequenas faces de
arenosas eólicas que, em planta, mostram escorregamento podem surgir em oposição à
várias cristas em diferentes sentidos sendo de principal.
topo agudo (veja duna estrelar) ou de topo
chato (veja duna em forma de domo). Duna seif (longitudinal dune, seif dune). Dunas
Acredita-se que dunas equantes são alongadas, de crista reta, com um longo eixo
geradas por ventos efetivos que sopram, orientado paralelamente à direção
igualmente, de muitas direções diferentes, com predominante do vento. São corpos contínuos,
sentidos opostos. porém, com aspecto serreado. Várias dunas
seif ocorrem em séries paralelas separadas
Duna estrelar (ghord, ghourd, peaked dunes, entre si por áreas interdunares muito amplas.
pyramidal dunes, rhourd, rhourd dune, star Devem sua gênese a ventos fortes
dunes, star-shaped dunes, stellate dunes). constantes ou mais frequentemente a ventos
Dunas equante com um ponto central elevado bidirecionais alternantes. Para alguns, contudo,
a partir do qual divergem três ou mais cristas. sua origem está relacionada a fluxos helicoidais
Geralmente todas as cristas possuem uma face de vento.
de escorregamento bem desenvolvida sendo
ativadas em diferentes períodos. Duna subaquática. Veja duna.
Provavelmente resulta da atividade
eólica soprando de múltiplas direções. Duna transversa (transverse dunes). Dunas
alongadas, de crista quase reta, orientadas
Duna longitudinal (longitudinal dune). Veja perpendicularmente à direção predominante do
duna seif. vento. As cristas são regularmente espaçadas,
separadas por áreas interdunares amplas.
Duna parabólica (parabolic dunes). Dunas em Representam formas instáveis que
forma de “U” quando vistas em planta podem transformar-se em dunas barcanas ou
dunas seif. Para alguns, contudo, elas são As partículas se mantém adjacentes e
estáveis e estão presentes em vários desertos. estabilizadas pela força gravitacional. No
Originam-se associadas a áreas de sistema, duas partículas não possuem nenhum
inland sabkhas (veja em ambiente eólico). ponto interno em comum. Este arranjo pode ser
Alguns autores usam o termo aklé para ordenado ou não.
aquelas que possuem comprimento de onda Também podemos falar em
em torno de 10 metros a 100 metros e uma empacotamento fechado quando a
altura de 1 metro a 10 metros. Estas dunas concentração de sedimentos ocupa
transversas possuem componentes densamente o espaço. Empacotamento aberto,
longitudinais e oblíquos, com cristas sinuosas quando às partículas mantêm espaços
mostrando alternadamente setores linguiforme intersticiais.
e barcanoides (isto é, côncavos, corrente Os espaços intersticiais qualificam a
abaixo) os quais estão ou em fase ou fora de porosidade (porosity) da rocha. A porosidade
fase com aqueles de uma crista adjacente. original do pacote sedimentar é a porosidade
Draa é o termo usado para aquelas primária. A porosidade secundária é aquela
com comprimento variável de 1 quilômetro a 3 originada após a deposição por processos
quilômetros e uma altura em torno de 100 como, por exemplo, dissolução parcial ou local.
metros com dunas menores superpostas. É
uma estrutura exclusivamente eólica, sem
correspondente subaquático.

Duna zibar (zibar dune). Dunas achatadas,


transversas em relação à direção do vento,
quase simétricas, sem face de escorregamento.
Desenvolvem-se em areias residuais
mal classificadas em corredores e bacias entre
grandes dunas ou subjacentes às planícies
desérticas extensas.
Em planta, variam de formas quase
retas até sinuosas e irregulares. Seu
comprimento de onda alcança 150 metros a Índice de empacotamento. Em seção delgada, o
400 metros. índice de empacotamento é obtido por meio da
A associação de dunas zibar com percentagem de contatos grão a grão, identificados
ao longo de uma “travessia”, em relação ao número
áreas de deflação de areias mal classificadas total de contatos registrados ao longo de uma mesma
sugere, em princípio, sua afinidade com as “travessia”. Fonte: Oliveira 2003, modificado de Pet-
marcas de ondulações balísticas maiores. tjjohn 1975.

Durênio (durain). Veja em Rocha Sedimentar Endichnia. Estruturas de bioturbação,


Orgânica. preservadas na porção interna e central do
meio principal de moldagem.
No singular diz-se endichnion.

Endichnion. Singular de endichnia.

E Endoglifo (endoglyph). Veja em hieroglifo.

Éon (Éon). Éon, uma unidade geocronológica,


é a maior subdivisão de tempo na Escala do
Eikanter (eikanter). Veja em grão facetado. Tempo Geológico. Corresponde a
Éonotema (veja em unidade
Empacotamento (packing) Ilustração. Relação cronoestratigráfica).
mantida entre um sistema de partículas (veja
em Rocha Sedimentar Clástica) sólidas, em um Éonotema (Éonothem). Veja Éonotema em
espaço fechado. unidade cronoestratigráfica.
Epichnia. Estruturas de bioturbação Escavação transversal e diagonal. Veja sulco
preservadas na face superior do meio principal erosivo transversal lavrado por corrente.
de moldagem. Podem aparecer como
saliências ou como depressões. Esfericidade (sphericity). Veja em Rocha
No singular diz-se epichnion. Sedimentar Clástica.

Epichnion. Singular de epichnia. Esferoide corrugado (crumpled ball). Veja


pseudonódulo enrugado.
Epiglifo (epiglyphs). Veja em hieroglifo.
Esferólito. Termo empregado para especificar
Época (epoch). Época, unidade qualquer corpo esférico com estrutura radial,
geocronológica, divisão de um Período (period), formado in situ. Muitos oólitos (veja em
corres-ponde a Série (series), uma unidade concreção) e certas concreções são exemplos
cronoestratigráfica. de esferólitos.

Era (era). Era, uma unidade geocronológica, Esker. Veja em ambiente glacial.
corresponde a Eratema (erathem), uma
unidade cronoestratigráfica. É uma divisão de Esponja (sponge). Ilustração. São animais cujo
Éon na Escala do Tempo Geológico. corpo apresenta inúmeras cavidades
A categoria imediatamente inferior é o minúsculas denominadas poros e por isto são
Período. enquadradas no filo Porifera (portador de
poros).
Eratema (erathem). Veja em unidade Vivem tanto em água doce quanto
cronoestratigráfica. salgada, são sésseis (fixados no substrato),
alimentam-se por filtração do líquido em que
Erosão (erosion). O termo pode ser analisado vivem, não possuem músculos, sistema
sob dois aspectos: genérico e específico. nervoso ou órgãos internos, sendo cada célula
O primeiro abrange as fases de responsável por sua alimentação.
intemperismo, transporte de detritos e de São encontradas desde a superfície da
elementos e compostos, bem como as ações água até mais de 8 000 metros de
físicas e combinações químicas ocorrentes profundidade.
nesta etapa.
O termo também pode expressar um
acontecimento erosivo estrito, como, por e-
xemplo, a atuação erosiva de cursos d’água, de
ondas, de ventos, de geleiras, de marés, de
seres vivos, de oceanos, etc.

Erpoglifo (erpoglyphs). Veja em hieroglifo.

Escala do Tempo Geológico. Corresponde a


linha do tempo que inicia com a formação da
Terra e se desenvolve até os dias atuais.
Divide-se em éons, eras, períodos,
épocas e idades.
Veja a versão 2018 do Quadro
Estratigráfico internacional da Comissão
Internacional sobre Estratigrafia da União Esponja. Exemplar seccionado da espécie Tedaria ignis.
Disponibilizado: 23.11.2006. Acesso: 07.04.2019. Origem:
Internacional de Ciências Geológicas no final NOAA. Fonte:
deste léxico. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tedaria_ignis.jpg?
uselang=pt.
Escavação por obstáculo. Veja estrutura de
desbaste em crescente. Espora e sulco em recife (spur-and-groove).
Feições similares a sulcos e cristas lavrados por superfícies marcadas pela interpenetração
ondas, porém, o motivo principal para o mútua de planos sedimentares. Em seção
desenvolvimento da feição é o crescimento de podem (a) mostrar um padrão colunar quando
corais e algas controlado, provavelmente, pela os desníveis do plano de contato se
atividade das ondas que atuam em recifes e apresentam espaçados (também são
atóis (veja em recife). chamados de suturados), (b) denticulares
quando apresentam uma linha com picos
Estalactite (roof pendants, stalactites). agudos como no sismograma e (c) ondulados
Ilustração. Estruturas cársticas formadas no irregulares quando a linha for sinuosa e com
interior de cavernas como projeções cônicas ondas de baixa amplitude e grande
com a base fixada no teto. Externamente, comprimento. Variam de milímetros a poucos
podem ser levemente irregulares a lisos, centímetros.
picados ou com cristas. Em alguns casos, ocorrem estrias
A origem se deve à água com paralelas às colunas evidenciando a
carbonato de cálcio em solução que, ao gotejar interpenetração.
deste o teto, paulatinamente constrói a As colunas são limitadas por fina
estrutura. camada de argila que, provavelmente,
representa a concentração do resíduo insolúvel
do material dissolvido durante a formação do
estilolito.
Acredita-se que surgem por pressões
diferenciais ao longo dos planos de partição de
rochas homogêneas, com pequeno grau de
impurezas (calcários, arenitos, raramente
folhelhos).
Ao longo dos planos onde há
diferenças de solubilidade e diferenças de
pressão, as porções mais solúveis são
removidas (permitindo o surgimento das
colunas) e os resíduos insolúveis permanecem,
capeando as colunas.

Estalactite. Conjunto de estalactites (à frente e acima da


referência) e estalagmites (elipse) em gruta do Grupo
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Créditos: Flora Zeltzer.

Estalagmite (stalagmites). Um termo geral


para depósitos de carbonato de cálcio maci-ços
encontrados em cavernas calcárias, mais
especificamente para corpos cônicos com o
vértice voltado para o teto onde se encontram Estilolito. Feições estilolíticas no Calcário Salem,
estalactites correspondentes. Mississipiano, Bloomington, Indiana, USA. Créditos: Michael
A origem se deve à deposição de C. Rygel. Disponibilizado: 09.11.2010. Acesso: 22.06.2019.
Fonte:
carbonato de cálcio que vem em solução nas https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stylolites_mcr1.jpg
gotas que caem do teto das cavernas. .
As estalagmites podem reunir-se às Estratificação (bedding, stratification). Termo
estalactites dando origem às colunas calcárias. usado para descrever sequências se-
dimentares que evidenciam o arranjo de ca-
Estilolito (stylolites). Ilustração. São madas ou estratos superpostos.
Em casos excepcionais, as lâminas
Estratificação anelar (loop bedding, mud frontais aparecem dobradas sobre si mesmas
crust, mud curl). Pequenos grupos de lâminas em sua porção superior (veja dobra recumbente
regulares, com aspecto de laços ou elos, intraformacional). Outras vezes, aparecem
estreitamente reunidos. como estratificação cruzada espinha de peixe.
Sua origem, provavelmente, está Também há casos em que as lâminas frontais
associada à dessecação. São observadas em aparecem com a concavidade, dirigida para
calcários finos e folhelhos betuminosos. baixo graças a ação erosiva de ventos
Veja também greta de contração ocasionais na base da face de escorregamento
encurvada. das dunas permitindo, desta maneira, a
ultrapassagem dos sedimentos sobre a região
Estratificação contorcida. Veja basal erodida.
acamadamento contorcido. Frequentemente, unidades de
estrtificação cruzada mostram
Estratificação convoluta (convoluted descontinuidades no padrão e atitude das
stratification). Veja estrutura convoluta. lâminas frontais, comumente denominadas
superfícies de reativação (reactivation
Estratificação corrugada. Veja marca de surfaces, structural diastems). Trata-se de uma
ondulação cavalgante em fase. superfície inclinada dentro de uma sequência
cruzada, que se-para lâminas frontais de
Estratificação cruzada (backset bedding, orientação similar. As lâminas frontais mais
cross bed, cross bedded unit, cross bedding, novas truncam as infe-riores. Sua origem pode
cross strata, cross stratification, cross stratum, ser devida a flutuações ou mudanças no
current bedding, delta bedding, delta foresets, mecanismo ou direção do fluxo.
diagonal bedding, doubly cross-laminated, drift Estratificação cruzada tem origem
bedding, false bedding, false stratification, muito variada. Em geral, resultam da migração
foreset bedding, furious cross laminated, de pequenas marcas de ondulações e
furious cross lamination, inclined bedding, megamarcas de ondulações. Também podem
inclined stratification, lateral accretion bedding, surgir em depósitos de barra em pontal, em
lateral accretion structure, lee side superfícies inclinadas de praias, no
concentration, low-angle cross bedding, preenchimento de canais, dunas arenosas, etc.
microdelta cross bedding, oblique bedding, Podem ser classificadas como estratificação
oblique lamination, oblique stratification, small cruzada de pequena escala e estratificação
ripple bedding, unilateral cross lamination, cruzada de grande escala.
wavy-ripple bedding). Tipo de estratificação em Podemos reconhecer as seguintes
que os estratos ou camadas mergulham em estratificações cruzadas:
relação às superfícies limitantes. 1. Estratificação cruzada em calha.
Uma camada cruzada pode ser 2. Estratificação cruzada planar.
definida como um único leito ou uma unidade 3. Estratificação cruzada longitudinal.
de sedimentação, constituída de lâminas 4. Estratificação cruzada festonada.
internas inclinadas em relação à principal 5. Estratificação cruzada por ondas.
superfície de sedimentação. Esta unidade é 6. Estratificação cruzada espinha de peixe.
separada dos leitos adjacentes por uma 7. Estratificação cruzada inclinada
superfície de erosão, não deposição ou mu- convexa.
dança abrupta nos caracteres. 8. Estratificação cruzada convoluta.
As lâminas frontais (veja em marca de 9. Estratificação cruzada em retrocesso
ondulação), às quais constituem a unidade de (veja em marca de ondulação regressiva).
estratificação cruzada, podem adquirir 10. Estratificação cruzada por lâminas
diferentes formas, de angular em calha frontais e línguas arenosas de avalanche.
levemente tangencial e côncava a sigmoideo 11. Estratificação cruzada complexa.
(veja sigmoide em ambiente deltaico), 12. Estratificação cruzada composta.
dependendo sobretudo dos fatores 12. Estratificação cruzada de linhas de
hidrodinâmicos existentes ao tempo da deixa (veja em linha de deixa).
deposição das unidades concernentes. 13. Estratificação cruzada simples (veja em
estratificação cruzada planar). uma superfície essencialmente plana e erosiva.
14. Estratificação cruzada tabular (veja em A estratificação cruzada é discordante em
estratificação cruzada planar). relação ao limite inferior da sequência e é
15. Estratificação cruzada em cunha (veja litologimente homogênea. Em planta pode
em estratificação cruzada planar). variar de curvada em uma sequência, à reta em
16. Estratificação cruzada tangencial. outra.
De acordo com Allen (1963), as es-
tratificações cruzadas obedecem a seguinte Estratificação cruzada complexa (complex
classificação: cross bedding). Consiste em sequências de
1. Estratificação cruzada alfa. camadas acumuladas em alguns lugares
2. Estratificação cruzada beta. mergulhando corrente abaixo e, em outros,
3. Estratificação cruzada gama. corrente acima. Apresentam-se limitadas por
4. Estratificação cruzada epsilon. camadas aparentemente horizontalizadas que,
5. Estratificação cruzada zeta. na verdade, também são mergulhantes.
6. Estratificação cruzada eta. Quando as camadas visivelmente
7. Estratificação cruzada theta. mergulham corrente acima em relação à
8. Estratificação cruzada iota. superfície inferior, são denominadas camadas
9. Estratificação cruzada kappa. regressivas (backset beds).
10. Estratificação cruzada lambda. Sua origem está condicionada a fluxos
11. Estratificação cruzada mu. de sentidos opostos que depositam sedimentos
12. Estratificação cruzada nu. sobre o registro de episódios anteriores.
13. Estratificação cruzada omicron.
14. Estratificação cruzada pi. Estratificação cruzada composta (compound
15. Estratificação cruzada xi. cross-bedding, compound cross-stratification,
compound foreset bedding). Consiste em
Estratificação cruzada acanalada (channel- sequências de camadas acumuladas por ação
fill cross-bedding). Veja estratificação cruzada deposicional de marcas de ondulações
em calha. intermediadas por ação erosional. Desta forma,
as unidades de sedimentação aparecem
Estratificação cruzada alfa (alpha-cross separadas por débeis planos de erosão e,
stratification). Este tipo de estratificação internamente, tais camadas mostram uma
cruzada é representado por sequências laminação cruzada tangencial.
solitárias tipicamente grandes em escala. As Veja marca de ondulação cavalgante
superfícies limitantes de cada sequência são fora de fase.
essencialmente planares e não erosivas. A
estratificação cruzada de cada sequência é Estratificação cruzada côncava (concave
discordante com respeito ao limite inferior e cross-stratitification). Veja estratificação
litologicamente homogênea. Em seção vertical cruzada em calha.
paralela ao máximo mergulho, elas são retas ou
côncavas para cima. Estratificação cruzada convoluta (convolute
Onde a estratificação cruzada encontra current-ripple lamination, deformed cross
a superfície limitante superior da sequência, bedding). Estratificação cruzada formada pela
elas podem variar de reta em uma sequência à migração de ondulações, submetida a
curvada em outra. deformações que determinam o dobramento
das lâminas. Às vezes, as lâminas frontais (veja
Estratificação cruzada angular (angular em marca de ondulação), apresentam-se
cross bedding). Veja laminação angular. dobradas na forma da letra “V” deitada (<), com
os vértices apontando corrente acima.
Estratificação cruzada beta (beta-cross- Existem dois tipos de estratificação
stratification). Estratificação cruzada onde as cruzada convoluta sendo ambas meta
sequências são solitárias, geralmente de deposicionais:
grande escala. Este tipo é distinguido de outras 1. Os restritos a uma sequência de
sequências solitárias de estratificação cruzada camadas simples formando uma dobra
pelo fato de o limite inferior da sequência ser recumbente denominada estratificação cruzada
convoluta recumbente (overturned cross estratos são levemente côncavos para cima e
bedding). são inclinados na direção da corrente.
2. Os formados por pequenas dobras Estratificação cruzada de pequena
que aumentam de amplitude para cima sem o escala e estratificação cruzada festonada estão
dobramento acentuado na parte superior, presentes na maioria dos depósitos de canal e
chamada de estratificação cruzada convoluta de barra, perto das unidades de topo. O
transgressiva (oversteepened cross bedding). acamadamento, em geral, se desenvolve com
Pode ser simples quando as dobras marcas de ondulações cuspadas por corrente,
são mais regulares e complexas quando o mas também pode se formar por marcas de
padrão de dobramento é mais complicado e ondulações longitudinais por corrente.
irregular. Geralmente, é sobreposta por estratificação
paralela horizontal e jaz sobre estratificação
Estratificação cruzada convoluta paralela horizontal descontínua (canal) ou por
recumbente (overturned cross bedding). Veja estratificação cruzada de baixo ângulo (barra).
em estratificação cruzada convoluta. Formam-se em todos os ambientes
fluviais e marinhos rasos. Nas rochas fluviais,
Estratificação cruzada convoluta são mais comuns em rios anastomosados (veja
transgressiva (oversteepened cross bedding). em ambiente de planície de inundação) que em
Veja em estratificação cruzada convoluta. correntes efêmeras. Em rochas sedimentares
estão, por norma, associadas com estruturas
Estratificação cruzada de grande escala em costelas e sulcos.
(large-scale cross bedding). Estratificação
cruzada com unidades individuais maiores que Estratificação cruzada de preenchimento de
4 cm de espessura. canal. Veja estratificação cruzada em calha.
Origina-se de megamarcas de
ondulação. Estratificação cruzada em calha (channel-fill
cross-bedding, concave cross-bedding,
Estratificação cruzada de linha de deixa concave inclined-bedding, crescent type cross
(swash cross stratification). Veja em linha de bedding, scour and fill cross bedding, trough
deixa. cross-bedding, trough cross-stratification).
Ilustração. Estratificação cruzada com as
Estratificação cruzada de pequena escala superfícies limitantes curvadas. A superfície
(criss-cross lamination, festoon cross- inferior está sobre um plano erodido côncavo.
stratification, micro cross-bedding, micro Envolve erosão e subsequente deposição (veja
cross-stratification, micro-scale cross bedding, em sedimentação), por migração de formas de
rolling-strata, small--scale cross bedding). leito (veja em regime de fluxo), tais como dunas.
Estratificação cruzada com unidades Cada calha (canal) consiste em um
individuais de poucos milímetros até 4 cm de desbaste erosional alongado, preenchido por
espessura. São usualmente encontradas em lâminas curvadas. Este preenchimento pode
forma de calha (veja estratificação cruzada em ser simétrico ou assimétrico.
calha).
Resultam da deposição de marcas de
ondulações por corrente e marcas de
ondulações por ondas.
Esta estratificação compõe-se de
sequência de estratos cruzados pequenos em
forma de concha. Em seção transversal, os
estratos dentro de uma sequência são
côncavos para cima e concordantes com a
superfície inferior erosional. Sequências
individuais são empacotadas com erosão
parcial, por sequências adjacentes e
suprajacentes. Em vista longitudinal, os
conjuntos são em forma tabular ou de cunha; os Estratificação cruzada em calha, arenito do Grupo
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência: 30 cm de separadas por um fino leito de lama e mostram
comprimento. Os seixos de pelitos (galha de argila) foram
erodidos deixando expostos seus alojamentos. A corrente
lâminas em direções opostas, temos um caso
deslocava-se na direção do observador. Créditos: Carlos de estratificação cruzada espinha de peixe
Henrique Nowatzki. típica de ambiente de planície de maré.
Surgem graças a formação de lâminas
Veja também estratificação cruzada frontais (veja em marca de ondulação) em
festonada. sequências pares onde as direçôes de
mergulho são mutuamente opostas, ocorrendo
Estratificação cruzada em concha (wedge- em regiões marinhas rasas onde a
shaped cross-bedding, wedge torrential cross- reversibilidade completa do sentido da corrente
bedding). Veja em estratificação cruzada é possível.
planar.

Estratificação cruzada em retrocesso


(backset cross stratification). Veja em marca de
ondulação regressiva.

Estratificação cruzada epsilon (epsilon-


cross-stratification). Estratificação cruzada
encontrada como sequências solitárias, sendo
invariavelmente de grande escala. Cada
unidade encontra uma superfície erosional
inferior, essencialmente planar. Os estratos
cruzados na sequência sobrepõe-se
discordantemente no plano de estratificação e a Estratificação cruzada espinha de peixe em sedimentos
estratificação cruzada é principalmente arenosos de ambiente litorâneo marinho. Pleistoceno, RS,
distinguida pelo fato dos estratos cruzados BR. Referência: 5 cm de ∅. Créditos: Luiz José Tomazelli.
serem litologicamente heterogêneos,
usualmente consistindo de leitos alternados de Estratificação cruzada eta (eta-cross-
silte-argiloso e areia. Em seções verticais stratification). Estratificação cruzada
paralelas ao máximo mergulho, os estratos representada por sequências solitárias de
cruzados variam de retos em umas poucas grande escala. Uma superfície erosional
unidades a convexos para cima em sua grande rudemente em forma de colher está soto-posta
maioria. em cada unidade, sendo os estratos cruzados
Os estratos cruzados podem estar discordantemente relacionados nesta
curvados em planta mergulhando contra a superfície. Este tipo de estratificação cruzada é
superfície limitante superior da sequência distinguida pelo fato de que os estratos
estando as curvaturas no mesmo sentido do cruzados mostram leitos alternados de silte-
mergulho do estrato cruzado. argiloso e areia, sendo litologicamente
heterogêneos.
Estratificação cruzada espinha de peixe
(chevron cross-bedding, chevron cross-stra- Estratificação cruzada festonada (choppy
tification, herringbone cross-bedding, cross-lamination, festoon, festoon cross
herringbone cross-stratification, zig-zag cross bedding, festoon cross lamination). Ilustração.
bedding). Ilustração. Estratificação cruzada Correspondem a várias estratificações
cujas camadas adjacentes apresentam lâminas cruzadas em calha que se interceptam
frontais com direções opostas. Outros tipos de preservando-se parcialmente, mostrando em
estratificação como, por exemplo, estratificação vista vertical e perpendicular à direção do fluxo,
cruzada festonada, quando vistas em seções superfícies erosionais e lâminas que formam
diagonais, lembram a estratificação cruzada uma série de arcos truncados e côncavos para
espinha de peixe, razão pela qual esta cima. No entanto, quando vistas em seção
estratificação só pode ser reconhecida em vertical paralela ao fluxo, os limites das
seções tridimensionais. sequências são quase paralelos, de maneira tal
Quando duas camadas adjacentes são que cada sequência de lâminas inclinadas
corrente abaixo tem, aproxima-damente, a longitudinal para marcas de desbaste.
mesma espessura, podendo, então ser A depressão é usualmente assimétrica
confundida com estratificação cruzada planar. em seção transversa, exceto para pequenas
Envolve erosão e subsequente marcas de desbaste.
deposição por migração de formas de leito (veja Veja também estrutura de corte e
em regime de fluxo), tais como dunas. preenchimento.

Estratificação cruzada iota (iota-cross-


stratification). Estratificação cruzada repre-
sentada por sequências solitárias de grande
escala. Cada sequência é limitada inferior-
mente por uma sequência erosional em forma
de calha mergulhante nas duas extremidades.
Os estratos cruzados formam um acamamento
concordante com respeito à superfície limitante
inferior e são litologicamente homogêneos. A
relação concordante é visível nas seções
paralela e perpendicular ao eixo principal da
Estratificação cruzada festonada. Arenito eólico da calha.
Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR.
Referência: 30 cm de comprimento. A seta indica a média Estratificação cruzada kappa (kappa-cross-
das paleocorrentes. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
stratification). Estratificação cruzada
Estratificação cruzada gama (gamma-cross- representada por uma cosequência de
stratification). Estratificação cruzada camadas que reúne sequência de camadas de
representada por sequências solitárias e pequena escala. As sequências de cada
geralmente de grande escala. Cada sequência cosequência são limitadas por superfícies
é limitada por uma superfície inferior erosional gradacionais imaginárias que são irregulares e
e irregular. Os estratos cruzados de cada definidas por mudanças mais ou menos
sequência estão discordantemente pronunciada na atitude dos estratos cruzados.
relacionados com o limite inferior e são Estes são geralmente contínuos através das
litologicamente homogêneos. Os estratos superfícies de uma sequência a outra, acima ou
cruzados quando vistos em planta, podem ser abaixo, mas apresentam relações discordantes
retos em uma sequência a curvados em outra. com esta superfície.
Os estratos mostram mergulhos
Estratificação cruzada inclinada convexa comparativamente abruptos, mas em seção
(convex inclined-bedding, inclined perpendicular apresentam-se como lentes
stratification, parallel inclined stratification). interconectadas. Os estratos são
Estratificação cruzada formada por lâminas litologicamente homogêneos.
frontais (veja em marca de ondulação),
Estratificação cruzada lambda (lambda-
convexas para cima.
No ambiente eólico, origina-se graças cross-stratification. Estratificação cruzada
à ação erosiva de ventos ocasionais na base da representada por uma cosequência de
face de escorregamento das dunas permitindo, camadas que reúne uma sequência de
desta maneira, a ultrapassagem dos camadas de pequena escala. As sequências
sedimentos sobre a região basal erodida. dentro das cosequências são limitadas por
Em se tratando de meio aquoso, as superfícies gradacionais, planas, imaginárias
lâminas cobrem uma depressão irregular de que são mais ou menos definidas por
erosão, mostrando convexidade para cima. mudanças pronunciadas na atitude dos estratos
O tamanho da estratificação varia de cruzados, os quais discordam das superfícies
centímetros a vários metros. É fina, imaginárias de uma sequência a outra.
descontínua e horizontal. A inclinação Em uma seção os estratos são
geralmente é aparente apenas em seção fortemente inclinados, mas em outras são
transversa nos canais preenchidos e essencialmente horizontais, uniformes,
formando leitos paralelos. Os estratos são
litologicamente homogêneos. relação discordante é óbvia. Para outra seção,
perpendicular, os estratos cruzados são
Estratificação cruzada longitudinal simétricos e aparentemente concordantes.
(longitudinal cross-bedding). Estratificação
cruzada na qual os estratos ou camadas Estratificação cruzada omikron (omikron-
mergu-lham perpendicularmente à direção da cross-stratification). Estratificação cruzada
corrente. As camadas inclinadas não possuem formada por cosequência de camadas que
lâminas, mas são compostas por diferentes agrupam sequências de camadas de grande
tipos de estratificação, tais como: estratificação escala. As sequências são soto-postas por
flaser, estratificação lenticular de pequeno superfícies erosivas essencialmente planares
porte, estratificação finamente interacamada, com estratos discordantes formando o corpo de
etc. cada sequência. Os estratos cruzados na
A direção das camadas da cosequência inclinam-se mais ou menos na
estratificação cruzada longitudinal é paralela à mesma direção e estão discordantemente re-
corrente, em contraste com outros tipos de lacionados com as superfícies limitantes da
estratificação cruzada. sequência em uma única direção. Na seção
Este tipo de estrutura é produzida pelo perpendicular eles são observados como
deslocamento lateral de canais de maré em uniformes formando leitos paralelos. Os
ambiente de planícies de maré. Em tal situação, estratos cruzados são litologicamente
a deposição ocorre em barras em pontal na homogêneos.
forma de camadas convexas inclinadas para
dentro do canal, formando uma sequência de Estratificação cruzada pi (pi-cross-
camadas. Este pacote de ca-madas inclinadas stratification). Estratificação cruzada formada
quando coberto por camadas horizontalizadas, por grupamento de sequência de camadas
determina um padrão de estratificação cruzada. interferentes e individualmente de grande
A origem pode também estar vinculada escala. Cada sequência é soto-posta por uma
as barras em pontal de canais fluviais superfície erosional com formato de colher
meandrantes e anastomosados. mergu-lhando somente em uma extremidade.
Veja também forma de canal fluvial As sequências são formadas por estratos
(veja em ambiente de planície de inundação). curvados, mais ou menos simétricos e
discordantemente acamados. A relação
Estratificação cruzada mu (mu-cross- discordante é vista em uma seção, mas não é
stratification). Estratificação cruzada é formada clara nas demais seções. Os estratos cruzados
por um grupo de sequências de camadas de são litologicamente homogêneos.
pequena escala. Cada sequência é soto-posta
por uma superfície essencialmente planar e Estratificação cruzada plana. Veja
erosiva. Os estratos cruzados mostram uma estratificação cruzada planar.
relação discordante com esta superfície. Em
uma seção mergulham fortemente em uma Estratificação cruzada planar (avalanche-
direção constante, mas em outra, são front cross stratification, flow-and-plunge
essencialmente uniformes formando leitos structure, high-angle planar cross stratification,
paralelos. Os estratos cruzados são low-angle cross-stratification, mega-ripple
litologicamente homogêneos. bedding, planar cross bedding, planar cross
stratification, torrential cross-bedding).
Estratificação cruzada nu (nu-cross- Ilustração. Tipo de estratificação cruzada em
stratification). Estratificação cruzada é formada que as superfícies limitantes da unidade de
por cosequência de camadas de sequências de sedimentação são mais ou menos planas e
camadas agrupadas e de pequena escala. erosivas. Quando o limite inferior é não erosivo
Cada sequência de camadas é soto-posta por chama-se estratificação cruzada simples
uma superfície erosiva em forma de colher, com (simple cross bedding, simple cross-
uma única extremidade mergulhante e formada stratification).
por estratos curvados simétricos e discordantes
em relação a esta superfície.
Em apenas uma seção vertical a
sand-flow cross strata, sand-flow cross
stratification, scalloped structure). As dunas,
predominantemente as eólicas, podem mostrar
línguas arenosas de avalanche na face de
escorregamento. Como as línguas arenosas
possuem granulometria mais grossa que as
lâminas frontais (veja em marca de ondulação),
construídas por queda de grãos, fica evidente o
entrecruzamento destas feições.

Estratificação cruzada por ondas (wave


cross-stratification, hummocky cross-
stratification). Ilustração. É a estratificação
Estratificação cruzada planar. Arenito da Formação Rio
Bonito, Permiano, RS, BR. Referência: 30 cm de cruzada originada pela oscilação das ondas. Às
comprimento. A seta amarela aponta o limite inferior da ondas podem ser normais ou de tempestade.
estratificação onde são visíveis alojamentos de galhas de As estruturas formadas pela ação de ondas
argila já erodidos. A seta vermelha indica a direção da normais são de envergadura menor quando
paleocorrente. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
comparadas às de tempestades. Constituem-
Ambas podem se apresentar como se, as últimas, por camadas ta-bulares quase
feições tabulares, ou cuneiformes sendo horizontalizadas, formadas por areias muito
denominadas, respectivamente, estratificação finas a finas (hummocky).
cruzada tabular (tabular cross-bedding, tabular As unidades tabulares variam em
cross-stratification) e estratificação cruzada em espessura de 15 cm a 50 cm, mas tendem a
cunha (wedge-shaped cross-bedding, wedge decrescer o espessamento médio para baixo
torrential cross-bedding). onde se tornam, transicionalmente, inter-
É necessário ter em mente que acamadas com leitos de silte e argila.
estratificação cruzada festonada pode ser Nesta zona é comum encontrar
confundida com estratificação cruzada planar bioturbações (veja estrutura de bioturbação) em
ou simples, dependendo da seção disponível. maior quantidade do que as camadas
Para tanto, existem três características que superiores, bem como sinais fracos, porém,
distinguem a estratificação cruzada planar e a extensivos, de erosão no topo.
estratificação cruzada simples da festonada:
1. A falta de forte conformidade entre
as lâminas e o limite da sequência inferior como
acontece na face vertical, perpendicular à
direção do fluxo, na estratificação festonada.
2. As lâminas vistas em uma superfície
horizontal, são retas ou sinuosas em oposição
aos arcos arranjados com a conca-vidade
corrente abaixo no mesmo plano da
estratificação cruzada festonada.
3. Contatos não erosivos entre
sequências de lâminas podem existir em alguns
lugares, o que não ocorre na estratificação
cruzada festonada.
Estratificação cruzada por ondas (hummocky). A camada
A estratificação cruzada planar é com as estruturas está sinalizada por colchetes. Formação
originada por migração de marcas de Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. Créditos: Carlos
ondulações de crista reta por corrente (formas Henrique Nowatzki.
2D).
As principais características desta
Estratificação cruzada por lâmina frontal e estrutura podem ser assim sumarizadas: (a) as
língua arenosa de avalanche (grain flow cross superfícies inferiores limitantes dos conjuntos
strata, sand-flow and grain-fall cross-bedding, são erosionais, com inclinações menores do
que 10o, embora possam atingir 15o, (b) as
lâminas acima deste conjunto li-mitado
erosivamente são paralelas ou quase paralelas
àquela superfície, (c) as lâminas podem
espessar-se sistematicamente na lateral do
conjunto, de maneira tal que seus traçados em
uma superfície vertical são em forma de leque,
com diminuição gradativa e regular dos
mergulhos, (d) as direções de mergulho dos
conjuntos limitados erosivamente e das lâminas
que os recobrem são diversificadas. Na base Estratificação cruzada tangencial. Arenitos eólicos da
dessa estratificação pode haver marcas de Formação Sanga do Cabral, Triássico, RS, BR. A seta
mostra a direção da paleocorrente. Créditos: Carlos
sulcos lavrados por objeto ou marcas de Henrique Nowatzki.
punção no contato com as camadas
subjacentes ricas em argilas. No topo podem Estratificação cruzada theta (theta-cross-
existir marcas de ondulações por ondas. stratification). Estratificação cruzada repre-
Quando vista em planta se apresentam sentada por sequências solitárias de grande
como montículos os quais possuem entre 15 escala. Cada sequência é soto-posta por uma
cm a 50 cm de altura, estando espaçados uns superfície erosional em calha, mergulhante em
dos outros de 1 metro a poucos metros, por ambas as extremidades. Os estratos cruzados
áreas mais amplas e deprimidas. são litologicamente homogêneos e
Atribui-se como origem, a ação de discordantemente relacionados com o limite
fortes ondas com vagalhões de deslocamento e inferior. As relações discordantes podem ser
velocidade maior do que aquelas que originam vistas em seções paralelas à direção de
marcas de ondulações por ondas. Uma camada mergulho dos estratos, mas não podem ser
com estratificação cruzada por ondas pode ser percebidas em seção perpendicular ao eixo
o produto de um evento de tempestade. Como principal da calha.
são interacamadas com leitos argilosos ou
siltosos bioturbados em sua porção superior, Estratificação cruzada xi (xi-cross-
admite-se períodos de maior quietude stratification). Estratificação cruzada formada
hidráulica ou menores taxas de sedimentação por cosequência de camadas que agrupam
intercalados com tais tempestades. sequências de camadas de grande escala.
Cada sequência de uma cosequência é soto-
Estratificação cruzada sigmoidal (sigmoidal posta por uma superfície não erosiva planar.
cross-stratification). Veja em ambiente deltaico. Em todas as seções os estratos cruzados são
discordantes com a superfície limitante inferior.
Estratificação cruzada simples (simple cross Os estratos cruzados são
bedding, simple cross-stratification). Veja em litologicamente homogêneos.
estratificação cruzada planar.
Estratificação cruzada zeta (zeta-cross-
Estratificação cruzada tabular (tabular cross- stratification). Estratificação cruzada repre-
bedding, tabular cross-stratification). Veja em sentada por sequências solitárias de grande
estratificação cruzada planar. escala. Cada sequência é limitada por uma
superfície inferior erosiva e essencialmente
Estratificação cruzada tangencial (tangencial cilíndrica, sem tendência a mergulhar em
cross-bedding). Ilustração. Trata-se de marca nenhuma direção ao longo do eixo principal. Os
de ondulação com crista sinuosa por corrente estratos cruzados na unidade são concordantes
(forma 3D) vista em corte longitudinal. As com o limite inferior da sequência e
lâminas que a constituem tangenciam a base litologicamente homogêneos.
da forma de leito.
Estratificação cuneiforme. Veja estratificação
cruzada em cunha em estratificação cruzada
planar.
Estratificação de escorregamento. Veja paralela horizontal contínua ou laminação
estratificação cruzada. paralela horizontal descontínua.
Dependendo da espessura relativa
Estratificação deltaica. Veja estratificação entre os leitos de areia e lama, três tipos são
cruzada. distinguidos:
1. Leitos de areia e lama com
Estratificação de maré (tidal banding, tidal espessuras iguais.
bedding, tidal lamination, tidal rhythmites). 2. Leitos arenosos mais espessos,
Veja estratificação finamente interacamada. separados por leitos argilosos ou finamente
granulados com pouca espessura.
Estratificação diagonal. Veja estratificação 3. Leitos lamosos mais espessos
cruzada. alternados com leitos arenosos relativamente
finos.
Estratificação distorcida. Veja acamamento Podemos encontrar às três variantes
contorcido. dentro de uma mesma sequência com origem
comum.
Estratificação em lentículas. Veja Acredita-se que os leitos de areia
estratificação lenticular de pequeno porte. sejam depositados durante a atividade de
correntes ou ondas, intercaladas com períodos
Estratificação enrugada (crinkled bedding). de estagnação das águas ou de fracas
Estratificação ou laminação com correntes quando, então, deposita-se mais
desenvolvimento de microdobras. Estrutura lama. Outro modo de origem para esta
típica de rochas carbonáticas (veja Rocha estratificação ocorre quando a areia é,
Sedimentar Orgânica). ocasionalmente, transportada para um
Sua origem está, presumivelmente, ambiente onde, normalmente, se dá a
associada com a atividade das algas. sedimentação de lama.
Trata-se, muitas vezes, de
Estratificação espessamente interacamada estratificação rítmica areia/lama.
(coarsely interlayered bedding). Ilustração. Veja estratificação ondulada,
Estratificação ou laminação composta por leitos estratificação flaser e estratificação lenticular de
mais espessos e mais finos em disposição pequeno porte.
alternada, possuindo, cada um, vários
milímetros a vários centímetros de espessura. Estratificação finamente interacamada (fine
Os leitos mais espessos podem ser de areia ou rhythmically laminated bedding, graded
silte e os mais finos e silte, lama ou argila. rhythmites, thinly interlayered bedding). Como
o nome indica, trata-se de qualquer
estratificação ou laminação que é composta de
leitos finos e alternados, com diferente
composição, textura e cor. A espessura das
lâminas individuais é usualmente fina (menos
que 3 mm ou 4 mm).
Quando dois leitos com tais
características diferentes se repetem
alternadamente, podemos falar em ritmitos
(rhythmites). Quando alternam-se leitos de
areia e lama, em ambientes de planície de
maré, diz-se, então, estratificação rítmica
areia/lama (alternating bedding, rhythmic
bedding, rhythmic sand/mud bedding).
Estratificação espessamente interacamada. Os leitos
escuros são arenosos e os claros, argilosos. Referência: 5 Quanto à origem, em se tratando de
cm de ∅. Formação Rio Bonito, Permiano, RS, BR. Créditos: ritmitos, as razões para tais repetições
Carlos Henrique Nowatzki. alternadas são mudanças regulares no
transporte ou produção de material. As
Geralmente dispõe-se como laminação mudanças regulares podem ser de curta
duração, como, por exemplo, flutuações de e descontínuas.
corrente, variações nas características do fluxo, Tal estratificação envolve areia e argila
mudanças de marés, ou podem ser devidas a em períodos alternados onde há uma atividade
alterações de longa duração, por exemplo, as de corrente e períodos de quiescência. Com a
sazonais causadas pela variação das atividade da corrente, a areia é transportada e
condições intempéricas. depositada formando marcas de ondulações e
Os ritmitos formados em ambientes de a argila é mantida em suspensão. No período
maré são conhecidos também como de repouso em relação à corrente, a argila é
estratificação de maré (tidal banding, tidal depositada nas calhas ou pode até cobrir
bedding, tidal lamination, tidal rhythmites) ou completamente as marcas de ondulações. Uma
estratificação fina ritmicamente laminada. nova corrente pode erodir as cristas das marcas
Neste ambiente, a areia é depositada durante de ondulações, iniciando outro ciclo
períodos de atividade da corrente de cheia ou deposicional.
de baixa-mar. A lama é depositada durante as Depreende-se daí que as condições
fases estacionárias de maré alta e de maré mais propícias para originar esta estratificação
baixa. favorece mais a deposição e a preservação das
Os ritmitos podem também ser areias do que das argilas, o que se dá
encontrados em turbiditos com sedimentos de principalmente em ambientes de planície de
fina granulometria, onde se alternam lâminas maré.
siltosas e lamosas. Baseados nas características dos
Frequentemente, em ritmitos de leitos de argilas, a estratificação flaser pode ser
depósitos turbidíticos desenvolvem-se ritmitos dividida nos seguintes tipos:
gradacionais (veja camada gradacional), os 1. Estratificação flaser simples.
quais apresentam lâminas alternadas de silte e 2. Estratificação flaser bifurcada.
lama, mostrando um decréscimo, da base para 3. Estratificação flaser ondulada.
o topo, na quantidade, espessura da lâmina e 4. Estratificação flaser ondulada e
tamanho médio dos grãos de silte. bifurcada.
As mudanças sazonais podem A estrutura acima descrita é de
determinar, segundo alguns, o surgimento de dimensões pequenas. Quando for constituída
ritmitos sazonais (seasonal rhythmites), entre de arenitos com estratificação cruzada em u-
os quais as varves anuais de ambiente glacial. nidades na forma de cunha ou tabulares, com
Há certa dificuldade em sustentar este ponto de 10 cm a 20 cm de espessura, os quais são
vista, pois, sedimentos semelhantes às ci-tadas sucedidos lateralmente, e em alguns casos
varves são depositados em lagos glaciais e verticalmente por cunhas de siltitos, pode ser
sítios glaciomarinhos por correntes de turbidez. denominadas estratificação megaflaser
Ritmitos também podem ocorrer em (megaflaser bedding).
sequências evaporíticas, mostrando alternância A sua origem é referida a ambiente
de leitos dolomíticos e de anidrita. marinho.
Veja estratificação ondulada, O nome flaser é derivado de uma
estratificação flaser e também estratificação palavra alemã significando veia ou listramento.
lenticular de pequeno porte.
Estratificação flaser bifurcada (bifurcated
Estratificação fina ritmicamente laminada. flaser bedding). Estratificação flaser em que os
Veja estratificação finamente interacamada. leitos de argila apresentam-se frequentemente
bifurcados. Essa bifurcação surge no contato
Estratificação flaser (flaser bedding, dos leitos de argila anteriormente depositados e
flaserschichten, flaser structure, mud-buried parcialmente expostos, com leitos de argilas
ripple mark, shale crescents). Estrutura depositados posteriormente.
caracterizada por depósitos argilosos Esta estratificação indica um forte
preservados completamente nas calhas de retrabalhamento sobre a estratificação flaser
marcas de ondulações e parcialmente nas simples.
cristas destas marcas. A camada arenosa com
marcas de ondulações repete-se alternamente, Estratificação flaser ondulada (wavy flaser
com acumulações de argila que ficam isoladas bedding). Estratificação flaser em que os leitos
de argila mostram um padrão ondulado. granulometria para o topo da sequência. Em
Apresentam-se côncavas quando ocupam as geral, o tamanho decresce de areias médias
calhas e convexas quando cobrem as cristas, para silte, podendo, contudo, iniciar com seixos.
sem ocorrer uma continuidade entre elas. Estão envolvidos na feição muitos
Esta feição ocorre quando uma conjuntos de camadas.
corrente erode parcialmente as cristas das A origem está vinculada à oscilação do
marcas de ondulações subjacentes, permitindo nível das águas em canais. No ambiente de
recobrimento por um leito de argila. planície de inundação, a deposição dos
sedimentos mais grossos corresponde a fases
Estratificação flaser ondulada e bifurcada de cheias. Como a velocidade da corrente
(bifurcated wavy flaser bedding). Estratificação diminui à medida que a cheia passa,
flaser que mostra leitos de argilas de forma granulometrias cada vez menores são
ondulada e bifurcações por coalescência com sedimentadas sobre as iniciais.
os leitos de argilas depositados anteriormente e A estrutura em apreço indica
expostos por forte erosão. mudanças progressivas nas condições
Esta estratificação indica condições deposicio-nais de um regime sedimentar em
similares aquelas requeridas pela estratificação contraste com estratificação lenticular de
flaser ondulada, porém, com intenso pequeno porte. A estratificação gradativa de
retrabalhamento. preenchimento de canal é uma particular-
rização de camada gradacional.
Estratificação flaser simples (simple flaser
bedding). Ilustração. Estratificação flaser em Estratificação horizontal. Veja estratificação
que os leitos de argila são simples, isolados e paralela horizontal.
desconectados, côncavos para cima. A argila,
provavelmente, foi depositada somente nas Estratificação hummocky. Veja em
calhas ou, caso tenha sido depositada sobre as estratificação cruzada por ondas.
cristas, foi erodida pela corrente do novo ciclo
deposicional. Estratificação imbricada. Veja imbricação.

Estratificação inclinada. Veja estratificação


cruzada.

Estratificação irregular. Estratificação cons-


tituída por camadas jazendo com atitudes
próxima à horizontal, mas que se apresentam
irregulares graças a fatores diversos tais como
estrutura de bioturbação, estrutura convoluta,
estrutura de deformação penecontemporânea,
estrutura de sobrecarga, compactação, etc.

Estratificação lenticular. Tal estratificação


Estrutura flaser simples. Amostra de arenito da Formação pode ser estratificação lenticular de pequeno
Teresina, Permiano, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅.
porte ou estratificação lenticular de grande
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
porte.
Estratificação gradacional. Veja camada
gradacional. Estratificação lenticular de grande porte
(lenses, lenticular, lenticular cross bedding,
Estratificação gradativa de preenchimento lenticular stratification). Termo empregado para
de canal (fining-upward cycles, fining-upward descrever as relações entre conjuntos
sequences, graded stratification). A estrutura é estratificados. O tipo e espessura da
caracterizada pelo decréscimo, para cima, no estratificação dentro dos conjuntos é variável,
tamanho de grãos. Os sedimentos de maior mas laminações horizontais e cruzadas de
envergadura situam-se na base, diminuindo a baixo ângulo são dominantes. Quando existem
seixos presentes, a estratificação dentro dos
conjuntos é geralmente obscura. Conjuntos Estratificação lenticular de pequeno porte
individuais comumente tem alguns centime-tros com lentes conectadas (lenticular bedding
de espessura e persistem lateralmente por with conected lenses). É uma estratificação
muitos metros antes de se adelgaçarem. Os lenticular de pequeno porte na qual parte das
adelgaçamentos, geralmente, são o resultado ondulações ou lentes de areia são contínuas
da não deposição, embora em alguns sejam lateralmente e superpostas verticalmente.
devidos à erosão subsequente. A atitude dos Origina-se em condições onde o suprimento de
conjuntos lenticulares, por norma, é horizontal. areia é maior que a do início da formação da
A origem da feição se deve a centros estratificação lenticular de pequeno porte com
deposicionais inconstantes. Por exemplo, lentes isoladas. Pode se apresentar como
deposição inicial de seixos, seguida por estratificação lenticular de pequeno porte com
deposição lenticular de areias e, finalmente, lentes espessas conectadas e estratificação
cobertura desta lente por seixos. lenticular de pequeno porte com lentes
Diferentemente de unidades de delgadas conectadas.
sedimentação a estratificação lenticular não
registra uma parada e progressiva mudança Estratificação lenticular de pequeno porte
nas condições dentro de um único regime; pelo com lentes delgadas conectadas. Veja
contrário, é o registro de regimes flutuantes estratificação lenticular de pequeno porte com
como o de barras avançando canal adentro e lentes conectadas.
posteriores deposições de canal sobre elas. O
resultado é um conjunto composto de ca-madas Estratificação lenticular de pequeno porte
que não têm participação na consistência com lentes delgadas isoladas. Veja
interna de cada unidade de sedimentação. estratificação lenticular de pequeno porte com
lentes isoladas.
Estratificação lenticular de pequeno porte
(form sets, lenses, lenticular, lenticular Estratificação lenticular de pequeno porte
bedding, lenticular cross bedding, lenticular la- com lentes espessas conectadas. Veja
mination, lisenschichten). Formada por uma estratificação lenticular de pequeno porte com
sequência de lentes arenosas mergulhadas em lentes conectadas.
lama. São marcas de ondulações isoladas,
formadas sobre um substrato lamoso, e Estratificação lenticular de pequeno porte
preservadas com a deposição do próximo leito com lentes espessas isoladas. Veja
de lama. estratificação lenticular de pequeno porte com
As lentes são isoladas e descontínuas lentes isoladas.
tanto em vista vertical quanto horizontal.
A origem da estrutura se dá devido ao Estratificação lenticular de pequeno porte
fraco suprimento de areia, de tal forma que com lentes isoladas [lenticular bedding with
apenas ondulações isoladas são produzidas. single (isolated) lenses]. Ilustração. É uma
Depreende-se daí que as condições para a sua estratificação lenticular de pequeno porte, na
formação são mais favoráveis à deposição e qual a grande maioria das lentes de areia são
preservação da lama que da areia, o que se dá, descontínuas. A aparência é de corpos
principalmente, em ambientes de planície de arenosos que “flutuam” na argila. Origina-se em
maré. A estrutura está relacionada ao ritmo de condições onde o suprimento de areia é ainda
maré, isto é, as areias são depositadas durante menor do que quando da formação da
períodos de corrente alternados a períodos de estratificação lenticular de pequeno porte com
quiescência da água quando então se lentes conectadas.
sedimentam as lamas.
Baseados na natureza das lentes,
podemos encontrar os seguintes tipos:
1. Estratificação lenticular de pequeno
porte com lentes conectadas.
2. Estratificação lenticular de pequeno
porte com lentes isoladas.
de ondulação cavalgante em fase).

Estratificação ondulada cavalgante. Veja


marca de ondulação cavalgante.

Estratificação paralela horizontal (flat-bed,


horizontal bedding, horizontal parallel
stratification, horizontal stratification, laminites
I, parallel bedding, parallel stratification, plane
Estratificação lenticular de pequeno porte com lentes bed, plane bedding, uniform stratification).
isoladas. Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, Ilustração. A estrutura é encontrada em uma
BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique sequência de camadas superpostas que se
Nowatzki.
mostram paralelas ao plano de estratificação ou
paralelas entre si, onde os estratos são
Pode se apresentar como uniformes e lateralmente contínuos.
estratificação lenticular de pequeno porte com As camadas podem, também,
lentes espessas isoladas e estratificação apresentar laminação paralela horizontal.
lenticular de pequeno porte com lentes Sua gênese se deve à deposição em
delgadas isoladas. regime de fluxo superior ou ainda, em regime
de fluxo inferior, pelo assentamento de
Estratificação megaflaser (megaflaser sedimentos finos que decantam sobre uma
bedding). Veja em estratificação flaser. superfície plana.
Estratificação nodular (concretionary layers,
lumpy bedding, nodular bedding). Formada por
camadas constituídas de corpos nodulares
dispersos ou concentrados, envolvidos por
matriz de natureza distinta.
Veja também leito concrecionário.

Estratificação ondulada (wave bedding, wavy


lamination). Estrutura em que se alternam leitos
de areia e argila mostrando continuidade lateral.
A camada arenosa contém marcas de
ondulações que são cobertas por argila quase Estratificação paralela horizontal. Arenitos da Formação
completamente nas calhas e uma fina cobertura Rio Bonito, Permiano, RS, BR. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
nas cristas. Quanto mais espesso for o leito
argiloso menor será a concordância destes com Quando uma camada for composta por
as marcas onduladas. Para que se considere lâminas paralelas de maior e de menor
uma estratificação ondulada é necessária a resistência, as lâminas mais friáveis podem ser
presença de uma sequência rítmica de muitos ditas interestratos (interstrata, intrastratal).
leitos argilosos ondulados alternados com leitos Muitas superfícies laminadas mostram lineação
arenosos estratificados em marcas de por corrente e, não raro, lineação de partição.
ondulações. Veja também estratificação paralela
A gênese da estrutura requer horizontal descontínua e também regime de
condições onde a deposição e preservação das fluxo.
areias e argilas são possíveis. Tais condições
são transicionais entre aquelas requeridas para Estratificação paralela horizontal
a formação de estratificação flaser e descontínua (horizontal discontinuous stra-
estratificação lenticular de pequeno porte. tification, planar bedding). Encontrada em uma
A unidade laminar de lama que cobre sequência de camadas superpostas, que se
as marcas de ondulações recebe o nome de mostram paralelas ao plano de estra-tificação
drapeamento de lama (draped, mud drape) ou paralelas entre si, onde os estratos são
(veja também laminação drapeada em marca uniformes e lateralmente descontínuos.
As camadas podem, também, superfícies de erosão, não-deposição ou por
apresentar laminação paralela horizontal. suas concordâncias relativas.
Sua gênese, em arenitos, se deve, A unidade básica é a sequência.
provavelmente, à deposição em regime de fluxo
superior. Estrato (strata, stratum). Para alguns, estrato é
Tal estratificação, por vezes, pode ser um leito que (1) foi produzido por deposição ou
estratificação lenticular de grande porte vista pela reorganização penecontemporânea dos
parcialmente. grãos depositados por processos asso-ciados
com a superfície deposicional e (2) é separado
Estratificação plana. Veja estratificação pa- de rochas adjacentes por superfícies limitantes
ralela horizontal. bem definidas visual fisicamente, ou, se isto
está ausente, por superfícies arbitrariamente
Estratificação plano-irregular. Veja dispostas dentro de zonas litologicamente
estratificação irregular. transicionais.
Para outros, estrato diz respeito a uma unidade
Estratificação plano-paralela. Veja de sedimentação limitada pelo tempo, podendo
estratificação paralela horizontal. apresentar uma ou mais camadas que, no que
lhe concerne, possuem uma conotação
Estratificação por ação de onda. Veja litológica.
estratificação flaser, estratificação ondulada e
estratificação lenticular de pequeno porte. Estrato cavalgante transladante (accretion
deposits, climbing-ripple pseudo-stratification,
Estratificação por corrente. Veja climbing-ripple stratification, climbing
estratificação cruzada. translatent strata, climbing translatent
stratification, climbing translatent stratum,
Estratificação rítmica. Veja estratificação rít- pseudo bedding, ripple lamination, saltation
mica areia/lama em estratificação finamente deposi-ts). Veja em estrato transladante.
interacamada.
Estrato contorcido. Veja estrutura convoluta.
Estratificação rítmica areia/lama (alterna-ting
bedding, rhythmic bedding, rhythmic sand/mud Estrato gradacional. Veja camada
bedding). Veja em estratificação finamente gradacional.
interacamada.
Estrato homogêneo. Veja camada maciça.
Estratificação tidal. Veja estratificação
finamente interacamada. Estrato lateralmente transladante (laterally
translatent stratum). Veja em estrato
Estratigrafia (stratigraphy). Ramo da Geologia transladante.
que se dedica ao estudo da sucessão ori-ginal
e da idade das rochas estratificadas, sua forma, Estrato maciço. Veja camada maciça.
distribuição, litologia, conteúdo paleontológico,
propriedades físicas e geoquímicas, Estrato transladante (pseudobed,
objetivando inferir seus ambientes pseudostrata, translatent strata). São marcas
deposicionais e sua história geológica. de ondulações cavalgantes cuja origem, de
Também constituem objeto de estudo acordo com Hunter (1977), consiste em
estratigráfico as rochas ígneas (veja em rocha) estratos gerados por movimentos
e metamórficas (veja em rocha). predominantemente de translação (tipo
especial de transformação física na qual todos
Estratigrafia de sequências (sequence os pontos da figura movem-se a uma distância
stratigraphy). É o estudo das relações de em uma dada direção, definida por um vetor de
rochas sedimentares (veja em rocha) em um translação, de maneira tal que a figura move-se
arcabouço cronoestratigráfico (veja unidade sem mudança na forma e sem rotação) de uma
cronoestratigráfica) de estratos relacionados superfície deposicional e cujas superfícies
geneticamente. Este estrato é limitado por limitantes são completas, ou na maior parte, ori-
ginadas por movimentos destas feições ângulo de cavalgamento () é menor que
lineares sobre ou no limite da superfície ângulo do declive à montante ().
deposicional. Os contatos são erosivos no que difere
A característica mais importante para o dos estratos transladantes cavalgantes
reconhecimento desta feição é de que as supercríticos que são gradacionais.
superfícies deposicionais iniciais, dentro do Tal estratificação é amplamente
estrato, alcancem ambas superfícies limitantes desenvolvida em arenitos de água rasa e
do estrato. eólicos.
Podem ser classificados como estratos
lateralmente transladantes (laterally translatent
stratum) e estratos cavalgantes transladantes
(accretion deposits, climbing-ripple pseudo-
stratification, climbing-ripple stratification,
climbing translatent strata, climbing translatent
stratification, climbing translatent stratum,
pseudo bedding, ripple lamination, saltation
deposits). O primeiro deles é formado pela
translação da superfície deposicional em uma
direção paralela à superfície deposicional geral. Estrato transladante cavalgante subcrítico. Arenito da
Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. À direita
As superfícies deposicio-nais iniciais dentro de da referência, estratificação flaser e abaixo, na porção
um estrato deste tipo alcançam, mas não mediana inferior da fotografia, os estratos transladantes. A
interseccionam as superfícies limitantes. Os seta indica direção das paleocorrentes. Referência: 2,0 cm
estratos cavalgantes transladantes são de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
formados pela translação de uma superfície
deposicional em uma direção formando um Estrato transladante cavalgante supercrítico
ângulo qualquer em relação à superfície (supercritical cross-lamination, supercritically
deposicional geral. As superfícies deposicionais climbing translatent strata, supercri-tically
iniciais dentro de um estrato deste tipo climbing translatent stratification). Ilustração.
alcançam, bem como interseccionam, as Termo utilizado para estratos transladantes
superfícies limitantes. formados por marcas de ondulações
Podem assim se apresentar: cavalgantes que apresentam um caráter
1. Estrato transladante cavalgante supercrítico, isto é, o ângulo de cavalgamento
subcrítico. () é maior que o ângulo de declive à montante
2. Estrato transladante cavalgante ().
crítico. Os contatos são gradacionais no que
3. Estrato transladante cavalgante difere dos estratos transladantes cavalgantes
supercrítico. subcríticos que são erosivos.

Estrato transladante cavalgante crítico


(critically climbing translatent strata). Termo
utilizado para estratos transladantes que foram
formados por marcas de ondulações
cavalgantes, apresentando um caráter crítico,
isto é, o ângulo de cavalgamento () é igual ao
ângulo do declive de montante ().

Estrato transladante cavalgante subcrítico


(micro-cross lamination, subcritical cross-
stratification, subcritically climbing translatent
strata, subcritically climbing translatent
stratification). Ilustração. Termo utilizado para Estrato transladante cavalgante supercrítico. Arenito da
Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. A seta
estratos transladantes que foram formados por
mostra a direção das paleocorrentes. Referência: 5,0 cm de
marcas de ondulações cavalgantes que ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
apresentam um caráter subcrítico, isto é, o
Estria glacial (glacial flutings, glacial grooves,
glacial striations). São sulcos com poucos
milímetros a vários centímetros de largura,
poucos a vários milímetros de profundidade e
metros de comprimento, orientados
paralelamente à direção do movimento do gelo
(ilustração).
São retos, mas podem se apresentar
curvados. Terminam suave ou abruptamente
(veja estria glacial rombuda).
Formas mais profundas e mais largas
são chamadas sulcos glaciais, podendo atingir
muitos quilômetros de extensão e vários metros
de profundidade e espaçamento. Estrias glaciais rombudas. Feições devidas a geleira
As estrias e sulcos, comumente, Paleozoica em movimentação sobre substrato de rochas
associam-se às fraturas em crescente. Proterozoicas, RS, BR. No fim dos sulcos estão os seixos
que originaram as estruturas. A seta mostra a direção de
Tais estruturas originam-se graças à deslocamento dos clastos, portanto, da geleira que gerou a
abrasão glacial. estrutura. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.

Estromatactis (stromatactis). Ilustração.


Trata-se de uma estrutura enigmática de
preenchimento de cavidades com fundo
achatado, cujos topos são irregulares e
descontínuos. A feição se dispõem ao longo de
discretos horizontes em sequências calcárias.
O preenchimento mais comum é com calcita.

Estria glacial. Estruturas originadas por geleiras


Paleozoicas sobre piso de rochas Proterozoicas, RS, BR.
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Estromatactis. Vários estromatactis preenchidos com
Nowatzki. calcita cinza e branca em seção polida do calcário Incarnat
rouge, Devoniano de Languedoc, França. Créditos:
Lysippos. Disponibilizado: 24.05.2010. Acesso: 24.06.2019.
Estria glacial rombuda (nailhead scratch, Fonte:
nailhead striations). Ilustração. São estrias https://commons.wikimedia.or/wiki/File:Incarnat_rouge.
glaciais com uma extremidade abrupta e
rombuda, comumente no sentido do Parecem resultar de uma forma inicial
movimento. de sedimento arqueado, possivelmente
associado com o desenvolvimento de tapetes
de algas (veja estromatólito) e a decomposição
da matéria orgânica.

Estromatólito (algal ball, algal biscuit, algal


mat, algal mound, algal stromatolite, algal
structure, fucoid, stromatolite). Ilustração.
Estrutura laminada (veja laminação) atribuída
ao processo de crescimento de algas. Quando padrões cauliformes ou botrioidais.
fossilizadas encontram-se, frequentemente, em Em ambientes de planície de i-
matriz calcária misturada a sedimentos nundação, crescem em áreas altas onde a água
clásticos (areia, silte, argila). raramente chega. O crescimento somente será
Morfologicamente pode apresentar interrompido se ocorrer desi-dratação do local.
lâminas achatadas (estromatólito tabular),
domos (estromatolito dômico), colunas Estromatólito tabular (algal mat). Ilustração.
(estromatólito colunar), esferoides com São estromatólitos que possuem espessura
estrutura interna concêntrica (oncólito) e finíssima, sendo compostos por um único leito
coágulos (trombólito). em forma de esteira. Para sua identificação,
Origina-se, possivelmente, em águas uma vez soterrados, é necessária inspeção
rasas de zonas litorâneas marinhas, lacustres, minuciosa para diferenciá-los de uma lâmina
lagunares, fluviais, etc. sedimentar comum.
Em ambientes de planície de i-
nundação, crescem em depressões
preenchidas por água de cheias. Durante a
desidratação, superfícies cobertas por algas
podem gretar-se e curvar-se. Cobertas por
novas camadas de sedimentos podem ser
preservadas.

Estrutura almofadada. Veja estrutura em


bolas e almofadas em pseudonódulo.

Estrutura assimétrica de sobrecarga. Veja


estrutura de sobrecarga alinhada em estrutura
de sobrecarga.
Estromatólito. Acervo do Museu Nacional, Rio de Janeiro
(RJ), BR. Créditos: Dornicke. Disponibilizado: 09.01.2015. Estrutura biocinemática (biokinematic
Acesso: 24.06.2019. Fonte: structure). São aquelas que surgem graças a
https://commons.wikimedia.org/File:Estromatólito_MN_02.j
pg?uselang=pt.br. operações biocinemáticas nas quais os vetores
de deslocamento maiores ocorrem entre um
Veja bola lacustre e também bios- organismo vivente e o depósito não mo-dificado
tromo. vizinho à estrutura produzida.
Estruturas de bioturbação são
Estromatólito colunar (columnar stromatolite). exemplos.
São estromatólitos que apresentam formato
colunar, usualmente numerosos, com Estrutura biodeformacional. Veja estrutura de
crescimento dirigido para cima. bioturbação.
Ocasionalmente crescem como se
ocorresse o empilhamento de estruturas Estrutura biogênica (biogenic structure). Veja
similares a dedais com a concavidade para estrutura de bioturbação.
baixo. Em outros casos, as colunas se bifurcam
ou ramificam. Estrutura brechosa (break apart structures,
Algumas das estruturas apresentam brecciated structure, brecciation, slide-slump
um crescimento assimétrico. As frentes de bedding). Ilustração. Caracteriza-se por
crescimento são elípticas ao invés de fragmentos angulares aglomerados originados
circulares; o alongamento é paralelo ao sistema por desidratação (veja greta de contração),
de corrente preferencial. escorregamento (veja estrutura de
escorregamento), por avalanche de materiais
Estromatólito dômico (algal crusts, algal arenosos úmidos na face de barlavento de
mound). São estromatólitos como pequenos dunas eólicas, movimentos tectônicos,
montes. Na superfície, podem desenvolver dissolução de camada salina, passagem de um
fluido ou material semi-sólido sobre
sedimentos, etc. Neste último caso, a camada se expande devido, provavelmente, à força de
pode sofrer ruptura parcial ou total. cristalização que produz anticlínios simples os
quais podem rebentar na crista, o que faz com
que as ripas, assim originadas, se inclinem em
posições opostas à antiga crista fragmentada.
2. Podem ter se constituído a partir de
gretas originadas por sobrecarga de camada
consolidada sobre a inconsolidada. Este
processo poderia ser auxiliado por repetidas
expansões e contrações térmicas.
3. Expansão e contração térmica,
desidratação e sobrecarga, onde como
mecanismo predominante está a água
Estrutura brechosa. Arenitos eólicos da Formação Sanga
do Cabral, Triássico, RS, BR. Referência: 5,0 cm de ∅.
ascendente devido à evaporação superficial e
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. da capilaridade através de gretas de contração.
A força de cristalização do calcário seria a
Os fragmentos podem ser levemente responsável pelo soerguimento de ripas de
deslocados, sem sofrer rotação, sendo material consolidado por vários centimetros.
denominados blocos rompidos por tração (kea- Sua formação está, normalmente,
zoglyph, parting cast, pull apart, pull apart condicionada a ambientes subaéreos de
structures). Podem, ainda, ser deslocados, climas áridos (veja clima) e semi-áridos.
sofrendo rotação e até torção, então
denominados de estruturas em bolas de neve, Estrutura brechosa de colapso (collapse
sobredobras de escorregamento ou bolas breccias). Veja em estrutura brechosa.
espiraladas por escorregamento.
Quando os fragmentos mostram-se Estrutura cárstica (fluting structure, karren
arredondados podemos falar em estrutura Strucktur, lapiaz Strucktur). Ilustração. São
conglomerática (mud-pelet conglomerate), estruturas morfologicamente organizadas,
recebendo os clastos arenosos a denominação resultantes da dissolução de rochas solúveis,
de bolas de areia (sand balls). tais como calcários e sais.
Quando ocorre a dissolução de ca-
madas salinas ou outros materiais passíveis de
dissolução, a estrutura é causada pelo colapso
de leitos de sedimentos sobrejacentes,
tornando possível, muitas vezes, restaurar
mentalmente os fragmentos em suas posições
originais, tal qual um quebra cabeça. Esta
feição específica é denominada de estrutura
brechosa de colapso (collapse breccias). Um
tipo particular é a estrutura tepee (tepee, tepee
structures) que se caracteriza por fragmentos
de calcário em forma de ripas que se inclinam
em ângulos íngremes com a horizontal, de
modo que a estrutura lembra tendas indígenas Lapiaz. Paisagem cárstica (lapiaz), Parque Natural da Sierra
(tepee) do sul dos USA. As ripas de calcário Grazalema, Cádiz, Espanha. Autor: Davidruiz91.
estão contidas em estratos que acompanham a Disponibilizado: 12.04.2015. Acesso: 24.06.2019. Fonte:
direção dos planos de estra-tificação, https://commons.wikimedia.org/wiki/File:LapicesdeDomFer
nando.jpg.
separados, acima e abaixo, por estratos não
perturbados.
Associadas, não raro, encontramos as
A estrutura tepee, admite como
falsas estruturas cársticas (pseudokarren
explicação para sua gênese, as seguintes
Strucktur), formadas sob certas condições
versões:
durante o intemperismo de qualquer rocha
1. Uma camada litificada de calcário
como, por exemplo, a ação de tempestade de
repousando sobre sedimentos inconsolida-dos
areia em fortes ventanias. Estrutura cárstica de terceira ordem (third-
Variam desde milímetros até muitos order karren Strucktur). Veja em estrutura
metros. cárstica.
Podem ser divididas de acordo com
sua dimensão em três categorias diferentes: Estrutura cárstica em sulco e crista
1. Estruturas cársticas de primeira (rillenkarren Strucktur). Estruturas cársticas
ordem (first-order karren Strucktur): cerca de 1 caracterizadas por grupos de cristas agudas
metro a 10 metros. separadas por sulcos de fundo arredondado,
2. Estruturas cársticas de segunda paralelas entre si, ocorrendo sobre superfícies
ordem (second-order karren Strucktur): cerca de rochas solúveis inclinadas.
de 10 cm a 1 metro. O espaçamento entre cada crista é de,
3. Estruturas cársticas de terceira geralmente, 1 cm a 5 cm.
ordem (third-order karren Strucktur): cerca de Seguindo declive abaixo, surgem fi-
1 cm a 10 cm. guras mais complexas, similares a leques ou
As feições menores podem estar sulcos de lavagem, ou ainda, desaparecem em
superpostas nas maiores. uma superfície lisa.
Os sulcos mostram irregularidades ou
Estrutura cárstica cinzelada (cockling carregam feições menores.
structure). São estruturas cársticas confinadas As cristas e sulcos normalmente
à exposição de superfícies de calcário calcítico possuem 50 cm de comprimento e raramente
ou dolomítico (calcário com dolomita) alcançam alguns metros.
constantemente afetadas pelo espirramento de Quando o espaçamento entre as
ondas de maré, de praia, chuva ou orvalho. cristas é de 20 cm a 1 metro e possuem sulcos
São equidimensionais a levemente com até 15 metros de comprimento, podemos
alongadas, formando um padrão em que uma dizer estruturas cársticas em sulcos e cristas
série de pequenas cavidades que lembram taça maiores (reinnenkarren Strucktur).
são interceptadas por bordos agudos ou,
ocasionalmente, chatos, dando um aspecto Estrutura cárstica em sulco e crista maior
amarrotado ou cinzelado. (reinnenkarren Strucktur). Veja em estrutura
Cavidades individuais raramente cárstica em sulco e crista.
excedem 3 cm e, em seção, não possuem mais
do que uns poucos milímetros. Estrutura cárstica escalonada (trittkarren
Strucktur). São estruturas cársticas
Estrutura cárstica de drenagem centrípeta desenvolvidas em forma de degraus em séries
(rundkarren Strucktur). Constituem estruturas descendentes sobre a face mediana de
cársticas que produzem um sistema de sulcos superfícies rochosas inclinadas.
e cristas sobre pavimentos rochosos solúveis Os degraus seguem os contornos do
de pouca inclinação. Surgem em blocos se- declive e seus bordos são, geralmente, em
parados por juntas cársticas, iniciando um forma de arco ou fortemente recortados.
sulcamento nos bordos que avança até o centro Formas mais aprofundadas,
dos blocos. lembrando cadeira com braços, são
Os sulcos possuem de 10 cm a 20 cm denominadas estruturas cársticas fortemente
de profundidade e largura, usualmente lisos. escalonadas (trichterkarren Strucktur), porém,
O comprimento varia até acima de 3 raramente sua altura excede os limites de 1 cm
metros. até 10 cm.

Estrutura cárstica de primeira ordem (first- Estrutura cárstica fortemente escalonada


order karren Strucktur). Veja em estrutura (trichterkarren Strucktur). Veja em estrutura
cárstica. cárstica escalonada.

Estrutura cárstica de segunda ordem (se- Estrutura cárstica meandrante


cond-order karren Strucktur). Veja em estrutura (maanderkarren Structur). São estruturas
cárstica. cársticas raras na forma de pequenos canais,
melhor desenvolvidos em corredores longos e
isolados que alcançam superfícies rochosas Estrutura com aleitamento regular (regulary
solúveis, de inclinação suave ou média. Tais layered structures). Constituem-se de leitos
canais meandrantes apresentam cerca de 10 alternados de sedimentos de granulação
cm de largura e 30 cm de profundidade. grossa e fina, predominantemente com limites
abruptos de camadas, os quais estão
Estrutura cárstica pendente. Veja estalactite. constantemente ordenados de forma paralela
ou lenticular. Estratificação ondulada,
Estrutura cárstica plana (flachkarren estratificação flaser, estratificação lenticular de
Strucktur). Estruturas cársticas constituídas por pequeno porte e algumas formas de
blocos de rocha de topo chato, limitados em estratificação cruzada, pertencem a esta
todos os lados, por fraturas aumentadas por estrutura.
dissolução.
Os blocos possuem a forma qua- Estrutura combinada. Veja camada
drada, retangular ou romboidal quando vistos gradacional.
em planta, dependendo do padrão de juntas
encontradas no estrato. Suas dimensões Estrutura com laminação convoluta. Veja
podem variar desde decímetros até muitos me- laminação convoluta em estrutura convoluta.
tros de comprimento.
Estrutura com laminação paralela. Veja
Estrutura cárstica pontiaguda (spitzkarren laminação paralela horizontal.
Strucktur). São estruturas cársticas caracte-
rizadas por blocos piramidais e ogivas Estrutura cone-em-cone (cone-in-cone,
apontando para cima, individualizados por cone-in-cone structures). Ilustração. São re-
juntas cársticas ou, às vezes, por depressões presentadas por cones de bases circulares que,
se-melhantes a bacia. Os pináculos raramente em corte longitudinal, exibem-se como um
excedem dois metros desde a base, contudo, empilhamento de cones encaixados. Os lados
agrupados formam complexos muito maiores. dos cones são usualmente sulcados ou
As estruturas glaciais penitentes costelados, apresentando algumas depressões
(penitentes), formas ablativas do gelo, muito anelares.
recordam estas estruturas cársticas. Tratam-se de estruturas comuns, que
aparecem como leitos em alguns folhelhos ou
Estrutura cilíndrica (cylindrical structures, nas bordas de concreções.
sandstones pipes). Feições cilíndricas verticais, O leito de estruturas cone-em-cone
internamente desestruturadas e geralmente pode mostrar os ápices dos cones apontando
ocorrentes em arenitos. Possuem poucos todos para cima ou para baixo. Já nas
centímetros a vários decímetros de largura, concreções, eles são dirigidos para baixo na
podendo atingir alguns decímetros de altura. superfície superior e para cima na superfície
Sua origem está, provavelmente, re- inferior.
lacionada com as colunas de ascensão de água Os leitos de cone-em-cone variam de 2
(veja estrutura de escape de água, dique cm a 15 cm de espessura sendo traçáveis em
sedimentar e vulcão de areia). afloramento por um ou mais metros.
A composição mais comum é de calcita
Estrutura colunar (collunar structure, strati- fibrosa, existindo exemplos de siderita e gesso.
culate). Feição em forma de coluna que, no Ocorre também uma considerável percentagem
plano de estratificação, mostra face oval ou de outros materiais, que, nos calcíticos, estão
poligonal originada por cortes transversais à representados por argilas.
feição.
Ocorrem em certos lamitos calcários
ou calcários argilosos, estando sua origem,
provavelmente, vinculada à desidratação.

Estrutura com aleitamento irregular. Veja


laminação irregular.
Estrutura convoluta (porção médiana inferior da
fotografia). Arenitos da Formação Rio do Rasto, Permo-
Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Estrutura cone-em-cone. Borda de concreção calcária da Henrique Nowatzki.
Formação Teresina, Permiano, RS, BR. Referência: 2,0 cm
de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
As falhas penecontemporâneas estão
ausentes. Os elementos básicos são séries de
Sua origem é amplamente discutida,
dobras antiformes separadas por amplas
porém, tudo indica que se formam graças a
sinformes. As antiformes podem ser agudas,
pressões desenvolvidas pelo crescimento dos
achatadas no topo, simétricas ou isoclinais.
próprios minerais que constituem os cones.
A magnitude do distúrbio é constante
Para alguns, contudo, surgem pelo peso das
na camada afetada o que a torna contrastante
camadas superpostas, enquanto nas
com as outras camadas do afloramento. A
concreções devem-se à ação das pressões
convolução aumenta para cima podendo ser
expansivas oriundas do crescimento daquela
truncada no topo e até mesmo ser transformada
estrutura.
gradualmente em laminação paralela não
perturbada. A deformação se mostra acentuada
Estrutura conglomerática (mud-pelet
em duas seções perpendiculares verticais. Esta
conglomerate). Veja em estrutura brechosa.
estrutura caracteriza a laminação convoluta
(convoluted laminae, convoluted lamination,
Estrutura convoluta (convolute bedding,
convolute laminated structures, convolute
convolute folding, convolute stratification,
lamination).
convolute structure, crinkled bedding, curled
A laminação convoluta em cúspide
bedding, curly bedding, gnarly bedding,
(cusp structure) consiste em dobras antiformes
intraformational folds, intra-stratal contortion,
isoladas, as quais não estão sobrepostas por
intrastratal flow structure, laminites II, sealing-
laminações paralelas. Em planta mostram uma
wax, sealing-wax flow, slip bedding).
forma elipsoidal ou circular.
Ilustração. São estruturas de deformação
A laminação corrugada (corrugated
penecontemporâneas intraestratais que
lamination), em seção perpendicular ao
mostram marcados dobramentos em lâminas
acamadamento, mostra uma laminação intrin-
que inicialmente eram unidades de
cada e irregularmente contorcida, sem nenhum
sedimentação bem definidas. Desta forma,
padrão de antiformes e sinformes (ilustração).
primariamente, poderiam ser laminação
paralela horizontal, marcas de ondulações, etc.,
que se tornaram convolucionadas. Apesar de
serem intensivamente dobradas, são
notavelmente contínuas e a camada envolvida
mantém uma espessura uniforme.
Esta feição, denominada de estrutura de
rompimento (point-up structures, ruptured
structures), surge graças à rápida expulsão da
água em locais onde se encontrava
concentrada ao longo de linhas de fraqueza,
como, por exemplo, uma leve quebra na lami-
nação, a qual subsequentemente rompe as
lâminas sobrepostas. Tal feição pode também
aparecer nas laminações corrugadas onde
afeta uma considerável espessura da camada.
Veja também estrutura de escape de
água.
Laminação corrugada. Estrutura associada a falha.
Formação Palermo, Permiano, RS, BR. Referência: 2,0 cm Estrutura convoluta deitada (prolapsed
de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. bedding). Trata-se de estrutura convoluta cujas
dobras possuem planos axiais
Podem ser ainda classificadas, com aproximadamente horizontalizados.
base no tempo de deposição e deformação,
em: Estrutura convoluta por marca de
1. Laminação convoluta ondulação empilhada. Veja laminação
pós-deposicional. convoluta cavalgante em estrutura convoluta.
2. Laminação convoluta meta
deposicional. Estrutura cruzada hummocky. Veja em
3. Laminação convoluta estratificação cruzada por ondas.
sindeposicional.
A origem da estrutura é explicada por Estrutura de alimentação (fedding burrows,
mecanismos ainda não muito claramente fedding structures, feeding traces, feeding
definidos, como, por exemplo, (a) trails, fodinichnia, hatching, internal
desenvolvimento de redemoinhos que se lebensspuren). Ilustração. São estruturas de
movimentam em células de turbulência na bioturbação caracterizadas por buracos de
superfície da água, (b) deformações de marcas escavação e feições relacionadas, produzidas
de ondulações, graças à passagem da por organismos enquanto se movem através
corrente, causando sucção vertical nas cristas dos sedimentos à procura de alimentos.
e pressão nas calhas, (c) efeito da expulsão
vertical de gás causado pelo súbito impacto de
sobrecarga, etc.
Tudo indica, entretanto, que a
liquefação seja o fator originante. Ela irá ocorrer
por compactação dos sedimentos com a
expulsão de água ou ainda, devido a ondas
sísmicas ou outros choques.
Um caso particular de estrutura
convoluta é a laminação convoluta cavalgante
(convolutions drift, ripple-load convolution) que
é produzida por ação de marcas de ondulações
empilhadas em que um afundamento
progressivo das ondulações suprajacentes Estrutura de alimentação (molde). Flavellichnus nowatzkii
causa aumento da deformação no substrato Neto. Arenitos da Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico,
laminado. No início, apenas suaves antiformes RS, BR. O animal provavelmente vivia em um buraco de
onde projeta apêndices para raspar o subtrato e se
e sinformes aparecem e estas são alimentar. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
sequencialmente substituídas por mais e mais Henrique Nowatzki.
intensos dobramentos.
Por vezes as lâminas convolucionadas Tais estruturas são geralmente
apresentam os eixos das antiformes rompidos. originadas por animais comedores de
sedimentos, podendo adquirir um padrão 5. Estrutura de arrasto de lâminas
simples a complexo. frontais (sand drag structures). Apresenta-se
Veja também estrutura de escavação. sob duas formas distintas. A primeira delas é
gerada pelo movimento de massas de areias
Estrutura de arrasto de lâmina frontal (sand sobre uma sequência de camadas frontais
drag structures). Veja em estrutura de arrastando os topos das lâminas subjacentes. A
avalanche. massa de avalanche usualmente desbasta o
topo da superfície da dobra de arrasto (veja em
Estrutura de auto-injeção (auto-injection transporte) durante o processo. Quando a
structures). Estruturas muito rasas, sequência de camadas frontais apresentar
representadas por uma aparente estratificação mergulho na mesma direção do desbaste,
cruzada que tem origem na introdução de teremos uma estrutura de arrasto de lâminas
materiais mais grossos em laminação fina frontais recumbentes.
plano-paralela. Na segunda, as sequências de ca-
Resultam, provavelmente, de madas frontais são cobertas por massa
liquefação subsequente a choques sísmicos. arenosa que se move em direção contrária a do
O limite das camadas é perceptível por mergulho original das camadas subjacentes.
se tratarem de bandas claras e escuras de Como resultado deste desbaste surgem
espessura milimétrica. Muitas vezes a pequenos monoclinais irregulares devido ao
homogeneização das camadas, devido à arrasto do topo das camadas. São
liquefação, faz desaparecer as estruturas. denominados de estrutura de arrasto de
lâminas frontais com monoclinais irregulares.
Estrutura de avalanche (avalanche 6. Lâminas comprimidas (stretched
structures, fade-out laminae). Tratam-se de laminae). São lâminas que por ação de uma
estruturas de deformação que surgem nas carga de avalanche sofrem redução de
faces de barlavento de dunas, basicamente espessura no ponto de compreensão,
eólicas. guardando a espessura original nas regiões
Os tipos mais comuns são: acima e abaixo da zona comprimida.
1. Plano de desbaste (shear planes). 7. Arqueamentos (warps). Tratam-se
São feições que podem coincidir com as de dobras suaves desenvolvidas nas lâminas
superfícies deposicionais originais, porém, a frontais (veja em marca de ondulação) dos
maioria delas trunca os estratos subjacentes depósitos dunares eólicos.
por desbaste. Como o corte é acompanhado
por movimentos de massas arenosas, dá Estrutura de bioerosão. Veja estrutura de
origem a maioria das dobras bioperfuração.
penecontemporâneas, falhas
penecontemporâneas, estruturas brechosas e Estrutura de bioperfuração (bioerosional
outras expressões de deformação. structures, root-borings). São estruturas de
2. Lâminas obliteradas (fade-out moradia feitas por organismos em rochas
laminae). Dentro da camada principal ou de duras, sedimentares ou não. São produzidas,
lençóis de areia que formam as dunas, as provavelmente, em lugares onde a superfície
lâminas estão pouco ou nada perturbadas. É rochosa esteve exposta à atividade animal
comum, contudo, que entre tais massas durante um certo espaço de tempo, após o qual
arenosas existam leitos mais finos ou cunhas foi coberto por sedimentos mais recentes. Os
dentro das quais as lâminas foram buracos podem ser verticalizados ou não e,
grandemente obliteradas, provavelmente por ocasionalmente, o organismo perfurante pode
fluxo de grãos. A obliteração quando vista em ser preservado com a estrutura.
corte, mostra parte das lâminas anteriormente Os organismos envolvidos na origem
existentes, truncadas por erosão. O local de de tais estruturas são, normalmente, moluscos
desbaste, em forma de colher, é preenchido, e vermes, podendo ser incluídos até mesmo
provavelmente, pelos próprios agentes raízes de plantas (veja pedotúbulo). As
erosivos: as línguas arenosas de avalanche. mesmas estruturas em dimensão microscópica
3. Línguas arenosas de avalanche. ou próxima, são atribuídas à atividade de
4. Estrutura brechosa. fungos, algas e esponjas.
2. Traços de rastejamento.
Estrutura de bioturbação (biodeformational 3. Traços de pastagem.
structures, biogenic sedimentary structures, 4. Estruturas de alimentação.
biogenic structures, bioturbation, bioturbation 5. Estruturas de moradia.
structures, borings, lebensspuren, organic De acordo com a classificação
structure, worm traces). Constituem estruturas estratonômica e tendo por base o meio principal
produzidas pela atividade de animais viventes de moldagem, os lebensspuren podem ser:
dentro da camada ou sobre a superfície da 1. Epichnia.
mesma, estando incluídas petrificações de 2. Endichnia.
parte, de todo o tecido ou do esqueleto do 3. Hypichnia.
organismo, sendo estes restos o objeto da 4. Exichnia.
taxonomia paleontológica.
O grau de bioturbação depende da Estrutura de bioturbação deformativa
taxa local de sedimentação, diversidade e (churned bedding, churned stratification,
densidade populacional dos organismos ali deformative bioturbation structures,
ocorrentes. A bioturbação é mais comum em deformative structures). Ilustração. São
ambientes marinhos rasos onde a taxa de estruturas de bioturbação sem qualquer forma
sedimentação é relativamente baixa e onde a definida, tais como estruturas mosqueadas ou
água é bem oxigenada e rica em nutrientes, manchas de diferentes cores, granulometria,
suportando abundante fauna. etc.
Estas estruturas podem destruir ou Em testemunhos a estrutura pode ser
perturbar as estruturas primárias produzidas confundida com estruturas de escorregamento,
inorganicamente. mas um exame cuidadoso mostrará a ausência
A atividade de animais bentônicos de dobramentos, e a aparência mosqueada ou
sobre os sedimentos, quando grande o misturada contendo visíveis perfurações.
suficiente para serem reconhecidas e São estruturas comuns e mais
registradas, denomina-se lebensspuren (traço claramente observáveis em testemunhos
de vida). laminados do que em afloramentos.
Estas estruturas podem ser divididas
em dois grandes grupos:
1. Fossitextura deformativa (veja
estrutura de bioturbação deformativa).
2. Fossitextura figurativa (veja estrutura
de bioturbação figurativa).
A classificação dos graus de
bioturbação, seguindo o percentual da área em
um perfil vertical no qual a estratificação
primária tenha sido destruída por organismos
que deixaram seu registro é, segundo Reineck
e Singh 1980:

%
Grau Classificação
Bioturbação
0 0 Sem perturbação
1 1a5 Traços esporádicos
2 5 a 30 Bioturbação fraca
3 30 a 60 Bioturbação média
4 60 a 90 Bioturbação forte
5 90 a 99 Bioturbação muito forte
6 100 Completamente bioturbado

Baseado em fatores ecológicos, Estrutura de bioturbação deformativa. Testemunho de


podemos distinguir 5 grupos de lebensspuren, sondagem com camada bioturbada limitada por
conglomerado na base e laminação cruzada no topo. Escala
de acordo com Seilacher, 1953: em centímetros. Testemunho cedido pela CPRM. Formação
1. Traços de repouso. Palermo, Permiano, RS, BR. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
Estrutura de corrente (current structure).
Estrutura de bioturbação em cordame (ropy Quaisquer estruturas que tenham sua origem
structures). Estrutura de bioturbação que determinada por ação de correntes. Exemplos:
constitui um conjunto de moldes de cavidades marca de desbaste, lineação por corrente,
criadas por animais hemi-sésseis, marca de saltação, marca de roçadura, etc.
provavelmente, que assume o aspecto de um
amontoado de cordas complexas, comumente Estrutura de corrente alinhada. Veja
compostas. estruturas direcionais em estrutura sedimentar.
Sua origem está associada à estrutura
de alimentação. Estrutura de corte e preenchimento
(channel, channel cast, channel fill, cut-and-fill,
Estrutura de bioturbação figurativa cut-out, erosion channels, gouge channel,
(figurative bioturbation structures, figurative gutter cast, gutter mold, obstacle mark, ripple
structures). Ilustração. São estruturas de biotur- scour, runnel cast, scour-and-fill, scour hole,
bação que possuem formas e tamanhos wash-out). Ilustração. São estruturas que
definíveis e reconhecíveis, tais como estruturas lembram pequenos buracos assimétricos,
de escavação, traços e pistas. São melhor geralmente produzidas em fundo de canal, com
estudadas em afloramentos onde sua extensão eixos longos correndo paralelos à direção da
lateral e diversidade podem ser e-xaminadas. corrente. Posteriormente tais cavidades são
preenchidas por materiais clásticos.
Surgem graças à atuação erosiva da
própria corrente ou por formação de rede-
moinhos em torno de obstáculos.
Diferem dos canais pelo fato de o eixo
longitudinal não representar dimensão muitas
vezes maior que a largura.
O preenchimento das cavidades pode
desenvolver estratificação cruzada inclinada
convexa.

Estrutura de bioturbação figurativa. Estratos e lâminas


bioturbadas em arenitos da Formação Sanga do Cabral,
Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.

Estrutura de carga. Veja estrutura de


sobrecarga.

Estrutura de chama. Veja estrutura em chama.

Estrutura de colapso (collapse feactures). Estrutura de corte e preenchimento. Amostra de arenitos


do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Referência:
Veja em falha penecontemporânea.
2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Estrutura de compactação (compaction Estrutura de deformação


structures). As estruturas de compactação são penecontemporânea (contemporaneous
originadas durante o processo diage-nético e deformation, disturbed stratification,
resultam da compactação diferencial (veja em metasedimentary structures,
compactação), podendo desenvolver dobras penecontemporaneous deformation
penecontemporâneas, falhas structures). São estruturas perturbadas,
penecontemporâneas e estruturas de deformadas ou distorcidas, produzidas por
sobrecarga. processos inorgânicos. Estas estruturas se
originam ao mesmo tempo ou muito pouco
tempo depois da deposição do material, sempre conchas, etc.). Normalmente, contudo, atrás do
antes da consolidação dos sedimentos. objeto ocorre deposição de sedimentos
Geralmente, são estruturas de caráter local e longitudinalmente dispostos à corrente, sendo
confinadas a uma única camada. tal deposição reconhecida como sombra de
As variações vão desde leves areia.
perturbações até complicados Às vezes o obstáculo é levado pelo
amarrotamentos, falhamentos e fluxo, podendo deixar o registro de sua e-
transformações estratais. A deformação é xistência.
controlada pela espécie de sedimentos. Tais estruturas podem ser produzidas
Deformações penecontemporâneas sem a presença de obstáculos, graças às
resultam de variados processos, entre eles, (a) irregularidades do fundo que possui partes mais
escorregamento e deslizamento por influência e menos resistentes.
gravitacional, (b) sobrecarga diferencial entre A erosão pode não ocorrer atrás do
sedimentos ou entre sedimentos e gelo, (c) objeto que atua como protetor, gerando desta
passagem de um fluido ou material semi-sólido maneira, uma sombra de areia não
sobre sedimentos inconsolidados, (d) escape deposicional.
de água ou gás, etc. Veja também turboglifo.
Podem ser: estruturas de sobrecarga,
pseudonódulos, estrutura convoluta, estrutura Estrutura de desbaste longitudinal
em forma de pires, estruturas de (longitudinal obstacle scour). Veja em
escorregamento e estruturas de escape de turboglifo.
água.
Estrutura de descolamento. Veja
Estrutura de desbaste. Veja marca de acamamento contorcido.
desbaste.
Estrutura de deslizamento (sliding structure).
Estrutura de desbaste em crescente São estruturas com grande amplitude lateral em
(crescent cast, crescent marks, crescent contraposição às estruturas de escorregamento
scour, crescentic scour mark, current crescent, que são localmente restritas.
horse-shoe flute cast, obstacle mark, obstacle Veja também movimento de massa.
scours, wash-over crescent). Ilustração.
Marcas de desbaste em forma de ferradura com Estrutura de dessecamento. Veja greta de
o lado côncavo dirigido corrente abaixo. contração.

Estrutura de dissipação. Ilustração.


Consistem de estruturas irregulares de
ondulações marcadas por películas de lama
que ressaltam a estratificação, falhas ou
fraturas.
Duas são as origens possíveis:
1. O material arenoso com argila
coloidal é depositado em corridas de areia por
fluxos densos. Quando o fluxo para o material
coloidal ascende por tensão superficial,
recobrindo a areia como uma “nata argilosa”.
2. A estrutura também poderá ser
Estrutura de desbaste em crescente. Areias em ambiente produzida pela percolação e deposição de
litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. A seta indica a coloides, como atividade secundária, quando a
direção do fluxo. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos sedimentação ocorrer em descontinuidades
Henrique Nowatzki.
estruturais como falhas, fraturas e planos de
estratificação.
Originam-se por ação da erosão O empilhamento de camadas é
graças à deflação do fluxo a frente, dos lados marcado por tais estruturas.
ou mesmo atrás de obstáculos (seixos, É importante lembrar que o processo
de percolação tende a reforçar e espessar as damente.
películas de argila primárias. A gênese destas estruturas é
controlada pelo tamanho dos dos sedimentos,
resistência à compactação, instabilidade,
hidrodinâmica e permeabilidade.

Estrutura de escape de água com lâmina


rearranjada (soft sediment mixing bodies).
Constitui estrutura de escape de água em que
ocorre uma reorganização interna das camadas
durante processos de liquefação e fluidização.
A perturbação não se estende signi-
ficativamente para os sedimentos adjacentes.
Tais feições se manifestam como
camadas hidroplásticas agitadas, camadas
liquefeitas, camadas e colunas fluidificadas.
Estrutura de dissipação em duna eólica litorânea marinha. Ainda neste grupo podemos encontrar
Quaternário, RS, BR. Referência: 30 cm de comprimento.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. estrutura convoluta, estratificação cruzada
convoluta, estrutura em pilar e clasto vertical
Estrutura de escape. Veja traço de escape (veja em clasto pingado e em involução).
protrusivo e traço de escape retrusivo em Veja também dobra recumbente
estrutura de escavação. intraformacional.

Estrutura de escape de água (water-escape Estrutura de escape de água consolidada


structure). Termo aplicado para incluir várias (consolidation). São estruturas de escape de
estruturas de deformações água que incluem exclusivamente a laminação
penecontemporâneas e estruturas de nova formada como resultado do escape de
escorregamento originadas pelo escape da água a partir dos poros. As estruturas em forma
água. de pires são produzidas desta maneira.
São estruturas pós-deposicionais
formadas pelos sedimentos soltos, como Estrutura de escape de água dobrada (soft
resultado do escape de água contida nos poros, sediment folds). Ilustração. São estruturas de
causando um rearranjo dos grãos. Este escape de água que incluem laminação
fenômeno gera deformações nas laminas deformada em sedimentos associadas à
existentes ou até mesmo o surgimento de sobrecarga diferencial, movimento declive
novas estruturas. abaixo, correntes de arrasto, etc.
O processo de escape de água pode Estrutura convoluta e estratificação
ser originados por infiltração, liquefação ou cruzada convoluta podem ser incluídas neste
fluidização. grupo.
Podemos reconhecer ainda quatro Veja também dobra recumbente
variedades geométricas gerais de estruturas de intraformacional.
escape de água:
1. Estrutura de escape de água com
lâminas rearranjadas
2. Estrutura de escape de água
intrusiva
3. Estrutura de escape de água
dobrada.
4. Estrutura de escape de água
consolidada.
Em geral, tais estruturas são
Estrutura de escape de água dobrada. Arenitos eólicos da
abundantemente formadas em areias médias a Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. Créditos:
finas com alta porosidade, depositadas rapi- Carlos Henrique Nowatzki.
Estrutura de escape de água intrusiva (soft
sediment intrusions). Ilustração. Estruturas
formadas quando sedimentos hidroplásticos,
liquefeitos ou fluidificados são mobilizados e
introduzidos em camadas adjacentes.

Estrutura de escavação. Arenitos intercalados a finos


leitos de pelitos com icnofósseis. À direita da referência duas
grandes escavações, uma delas em forma de “U”.
Formação Rio Bonito, Permiano, RS, BR. Referência: 2,0
cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Os padrões complicados de
distribuição são, normalmente, estruturas de
alimentação.
As paredes internas das estruturas
podem ser revestidas por secreções e
Estrutura de escape de água intrusiva. Arenitos do Grupo excreções do animal ou por agregação de
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência: cabeça do sedimentos invasores. Estes revestimentos
martelo com 13 cm de comprimento. Créditos: Carlos conferem uma estrutura mais estável ou
Henrique Nowatzki.
mantém a limpeza da moradia, que também
pode ser feita pela expulsão dos sedimentos
Compreendem, normalmente, os e/ou matérias excretadas .Alguns animais, no
diques sedimentares e os sills sedimentares.
entanto, preferem realizar nova escavação ao
Podem ser concordantes, quando a invés de manter a limpeza ou a desobstrução
intrusão é hidroplástica, tipicamente da estrutura em que vivem.
discordante quando a intrusão é fluidificada e, Em locais onde a sedimentação é
concordante ou discordante, quando a intrusão excessiva, os organismos são compelidos a
é liquefeita. fugir do soterramento migrando para níveis
mais altos e mais próximos da superfície,
Estrutura de escavação (burrows, burrow
produzindo, desta forma, os chamados traços
trace, hatching). Ilustração. São estruturas de de escape protrusivos (fugichnia, protrusive
moradia feitas por organismos em sedimentos spreiten, spreite). Às vezes, contudo, os
soltos. organismos adentram mais os sedimentos em
Podem assumir diferentes formas: resposta à erosão, quando então se
retos, em “U”, com uma abertura ou aberta em denominam traços de escape retrusivos
ambas as extremidades, ramificadas, (fugichnia, retrusive spreiten, spreite).
meandrantes, etc. Os traços de escape (escape
Distingue-se, nas estruturas, um structures, escape traces) diferem das
núcleo que representa a escavação feita pelo estruturas de escavação normais por serem
animal e um halo que representa a área, em mais retos, sem ramificações e sempre
torno do núcleo, onde a estratificação é verticais, não possuem reforços de secreções
perturbada dando origem a leitos interrompidos nem revestimento. Ao longo dos traços de
e arrastados para cima ou para baixo, escape, os leitos são invariavelmente curvados
independente do sentido de movimento do para baixo, em contraposição ao movimento do
orga-nismo. a-nimal. Em alguns casos, também
encontramos traços de forma helicoidal e
vertical.
As estruturas de escavação são,
normalmente, produzidas por vermes,
moluscos, equinodermas, etc., por atividade por escorregamento ou por sobrecarga de
bioturbadora, sendo frequentemente formas sedimentos.
estáveis graças à cimentação das partículas Veja dique sedimentar e estrutura em
feita por secreção viscosa, matéria fecal, lama chama.
ou por simples pressão de partículas contra as
paredes da estrutura. Estrutura de moradia (domichnia, dwelling
Veja também estrutura tubular. burrows, dwelling structures, dwelling traces,
residence structures, shelter structure). São
Estrutura de escorregamento estruturas de bioturbação caracterizadas por
(metasedimentary structures, sheet slumps, buracos e outras feições que servem,
slump bedding, slump structure, slurry-slump essencialmente, de moradia aos organismos
bedding). São estruturas caracterizadas por produtores, contudo, podem se prestar também
todas as variações possíveis de dobramentos como locais de alimentação.
ou falhas penecontemporâneas que podem Podem ser estruturas de bioperfuração
determinar um aspecto brechoide nos ou de escavação.
sedimentos originalmente planos.
Distinguem-se da estrutura convoluta, pelo fato Estrutura de paleocorrente. Veja estruturas
de serem descontínuas. direcionais em estrutura sedimentar.
Desenvolvem-se em planos inclinados
devido à gravidade, a deslocamentos de Estrutura de recalque. Veja estrutura de
massas de gelo sobre sedimentos ou à fusão sobrecarga.
de gelo englobado por sedimentos.
Tais processos originam: Estrutura de rompimento (point-up
1. Acamadamento contorcido. structures, ruptured structures). Veja em
2. Falha penecontemporânea. estrutura convoluta.
3. Gravifossa.
4. Dobra penecontemporânea. Estrutura de ruptura. Veja intraclasto.
5. Estrutura brechosa.
6. Blocos rompidos por tração (veja em Estrutura de sobrecarga (flow cast, flow
estrutura brechosa). structure, founder and load structures, load
7. Sobredobra de escorregamento. cast, load-flow structures, load mold, load
8. Lençol de escorregamento. pocket, load pouches, load structures,
Muitas vezes, o padrão dobrado e multidirectional flowage cast, sag structure,
falhado está contido abaixo de leitos planos. teggoglyph). Ilustração. Estrutura de defor-
Isto se deve à erosão parcial das estruturas de mação penecontemporânea geralmente
escorregamento e posterior deposição de reconhecida como marca de sola, preservada
sedimentos. na parte inferior de um leito arenoso que cobre
Quando a estrutura de outro lamoso. Tem a aparência, na superfície,
escorregamento tem origem glacial pode de protuberâncias que podem ser levemente
também ser denominada crioturbação marcadas ou bastante irregulares.
(cryoturbation) ou enquadrada como estrutura
periglacial.
São estruturas de deformação
penecontemporâneos.
Veja estrutura de deslizamento e
também movimento de massa.

Estrutura de fluxo intra-estratal. Veja


estrutura convoluta.

Estrutura de injeção (injections structures).


Trata-se de feição gerada pelo envolvimento de Estrutura de sobrecarga. O leito superior, mais claro, é
sedimentos hidroplásticos em camadas arenito médio a grosso e o inferior, mais escuro, pelitos (veja
sobrepostas. Esta injeção pode ser promovida em Rocha Sedimentar Clástica). Na interface entre eles
ocorrem deformações por sobrecarga. Grupo Guaritas, superposta no sentido do fluxo, porém com a
Proterozoico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos:
região mais pronunciada apontando em sentido
Carlos Henrique Nowatzki.
contrário à corrente.
Distinguem-se dos turboglifos pela sua
grande irregularidade e normalmente não Estrutura de sobrecarga nodulosa (torose
indicam a direção da corrente. load cast). Estrutura de sobrecarga alongada
Por norma, é o resultado da deposição com constrições e dilatações periódicas que
de areia sobre um leito lamoso hidroplástico, determinam um aspecto noduloso.
também podendo ocorrer dentro de unidades Seus extremos bulbosos e mais
de arenito. A carga diferencial entre camadas é profundos apontam o sentido da corrente.
ajustada por movimentos verticais ocasionando
o afundamento do leito de areia na forma de Estrutura de sobrecarga sísmica (quake
lobos ou empurrando o leito lamoso, para cima, sheet). Estrutura de sobrecarga originada por
como línguas, sendo a estrutura então choque sísmico.
denominada estrutura em chama. Nesta estrutura não são observados
Também pode ser produzida em deslocamentos horizontais. É possível estrutura
consequência de deposição diferencial, como transicional entre estas e estruturas de
no caso das marcas de ondulações, quando as sobrecarga alinhadas (veja em estrutura de
cristas tendem a mergulhar no leito lamoso, sobrecarga).
sendo, no caso, denominadas de marcas de Veja também pseudonódulo.
ondulações empilhadas.
Surge, ainda, por movimentos laterais, Estrutura de vetor. Veja estruturas direcio-nais
como, por exemplo, quando ocorre o em estrutura sedimentar.
preenchimento de marcas de desbaste.
Quando originada por corrente Estrutura devida à pegada de animal
associada à densidade diferencial entre o leito ungulado (hoof-print structures). As marcas
arenoso e o lamoso é designada estrutura de deixadas por animais em sedimentos recentes
sobrecarga alinhada (load cast lineation, podem mostrar perturbações nas estruturas
longitudinal flowage cast, longitudinal flowage originais. Geralmente caracteriza-se por um
marks). dobramento sinclinal seguido por depressão
Podem se apresentar como estrutura central. O preenchimento posterior poderá
de sobrecarga dendrisseptada, estrutura de manter o registro.
sobrecarga escamiforme, estrutura de
sobrecarga nodulosa e estrutura de sobrecarga Estrutura diagenética (chemical structures,
sísmica. diagenetic structures, post depositional
Veja também dobramento de structures, secondary structures). Consti-tuem
sobrecarga e pseudonódulo. estruturas em que os principais processos
geradores são a solução, a deposição (veja
Estrutura de sobrecarga alinhada (load cast sedimentação) e a substituição. A solução pode
lineation, longitudinal flowage cast, longitudinal atuar conjuntamente com a pressão originando
flowage marks). Veja em estrutura de estruturas tais como estilolito e estrutura
sobrecarga. cone-em-cone. A deposição de material dentro
de um sedimento, através de pressão
Estrutura de sobrecarga dendrisseptada confinante nos casos de porosida-de, pode
(syndromous load cast). Estrutura de sobre- originar mosqueamento (veja estrutura
carga de forma alongada e suave relevo, li- mosqueada), expressado por mudanças na cor,
mitada por sulcos agudos de padrão dendrítico ou por mudanças na orientação cristalográfica
que possuem confluência no sentido da do mineral precipitado, ou pode dar lugar a
corrente. concentrações bem definidas, anédricas ou
euédricas, de minerais particulares. Estas
Estrutura de sobrecarga escamiforme concentrações podem empurrar os sedimentos
(squamiform-cast, squamiform load cast). hospedeiros ou podem impregná-los e/ou
Estrutura de sobrecarga com forma lobulada e incluí-los. A substituição pode copiar estruturas
pré-existentes ou originar novas estruturas
irregulares. camada superior.
Surgem após a deposição do
sedimento por ação de forças mecânicas (veja
estrutura mecânica secundária) ou não, antes
da litificação.

Estrutura direcional (aligned current


structures, direcional structures, paleocurrent
structures, vector structures). Veja em
estrutura sedimentar. Estrutura em chama Interface areia-lama à direita da
referência (seta). Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR.
Estrutura em bola. Veja pseudonódulo. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.

Estrutura em bola de neve. Veja


A deformação associada a uma
pseudonódulo e também estrutura brechosa.
corrente origina também as marcas
transversais de fluxo (transversal flowage cast,
Estrutura em bola e almofada (ball-and-pillow
transversal flowage marks) que se apresentam
structure). Ilustração. Veja em pseudonódulo.
como ondulações paralelas retorcidas, as
quais, em seção, mostram as estruturas em
chama.
A estrutura indica a direção da
paleocorrente.

Estrutura em chevrão. Veja em marca de


ondulação simétrica por onda. Ilustração.

Estrutura em bola e almofada. Arenitos intercalados a


pelitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica). Grupo
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência: 30 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Estrutura em chama (anti-crests, antidunes, 1 cm


flame structures, flow cast, flowage cast, load
wave, pull over structure, streaked-out lutite Estrutura em chevrão. Arenitos com marcas de
ripples, streaked-out ripples). Ilustração. ondulações (lâminas mais claras) intercaladas com
Estrutura de deformação penecontemporânea, laminações argilosas da Formação Palermo, Permiano, RS,
do tipo estrutura de sobrecarga que se BR. A elipse marca a estrutura em chevrão. Testemunho de
sondagem cedido pela CPRM. Créditos: Carlos Henrique
apresenta como pequena língua lamosa Nowatzki.
pontiaguda e curvada, intrometida em um leito
geralmente arenoso sobrejacente. Estrutura em constrição (pinch and swell).
É melhor reconhecida quando em Veja em dobra penecontemporânea.
seção perpendicular ao plano de estratificação.
Devido à carga desigual, na interface Estrutura em costela e sulco (arcuate bands,
areia-lama, e ainda à liquefação, o leito lamoso micro-cross lamination, rib-and-furrow, rib-
move-se para cima intrudindo-se no leito and-furrow structure). Ilustração. Pequenas
superior. marcas transversas arqueadas que ocorrem
Também pode surgir associada com em grupos separados por longas e estreitas
sulcos e cristas longitudinais lavrados por estrias paralelas entre si e à direção da
corrente em seções perpendiculares aos sulcos corrente. Nas marcas transversas arqueadas, o
onde se vê a crista de lama penetrando a lado convexo aponta corrente acima e a
bissetriz é paralela à direção do fluxo. Em
planta, têm o aspecto de estratificação cruzada.

Estrutura em forma de pires. Amostra de arenito


Estrutura em costela e sulco. Depósitos arenosos de convolucionado do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS,
interdunas litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. A seta BR. Acima da referência observa-se incipiente “pires”.
demarca a direção da paleocorrente. Créditos: Carlos Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Henrique Nowatzki. Nowatzki.

Origina-se por erosão de sistemas de Cada estrutura varia em largura de 20


marcas de ondulações linguoides por corrente. cm até mais que 50 cm com espaçamentos
Veja também estrutura incipiente em entre 1 cm e 8 cm na vertical. Em planta são
costela e sulco. ovais, circulares, elípticas ou poligonais e,
geralmente, falta um marcado alongamento. A
Estrutura em espiral. Estrutura de forma base do “pires” é sempre nítido, mas para o
espiralada originada por escavação animal. topo ocorre gradação.
Veja também icnofóssil.
Estrutura em forma de prato. Veja estrutura
Estrutura em forma de ninho de girino. Veja em forma de pires.
padrão em ninho de girino em marca de
ondulação de interferência. Estrutura em montículo e depressão. Veja
impressão de bolha.
Estrutura em forma de pires (discontinuous
curved lamination, dish structures). Ilustração. Estrutura em olhos de pássaro (birseye
Estrutura de escape de água representada por structure, birdseye vugs). Veja em arenito
concavidade para o alto, com lâminas ricas em esponjoso.
argila, subhorizontais, desenvolvidas
normalmente em camadas arenosas. Cada Estrutura em pilar (pillars, pillar structures).
estrutura (“pires”) torna-se mais arenosa em Feição relacionada com as estruturas em forma
direção ao topo. São comumente separadas de pires, que se caracteriza por colunas
por colunas verticalizadas de areia maciça verticais ou próximas da vertical. Aparecem
denominadas estrutura em pilar (veja também entre as estruturas côncavas que formam os
estrutura cilíndrica). “pires”.
Origina-se durante a consolidação e Sua gênese está ligada ao escape de
desidratação de sedimentos rapidamente água (veja também estrutura de escape de
depositados que sofrem liquefação e água e estrutura cilíndrica).
fluidização.
Estrutura em pingo e curva (drop and sags
structures). Estrutura de sobrecarga constituída
por lâminas e corpos isolados de minerais
pesados em areias. Os minerais pesados
(geralmente especularita, magnetita, hematita e
ilmenita), graças a maior densidade, deformam
e afundam na camada deixando curvas, em
geral, com a convexidade para cima e gotas
isoladas na matriz. resistente. A penetração do sedimento pode ser
Os leitos de minerais pesados são, facilitada originalmente a partir de marcas de
frequentemente, de uns poucos grãos de desbaste ou de marcas lavradas por objetos,
espessura e raramente excedem 1 cm. geralmente marcas de punção.
Tais estruturas também podem ser
Estrutura endocinemática (endokinematic mencionadas como estruturas de fluxo, uma
structures). São aquelas que surgem graças as vez que foram observadas na base de arenitos
operações endocinemáticas, nas quais os liquefeitos, indicando a possibilidade que
vetores maiores de deslocamento ocorrem tenham tido origem em um lento fluxo das
entre parte do material dentro do qual irá se areias após a deposição inicial.
originar a estrutura e o depósito vizinho que não Uma estrutura similar são os turboglifos
sofre modificação. frondescentes sulcados por carga que diferem
Exemplos: camada gradacional, vulcão pelo fato de a “folhagem” apontar corrente
de areia, etc. acima.

Estrutura endocinética. Veja estrutura Estrutura fucóide (fucoid). Termo antigamente


endocinemática. empregado para feições de origem algácea.
Atualmente utilizado em sentido geral para
Estrutura epigenética (epigenetic structures). rastos e pistas tubulares, originandas por
Veja em estrutura sedimentar e também em atividade escavadora de raízes e animais.
estrutura diagenética. Veja icnofóssil, marca de sola e
também estromatólito.
Estrutura estilolítica. Veja estilolito.
Estrutura geopetal (geopetal infills, geopetal
Estrutura exocinemática (exokinematic structures). Consiste em cavidades nas quais a
structures). São aquelas que surgem graças as porção inferior é coberta por sedimentos
operações exocinemáticas, nas quais os infiltrados que recebem uma cobertura de
vetores de deslocamento maiores ocorrem precipitado químico, comumente calcita. A
entre o material que forma a parte externa do cavidade pode ser primária, tal como a
depósito e a parte do depósito não modificado, cavidade do corpo de um braquiópodo ou um
vizinho àquele em que a estrutura é produzida. poro intergranular, ou ainda, podem surgir
Estratificação cruzada e laminação paralela secundariamente por solução.
horizontal são exemplos. São estruturas que embora raras, nos
podem revelar a atitude do horizonte ori-ginal
Estrutura fluidal. Veja pseudonódulo, com alguma confiabilidade.
turboglifo e também estrutura frondescente.
Estrutura glacial penitente (penitentes). Veja
Estrutura frondescente (cabbage-leaf casts, em estrutura cárstica pontiaguda.
cabbage-leaf marking, cabbage-leaf structure,
deltoidal cast, deltoidal marks, feather-like Estrutura heterogênea. Veja camada
marks, flow mark, flow structure, frondescent gradacional.
furrow flute casting, frondescent marks).
Estruturas alongadas, ramificadas e com Estrutura hidrodinâmica. Tratam-se de
bordos crenulados (lembrando folhas de couve) estruturas sedimentares que resultam da ação
sobre os quais ocorrem finas estriações. As de ondas e correntes aéreas ou aquosas.
estrias bifurcam-se no sentido da corrente. A
aparência das “folhas” varia de estreita e muito Estrutura homogênea. Veja camada maciça.
alongada a curta e larga e, excepcionalmente,
a um círculo completo. Estrutura incipiente em costela e sulco
Sua gênese sugere que o sedimento (current break-through, incipient rib and
assenta-se sobre uma superfície lamosa macia furrow). Estrutura composta por feições
que está sobreposta a um leito inferior mais resultantes da erosão de superfícies com
resistente. O sedimento ultrapassa a camada marcas de ondulações. A estrutura ondulada
macia e espalha-se sobre a inferior mais original é parcial ou completamente destruída,
deixando cristas curtas descontínuas e
cavidades que não exibem, aparentemente, um
padrão de distribuição.
Possivelmente a erosão se estabelece
sobre as marcas de ondulações por
microturbulências no fluxo, causadas pelas
próprias ondulações, o que leva a originar as
estruturas em costelas e sulcos.

Estrutura linear (linear structures). Quaisquer


estruturas que apresentem lineação.

Estrutura maciça. Veja camada maciça.

Estrutura mecânica (mechanical structures,


metadepositional structures). São formas
ordenadas, sobre superfícies de acamamento e
padrões tridimensionais, da textura e/ou mi- Estrutura mosqueada. Intercalação de lâminas de arenito
neralogia das lâminas de uma camada, que e pelitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) fortemente
bioturbadas. Testemunho cedido pela CPRM. Referência:
foram criadas apenas por forças mecânicas. em centímetros. Formação Palermo, Permiano, RS, BR.
Podem ser de dois tipos principais: Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
1. Estrutura mecânica primária.
2. Estrutura mecânica secundária. Podem ser divididas em:
1. Estrutura mosqueada distinta:
Estrutura mecânica primária (primary aquela que se destaca nitidamente da matriz.
structures, syndepositional structures). Feição Predominam em zonas faciológicas
produzida diretamente por algum agente areno-sílticas, pois, areias e siltes contrastam
transportador dos sedimentos. fortemente com argila.
2. Estrutura mosqueada indistinta:
Estrutura mecânica secundária (post aquela que não se destaca nitidamente da
depositional structures, secondary structures). matriz. Predominam em zonas faciológicas
Estrutura mecânica que surge durante o argilosas e em todas as fácies monótonas, que
intervalo entre a deposição (veja sedimentação) abrangem apenas pequena gama de
e o início da litificação. granulação.

Estrutura meta deposicional. Veja estrutura Estrutura mosqueada distinta. Veja em


mecânica. estrutura mosqueada.

Estrutura metassedimentar. Veja estrutura de Estrutura mosqueada indistinta. Veja em


deformação penecontemporânea. estrutura mosqueada.

Estrutura moniliforme. Veja blocos rompidos Estrutura na forma de mapa (maprock).


por tração em estrutura brechosa. Feição constituída por minúsculos cilindros de
limonita e hematita alinhados, que se cruzam
Estrutura monroe. Veja monroe em vulcão de em ângulos retos sobre o plano de
lama. estratificação que por formarem desenhos que
se assemelham ao traçado de uma cidade,
Estrutura mosqueada (gleyed subsoils, mixed recebe esta denominação. Os cilindros ocupam
structures, mottled stratification, mottled pequenos sulcos. Em áreas protegidas do
structure). Ilustração. Estrutura representada intemperismo aparecem frágeis linhas
pelo preenchimento de tubos, orifícios e retangulares em continuação aos cilindros.
cavidades, por um sedimento de textura A origem proposta é de que o
diferente da matriz envolvente, determinando sedimentito (siltito), ter-se-ia depositado em
um padrão mosqueado irregular. ambiente de planície de maré oxidante,
bordejando bacia evaporítica. Por evaporação geométricos das partículas ou cristais da rocha.
das águas salinas formar-se-iam depósitos de As estruturas sedimentares ocorrem
halita, constituídos de minúsculos cristais em rochas sedimentares, constituindo os
dispostos em forma cilíndrica. Em período de aspectos principais da organização interna da
inundação posterior, o sal seria dissolvido camada sedimentar, bem como aspectos de
deixando atrás de si minúsculos sulcos sobre o topo e base da camada.
sedimento que seriam recobertos por outros Formam-se em resposta a certos
sedimentos clásticos. Água meteórica infiltrada fatores, tais como, ambiente deposicional,
posteriormente através dos pequenos sulcos corrente aquosa ou eólica, espessura da lâmina
deixados na interface deposicional, lixiviaria o de água. Por estas razões, a análise das
ferro contido no cimento da rocha, o qual seria estruturas sedimentares com outros
precipitado nas depressões sob forma de pirita parâmetros, é importante não só para identificar
que, posteriormente, se transformaria em o processo envolvido em sua formação, mas
limonita ou hematita. também por seu auxílio na definição das facies
e do paleoambiente.
Estrutura orgânica (biogenic sedimentary Podem ser:
structures, biogenic structures, organic 1. Estruturas pré-deposicionais:
structure). Estruturas geradas por atividades de quando formadas previamente no topo de uma
organismos durante os processos camada, sendo recobertas a seguir pela
deposicionais ou pós-deposicionais. camada seguinte. Nesta ficam registradas em
Veja também estrutura de bioturbação. sua base, como, por exemplo, as marcas de
sola (veja marca de sola).
Estrutura pós-deposicional. Veja estrutura 2. Estruturas primárias ou singe-
mecânica secundária e também estrutura dia- néticas (primary structures, syngenetic
genética. structures): quando formadas simultanea-
mente à deposição dos sedimentos, tanto por
Estrutura primária. Veja estrutura mecânica forças mecânicas (veja estrutura mecânica),
primária e também estruturas singenéticas em como não (estruturas de bioturbação, por
estrutura sedimentar. exemplo).
3. Estruturas secundárias ou
Estrutura química. Veja estrutura diage- epigenéticas (secondary structures, epigenetic
nética. structures): quando formadas logo após (e
mesmo algum tempo depois) a deposição dos
Estrutura reotrópica (rheotropic structures). sedimentos.
Estruturas que resultam da deformação de 4. Estruturas diagenéticas: quando
sedimentos coesivos ou variações reotrópicas formadas durante a diagênese (veja estrutura
graças a forças diferentes daquelas cone-em-cone).
influenciadas diretamente por correntes e Há também a possibilidade de
organismos, como, por exemplo, vulcão de classificá-las como superficiais, se externas, e
areia. subsuperficiais, se internas.
Correspondem às estruturas Estruturas, tais como estratificação
endocinemáticas. cruzada, que indicam a paleocorrente são
chamadas estruturas sedimentares vetoriais
Estrutura rompida. Veja blocos rompidos por (aligned current structures, direcional
tração em estrutura brechosa. structures, paleocurrent structures, vector
structures).
Estrutura secundária. Veja estrutura diage-
nética. Estrutura simétrica de sobrecarga. Veja
estrutura de sobrecarga.
Estrutura sedimentar (primary structures,
sedimentary structures, sedimentation Estrutura sindeposicional. Veja estrutura
structures). Estrutura é uma das maiores mecânica primária.
feições que existe em uma rocha, em contraste
com a textura que inclui os aspectos Estrutura singenética (primary structures,
syngenetic structures). Veja em estrutura também estrutura de escavação.
sedimentar.
Evaporito (evaporite). Rocha Sedimentar
Estrutura superficial no grão. Feições que Química formada por evaporação da água onde
aparecem na superfície dos grãos, os sais, elementos e outros compostos,
independentemente do seu tamanho. estavam dissolvidos.
Entre elas, destacam-se:
1. Facetamento (veja grão facetado). Exichnia. Estruturas de bioturbação
2. Marca de percussão. preservadas fora do meio principal de
3. Estriações (veja grão estriado). moldagem.
4. Polimento (veja grão polido), etc. No singular diz-se exichnion.

Estrutura tepee (tepee, tepee structures). Exichnion. Singular de exichnia.


Ilustração. Veja em estrutura brechosa.
Exoglifo (exoglyph). Veja em hieroglifo.

F
Fábrica (fabrics). Trata-se da atitude das
partículas (veja em Rocha Sedimentar
Clástica) no espaço e o grau de orientação
preferencial delas.
Geneticamente pode ser fábrica
primária ou fábrica secundária.
A primária é dita fábrica aposicional e
representa a resposta das partículas ao sistema
de forças operante no tempo do transporte ou
deposição, o que inclui forças reológicas (ver
reologia), a gravidade e o magnetismo terrestre.
Se, no entanto, expressa orientação
preferencial de organismos usualmente
escavadores ou sésseis, com relação às
correntes prevalecentes, diz-se fábrica
Estrutura tepee. Calcários da Formação Irati, Permiano, reotática.
RS, BR. Testemunho de sondagem cedido pela CPRM. Já a secundária, denominada fábrica
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique deformacional, forma-se após a deposição dos
Nowatzki.
sedimentos por ação de forças externas, como,
por exemplo, o fluxo de um sedimento
Estrutura tubular (burrow, burrows trace).
inconsolidado.
Composta por orifícios tubulares escavados por
animais. São comumente chamados de tubos
Fábrica aposicional. Veja em fábrica.
de vermes.
Podem ser verticais, inclinados ou
Fábrica deformacional. Veja em fábrica.
horizontais, retos ou sinuosos.
Usualmente a preservação se dá
Fábrica de grãos verticalizados (vertical grain
quando preenchidos.
fabric). Veja em involução.
Não devem ser confundidos com
pedotúbulos.
Fábrica escalonada (fault steps fabric). Veja
Veja estrutura de bioturbação e
em falha penecontemporânea. (ambiente deposicional), fácies molássica
(tectofácies), etc.
Fábrica primária. Veja em fábrica. Atualmente o termo fácies tem sido
usado no estudo de outros enfoques que não
Fábrica reotática. Veja em fábrica. apenas o das rochas ou depósitos
sedimentares.
Fábrica secundária. Veja em fábrica.
Falhamento. Veja falha penecontemporânea.
Fácies (facies). É um conjunto de
características sedimentares, tais como, cor, Falhamento penecontemporâneo. Veja falha
textura, estrutura, fósseis, geometria, penecontemporânea.
paleocorrentes, que foram “impressas” no
depósito e nos sedimentos que o constituem Falha penecontemporânea (compaction
quando de sua formação em um ambiente faults, fault, faulting, intraformational thrust
deposicional, durante certo intervalo de tempo structures, penecontemporaneous faults,
geológico. synsedimentary faults). Ilustração. Falhas,
Uma sucessão de fácies compõe-se normalmente de pequena envergadura, podem
por algumas fácies diferentes, repetidas ou não, ser desenvolvidas durante processos de
as quais, às vezes, mostram mudanças compactação, movimentos de deslizamento ou
verticais e/ou horizontais de uma, ou mais deslocamento glacial sobre sedimentos.
feições características. Tais mudanças devem- Quando por compactação, são de alto
se a existência de subambientes deposicionais ângulo. O rejeito, por norma, é menor que 3 cm,
adjacentes ao ambiente deposicional principal. permanecendo a estratificação imperturbada.
As modificações faciológicas verticais são São do tipo falhas normais (diretas, de
interpretadas como resultado da migração gravidade), porém, graças a forças laterais,
lateral de um ambiente sobre o outro, enquanto podem aparecer também falhas inversas.
as mudanças horizontais refletem as Em se tratando de falhamentos
deposições ocorridas em subambientes ou advindos de deslizamentos, os planos de falha
ambientes deposicionais adjacentes. A são curvados e côncavos para cima.
observação dos contatos entre estas Normalmente estão associadas a
sucessões (vertical e horizontal) é importante dobras penecontemporâneas. Nesse caso, as
para o entendimento de temporalidade dos falhas poderão ser inversas (indiretas) de alto
eventos, pois, contatos não erosivos indicam ângulo, côncavas para cima.
sobreposição de fácies de ambientes A ocorrência de falhas
deposicionais anteriormente adjacentes. Caso penecontemporâneas também é relacionada
exista longa parada na sedimentação o que se ao processo de avalanche da face que aponta
expressa por contato abrupto ou erosivo entre corrente abaixo de dunas.
sucessões de fácies, o registro vertical pode
refletir que os ambientes deposicionais não
eram adjacentes, portanto, há uma lacuna
temporal entre eles.
O termo biofácies (biofacies) faz
referência ao conteúdo biológico ou fossilífero
de um pacote sedimentar que, dependendo do
caso, determina um nível cronoestratigráfico
e/ou certo ambiente deposicional.
Litofácies (lithofacies) é o termo
empregado quando as características físicas e
químicas são determinantes para caracterizar
depósitos ou rochas sedimentares (veja rocha),
mesmo que ocorram fósseis.
É ainda aceito alguns outros usos para
fácies, entre outros: fácies pelíticas (rocha),
fácies turbidítica (processo), fácies glacial
deltaico.

Fenda de ressecamento. Veja greta de


contração.

Flaser. Veja estratificação flaser.

Flint. Sinônimo de sílex.


Veja Rocha Sedimentar Química.

Floculação (flocculation). É o fenômeno que


ocorre com partículas de argila, que floculam e
se depositam devido a mudanças químicas da
água.
Na Natureza, o aumento da salinidade
da água acarreta um aumento da taxa de
deposição da lama. Assim, a lama transportada
Falha penecontemporânea. Depósitos de interduna em suspensão por um rio tenderá a se
arenosos. Quaternário, RS, BR. Referência: 13,5 cm. depositar como flóculos quando a carga fluvial
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
adentrar um ambiente mixohalino (planície de
Tais feições comumente surgem em maré, laguna, estuário) ou salgado (lacustre
sedimentos arenosos ou pelíticos, sendo salgado, marinho).
reconhecidos como falhas escalonadas (fault As partículas individuais de argilas
steps). suspensas em água doce que entram no meio
Falhamentos mais complexos podem salgado (ou salobro) formam flóculos, o que
originar as gravifossas. aumenta a concentração da suspensão. A
Os planos de falha podem mostrar uma agitação e a turbulência do meio receptor é,
orientação dos minerais argilosos e normalmente, maior do que as do rio em sua
tornarem-se polidos graças ao fase terminal. Estes fatos, salinidade, agitação
escorregamento, formando um slickenside e turbulência, resultam no aumento das
(superfície de fricção) sedimentar. colisões entre as partículas (o que não
Falhas de pequena escala em areias, acontecia na água doce), o que desencadeia
podem ser devidas ao colapso de alguns maior atração individual de outras partículas de
objetos soterrados pelo depósito. Madeiras, argila na superfície do flóculo e sua precipitação
massas de vegetação decompostas ou blocos para o fundo.
de gelo fusionado, deixam ocos que podem ser Silte e areia fina suspensos podem ficar
preenchidos por areia. Esta feição é aprisionados dentro de flóculos.
denominada de estrutura de colapso (collapse
feactures) e pode também ocorrer em Fluidização (fluidization). É o processo em que
depósitos já consolidados. um fluxo de gases ao migrar por um depósito
composto por finas granulometrias, arrasta as
Falsa estrutura cárstica (pseudokarren partículas agindo como se líquido fosse. Além
Strucktur). Veja em estrutura cárstica. disto, facilita reações químicas entre eles, os
gases, e as partículas.
Falsa greta de contração (pseudo mud
cracks). Gretas tensionais preenchidas por Fluxo de densidade (density currents). Veja
areia, originadas pelo deslocamento de corrente de turbidez.
sedimentos em fundos marinhos. Estrutura
provavelmente relacionada com blocos Fluxo de detrito (debris flow). São fluxos
rompidos por tração (veja em estrutura gravitacionais de rápida movimentação que
brechosa). deslocam pendente abaixo fragmentos de
rochas com granulometrias diversas, vegetais e
Fan delta. Veja leque deltaico em ambiente solo.
Veja também movimento de massa.
haja erosão, logo se precipitando à sua frente
Fluxo de lama (mudflow). Fluxo que transporta como uma nova sigmoide. Ilustração.
detritos de dimensões e origens diversas,
embebidos em grande quantidade de água e BACIA RECEPTORA
Carga forma delta
lama. O deslocamento do fluxo se encaixa, tipo Gilbert
normalmente, na drenagem já existente. Lama suspensa cai rapidamente

Fluxo fluidificado (fluidized flow). Veja em Esboço de fluxo homopicnal. A densidade do fluxo e
da bacia receptora é a mesma, portanto, a carga de
movimento de massa. fundo se deposita na desembocadura do rio
imediatamente. As lamas em suspensão também se
Fluxo gravitacional (gravity flow). Veja em depositam rapidamente no sentido da bacia. A seta
amarela indica o sentido da progradação. Fonte:
movimento de massa.
modificado de Fisher 1969. Original de Bates 1953.

Fluxo hiperpicnal (hiperpycnal flow). É o fluxo


que possui densidade superior à do meio em
Fluxo granular (grain flow). É o fluxo
que se insere. Ilustração.
gravitacional no qual as partículas
transportadas interagem diretamente umas
BACIA RECEPTORA
com as outras durante o deslocamento.

Fluxo gravitacional (gravity flow). É aquele


Seção longitunal ao
eixo da bacia
DEPOSIÇÃO DA CARGA
fluxo em que os sedimentos são transportados
paralelamente ao substrato. A gravidade é o
Esboço de fluxo hiperpicnal. O influxo é mais denso agente responsável pelo deslocamento dos
que o meio receptor e, por esta razão, a carga erode o detritos que se movimentam dispersos.
fundo ao migrar bacia adentro. A seta amarela indica o Divide-se em: fluxo de turbidez (veja
sentido da progradação. Fonte: modificado de Fisher
1969. Original de Bates 1953. corrente de turbidez), fluxo laminar, fluxo
granular, fluxo fluidificado (veja fluidização e
também liquefação) e fluxo de detritos.
Fluxo hipopicnal (hipopycnal flow). É o fluxo
que possui menor densidade do que a do meio Fluxo laminar (laminar flow). Fluxo que
em que se insere. Ilustração. impulsiona as partículas para que deslizem
1969. Original de Bates 1953. umas em relação as outras sem, contudo,
misturá-las. Neste caso particular, a velocidade
DEPOSIÇÃO DA CARGA
BACIA RECEPTORA da corrente é baixa (veja regime de fluxo inferior
Seção longitudinal
ao eixo da bacia
FLOCULAÇÃO DA em regime de fluxo), o que origina camadas
CARGA SUSPENSA
com estratificação paralela horizontal.
Esboço de fluxo hipopicnal. Como o influxo é menos O aumento da velocidade do fluxo é o
denso que o meio receptor parte da carga de fundo mecanismo para que o fluxo se transforme em
sedimenta-se imediatamente. A carga menos densa fluxo turbulento e, caso a velocidade aumente
flocula e se deposita bacia adentro. A seta amarela
indica o sentido da progradação. Fonte: modificado de
novamente, surgirão camadas com
Fisher 1969. Original de Bates 1953. estratificação paralela horizontal, estas geradas
em regime de fluxo superior (veja em regime de
Fluxo homopicnal (homopycnal flow). É fluxo fluxo).
que possui densidade igual à do meio em que
se insere. Com isto, a carga de fundo se Fluxo turbulento (turbulent flow). Ilustração.
sedimenta como sigmoide (veja em ambiente Fluxo em que as partículas seguem trajetórias
deltaico) imediatamente na desembocadura diversas, ao contrário do fluxo laminar, podendo
do curso fluvial em um corpo de água maior o se cruzar e até chocar. Um de seus efeitos é a
que impede, por algum tempo, a passagem de formação de redemoinhos.
mais sedimentos, ou seja, há um hiato
deposicional. Quando finalmente a barreira é
vencida a nova carga de fundo avança sobre
os depósitos anteriores (bypass), sem que
Fluxo turbulento. Rio Forqueta. Maquiné, RS, BR.
Quaternário, RS. A sete indica o sentido do fluxo. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.

A velocidade da corrente é maior que


aquela do fluxo laminar.

Flysch. Veja em turbidito.

Fodinichnia. Veja estrutura de alimentação. Foraminífero. Fotografia da teca de Quinqueloculina sp.


Créditos: Wilson44691. Fonte:
Folhelho (shale). É uma rocha sedimentar https://commons.wikimedia.org/wiki/File:QuinqueloculinaDo
negalBay.jpg. Disponibilizada: 06.05.2010. Acesso em:
composta por lama, que possui acentuada 06.04.2019.
fissilidade, ou seja, parte-se em “folhas”
segundo a laminação. Foreset. Veja em ambiente deltaico.
Se esta rocha for rica em material
betuminoso é denominada folhelho Forma de canal fluvial. Veja em ambiente de
pirobetuminoso (bituminous shale). planície inundação.
Folhelho pirobetuminoso (bituminous shale). Forma de leito. Veja em regime de fluxo.
Veja em folhelho.
Formação (formation). Veja em unidade
Foraminífero (foraminifera). São protistas que litoestratigráfica.
possuem pseudópodos (finas projeções do
citoplasma) e uma teca (concha) com uma ou Forma 2D. Veja regime de fluxo inferior em
mais câmaras, todas ligadas por uma abertura, regime de fluxo.
o forâmen. A composição da teca que pode ser
carbonática (CaCO3) ou proteica Forma 3D. Veja regime de fluxo inferior em
(C8H13O5N.n) é um dos elementos usados na regime de fluxo.
classificação taxonômica, o outro são seus
aspectos morfológicos. Podem atingir até 190 Fóssil (fossils). Ilustração. Todo resto ou
mm de dimensão, mas normalmente são impressão de um organismo que viveu em
menores que 1 mm. Ilustração. épocas geológicas passadas, assim como
qualquer outro indício de sua existência que se
tenha conservado na crosta terrestre.
Exemplos de tais estruturas são
amplamente estudadas na Paleontologia.
denominadas de marcas de vibração.
Normalmente estão associadas com estrias
glaciais.
Origina-se pelo deslocamento de uma
massa de gelo sobre um substrato rochoso.
Frente deltaica (delta front). Veja em ambiente
deltaico.

Frústula (frustule). Veja em teca.

Ftanita. Veja em Rocha Sedimentar Química.

Fugichnia. Veja traços de escape protrusivos e


traços de escape retrusivos em estrutura de
Caule fossilizado em seção transversal. Arenito Mata, RS, escavação.
BR. Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki. Fugichnion. Singular de fugichnia.

Fossitextura deformativa. Veja estrutura de Fulgurito (fulgurite). Estrutura tubular, vítrea e


bioturbação deformativa. irregular, originada por fusão da areia quando
da queda de um raio.
Fossitextura figurativa. Veja estrutura de
bioturbação figurativa. Fundo oceânico (ocean floor). Veja em
ambiente marinho.
Fosso cônico de desbaste (conical moat).
Marca de desbaste em torno de objetos, Fusênio (fusain). Veja em Rocha Sedimentar
produzida por correntes muitidirecionais, Orgânica.
originando uma fossa cônica que tem como
centro o obstáculo.
A fossa pode mostrar um padrão
interno de marcas de ondulações, pequenos
sulcos de lavagem e microterraços.

Fratura (fracture). O rompimento de um mineral


G
ocorre, geralmente, ao longo da superfície de
clivagem ou partição. Quando o rompimento se
dá de outra forma que não seguindo aquela Galha de argila (clay ball, clay gall, mud
superfície recebe o nome de fratura. pebble, pebble mudstone, shale pebble).
Ilustração. Intraclastos de argila coerente que,
Fratura conchoidal. Fratura côncava que por dessecação, adquirem formas curvadas
lembra uma concha. (veja greta de contração encurvada), as quais
são, posteriormente, transportadas e
Fratura concoide. Sinônimo de fratura mergulhadas em matriz arenosa. Na presença
conchoidal. de umidade, e graças à compactação, cedem
assumindo formas mais planas.
Fratura de tensão. Veja greta tensional Podem também resultar da erosão de
transversa. camada pelítica.

Fratura em crescente (chattermarks,


crescentic fracture, crescentic gouge, gouge
marks, lunoide furrow, sichelwannen). Fratura
curvada com a concavidade indicando,
normalmente, o sentido da corrente. Quando
apresentarem com aspecto mais linear são
um fluido, presumivelmente uma solução
salina. A mesma é envolvida por uma
deposição de sílica gelatinosa que isola a
solução salina; o leito gel pode funcionar como
uma membrana semipermeável e, por osmose,
gerar uma pressão interna, visto que a
concentração salina do meio externo é menor.
Essa pressão osmótica gera uma expansão. Se
isto ocorre antes da consolidação, a lama
calcária circundante é empurrada; se ocorrer
após a consolidação, o espaço é ganho pela
dissolução do calcário, na interface
Galha de argila. Ocorrência de clastos de argila (veja em
clasto) mergulhados em arenitos. Observe-os à direita
silica - calcário. A expansão diminui a pressão
acima e também ao lado esquerdo da referência. Porção osmótica até que ocorra equilíbrio. Isto inibe a
basal de canal fluvial da Formação Sanga do Cabral, expansão e cessa o crescimento. A sílica se
Triássico, RS, BR. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: Carlos desidrata e cristaliza. Seguem-se fraturas que
Henrique Nowatzki. permitem o acesso de materiais em solução
originando deposição da linha de drusa sobre o
Igualmente, graças à erosão leito calcedônio primário.
estabelecida sobre depósitos de turfeiras, estes Quando existem aberturas irregulares
detritos na forma de bolas, podem ser em rochas calcárias, as estruturas recebem o
transportados e depositados com outros nome de vugs. É comum que sejam
sedimentos, originando as chamadas bolas de parcialmente preenchidos por materiais
carvão (coal balls). precipitados.
A origem parece estar vinculada à
Gastrólito (gastrolits). Veja em grão polido. movimentação de água subterrânea em
consequência da variação do nível freático.
Geiserita (geyserite). Veja em Rocha
Sedimentar Química. Geometria (dos depósitos) (geometry).
Ilustração. É a forma com que se apresentam
Geodo (druse, geodes). São estruturas os corpos sedimentares, pode ser variável e é
representadas por cavidades globosas resultante de alguns fatores, tais como,
contendo em seus limites um leito externo de topografia pré-deposicional, geomorfologia do
calcedônia, e na parte interna cristais que se ambiente deposicional e as mudanças pós-
projetam para o interior. deposicionais.
Variam desde poucos milímetros até A geometria pode ser determinada em
um ou mais metros de diâmetro. superfície (afloramentos) ou em subsuperfície
Os cristais internos geralmente são de (testemunhos de sondagens, perfis elétricos,
quartzo. Podem ainda surgir, mais raramente, etc.) sendo útil na análise das fácies e dos
calcita, dolomita, aragonita, anquerita, ambientes deposicionais. As geometrias mais
magnetita, hematita, pirita, milerita, calcopirita, comuns são em cunha (wedge) ou prisma
esfalerita, zeolita, caulim e betume. (prism) (relação largura x espessura 5:1 a
Para alguns, os geodos silicosos 50:1), tabulares (tabular) (relação largura x
resultam de concreções calcárias, de forma e espessura 50:1 a 1 000:1), em corda (cord) ou
tamanho semelhantes, que, por diagênese, linear (shoestring) (relação largura x
converteram-se naquelas estruturas. Para isto, espessura < 5:1), em manta (blanket) ou
deve ter ocorrido recristalização central, lençol (sheet) (relação largura x espessura >
silicificação no exterior seguida da dissolução 1.000:1) e em lente (lens).
da porção central e subsequente precipitação
do preenchimento cristalino (drusas).
Para outros, é necessária a existência
de uma cavidade primordial (cálice de crinoide,
bivalvo, etc.) de onde desenvolve-se o geodo.
Na cavidade inicial deve estar presente
Granulometria (grabulometry). Medição das
A B dimensões de um clasto. No caso das Rochas
Sedimentares Clásticas corresponde a análise
e a subsequente classificação do dito litossoma.

Grão estriado (glacial gravels, striated blocks,


striated boulder, striated cobbles, striated
C D
gravel). Grãos geralmente tabulares, sendo a
maioria de perfil pentagonal ou arredondado.
Podem apresentar estriações quando
constituídos de material mais macio (calcários,
por exemplo) e não as possuirem caso sejam
provenientes de rochas mais duras (granito, por
E exemplo).
As estriações são produzidas por
atividade glacial, no entanto, encontram-se
seixos estriados por atividade tectônica e por
fluxos de lama em climas semi-áridos (veja
Geometrias mais comuns de corpos sedimentares. A. Em
manta ou lençol. B. Tabular. C. Em cunha ou prisma. D. Em
clima).
cordão. E. Em lente. Fonte: Krynine 1948, modificado.
Gesso (plaster). Veja em Rocha Sedimentar Grão facetado (faceted grains). Clastos
Química. (seixos, pedras, etc.) podem apresentar facetas
polidas, foscas ou irregulares, variando em
Gradação de densidade (density grading). número de um a três, produzidas por abrasão
Estrutura que ocorre em rochas vulcânicas, eólica ou por geleiras. Mais raramente resultam
especialmente onde pedra-pome ou outra da ação da água. Ilustração.
rocha vesicular esteja envolvida. Trata-se de
uma camada gradacional inversa onde a
densidade dos grãos maiores é menor,
deixando-os em níveis verticais mais altos do
que aqueles dos grãos menores, porém, com
maior densidade.

Gradação lateral (lateral grading). Algumas


camadas podem apresentar granulometria
lateralmente decrescente à medida que a
distância da área fonte aumenta.
Sua origem se deve à diminuição da
competência do agente transportador, que Grão facetado. Amostra recolhida no Grupo Itararé,
Neocarbonífero-Eopermiano, RS, BR. O facetamento
deixa os mais pesados levando adiante os mais ocorreu por abrasão glacial. Com maior aumento é possível
leves. observar estriações (veja também grão estriado).
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Grande duna regressiva. Veja em marca de Nowatzki.
ondulação regressiva.
Os grãos podem se apresentar
Grande onda de areia regressiva. Veja em alongados, oblongos, elipsoidais, prismáticos,
marca de ondulação regressiva. triangulares ou irregulares.
Quando produzidos por ação do vento,
Grain fall. Veja depósito por queda de grãos são chamados ventifatos (ventifacts). Alguns
em ambiente eólico. mostram apenas um lado facetado, sendo
reconhecidos como eikanter. Quando
Grain flow. Veja depósito por fluxo de grãos em apresentarem três lados facetados,
ambiente eólico. denominam-se dreikanter.
Grão polido (polish grain). Alguns grãos
(seixos, grânulos, areia, etc.) podem apresentar
superfícies polidas.
Este polimento resulta tanto de
processos abrasivos quanto deposicionais. Nas
praias, nas regiões glaciais e regiões
tectonizadas, os grãos duros podem sofrer
polimento.
Um caso comum, em desertos, é o
polimento deixado pela precipitação química
durante a evaporação do orvalho, reconhecido
como verniz do deserto (desert varnish).
Outro exemplo de polimento é o caso
especial dos gastrólitos (gastrolits), grãos
polidos encontrados no estômago de certas
aves, répteis e mamíferos marinhos.

Gravifossa (gravifossum). São estruturas de


falhas penecontemporâneas que mostram um
bloco subsidente (como graben) limitado por Greta de congelamento. Solo permafrost de região polar.
duas falhas maiores e muitas falhas de Quaternário, Antártica. Referência: 30 cm de comprimento.
pequena escala. Créditos: Henrique Carlos Fensterseifer.
Nesta estrutura, pode ser gerada
estrutura brechosa devido à natureza rígida dos Greta de contração (disiccation cracks,
sedimentos. disiccation fissures, disiccation mark,
Esta feição pode ser originada por disiccation mudcracks, klizoglyph, mud-crack,
fenômenos de compactação, deslizamento de mud cracks cast, polygonal shrinkage crack,
sedimentos arenosos ou pelíticos. shrinkage cracks, sun cracks). Ilustração.
Fendas formadas pela dessecação,
Greta de congelamento (frost cracks, ice compactação ou mudança mineralógica de
cracks, ice-wedge traces). Fissuras em forma sedimentos pelíticos determinando o
de “V” que podem alcançar muitos metros de surgimento de padrões poligonais, comumente
profundidade, largura e extensão. com quatro lados, podendo variar de três a seis
São, não raro, preenchidas por lados, graças à redução de volume.
materiais alóctones. Esta estrutura também ocorre em solos
Comumente originam-se em regiões e mantas de algas dessecados. ilustração.
frias, onde os solos e sedimentos superficiais Sob o termo greta de contração
são deformados e gretados por ação do encontram-se as seguintes formas: greta de
congelamento. contração linear, greta de contração encurvada,
Em zonas polares, acumulam-se greta de contração encurvada reversa, gretas
seixos ao longo das gretas, originando, em irregulares (veja greta de solo), greta de
planta, feições como retículos poligonais sinérese e greta de contração deformada.
seixosos (ice wedge polygons) e, em corte,
visualiza-se involução.
Quaternário do RS, BR. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.

De acordo com o bordo da fissura,


podem ser retilíneas ou curvilíneas e ainda
regulares, quando o bordo é liso e irregulares
quando é denteado.
Veja também molde de greta de
contração.

Greta de contração deformada (crumpled


mud-crack, crumpled mud-cracks casts, molar-
tooth structures). Gretas de contração nas
quais o material arenoso que preenche as
Greta de contração. Feições desenvolvidas em depósito
gretas, pode, posteriormente, sofrer
de interdunas úmido. Ambiente litorâneo marinho. compactação diferente do sedimento pelítico
Quaternário, RS, BR. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: que contém as rachaduras, ocasionando
Carlos Henrique Nowatzki. deformações na estrutura.

De acordo com o ângulo entre as Greta de contração encurvada (clay


fissuras, podem ser gretas de contração cylinders, loop bedding, mud crust, mud curl).
ortogonais, quando formam um ângulo de 90o, Ilustração. Gretas de contração desenvolvidas
e gretas de contração não ortogonais, quando em sedimentos de fina granulometria que se
o ângulo for diferente. As ortogonais podem curvam para cima durante a dessecação.
formar sistemas casuais, sem orientação, ou Normalmente, o encurvamento é tão intenso
sistemas orientados, onde duas direções que se formam pequenos cilindros enrolados e
preferenciais são encontradas. Tanto as soltos, que podem vir a ser englobados em
ortogonais como as não ortogonais podem sedimentos de cheias posteriores (veja
mostrar um padrão completo, quando toda a intraclasto).
superfície for fissurado, ou um padrão
incompleto quando as fissuras são isoladas em
grupos dispersos sem cobrir toda a superfície.
As fissuras ortogonais, orientadas e
incompletas podem ter três variedades:
1. Fraturas alongadas em uma direção
predominante.
2. Arranjos de gretas similares a roseta
com gretas radiais partindo de outra.
3. Fraturas que se cruzam formando
uma cruz ortogonal.

Greta de contração encurvada. Depósito interdunas


litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. Referência: 5,0 cm
de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Quando desenvolvidas em ambientes


desérticos quentes, podem ser transportados
pelo vento ou, in situ, serem recobertas por
sedimentos arenosos.

Greta de contração não ortogonal. Feição desenvolvida


em manta de algas. Ambiente litorâneo marinho.
Veja também greta de contração linear.

Greta de solo (subaerial sun-crack). São


gretas de contração que ocorrem em solo seco,
onde formam, como norma, polígonos com 4 a
5 lados. Diferem das gretas de contração
comuns porque os lados dos polígonos são
irregulares e não retos a curvos como nas
demais.

Greta irregular. Veja greta de solo.


Gretas de contração encurvadas preservadas na base de
camada de arenito do Grupo Guaritas, Proterozoico, RS,
BR. Abaixo da referência está o nível com as estruturas Greta tensional transversa (deformation
dispostas em posições diversas. Referência: 5,0 cm de ∅. marks, open tension cracks, tension cracks,
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. transverse tension cracks). Marcas de
Veja também estratificação anelar. deformações causadas por corrente e não
diretamente relacionadas com marcas de
Greta de contração encurvada reversa desbaste e marcas lavradas por objetos, sendo
(reverse mud curl). Gretas de contração como pequenas e transversas, possuindo, quando na
às gretas de contração encurvadas, porém, forma de moldes, um aspecto superficial similar
contrariamente a estas, as curvaturas são para a amarrotamentos.
baixo, possivelmente devido à presença de Estas feições se originam a partir de
minerais salinos. pequenas cristas associadas a algumas
marcas lavradas por objeto, nas quais o lado
Greta de contração linear (incomplete voltado no sentido da corrente apresenta-se
shrinkage cracks, linear-shrinkage crack, como marcas de empuxo e, no lado oposto, o
pseudo mud cracks, radiate mud crack, efeito tensional do objeto desenvolve tais
subaqueous shrinkage crack). Tais gretas de gretas. Também podem surgir através de uma
contração são abertas, retas ou sinuosas suspensão densa, fluindo sobre superfícies
podendo ocorrer isoladas, ou em conjunto. particulares.
Podem mostrar orientação preferencial paralela
aos lados de depressões ou as cristas de Grupo (group). Veja em unidade
marcas de ondulações. Estas feições, litoestratigráfica.
comumente, originam-se sob águas paradas.
Veja também greta de sinérese.

Greta de contração não ortogonal. Veja em


greta de contração.

Greta de contração ortogonal. Veja em greta


H
de contração.

Greta de dessecação. Veja greta de Halita (halite). Sinônimo de sal-gema.


contração. Veja também Rocha Sedimentar
Química.
Greta de sinérese (shrinkage cracks
subaqueous, subaqueous shrinkage crack, Hiato (gap). Intervalo na sedimentação.
synaeresis cracks, syneresis cracks). São
gretas de contração que, provavelmente, se Hidratação (hydration). Veja em intemperismo.
originam subaquosamente ou por desidratação
de materiais como gel, ou por floculação de Hidrólise (hydrolysis). Veja em intemperismo.
argilas, seguida de rápida compactação, ou
ainda, por diferença de salinidade entre o meio Hieroglifo (hieroglyph). Qualquer marca
aquoso e o material a se gretar. encontrada nos planos de estratificação,
geralmente empregado para marca de sola de Henrique Nowatzki.
uma camada.
Podem ser: Hiperciclotema (hypercyclothem). Veja em
1. Bioglifo (veja icnofóssil). ciclotema.
2. Cataglifo (kataglyph). Formada
durante a catagênese (sob uma cobertura de Hiperglifo (hyperglyph). Veja em hieroglifo.
camadas).
3. Diaglifo (diaglyph). Originada Hipersalina (hypersaline). Águas cujo teor em
durante a diagênese. sais, especialmente cloreto de sódio (NaCl),
4. Endoglifo (endoglyph). Localizada está acima de 35 g/l que é a salinidade dos
dentro de uma camada. mares.
5. Epiglifo (epiglyph). Quando no topo
da camada. Ilustração. Hipoglifo (hypoglyph). Veja em hieroglifo.
6. Erpoglifo (erpoglyph). Aplicada a
rastos de vermes (veja icnofóssil). Hulha (bituminous coal). Veja em Rocha
7. Exoglifo (exoglyph). Localizada na Sedimentar Orgânica.
superfície de uma camada.
8. Hiperglifo (hyperglyph). Formada durante a Hummocky. Veja em estratificação cruzada
meteorização. por onda.
9. Hipoglifo (hypoglyph). Quando
situada na base da camada (veja marca de Hypichnia. São estruturas de bioturbação,
sola). preservadas na face inferior do meio principal
10. Ksimoglifo (veja marca de sulco de moldagem. Podem aparecer como
lavrado por objeto). saliências ou depressões.
11. Mecanoglifo (mechanoglyph). No singular diz-se hypichnion.
Quando de origem mecânica.
12. Meta glifo (metaglyph). Formada Hypichnion. Singular de hypichnia.
durante o metamorfismo.
13. Olistoglifo (olistoglyph). Marca de
deslizamento no plano de estratificação ou
deslizamento interlaminar.
14. Reoglifo (rheoglyph). Originada por
deformações singenéticas, devido
deslizamentos e processos semelhantes (veja
a I
estrutura de deformação penecontemporânea).
15. Singlifo (synglyph). Marca de Icnofóssil (bioglyphs, biohieroglyphs,
origem contemporânea com a sedimentação. figurative structures, ichnofossil,
16. Turboglifo. lebensspuren, organism trails, trace fossils).
Termo utilizado para pistas, pegadas, traços e
tubos fósseis. Trata-se de um hieroglifo de
origem orgânica. Também pode ser
mencionado como bioglIfo. Traços fósseis são
registros deixados pela passagem do
organismo e não incluem porções preservadas
do mesmo. Somente raras petrificações são
encontradas em conjunto com traços fósseis,
indicando ser a petrificação o resto do
organismo responsável pelo traço.
Geralmente, traços fósseis são
classificados de acordo com a nomenclatura
biológica de Linné, envolvendo icnogênero e
Epiglifos. Arenitos da Formação Rio do Rasto, Permo- icnoespécie. Tal nomenclatura é aplicada
Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos somente para a estrutura e não para o agente
causador da mesma. estruturas dômicas, os domos arenosos (air
Um animal pode originar diferentes heave structure, sand domes) (ilustração),
traços fósseis ou, alternativamente, um dado enquanto a expansão gasosa súbita origina
traço fóssil ser formado por várias espécies de feições cônicas com um orifício central
animais. (ilustração).
Veja também estrutura de bioturbação. Em certas situações, o escape gasoso
origina uma estrutura sem forma cônica na qual
Idade (age). Idade, uma unidade as lâminas abatem-se para dentro do leito
geocronológica, corresponde a Andar, uma (ilustração).
unidade cronoestratigráfica. Veja também vulcão de areia e vulcão
de lama.
Ilha-barreira (barrier island). Veja em ambiente
lagunar e também recife-barreira em recife.

Imbricação (edgewise structure, imbricate


structure, imbrication, shingle structure).
Ilustração. Estrutura caracterizada pelo
recobrimento parcial de fragmentos tabulares
ou elipsoidais que mergulham no sentido
contrário ao da corrente.
É uma estrutura de fábrica dos grãos,
tal qual lineação de partição.
A imbricação é devida à ação de
corrente.

Domos arenosos. Sedimentos arenosos de ambiente


litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. Referência: 2,0 cm
de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Imbricação. Conglomerado em matriz arenosa. O retângulo


assinala a estrutura e a seta indica o sentido da corrente que
originou a feição. Grupo Guaritas, Proterozoico, RS, BR.
Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.

Imbricação de seixos. Veja imbricação.

Impressão de bolha (bubble impression, Feição cônica com orifício central. Sedimentos arenosos de
bubble print, gas bubble, gas heave structures, ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR.
Referência: 2,0 cm de ∅. Referência: Carlos Henrique
gas pit, pit-and-mound structure, sand holes, Nowatzki.
spring pits-with-mounds). Marcas deixadas na
superfície pela ascensão de gases que
estavam aprisionados no sedimento ou por
geração dos mesmos a partir de matéria
orgânica em putrefação, soterrada por
sedimentos finos.
A retenção do gás sob uma lâmina em
superfície, determina a formação de pequenas
Impressão de bolha com lâminas abatidas. Sedimentos Impressão de espuma. O conjunto de estruturas está
arenosos de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS, limitado, na parte superior, pela linha de deixa. Sedimentos
BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique arenosos de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS,
Nowatzki. BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Referência: Carlos Henrique
Nowatzki.

Impressão de cristal (crystal casts, crystal


Originam-se a partir de bolhas de
clusters, crystal imprints, crystal mold, gypsum
espuma que deixam a impressão de seus
crystals, ice crystal casts, ice crystal imprints,
bordos no sedimento macio, muito comumente
ice crystal marks, salt crystal casts). Cristais de
em zonas de praia.
gelo, de sais, etc., podem ser dissolvidos ou
Impressões de espuma alongadas,
fusionados deixando suas impressões nos
em semelhança à cauda, podem ser
sedimentos.
produzidas pelo movimento da espuma ao
Posteriormente, estas impressões
longo de superfícies praiais inclinadas ou
podem ser preenchidas por outros sedimentos
quando sopradas pelo vento (ilustração).
resultando cristais pseudomorfos
(pseudomorphs).
Normalmente, os pelitos são mais
favoráveis à preservação.
Moldes de cristais de pirita ou
marcassita podem também ser preenchidos e,
posteriormente, confundidos com
pseudomorfos de sais, porém, os seus
contra-moldes comumente mostram as faces
encovadas.

Impressão de espuma (foam impressions,


foam marks). Ilustração. Feições que,
normalmente, ocorrem agrupadas com muita
variação de tamanho em uma superfície Impressão de espuma. O deslocamento da espuma pelo
limitada. Aparecem como pequenas covas vento sobre as areias da praia deixa rastros de sua
amontoadas. passagem. Sedimentos de ambiente litorâneo marinho.
Quaternário, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.

É comum a associação com linha de


deixa.

Inland sebha. Veja lago de deserto em


ambiente eólico.

Inlets. Veja canais em ambiente lagunar.

Intemperismo (weathering). É o conjunto de


processos que atinge todas as rochas, ígneas, por ação de fluido aquoso com íons de
sedimentares e metamórficas, levando à sua hidrogênio (H+) ou de oxidrila (OH-), os quais
desagregação e/ou decomposição. substituem íons que são liberados para a
Desagregar (também desintegrar, solução.
disintegrate) é uma ação física de partição da Como exemplo pode ser citada a
rocha, ou seja, os fragmentos oriundos da caulinização de K feldspato que libera K+ e SiO2
rocha-mãe (veja em rocha) mantém intactas as em solução.
propriedades dela, tais como, mineralogia e 5. Hidratação (hydration): reações
textura. químicas em que água é adicionada a estrutura
Decompor (decompose) é ato químico cristalina de um mineral processo que culmina,
e o produto desta ação apresentará em geral, com o surgimento de uma nova
características diversas se comparadas à espécie mineral designada hidrato. Por
rocha-mãe. aquecimento a água pode ser retirada do
Da atuação destes processos resulta a hidrato.
geração de outras rochas sedimentares ou A anidrita ao ser hidratada dá origem a
solos. gipsita, conforme a equação:
Os agentes intempéricos físicos mais CaSO4 + 2 H2O CaSO4 . 2 H2O.
importantes são: 6. Redução (reduction): é um processo
1. Expansão e contração dos minerais químico em que há aquisição de elétrons por
devido a variações da temperatura. parte de um átomo. Contudo, ao mesmo tempo,
2. Pressão de congelamento da água há perda de elétrons por parte de outro átomo
em fissuras das rochas. envolvido no processo, ou seja, este último se
3. Compressão do ar em fissuras das oxida. Por esta razão, designa-se o processo de
rochas por ação do impacto de ondas. oxirredução.
4. Pressão de cristalização de sais em
fraturas e cavidades das rochas. Interacamadamento fino. Veja estratificação
5. Expansão de minerais por alívio de finamente interacamada.
pressão.
6. Ação biológica, tais como Interacamadamento grosseiro. Veja
crescimento de raízes de vegetais e perfuração estratificação espessamente interacamada.
de rochas por animais.
Entre os agentes intempéricos Interacamamento. Veja estratificação
químicos mais significativos, podemos listar: espessamente interacamada e também
1. Dissolução (dissolution): processo estratificação finamente interacamada.
físico-químico em que a percolação da água
corrente ou infiltrada destrói materiais solúveis Interacamamento areia/lama. Veja
pelos quais migra, como, p. ex., o sal-gema que estratificação espessamente interacamada e
é composto por halita (NaCl). também estratificação finamente interacamada.
2. Oxidação (oxidation): processo
químico em que há perda de elétrons por um Interduna (interdune). Veja em ambiente
átomo, grupo ou espécie iônica durante uma eólico.
reação química, como a representada pela
equação da oxidação do ferro. Interestratificação. Veja estratificação paralela
Fe + O2 Fe2O3 horizontal.
3. Carbonatação (carbonation):
processo de solubilização de CO2 na água o Interestrato (interstrata, intrastratal). Veja em
que resulta na formação do ácido carbônico, estratificação paralela horizontal.
conforme a equação CO2 + H2O H2CO3.
O ácido, apesar de fraco, auxilia na Intraclasto (clay chip, disruption structure, flat
decomposição de rochas, especialmente os cast, intraclast, intraformational clast, shale
calcários (veja Rocha Sedimentar Orgânica e cast). Fragmentos geralmente lamosos e
também Rocha Sedimentar Química). arenosos, normalmente resultantes de
4. Hidrólise (hydrolysis): reação processo de dessecação (veja greta de
química que resulta na alteração de minerais contração), que são deslocados e
redepositados em uma matriz.
Veja também galha de argila. Kattle. Veja em ambiente glacial.

Involução (ice-wedge traces, involution). Keazoglifo (keazoglyph). Veja blocos rompidos


Consistem de massas sedimentares por tração em estrutura brechosa.
intensamente deformadas que originalmente
foram depositadas como camadas horizontais. Ksimoglifo (ksimoglyph). Veja marca de sulco
São estruturas deformacionais lavrado por objeto.
originadas por movimentos verticais locais
causados por congelamento diferencial e
formação de gelo no subsolo.
Encontram-se associadas a gretas de
congelamento e representam o preenchimento
destas. Podem se expressar como dobras
sinformes amarrotadas ou como corpos
L
verticalizados, geralmente com o eixo longo
com clastos verticais (vertical clasts, vertical
stones) (veja em clasto pingado), conferindo Lago de deserto (playa lake, sabhka, inland
fábrica de grãos verticalizados (vertical grain sabka). Veja em ambiente eólico.
fabric).
Lama (mud). Sedimentos com granulometria
entre 0,125 mm e 0,062 mm.

Lâmina (laminae, lamination). Ilustração.

J Constituem as menores unidades de


sedimentação megascópicas
sequência sedimentar.
de uma

Jaspe (jasper). Veja em Rocha Sedimentar


Química.

Junta cárstica (kluftkarren). Fraturas


alargadas por dissolução (veja em
intemperismo) que separam as estruturas
cársticas planas ou as estruturas cársticas
pontiagudas.
Possuem largura entre 20 m e 50 m no
topo, com 1 a 2 metros de profundidade.
Excepcionalmente alcançam largura de 3 e
profundidade de 22 metros.
Alargam-se ou estreitam-se com a
profundidade.
Podem estar parcial ou totalmente
preenchidas por solo, desenvolvendo
vegetação.

Lâmina. Arenitos da Formação Rio do Rasto, Permo-


Triássico, RS, BR. Testemunho cedido pela CPRM. Na
referência, a escala é em centímetros, à direita, e

K polegadas, à esquerda. Créditos: Carlos Henrique


Nowatzki.

Geneticamente, as lâminas são


“pequenas camadas”, logo, possuem feições 12. Laminação corrugada (veja em
similares, com as seguintes exceções: estrutura convoluta).
1. São relativamente uniformes em 13. Laminação de camada plana (veja
composição e textura, podendo apresentar em laminação paralela horizontal).
algumas feições gradacionais. 14. Laminação drapeada (veja em
2. Não possuem, aparentemente, marca de ondulação cavalgante em fase).
estrutura interna. 15. Laminação transcorrente.
3. Possuem extensão em área menor 16. Laminação convoluta meta
ou igual à camada que as contém. deposicional.
4. Formam-se em tempo mais curto em 17. Laminação convoluta pós-
relação ao período da camada que as contém. deposicional.
Geralmente, têm espessuras 18. Laminação convoluta
milimétricas e, algumas vezes, podem ser sindeposicional.
medidas em centímetros. 19. Laminação cruzada em retrocesso
A origem das lâminas é o resultado de (veja em marca de ondulação regressiva).
algumas flutuações menores dentro das 20. Laminação ondulante (veja em
condições físicas constantes que formam a marca de ondulação regressiva).
camada.
Quando não podemos fazer a distinção Laminação acanalada. Veja laminação
entre camadas e lâminas, pode-se utilizar o côncava.
termo descritivo leito (layer, layered
sediments). Laminação angular (diagonal lamination,
Para muitos, o termo lâmina tem o laminites II, torrential cross lamination).
significado de que estas “pequenas camadas” Ilustração. Trata-se do arranjo laminar dentro
possuem espessura igual ou inferior a 1 cm. de uma camada, cujas lâminas mostram
É preciso registrar que uma camada contato em ângulo oblíquo em relação às
maciça pode ter sua origem pela destruição de superfícies limitantes da camada.
sua laminação. Pelo conceito de lâmina, caso
não seja possível identificar um leito maciço
como uma camada desestruturada, este leito
pode realmente representar uma lâmina.

Laminação (laminated bedding, lamination).


Termo usado para descrever sequências
sedimentares que exibem um arranjo de
lâminas dentro de uma camada ou estrato cujas
lâminas estão separadas por planos
lamninares.
A laminação pode ser: Laminação angular. Depósitos de interdunas eólicos de
ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR.
1. Laminação ondulada cavalgante Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
(veja marca de ondulação cavalgante). Nowatzki.
2. Laminação paralela horizontal.
3. Laminação angular. É também denominada,
4. Laminação tangencial. microestratificação, microestratificação angular
5. Laminação côncava. ou laminação diagonal.
6. Laminação sigmoidal.
7. Laminação cruzada. Laminação côncava (trough-cross-
8. Laminação irregular. lamination). Trata-se do arranjo laminar em
9. Laminação convoluta (veja em uma camada, cujas lâminas mostram contato
estrutura convoluta). fortemente tangencial em relação à superfície
10. Laminação convoluta cavalgante limitante inferior da camada.
(veja em estrutura convoluta). Também referida como: laminação em
11. Laminação convoluta em cúspide calha, laminação acanalada,
(veja em estrutura convoluta). microestratificação côncava,
microestratificação em calha e
microestratificação acanalada.

Laminação convoluta (convoluted laminae,


convoluted lamination, convolute laminated
structures, convolute lamination). Veja em
estrutura convoluta.

Laminação convoluta cavalgante


(convolutions drift, ripple-load convolution).
Veja em estrutura convoluta.

Laminação convoluta em cúspide (cusp


structure). Veja em estrutura convoluta. Laminação convoluta sindeposicional. Os esferoides
que contêm as laminações convolucionadas estão
mergulhados em matriz de pelitos. Formação Rio do Rasto,
Laminação convoluta meta deposicional Permo-Triássico, RS, BR. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos:
(metadepositional convolute lamination). Carlos Henrique Nowatzki.
Compõe-se de estruturas convolutas surgidas
imediatamente antes ou após cessar a Laminação corrugada (corrugated
deposição. As dobras são truncadas por lamination). Veja em estrutura convoluta.
unidades depositadas no topo, nas quais
vulcões de areia podem jazer acima das Laminação cruzada (cross laminae, cross
antiformes ou por uma superfície interna de lamination, current ripple lamination, medium-
erosão logo abaixo da unidade sobreposta. scale trough cross-stratification, micro-cross
lamination, ripple drift cross-stratification,
Laminação convoluta pós-deposicional small-scale trough cross-stratification, wispy
(post-depositional convolute lamination). cross stratification). Ilustração. Tal como
Compõe-se de estruturas convolutas que estratificação cruzada, esta forma de laminação
surgem algum tempo após o início do pode ser considerada quando as lâminas
soterramento. As dobras possuem maior apresentarem-se inclinadas em relação às
amplitude no centro da camada convolucionada superfícies limitantes.
e afinam para cima e para baixo até lâminas Na estratificação cruzada a relação
não deformadas. feita está para a atitude entre as camadas. Na
laminação cruzada a relação pode ser feita
Laminação convoluta sindeposicional entre as lâminas de uma camada, que pode ser
(syndepositional convolute lamination). São angular, tangencial, côncava ou sigmoidal, ou
estruturas convolutas formadas, episódica ou com as lâminas adjacentes de outra camada.
continuamente, durante a deposição de uma
camada. A principal evidência disto é o
afinamento erosivo de grupos de lâminas das
dobras sinformes na direção das dobras
antiformes, terminando, muitas vezes, com o
truncamento das dobras antiformes.
Como na variedade de laminação
convoluta meta deposicional, as dobras podem
ser cortadas pelo topo da camada ou por uma
superfície de erosão.
Quando esferoides contêm as
laminações convolucionadas estas são
observadas em matriz maciça, fato Laminação cruzada. Arenito da Formação Rio do Rasto,
provavelmente devido ao escape de água, a Permo-Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.
feição resultante é denominada slump mélange.
Ilustração.
Laminação cruzada angular. Veja laminação
angular. cavalgante em fase.

Laminação cruzada completa de sequência Laminação em calha. Veja laminação


frontal de ondulação. Veja marcas de côncava.
ondulações cavalgantes fora de fase não
erosiva em marca de ondulação cavalgante fora Laminação enrugada. Veja estrutura de
de fase. escorregamento.

Laminação cruzada de marca ondulada. Veja Laminação horizontal. Veja laminação


marca de ondulação cavalgante. paralela horizontal.

Laminação cruzada de sequência frontal de Laminação irregular (irregulary layered


ondulação. Veja marca de ondulação structures). Laminação perturbada de uma
cavalgante fora de fase. camada em que as lâminas mostram tendência
à horizontalidade, mas apresentam superfícies
Laminação cruzada em retrocesso (counter- limitadas por irregularidades ou por lentes que
current cross lamination). Veja em marca de se destacam da matriz por diferente
ondulação regressiva. composição granular.
Podem ser primárias ou secundárias.
Laminação cruzada regular. Veja laminação No primeiro caso incluem estratificação flaser
angular. irregularmente ordenada, depósitos resultantes
de sedimentação em substrato irregular e
Laminação cruzada tangencial. Veja depósitos resultantes de oscilações na
laminação tangencial. intensidade de movimentação da água e
diferente transporte do detrito. As secundárias
Laminação cruzada torrencial. Veja são predominantes e resultam da atividade de
laminação angular. organismos escavadores (veja estrutura de
bioturbação).
Laminação cruzada transladante
cavalgante. São as lâminas que constituem um Laminação ondulada cavalgante. Veja marca
estrato cavalgante. de ondulação cavalgante.

Laminação cruzada truncada de sequência Laminação ondulante (undulating


frontal de ondulação. Veja marcas de lamination). Veja em marca de ondulação
ondulações cavalgantes fora de fase erosiva regressiva.
em marca de ondulação cavalgante fora de
fase. Laminação paralela. Veja laminação paralela
horizontal.
Laminação de camada plana (plane bed
lamination). Veja em laminação paralela Laminação paralela horizontal (flat-bed
horizontal. laminae, horizontal lamination, parallel
laminated estructures, parallel lamination,
Laminação de forma ondulada completa. plane parallel laminae). Ilustração. Consiste na
Veja marca de ondulação cavalgante em fase. superposição horizontal das lâminas dentro de
uma camada. As mesmas apresentam-se
Laminação de forma ondulada incompleta. paralelas entre si ou paralelas ao plano de limite
Veja marca de ondulação cavalgante fora de da camada.
fase.

Laminação diagonal. Veja laminação angular.

Laminação drapeada (draped lamination, type


c ripple drift cross lamination, type 3 ripple drift
cross lamination). Veja em marca de ondulação
Consiste na superposição horizontalizada das
lâminas dentro de uma camada. São uniformes,
menos finas que a laminação paralela
horizontal contínua, lateralmente descontínuas
podendo apresentar microlentes.
Sua formação está ligada,
provavelmente, a correntes de alta velocidade.
Veja regime de fluxo.

Laminação plana. Veja laminação paralela


horizontal.

Laminação plano-paralela. Veja laminação


paralela horizontal.

Laminação por marca de ondulação (ripple


form lamination, ripple laminae, ripple laminae
superimposed in rhythm). Ilustração. Tratam-se
de estruturas desenvolvidas por ação de rcas
Laminação paralela horizontal. Arenitos e pelitos (veja em
de ondulações, as quais apresentam lâminas
Rocha Sedimentar Clástica) intercalados. Formação Rio onduladas ou laminação cruzada, que são
Bonito, Permiano, RS, BR. Testemunho cedido pela CPRM. paralelas a sucessivas posições da superfície
Referência em centímetros. Créditos: Carlos Henrique deposicional ondulada.
Nowatzki.
O uso desta terminologia pode ser feito
sempre que pudermos definir, no mínimo, parte
As lâminas podem ser contínuas (veja
da forma das ondulações.
laminação paralela horizontal contínua) ou
descontínuas (veja laminação paralela
horizontal descontínua).
Esta estrutura origina-se em regime de
fluxo superior (veja em regime de fluxo) ou em
regime de fluxo inferior (veja em regime de
fluxo).
Quando esta laminação se origina em
camada arenosa eólica graças a tempestades
de areia, recebe o nome específico de
laminação de camada plana (plane bed
lamination), que se caracteriza por sua
uniformidade e ângulos de mergulho menores
do que 15o. Laminação por marca de ondulação. Intercalação areno
Veja também laminação transcorrente. (níveis claros)-pelítica (níveis escuros). Formação Palermo,
Permiano, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.
Laminação paralela horizontal continua.
Consiste na superposição horizontalizada das
Veja também marca de ondulação
lâminas dentro de uma camada.
cavalgante.
Apresentam-se paralelas entre si ou paralelas
ao plano de estratificação. São uniformes, finas
Laminação sigmoidal (sigmoidal lamination).
e lateralmente contínuas.
Trata-se do arranjo laminar em uma camada,
Sua formação está ligada,
cujas lâminas mostram-se tangenciais em
provavelmente, a correntes de baixa
relação às superfícies limitantes inferior e
velocidade.
superior da camada.
Veja regime de fluxo.
Esta estrutura sedimentar é também
denominada microestratificação sigmoidal
Laminação paralela horizontal descontínua.
(sigmoidal micro-stratification).
2. Repetição de correntes.
Laminação tangencial (tangencial cross- 3. Fluxo laminar na camada.
bedding). Ilustração. Trata-se do arranjo 4. Segregação de sedimentos mais
laminar em uma camada, cujas lâminas grossos em grupos distintos.
mostram contato levemente tangencial em 5. Classificação de grãos na carga da
relação à superfície limitante inferior da camada.
camada.
Lâmina comprimida (stretched laminae). Veja
em estrutura de avalanche.

Lâmina frontal (foreset, foreset laminae, grain


fall laminae, grain fall lamination). Veja em
marca de ondulação.

Lâmina obliterada (fade-out laminae). Veja


em estrutura de avalanche.

Lâmina sigmoide. Veja em ambiente deltaico.

Lâmina superposta fora de ritmo ou fase.


Laminação tangencial. Arenitos do Grupo Guaritas,
Proterozoico, RS, BR. A seta indica a paleocorrente. Veja marca de ondulação cavalgante fora de
Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique fase.
Nowatzki.
Lamito. Veja em Rocha Sedimentar Clástica.
É também denominada
microestratificação tangencial. Lamito esponjoso (gas bubble cavities in
muddy sediments). Compõe-se de camadas
Laminação transcorrente (horizontal lamosas que mantém cavidades de bolhas
discontinuous stratification, horizontal parallel gasosas anteriormente aprisionadas.
stratification, laminites I, planar bedding, plane As bolhas originam-se graças à
bedding, transcurrent lamination, uniform decomposição de matéria orgânica e conferem
stratification). Consiste na superposição o aspecto cavernoso da camada.
horizontalizada das lâminas dentro de uma
camada. As mesmas apresentam-se paralelas Lapiaz. Veja estrutura cárstica.
entre si ou paralelas ao plano de estratificação.
São uniformes, finas, lateralmente contínuas ou Lasca de folhelho ou argila. Veja intraclasto.
descontínuas, podendo até mesmo apresentar
microlentes de material mais grosso. Laterita (laterite). Nos solos desenvolvidos em
Possivelmente, correspondem a regiões tropicais ricos em ferro, a acumulação
marcas de ondulações por corrente, planas, deste elemento varia desde material terroso a
formadas de areia mal classificada, granular ou mesmo rocha dura com textura
cavalgantes. pisolítica (veja pisólito) denominada duricrosta
Devido ao extremo achatamento, (ilustração), uma espécie de caliche.
uniformidade e constância, as ondulações
geram lâminas alternadamente grossas e finas
de grande regularidade.
As mais grossas acumulam-se à
jusante, mas em inclinações muito suaves para
que ocorra o deslizamento.
As lâminas de fina granulometria, nas
quais ocorre lineação por corrente, estão nos
lados da montante. Para sua formação
soma-se, provavelmente:
1. Flutuações na velocidade. Laterita. Laterita itacura (ou itacuru), seta. Cenozóico, RS,
BR. Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos onde se localiza a água subterrânea.
Henrique Nowatzki.
Lenhito. Veja em Rocha Sedimentar Orgânica.
Lebensspuren. Veja em estrutura de
bioturbação. Lente (lens). Ilustração. São estratos ou
camadas que apresentam acunhamento
Leito. Ilustração. Veja em lâmina. bilateral quando vistos em seção.

Lente. Lente de arenito médio a grosso mergulhado em


sedimentitos pelíticos. Formação Rio Bonito, Permiano, RS,
BR. A seta indica a direção da paleocorrente. Referência:
Leito. Arenitos da Formação Rio do Rasto, Permo-
5,0 cm de ∅. Créditos. Carlos Henrique Nowatzki.
Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.
Leque deltaico (fan delta). Veja em ambiente
Leito concrecionário (concretionary layers, deltaico.
lumpy bedding, nodular bedding). Trata-se de
um leito, dentro de uma unidade de Leque de lavagem. Veja em ambiente lagunar.
sedimentação que é um corpo estratiforme
como, por exemplo, uma lente de calcário ou Leque de marca de ondulação (ripple fans).
uma camada onde há concentração de Veja em mega marca de ondulação.
concreções. Sua origem é por ação
diagenética. Lineação (lineation, substratal lineation).
Veja também estratificação nodular. Termo empregado para qualquer classe de
estrutura linear, desenvolvida na superfície,
Lençol arenoso em forma de gota (drop-like dentro ou na base da camada.
sheet of sand). Tratam-se de estruturas em
forma de lençóis de areia cujos bordos externos Lineação de partição (current lineation,
assemelham-se as gotas. current parting, parting lineation, parting step
As extremidades mais grossas, lineation, primary current lineation). Ilustração.
alinhadas à corrente, indicam o sentido do fluxo. Trata-se de uma série de cristas e sulcos
Sua origem está associada a pequenos, rasos e subparalelos desenvolvidos
escorregamentos que liquefazem camadas sobre planos de partição (veja em plano de
arenosas inferiores, as quais introduzem diques estratificação) de sedimentos finamente
sedimentares que, na camada superior, liberam laminados. A largura das cristas e sulcos é
línguas de areia que ficam embebidas em muito maior do que a altura, sendo ambos
sedimentos mais finos soto-postos. achatados.
Possui a aparência de degraus baixos
Lençol de escorregamento (slump sheet). e paralelos separados por áreas relativamente
Camada de espessura limitada e ampla amplas e chatas.
extensão constituída por materiais
escorregados.
Veja também estrutura de
escorregamento.

Lençol freático. Área próxima à superfície


Origina-se em correntes com
velocidade relativamente alta, orientando-se
paralelamente à direção do fluxo.

Lineação por corrente. Alinhamento das areias


transportadas pelo vento em ambiente litorâneo marinho.
Quaternário, RS, BR. Referência: 30 cm de comprimento.
Lineação de partição em plano de estraficação. Arenitos Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
da Formação Botucatu, Juro-Cretáceo, RS, BR. Referência:
30 cm de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Muito provavelmente, por ação de
Origina-se, possivelmente, sob correntes separadoras e aproximadoras de
condições de regime de fluxo superior (veja em grãos, formam-se listras de fluxo longitudinal
regime de fluxo), podendo também formar-se (streaky structure) que conferem uma
em regimes de fluxo inferior (veja em regime de orientação subparalela à fábrica de grãos
fluxo) e é efeito da orientação subparalela da (streaky structure de Allen, 1982).
fábrica dos grãos. Os arenitos são os que melhor
Tais estruturas, por vezes, preservam a estrutura.
correspondem ao antigo plano de Quando os sulcos preenchidos
estratificação. originam contra-moldes com até 30 cm de
Veja também lineação por corrente. largura e até 2 metros de comprimento,
podemos falar em mega lineações por corrente
Lineação de partimento. Veja lineação de (shooting flow cast).
partição. Não deve ser suposto que lineação por
corrente seja apenas encontrada em
Lineação glacial (glacial lineations). São todas associação com sedimentos arenosos
as lineações produzidas pelo deslocamento de laminados paralelamente. Também ocorre em
gelo. ambiente erosivo sobre costas de marcas de
São elas: ondulações e dunas.
1. Fratura em crescente.
2. Estria glacial. Língua arenosa de avalanche (cone-shaped
3. Criossombra de obstáculo. structure, grain flow, sand-flow, sand-flow
4. Estria glacial rombuda. tongues, tongue-shaped structure). Ilustração.
5. Sulcos glaciais (veja em estria São estruturas de avalanche que ocorrem nas
glacial). marcas de ondulações, notadamente nas mega
marcas de ondulações, onde a face de maior
Lineação por corrente (current lineation, inclinação pode apresentar faixas estreitas de
graination, parting lineation, parting plane sedimentos que escorregam até a calha
lineation, primary current lineation, sand originando estruturas como línguas. As
streak, scour lineation, streaming lineation). mesmas possuem, na porção superior, uma
Ilustração. Compõe-se de sulcos e cristas feição côncava para cima, estando separadas
subparalelas, de baixo-relevo, que cobrem umas das outras por superfícies convexas para
superfícies de acamadamento. cima.
As “línguas” arenosas mostram o lado do mar.
granulometria mais grossa que as lâminas
frontais (veja em marca de ondulação). Tais
formas de avalanche são mais comuns em
corpos arenosos de ambientes eólicos, uma
vez que o comportamento individual dos grãos
secos favorece a maior incidência desta
estrutura nestes locais.

Linhas de deixa. Praia arenosa de ambiente litorâneo


marinho. Quaternário, RS, BR. Referência: 5,0 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

É comum o acúmulo de areias muito


finas para formação das cristas, e, também,
Línguas arenosas de avalanche. Duna eólica litorânea
marinha. Quaternário, RS, BR. Referência: 30 cm de podem ser encontrados restos de conchas,
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. madeira, algas, etc.
Muito comumente encontradas em
A repetição destas feições na face de associação com lineação por corrente.
escorregamento das dunas determina um Vistas em seção originam uma
padrão de estratificação chamada estratificação estratificação cruzada, que é denominada de
cruzada por lâminas frontais e línguas arenosas estratificação cruzada de linha de deixa (swash
de avalanche. Ilustração. cross stratification).
Veja também linha de escombro.

Linha de escombro (trash line). Ilustração.


Crista que marca o máximo avanço da maré ou
de cheias sobre a praia. Nesta linha
acumulam-se materiais detríticos
heterogêneos.
Veja também linha de deixa.

Estratificação cruzada por lâminas frontais e línguas


arenosas de avalanche. Seção longitudinal em arenito
eólico. As “línguas” são as lâminas em cunha. Grupo
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. A seta mostra a direção da
paleocorrente. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.

Linha de deixa (swash-marks, wave lines).


Ilustração. São delgadas cristas que marcam a
Linhas de escombros. As linhas de deixa estão
linha de maior avanço das ondas. O lado enriquecidas com detritos de origem vegetal. Praia arenosa
convexo aponta na direção do continente. No de ambiente litorâneo lacustre. Quaternário, RS, BR.
lado côncavo, é comum a presença de Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
estriações finas arranjadas em padrão
centrípeto ou com forma de vírgula que indicam Liquefação (liquefaction). Fenômeno em que
sedimento coerente passa a se comportar
como líquido. Os grãos, então frouxamente
unidos, afastam-se e ficam suspensos no
próprio fluido intersticial. As condições
anteriores voltarão quando o fluido escapar e os
grãos novamente se reunirem, ainda que de
modo frouxo.
M
Listra de fluxo longitudinal (streaky
structure). Veja em lineação por corrente. Maciço (massive). É a camada ou leito
desestruturado.
Listra granular (wave-related gravel stripes).
Constituem faixas equidistantes de grânulos e Macromaré. É aquela maré com amplitude
pequenos seixos que se distribuem declive superior a 4 metros.
abaixo em praias arenosas, protegidas sob
condições calmas. Macro-ondulação. Veja mega marca de
As listras podem ter muitos metros de ondulação e marcas de ondulações gigantes
comprimento, porém, com poucos centímetros em marca de ondulação.
de espaçamento transverso. São levemente
elevadas e comumente interdigitadas com Manto de algas (seaweed mat). Ver em alga.
sedimentos arenosos.
Sua origem parece estar relacionada a Marca alongada e simétrica. Veja turboglifo.
atividade das ondas de lavagem e relavagem.
Marca clástica de pressão (pitted pebbles).
Litificação (litification). Ver em diagênese. São depressões rasas e ovais ocorrentes em
certos seixos de ruditos, particularmente seixos
Litoestratigrafia (lithostratigraphy). É o estudo de chert, formadas por solução no ponto onde
que objetiva determinar o empilhamento ou a cada fragmento é pressionado contra outro,
sucessão estratigráfica vertical de unidades durante a compactação. Podem, também, ser
rochosas e das possíveis lacunas existentes identificadas em areias quartzosas. São feições
entre estas unidades, bem como avaliar a pós-deposicionais (veja estrutura diagenética).
continuidade lateral delas.
Marca cônica ou triangular. Veja turboglifo.
Litofácies (lithofacies). Veja em fácies.
Marca continua. Veja marcas contínuas
Litologia (lithology). É o estudo e a descrição lavradas por objetos (continuous marks) em
de uma rocha ou de uma associação de rochas, marca lavrada por objeto.
realizado macroscopicamente em amostras de
mão e em afloramentos ou em laboratório com Marca corrugada (kinneyia ripples, transverse
o auxílio de microscopia óptica, ou eletrônica. wrinkle marks, transverse wrinkles, wrinkle
marks). Constituem feições irregulares como
Litossoma. Sinônimo de rocha. marcas de ondulações miniaturizadas.
Geralmente, suas pequenas cristas mostram
Litosfera (lithosphere). Veja em Crosta paralelismo entre si e, ocasionalmente, podem
Terrestre. ser curvadas assumindo padrão que lembra um
favo de mel.
Lobos de suspensão. Veja em ambiente Sua origem tem sido explicada através
deltaico. de dois mecanismos possíveis:
1. Produzidas em superfície
Loess. Veja em ambiente eólico. sedimentar parcialmente coesiva, coberta por
fina lâmina de água (até 1 cm) agitada por forte
Loessito. Veja em ambiente eólico. vento.
2. Produzidas em superfície argilosa
Lutito. Veja em Rocha Sedimentar Clástica. coesiva como efeito da ação não erosiva de um
fluxo turbidítico. transversal, diagonal ou longitudinal ao fluxo. O
A irregularidade das cristas determina caráter das marcas de desbaste desenvolvido
uma feição conhecida pelo nome de marcas em leitos lamosos depende dos defeitos
milimétricas de ondulações. existentes na camada, da duração dos
processos erosivos e das propriedades do
Marca de adesão piroclástica (current fluxo, enquanto o caráter das estruturas
ridges). Veja em marca de ondulação por produzidas em lama fracamente coesiva, pela
adesão. pressão do fluido, depende principalmente das
propriedades do fluxo.
Marca de aspersão de água (spray Estas marcas são profusamente
impressions, spray pits). Pequenas estruturas produzidas em superfícies lamosas
circulares ou elípticas similares as marcas de inconsolidadas, porém, são usualmente melhor
pingos de chuva, produzidas por aspersão de preservadas na forma de contra-moldes no lado
água (borrifo) sobre sedimentos finos. inferior de leitos arenosos sobrejacentes.
Graças a isso são mais conhecidos como
Marca de carga. Veja estrutura de sobrecarga. marcas de sola.
Podem ser divididos em:
Marca de chuva. Veja marca de pingo de 1. Marca de sulco lavrado por corrente.
chuva. 2. Estrutura de desbaste em crescente.

Marca de corrente. Veja marca de ondulação Marca de desbaste com obstáculo. Veja
por corrente e também marca de sulco lavrado estrutura de desbaste em crescente.
por corrente.
Marca de desbaste diagonal. Veja em sulco
Marca de corrente em forma de pequenas erosivo transverso lavrado por corrente.
covas. Veja marca de ondulação de
interferência e também marca de ondulação de Marca de desbaste longitudinal (longitudinal
interferência complexa. scour, longitudinal scour marks, obstacle
scours). Tratam-se de marcas de desbaste que
Marca de cristal de gelo. Veja impressão de são, em grande parte, originadas por erosão
cristal. resultante de extrema concentração de linhas
de corrente.
Marca de cristal de sal. Veja impressão de Canal e estrutura de corte e
cristal. preenchimento podem aqui ser incluídas.

Marca de deformação (deformation marks). Marca de desbaste por corrente. Veja marca
Veja greta tensional transversa. de sulco lavrado por corrente.

Marca de desbaste (flowage marks, flowage Marca de desbaste transversa. Veja sulco
structure, ripple scour, scour marks, scour pit). erosivo transverso lavrado por corrente.
São todas as estruturas produzidas como
resultado de erosão de uma superfície de Marca de desbaste transversa e oblíqua.
sedimentos pelo fluxo da corrente sobre ela. A Veja sulco erosivo transverso lavrado por
superfície coesiva, porém, inconsolidada, corrente.
geralmente lama, é esculturada e reformada
pela ação de desbaste da corrente. Marca de deslizamento (slide casts, slide
A erosão pode ser devida à formação marks). São estruturas produzidas pelo
de redemoinhos em uma corrente turbulenta deslizamento subaquoso de grandes massas
relacionada aos processos de separação do de sedimentos.
fluxo. As marcas aparecem como sistemas
Na gênese das marcas de desbaste há paralelos de sulcos.
uma transferência de pedaços de sedimentos A massa deslocada pode sofrer
ou lascas da camada para o fluxo, rotação deixando as marcas de deslizamento
arranjando-se o desbaste de maneira encurvadas.
Marca de deslizamento a sota-vento (slump Marca de objeto. Veja marca lavrada por
mark). Feições originadas por objeto.
desmoronamento a sota-vento de dunas ou
ondas de areia. Marca de obstáculo. Veja estrutura de
Veja também estrutura de avalanche. desbaste em crescente.

Marca de empuxo (brush cast, brush mark). Marca de ondulação (current ripples on sand
Marcas lavradas por objetos, apresentando-se at near-equilibrium, current ripples on silt,
como depressões rasas e alongadas com ripple mark, ripples, sedimentary ripples).
acúmulo de material argiloso que foi empurrado Superfícies geralmente arenosas podem
pelo objeto, formando rugas com aspecto de cobrir-se por ondulações conhecidas por
meia-lua com suas margens convexas no marcas de ondulações, comumente formadas
sentido da corrente. em alto ângulo com a direção da corrente,
Surgem pelo impacto do objeto sobre a desde que estejam expostas à ação de ondas,
superfície argilosa, em muito baixo ângulo, de correntes de ar ou água, com grau
provocando o amontoamento do sedimento à apropriado de intensidade.
frente do mesmo. Geneticamente podem ser:
1. Marcas de ondulações por ondas.
Marca de erosão. Veja marca de desbaste, 2. Marcas de ondulações por corrente.
canal com marca de ondulação e também 3. Marcas de ondulações combinadas.
estrutura de corte e preenchimento. De acordo com a medida de uma crista
até a crista subsequente (comprimento de
Marca de escoriação. Veja em marca de onda), podem ser separadas em:
percussão. 1. Pequenas marcas de ondulações:
quando a dimensão atinge até 60 cm.
Marca de escorregamento. Veja marca de 2. Mega-marcas de ondulações:
deslizamento. quando a dimensão está entre 60 cm e 30
metros.
Marca de espraiamento. Veja linha de deixa. 3. Marcas de ondulações gigantes:
quando a dimensão for superior a 30 metros.
Marca de estriação por sobrecarga (load cast Segundo Ashley (1990), as marcas de
striation). Estruturas de aspecto como sulcos ondulações subaquáticas, e suas
de lavagem. estratificações cruzadas, podem ser pequenas,
Sua origem na sobrecarga é duvidosa. se possuírem dimensões entre 0,60 m a 5
metros, médias, se de 5 metros a 10 metros,
Marca de granizo (hail imprints, hail marks, grandes, se de 10 metros a 100 metros e muito
hail pits, hail prints, hailstone impact, hailstone grandes, se maiores de 100 metros.
imprints). Feições que lembram às marcas de Não raro as marcas de ondulações
pingos de chuva. As impressões, contudo, são possuem a face de montante menos inclinada
maiores, mais profundas, mais irregulares e que a de jusante. Em ambas as faces são
possuem bordas menos contínuas que nas desenvolvidas lâminas por contínua deposição
marcas de pingos de chuva. de sedimentos. Aquelas construídas na face de
Produzidas pelo impacto de granizo jusante denominam-se lâminas frontais
sobre sedimentos. (foreset, foreset laminae, grain fall laminae,
grain fall lamination).
Marca de impacto (impact cast, impact
marks). Veja em marca lavrada por objeto e Marca de ondulação aerodinâmica
também marca de saltação. (aerodynamic ripples). Veja em marca de
ondulação balística.
Marca de microssulco lavrado por objeto
(microgroove cast). Marcas de sulcos lavrados Marca de ondulação ardosiana (scalloping).
por objetos originados, provavelmente, por Termo empregado para marcas semelhantes
grãos de areia grossa. às marcas de ondulações encontradas
unicamente em ardósias e que tem origem
desconhecida.

Marca de ondulação ascendente. Veja marca


de ondulação cavalgante.

Marca de ondulação assimétrica. Veja marca


de ondulação por corrente e também marca de
ondulação assimétrica por onda.

Marca de ondulação assimétrica por onda


(asymmetrical wave ripple, linear asymmetrical
ripple-mark, secondary ripple mark, small-
Marcas de ondulações balísticas. Pós-praia (veja em
scale asymmetrical ripples). São marcas de ambiente praial) litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. A
ondulações assimétricas e retilíneas. As seta mostra a direção de sopro do vento. Referência: 30 cm
marcas possuem uma abrupta face de jusante de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
e uma suave face de montante, podendo ser
confundidas com marcas de ondulações por Quando ocorrem superposições de
corrente, com marcas de ondulações de cristas padrões, provavelmente relacionados a fluxos
retas por corrente e com marcas de ondulações secundários de menor escala, não relacionados
por ondas. A diferença é perceptível pela ao mecanismo de impacto que formam as
presença de repetidas bifurcações, na forma de marcas de ondulações balísticas de padrão
diapasão, somente encontradas nas marcas de simples, tais padrões superpostos
ondulações por ondas. denominam-se marcas de ondulações
Originam-se pelo movimento de ondas aerodinâmicas (aerodynamic ripples).
com maior competência do que aquelas que
determinam as marcas de ondulações Marca de ondulação cárstica (cave flutes,
simétricas por ondas. cave scallors). Estruturas cársticas que
ocorrem em paredes e fundo de cavernas
Marca de ondulação balística (ballistic calcárias e, ocasionalmente, em cavernas de
ripples, eolian current-ripples, impact ripples). gipso. Lembram marcas de ondulações e
Ilustração. São marcas de ondulações possuem cristas transversais ao fluxo com
produzidas pelo vento em ambientes desérticos padrões bimodais de cristas contínuas e cristas
ou em costas arenosas. descontínuas.
Podem ser marcas de ondulações As marcas de cristas descontínuas são
contínuas por corrente ou marcas de definidas como pequenas feições em forma de
ondulações descontínuas por corrente. taças assimétricas, frequentemente
As formas menores desenvolvem-se sobrepostas. A face que indica o sentido da
em areias bem classificadas. As grandes corrente é íngreme.
formas ocorrem em areias mal classificadas, As marcas de cristas contínuas são
grânulos ou pequenos seixos. similares às formas descontínuas, diferindo
pelo fato de serem bidimensionais.
Estas estruturas dependem de uma
interação estabilizada entre um curso aquoso
turbulento unidirecional e a camada de calcário
apta a responder à transferência de massa de
fluxo, bem como da ação de redemoinhos.

Marca de ondulação catenária (catenary


ripples, transverse catenary large scale ripple).
Constituem marcas de ondulações
intermediárias entre marcas de ondulações de
cristas retas e marcas de ondulações lunadas
por corrente. São marcas precedidas pelas
marcas de ondulações de cristas sinuosas por ripple structure, cross lamination, current ripple
corrente que, com o decréscimo da lamination, drift bedding, lee side
profundidade das águas e aumento na concentration, pseudo cross stratification,
velocidade, transformam-se em marcas de ripple cross lamination, ripple-drift bedding,
cristas catenárias, as quais mostram a ripple-drift cross-lamination, ripple-drift
convexidade apontando no sentido contrário ao lamination, ripple-drift stratification, ripple-drift
da corrente, dispondo-se transversal ou with deposition from above, ripple stratification,
obliquamente à corrente. Quando ocorrer o rolling-strata, type a climbing ripple cross-
último caso teremos marcas de ondulações lamination, type b climbing-ripple cross-
varridas catenárias (catenary swept ripples, lamination, type s climbing-ripple cross-
swept catenary large scale ripples). lamination). Estrutura formada em material não
Quando as convexidades de marcas coesivo, a partir da migração horizontal e
de ondulações vizinhas estiverem alinhadas crescimento vertical simultâneos de marcas de
temos marcas de ondulações catenárias em ondulações produzidas por correntes ou ondas.
fase (catenary in phase ripples, transverse O desenvolvimento, a partir de marcas
catenary in phase ripples). Quando houver de ondulações, requer abundância de
uma discordância no alinhamento entre as sedimentos e contínua ação de corrente ou
convexidades de marcas de ondulações ondas, de maneira tal que as marcas sejam
vizinhas são ditas marcas de ondulações construídas em uma série superposta, além de
catenárias fora de fase (catenary out of phase promover uma migração em determinada
ripples, transverse catenary out of phase direção.
ripples). Tal feição pode ser constituída por
De acordo com a medida de uma crista marcas de ondulações de cristas retas, marcas
até a crista subsequente (comprimento de de ondulações de cristas sinuosas por corrente
onda), podem ser separadas em: e marcas de ondulações linguoides por
1. Pequenas marcas de ondulações: corrente, sendo raras aquelas formadas por
quando a dimensão atinge até 60 cm. mega marcas de ondulações.
2. Mega marcas de ondulações: Quando existe muito sedimento em
quando a dimensão está entre 60 cm e 30 disponibilidade, especialmente em suspensão
metros. contínua, o material extra soterra rapidamente
3. Marcas de ondulações gigantes: e preserva o leito ondulado original, completa
quando a dimensão for superior a 30 metros. ou parcialmente. Este novo material também se
Para Ashley (1990), as marcas de ondulará e uma série de marcas de ondulações
ondulações subaquáticas, e suas se superpõem, resultando as marcas de
estratificações cruzadas, podem ser pequenas, ondulações cavalgantes.
se possuírem dimensões entre 0,60 m a 5 Podem ser divididas em:
metros, médias, se de 5 metros a 10 metros, 1. Marcas de ondulações cavalgantes
grandes, se de 10 metros a 100 metros e muito em fase.
grandes, se maiores de 100 metros. 2. Marcas de ondulações cavalgantes
fora de fase.
Marca de ondulação catenária em fase Alguns autores usam os valores dos
(catenary in phase ripples, transverse catenary ângulos de cavalgamento () e do declive à
in phase ripples). Veja em marca de ondulação montante () para classificar as marcas de
catenária. ondulações cavalgantes. Assim, quando  = ,
é chamada crítica; quando  é maior que ,
Marca de ondulação catenária fora de fase supercrítica e quando  é menor que , é
(catenary out of phase ripples, transverse reconhecida como subcrítica.
catenary out of phase ripples). Veja em marca Veja também estrato transladante.
de ondulação catenária.
Marca de ondulação cavalgante em fase
Marca de ondulação cavalgante (climbing-ripple lamination with ripple laminae
(aggradational ripples, climbing ripple cross- in-phase, complete ripple form lamination,
lamination, climbing ripple laminae, climbing- cross-lamination developed from ripple in
ripple lamination, climbing ripples, climbing-
rhythm, laminae superimposed in rhythm lee montante das ondulações. O ângulo de
side concentration, ordinary rolling strata, inclinação das pseudocamadas decresce com
ripples superimposed in rhythm, sinusoidal o aumento da velocidade da corrente.
ripple lamination, supercritically climbing Quando se observa a estrutura em
ripple, superimposed ripple laminae in rhythm, seção que não seja normal às cristas, há
type b ripple-drift cross lamination, uniform grande dificuldade de reconhecê-la.
deposition). Marca de ondulação cavalgante na Se usarmos o critério de preservação
qual uma crista de ondulação está sobre a dos lados da montante das ondulações, esta
outra, apresentando uma leve inclinação em estrutura pode ser dividida em:
uma direção que é, no caso, a direção do fluxo, 1. Marcas de ondulações cavalgantes
onde  é maior que . fora de fase, não erosiva (complete ripple-
É comum, também, que as cristas foreset cross lamination, critically climbing
constituintes da marca sejam algo pontiagudas ripple) se  é igual a  (veja em marca de
e levemente assimétricas. ondulação cavalgante);
Quando corre marca de ondulação 2. Marcas de ondulações cavalgantes
cavalgante em fase cujas ondulações possuem fora de fase erosiva (subcritically climbing
um perfil simétrico sinusoidal, estas são ripple, truncated ripple-foreset cross
denominadas de marcas de ondulações lamination, type a ripple-drift cross-lamination,
cavalgantes sinusoidais (laminae type I ripple drift) se  é menor que  (veja em
superimposed in rhythm uniform deposition). marca de ondulação cavalgante).
Uma variação das marcas de Tratam-se de situações extremas,
ondulações cavalgantes em fase é aquela na podendo existir todas as transições entre elas.
qual encontramos os lados de montante e A origem da estrutura representa uma
jusante bem preservados e com lama nas quebra nas condições de balanço entre o
calhas (tipo "C", de Jopling e Walker, 1968), o material que é depositado verticalmente e
que por alguns é reconhecida como laminação aquele que se deposita horizontalmente. Aqui
drapeada (draped lamination, type c ripple drift passa a dominar a deposição e transporte de
cross lamination, type 3 ripple drift cross sedimentos horizontalmente. O extremo dessa
lamination) (veja também drapeamento de situação, isto é, pouco ou nenhum material
lama em estratificação ondulada). depositado verticalmente, levará a originar as
A origem da estrutura está ligada a um marcas de ondulações.
balanço muito delicado e constante de diversos Veja estratificação cruzada composta e
fatores, tais como: profundidade da água, força também estrato transladante.
das ondas, velocidade da corrente, direção da
corrente, sedimentos em disponibilidade, etc. Marca de ondulação cavalgante fora de fase
Qualquer modificação em um deles origina um erosiva (subcritically climbing ripple, truncated
padrão diferente. ripple-foreset cross lamination, type a ripple-
drift cross-lamination, type I ripple drift). Veja
Marca de ondulação cavalgante fora de fase em marca de ondulação cavalgante fora de
(asymmetrical climbing ripples, climbing-ripple fase.
lamination with ripple laminae in-drift,
incomplete ripple form lamination, laminae Marca de ondulação cavalgante fora de fase
superimposed out of rhythm, pseudobed, não erosiva (complete ripple-foreset cross
ripple-foreset cross lamination, rolling incline lamination, critically climbing ripple). Veja em
bedding, unilateral rolling strata). Marca de marca de ondulação cavalgante fora de fase.
ondulação cavalgante que, quando vista em
seção normal as cristas das ondulações, são Marca de ondulação cavalgante sinusoidal
paralelas aos planos limitantes os quais (laminae superimposed in rhythm uniform
delineiam o que, por alguns, são chamadas deposition). Veja em marca de ondulação
pseudocamadas, cujo mergulho é na direção da cavalgante em fase.
montante.
Os planos acima referidos representam Marca de ondulação combinada (asymmetric
superfícies de não deposição (veja oscillation ripples, asymmetric wave-formed
sedimentação) ou até leve erosão no lado da ripple mark, asymmetric wave ripples,
combined current wave ripples, combined-flow da corrente que originou as ondulações contínuas por
corrente e a seta menor, as pequenas marcas de
ripples, combined-flow ripples and wave
ondulações interpostas nas calhas das primeiras, geradas
ripples, transverse wave-current ripples, wave- por correntes secundárias (marcas de ondulações de
current ripple marks, wave-current ripples). interferência). Referência: 30 cm de ∅. Créditos: Carlos
Constituem marcas de ondulações formadas Henrique Nowatzki.
em ambientes de águas rasas sob a ação de
ondas e correntes combinadas. Dividem-se em:
Podem ser assim agrupadas: 1. Marcas de ondulações de cristas
1. Marcas de ondulações combinadas retas por corrente.
longitudinais (veja em marca de ondulação 2. Marcas de ondulações de cristas
longitudinal). sinuosas por corrente.
2. Marcas de ondulações combinadas
transversais. Marca de ondulação cruzada. Veja marca de
ondulação de interferência.
Marca de ondulação combinada transversal
(transverse combined current/waves Marca de ondulação cuspada por corrente
ripples) - Marcas de ondulações cujas cristas (barchan like-ripples, barchanoid ripple marks,
mostram-se perpendiculares à direção da crescentic-like ripples, crescentic ripple,
corrente. crescentic ripple mark, cusp ripple, cusp ripple
Nestas marcas, as cristas são mais mark, cuspate ripple mark, cuspate small
arredondadas em comparação com as cristas ripple). Ilustração. Variedade de marcas de
de marcas de ondulações de cristas retas por ondulações de cristas relativamente largas e
corrente. Em perfil mostram-se assimétricas. transversas, fortemente curvadas quando
A origem está associada ao movimento vistas em planta.
ondulatório que ocorre paralelo ao eixo da Quando bem desenvolvidas, cada
corrente. cúspide é isolada e distinta. Entretanto, a
A ação das ondas pode ajudar na maioria destas marcas ocorrem em cadeias de
formação e modificação das marcas de três e quatro cúspides conectadas. Em perfil,
ondulações por corrente. Por exemplo, nas são fortemente assimétricas.
áreas de praia, as marcas de ondulações de
cristas retas por corrente podem se transformar
em formas de alta energia, como marcas de
ondulações linguoides por corrente.

Marca de ondulação contínua por corrente.


Ilustração. Marcas de ondulações cujas cristas
podem ser seguidas por consideráveis
distâncias.

Marcas de ondulações cuspadas por corrente. Arenitos


do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A direção da
paleocorrente é indicada pela seta. Referência: 5,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

As cúspides são convexas no sentido


da corrente e o centro delas é, geralmente, alto
em relação às extremidades. Como as cúspides
migram acompanhando o sentido da corrente,
Marcas de ondulações continuas por corrente. Areias
onduladas por ação fluvial. Ambiente litorâneo marinho.
a porção central elevada deixa uma crista
Quaternário, RS, BR. A seta maior mostra a direção principal paralela à direção do movimento. Tais cristas
longitudinais podem se desenvolver de modo a
dominarem sobre as marcas cuspadas,
resultando um sistema de marcas de
ondulações longitudinais.
Marcas cuspadas são formadas por
correntes moderadas dentro das condições de
regime de fluxo inferior (veja em regime de
fluxo).
De acordo com a distância de uma
crista até a crista subsequente (comprimento de
onda), podem ser separadas em:
1. Pequenas marcas de ondulações:
quando a dimensão atinge até 60 cm.
2. Mega marcas de ondulações: Marcas de ondulações de crista plana. Arenitos do Grupo
Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de
quando a dimensão está entre 60 cm a 30 ∅. Referência: Carlos Henrique Nowatzki.
metros.
3. Marcas de ondulações gigantes: Marca de ondulação de crista reta. Veja
quando a dimensão for superior a 30 metros. marca de ondulação de crista reta por corrente
As mega marcas de ondulações estão e também marca de ondulação por onda.
relacionadas com as marcas de ondulações
lunadas por corrente. Marca de ondulação de crista reta por
Segundo Ashley (1990), as marcas de corrente (giant ripples, parallel ripple marks,
ondulações subaquáticas, e suas rectilinear ripple marks, straight-crested
estratificações cruzadas, podem ser megaripples, straight-crested small ripples,
pequenas, se possuírem dimensões entre straight ripples, straight small scale ripples,
0,60 cm a 5 metros, médias, se de 5 metros a straight transverse ripples). Ilustração. Estas
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100 marcas de ondulações apresentam cristas
metros e muito grandes, se maiores de 100 contínuas, aproximadamente retas e paralelas
metros. entre si, dispondo-se transversal ou
As marcas de ondulações cuspadas obliquamente à corrente [neste último caso são
diferenciam-se, em planta, das marcas de conhecidas como marcas de ondulações
ondulações linguoides, porque naquelas as varridas de cristas retas por corrente (straight
extremidades que apontam corrente acima de swept ripples)].
marcas sucessivas se encontram em uma linha Vistas em seção ou planta são
reta. assimétricas com a face de menor inclinação
Veja também estrutura em costela e dirigida para montante. A face de jusante possui
sulco. uma inclinação bem menos pronunciada.
Sua origem está condicionada a regime
Marca de ondulação da zona de rebentação de fluxo inferior (veja em regime de fluxo).
(surf-ripples). Termo empregado para marcas
de ondulações formadas na zona de
rebentação.

Marca de ondulação de crista ondulada por


corrente. Veja marca de ondulação de crista
sinuosa por corrente.

Marca de ondulação de crista plana (flat-


tapped ripple mark). Ilustração. Termo usado
para marcas de ondulações com cristas
grandes e planas separadas por calhas
estreitas.
Marcas de ondulações de crista reta por corrente. Areias se leve ou fortemente sinuosas e contínuas,
de ambiente litorâneo marinho. Quaternário do RS, BR. A
direção da paleocorrente é indicada pela seta. Referência:
mantendo paralelismo entre si.
30 cm de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Vistas em seção ou planta, são
assimétricas com face de menor inclinação
Quando de origem eólica, onde o dirigida à montante. A face de jusante possui
transporte é basicamente por arrasto e saltação uma inclinação bem mais pronunciada.
de grãos, tendem a concentrar grãos maiores Quando as sinuosidades de uma marca de
nas cristas e os finos nas calhas (veja marca de ondulação acompanharem igualmente as
ondulação balística) em contraste com marcas sinuosidades de marcas de ondulações
de origem subaquática. Em locais onde a vizinhas são denominadas marcas de
deflação dos grãos menores é mais ondulações de cristas sinuosas em fase
pronunciada, podem surgir as marcas de (sinuous in phase ripples, transverse sinuous
ondulações granulares. in phase ripples). Quando estas sinuosidades
De acordo com a distância de uma acompanharem desigualmente as
crista até a crista subsequente (comprimento de sinuosidades de marcas de ondulações
onda), podem ser separadas em: vizinhas são denominadas marcas de
1. Pequenas marcas de ondulações: ondulações de cristas sinuosas fora de fase
quando a dimensão atinge até 60 cm. (sinuous out of phase ripples, transverse
2. Mega marcas de ondulações: sinuous out of phase ripples).
quando a dimensão está entre 60 cm e 30 De acordo com a distância de uma
metros. crista até a crista subsequente (comprimento
3. Marcas de ondulações gigantes: de onda), podem ser separadas em:
quando a dimensão for superior a 30 metros. 1. Pequenas marcas de ondulações:
As mega marcas de ondulações estão quando a dimensão atinge até 60 cm.
relacionadas com as marcas de ondulações 2. Megamarcas de ondulações:
lunadas por corrente. quando a dimensão está entre 60 cm e 30
Segundo Ashley (1990), as marcas de metros.
ondulações subaquáticas, e suas 3. Marcas de ondulações gigantes:
estratificações cruzadas, podem ser quando a dimensão for superior a 30 metros.
pequenas, se possuírem dimensões entre Segundo Ashley (1990), as marcas de
0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a ondulações subaquáticas, e suas
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100 estratificações cruzadas, podem ser
metros e muito grandes, se maiores de 100 pequenas, se possuirem dimensões entre
metros. 0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100
Marca de ondulação de crista reta por onda. metros e muito grandes, se maiores de 100
Veja marca de ondulação por onda. metros.
Sua origem se dá em uma fase de
Marca de ondulação de crista sinuosa em transição entre corrente de baixa energia,
fase (sinuous in phase ripples, transverse como aquela que forma as marcas de
sinuous in phase ripples). Veja em marca de ondulações de cristas retas por corrente e
ondulação de crista sinuosa por corrente. corrente de mais alta energia, como aquela
que forma as marcas de ondulações
Marca de ondulação de crista sinuosa fora descontínuas por corrente.
de fase (sinuous out of phase ripples,
transverse sinuous out of phase ripples). Veja Marca de ondulação de interferência
em marca de ondulação de crista sinuosa por (compound ripple marks, compound ripples,
corrente. cross ripple, current cross-ripples, dimpled
current mark, hexagonal interference ripples,
Marca de ondulação de crista sinuosa por interference ripple marks, interference ripples,
corrente (giant ripples, sinuous ripple mark, ladder ripples, oscillation cross-ripples,
sinuous small scale ripple, undulatory rectangular interference ripples). Ilustração.
megaripples, undulatory small ripples). São Marcas de ondulações resultantes da
marcas de ondulações cujas cristas mostram- superposição de dois sistemas de ondulações
que se encontram a ângulos retos ou agudos.

Marcas de ondulações de interferência, padrão


ladrilho. Arenitos do Grupo Bom Jardim, RS, BR.
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Marcas de ondulações de interferência. Feições em Nowatzki.
areias fluviais de ambiente litorâneo marinho.
Quaternário, RS, BR. Direção do fluxo principal: esquerda Há ainda a possibilidade de o aspecto
para à direita. O fluxo secundário deslocou-se, na
ilustração, de baixo para cima. A composição final é a de reticular ser composto por um conjunto de
marcas de ondulações de interferência. Referência: 2,0 ondulações onde as marcas de interferência
cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. apresentam desigual intensidade.
Quando o padrão for hexagonal, são
Quando vistas em contra-moldes, referidos como padrão em ninho de girino
formam um conjunto de saliências de (tadpoles nests).
contornos retangulares ou hexagonais que, no
global, exibem aspecto reticular. Marca de ondulação de interferência
Tais feições podem aparecer de modo complexa (complex interference ripple mark,
diferente do aqui descrito (veja marca de cross ripple, dimpled current mark). Marcas de
ondulação romboidal por corrente, marca de ondulações de interferência formada a partir
ondulação de interferência simples e marca de sequências com mais do que uma espécie
de ondulação de interferência complexa). de ondulações.
O aspecto reticular pode ser Dentro de cada padrão de
composto por um conjunto de ondulações, interferência, um conjunto de marcas é
onde as marcas de interferência apresentam dominante. Geralmente, as marcas de
igual intensidade. Nestas, os padrões podem ondulações cuspadas por corrente ou marcas
se apresentar em fase (linhas de cristas de ondulações contínuas por corrente, são
contínuas nos dois sentidos de interferência), fortemente desenvolvidas e apenas
aqui denominados padrão tijolo (wave ripple parcialmente modificadas por ondulações
marks in brick pattern). Quando fora de fase, secundárias. Raramente a modificação feita
uma linha de crista é contínua e a outra por ondulações secundárias pode obscurecer
descontínua, o que aqui se denomina padrão as marcas maiores. O ângulo entre os dois
ladrilho (wave ripple marks in tile pattern) conjuntos de marcas é variável, porém,
Ilustração. usualmente é grande. O padrão sobreposto é
retangular.
Tendo em vista o exposto, os padrões
complexos, ao contrário das marcas de
ondulações de interferência simples, formam-
se sequencialmente, ou seja, primeiro são
construídas as formas contínuas ou
cuspadas, as quais, posteriormente são
modificadas por ondulações secundárias que
se formam sobre as iniciais. Assim, estas
estruturas registram modificações nas
condições hidrodinâmicas em um sítio,
durante diferentes estágios como, por desta forma, padrão espigado nítido. Estas
exemplo, a diminuição de uma cheia. estruturas poderiam se formar em ambientes
Aparecem em ambiente de planície de planície de maré, embora até hoje não
de inundação, ambiente marinho raso, tenham sido registradas.
ambiente de planície de maré, etc.
Marca de ondulação de interferência
Marca de ondulação de interferência simples múltipla secundária (simple
hexagonal. Veja padrão em ninho de girino interference ripple mark multiple secondary).
em marca de ondulação de interferência. Tratam-se de marcas de ondulações de
interferência simples que se originam em
Marca de ondulação de interferência águas quietas ao longo das margens de um
retangular. Veja marca de ondulação de canal, nas quais ondas geradas pela corrente
interferência. são refratadas, difratadas e refletidas. Embora
as ondas refratadas que se movem na direção
Marca de ondulação de interferência das margens sejam geralmente dominantes,
simples (simple interference ripple marks). qualquer um dos padrões anteriormente
Marcas de ondulações de interferência citados pode produzir ondulações. Tal
compostas de muitos conjuntos superpostos ocorrendo, conjuntos de interferência múltipla
de uma única variedade de marca de de marcas de ondulações de crista reta por
ondulação. ondas (veja em marca de ondulação por onda)
Padrões de interferência simples são são formadas.
constituídos de conjuntos múltiplos de marcas O registro pretérito desses padrões é
de ondulações de crista reta por ondas (veja raro e comumente ocorrem em pequenos
em marca de ondulação por onda) e/ou por reservatórios de água próximos de margens
marcas de ondulações de crista reta por de lagos calmos.
corrente.
Tais marcas quando originadas por Marca de ondulação de interferência
ondas, denominam-se marcas de ondulações simples romboidal (simple interference
de interferência simples múltiplas ripple mark rhomboid). Ilustração. Marcas de
secundárias; se forem originadas por fluxo ondulações de interferência simples formada
dominante sobre as ondas, denominam-se a partir de marcas de ondulações romboidais
marcas de ondulações de interferência por corrente, sendo constituídas por dois
simples espigadas e, se forem originadas por conjuntos sobrepostos de marcas de
fluxo e ondas dominantes sobre a corrente, ondulações com diferentes direções. São
denominam-se marcas de ondulações de variedades de ondulações de fluxo dominadas
interferência simples romboidais secundárias. pela corrente. Barras existentes num canal
separam a corrente, originando-se, desta
Marca de ondulação de interferência forma, ondas que ultrapassam o topo da barra
simples espigada (simple interference ripple em forma de lâminas de água sobre este
mark chevron). Marcas de ondulações de corpo arenoso e que migram a partir de duas
interferência simples originadas a partir de direções. As ondas interferidas pela corrente
marcas de ondulações de crista reta por e repetidas rapidamente, constroem um
ondas (veja em marca de ondulação por onda) conjunto de marcas de ondulações
que são suavemente curvadas e convexas na romboidais por corrente.
direção do fluxo. Originam-se a partir de fluxos
dominantes sobre as ondas que se movem
dentro do canal, porém, por cima das barras.
Tendo em vista que estes canais são
rasos, as ondas são retardadas na sua
movimentação. As ondulações resultantes
são distorcidas apresentando-se côncavas no
sentido contrário ao da corrente. O centro das
marcas de ondulações move-se mais
rapidamente que as extremidades, resultando
5. Marcas de ondulações catenárias.

Marca de ondulação em aclive (upslope


ripple). Termo empregado para marcas de
ondulações que ascendem por uma superfície
inclinada que mergulha em sentido contrário
ao fluxo.

Marca de ondulação em declive (downslope


ripple). Termo empregado para marcas de
Marcas de ondulações de interferência simples
ondulações que se deslocam sobre uma
rhomboidal. Estruturas em areias fluviais de ambiente superfície inclinada que mergulha no mesmo
litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. A seta marca a sentido do fluxo.
direção do fluxo. Referência: 30 cm de comprimento.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Marca de ondulação empilhada (load-
casted current markings, load-casted ripple
Estas marcas são comuns e mesmo marks, load-casted ripples, load casted sole
abundantes em zonas de lavagem de praias. marks, pilled and load-casted ripples, pilled
Contrariamente às marcas de ondulações de ripples, ripple load cast). Estruturas de
interferência simples espigadas, são
deformação penecontemporânea onde as
convexas no sentido contrário ao da corrente.
marcas de ondulações afundam em leitos
lamosos inconsolidados subjacentes.
Marca de ondulação descontínua por
O empilhamento crescente das
corrente (curved ripple marks). Ilustração.
marcas de ondulações produz a estrutura em
Marcas de ondulações cujas cristas são
apreço.
interrompidas e não podem ser seguidas por
A feição surge devido a uma
longas distâncias.
deposição diferencial entre as marcas de
ondulações (geralmente arenosas) e o
substrato lamoso hidroplástico.
Possuem feição externa semelhante
aos pseudonódulos, porém, diferem pelo fato
de apresentar, internamente, laminação
cruzada que caracteriza as marcas de
ondulações.
Veja também estrutura de
sobrecarga.

Marca de ondulação faminta. Veja em


marca de ondulação isolada.

Marca de ondulação gigante (giant current


Marca de ondulação descontínua por corrente.
Arenitos do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A
ripples, giant ripples. Marcas de ondulações
seta aponta a direção da paleocorrente. Referência: 5,0 cujo comprimento de onda é maior que 30
cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. metros. Constituem-se, por norma, de corpos
arenosos.
Dividem-se em: Tais marcas desenvolvem-se tanto
1. Marcas de ondulações linguoides em ambientes eólicos como em subaquáticos.
por corrente. Sobre as marcas de ondulações
2. Marcas de ondulações romboidais gigantes podem ser encontradas mega
por corrente. marcas de ondulações.
3. Marcas de ondulações cuspadas As marcas de ondulações gigantes
por corrente. podem ser divididas em:
4. Marcas de ondulações lunadas por 1. Ondas de areia.
corrente. 2. Dunas.
chamadas marcas de ondulações famintas
Marca de ondulação granular (wind granule (straved ripples).
ripples). Marcas de ondulações que
apresentam cristas irregulares tendendo para
formas cuspadas e, particularmente, em
cadeias lineares de marcas como dunas
barcanas. Nestas cristas, observa-se a
concentração de grãos mais grossos (1 mm a
3 mm) e um acúmulo de grãos finos nas
calhas.
Devido à concentração granular nas
cristas, desenvolvem-se “coroas”
assimétricas que capeiam o corpo simétrico
da marca. Sua origem é sempre eólica e deve-
se a uma competente deflação que remove os Marcas de ondulações isoladas. Areias de interduna de
grãos menores da crista. ambiente litorâneo marinho. A porção escura é o
substrato por onde se deslocam as ondulações. A elipse
Marca de ondulação horizontal (level- assinala marca de ondulação faminta. Quaternário, RS,
BR. A seta mostra a direção de sopro do vento.
surface ripple). Termo usado para marcas de Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos
ondulações que se deslocam sobre uma Henrique Nowatzki.
superfície horizontal.
Originam-se por atividade de ondas
Marca de ondulação incipiente (incipient ou correntes com insuficiente suprimento de
ripples). São marcas de ondulações areia para cobrir toda a superfície. Vistas em
desenvolvidas sobre um leito plano. seção ou planta, mostram-se simétricas ou
Aparecem como conjuntos de marcas de levemente assimétricas. Quando em perfil, se
ondulações que são isolados uns dos outros. formadas sobre substrato lamoso, aparecem
Surgem graças a irregularidades que como lentes arenosas que determinam uma
existem no leito e a redemoinhos espalhados estratificação lenticular de pequeno porte.
que iniciam as ondulações, corrente abaixo.
Estes conjuntos são regularmente Marca de ondulação linguoide em forma de
notáveis no início do processo, e dentro deles, arco (bow shaped ripple). Veja em marca de
as marcas se apresentam mais baixas e mais ondulação linguoide por corrente.
próximas do que as marcas de ondulações
por corrente já plenamente desenvolvidas Marca de ondulação linguoide por corrente
sobre o substrato. (linguoid bars, linguoid ripple marks, linguoid
ripples). Ilustração. Marcas de ondulações
Marca de ondulação incompleta. Veja lobadas e convexas no sentido da corrente.
marca de ondulação isolada. Os bordos normalmente são elevados e a
parte central, por norma, é deprimida. Tratam-
Marca de ondulação isolada (barchan se de feições que são uma variedade de
ripples, incomplete ripple, isolated lenticular marcas de ondulações cuspadas por corrente,
bedding, isolated ripple, isolated ripple form às quais, é comum, estejam associadas.
sets, starved ripple). Ilustração. Marcas de Suas cristas são interrompidas e não
ondulações que se desenvolvem sobre um podem ser seguidas por longas distâncias.
substrato firme (rochoso ou muito coeso).
Possuem forma de marcas de ondulações de
cristas retas (veja marca de ondulação de
crista reta por corrente e também marcas de
ondulações por ondas), descontínuas ou não,
sendo possível ver, em muitos pontos, o
substrato mais antigo. Algumas vezes,
marcas de ondulações ficam completamente
isoladas sobre o substrato constituindo as
ondulações linguoides por corrente, é aquele
em que a parte central da marca de ondulação
apresenta-se elevada, flanqueada por uma
região mais deprimida, voltando a elevar-se
nos limites da marca. Esta feição recebe a
denominação descritiva de marcas de
ondulações linguoides em forma de arco (bow
shaped ripple). Ilustração.

Marcas de ondulações linguoides por corrente. Areias


fluviais de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS,
BR. A seta mostra a direção do fluxo. Referência: 15 cm
de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Sua origem se deve a maior


velocidade do fluxo do que aquele que gera as
marcas de ondulações contínuas por corrente.
Essas formas são mais comuns
Marcas de ondulações linguoides por corrente em
quando as marcas de ondulações são forma de arco. Areias fluviais de ambiente litorâneo
pequenas (até 60 cm de comprimento de marinho. Quaternário, RS, BR. A seta indica a direção da
onda). As mega marcas de ondulações corrente. Referência: 15 cm de comprimento. Créditos:
geralmente tendem para a forma lunada, em Carlos Henrique Nowatzki.
primeiro lugar, sendo reconhecidas quando
linguoides, como barras linguoides. Marca de ondulação lobulada por corrente.
De acordo com a distância de uma Veja marca de ondulação cuspada por
crista até a crista subsequente (comprimento corrente.
de onda) podem ser separadas em:
1. Pequenas marcas de ondulações: Marca de ondulação longitudinal
quando a dimensão atinge até 60 cm. (longitudinal ripple mark, longitudinal ripples,
2. Mega marcas de ondulações: windrow ridge). Marcas de ondulações cujas
quando a dimensão está entre 60 cm a 30 cristas mostram-se subparalelas à direção da
metros. corrente.
3. Marcas de ondulações gigantes: Apresentam cristas retas simétricas
quando a dimensão for superior a 30 metros. ou levemente assimétricas, usualmente sem
Segundo Ashley (1990), as marcas de bifurcações.
ondulações subaquáticas, e suas Sua origem pode estar ligada à
estratificações cruzadas, podem ser migração das cúspides de marcas de
pequenas, se possuírem dimensões entre ondulações cuspadas por corrente ou por
0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a ação combinada de fluxo e ondas.
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100 Quando formadas por ação
metros e muito grandes, se maiores de 100 combinada de correntes e ondas, observa-se
metros. que a atuação das ondas é dominante.
As marcas de ondulações linguoides Ressalte-se ainda que o movimento das
diferenciam-se, em planta, das marcas de ondas é perpendicular ao fluxo da corrente.
ondulações cuspadas por corrente, porque Esta causa erosão nas calhas e, ao mesmo
naquelas as extremidades que apontam tempo, ajuda a manter a forma longitudinal
corrente acima de marcas sucessivas não se das cristas.
encontram em uma linha reta.
Um caso particular de marcas de Marca de ondulação lunada por corrente
(D-shaped megaripples, dune, lunate dunes,
lunate megaripples, lunate ripple mark, Marca de ondulação periclinal (periclinal
megaripple, three-dimensional dunes). undulations, pericline ripple mark). Termo
Constituem marcas de ondulações cujas empregado para marcas de ondulações
cristas são interrompidas e produzem marcas ortogonais em planta, paralelas e transversais
em forma de foice ou lobos crescentes com a à direção da corrente, com um comprimento
porção posterior fechada, lembrando a letra D. de onda de até 80 cm e uma altura de até 30
Comumente, encontram-se cm.
arranjadas em cadeias determinando um
padrão escalonado. Em alguns casos as Marca de ondulação por adesão (adhesion
cristas são achatadas ou mal desenvolvidas, ripples, anti-ripplet, eolian microridges).
mostrando uma cadeia de calhas que Ilustração. Pequenas marcas de ondulações
lembram desbaste em forma de colher. (veja em marca de ondulação), com cristas
São formadas por fluxos mais rápidos assimétricas, arranjadas em ângulo reto à
do que aqueles requeridos pelas marcas de direção do vento, formadas por partículas
ondulações de cristas retas por corrente e finas assentadas sobre uma superfície úmida,
marcas de ondulações de cristas sinuosas por plana ou ondulada, a qual se aderem. Devido
corrente. Marcas de ondulações de cristas à capilaridade, os novos grãos são também
retas e marcas de ondulações lunadas umedecidos e capazes de reter outros grãos
constituem uma série contínua onde as de areia, produzindo, desta maneira, as
marcas de cristas sinuosas e marcas de cristas.
ondulações catenárias representam uma O maior mergulho se dá a barlavento.
forma intermediária.
As formas menores de marcas de
ondulações lunadas (até 60 cm de
comprimento de onda) são relacionadas com
as marcas de ondulações cuspadas por
corrente e com as marcas de ondulações
linguoides por corrente e a diferenciação entre
elas, quando vistas em planta, é de que as
lunadas apresentam convexidade corrente
acima.

Marca de ondulação milimétrica (millimeter


ripples, mini-ripples). Constituem marcas de
ondulações quase retas, mostrando cristas
geralmente achatadas e de largura igual a das Marcas de ondulações por adesão. Areias em ambiente
calhas (2 mm a 5 mm). de praia litorânea marinha. Quaternário, RS, BR. A
A altura das cristas é menor que 1 direção de deslocamento do vento está indicado pela
mm. seta. Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.
Sua origem se deve a lentos
movimentos de ondas nas margens dos
Um derivativo destas feições são as
corpos de água com poucos centímetros de
marcas em verrugas por adesão.
profundidade. A neve soprada também pode
Diferem das marcas corrugadas pela produzir um padrão similar quando depositada
irregularidade de suas cristas.
sobre o gelo.
As marcas de ondulações por adesão
Marca de ondulação normal (normal ripple
de cinzas vulcânicas são reconhecidas como
marks). Termo usado para marcas de
marcas de adesão piroclásticas (current
ondulações com cristas assimétricas simples ridges).
de traçado variado em planta. Veja também ondulação por impacto
Veja marca de ondulação de crista
de chuva.
reta por corrente e também marca de
ondulação assimétrica por onda.
Marca de ondulação por corrente
(asymmetrical ripple marks, current ripple
marks, current ripples, oblique dunes, small-
scale asymmetrical ripples, transverse
asymmetrical ripple marks, transverse linear
ripples, transverse ripple marks, transverse
ripples). Marca de ondulações formadas na
superfície de sedimentos não coesivos,
devido à fluxo unidirecional ou bidirecional.
Via de regra são transversalmente
alongadas ou oblíquas à corrente, com
espaçamento regular entre as cristas que se
Marcas de ondulações contínuas por corrente.
apresentam alternadas por calhas. Arenitos do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A
As marcas de ondulações por direção da paleocorrente está indicada pela seta.
corrente são assimétricas, mostrando as Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos
Henrique Nowatrzki.
lâminas depositadas na face voltada para
onde flui a corrente, mais inclinadas que as 2. Marcas de ondulações
lâminas da face oposta. As marcas de descontínuas por corrente.
ondulações transversais podem ser simétricas 3. Marcas de ondulações
ou assimétricas, sendo que as últimas são regressivas.
designadas como marcas de ondulações por 4. Marcas de ondulações granulares.
corrente.
De acordo com a distância de uma Marca de ondulação por corrente de baixa
crista até a crista subsequente (comprimento energia (low-energy current ripples). Tratam-
de onda), podem ser separadas em: se de marcas de ondulações por corrente
1. Pequenas marcas de ondulações: formadas por um fluxo de baixa energia.
quando a dimensão atinge até 60 cm. A designação é imprecisa e também
2. Mega marcas de ondulações: insatisfatória porque exclui os efeitos
quando a dimensão está entre 60 cm e 30 provocados pela escala do fluxo.
metros.
3. Marcas de ondulações gigantes: Marca de ondulação por impacto. Veja
quando a dimensão for superior a 30 metros. marca de ondulação balística.
Segundo Ashley (1990), as marcas de
ondulações subaquáticas, e suas Marca de ondulação por onda (oscillation
estratificações cruzadas, podem ser ripple marks, oscillation ripples, oscillatory
pequenas, se possuírem dimensões entre ripple lamination, rectilinear ripple marks,
0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a straight large scale ripples, straight ripples,
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100 straight small scale ripples, straight transverse
metros e muito grandes, se maiores de 100 ripples, wave ripple laminations, wave ripple
metros. marks, wave-ripples). Ilustração. Marcas de
Por sua morfologia, podem ser: ondulações geradas por ação de ondas sobre
1. Marcas de ondulações contínuas uma superfície não coesiva.
por corrente (ilustração). Elas possuem cristas usualmente
retas e frequentemente bifurcadas
As marcas de ondulações por ondas,
de acordo com a simetria de suas cristas,
podem ser:
1. Marcas de ondulações simétricas
por onda.
(veja em regime de fluxo) e em fase com as
ondas (ilustração).

Marcas de ondulações simétricas por onda. As feições


são vistas em seção longitudinal o que permite a
observação de estruturas em chevrão. Arenitos da
Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR.
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.

2. Marcas de ondulações assimétricas


por ondas.
Veja também marcas de ondulações Processo de formação de marcas de ondulações
regressivas. Enquanto a água se desloca na direção do
varridas de cristas retas por corrente em
mar, as ondulações geradas migram em sentido contrário.
marca de ondulação de crista reta por Sedimentos arenosos de ambiente litorâneo marinho.
corrente. Quaternário, RS, BR. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
Marca de ondulação por onda com crista
múltipla (wave-related ripple marks with Suas cristas são longas,
multiple-parallel crests). Tratam-se de marcas apresentando relevo normalmente baixo e
de ondulações por ondas que possuem uma, amplo com inclinações suaves.
duas e algumas vezes, três cristas menores, De acordo com a dimensão do
iguais ou desiguais, paralelas às feições comprimento de onda, podem ser:
maiores. 1. Pequenas marcas de ondulações
Podem ser de dois tipos: regressivas: quando o comprimento de onda
1. Aquelas que possuem duas ou três chegar até 60 cm.
cristas menores que se colocam no lado à 2. Mega marcas de ondulações
montante das marcas maiores. Recebem a regressivas: quando o comprimento de onda
designação de cristas anormais (rides está entre 60 cm a 30 metros. Envolve
anormales). pequenas dunas regressivas e as pequenas
2. Aquelas que possuem uma ou duas ondas de areia regressivas.
cristas longas, baixas, arranjadas 3. Marcas de ondulações gigantes
simetricamente nas calhas das marcas regressivas: quando o comprimento de onda
maiores são chamadas cristas secundárias for superior a 30 metros. Compreendem as
(secondary crests). grandes dunas regressivas, e as grandes
ondas de areia regressivas.
Marca de ondulação por solução (solution Segundo Ashley (1990), as marcas de
ripple marks). Constituem marcas de ondulações subaquáticas, e suas
ondulações falsas que resultam de um estratificações cruzadas, podem ser
diaclasamento pouco espaçado nos calcários. pequenas, se possuírem dimensões entre
A dissolução posterior nesta 0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a
superfície origina um plano ondulado. 10 metros, grandes, se de 10 metros a 100
Veja também ondulação por solução. metros e muito grandes, se maiores de 100
metros.
Marca de ondulação regressiva (antidunes, Tais marcas desenvolvem
backset cross stratification, backwash ripple estratificação cruzada em retrocesso, na qual
marks, backwash ripples, counter-current as lâminas mergulham no sentido contrário ao
ripples, regressive ripples, regressive sand da corrente. No caso de materiais grossos
waves). São corpos arenosos ondulados, pode-se encontrar imbricação, mostrando a
desenvolvidos em regime de fluxo superior direção-geral da corrente. Também é possível
desenvolver-se estratificação ao longo de
toda a ondulação ou apenas no lado favorável rhomboid ripple, rhoimboid ripple marks,
à corrente. Movimentam-se tanto em oposição rhomboid small ripples). Marcas de
à corrente, como se mantêm estacionárias ou ondulações de interferência são feições
ainda, migram no sentido da mesma. losangulares, mostrando um padrão
Ilustração. reticulado. Os losangos são pequenas línguas
arenosas que dão à superfície um aspecto
escamoso. Estão relacionados com as
marcas de ondulações linguoides por
corrente.
Para melhor entender a estrutura,
cada losango pode ser dividido em duas
partes: a metade que indica o sentido da
corrente possui ângulo agudo formado por
dois lados de jusante, e é, geralmente, maior
do que a outra parte; a porção que se dispõe
fluxo acima, está confinada na aresta de
reentrância originada pelas faces de jusante
de duas línguas adjacentes. Ilustração.

Marcas de ondulações regressivas. Areias de ambiente


litorâneo marinho. O cabo do martelo está voltado para o
continente, portanto, a sua cabeça está posicionada para
o oceano. Apesar de a água ter fluído em direção ao mar,
o lado mais inclinado da marca de ondulação (seta)
aponta no sentido oposto ao da correnteza. Quaternário,
RS, BR. Referência: 30 cm de comprimento. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.

Um caso particular de origem é


aquele que tem lugar no lado que aponta
corrente abaixo, nas mega marcas de
Marcas de ondulações romboidais por corrente.
ondulações, onde pequenas marcas de
Areias de pós-praia (veja em ambiente praial) marinho.
ondulações são produzidas por refluxo Quaternário, RS, BR. A direção da corrente está indicada
justamente na frente da face de deslizamento pela seta. Referência: 30 cm de comprimento. Créditos:
da mega marca, desenvolvendo-se Carlos Henrique Nowatzki.
internamente a essas pequenas marcas de
ondulações, laminação cruzada em Estas marcas são comumente
retrocesso (counter-current cross lamination). geradas em declives praiais dirigidos para o
Quando as ondulações do fluxo são mar, podendo, no entanto, ser comuns em
estacionárias, forma-se no sedimento, barras de praia com declive na direção do
laminação paralela horizontal que acompanha continente. O fluxo gerador da feição deve ter
a configuração geral ondulada do depósito, alta velocidade e pouca espessura de água (1
sendo denominadas de laminação ondulante cm a 2 cm).
(undulating lamination). De acordo com a distância de uma
A superfície da sedimentação crista a outra (comprimento de onda), podem
arenosa ou mais comumente o plano de ser separadas em:
estratificação do arenito é uniforme com leve 1. Pequenas marcas de ondulações:
ondulação, adquirindo forma de ondas quando a dimensão atinge até 60 cm.
bidimensionais suaves ou de domos e 2. Mega marcas de ondulações:
depressões tridimensionais. quando a dimensão está entre 60 cm e 30
metros.
Marca de ondulação romboidal por Marcas gigantes que ultrapassem 30
corrente (backwash marks, imbricate wave metros de comprimento são desconhecidas.
sculpture, lobate sands wave, rhombic ripples, Segundo Ashley (1990), as marcas de
rhomboid dunes, rhomboid megaripples, ondulações subaquáticas, e suas
estratificações cruzadas, podem ser em grandes conjuntos.
pequenas, se possuírem dimensões entre As marcas de ondulações tardias
0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a jazem sobre superfícies planas de sedimentos
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100 pobremente classificados (seixos, areias e
metros e muito grandes, se maiores de 100 argilas).
metros. Sua gênese está associada a
correntes de regime de fluxo inferior (veja em
Marca de ondulação simétrica. Veja marca regime de fluxo), mas são indicativas de um
de ondulação simétrica por onda e também transporte sedimentar em regime de fluxo
marca de ondulação por corrente. superior (veja em regime de fluxo).
Uma única corrente, responsável pelo
Marca de ondulação simétrica erodida transporte do material arenoso pobremente
(eroded symmetrical ripple marks). Marcas de classificado, determina a formação de
ondulações de cristas planas que sofreram camadas planas (veja estratificação paralela
erosão parcial das cristas. horizontal descontínua) e lineação por
corrente em regime de fluxo superior e, ao
Marca de ondulação simétrica por onda passar para um regime de fluxo inferior os
(symmetrical ripple marks, symmetrical wave sedimentos grossos ficam para trás
ripples). Ilustração. Marcas de ondulações arranjando-se transversalmente ao fluxo e
simétricas. As cristas são geralmente originando as marcas de ondulações tardias.
retilíneas e agudas, podendo apresentar
bifurcações. As calhas são arredondadas. Marca de ondulação transversa. Veja marca
de ondulação por corrente.

Marca de ondulação varrida catenária


(catenary swept ripples, swept catenary large
scale ripples). Veja em marca de ondulação
catenária.

Marca de ondulação varrida de crista reta


por corrente (straight swept ripples). Veja em
marca de ondulação de crista reta por
corrente.

Marcas de ondulações simétricas por onda. Arenitos Marca de percussão (crescentic impact
do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A dupla seta scars, percussion marks). Ilustração. São
mostra as direções do movimento oscilatório das ondas feições de choque entre clastos. Tais marcas
geradoras das estruturas. Referência: 5,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. são atribuídas a fluxos de alta velocidade.
Consistem de fraturas arqueadas a
Quando a marca é vista em planta, os semicirculares.
lados são simétricos. Em seção a estrutura
interna é caracterizada por lâminas que se
unem em uma zona central tal qual forquilhas.
Esta feição imbricada denomina-se estrutura
em chevrão.
Originam-se pelo movimento
oscilatório de ondas.

Marca de ondulação tardia (lag ripple mark).


Marcas de ondulações que formam fracas
faixas de sedimentos grossos transversais à
direção do fluxo. As cristas são curtas, Marcas de percussão. Seixo arredondado retrabalhado
normalmente com poucos centímetros de fluvialmente. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.
comprimento, e uniformemente espaçadas
rasa voltada no sentido contrário ao da
Surgem principalmente em grãos de corrente e uma parte profunda no lado oposto.
ambientes de planície de inundação e mesmo Sua gênese está condicionada ao
em areias eólicas. impacto, em grande ângulo, de objetos em
Em ambientes glaciais são sedimentos superficiais coesivos. Algumas
encontrados seixos que sofreram a ação de marcas de punção possuem a parte mais
impactos produzidos por outros clastos, o que profunda virada para um lado, lembrando, em
determina a formação das chamadas marcas planta, uma vírgula.
de escoriações (veja também grão estriado). Usa-se marca de punção para a
estrutura isolada. Quando tais marcas
Marca de pingo de chuva (drip impressions, aparecem a espaços regulares em
rain casts, rain drip, raindrop impression, determinado eixo denominam-se marcas de
raindrop imprints, raindrops impact, rain saltação.
impressions, rain pits, rain prints). Ilustração.
São pequenas marcas circulares ou elípticas Marca de redemoinho (eddy markings).
produzidas pela queda vertical, ou oblíqua de Marcas circulares ou semicirculares que
pingos de chuva sobre sedimentos finos podem ser concêntricas, ou estar
inconsolidados, normalmente siltes e argilas. sobrepostas. Aparecem no plano de
estratificação.

Marca de ressaca. Veja linha de deixa.

Marca de roçadura (bounce cast, bounce


marks, skim marks, skip casts, skip marks,
skip or saltation marks). Marcas lavradas por
objeto que se apresentam como depressões
mais ou menos simétricas, rasas em seus
extremos e profundas em sua porção
mediana, paralelas à direção de corrente.
Provavelmente originam-se pela
roçadura de objetos arrastados pelo fluxo
sobre os sedimentos que constituem o fundo.
O choque do objeto com o substrato dá-se em
baixo ângulo.
Marcas de pingos de chuva sobre o topo de camada de 3 cm
Usa-se marca de roçadura para a
lama não consolidada. Referência: 3 cm. Créditos: Carlos
estrutura isolada. Quando tais marcas
Henrique Nowatzki.
aparecem a intervalos regulares em
Quando ocorre chuva sobre determinado eixo, denominam-se marcas de
sedimentos arenosos secos e bem saltação.
classificados, em combinação com fluxo
laminar das águas que escoam, produzem-se Marca de rolamento (roll and drag marks,
cristas descontínuas paralelas. As cristas rolling marks, roll marks, roll spuren). Marcas
terão padrão subparalelo mais regular se o lavradas por objetos registradas no sedimento
fluxo laminar for dominante sobre o impacto de fundo pelo rolamento de objetos
das gotas. Ao contrário, se o impacto tiver conduzidos pelo fluxo, paralelas à corrente.
significado maior, o padrão será pobre. Esta Apresentam-se espaçadas sob forma
feição é reconhecida como superfície de traços contínuos. Frequentemente
texturada (textured surface). associam-se a marcas de saltação.
As marcas que registram o
Marca de punção (prod casts, prod mark). deslocamento de objetos simétricos por
Marcas lavradas por objeto, assimétricas, movimentos de cambalhotas são
deprimidas e paralelas ao fluxo, de reconhecidas como marcas de tombamento
semicônicas a triangulares, com uma porção (tumble marks, tumbling marks).
Marca de saltação (multiple bounce marks, Marca de sulco cruzado (cross-grooves).
ring marks, saltation marks, skip casts, skip São dois ou mais jogos de marcas de sulcos
marks, skip or saltation marks). Marcas lavrados por corrente, ou de marcas de sulcos
lavradas por objetos, deixadas em superfície lavrados por objetos que se interceptam.
argilosa e regularmente espaçadas ao longo
de determinado eixo. São depressões rasas Marca de sulco deformado por sobrecarga
ou profundas provocadas por punção (veja (groove load casts). Tratam-se de marcas de
marca de punção) ou roçadura (veja marca de desbastes ou marcas de sulcos lavrados por
roçadura), a intervalos regulares, de objetos objetos que sofrem alterações pela ação de
carregados pela corrente. carga diferencial (veja estrutura de
Frequentemente, associam-se a sobrecarga).
marcas de rolamento. Muitas vezes, essas estruturas
conservam as características iniciais e,
Marca de sola (sole markings, sole marks). apesar de deformadas, podem ser
Ilustração. Termo empregado para diferentes identificadas e servem como indicadores
hieroglifos encontrados na superfície inferior direcionais.
de certos arenitos, calcários e siltitos. Estas Veja turboglifo deformado por
marcas são, geralmente, contra-moldes de sobrecarga e também marca de ondulação
estruturas originadas na superfície de leitos empilhada.
lamosos por correntes, organismos ou outros
agentes. Quando os sedimentos se Marca de sulco espigado. Veja marca
consolidam e ficam expostos à intempérie, as espigada.
camadas pelíticas são destruídas com maior
facilidade, deixando a descoberto, na base Marca de sulco glacial. Veja estria glacial.
dos arenitos, formas realçadas ou contra-
moldes. Marca de sulco lavrado por corrente
(current erosional mark, current mark, current
scours, erosion groove, erosional structures).
Marca de desbaste lavradas exclusivamente
por ação erosiva de microturbulências no
meio aquoso sobre leito argiloso coesivo ou
arenoso.
São morfologicamente diversificadas,
permitindo uma classificação em vários tipos,
tais como: marcas de sulcos longitudinais
retilíneos lavrados por corrente, marcas de
sulcos meandrantes lavrados por corrente,
sulcos erosivos transversos lavrados por
corrente, sulcos e cristas longitudinais
lavrados por corrente, marcas triangulares
Marcas de sola. Arenito sobrejacente a pelitos.
Formação Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. A seta
acunhando-se à jusante, marcas como
marca a direção da paleocorrente que erodiu o substrato travesseiros, marcas gradadas, sulcos de
lamoso e depositou as areias que preencheram as lavagem, canal.
cavidades (turboglifos). Referência: cabeça do martelo
com 15 cm de comprimento. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
Marca de sulco lavrado por objeto (drag
cast, drag marks, drag striae, groove cast,
Veja também marca de desbaste. groove marks, ksimoglyphs, mud furrows,
mud furrows casts, roll and drag marks,
Marca de sulco. Veja marca de sulco lavrado striation, striation casts, striation mark,
por objeto. undertow mark). Marcas lavradas por objetos
onde estes são carregados pela corrente,
Marca de sulco contínuo lavrado por podendo sulcar a superfície de sedimentos
objeto. Veja em marca lavrada por objeto. pelíticos. As marcas de sulcos lavrados por
objetos são feições longas e extremamente
retilíneas, variando suas dimensões desde
quase microscópicas a alguns centímetros. Marca de vibração. Veja fratura em
Podem também ocorrer sobre sedimentos crescente.
arenosos.
É difícil a distinção entre estas marcas Marca descontínua. Veja marcas
e aquelas de rolamento (veja marca de descontínuas lavradas por objetos em marca
rolamento). As marcas de sulcos lavrados por lavrada por objeto.
objetos são estruturas isoladas ou em séries,
com forma de V ou U, em seção transversal, Marca descontínua lavrada por objeto. Veja
e retilíneas, diferentemente da maioria das em marca lavrada por objeto.
marcas de sulcos lavrados por corrente.
Marcas maiores podem ser Marca em chevrão. Veja marca espigada.
produzidas pelo deslocamento de icebergs
(veja em ambiente glacial) sobre o fundo Marca em chevrão reversa. Veja marca
marinho, alcançando quilômetros de espigada reversa.
extensão, mostrando estrias internas
paralelas longitudinais, e marcas transversais Marca em cometa (comet marks). Marcas
ao sulco reconhecidas como marcas erosivas de grande porte desenvolvidas em
transversais compassadas (jigger marks). presença de obstáculos, por ação de corrente,
Veja estria glacial e também marca determinando o acúmulo de sedimentos mais
gigante lavrada por gelo. grossos que das áreas adjacentes, atrás dos
mesmos.
Marca de sulco longitudinal retilíneo A “cauda” do “cometa” é de 1,5 a 3
lavrado por corrente (longitudinal rectilinear vezes mais larga que o obstáculo podendo
groove, rectilinear grooves). Marcas de atingir mais de 100 metros de comprimento.
desbaste em forma de sulcos pequenos, É marca gigante de sombra de areia.
lineares, descontínuos e rasos, que compõem
conjuntos de marcas subparalelas. Quando Marca em crescent. Veja estrutura de
vistas em seção transversal, possuem o fundo desbaste em crescente.
chato diferentemente das marcas de sulcos
provocadas por objetos (veja marca de sulco Marca em espiral. Veja turboglifos
lavrado por objeto), as quais possuem forma assimétricos helicoidais em turboglifo
de V ou U. Tendem a expandir-se em leque no assimétrico.
sentido da corrente.
Originam-se em argilas coesivas Marca em forma de almofada. Veja marca
graças à erosão por microturbulências. como travesseiro.
Veja também lineação por corrente.
Marca em forma de bulbo. Veja turboglifo
Marca de sulco meandrante lavrado por parabólico.
corrente (longitudinal meandering grooves,
meandering grooves, meandering rill marks). Marca em forma de drenagem. Veja sulco de
Marcas de desbaste em forma de sulcos lavagem.
erosivos provocados por microturbulências
em argilas coesivas. Apresentam-se, vistos Marca em forma de língua. Veja turboglifo
em planta, sinuosos, longitudinais, parabólico.
subparalelos à corrente, com ramificações
que se anastomosam no sentido do fluxo. Marca em forma de V lavrada por corrente
Em corte transversal são rasos e em (V-shaped marks). Veja em sulco e crista
forma de V. longitudinal lavrado por corrente.
Veja também lineação por corrente.
Marca em verruga por adesão (adhesion
Marca de tombamento (tumble marks, warts). Ilustração. Pequenas marcas
tumbling marks). Veja em marca de irregulares, similares a verruga, devidas à
rolamento. acumulação de areia jogada pelo vento sobre
uma superfície úmida. Tendo em vista a Existem três padrões distinguíveis:
capilaridade, novos grãos são umedecidos e 1. Marcas espigadas interrompidas
tornam-se capazes de reter outros grãos de (interrupted chevrons, ruffled groove, ruffled
areia. groove cast, ruffled groove marks).
Constituem marcas de roçadura ou marcas de
sulcos lavrados por objetos lateralmente
associadas com séries simétricas de cristas
oblíquas.
2. Marcas espigadas cortadas.
Constituem uma série de cristas e sulcos em
forma de V cortados de modo axial por uma
calha.
3. Marcas espigadas não
interrompidas (uninterrupted chevrons).
Constituem cadeia linear de cristas em forma
de V ou U.
Marcas em verruga por adesão. Areias de pós-praia Veja também marca espigada
(veja em ambiente praial) marinho. Quaternário, RS, BR. reversa.
Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
Marca espigada cortada. Veja em marca
As marcas são o produto da espigada.
instabilidade na direção de sopro do vento,
quando a mudança se dá bruscamente. Marca espigada interrompida (interrupted
Existindo constância na direção da chevrons, ruffled groove, ruffled groove cast,
atividade eólica originam-se as marcas de ruffled groove marks). Veja em marca
ondulações por adesão. espigada.

Marca enrugada transversal. Veja marca Marca espigada não interrompida


corrugada. (uninterrupted chevrons). Veja em marca
espigada.
Marca equidimensional. Veja marca como
travesseiro. Marca espigada reversa (reverse chevron
marks, reversed chevron marks). Marcas de
Marca erosiva agravada (load-casted current deformações causadas por corrente e não
markings, load casted sole marks, parallel diretamente relacionadas com marcas de
load cast or rill). Quaisquer marcas de sulcos desbaste e marcas lavradas por objetos,
lavrados por corrente ou marcas lavradas por sendo originadas pela superposição de
objetos engrossados e deformados por ação marcas enrugadas transversas (veja marca
de sobrecarga, como, por exemplo, turboglifos corrugada) sobre os bordos dos sulcos pré-
deformados por sobrecarga. existentes. Os vértices dos V apontam no
Veja também estrutura de sentido contrário ao da corrente.
sobrecarga. Originam-se, presumivelmente, pela
diferença de velocidade do fluxo dentro dos
Marca espigada (chevron marks, feather like sulcos, determinando um arqueamento das
flow markings, groove ruffling, herringbone rugas que se encontram nos bordos destes
marking, herringbone pattern, vibration sulcos.
marks). Marcas lavradas por objetos onde Muitas vezes, os enrugamentos que
estes, movendo-se rente a superfície de lama se encontram fora das calhas são
coesiva, provocam atrás de si movimento de completamente erodidos.
sucção que amontoa o sedimento ao longo de Veja também marca espigada.
seu eixo de deslocamento, originando formas
em V ou U cujos vértices, normalmente, Marca frondescente. Veja estrutura
apontam no sentido da corrente. frondescente.
Marca gigante lavrada por gelo (iceberg (continuous marks) compreendem: marcas de
furrow marks). Grandes sulcos, com milhares sulcos lavrados por objetos, marcas
de metros de comprimento, dezenas de espigadas, etc.; as descontínuas, também
metros de largura e vários metros de chamadas de marcas de impacto (impact cast,
profundidade desenvolvidos sobre a impact marks), compreendem: marcas de
plataforma continental (veja em ambiente punção, marcas de roçadura, marcas de
marinho), originados pelo deslocamento de empuxo, marcas de saltação, marcas de
icebergs (veja em ambiente glacial). rolamento, etc.
Veja também marca de sulco lavrado Algumas vezes, após o corte feito
por objeto. pelo objeto sobre a lama, desenvolvem-se
modificações na estrutura lavrada (veja marca
Marca gradada (harrow mark, large scale lavrada por objeto, modificada).
lineation, longitudinal megaripple, longitudinal Veja também estria glacial.
rib, sand ribbons, sand streak). Marcas de
desbaste cujas cristas são sedimentos de fina Marca lavrada por objeto, modificada (rilled
granulometria, intercaladas por faixas em tool marks). Tratam-se de marcas lavradas
forma de calha de granulometria mais grossa. por objetos onde o corte ocorre sobre lamas
Dispõem-se paralelamente ao fluxo não muito coesivas. O sulco original é
mostrando um padrão uniforme e contínuo modificado pela ação do fluxo que migra com
que se estende por dezenas de metros. maior velocidade para seu interior. Isto
Originam-se por sistemas regulares determina a formação de feições como sulcos
de partes do fluxo que avançam de lavagem arborescentes desenvolvidos
longitudinalmente com movimento helicoidal sobre as margens da estrutura inicial, as quais
em sentidos alternados de rotação. Isto está convergem no sentido da corrente.
vinculado à instabilidade transversal
secundária da corrente. Marca longitudinal (longitudinal markings).
Estão relacionados com lineação por Termo empregado para quaisquer estruturas
corrente. lineares paralelas à corrente.
Veja também lineação.
Marca irregular alongada (elongate irregular
marks). São turboglifos irregulares, de Marca lunada. Veja fratura em crescente.
tamanho intermediário entre turboglifos
normais e canal. Marca ondulada. Veja marca de ondulação.
Lembram microcanais.
Marca ondulada assimétrica. Veja marca de
Marca lavrada. Veja marca lavrada por ondulação por corrente e também marca de
objeto. ondulação assimétrica por onda.

Marca lavrada por corrente. Veja marca de Marca ondulada de corrente. Veja marca de
sulco lavrado por corrente. ondulação por corrente e também marca de
ondulação assimétrica por onda.
Marca lavrada por objeto (discontinuous
marks, erosional structures, tool mark). Marca ondulada de oscilação. Veja marca
Marcas originadas por objetos movimentados de ondulação simétrica por onda e também
por ação de corrente sobre sedimentos de marca de ondulação por corrente.
fundo, normalmente pelíticos.
Por norma, ficam preservados em Marca ondulada de vaga. Veja marca de
sedimentitos, como marcas de sola em ondulação simétrica por onda e também
arenitos. marca de ondulação por corrente.
Tais feições surgem devido ao arrasto
(veja em transporte), rolamento (veja em Marca ondulada eólica. Veja marca de
transporte) ou saltação (veja em transporte) ondulação balística.
dos objetos, podendo ser divididas em
contínuas e descontínuas. As contínuas Marca ondulada linguoide. Veja marca de
ondulação linguoide por corrente. objeto.

Marca ondulada romboide. Veja marca de Marca transversal de fluxo (transversal


ondulação romboidal por corrente. flowage cast, transversal flowage marks). Veja
em estrutura em chama.
Marca ondulada simétrica. Veja marca de
ondulação simétrica por onda e também Marca triangular acunhando-se à jusante
marca de ondulação por corrente. (triangular marks tapering down current).
Marcas de desbaste que, em forma,
Marca nodular. Veja marca de ondulação. assemelham-se a turboglifos triangulares e
muito chatos, porém, orientados em direção
Marca ondular bidimensional. Veja em onda oposta, isto é, o bico aponta no sentido da
de areia. corrente.
Provavelmente, surgem graças ao
Marca pendular (pendulose marking). Veja movimento crenulado logo após a frente de
em sulco e crista longitudinal lavrado por deslocamento do fluxo, por erosão do
corrente. substrato.

Marca ravinoide. Veja sulco de lavagem. Maré de sizígia. Veja em ambiente de


planície de maré.
Marca retilínea. Veja marca de sulco lavrado
por objeto. Margem continental. Veja em ambiente
marinho.
Marca retilínea enrugada. Veja marcas
espigadas interrompidas em marca espigada. Marga (marl). Veja em Rocha Sedimentar
Química.
Marca como travesseiro (cushion-like
marks, equidimensional marks, pillow-like Marmita (potholes, toroid). Ilustração. São
marks, pillow like scour marks). Marcas de cavidades rasas ou profundas, de forma
desbaste que constituem uma série de amplamente diversa. Seus lados, geralmente
depressões associadas, as quais tendem a lisos, mergulham com ângulos moderados a
assumir uma forma poligonal sem uma acentuados, alcançando um fundo
direção preferencial, que apresentam os arredondado.
bordos em relevo e levemente crenulados,
assemelhando-se a estruturas de sobrecarga.
Tais estruturas, à primeira vista, não
parecem estar ligadas à ação da corrente,
contudo, sua ocorrência junto a sulcos e
cristas longitudinais lavrados por corrente,
bem como a turboglifos demonstram que,
provavelmente, se formam sob a atuação de
um sistema de redemoinhos, originados por
interferências de correntes.
É possível que estas estruturas
resultem de uma modificação no fluxo que
determina a formação de turboglifos ou sulcos
e cristas longitudinais lavrados por corrente.
Apesar de estarem aqui enquadradas
como marcas de desbaste, há também a
Marmita. No fundo da estrutura concentram-se seixos
possibilidade de que possam ser devidas à (veja em clasto). Referência: cabeça do martelo com 15
sobrecarga. cm de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Marca transversal compassada (jigger A maioria lembra um cilindro circular


marks). Veja em marca de sulco lavrado por ou oval, verticalizado e de fundo cego. Alguns
possuem profundidade similar à largura, intemperismo químico os depósitos serão
tendo, a maioria, profundidade muito maior compostos dominantemente por sedimentos
que a dimensão da largura. Os tamanhos são quartzosos, ou seja, serão maduros.
extremamente variáveis, com formas gigantes O grau de maturidade mineralógica
mostrando 10 metros de largura e 20 metros (mineralogic maturity) ou química resulta da
de profundidade, sendo mais comuns os com relação quartzo/feldspato, onde a maturidade
2 metros a 5 metros de profundidade e 1 m de será elevada se o índice for maior que 2,
largura. media se o índice estiver entre 0,5 e 2,0 e
Muitas marmitas têm os lados baixa, se o índice estiver abaixo de 0,5.
marcados por cristas e sulcos espirais O grau de maturidade textural
gradando para feições regularmente (textural maturity) ou física é avaliada pela
arranjadas, como ondulações. razão grão/matriz. A razão determinará o
O preenchimento destas cavidades, estágio que o sedimento clástico se encontra
resulta nos moldes de marmitas. considerando sua proveniência (% argila) e o
A maioria das marmitas cilíndricas grau de seleção e arredondamento das
terminam em um fundo cônico. Algumas granulometrias grossas.
possuem fundo chato, outras um pináculo
central ou uma barra radial. Maturidade física (physical maturity).
São produzidas por redemoinhos ou Sinônimo de maturidade textural. Veja em
sorvedouros em água corrente. O desbaste maturidade.
pode ainda ser promovido por seixos que
sofreram transporte. Surgem também em Maturidade mineralógica (mineralogic
locais onde há queda de água, na orla de maturity). Veja em maturidade.
correntes de lavagem, atrás de um obstáculo,
como um bloco, barras arenosas ou barras Maturidade química (chemical maturity).
fluviais invadindo o rio. Sinônimo de maturidade mineralógica. Veja
São estruturas confinadas a depósitos em maturidade.
de água rasa, tanto marinhos como fluviais,
bem como a ambientes glaciais. Maturidade textural (textural maturity). Veja
em maturidade.
Marsh. Veja em ambiente deltaico.
Mecanoglifo (mechanoglyphs). Veja em
Matacão (boulders). Veja em clasto. hieroglifo.

Matriz (matrix). Veja em Rocha Sedimentar Megaciclotema (megacyclothem). Veja em


Clástica. ciclotema.

Maturidade (sedimentar) (maturity). É o grau Megalineação por corrente (shooting flow


de seleção atingido pelos constituintes dos cast). Veja lineação por corrente.
sedimentos clásticos, após passar pelos
processos de intemperismo, erosão, Mega marca de ondulação (aeolian dunes,
transporte e deposição (veja sedimentação), aqueous dunes, large scale assymmetrical
os quais diminuem a quantidade de minerais ripple marks, megaripple, sand ripples,
instáveis (p. ex. feldspatos) chegando mesmo sinuous largescale ripples, straight large scale
a eliminá-los e aumentando a proporção dos ripples, type I megaripple, type 2
estáveis (p. ex. quartzo) podendo formar megaripples). Marcas de ondulações cujos
depósitos exclusivamente compostos por comprimentos de onda situam-se entre 60 cm
clastos quartzosos. e 30 metros. Constituem-se, por norma, de
Em regiões com predominância de corpos arenosos.
intemperismo físico os depósitos tenderão a Segundo Ashley (1990), as marcas de
ser, mineralogicamente, poliminerálicos com ondulações subaquáticas, e suas
pouca ou nenhuma alteração química, estratificações cruzadas, podem ser
portanto, mal classificados e imaturos. pequenas, se possuírem dimensões entre
Nas regiões com predomínio de 0,60 m a 5 metros, médias, se de 5 metros a
10 metros, grandes, se de 10 metros a 100
metros, muito grandes, se maiores de 100 Microestratificação angular. Veja laminação
metros. angular.
Tais marcas desenvolvem-se tanto
em ambientes eólicos como subaquáticos. Microestratificação côncava. Veja
Sobre as mega marcas podem ser laminação.
encontradas pequenas marcas de ondulações
(veja em marca de ondulação), no lado que Microestratificação cruzada (medium-scale
indica o sentido da corrente, produzindo um trough cross-stratification). Veja laminação
padrão chamado leque de marcas de cruzada.
ondulações (ripple fans).
As mega marcas de ondulações Microestratificação em calha. Veja
podem ser divididas em: laminação côncava.
1. Ondas de areia.
2. Dunas. Microestratificação sigmoidal. Veja em
As formas transicionais entre ondas laminação sigmoidal.
de areia e dunas são chamadas de mega
marcas de ondulações lineares (linear Microestratificação tangencial. Veja
megaripples). laminação tangencial.

Mega marca de ondulação linear (linear Microfalha. Veja falha penecontemporânea.


megaripples). Veja em mega marca de
ondulação. Microlente (micro-lensing). Ilustração. Lentes
confinadas em uma laminação. Caracterizam-
Melicária (boxwork, melikaria). Veja em se por apresentar, em corte, acunhamento
septária. bilateral e fina espessura.

Membro (member). Veja em unidade


litoestratigráfica.

Meso maré. É aquela com amplitude entre 2


metros e 4 metros.

Meta glifo (metaglyphs). Veja em hieroglifo.

Meta marca de ondulação (meta-ripples).


Termo empregado para mega marcas de
ondulações ou marcas de ondulações
gigantes. Microlente. Laminação tangencial em arenito
Este conceito, quando dinâmico, mergulhado em pelito (veja em rocha sedimentar
representa as marcas de ondulações que clástica). Formação Palermo, Permiano, RS, BR.
sofrem transformações quando mudam as Testemunho de sondagem cedido pela CPRM.
Referência: escala em centímetros. Créditos: Carlos
condições do fluxo. Por exemplo, marcas de Henrique Nowatzki.
ondulações contínuas para marcas de
ondulações descontínuas. Micromaré (micro-tide). É aquela com
amplitude inferior a 2 metros.
Micrito (micrite). É calcário lamoso composto
por calcita microcristalina cujos cristais com 4 a Micro-ondulação. Veja pequenas marcas de
15 mícrons interpenetram-se. ondulações em marca de ondulação.
Microestratificação. Veja laminação. Microterraço (micro-terrace, water-level
mark). Ilustração. Marcas erosivas em degraus
Microestratificação acanalada. Veja deixados em sedimentos durante o
laminação côncava.
decréscimo do nível das águas, em barras
costeiras, declives de canais, barras em pontal
ou barras de canal, preferencialmente. O
tamanho dos terraços mostra uma amplitude
correspondente ao tempo de permanência do
nível da água naquele plano.
O contato entre a lâmina de água e a
superfície sedimentar permite, graças à ação
das ondas, um desgaste planar naquele nível.
Como o decréscimo das águas é
interrompido a intervalos de tempo, surgem os
terraços, que são escalonados. Microterraços ranhurados. Sedimentos arenosos
Também podem estar presentes em fluviais de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS,
BR. Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos
fosso cônico de desbaste. Henrique Nowatzki.
Veja ainda, microterraço soterrado.
Sua origem parece dever-se a dois
processos: ranhuras largas e grossas são
fruto de pequenos deslizamentos antes da
queda do nível da água; posteriormente, a
água drenada dos patamares para níveis mais
baixos, aprofunda os entalhes iniciais.
As ranhuras representam sulcos de
lavagem.

Microterraço soterrado (stepped erosion


surface). Superfícies erosionais que secionam
estratificações mais antigas, podem ser
consideradas uma forma de perturbação.
Microterraços. Sedimentos arenosos margeantes à
Algumas das superfícies entre unidades de
canal fluvial efêmero seco, esquerda da foto. Ambiente sedimentação mostram um distinto perfil em
litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR. Referência: 30 forma de degraus, produzindo microterraços.
cm de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Os degraus têm passadas longas
sendo gentilmente inclinados com projeção do
Microterraço ranhurado (fluted steps). espelho do degrau, menores que 3 cm de
Ilustração. Constituem microterraços altura. Filmes de lama geralmente cobrem a
modificados, caracterizados por cristas e superfície.
sulcos verticais inseridos no plano frontal do A estrutura é comum entre unidades
degrau. Os sulcos, em seção transversal, de sedimentação de depósitos de barra em
mostram forma de V e as cristas são pontal, não sendo observada em depósitos de
arredondadas, sendo o espaçamento entre canal. Superfícies de erosão, na forma de
elas, bastante regular. Geralmente, tais degraus, são microterraços soterrados.
ranhuras estão confinadas ao plano frontal do Pequenos terraços são cortados por ondas
degrau, podendo, no entanto, surgir sobre barras em pontal, emergentes de
pobremente desenvolvidas nos patamares cheias. Soterramento posterior preserva a
inclinados. superfície erodida. Os filmes de argila
originam-se não das cheias que depositam as
barras em pontal, mas de subsequentes
inundações menores.
A estrutura pode ser esperada em
depósitos de ambiente de planície de maré.

Mineral. É um elemento ou composto químico


constituído, por norma, por processos
inorgânicos. Sua composição química é
definida e ocorre naturalmente na crosta
terrestre.

Mississipiano (Mississipian). Veja em


Carbonífero.

Mixohalina (mixohaline). Águas cujo teor em


sais, especialmente cloreto de sódio (NaCl),
varia de 0,5 g/l a 30,0 g/l.

Molde de carga. Veja estrutura de


sobrecarga.
Moldes de gretas de contração compostos. Seixos,
areias e lamas preenchem as gretas mais largas. Arenito
Molde de cristal de sal (crystal salt mold). do Grupo Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência: 5,0
Veja impressão de cristal. cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Molde de greta de contração. Ilustração. Molde de greta de contração conectado


Tratam-se de gretas de contração que foram (polygonal crack-cast). Veja em molde de
preenchidas com sedimentos, normalmente greta de contração.
areias ou siltes. O preenchimento pode
conectar as fissuras ou não, resultando Molde de greta de contração desconectada
moldes de gretas de contração conectadas (crack fill ridges). Veja em molde de greta de
(polygonal crack-cast) e moldes de gretas de contração.
contração desconectadas (crack fill ridges),
respectivamente. Quando o material de Molde de greta de contração simples. Veja
preenchimento é homogêneo trata-se de em molde de greta de contração.
molde de greta de contração simples e
quando envolve areia e lama, por exemplo Molde de marmita (toroid). Constituem
(heterogêneo), é dito molde de greta de cópias de marmitas feitas em rocha por
contração composto. redemoinhos em fluxos de água.
São comumente arenosos com
morfologia lembrando o lado ventral de uma
concha de gastrópodo (veja gastropoda em
molusco).
Diferem das marcas de deslizamento
por possuírem uma estrutura e textura interna
homogêneas.
Podem, externamente, ser lisos ou
mostrar um padrão de marcas de ondulações
espiralado, radial, chamados moldes
ondulados de marmitas (rippled toroids).

Molde de oólito (oolicasts). Veja em


concreção.
Moldes de gretas de contração. Arenitos do Grupo
Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência|: 30 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Molde de pisólito (oolicasts). Veja em
concreção.
Molde de greta de contração composto.
Ilustração. Veja em molde de greta de Molde ondulado de marmita (rippled
contração. toroids). Veja em molde de marmita.

Molusco (mollusc). São animais de corpo mole


que podem ou não ter carapaças (conchas).
Quando as possuem podem ser externas (p. ex.
caracol) ou internas (p.ex. lula), ocupam
“habitats” aquáticos ou terrestres.
As quatro classes mais conhecidas, há
oito no total, são Gastropoda (ilustração A),
Cephalopoda (ilustração B), Bivalvia (ilustração
C) e Monoplacophora (ilustração D). Animais da
primeira classe possuem a concha no dorso e
deslocam-se sobre a parte ventral (“pé”), os da
segunda classe possuem a cabeça bem
desenvolvida, os da terceira tem uma concha
com duas placas (valves) e a quarta é a classe
daqueles moluscos que possuem apenas uma
placa protetiva.

C. Bivalvia. Donax trunculus. Disponibilizado:


10.10.2012. Acesso: 07.04.2019. Créditos: Didier
Descouens. Coleção do Museu de Toulouse. Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Donax_trunculus
_MHNT.jpg.

A. Gastropoda. Cepeaea nemoralis. Disponibilizado:


16.06.2006. Acesso: 07.04.2019. Créditos: Erbsensuppe.
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sneckesnail1.jp
g.

D. Monoplacophora. Disponibilizado: 06.03.2018.


Acesso: 07.04.2019. Créditos: E.A. Lazo-Wasem.
Coleção do Yale Peabody Museum of Natural History.
Fonte: colletions.peabody.yale.edu/search/Record/YPM-
IZ-021295.

Monroe (monroe). Veja em vulcão de lama.


B. Cephalopoda. Octopus vulgaris. O polvo,
diferentemente da lula, não possui esqueleto interno.
Disponibilizado: 05.08.2006. Acesso: 07.04.2019. Moraina (moraine). Veja em ambiente glacial.
Créditos: Beckmannjan. Fonte:
https://commons.wikimedia.,or/File:Octopus_vulgaris2.jp Morena. Sinônimo de moraina. Veja também
g.
ambiente glacial.

Movimento de massa (mass moviments).


Segundo o Centro Nacional de Monitoramento
e Alerta de Desastres Naturais (COMADEN), a extremamente rápidos, associados a intensas
análise das causas e da espécie de materiais chuvas, que se movimentam encosta abaixo
sujeitos a estes movimentos, permite sua como material viscoso.
classificação em quatro tipos principais, quais Do ponto de vista da Geologia,
sejam: 1. Queda (1a), Tombamento (1b) e depósitos gravitacionais, também conhecidos
Rolamento (1c). 2. Deslizamento (2a) ou como depósitos por processos de
Escorregamento (2b). 3. Corrida de massa ressedimentação (resedimentation processes),
(Fluxo de Detritos e Fluxo de lama). 4. resultam dos movimentos de massa ou fluxos
Subsidência e Colapsos. gravitacionais (gravity flow). Entre eles, podem
ser citados os depósitos de tálus (talus
deposits), depósitos de fluxos de detritos
1a 1b 1c (debris flow deposits), depósitos de fluxos
fluidificados (fluidized flow deposits), depósitos
de corridas de lama (mudflow deposits),
depósitos de deslizamento (slide deposits) e
depósitos de escorregamento (slump deposits),
depósitos de rastejo de solo (soil creep
deposits), etc.
Os depósitos de tálus se constituem
dominantemente por fragmentos de rocha de
2a 2b
tamanhos avantajados, angulosos, mal
classificados, pouco ou nada estratificados,
sedimentados no sopé de vertentes de áreas
íngremes.
3 4 Os depósitos de tálus raramente são
preservados no registro geológico devido à
Tipos principais de movimentos de massa, segundo o
erosão, transporte e redeposição de seus
COMADEN. Fonte: modificado de componentes.
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter0 Depósitos de fluxos de detritos são
9g.html, http://www.aegweb.org/?page=LandSubsidence, compostos por clastos grossos com dimensões
https://www.cemaden.gov.gov.br/deslizamentos. diversas, por areia e por lama (esta mais
escassa). A velocidade de deslocamento do
A Queda abrange movimentos fluxo é de 1 metro/anual podendo atingir 2
gravitacionais de queda livre de fragmentos km/minuto.
rochosos em cortes íngremes. Caso o Os depósitos, associados a ambiente
fragmento seja lançado para fora da parede em leque aluvial (ilustração A), podem mostrar
verticalizada (graças às rupturas curvas) tratar- disposição caótica dos elementos maiores, um
se-á de Tombamento. No entanto, se o reflexo da escassez de água no processo,
fragmento de rocha rolar encosta abaixo o porém, caso tenha existido maior fluidez (fluxo
movimento será Rolamento. de detritos submerso, ilustração B), podem
Deslizamentos ou Escorregamentos surgir camadas gradacionais.
correspondem a movimentos do solo e de
fragmentos rochosos que ocorrem na interface,
solo/rocha. Caso a superfície de ruptura seja
encurvada para a porção superior (no formato
de uma colher com a parte funda voltada para
onde se iniciou o deslizamento), associada a
movimento de rotação, trata-se de
Deslizamento Rotacional. No entanto, se
eventualmente o escorregamento ocorrer em
superfície plana, sem rotação, é denominado
Escorregamento Translacional.
As Corridas de Massa, fluxos de lama
e detritos rochosos maiores, são movimentos
liquefação).
Segundo alguns autores, depósitos de
fluxos de grãos, se devem a ocorrência de
pressão dispersiva com interação grão-a-grão.
As areias são dominantes (os seixos são
secundários) se depositam como uma camada
maciça, mas com gradação inversa próxima à
base. Os contatos inferior e superior da camada
são abruptos.

Arenito lenticular
6
5m

5
4
Arenito seixoso

A. Leque aluvial. Seção vertical de debrito com camada 2


gradacional inversa (a seta indica o aumento da 1
granulometria para o topo). Modificado de Heward 1978.
Fluxo fluidificado. Depósito gravitacional, composto por: 1.
Contato inferior erosivo com estruturas de sobrecarga e
estruturas em chama. 2. Fácies seixosa com camada
1 gradacional inversa. 3. Fácies seixo-arenítica maciça. 4.
Fácies seixo-arenosa com estratificação paralela horizontal
e camada gradacional. 5. Fácies areno-seixosa gradacional.
6. Fácies arenítica com estruturas em forma de pires,
2 estruturas convolutas e estruturas de escape de água. 7.
Contato superior abrupto ou irregular (vulcões de areia).
Modificado de Middleton e Hampton 1976 e Lowe 1982.

3 Os depósitos de debrito submarino, de


fluxo fluidificado (aí incluído os depósitos de
4
fluxo de grãos) e os turbiditos são fácies
geneticamente associadas, pois, originadas por
correntes de turbidez (ilustração).
B. Debrito submarino. Perfil vertical de depósito de fluxo
de detritos submarino. 1. Clastos grandes afloram na parte
superior. 2. Nível desestruturado. 3. Nível com incipiente
gradação. 4. Contato inferior erosivo. É uma das fácies
possíveis geradas por correntes de turbidez. Não há escala
no esboço, pois, a espessura do perfil varia conforme o local
da descrição. Modificado de Middleton e Hampton 1976.

Depósitos de fluxos fluidificados


também chamados de depósitos de fluxos de
grãos (ilustração) são aqueles onde há feições
originadas pela ascensão da água contida em
sedimentos por aumento da pressão litostática
(veja estrutura de escape de água e também
distância percorrida pelos sedimentos antes de
sua deposição. Os depósitos de
CORPO
escorregamento percorrem distâncias maiores
A
e suas camadas se apresentam menos
CABEÇA
deformadas do que as de deslizamentos.
O lento deslocamento de solos (em
torno de 0,1 m/ano) e de rochas desde áreas
com relevo positivo no sentido da região mais
baixa, dá origem aos depósitos de rastejo de
solo (soil creep) e de rastejo de rocha (rock
creep).
Os chamados solos coluviais ou
colúvios são, em geral, maciços, constituídos
CAUDA
B predominantemente por areia e lama com
CORPO fragmentos de rochas mais esparsos.
LAMA SUSPENSA Veja turbidito, estrutura de
deslizamento, estrutura de escorregamento e
deslizamento.
CABEÇA

Corrente de turbidez e seus depósitos. A. Rampa

N
submersa com baixo mergulho. O deslocamento é lento, a
“cabeça” da corrente é menos espessa que o “corpo” o que
dá origem a deposição debritos (fluxo de lama). B. Rampa
submersa com crescente mergulho. Há o aumento da
velocidade da porção frontal o que reduz a espessura do
“corpo” e aumenta o tamanho da “cabeça”. A velocidade
coloca a lama em suspensão e os detritos mais grossos Nível hidrostático (hydrostatic level). Veja em
seguem na base da corrente (carga de fundo) pendente
abaixo. O depósito final será constituído pelas fácies de um zona de cimentação.
turbidito clássico, não sem antes gerar os depósitos de fluxo
fluidificado e de grãos. Modificado de Middleton e Hampton Nódulo (contraction spheroids, nodules).
1976. Ilustração. Estrutura que identifica corpos
irregulares tuberosos de composição distinta da
Depósitos de corridas de lama, tanto rocha na qual estão contidos. Podem ser de
submersos quanto subaéreos, são mal origem primária ou secundária.
classificados, pois, além da lama que é a
granulometria dominante, neles ocorrem areias
e seixos, estes mais raros. O deslocamento do
material se faz declive abaixo com velocidade
variável que pode chegar, dependendo do
mergulho e do meio onde o evento ocorra
(subaéreo ou subaquoso), a 3 m/s.
Ocasionalmente o fluxo migra dentro de canais
escavados por fluxos anteriores.
As sedimentações devidas a
deslizamento (sliding) e escorregamento
(slump) no meio aquoso (também podem ser
subaéreas) ocorrem pela desestabilização de
depósitos assentados sobre substrato
inclinado. Dividem-se em depósitos de
escorregamento e de deslizamento. A Nódulos. Vários corpos nodulares de pirita desenvolvidos
classificação é feita com base em dois em pelito (veja em Rocha Sedimentar Clástica) da
Formação Rio Bonito, Permiano, RS, BR. Testemunho de
parâmetros: o grau de deformação interna das sondagem cedido pela CPRM. Referência: escala em
camadas que constituem o depósito e a centímetros. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
marcas de ondulações ou marcas de
São muito comuns os nódulos de sílex, ondulações gigantes com altura e comprimento
manganês, calcário, limonita, hematita, etc. definíveis, determinando uma razão baixa do
Veja também concreção. comprimento sobre altura em relação à razão
das dunas.
Nódulo de manganês (manganese nodule). Os hidrodinamistas classificam tais
Veja em ambiente marinho. estruturas sob a denominação de marcas
ondulares bidimensionais (formas 2D).
Nódulo septário (septarian nodules). Veja Estas estruturas podem se apresentar
septária. de acordo com a dimensão, como:
1. Pequenas ondas de areia: 60 cm a
Número de Froude (Froude number). Veja em 30 metros de comprimento de onda.
regime de fluxo. 2. Grandes ondas de areia: mais do
que 30 metros de comprimento de onda.
Novaculita (novaculite). Veja em Rocha As ondas de areia possuem cristas
Sedimentar Química. retas a sinuosas, que formam ângulo reto com
o fluxo da corrente. As calhas apresentam
Nunatak. Veja em ambiente glacial. erosão uniforme e o lado de montante mostra
um relevo baixo.
Ondas de areia são formadas por
correntes de velocidades moderadas,
intermediárias entre aquelas necessárias para

O formar marcas de ondulações e dunas.


Para alguns autores, o termo onda de
areia envolve qualquer tamanho de marcas de
ondulações.
Também se formam ondas de lama
Oásis (oasis). Veja em ambiente eólico. (mud waves) nos fundos oceânicos.
Quando estas ondulações se deslocam
Olistoglifo (olistoglyph). Veja em hieroglifo. no sentido da corrente são denominadas ondas
de areia progressivas (progressive sand
Olistolito. Veja bloco escorregado. waves).
Olistostroma. Camada resultante do acúmulo Onda de areia piroclástica (ring-like sand
de sedimentos que sofreram deslizamento, wave). São areias depositadas nos flancos de
resultando, normalmente, uma camada maciça. vulcões sobre cinzas vulcânicas (volcanic ash),
arranjadas concentricamente em torno da
Oncólito (algal pebbles, algal pisolites, cratera. Possuem cristas longas que variam de
oncolites). Estromatólitos como concreções, uniformemente curvadas a levemente
mostrando uma estrutura interna concêntrica. sinuosas.
A forma varia de esferoide a Os comprimentos de onda variam de 2
subesferoide e é devida ao processo de metros a 20 metros.
crescimento de algas em torno de um núcleo Podem ser progressivas, estacionárias
alóctone, o qual determina, em certo grau, a ou regressivas.
morfologia. São muito característicos em Estão comumente associadas com
calcários (veja Rocha Sedimentar Química e sulcos radiais piroclásticos.
também Rocha Sedimentar Orgânica).
Quando de tamanhos diminutos, Onda de areia progressiva (progressive sand
podem ser denominadas algas pisolíticas wave). Veja em onda de areia.
(pisolitic seaweed).
Onda de areia regressiva (regressive sand
Onda de areia (bar, diminished dune, rippled wave). Veja em marca de ondulação
sand waves, sand waves, scaloid sand waves, regressiva.
simple sand wave, transverse bar). Mega
Onda de lama (mud waves). Veja em onda de cársticas similares as marcas de ondulações
areia. por corrente, originadas sobre superfícies
calcárias inclinadas. As cristas sinuosas têm
Onda empilhada por ação de carga. Veja comprimento em torno de 25 cm. São
marca de ondulação empilhada. assimétricas em perfil vertical, transversais ao
fluxo de água que passa pela superfície.
Onda progressiva de areia (progressive sand Em declives verticais a sobresselentes,
waves). Veja ondas de areias progressivas em o lado de jusante é mais íngreme, mas sobre
onda de areia. aqueles ressaltados, o mais íngreme indica a
montante.
Onda regressiva de areia. Veja marca de A relação com as marcas de
ondulação regressiva. ondulações cársticas pode ser sugerida para
sua origem devido ao padrão de assimetria da
Ondulação de corrasão (corrasion rills, crista.
corrasion ripples). Feições ondulares Veja também marca de ondulação por
originadas em qualquer superfície, mas solução.
principalmente em calcários (veja Rocha
Sedimentar Química e também Rocha Oólito (oolites). Ilustração. Veja em concreção.
Sedimentar Orgânica) e dolomitos, produzidas
por ação abrasiva do vento, conduzindo areia e
silte. Podem surgir até mesmo em ventifactos.
As ondulações são paralelas,
regulares, representadas por sulcos e cristas
transversais que muito lembram as marcas de
ondulações combinadas.
Quando presentes no gelo ou neve
endurecida são chamadas sastrugi, ou skavler.

Ondulação de lama (mud ripples). Marcas


erosivas que surgem em uma camada lamosa
que, quando preenchidas, determinam marcas
de sola em arenitos. Lembram pela forma e
tamanho, os tipos mais bidimensionais de Oólitos. Calcário calcítico (veja em Rocha Sedimentar
marcas de ondulações por corrente. Química) com oólitos. Formação Itaboraí, Cenozoico, ES,
Ocasionalmente ocorrem associadas BR. Referência: 1,5 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
aos turboglifos, o que induz a uma origem afim
entre eles.
Ortoconglomerado (orthoconglomerate). É o
Em perfil vertical são relativamente
conglomerado (veja em Rocha Sedimentar
achatadas, mas fortemente assimétricas, com
Clástica) com arcabouço aberto, composto por
um lado mais profundo colocado à montante e
seixos (veja em clasto), areia grossa e cimento
um lado de declive mais suave situado à
químico. A moda principal é a dos seixos e a
jusante.
secundária, das areias. As rochas assim
constituídas são tidas como originadas em
Ondulação por impacto de chuva (rain-
ambiente com águas agitadas.
impact ripples). Marcas ocasionadas por
Divide-se em ortoconglomerado
pingos de chuva em queda oblíqua graças à
ortoquartzito (oligomítico), aqueles compostos
ação do vento. Apresentam-se em forma de
por seixos de quartzo, quartzitos e sílex e
ondulações transversais assimétricas sinuosas,
ortoconglomerado petromítico (polimítico) os
semelhantes às marcas de ondulações por
compostos por seixos e granulometrias mais
adesão. Diferentemente destas, possuem
grossas de rochas ígneas, sedimentares e
maior profundeza na direção de sopro do vento.
metamórficas (veja em rocha).
Ondulação por solução (solution ripples,
Oxidação (oxidation). Veja em intemperismo.
solution ripple marks). Constituem estruturas
P
Padrão em ninho de girino (tadpoles nests
pattern). Veja em marca de ondulação de
interferência.

Padrão ladrilho (wave ripple marks in tile


pattern). Veja em marca de ondulação de
interferência.

Padrão tijolo (wave ripple marks in brick


pattern). Veja em marca de ondulação de
interferência.

Paleocorrente (paleocurrent). Ilustração. A


partir da coleta de dados e da análise das
paleocorrentes é possível determinar a direção
Paleocorrentes. Coluna geológica de sequência de
e o sentido dos fluxos fluidos, da migração de camadas de origem eólica (E), fluvial (F) e deltaica (L, lobos
gelo e movimentos de massa que de suspensão) mostrando, entre outros dados, os
transportaram e depositaram os sedimentos, resultados das medidas de paleocorrentes contidas em
agora rochas sedimentares, num determinado estruturas sedimentares vetoriais. As setas indicam a
direção e o sentido de deslocamento das correntes que
tempo no passado geológico. A par disto, tais originaram os depósitos. Fonte: Nowatzki 1997.
medidas auxiliam na reconstituição
paleogeográfica da antiga região. Paleossolo (paleosoil). Veja em pedotúbulo.
As medidas de paleocorrentes são
tomadas nas chamadas estruturas Paraconglomerado (paraconglomerate).
sedimentares vetoriais (veja em estrutura Também é conhecido como conglomerado
sedimentar), entre elas, as estratificações lamítico, pois, contém poucos (10%) clastos
cruzadas, as marcas de ondulações grossos (seixo, calhaus e até matacões)
assimétricas por onda, as marcas de embebidos em matriz (veja em Rocha
ondulações por corrente, os turboglifos, a Sedimentar Clástica) de lama.
imbricação de seixos (veja em imbricação e Aqueles formados por correntes de
também sulco glacial rombudo). turbidez, geleiras (veja ambiente glacial) e
movimentos de massa subaéreos apresentam
arcabouço fechado.
Estes conglomerados apresentam-se
como (a) paraconglomerados laminados e (b)
paraconglomerados maciços. Nos laminados
os detritos grossos deformam as laminas (veja
clasto pingado) do lamito (veja em Rocha
Sedimentar Clástica). Os maciços podem ser
tilitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) ou
till (veja em ambiente glacial) se não
consolidados. A designação tiloides (também
diamictitos) é usada caso sua origem não seja
glacial.
Para marca de ondulação (para-ripples).
Termo empregado quando marcas de Peiroglifo (peiroglyph). Estrutura que corta
ondulações ocorrem em calcários (veja em outra como, por exemplo, os diques
Rocha Sedimentar Química e também em sedimentares e as estruturas cilíndricas.
Rocha Sedimentar Orgânica); as cristas podem
ser simétricas ou assimétricas. Pelágica (pelagic). Região marinha que não a
São marcas de baixa amplitude. zona litorânea.

Partícula (particle). Veja em Rocha Sedimentar Pelito. Veja em Rocha Sedimentar Clástica.
Clástica.
Pelota de argila (clay ball). Veja galha de
Partição (partition). É o rompimento de alguns argila.
cristais ou rochas ao longo de superfícies lisas,
mas que não necessariamente são paralelas às Pelota fecal (faecal pellets, fecal pellet). São
faces do mineral ou à estratificação da rocha. excrementos de pequena envergadura, não
raro, microscópicos, produzidos por populações
Pascichnia. Veja traço de pastagem. bentônicas. Quando fossilizados podem ser
chamados de coprólitos.
Pedotúbulo (gleyed, plant roots, reed cast, Para alguns, coprólito é termo para
root-borings, root cast, root dirupted). fezes fossilizadas de vertebrados, enquanto
Estruturas tubiformes, ramificadas ou não, pelotas fecais dizem respeito aos
verticais ou inclinadas, que representam tubos invertebrados.
de raízes preenchidos ou não por sedimentos. A matéria fecal pode ser transportada
São similares à estrutura tubular. Algumas ou não.
vezes encontram-se as próprias raízes Quando autóctones, podem originar
carbonizadas. Ilustração. leitos biogênicos primários de pelotas fecais
que se assentam sobre poucos leitos
sedimentares fortemente bioturbados [grau 4
de classificação de bioturbação (veja em
estrutura de bioturbação)], graças à densa
população de organismos bioturbadores. Neste
caso, podemos encontrar, em um único perfil,
muitos leitos biogênicos primários de pelotas
fecais.
Quando alóctones, podem ser
depositados em calhas de marcas de
ondulações, produzindo estratificação flaser ou
mesmo leitos bem desenvolvidos. No caso, são
denominados leitos biogênicos secundários de
Pedotúbulos. Solo arenoso de pós-praia (veja em ambiente
pelotas fecais, que podem cobrir um leito
praial) marinho. Quaternário, RS, BR. Referência: 5,0 cm de imperturbado (grau 0 da classificação de
∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. bioturbação).
A forma da matéria fecal pode admitir
Os conjuntos de pedotúbulos (solo padrões elípticos, alongados, arredondados ou
pedotubulado, gleyed subsoils) em mesmo em filetes, produzidos por animais que
afloramentos de paleossolos (paleosoil), solos evacuam em andamento. Ilustração.
fossilizados, determina uma estrutura
mosqueada facilmente reconhecida pelas cores
contrastantes entre o mosqueamento e o solo
hospedeiro.
Veja também duna dikaka.

Pedra (cobble). Sinônimo de calhau. Veja em


clasto.
suas características microscópicas em seções
delgadas ou por microscopia eletrônica.

Petrologia (petrology). Ramo da Geologia que


estuda a origem das rochas (petrogênese), a
sua descrição e classificação (petrografia).

Petrologia sedimentar (sedimentary


petrology). Ramo da petrologia que trata da
composição, propriedades e gênese dos
sedimentos e dos sedimentitos.

Petrofábrica. Sinônimo de fábrica.


Pelota fecal. Matéria fecal alóctone alongada e em filete.
Amostra de arenito da Formação Rio do Rasto, Permo-
Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Pisólito (pisolites). Ilustração. Veja em
Henrique Nowatzki. concreção.

As pelotas fecais, quando


acumuladas, originam leitos lamosos.
Algumas pelotas de glauconita tem
origem fecal, formada pela alteração de argilo-
minerais das fezes.

Pequena cratera de praia. Veja vulcão de


areia.

Pequena duna regressiva. Veja em marca de


ondulação regressiva.

Pequena marca de ondulação. Veja em


marca de ondulação.
Pisólitos. Calcário calcítico (veja em Rocha Sedimentar
Pequena onda de areia regressiva. Veja em Química) com pisólitos. Formação Itaboraí, Cenozoico, ES,
marca de ondulação regressiva. BR. Referência: 1,5 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
Período (period). Um Período, unidade
Pista contínua (trails). São sulcos ou marcas
geocronológica, é uma divisão de uma Era,
Corresponde a Sistema (system), contínuos originados pela passagem de um
animal sobre, abaixo ou através da camada
uma unidade cronoestratigráfica.
sedimentar. São causados por animais
Permafrost. Veja solo permafrost. desprovidos de patas.
Permeabilidade (permeability). Corresponde a
Pista descontínua (tracks, trackway, trails).
propriedade de qualquer material, no caso
específico uma rocha, para transmitir um fluido, Ilustração. São impressões únicas,
frequentemente em séries, produzidas por pés
ou seja, para permitir sua passagem.
ou outros apêndices, ou ainda conjugadas com
Petrogênese (petrogenesis). Origem das a pista do corpo.
rochas.

Petrografia (petrography). Compreende a


descrição e a classificação das rochas ígneas
(veja em rocha), metamórficas (veja em rocha)
e sedimentares (veja em rocha) analisando
Tais superfícies são visíveis graças
às modificações de textura, cor ou composição
de uma camada para a outra.
Estes planos não apresentam
espessura, mas uma extensão em área
equivalente às camadas que os limitam.
Este termo deveria ser usado apenas
para pacotes sedimentares mais recentes,
enquanto plano de partição (parting plane,
splitting plane) deveria ser usado para
sedimentos antigos, uma vez que nem sempre
os planos de partição correspondem
exatamente aos planos de estratificação.
Veja também lineação de partição.

Pista descontínua. Pistas deixadas por dinossauro em leito


de lamas. A superfície do nível lamoso está coberta por
gretas de contração. Formação Souza, Cretáceo, PE, BR.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Plano de estratificação. A camada arenítica inferior está
Pista fóssil (fossil track). Veja icnofóssil. limitada, no topo, por fino leito de pelitos (seta) que limita,
em sua porção superior, a camada arenítica sobreposta.
Plâncton (plankton). Veja em planctônico. Grupo Guaritas, Proterozoico, RS, BR. Referência: 2,0 cm
de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Planície de lavagem (outwash plain). Veja em


Plano de partição (parting plane, splitting
ambiente glacial.
plane). Ilustração. Veja em plano de
estratificação.
Planície deltaica (delta plain). Veja em
ambiente deltaico.

Planície de maré (tidal plain). Veja ambiente de


planície de maré.

Plano de estratificação (bedding planes,


bedding surfaces, boundary surface,
stratification surface). Ilustração. Representa
uma superfície de não deposição, mudança
abrupta nas condições de deposição ou uma
fase erosiva e, usualmente, serve como área de
deposição para a camada subsequente.
As superfícies de estratificação são
Plano de partição. A amostra de siltito foi aberta no limite
comumente conhecidas como planos de entre duas lâminas. Grupo Itararé, Neocarbonífero-
estratificação. Eopermiano, SC, BR. Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos:
Carlos Henrique Nowatzki.
Porosidade secundária (secondary porosity).
Plano de desbaste (shear planes). Veja em Veja em empacotamento.
estrutura de avalanche.
Pressão litostática (litostatic pressure). Veja
Plano laminar (laminar surfaces). Tratam-se em coluna litostática.
de planos, dentro de uma camada, que marcam
as leves flutuações nas condições físicas Prisma de arenito (sandstone prism). Consiste
deposicionais. São responsáveis pela limitação em diaclasamentos colunares de arenito,
das lâminas de uma camada. formando prismas hexagonais, pentagonais,
Veja também laminação. etc., que se dispõem perpendicularmente ao
contato com corpos ígneos intrusivos e
Planctônico (plantonic). O termo faz referência extrusivos (veja em rocha).
aos seres (ou a suas características) Tais feições resultam do
denominados plânctons (plankton) que flutuam metamorfismo de contato.
na porção mais superficial dos oceanos e lagos.
Processo de ressedimentação
Plataforma continental (continental shelf). (resedimentation processes). Veja em
Veja em ambiente marinho. movimento de massa.

Playa lake. Veja lago de deserto em ambiente Pró-delta. Veja em ambiente deltaico.
eólico.
Proglifo (proglyph). Termo aplicado para
Polígono de areia (pseudo mud cracks, sand hipoglifos (veja em hieroglifo), que representam
polygons). Estrutura poligonal, em planta, o preenchimento de marcas encontradas no
constituída de curtos diques sedimentares plano de estratificação, como, por exemplo, as
arenosos de grossa granulometria, originados, marcas de sulcos lavrados por objetos ou
muito provavelmente, pela ascensão de água marcas de sulcos lavrados por corrente.
que invade uma camada mais fina.
Variam de poucos centímetros até Protista. Correspondem a organismos que não
mais de um metro de diâmetro. pertencem aos reinos Animalia (animais no
sentido estrito), Plantae (plantas) ou Fungi
Polígono de detrito (dirt polygons). Estruturas (fungos).
poligonais limitadas por cristas que acumulam São também designados como
minerais e restos orgânicos. Protoctistas.
As depressões entre as cristas são
rasas e variam de 30 cm a 50 cm em seção, Protoctista. Sinônimo de protista.
sendo em planta, equidimensionais ou
alongadas. Proveniência (provenance). É a busca pela
Surgem rapidamente durante a origem de determinados sedimentos
insolação sobre a neve, determinando um depositados em uma bacia sedimentar.
padrão de correntes de convecção aliado com A “procura” é realizada por todos os
redemoinho de vento. Os detritos originalmente processos pelos quais o sedimento estudado
dispersos sobre a neve podem ser passou antes de ser depositado.
concentrados como cristais durante a sua Além da coleta de dados em
fusão. afloramentos e testemunhos, são analisados
os obtidos em microscopia óptica,
Porosidade (porosity). Corresponde a relação microscopia eletrônica e investigação
entre o volume de vazios e o volume total de química.
uma rocha (ou solo). Esta relação é expressa O estudo pode revelar não só a
em porcentagem do volume total. área-fonte e a rocha-mãe (veja em rocha),
mas também o paleoclima, o paleorrelevo, a
Porosidade primária (primary porosity). Veja distância e a direção do transporte, etc.
em empacotamento.
Psamito (psammite). Sinônimo de arenito.
Veja também Rocha Sedimentar bolsters, flow-fold, flow layer, flow structure,
Clástica. force-aparts, founder and load structures,
hassock bedding, hassocks, hassock
Psefito (psephite). Sinônimo de rudito. structure, intra-stratal flowage, intrastratal
Veja em Rocha Sedimentar Clástica. flowage phenomena, isolated load balls,
isolated sandstone load balls, kneaded
Pseudocamada. Veja estrato transladante e sandstone, load balls, load cast, mammillary
também marca de ondulação cavalgante fora structure, pillow, pillow form structure, pillow
de fase. structure, pseudonodules, quake sheet, rolled-
up pebbles, rolls, sanstone balls, sandstone
Pseudo-estrutura de bioturbação (pseudo- flow, slump rolls, snow ball structure, spiral
lebensspuren). Tratam-se de estruturas structure, storm roller). Ilustração. Constituem
inorgânicas que lembram lebensspuren (veja estrutura de deformação penecontemporânea
em estrutura de bioturbação). com formatos esferoides, oblatos, elipsoidais,
Veja também icnofóssil. de rins, ou de grandes cogumelos invertidos.
São massas arenosas que podem estar parcial
Pseudogreta de contração (false mud ou totalmente isoladas dentro de uma matriz
cracks). Desenho poligonal, semelhante às (veja em Rocha Sedimentar Clástica) pelítica,
gretas de contração, originadas por atividade existindo registro destas feições em calcários
animal. Trata-se de icnofóssil. (veja em Rocha Sedimentar Química e também
em Rocha Sedimentar Orgânica).
Pseudomarca de ondulação (creep wrinkles,
crinkle marks, pseudo ripple marks, pseudo-
ripples). Pequenas dobras ou corrugações no
plano de estratificação, perpendiculares à
direção do movimento.
Originam-se atectonicamente por
deslizamentos provocados em planos
inclinados ou por esforços tectônicos.
É possível ainda que, graças à
erosão estabelecida sobre um depósito
preexistente, origine-se feição que, em planta
ou corte, lembre marcas de ondulações com as
quais podem ser confundidas. Ilustração. Pseudonódulos. Arenitos intercalados a leito de pelito (veja
em Rocha Sedimentar Clástica) no qual se encontram as
feições em apreço, balizadas pela cabeça do martelo. Grupo
Marica, Neoproterozoico, RS, BR. Referência: 30 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Originam-se, provavelmente, a partir


de movimentos verticais bruscos ou
catastróficos de sedimentos mais densos
(comumente areias), assentados sobre
sedimentos menos densos como pelitos (veja
estrutura de sobrecarga). Isto faz com que o
corpo arenoso se fracione e seja englobado
pelo pelito.
Às vezes, somente um fino fio
Pseudomarcas de ondulações. Feição erosiva vista em arenoso conecta a estrutura com o arenito
seção no limite entre dois leitos de arenito. Formação Rio do
Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. sobrejacente.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. São similares às marcas de
ondulações empilhadas na sua face externa,
Pseudonódulo (ball-and-pillow-form structure, porém, internamente, faltam-lhes a laminação
ball-or pillow-form structures, ball structure, cruzada que caracteriza as marcas de
ondulações. Originalmente possuíam uma
laminação paralela horizontal que se tornou
uma laminação côncava para cima ou
completamente distorcida, sendo, neste caso,
R
chamada por alguns como estrutura em bolas e
almofadas (ball-and-pillow structure), rolos de
fluxo (flow rolls, sand rolls) ou bolas de Radiolário (radiolarian). Veja em Rocha
escorregamento (slump balls). Sedimentar Orgânica.

Pseudonódulo enrugado (crumpled ball). São Radiolarito (radiolarite). Veja em Rocha


pseudonódulos fortemente irregulares, cujas Sedimentar Orgânica.
superfícies se apresentam corrugadas.
Ranhura circular (scratch circles). Tratam-se
Pterópodo (pteropod). Ilustração. São de marcas circulares ou semicirculares,
moluscos gastrópodos cujo pé é expandido concêntricas, que geralmente gravam areia ou
como lobos usados na natação. lama, por ação de objetos agudos ancorados no
Suas conchas constituem vasas no centro da sequência de curvas, estando livres
Fundo Oceânico (ocean floor) (veja em para oscilar ou rotar horizontalmente, podendo,
ambiente marinho). assim, marcar o substrato.
Os objetos geradores podem ser
folhas arqueadas e caules flexíveis que se
movimentam por ação do vento ou da água.
Para outros (Seilacher, 1953, por
exemplo), a estrutura seria originada por
animais sésseis cujos tentáculos raspam os
sedimentos a busca de alimento.

Raspa de argila. Veja galha de argila.

Recalque por sobrecarga. Veja estrutura de


sobrecarga.

Recife (reef). É uma formação rochosa situada,


em geral, próxima à costa a pouco
profundidade. Há recifes cuja parte superior
fica, senão permanentemente, pelo menos
regularmente exposta.
Na costa nordestina brasileira
ocorrem rochas sedimentares clásticas
originadas em antigas zonas de praia, as quais,
com a elevação do nível do oceano, ficaram
parcialmente submersas. São chamadas de
recifes de pedra (stone-reef ou beach-rocks),
sendo o arenito seu principal componente.
As formas de recifes mais conhecidos
são:
Pterópodo. Clione limacina. Créditos: Matt Wilson, Jay 1. Recife franjado (fringing reef),
Clark, NOAA NMFS AFSC. Disponibilizado: 20.01.2010. disposto paralelamente à costa da qual se
Acesso: 08.04.2019. Fonte: separa por um estreito canal. O lado voltado
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sea- para o continente tem suave declive, mas o
angel_vertical.jpg.
oposto, apresenta brusca declividade.
2. Recife de barreira (barrier reef), é
semelhante ao recife com franja, mas a
separação entre costa e oceano é feita por um
canal profundo e largo.
3. Recife de corais (coral reef), são
dominantes em águas de regiões tropicais.
Nelas algas, corais, outros animais e vegetais
com esqueletos calcários (veja em Rocha
Sedimentar Orgânica) constituem a estrutura.
4. Atol (atoll), são recifes circulares
construídos, dominantemente, por corais,
disposto, não raro, sobre a cratera de um vulcão
submerso. A parte central é ocupada por uma
laguna (veja em ambiente lagunar) conectada
ao oceano por diversos canais.

Recife-barreira (barrier reef). Veja em recife. Formas de leito. O esboço associa os regimes de fluxo às
formas de leito. Fonte: Reineck e Singh 1980, modificado
por Mendes 1984.
Recife de corais (coral reef). Veja em recife.
No regime de fluxo inferior (Fr<1) é
Recife franjado (fringing reef). Veja em recife.
que surgem as pequenas marcas de
ondulações. Caso o número se aproxime de
Recife de pedra (stone-reef, beach-reef). Veja
zero ou se estabilize lá (inexistência de
em recife.
movimento), os sedimentos mais finos (lamas)
irão se depositar como leitos planos com
Regime de fluxo (flow regime). Corresponde a
laminação paralela horizontal.
condição hidráulica que tem como base o
Por outro lado, a medida em que a
número de Froude ( Froude number).
velocidade da corrente aumenta, as marcas de
O número de Froude (Fr) é usado
ondulações também aumentam de dimensão
para descrever os diferentes regimes de fluxo
(ondas de areia e dunas) deixam de apresentar
de canal aberto. O número é adimensional,
cristas retas (formas 2D), sendo substituídas,
sendo uma razão de forças inerciais e
paulatinamente, pelas ondulações com cristas
gravitacionais, o que é expresso pela fórmula:
sinuosas (formas 3D).
Quando Fr = 1 o regime de fluxo será
transicional ou crítico, havendo um equilíbrio
entre transporte e deposição.
O regime de fluxo superior (Fr>1) é
aquele onde a velocidade da corrente começa
a erodir as formas de leito existentes e
Na equação, V é a velocidade da
transporta as lamas, corrente abaixo.
água, g é a gravidade e D a profundidade do
As areias sedimentam-se como leitos
canal. Desta forma, se Fr = 1, o fluxo será
planos com estratificação paralela horizontal.
crítico, se Fr> 1, o fluxo será rápido, ou seja,
As partículas arenosas e as granulometrias
supercrítico, mas se Fr<1, o fluxo será inferior
maiores passam assentar-se como camadas
ou subcrítico.
planas com estratificação paralela horizontal.
A expressão, regime de fluxo é
Sendo novamente aumentada a
empregada na definição do processo
velocidade do fluxo, os sedimentos arenosos
transportante de sedimentos e das estruturas
começam a se ondular outra vez, mas eles
sedimentares que o depósito apresentará
tenderão a deslocar-se corrente acima: são as
(ilustração). Divide-se em: regime de fluxo
marcas de ondulações regressivas.
inferior, regime de fluxo crítico e regime de fluxo
superior.
Redução (reduction). Veja em intemperismo.

Reoglifo (rheoglyph). Veja em hieroglifo.


Reologia (rheology). Estuda a viscosidade, a fluidos sob grandes pressões e temperaturas,
plasticidade, a elasticidade e o escoamento da durante largo período.
matéria, em geral. Veja também Rocha Sedimentar
Clástica, Rocha Sedimentar Química e Rocha
Reotática. Refere-se a uma espécie de fábrica. Sedimentar Orgânica.

Repichnia. Veja traço de rastejamento. Rocha-fonte (source rock). Sinônimo de rocha-


mãe.
Ressedimentação (resedimentation). Veja Veja em rocha.
processos de ressedimentação em movimento
de massa. Rocha-hospedeira (host rock). Veja em rocha.

Restinga (beach ridge). Veja em ambiente Rocha ígnea (igneous rock). Veja em rocha.
lagunar.
Rocha-mãe. Veja em rocha.
Retículo poligonal seixoso (ice wedge
polygons). Veja em greta de congelamento. Rocha metamórfica (metamorphic rock). Veja
em rocha.
Ritmito (rhythmite). Veja em estratificação
finamente interacamada. Rocha sedimentar (sedimentary rock). Veja
em rocha.
Ritmito de maré. Veja estratificação de maré
em estratificação finamente interacamada. Rocha Sedimentar Clástica (clastic
sedimentary rock). São as rochas sedimentares
Ritmito gradacional. Veja estratificação (veja em rocha) compostas por clastos
finamente interacamada. originários de pré-existentes aflorantes, graças
a atuação do intemperismo.
Ritmito sazonal (seasonal rhythmite). Veja em Após a ação intempérica, os detritos
estratificação finamente interacamada. liberados da rocha-mãe sofrem erosão para,
após o transporte, serem depositados em uma
Rocha (rock). Rocha, um agregado natural de bacia sedimentar, local de ocorrência da
minerais, é encontrada na crosta terrestre. diagênese.
Também estão aí incluídas àquelas compostas A análise de uma rocha clástica inicia
por restos orgânicos e por vidro vulcânico. com a observação de suas partículas. Elas são
Quando um litossoma (sinônimo de os clastos de maior dimensão observada em
rocha) contém, por exemplo, um fóssil ou uma uma dada amostra ou em um afloramento. O
concreção, diz que ela, a rocha, é uma rocha- tamanho propriamente dito não importa pelo
hospedeira (host rock). menos num primeiro momento, mas sim que
As rochas expostas na superfície são eles sejam os maiores detritos ou fragmentos
submetidas a ação do intemperismo. Os observados. Também não é considerada a sua
produtos resultantes destes processos podem composição quer sejam minerais, fragmentos
vir a formar outra rocha. Àquela de onde os de rochas ígneas, metamórficas ou de outras
materiais provieram são designadas rocha- sedimentares.
mãe. A textura deste grupo de rochas é
De acordo com a sua origem são baseada nas propriedades fundamentais de
classificadas como: (a) Rocha Ígnea, se suas partículas que é tamanho, forma,
proveniente da direta consolidação do magma, arredondamento e superfície.
(b) Rocha Sedimentar, se oriundas da Os tamanhos das partículas são
consolidação de detritos de rochas pré- enquadrados, numa avaliação expedita, na
existentes, da cristalização de produtos escala granulométrica de Wentworth (veja em
solubilizados no meio aquoso ou, ainda, do clasto), em maiores do que 2 mm (seixo, pedra
acúmulo de restos orgânicos, (c) Rocha e matacão), entre 2 mm e 0,062 mm (areia) e
Metamórfica, quando tem origem a partir de abaixo de 0,062 mm (silte a argila).
rochas pré-existentes submetidas a ação de
Se a rocha clástica for composta por
partículas maiores do que 2 mm será
classificada como psefito (também rudito,
rudite), se, contudo, elas foram areias,
constituirão um psamito (também arenito,
arenite), e, finalmente, se forem silte e/ou argila,
serão pelitos (pelite, também lutitos, lutite).
Caso o pelito seja composto por uma
mistura de silte e argila, podem ser
denominados lamitos. Contudo, será siltito se
dominar a fração, silte ou argilito se o domínio
for da argila.
Os psefitos podem ser
conglomerados se os seixos forem 3cm
arredondados, denotando longo e vigoroso
transporte, ou brechas, se eles possuírem
cantos e vértices agudos, significando curto Brecha. Seixos em matriz de lamas cimentadas por calcita
deslocamento. e óxido de ferro. Formação Irati, Permiano, RS, BR.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Após a identificação do tamanho das
partículas, segue-se a avaliação de outro
As argilas quando ocupam os espaços
componente detrítico, a matriz, cujos clastos
entre os clastos de rochas com granulometrias
apresentam dimensões menores do aquele que
maiores (arenitos ou psefitos) também podem
foram considerados partículas. Por esta razão,
ser considerados cimentos. Tanto para os
os detritos que em uma rocha clástica foram
pelitos como para outras rochas com
considerados matriz, em outra podem ser
abundante matriz desta fração, apenas a
partículas. Exemplo: na rocha 1, os seixos
compactação já bastaria para promover a união
foram considerados partículas e as areias,
entre os fragmentos.
matriz; na rocha 2 as areias poderão
O estudo da forma das partículas tem
corresponder às partículas e os siltes, se
como parâmetro a esfera, pois, os detritos de
ocorrentes, à matriz.
rochas tendem a assumir esta configuração
O cimento, elemento ou composto
após sofrerem intemperismo, erosão e
químico que preenche os poros e interstícios
transporte. A esfera, além de ser a forma que
existentes entre os clastos e a matriz, une os
decanta com a maior velocidade, nos revela o
sedimentos.
comportamento das partículas nas fases de
Entre os cimentos mais comuns estão
transporte e deposição.
óxido de silício (silica, SiO2), na forma de
Há diversos métodos para determinar
quartzo, opala ou calcedônia, óxidos de ferro
o grau de esfericidade dos clastos, porém, eles
[hematita, Fe2O3, limonita, FeO(OH).nH2O] e
não conseguem responder, com absoluta
carbonato de cálcio (CaCO3).
precisão todos os questionamentos sobre o
assunto ou tornam sua utilização inviável por
conta da morosidade na coleta de dados. Por
estas razões e pela praticidade do método são
usadas tabelas-padrão para a comparação
visual da esfericidade. Ilustração.
O arredondamento diz respeito a
agudeza das arestas e dos vértices das
partículas e pode ser expresso por métodos
diversos, como no caso da esfericidade.
Contudo, também neste caso é possível usar a
comparação visual para estudar o
arredondamento dos clastos. Ilustração.
A análise do arredondamento dos
detritos permite avaliar a distância e o rigor do
transporte, pois, quanto maior o impacto entre representam o resultado da atividade deles,
os grãos durante o transporte, mais sem conter seus detritos, originando uma rocha
desgastados ficarão os vértices e as arestas. bioquímica (biochemical rock). Muitas vezes o
diminuto tamanho de seus componentes exige
o emprego de técnicas microscópicas para
observá-las.
Os animais e vegetais que as
constituem podem ter vivido ou vivem em meio
aquoso salgado, dulcícola ou mixohalino.
Suas estruturas esqueletais podem
ser carbonatadas, silicosas, ferríferas,
fosfatadas e carbonosas.
As carbonatadas são ricas em
Escala comparativa visual do arredondamento e da
esfericidade dos detritos. Enquanto o grau de carbonatos de cálcio (calcita) ou carbonato de
arredondamento aumenta na horizontal, no sentido da seta, magnésio (dolomita), constituindo os calcários
o da esfericidade, cresce na vertical, de baixo para cima. Os calcíticos e os calcários dolomíticos,
desenhos inferiores são de classes com baixa esfericidade
respectivamente. Diversos são os responsáveis
e os superiores, de alta. Fonte: Compton 1962, modificado.
por tais depósitos, dentre eles, algas,
Por textura superficial entendem-se os foraminíferos, corais, crinoides, moluscos,
detalhes morfológicos presentes na parte esponjas, etc. ou cuja origem se deva a
externa dos detritos. Sua observação pode ser acumulação de pelotas fecais (calcários
feita a olho nu nos clastos maiores, mas peletoidais)
naqueles com tamanhos areia ou inferiores faz- Se o depósito foi formado por
se necessário o uso de equipamentos ópticos organismos sedentários, tais como, crinoides,
ou eletrônicos. tapetes de algas e conchas, e é estratiforme,
Durante este estudo é determinado se denomina-se biostroma (biostrome), contudo,
os grãos são foscos ou polidos, estriados, com se a estrutura for dômica ou lenticular
marcas de percussão, etc. encaixada em rocha diversa, chama-se
Neste sentido, as areias podem bioherma (bioherm).
apresentar fosqueamento se impactadas por Rochas sedimentares orgânicas
areias transportadas por saltação ou se silicosas são fruto da sedimentação de
estiveram sujeitas a ataque químico. Sendo a radiolários (protozoários com esqueleto
superfície das areias lisa e translúcida admite- silicoso), diatomáceas (algas silicosas),
se ter ocorrido transporte fluvial ou marinho esponjas com espículas de sílica, etc., contudo,
costeiro. os jazimentos mais importantes são os de
As estrias e marcas de percussão radiolários e diatomáceas. Seus restos
eventualmente presentes nos seixos são constituem as rochas descritas como radiolarito
creditadas ao atrito com o substrato durante seu (radiolarite) e diatomito (diatomite),
deslocamento por geleiras. respectivamente.
O transporte fluvial também pode ficar Organismos também podem ser os
registrado, nos seixos, pela presença neles de responsáveis pela acumulação de ferro. Entre
marcas de impacto devidas aos choques entre eles estão algas e as bactérias ferríferas.
os grãos. Rochas ricas em fosfato, as fosforitas,
O facetamento de seixos é creditada a quando aflorantes na superfície, são atingidas
impactos de areias, se ocorrentes em regiões pelo intemperismo que libera aquele
desérticas. componente e o desloca até os corpos de água.
Veja diagênese, fábrica e também Lá, o fosfato é absorvido por alguns
grão facetado. organismos (peixes, crustáceos, certos
braquiópodos, foraminíferos, etc.) e passa a
Rocha Sedimentar Orgânica (organic constituir parte de seus esqueletos.
sedimentary rock). São aquelas rochas A acumulação de suas estruturas
sedimentares (veja em rocha) formadas pela esqueletais pode formar grandes jazimentos.
direta acumulação de restos orgânicos ou Estes podem ser dissolvidos, total ou
parcialmente, e o produto vir a ser depositado
como concreções. Umidade 15 a 45%
Carbono 65 a 75%
As rochas sedimentares carbonosas
Hidrogênio 5%
são o resultado do acúmulo de detritos vegetais Oxigênio 25%
depositados sob condições favoráveis, tais Matéria volátil 40%
como, ausência de oxigênio e ação de bactérias Cinzas 9%
anaeróbicas (veja em bactéria) que não vivem Poder calórico 5 700 ou mais.
em condições atmosféricas normais, isto é, na
presença do oxigênio livre. Ambiente A hulha ou carvão betuminoso possui
subaquático pantanoso, com pouca ou cor negra e, muitas vezes, contém finos restos
nenhuma circulação das águas e rico em restos de madeira carbonizados. Seguem abaixo suas
vegetais, tem sido considerado o local mais propriedades essenciais:
favorável para o desenvolvimento de futuros
jazimentos de carvão (coal). Nessa situação, Densidade 1,2 a 1,5
fruto da atuação das bactérias anaeróbicas, são Umidade 1 a 3%
Carbono 75 a 90%
destruídas as estruturas vegetais ocorrendo a
Hidrogênio 4,5 a 5,5%
gelatinização do depósito. A cor passa de Oxigênio 3 a 11%
marrom clara a marrom escuro, alcançando o Matéria volátil 10 a 45%
preto. No processo de formação do carvão, os Cinzas 0,5 a 40%
restos vegetais são soterrados por outros Poder calórico 5 700 a 9 600
sedimentos onde, sob baixas temperaturas e
pressões, perdem oxigênio e se enriquecem em Já o antracito é duro, possui cor negra,
carbono (C), isto é, ocorre a hulheização brilho vítreo e fratura conchoidal. Eis suas
(incoalation). características:
Do ataque das bactérias anaeróbicas
resulta a liberação de compostos, entre os Densidade 1,3 a 1,7
quais, metano (CH4). Nesse ambiente ocorre a Umidade -
Carbono 90 a 96%
formação crescente de ácido sulfídrico (H2S),
Hidrogênio 2 a 5%
derivado do enxofre resultante da matéria Oxigênio 4 a 11%
orgânica em decomposição que, quando Matéria volátil 3 a 10%
combinado com sais de ferro e de outros Cinzas 3 a 30%
metais, origina sulfetos (p. ex., pirita, FeS2). Poder calórico 8 200 a 9 200
A classificação dos carvões
compreende turfas (peat), lenhitos (lignite), Geneticamente os carvões podem ser
hulhas (bituminous coal) e antracitos classificados em autóctones (autocthonous) e
(anthracite). alóctones (allochtonous).
As turfas, formadas de plantas De acordo com o brilho e a aparência
herbáceas ou arborescentes, apresentam as física, ocorrem quatro categorias de camadas
seguintes características: que constituem o carvão:
1. Fusênio (fusain), camada opaca e
Densidade 0,65 a 0,90 friável, constituída de fragmentos de madeira
Umidade 65 a 90% carbonizados e fibrosos. Originado de ramos e
Carbono 55% troncos expostos em ambiente subaéreo ou
Hidrogênio 6%
Oxigênio 33%
como resultado de queimadas (incêndios).
Matéria volátil 60% 2. Vitrênio (vitrène), camada com brilho
Cinzas 10% vítreo e fratura conchoidal. Parece ter se
Poder calórico 4 000 a 5 700 originado de gel de restos vegetais resultantes
da ação das bactérias anaeróbicas em
Os lenhitos, segundo degrau da escala ambiente subaquático, desprovido de oxigênio.
evolutiva dos carvões, apresentam ainda partes 3. Clarênio (clarain), camada com
lenhosas dos vegetais. Na grade a seguir estão lustro acetinado ou sedoso, onde se alternam
seus caracteres mais importantes: lâminas brilhantes e foscas. Tem sido uma
espécie de transição entre durênio e vitrênio.
Densidade 1,0 a 1,3
4. Durênio (durain), camada opaca,
acinzentada, composto por fragmentos mais
resistentes de vegetais, entre os quais,
cutículas, esporos e resinas.
O petróleo, em razão do tema principal
deste estudo, não será aqui focalizado.

Rocha Sedimentar Química (chemical


sedimentary rock). Estas rochas são o produto
da precipitação de substâncias que se
encontravam dissolvidas na água. Saturação,
evaporação da água e reações químicas são os
processos responsáveis pela cristalização de
Caliche. Rocha Sedimentar Química calcária disposta em
seus componentes. níveis nos pelitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) da
Entre as principais rochas Formação Santa Maria, Triássico, RS, BR. Referência: 30
sedimentares químicas estão: os calcários, as cm de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
silicosas, as ferruginosas e as salinas.
As rochas calcárias químicas As rochas químicas silicosas são
principais são compostas por calcita e dolomita, aquelas fundamentalmente compostas por
ou seja, os calcários calcíticos e os dolomíticos, sílica (SiO2). Podem ser: sílex (flint), chert,
desde que a origem seja essencialmente ftanita, jaspe (jasper), novaculita (novaculite),
química. geiserito (geyserite, sinter) e sílex xiloide.
Os calcários também podem formar Sílex é uma rocha densa,
uma rocha clástica por ressedimentação (veja criptocristalina, composta por calcedônia e
processos de ressedimentação em movimento quartzo. A cor é variada e a fratura é conchoidal.
de massa) de um depósito de calcário mais Chert constitui-se por sílica
antigo que foi erodido. Transportados, os criptocristalina granular, composta por opala,
fragmentos são sedimentados e litificados. calcedônia e quartzo micro ou criptocristalino.
Desta forma, existem os calcirruditos Esta rocha pode também ser uma mistura
(calcirudites), cujas partículas são seixos destes compostos.
calcários, os calcarenitos (calcarenites), Ftanita é uma rocha silicosa e
constituídos por areias calcárias e os calcilutitos argilosa, formada dominantemente por
(calcilutites), sedimentitos compostos por lamas pequenos cristais de quartzo com algumas
calcárias. zonas de opala.
Os calcários ainda podem se Jaspe é uma rocha formada por sílica
apresentar como: tufo calcário (tufa), travertino opalina ferruginosa de cor vermelha.
(travertine), caliche (calcreto) ou marga (marl). Novaculita é uma rocha densa com
O tufo, calcário leve, claro e poroso, textura homogênea, cor clara, criptocristalina e
se constitui ao redor de mananciais e semitranslúcida.
infiltrações de água, por evaporação do líquido. Depósito de sílica associado a
O travertino, depósito denso, orifícios de fontes e gêiseres em regiões
compacto e bandeado, é especialmente vulcânicas recebe o nome de geiserito, uma
comum em cavernas calcárias. rocha composta por sílica opalina e calcedônia.
O caliche se forma em regiões semi- Variam de branco a acinzentados, de porosos a
áridas (veja clima). Óxido de cálcio ascende, compactos.
com a água, por capilaridade. Ao atingir a O xílex xiloide corresponde a
superfície a água evapora e o cálcio se precipita substituição de restos orgânicos vegetais por
como crostas. Ilustração. sílica (veja também fóssil).
Marga é um depósito de carbonato de As rochas químicas ferruginosas são
cálcio impurificado com grande quantidade de formadas principalmente por hematita, limonita,
argila. siderita e glauconita, esta última indicadora de
deposição em ambiente marinho.
As rochas sedimentares químicas
salinas têm sua origem por evaporação do meio
aquoso, razão pela qual são chamadas de Saltação (saltation). Veja em transporte.
evaporitos (evaporite). Os principais depósitos
são os de gesso*, anidrita, sal-gema e carnalita Sastrugi. Veja em ondulação de corrasão.
(carnalite).
*Gesso, produto obtido pela moagem Sedimentação (sedimentation). É o ato de
da gibsita (mineral), sulfato hidratado de cálcio, depositar, graças a gravidade, materiais
e seu aquecimento a uma temperatura entre 1 suspensos ou fragmentados transportados no
900 °C e 2 000 °C para perda de água (± 75%). meio aquoso, pelo vento, por geleiras, etc. O
Anidrita é um agregado granuloso de material é depositado, no final da fase de
anidrita parecida com o gesso, mas com dureza transporte, em uma bacia sedimentar.
maior.
Sal-gema é o cloreto de sódio Sedimento (sediment). É todo material sólido e
cristalizado. fragmentado gerado por ação intempérica
Carnalita, é o sal composto por sobre rochas e solos. Após a erosão, tais
cloreto de potássio e magnésio. detritos sofrem transporte, podendo se
acumular no próprio ambiente onde estão
Rolamento. Veja em transporte. sendo originados e transportados, aí formando
rochas sedimentares, ou alcançar as bacias
Rolo de fluxo (flow rolls, sand rolls). Veja em sedimentares.
pseudonódulo.
Sedimentito. Sinônimo de rocha sedimentar.
Rompimento em bloco. Veja blocos rompidos
por tração em estrutura brechosa. Seixo (gravel). Veja em clasto.

Rompimento em bloco por força de tração. Seixo de lama. Veja galha de argila.
Veja blocos rompidos por tração em estrutura
brechosa. Seixo estriado. Veja grão estriado.

Roseta (rosettes, sand roses). Estruturas Seixo imbricado. Veja imbricação.


análogas aos cristais de areia. Constituem
agregados cristalinos de forma tabular com Seixo pingado. Veja clasto pingado.
uma disposição algo simétrica.
Geralmente compõem-se de barita Septária (boxwork, intercretion, septaria,
(sulfato de bário, BaSO4). septarian nodules). Ilustração. São concreções
Como nos cristais de areia, o material radiais que se alargam na direção do centro e
em excesso incluído na rocha-hospedeira (veja adelgaçam-se perto da margem. Estas são
em rocha) cristaliza-se na forma de rosetas. interceptadas por uma série de gretas
Veja também nódulo. concêntricas a partir do bordo.
As rachaduras são invariavelmente
Rudito (rudite). Sinônimo de psefitos. preenchidas por cristalizações, comumente de
Veja em Rocha Sedimentar Clástica. calcita (carbonato de cálcio, CaCO3) e, mais
raramente, de pirita (sulfeto de ferro, FeS2),
esfalerita (sulfeto de zinco, ZnS) e barita (sulfato
de bário, BaSO4).

S
Sal-gema. Sinônimo de halita (cloreto de sódio,
NaCl).
Veja em Rocha Sedimentar Química.
Os limites superiores e inferiores são
feitos por superfícies das sequências de
camadas, as quais as separam de outras
sequências de camadas. Podem ser
sequências de camadas simples ou sequências
de camadas compostas.

Sequência de camadas compostas


(composite bedset). Ilustração. Consiste em
uma sequência de camadas formada por duas
ou mais categorias de camadas superpostas,
de composição, textura ou estrutura interna
diferente, mas geneticamente associadas.
Septárias. Estruturas liberadas da rocha hospedeira (veja
em rocha) por erosão. Formação Teresina, Permiano, RS,
BR. Referência: 30 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
É comum que o sistema de A
preenchimento fique ressaltado graças à
erosão parcial do material pelítico que
compõem o corpo concrecionário que lembra P
casco de tartaruga. Caso a erosão dos pelitos
(veja em Rocha Sedimentar Clástica) seja total, A
deixando liberto o sistema de veios, a estrutura
recebe o nome de melicária (melikaria).
Ilustração.
Sequência de camadas composta. Intercalação de
arenitos (A) e pelitos (P). Formação Rio Bonito, Permiano,
RS, BR. A camada arenítica superior tem 2 metros de
espessuras e a de pelito (veja em Rocha Sedimentar
Clástica) soto-posta a ela, 3 metros. Créditos: Carlos
Henrique Nowatzki.

Em uma sequência de camadas


compostas, diferentes camadas são repetidas
de uma maneira rítmica.
Sequências de camadas simples
superpostas também constituem uma
sequência de camadas compostas.
Melicária. Os septos da feição são de calcita. Formação
Teresina, Permiano, RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Sequências de camadas cruzadas (set of
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
cross strata). Constituída por um conjunto de
camadas com atitudes diversas e cruzadas
A origem presumida envolve a
(veja estratificação cruzada) dentro de uma
formação de um corpo nodular, o
única unidade de sedimentação.
endurecimento do invólucro exterior com
desidratação da porção interna desenvolvendo,
Sequência de camadas simples (simple
desta forma, um padrão fendilhado semelhante
bedset). Consiste em uma sequência de
à greta de contração, após o que ocorre um
camadas formada por duas ou mais camadas
preenchimento parcial ou completo das fendas
superpostas, de composição, textura e
com a precipitação da matéria mineral.
estruturas internas similares.
Sequência de camadas (bedset, set).
Sequência de lâminas. Veja camada.
Consiste em duas ou mais camadas
superpostas, de natureza similar ou diferente.
Sequência sedimentar composta. Ilustração. com a rocha-hospedeira (veja em rocha),
Tratam-se de conjuntos de estratificação originados pela injeção de sedimentos.
paralela horizontal, associados com Quando a injeção sedimentar ocorre
estratificação cruzada, em um único episódio após a compactação, a estrutura apresenta
sedimentar. paredes retas. Se injetadas anteriormente,
poderão mostrar contorções, por efeito da
compactação.
Estão relacionados com os diques
sedimentares.
Veja também estrutura de escape de
água.

Silte (silt). Veja em clasto.

Sinter. Sinônimo de geiserita.


Veja também Rocha Sedimentar
Sequência sedimentar composta. Arenitos da Formação Química.
Rio do Rasto, Permo-Triássico, RS, BR. Referência: 30 cm
de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. Siltito (siltite). Veja em Rocha Sedimentar
Clástica.
Série (series). Veja em unidade
cronoestratigráfica. Singlifo (synglyphs). Veja em hieroglifo.

Setulfs. Marcas de desbaste, em formas de Sismito (seismites). Os abalos sísmicos


relevo positivo, que lembram preenchimentos (terremotos) podem (1) dar início a fluxos de
de turboglifos apresentando os eixos longos massa e a correntes de turbidez e (2) alterar a
paralelos à direção do fluxo e os bicos porção superior de depósitos ou mesmo de
apontando para montante. Associados a elas rochas sedimentares (veja em rocha) em
estão cristas lineares que lembram estrias e estado plástico (ilustração).
que correm também paralelas à direção do Deposições assim geradas recebem
fluxo. o nome de sismitos.
Estas estruturas aparecem em O registro das perturbações geradas
ambiente de planície de maré, em sedimentos pelos sismos pode, não raro, ser seguido por
carbonáticos, em forma de pelotas não muitos metros ou até quilômetros.
coesivas formadas por fluxo laminar, em
reposta a um padrão complexo de linhas de
fluxo em correntes rasas.

Sigmoide (sigmoid). Veja em ambiente


deltaico.

Sílex (flint). Veja em Rocha Sedimentar


Química.

Sílex xiloide. Veja em Rocha Sedimentar


Química.

Sill clástico. Veja sill sedimentar. Sismito. Arenito do Grupo Guaritas, Proterozoico, RS, BR.
A camada delimitada está perturbada. As camadas acima e
abaixo do leito perturbado estão intactas. Referência: 30 cm
Sill de areia. Veja sill sedimentar. de comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Sill sedimentar (horizontal sandstone sheets, Sistema (system). Veja em unidade


sandstones sills, sills, transposed sand cronoestratigráfica.
sheets). São corpos tabulares, concordantes
Skavler. Veja em ondulação de corrasão. Sombra de areia (current shadows,
longitudinal ripple mark, obstacle shadow, sand
Slickenside sedimentar (slickenside). Veja drift, sand shadows, sand trails, windrow ridge).
em falha penecontemporânea. São corpos arenosos depositados à jusante de
um obstáculo à corrente. Os obstáculos podem
Slump mélange. Veja em laminação convoluta ser pequenos arbustos, corpos rochosos ou
sindeposicional. mesmo detritos orgânicos (veja estrutura de
desbaste em crescente). Ilustração.
Sobredobra de escorregamento (slump Alguns preferem o termo sand drift
overfold, snow ball structure, spiral balls, spiral para depósitos arenosos acumulados pelo
slump balls). Ilustração. Massas dobradas em vento que encontra em seu caminho um
forma de gancho, resultantes de obstáculo.
escorregamento (slump) (veja em movimento
de massa) de camadas arenosas.

Sombra de areia. O cabo do martelo está posicionado


paralelo à estrutura. Zona de Dunas (veja em ambiente
praial) marinho. Quaternário, RS, BR. A seta mostra a
Sobredobra de escorregamento. Grupo Itararé, direção do vento. Referência: 30 cm de comprimento.
Neocarbonífero-Eopermiano. RS, BR. Referência: 2,0 cm Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
Tais estruturas também surgem por
Veja também dobra deflação em torno do obstáculo que protege o
penecontemporânea. sedimento à jusante, sendo, assim, uma
sombra de areia não deposicional, chamada
Solifluxão (solifluction). Veja em deslizamento. crista remanescente de desbaste (scour-
remant ridges, wind erosional remnants).
Solo (soil). É uma capa de material solto que Existem exemplos de cristas
cobre as rochas e que foi formada pela ação remanescentes de desbaste em muitas partes
intempérica. de leitos oceânicos varridos por vigorosas
Pode ser autóctone ou alóctone. correntes termohalinas.
Suas características estão Um caso especial é aquele em que o
relacionadas com a espécie de rocha-fonte sedimento atrás do obstáculo consiste em
(veja em rocha), com o clima, com o relevo, com lama, recebendo, então, o nome de sombras de
a cobertura vegetal e com a sua degradação. lama (mud shadows).
Nas regiões úmidas com cobertura
vegetal intensa podem ser muito espessos, Solo permafrost. É o solo parcial ou
enquanto nas regiões áridas e semi-áridas permanentemente gelado que ocorre em
apresentam-se pouco espessos em razão da regiões árticas e em áreas montanhosas de
baixa degradação da rocha-fonte (veja em grande altitude.
rocha). Sobre este solo pode se desenvolver,
dependendo da região, a tundra, vegetação
Solo pedotubulado (gleyed subsoils). Veja em composta por arbustos, musgos e líquens.
pedotúbulo e também estrutura mosqueada. Também aí ocorrem as gretas de
congelamento.
Dividem-se, baseando-se na
Sombra de lama (mud shadows). Veja em morfologia, em: sulcos de lavagem dentiformes,
sombra de areia. sulcos de lavagem em pente, sulcos de
lavagem franjados, sulcos de lavagem cônicos,
Sopé continental (continental rise). Veja em sulcos de lavagem arborescentes, sulcos de
ambiente marinho. lavagem anastomosados, sulcos de lavagem
bífidos, sulcos de lavagem lingulados e sulcos
Sota-vento (leeward). Lado oposto de onde de lavagem romboidais.
sopra o vento. Os sulcos de lavagem dentiformes,
em pente, franjados e cônicos são
Stone-reef. Veja em recife. geneticamente relacionados e encontrados em
locais com desnível em forma de degrau. Por
Stratum. Veja camada, estrato e também outro lado, os arborescentes, anastomosados,
unidade de sedimentação. bífidos, lingulados e mesmo alguns cônicos,
estão relacionados a áreas amplas levemente
Subgrupo (subgroups). Veja em unidade inclinadas (2º a 3º). Os sulcos romboidais
litoestratigráfica. aparecem em declives praiais acentuados
(cerca de 10º).
Subsidência (subsidence). É a movimentação Também podem surgir em leitos
vertical negativa de uma região em relação às lamosos.
áreas do entorno. Entre suas causas estão (a)
origem natural como dissolução de rochas Sulco de lavagem anastomosado
carbonáticas no subsolo, deposição de grande (meandering rill mark). São sulcos de lavagem
carga de sedimentos em uma bacia sedimentar, que assumem um padrão anastomosado. Às
acomodação de camadas em subsuperfície, vezes apresentam bifurcações e ramificações.
suaves movimentos tectônicos e (b) as Ilustração.
humanas, como bombeamento excessivo de
água de subsuperfície, explotação de depósitos
de petróleo, mineração subterrânea, etc.
Entre as causas naturais para a
subsidência está a resposta da litosfera (veja
em crosta terrestre) a estímulos promovidos por
esforços resultantes de forças internas
(esforços tectônicos).

Sulco de lavagem (channel, dendritic marks,


dendritic surge marks, dendrophyens, erosion
channels, rill, rill marks, rill molds, rill moulds,
second and third-order channel, surge marks).
São marcas de desbaste, na forma de sulcos
erosionais em padrão dendrítico ou
anastomosado que apresentam, em corte, a Sulcos de lavagem anastomosados. Zona de Pós-praia
forma de U. (veja em ambiente praial) arenoso marinho. As feições
Possuem diversas formas registradas em areias são interrompidas na porção inferior
determinadas pela morfologia do local, declive por linha de deixa. Quaternário, RS, BR. A seta mostra a
direção de fluxo da corrente (média). Referência: 30 cm de
da superfície sedimentar e tamanho dos grãos. comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
A maioria dispõe-se transversa ou
obliquamente em relação à direção do canal Sulco de lavagem arborescente (branching
principal. rill mark). Ilustração. São sulcos de lavagem
Tais estruturas originam-se de um compostos de um sistema de pequenos filetes
sistema de pequenos filetes de água oriundos de água que se reúnem formando um canal
da drenagem sobre barras, praias (veja maior. Os filetes são bifurcados e assumem um
ambiente praial) e planícies arenosas, bem padrão dendrítico.
como em ambientes de águas mais profundas.
As ramificações apontam no sentido
do montante.

Sulcos de lavagem arborescentes. Areias de ambiente Sulcos de lavagem cônicos. A sucessão de feições
litorâneo marinho, proximidades de canal fluvial. cônicas bem visíveis à frente de um dos sulcos indica,
Quaternário, RS, BR. As setas vermelhas mostram as provavelmente, os recuos da pequena encosta submetida à
direções dos fluxos que geraram os sulcos menores erosão. A seta indica a direção do fluxo. Zona de Dunas
enquanto às amarelas indicam as direções percorridas (veja em ambiente praial) litorâneo marinho. Quaternário,
pelos somatórios daquelas pequenas correntes. Créditos RS, BR. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Carlos Henrique Nowatzki. Nowatzki.

Sulco de lavagem associado a objeto. Veja Sulco de lavagem dentiforme (tooth-shaped


marca lavrada por objeto, modificada. rill mark). São sulcos de lavagem que
apresentam pontas como dentes ou garras com
Sulco de lavagem bífido (bifurcating rill mark). poucos milímetros de profundidade e
São dois ou mais sulcos de lavagem que comprimento. Ilustração.
convergem no sentido da corrente. Na área de Desenvolvem-se em desníveis
convergência, normalmente surge um padrão acentuados.
anastomosado. Ilustração.

Sulcos de lavagem dentiformes. Feições registradas em


areias de ambiente litorâneo marinho. Quaternário, RS, BR.
O fluxo responsável pela formação das estruturas está
indicado pela seta. Referência: 2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos
Sulcos de lavagem bífidos. Margem de canal Henrique Nowatzki.
fluvial. Zona de Dunas (veja em ambiente praial)
litorâneo marinho, com baixo gradiente. Quaternário, Sulco de lavagem em forma de turboglifo
RS, BR. A seta marca a direção média dos fluxos que (flute rill marks). São marcas de desbaste com
deram origem às estruturas. Referência: 30 cm de feição de sulcos de lavagem que ocorrem sob a
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. forma de estreitamentos contínuos,
anastomosados e alongados paralelamente à
Sulco de lavagem cônico (conical rill mark). corrente. Ao longo dos sulcos surgem porções
São sulcos de lavagem na forma de depressões mais deprimidas lembrando turboglifos que
cônicas esculpidas por finos córregos na borda ficam mais alargadas em relação ao restante
de um desnível bastante acentuado. Ilustração. daquelas feições.
Ao contrário dos demais sulcos de
lavagem, aparecem em sedimentos
depositados profundamente no meio aquoso.

Sulco de lavagem em pente (comb-shaped rill


mark). São sulcos de lavagem que apresentam
as pontas em forma de dentes com vários
centímetros de comprimento, podendo ser,
eventualmente, bifurcados.
Tal qual os sulcos de lavagem
dentiformes, desenvolvem-se em desníveis
acentuados.

Sulco de lavagem franjados (fringy rill marks).


Ilustração. São sulcos de lavagem que
apresentam, em conjunto, um aspecto franjado
na borda do desnível. Sulcos de lavagem lingulados. Zona de Pós-praia (veja
Formam-se em espaço pequeno, em ambiente praial) litorâneo arenoso marinho. Sobre a
estando as projeções muito próximas umas das “língua” mais próxima ao martelo há pista descontínua. A
outras. direção do fluxo que deu origem às estruturas está indicada
pela seta. Quaternário, RS, BR. Referência: 30 cm de
comprimento. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Sulco de lavagem romboidal (rhomboid


lattice structure, rhoimboid rill mark, rhomboid
ripple mark). São padrões regulares de sulcos
de lavagem que, em planta, são simetricamente
romboidais. São raramente mais profundos do
que uns poucos diâmetros de grãos. Elementos
individuais possuem poucos centímetros de
comprimento e um centímetro ou mais de
largura.
Surgem em declives praiais
acentuados.
Sulcos de lavagem franjados. Feições registradas em
ambiente litorâneo arenoso marinho. Quaternário, RS, BR. Sulco e crista lavrado por onda (wave-related
A seta mostra a direção do fluxo. Referência: 2,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. furrows and ridges). Caracterizam-se por
sulcos separados por cristas arredondadas,
Sulco de lavagem lingulado (rill mark with alongadas e perpendiculares à linha de costa,
accumulation tongues). Ilustração. Diferem dos existentes em ambientes marinhos ou
outros sulcos de lavagem pela cumulação dos lacustres. Os sulcos podem conter restos de
sedimentos no final do sistema de filetes de conchas, seixos, grânulos, etc. Os fragmentos
água. Estas acumulações são arenosas e podem deixar estrias menores nas paredes que
imitam pequenas línguas, usualmente com limitam estes sulcos.
poucos milímetros de espessura. A origem destes sulcos e cristas é
erosional e controlada pela rocha onde
ocorrem, declive da costa, variação do nível das
águas e tamanho das ondas erosivas.
O leito da costa pode ainda estar
coberto por marcas de ondulações.

Sulco e crista longitudinal. Veja sulco e crista


longitudinal por corrente.
Sulco e crista longitudinal lavrado por rearranjadas que, em planta, se apresentam
corrente (erosional grooves and ridges, furrow como sulcos e cristas de pequenas dimensões
cast, furrow mark, gutter cast, load-casted os quais são contínuos e lineares. A feição
longitudinal ripples, load cast striation, arranja-se em um padrão paralelo e
longitudinal furrows and ridges, longitudinal verticalizado, de camadas de arenito maciço
ridges, longitudinal ridges and furrows, (veja camada maciça).
longitudinal ridges and grooves, longitudinal Podem estar associados à estrutura
ridges and V-shaped marks, longitudinal em forma de pires e à estrutura em pilar, não
ripple-load-casts, longitudinal scour, priel sendo ainda raro que este conjunto termine na
casts, ridge-and furrow moulds, rill cast, rill direção do topo da camada em laminação
marks, sand fingers, scaly flute-like mold, convoluta (veja em estrutura convoluta).
scour ripples). Marcas de desbaste em forma
de saliências estreitas e compridas, regular- Sulco erosivo transverso lavrado por
mente espaçadas, separadas por sulcos que se corrente (diagonal scour marks, oblique scour
estendem paralelamente à direção da corrente. marks, transversal asymmetrical ripple mark,
As saliências podem permanecer paralelas por transverse and diagonal scours, transverse
grandes distancias ou unirem-se ocasio- and oblique scour marks, transverse erosional
nalmente, assumindo aspecto anastomosado. markings, transverse scour, transverse scour
Os sulcos são arredondados em seção, mark, transverse wave-like erosional marks).
iniciando por um bico convexo no sentido Marcas de desbaste com seus eixos
contrário ao da corrente, os quais constituem longitudinais transversos à direção da corrente.
marcas em forma de V lavradas por corrente (v- Apresentam-se sob a forma de séries paralelas,
shaped marks) e são comumente interrompi- regularmente espaçadas e rasas, podendo ser
das por barreiras que representam lugares de facilmente confundidas com marcas de
maior profundidade dos sulcos, resultantes de ondulações de cristas retas.
porções do leito menos resistentes à erosão. Originam-se em fundos aquosos
Essas barreiras são de formato curvo com a lamosos, fracamente coesos, provavelmente
convexidade apontando para montante. por ação de erosão combinada com o
São marcas como turboglifos, fenômeno de varredura produzida pelo
diferindo destes, pelos sulcos se apresentarem movimento da corrente.
relativamente extensos e separados por Estruturas semelhantes às
saliências normalmente paralelas. transversais são as marcas de desbaste
Surgem em sedimentos pelíticos por diagonais. Alinham-se obliquamente à direção
ação de redemoinhos duplos com rotações da corrente. Sua origem aparentemente é
opostas entre si, o que origina os sulcos. Os devida à coalescência de conjuntos de
produtos das escavações são acumulados em turboglifos terraceados, mas outros fatores
forma de cristas ao longo dos sulcos. podem cooperar.
Com interrupções na corrente que
gera os sulcos e cristas, pode surgir um padrão Sulco e saliência longitudinal. Veja sulco e
nodular de feições reconhecidas como marcas crista longitudinal lavrado por corrente.
pendulares (pendulose markings).
Podem apresentar diferentes Sulco glacial (glacial groove). Ilustração. Veja
padrões: dendrítico (dendritic ridges, dendritic em estria glacial.
ridge molds), escamoso (scaly pattern), em flor-
de-lis (fleur-de-lys patterns), etc.
Tais estruturas também podem atingir
vários metros de profundidade e até
quilômetros de extensão durante cheias
catastróficas. Nestes casos, desenvolvem-se
em qualquer rocha e com ação
predominantemente erosiva.

Sulco e crista verticalizado. Tratam-se de


estruturas de escape de água com lâminas
Superfície de acamamento. Veja plano de
estratificação.

Superfície de corrosão em calcário


(corrosion surface, corrosion zone). Superfície
irregular de estratificação, enegrecida e perfura-
da, encontrada em alguns calcários (veja em
Rocha Sedimentar Orgânica e em Rocha
Sedimentar Química).
Supõem-se que sua origem se deva
por dissolução ou reabsorção no ambiente
Sulco glacial. Matacão de granito e o sulco (preenchido por submarino.
água) deixado pelo arrasto (veja em transporte) glacial. A São superfícies marcadas por
estrutura está sobre piso de rochas pré-gondwânicas. A seta escurecimento graças ao óxido de manganês
indica a direção de deslocamento da paleogeleira.
Referência: 30 cm de comprimento. Créditos: Carlos (MnO2, 63% Mn) ou, mais comumente, existe
Henrique Nowatzki. resíduo de materiais relativamente estáveis,
tais como grãos de pirita, nódulos fosfáticos e
Sulco radial piroclástico (radial grooves). conchas, etc.
Constituem sulcos nos flancos de vulcões,
desenvolvidos sobre cinzas vulcânicas. Superfície de estratificação. Veja plano de
Os sulcos que partem da cratera, estratificação.
estendendo-se cone abaixo, podem atingir
muitos metros de largura e profundidade. Em Superfície de fricção Veja slickenside em
corte, possuem contorno parabólico ou em U. falha penecontemporânea.
Desenvolvem-se graças a nuvens de
materiais piroclásticos que, ao emergirem, Superfície de reativação (reactivation
dirigem-se para a base do cone vulcânico, surfaces, structural diastems). Veja em
depositando-se com um padrão radial. Os estratificação cruzada.
sulcos podem ser aprofundados e alargados
pela chuva. Superfície fosca (frosted surface). Veja
Estão comumente associados a textura.
ondas de areia piroclásticas.
Superfície salina enrugada (wrinkled
Superfície com marca de ondulação (ripple surface). Trata-se de camada lamosa muito fina
bedding, waved stratum). Ilustração. Plano de (menos do que 0,2 cm), associada a minerais
estratificação com marcas de ondulações. salinos. Possui um aspecto de pequenos
enrugamentos de baixo-relevo originando um
sistema de polígonos de 4 a 5 lados.
Pela evaporação da água ocorre a
cristalização dos sais misturados com pelitos
(veja em Rocha Sedimentar Clástica), o que
origina a feição.

Superfície texturada (textured surface). Veja


em marca de pingo de chuva.

Supergrupo (supergroups). Veja em unidade


litoestratigráfica.

Suspensão (suspension). Veja em transporte.


Superfície com marcas de ondulações. Arenitos do
Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Referência: 5,0
cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
podem ser analisadas com facilidade a olho nu,

T porém, nas menores (areias e lamas) há


necessidade do uso de microscopia óptica ou
eletrônica de varredura.
Nas areias eólicas podem ser vistas
superfícies foscas (frosted suface) produzidas
Tafoglifo (taphoglyph). Impressões de animais tanto pelo impacto de grãos transportados por
mortos. saltação (veja em transporte), mas que também
são devidas a reações químicas e a deposição
Tapete de alga (seaweed mat). Ver em alga. secundária de sílica (SiO2).
Tradicionalmente a origem de
Talude continental (continental slope). Veja superfícies lisas e polidas em grãos arenosos
em ambiente marinho. tem sido creditada a ação de correntes fluviais
e praiais. Mais recentemente, contudo,
Tálus (talus). Veja em movimento de massa. constatou-se nas primeiras que além da
percentagem de grãos polidos e lisos ser baixa
Teca. É a estrutura esqueletal, externa, com ocorrem marcas deixadas pelo impacto entre as
forma de carapaça que protege a célula de partículas e estruturas por dissolução; nas
certos protistas, entre elas as diatomáceas. areias trabalhadas por correntes praiais
Nelas a teca compõe-se de duas peças observam-se diversas feições, tais como,
encaixadas, sendo a “tampa” denominada, marcas em V, sulcos retos, sulcos curvos.
frústula (frustule). Nas areias glaciais notam-se
Nos dinoflagelados a teca constitui-se contornos angulosos, fraturas conchoidais, alto-
por múltiplas placas, a armadura. Caso a relevo na forma de degraus, estrias, etc.
concha seja interna passa a ser denominada Os seixos podem apresentar (a) se
testa. glaciais, marcas de choque entre grãos e
Veja também diatomácea. estrias (veja estria glacial), marcas de
percussão (chattermarks), fraturas em
Tempestito (tempestite). Rocha formada pela crescente e marcas concêntricas, (b) se fluviais
ação de ondas de tempestade, como, por marcas de choques entre os detritos e (c) se
exemplo, hummocky. ocorrentes em ambiente eólico, pequenas
Veja estratificação cruzada por onda. covas e facetamento.
Também existem seixos com estrias
Tepee. Veja em estrutura brechosa. de origem tectônica ou desenvolvidas em
movimentos de massa terrestres.
Terrígeno (terrigenous). Depósito de material
oriundo do intemperismo e erosão de rochas Textura esponjosa (spongy texture). Veja
em áreas emersas, transportado e arenito esponjoso.
sedimentado em bacia sedimentar subaérea ou
subaquosa. A designação é dada se o Textura superficial (surface texture). Veja
sedimento marinho contém mais de 30% de textura.
silte e areia originados, comprovadamente, de
um continente. Tidal deltas. Veja em ambiente lagunar.
Testa. Veja em teca. Tilito (tillite). Rocha Sedimentar Clástica
formada por litificação de till (veja em ambiente
Textura (sedimentar) (texture). Compreende a glacial).
dimensão, a morfologia, a distribuição e os
aspectos superficiais dos clastos e da fábrica Till. Veja em ambiente glacial.
dos sedimentos.
A textura superficial (surface texture) Tiloide. Veja em paraconglomerado.
diz respeito aos aspectos morfológicos
menores que ocorrem na superfície dos clastos. Topset. Veja em ambiente deltaico.
Nos grossos (seixos, calhaus, matacões) elas
Tração (traction). Veja em transporte.

Traço de alimentação (feed trace). Veja


estrutura de alimentação.

Traço de escape (escape structures, escape


traces). Veja em estrutura de escavação.

Traço de escape protrusivo (protusive


spreiten, spreite). Veja em estrutura de
escavação.

Traço de escape retrusivo (retrusive spreiten,


spreite). Veja em estrutura de escavação.
Traços de pastagem. Arenito eólico de interdunas úmido
Traço de moradia (domichnia). Veja estrutura (veja em ambiente eólico). Arenito Pedreira, Permo-
de moradia. Triásssico (?), RS, BR. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.

Traço de pastagem (browsing traces, feeding Traço de repouso (cubichnia, rest trails,
traces, feeding trails, grazing traces, grazing resting marks, resting traces, resting tracks,
trails, hatching, pascichnia, surface surface lebensspuren). Estruturas de
lebensspuren). Estruturas de bioturbação bioturbação caracterizadas por marcas feitas
caracterizadas por marcas feitas por por animais em repouso temporário sobre um
organismos alimentando-se sobre uma substrato macio, geralmente refletindo a linha
superfície sedimentar. de margem e a distribuição do peso do animal
Em geral, tais marcas formam-se gerador.
sobre lama e são preservadas na base de
siltitos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) ou Traço fóssil (fossil trace). Veja icnofóssil.
camadas de arenito fino.
É um padrão deixado sobre ou Transporte (sedimentar) (transport). As rochas
próximo à superfície do substrato por animais aflorantes disponibilizam resíduos insolúveis
bentônicos móveis. (clastos) e solúveis [(carbonato de cálcio
(CaCO3), carbonato de magnésio (MgCO3) e
Traço de rastejamento (crawling traces, sais)], após a ação do intemperismo, para a
crawling trails, repichnia, repichnial traces, erosão e esta, no que lhe concerne, para o
surface lebensspuren). Estruturas de transporte de sedimentos e da matéria
bioturbação caracterizadas por traços e pistas, solubilizada.
refletindo a locomoção de organismos Água, vento e gelo estão entre os
bentônicos, que se movem aleatoriamente em mais significativos agentes transportantes.
busca de alimentação ou abrigo. Abstraindo o vento, a gravidade é o “motor” que
Animais não marinhos, e até mesmo impulsiona a água e o gelo declive abaixo, os
terrestres, podem ser responsáveis pela origem quais conduzem os clastos e os solúveis neste
da feição. Ilustração. mesmo sentido. É também a gravidade a
responsável pelos movimentos de massa
pendente abaixo em áreas de relevo
acentuado. O vento é o único agente capaz de
transportar encosta acima.
Tração (traction), saltação (saltation)
e suspensão (suspension) são as modalidades
mais comuns de transporte pela água e pelo
vento, enquanto o gelo o faz por tração e
suspensão.
Na tração, os detritos são deslocados
por deslizamento (creeping), também chamado
arrasto (drag), e rolamento. O deslizamento alguns centímetros a mais de 15 metros,
ocorre quando o detrito é conduzido arrastado dependendo da região.
sobre o substrato por onde o agente Finalmente, as correntes de ondas
transportante está migrando, originando estrias (wave currents) apresentam-se como
e sulcos sobre o pavimento (veja estria glacial). correntes, costa adentro (onshore currents,
O rolamento se dá quando o transportante rola dirigem-se para a praia) e correntes de costa
o fragmento que conduz sobre o substrato. afora (offshore currents, dirigem-se para o mar)
Saltação é a modalidade de que agem sobre o substrato em profundidade
transporte em que o fluido desloca os clastos atingida pela base das ondas normais.
ora por tração, ora por suspensão. A Durante tempestades a profundidade
movimentação, portanto, se dá aos saltos. atingida pela base das ondas é maior que as
Os detritos mais finos, as lamas, são mencionadas anteriormente, razão pela qual
deslocadas por suspensão, isto é, não são seus depósitos (veja tempestito) não são
tracionadas nem saltam. Isto significa, em destruídos pelo retorno das condições normais.
princípio, que só irão assentar-se se houver Veja ambiente glacial e também
uma estagnação da corrente (vento ou água) ou movimentos de massa.
fusão, no caso do gelo.
É possível também que correntes Travertino (travertine). Veja em Rocha
mais vigorosas (mais velozes) conduzam silte e Sedimentar Química.
areias finas e muito finas em suspensão.
Se ocorrerem certas condições Trombólito (thrombolite). São estromatólitos
químicas no meio aquoso, argilas e siltes que apresentam uma feição caracterizada pela
floculam (ver floculação) e se depositam como ausência de laminação e uma fábrica
agregados. macroscópica coagulada.
No transporte pelas águas pluviais e Origina-se da ação multiplicadora de
fluviais os materiais mais grossos, normalmente algas microscópicas.
areias e elementos maiores, são conduzidos
como carga de fundo (bedload) enquanto os Tubo de verme (tube of worm). Veja estrutura
mais finos (lamas) são conduzidos como carga tubular.
em suspensão (suspended load).
As correntes costeiras que podem Tufa. Veja em Rocha Sedimentar Química.
movimentar desde lamas até detritos grossos,
são classificadas como: (a) longitudinais, (b) de Tundra. Veja em solo permafrost.
retorno, (c) de marés e (d) de ondas.
As correntes longitudinais são Turbidito (turbidite). Veja em ambiente em
geradas por ondas, localizam-se sobre a leque.
plataforma continental interna ou proximal
(inner shelf) e deslocam-se paralelas à costa. Turboglifo (casts of mud furrows, conical flute
Se oblíquas, são também denominadas casts, conical marks, depressed cone,
correntes de deriva litorânea (longshore drift depressed flute casts, direcional load cast,
currents). elongate-symmetrical marks, flow mark, flow
As correntes de retorno (rip currents) structure, flute, flute casts, flute marks, flute
se originam pelo retorno para o mar aberto das molds, horse-shoe, lobate pluge structure,
águas trazidas pelas ondas até a praia. Tais lobate rill marks, scour cast, scour finger,
correntes deslocam sedimentos do fundo simple cones, triangular or conical marks,
abrindo canais com largura entre 30 metros e turboglyph, vortex cast). São marcas de
100 metros, profundidade de 50 cm e desbaste em forma de depressões alongadas
comprimento acima dos 1 500 metros desde a com a porção mais profunda e estreita dirigida
praia onde a lâmina de águas atinge em torno no sentido contrário ao da corrente e com a
dos 30 metros. parte mais rasa e alargada no sentido da
As correntes de marés (tidal currents) jusante.
ocorrem onde há o vai-vem das águas devido à Normalmente, são preservadas como
ocorrência de marés (veja ambiente de planície marcas de sola em sedimentos arenosos e
de maré), cuja amplitude pode variar desde raramente estão isolados. Variam de forma,
tamanho e arranjo, pelo que podem ser
classificados em diversos tipos:
1. Turboglifos isolados.
2. Turboglifos terraceados.
3. Turboglifos interceptados.
4. Turboglifos deformados por
sobrecarga.
5. Turboglifos frondescentes
sulcados por carga (veja em estrutura
frondescente).
6. Turboglifos em cometa.
7. Turboglifos assimétricos.
8. Turboglifos fusiformes.
9. Turboglifos parabólicos.
Um turboglifo especial é aquele em
que um bordo de desbastamento penetra Turboglifos fusiformes. Moldes em arenito do Grupo
Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A direção geral da
desde a lama até o leito arenoso subjacente. paleocorrente está indicada pela seta. Referência: 2,0 cm
Neste caso, a extensão lateral do desbaste de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
predomina sobre a vertical originando
turboglifos em forma de cogumelos Turboglifo assimétrico (asymmetrical flute
(mushroom-shaped flute marks). marks, compound flute marks). São turboglifos
Quando em uma superfície existe comuns, e tais marcas revelam, sobre um
grande número de turboglifos isolados flanco, uma série de cristas e sulcos laterais,
regularmente arranjados, tratam-se de que diminuem gradativamente de tamanho,
turboglifos padronizados (patterned flute). sendo então chamados de turboglifos
Quando distribuídos sem padrão, assimétricos simples.
correspondem a turboglifos dispersos (random Serão turboglifos assimétricos
flute marks). Caso cubram completamente uma helicoidais (corkscrew, corkscrew flute marks,
superfície são turboglifos conjugados corkscrew marks) quando apresentarem na
(conjugate flute marks). porção mais estrita e profunda que aponta para
As marcas surgem por ação erosiva a montante, uma forma similar a um saca-
de redemoinhos sobre sedimentos pelíticos rolhas.
assentados em meio aquoso, por ação Quando a porção mais estreita e
exclusiva da corrente ou devido à ocorrência, profunda (bico) estiver virada para um dos
no substrato, de um objeto estreito no sentido lados, se reconhecem turboglifos assimétricos
longitudinal, que faz com que as linhas de torcidos (twisted asymmetrical flute marks).
corrente se concentrem atrás do objeto e
promovam a erosão. Neste último caso, Turboglifo assimétrico helicoidal
originam as estruturas de desbaste (corkscrew, corkscrew flute casts, corkscrew
longitudinais (longitudinal obstacle scour) e os marks). Veja em turboglifo assimétrico.
turbiditos fusiformes (spindle-shaped flute
marks) com sua forma alongada. Turboglifo assimétrico simples. Veja em
Ilustração. turboglifo assimétrico.

Turboglifo assimétrico torcido (twisted


asymmetrical flute marks). Veja em turboglifo
assimétrico.

Turboglifo composto. Veja turboglifo


assimétrico.

Turboglifo conjugado (conjugate flute marks).


Ilustração. Veja em turboglifo.
Turboglifo interceptado (delicate flute casts,
furrow flute casts, rill cast, sludge cast).
Estruturas similares aos moldes de turboglifos
mostrando-se com extremos bulbosos. Diferem
pelo fato de serem alargados e por estar
separados entre si por sulcos estreitos e
paralelos (vestígios da segmentação da
estrutura original).
Caso as extremidades orientadas no
sentido do montante diminuam gradualmente
em relevo, a estrutura se altera para sulcos e
cristas longitudinais lavrados por corrente.

Turboglifo isolado (isolated flute marks).


Constituem turboglifos individuais que não
cobrem completamente a superfície onde
Turboglifos conjugados. Moldes de turboglifos em arenito ocorrem. Consistem de assembleias de marcas
do Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A seta mostra descontínuas, distribuídas ao acaso (turboglifos
o sentido de deslocamento da paleocorrente. Referência: dispersos, random flute marks) ou
2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. regularmente arranjadas [(turboglifos
padronizados, patterned flute, patterned flute
Turboglifo deformado por sobrecarga (flute marks)] em linhas oblíquas ou longitudinais ao
load cast, load-casted flute marks, loaded flute fluxo, ou ainda em grupos restritos.
mould). Tratam-se de turboglifos que sofreram Quanto à forma podemos distinguir:
a ação de sobrecarga em simultaneidade com 1. Turboglifos parabólicos.
o fluxo. 2. Turboglifos fusiformes.
Podem ser referidos como marcas 3. Turboglifos em cometa.
erosivas agravadas. 4. Turboglifos assimétricos.
Veja também estrutura de
sobrecarga. Turboglifo padronizado (patterned flute,
patterned flute marks). Veja em turboglifo
Turboglifo disperso (random flute marks). isolado.
Veja em turboglifo isolado.
Turboglifo parabólico (bulbous marks,
Turboglifo em cometa (comet-shaped flute linguiform marks, parabolic flute marks).
casts, comet-shaped flute marks). São Ilustração. Constituem turboglifos que se
turboglifos agudos, com margens divergentes e apresentam, em planta, como curvas
ondulantes. parabólicas. Podem ser de três tipos:
São mais frequentemente isolados do 1. Simples (simple parabolic flute
que conjugados, sendo marcas raras. marks): quando formam uma parábola simples.
2. Bulboso (bulbous parabolic flute
Turboglifo em forma de cogumelo mark, voluted parabolic flute mark): quando
(mushroom-shaped flute marks). Veja em apresentam uma porção mais profunda com
turboglifo. maior arredondamento.
3. Em garra (peniform parabolic flute
Turboglifo frondescente sulcado por carga. marks): quando a porção mais profunda possui
Veja em estrutura frondescente. um apêndice em forma de garra.
Turboglifo fusiforme (spindle-shaped flute
marks). São turboglifos que, em planta,
lembram charutos pelo formato fusiforme.
Também podem ocorrer em padrões
conjugados.
resistências à erosão, determinando um
desbaste escalonado.

Turfa (peat). Veja em Rocha Sedimentar


Orgânica.

U
Turboglifos parabólicos. Moldes em arenito do Grupo
Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. Na parte inferior
mediana da fotografia, turboglifo parabólico em garra. A Unidade aloestratigráfica (allostratigraphic
paleocorrente (média) está indicada pela seta. Referência: unit). A aloestratigrafia compreende o estudo, e
2,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique Nowatzki. a mapeabilidade, de corpos sedimentares
estratiformes, geneticamente relacionados
Turboglifo parabólico bulboso (bulbous limitados na base e no topo por discordâncias
parabolic flute marks, voluted parabolic flute ou por contatos concordantes correlativos.
marks). Ilustração. Veja em turboglifo Estas unidades podem suceder-se na
parabólico. vertical, posicionar-se lado a lado ou mesmo
situar-se geograficamente isoladas.
Tal como ocorre com as unidades
litoestratigráficas, as aloestratigráficas são
hierarquizadas. Contudo, enquanto a divisão na
litoestratigrafia tem como critério principal a
identidade litológica ou da associação de
rochas, na aloestratigrafia podem coexistir
rochas formadas em mais do que um ambiente
deposicional, ou seja, ser diferenciadas, mas
limitadas por superfícies de erosão ou não-
deposição.
As unidades aloestratigráficas são:
1. Alogrupo (allogroup): composto por
duas ou mais aloformações.
Turboglifos parabólicos bulbosos. Moldes em arenito do 2. Aloformação (alloformation):
Grupo Bom Jardim, Proterozoico, RS, BR. A seta mostra a unidade aloestratigráfica fundamental.
direção de fluxo da paleocorrente. Referência: 2,0 cm de ∅.
Créditos: Carlos Henrique Nowatzki.
3. Alomembro (allomember): divisão
de uma aloformação.
Turboglifo parabólico em garra (peniform
parabolic flute marks). Veja em turboglifo Unidade cronoestratigráfica
parabólico. (chronostratigraphic unit). É uma camada, ou
um conjunto de camadas, de rocha utilizada
Turboglifo parabólico simples (simple como referência para um intervalo geológico
parabolic flute marks). Veja em turboglifo específico, em concordância a hierarquia da
parabólico. subdivisão do tempo geológico.
São as seguintes as unidades
Turboglifo terraceado (flute marks terraced, cronoestratigráficas:
sculptured flute cast, terraced flute cast, 1. Eonotema (eonothem): trata-se de
terraced flute moulds, terraced marks). camada ou sequência de camadas de rochas
Turboglifos de aspecto escalonado. escolhido para referenciar um dado intervalo
Tem origem em fundos lamosos de tempo geológico em atendimento a
laminados onde as lâminas possuem diferentes
estruturação hierárquica da divisão do tempo características particulares de ordem litológica
geológico. em comum.
É a maior unidade As unidades litoestratigráficas
cronoestratigráficas reconhecida. O Éon (eon) é formais são:
seu equivalente geocronológico. 1. Grupo (group): normalmente é
2. Eratema (erathem): é a unidade composto por duas ou mais Formações com
cronoestratigráfica imediatamente abaixo de similaridades litológicas.
Eonotema (eonothem). A sua equivalente É possível dividir-se grupos em
geocronológica é a Era (era). subgrupos (subgroups) ou promover a
3. Sistema (system): é a unidade associação de grupos, ou de grupos e
cronoestratigráfica posicionada abaixo de formações adjacentes em supergrupos
Eratema (erathem) e acima de Série (series). (supergroups).
Período (period) é seu equivalente 2. Formação (formation): é a unidade
geocronológico. litoestratigráfica fundamental.
4. Série (series): é uma unidade Além de suas características
cronoestratigráfica posicionada entre Sistema litológicas são considerados o seu
(system) e Andar (stage). posicionamento estratigráfico e a sua
Seu equivalente geocronológico é mapeabilidade em superfície ou subsuperfície.
Época (epoch). 3. Membro (member): é a unidade
5. Andar (stage): é a unidade distinguida dentro de uma Formação
cronoestratigráfica básica regional que (formation) por alguma peculiaridade litológica.
corresponde a uma sucessão de rochas 4. Camada (bed, layer, stratum): é a
formadas em tempo equivalente a uma Idade menor unidade litoestratigráfica.
(age), esta sua equivalente geocronológica. A denominação é empregada para a
6. Cronozona (chronozone): é a camada que tem especial significado para
menor unidade cronoestratigráfica. É utilizada correlação estratigráfica ou como referência.
localmente e corresponde a um conjunto de
rochas formadas no intervalo de tempo de um
Crono (chron), a menor unidade
geocronológica.

Unidade de sedimentação (sedimentation


unit, strata, stratum). Podemos interpretar
V
unidade de sedimentação sob dois aspectos
distintos:
1. Deposição sedimentar sob Vasa (ooze). Corresponde a uma
condições físicas essencialmente constantes sedimentação pelágica de granulação fina,
(veja camada e lâmina). contendo normalmente mais de 30% de
2. Uma ou mais sequências de material de origem orgânica.
camadas depositadas continuamente sob As vasas de globigerina (globigerine
condições uniformes, ou de variância contínua ooze) são compostos pelas tecas de carbonato
em um único episódio de sedimentação, de cálcio (CaCO3) de diversos foraminíferos
marcando o que, para alguns, denomina-se planctônicos, mas as de Globigerina são
estrato. dominantes.
As vasas de radiolários (radolarian
Unidade litoestratigráfica (lithostratigraphic ooze), foraminíferos com esqueleto de
unit). Os caracteres litológicos são espículas de sílica (SiO2) ou de sulfato de
determinantes para o estabelecimento de estrôncio (SrSO4), compõem-se, usualmente,
rochas como uma unidade litoestratigráfica. por restos destes organismos.
Pode se constituir por rochas associadas (a) As vasas de diatomáceas (diatom
que possuam um tipo dominante de litologia, (b) ooze) constituem-se, dominantemente, por
que formem uma combinação diversa de dois carapaças (ou frústulas) silicosas (SiO2)
ou mais tipos litológicos, ou (c) que tenham daquelas algas.
Vasas de pterópodos (pteropod
ooze), são formadas por conchas de aragonita
(CaCO3), ortorrômbico, polimorfo de calcita e
vaterita.
Veja também ambiente marinho,
diatomácea e Rocha Sedimentar Orgânica.

Vazão (flow rate). É o volume de gás ou líquido


que passa em uma seção de conduto livre (rio,
p.ex.) ou forçado (p. ex. uma tubulação), por
uma unidade de tempo, isto é, trata-se da
rapidez com que um determinado volume de
fluido escoa. Vênulas. Pequenas fraturas preenchidas com calcita
(CaCO3). Formação Serra Alta, Permiano, SC, BR.
Varve (varve). Veja em estratificação finamente Referência: 5,0 cm de ∅. Créditos: Carlos Henrique
Nowatzki.
interacamada.
Verniz do deserto (desert varnish). Veja em
Varvito (varvite). Veja em ambiente glacial.
grão polido.
Veio (vein). Ilustração. Tratam-se de feições
Vitrênio (vitrène). Veja em Rocha Sedimentar
secundárias que representam o preenchimento
Orgânica.
de fraturas com materiais químicos que provém
dos estratos encaixantes ou de outras fontes.
Vugs. Veja em geodo.
Quando de fina espessura recebem o
nome de vênulas.
Vulcão de areia (patterned cones, sand
Os preenchimentos mais comuns são
volcano, spring pits). São acumulações de
de quartzo (SiO2) e calcita (CaCO3).
areia com forma cônica, apresentando na sua
parte mais apical uma cratera.
Graças à compactação dos
sedimentos, água e areia são ejetadas até a
superfície, originando a estrutura.
Veja estrutura de escape de água e
também estrutura cilíndrica.

Vulcão de argila (clay vulcanoe). Veja vulcão


de lama.

Vulcão de lama (mud vulcanoe). São


acumulações de lama com forma cônica,
apresentando na sua parte mais apical uma
cratera.
Veio. Veio silicoso cortando diagonalmente sedimentitos Graças à compactação dos
pelíticos (veja em Rocha Sedimentar Clástica) da Formação sedimentos, água e lama são ejetadas até a
Teresina, Permiano, RS, BR. Créditos: Carlos Henrique
superfície, originando a estrutura.
Nowatzki.
Caso apresentem forma de mama
denominam-se monroe.
Ventifacto (ventifacts). Veja em grão facetado. Veja estrutura de escape de água.
Vênula. Veja em veio. Ilustração.

W
Wadi. Veja em ambiente eólico.

Washover fan. Veja em ambiente lagunar.

Z
Zona de cimentação (cementation zone). Em
Geologia corresponde a zona posicionada
abaixo do nível hidrostático (profundidade em
que se encontra a água numa determinada
região) onde os clastos são cimentados. O
fenômeno ocorre por deposição do material
cimentante (elementos e compostos) lixiviado
de um nível superior.

Zona de corrosão (corrosion zone). Veja


superfície de corrosão em calcário.

Zona de perturbação (whirl-zone). Porção de


uma camada perturbada por efeito de
deslizamento (creeping).
Veja também estrutura de
escorregamento e estrutura convoluta.

Zona de várzea (floodplain). Veja em ambiente


de planície de inundação.

Zona inframaré. Veja em ambiente de planície


de maré.

Zona intermaré. Veja em ambiente de planície


de maré.

Zona de rebentação. É a Zona de Antepraia


onde as ondas “rebentam”.
Veja ambiente praial.

Zona supramaré. Veja em ambiente de


planície de maré.
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VOCÁBULOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA E VERBETES CORRELATOS NESTE LÉXICO

Algonkian. Veja algonquiano.

A Aligned current structures. Veja estruturas


direcionais em estrutura sedimentar.
Allitic. Veja alítico.
Allochtonous. Veja alóctone.
Allochthonous coal. Veja carvão alóctone em
Abioglyph. Veja abioglifo. carvão.
Ablation. Veja ablação. Alloformation. Veja aloformação em unidade
Abrasion. Veja abrasão. aloestratigráfica.
Abyssal sedimentary rocks. Veja em abissal. Allogenic. Veja alotígeno.
Abyssal sediments. Veja em abissal. Allogroup. Veja alogrupo em unidade
Acaustobiolite. Veja acaustobiólito. aloestratigráfica.
Accretion concretion. Veja concreção Allomember. Veja alomembro em unidade
acrecional. aloestratigráfica.
Accretion deposits. Veja estratos cavalgantes Allostratigraphic unit. Veja unidade
transladantes em estrato transladante. aloestratigráfica.
Actualism. Veja atualismo. Allostratigraphy. Veja aloestratigrafia em
Adhesion ripples. Veja marca de ondulação unidade aloestratigráfica.
por adesão. Allothigenic. Veja alotígeno.
Adhesion warts. Veja marca em verruga por Alluvium. Veja aluvião.
adesão. Alpha-cross stratification. Veja estratificação
Aegragopila. Veja bolas marinhas em bola cruzada alfa.
lacustre. Alteration. Veja alteração.
Aeolian dunes. Veja mega marca de Alternating bedding. Veja estratificação rítmica
ondulação. areia/lama em estratificação finamente
Aerobic bacteria. Veja bactéria aeróbica em interacamada.
bactéria. Anaerobic. Veja anaeróbica.
Aerodynamic ripples. Veja marcas de Anaerobic bacteria. Veja bactéria anaeróbica
ondulações aerodinâmicas em marca de em bactéria.
ondulação balística. Angle of repose. Veja ângulo de repouso.
Age. Veja idade em unidade Angular cross bedding. Veja laminação
cronoestratigráfica e também idade. angular.
Agglomerate. Veja aglomerado. Anhydrite. Veja anidrita em Rocha Sedimentar
Aggradational ripples. Veja marca de Química.
ondulação cavalgante. Anthracite. Veja antracito em Rocha
Agnostozoic. Veja agnostozoica. Sedimentar Orgânica.
Air heave structures. Veja domos arenosos em Anti-crests. Veja estrutura em chama.
impressão de bolha. Antidunes. Veja marca de ondulação
Akle. Veja em duna transversa. regressiva e também estrutura em chama.
Algal ball. Veja estromatólito. Anti-ripplet. Veja marca de ondulação por
Algal biscuit. Veja estromatólito. adesão.
Algal crusts. Veja estromatólito dômico. Aqueous dunes. Veja mega marca de
Algal mat. Veja estromatólito e também ondulação.
estromatólito tabular. Archean. Veja arqueano.
Algal mound. Veja estromatólito e também Arcuate bands. Veja estrutura em costela e
estromatólito dômico. sulco.
Algal pebbles. Veja oncólito. Arenaceous. Veja arenáceo.
Algal pisolites. Veja algas pisolíticas em Arenite. Veja arenito em Rocha Sedimentar
oncólito. Clástica.
Algal stromatolite. Veja estromatólito. Argillite. Veja argilito em Rocha Sedimentar
Algal structures. Veja estromatólito. Clástica.
Arkose. Veja arcósio. Bacterium. Veja bactéria.
Armored mud balls. Veja bola de lama Ball-and-pillow structures. Veja estrutura em
couraçada. bolas e almofadas em pseudonódulo.
Arqueozoic. Veja arqueozóica. Ballistic ripples. Veja marca de ondulação
Asymmetrical climbing ripples. Veja marca de balística.
ondulação cavalgante fora de fase. Ball-or pillow-form structures. Veja
Asymmetrical flute marks. Veja turboglifo pseudonódulo.
assimétrico. Ball structures. Veja pseudonódulo.
Asymmetrical ripples marks. Veja marca de Band. Veja banda.
ondulação por corrente. Banded. Veja bandeado em banda.
Asymmetric oscillation ripples. Veja marca de Banding. Veja bandeamento em banda.
ondulação combinada. Bar. Veja onda de areia e também barra.
Asymmetric wave-formed ripple mark. Veja Barchan dunes. Veja duna barcana.
marca de ondulação combinada. Barchan like-ripples. Veja marca de ondulação
Asymmetric wave ripples. Veja marca de cuspada por corrente.
ondulação combinada e também marca Barchanoid ripple marks. Veja marca de
de ondulação assimétrica por onda. ondulação cuspada por corrente.
Atoll. Veja atol em recife. Barchan ripples. Veja marca de ondulação
Authigenic. Veja autígeno. isolada.
Autocthonous. Veja autóctone. Barkhans. Veja duna barcana.
Autochthonous coal. Veja carvão autóctone em Bar mouth. Veja barra de desembocadura.
carvão. Barrier island. Veja ilha-barreira em ambiente
Auto-injection structures. Veja estrutura de lagunar e também recife-barreira em recife.
auto-injeção. Barrier reef. Veja recife de barreira em recife.
Auto-intrusion. Veja dique sedimentar. Basin of deposition. Veja bacia de deposição
Avalanche-front cross stratification. Veja e também bacia sedimentar.
estratificação cruzada planar. Bathyal rocks. Veja batial.
Avalanche structures. Veja estrutura de Bathyal sediments. Veja batial.
avalanche. Bauxite. Ver bauxita.
Azoic. Veja azoica. Beach crest. Veja crista de praia em ambiente
praial.
Beach cusps. Veja cuspilito de praia.
Beach environments. Veja ambiente praial.
Beach ridge. Veja restinga em ambiente

B lagunar.
Beach-rocks. Veja recifes de pedra em
ambiente marinho e também em recife.
Beach-stone. Veja recifes de pedra em
ambiente marinho e também em recife.
Backset bedding. Veja estratificação cruzada. Bed. Veja camada.
Backset beds. Veja camadas regressivas em Bedding. Veja estratificação.
estratificação cruzada complexa. Bedding planes. Veja plano de estratificação.
Backset cross stratification. Veja estratificação Bedding surfaces. Veja plano de
cruzada em retrocesso em marca de estratificação.
ondulação regressiva. Bedload. Veja carga de fundo em transporte.
Backshore. Veja em ambiente praial e também Bedset. Veja sequência de camadas.
cuspilito de praia. Benthos. Veja bentos.
Backside. Veja em ambiente eólico. Bentonite. Veja bentonita.
Backwash marks. Veja marca de ondulação Beta-cross-stratification. Veja estratificação
romboidal por corrente. cruzada beta.
Backwash ripple. Veja marca de ondulação Bifurcated flaser bedding. Veja estratificação
regressiva. flaser bifurcada.
Backwash ripple marks. Veja marca de
ondulação regressiva.
Bifurcated wavy flaser bedding. Veja Boulder. Veja matacão em clasto.
estratificação flaser ondulada e Bounce cast. Veja marca de roçadura.
bifurcada. Bounce marks. Veja marca de roçadura.
Bifurcating rill marks. Veja sulco de lavagem Boundary surface. Veja plano de
bífido. estratificação.
Biochemical rock. Veja rocha bioquímica em Bow shaped ripple. Veja marca de ondulação
Rocha Sedimentar Orgânica. linguoide em forma de arco em marca de
Biocoenosis. Veja biocenose. ondulação linguóide por corrente.
Biodeformational structures. Veja estrutura de Boxwork. Veja melicária em septária.
bioturbação. Branching rill marks. Veja sulco de lavagem
Bioerosional structures. Veja estrutura de arborescente.
bioperfuração. Break apart structures. Veja estrutura
Biofacies. Veja biofácies em fácies. brechosa.
Biogenic. Veja biogênico. Breccia. Veja brecha.
Biogenic sedimentary structures. Veja estrutura Brecciated structures. Veja estrutura
orgânica e também estrutura de brechosa.
bioturbação. Brecciation. Veja estrutura brechosa.
Biogenic structures. Veja estrutura orgânica e Brown clays. Veja argilas castanhas em
também estrutura de bioturbação. ambiente marinho.
Bioglyphs. Veja icnofóssil. Browsing traces. Veja traço de pastagem.
Bioherm. Veja bioherma. Brush cast. Veja marca de empuxo.
Biohieroglyphs. Veja icnofóssil. Brush marks. Veja marca de empuxo.
Biokinematic structures. Veja estrutura Bubble impression. Veja impressão de bolha.
biocinemática. Bubble prints. Veja impressão de bolha.
Biolite. Veja biólito. Bubble sand structures. Veja arenito
Biomicrite. Veja biomicrito. esponjoso.
Biostratification. Veja bioestratificação. Bulbous marks. Veja turboglifo parabólico.
Biostratigraphy. Veja bioestratigrafia. Bulbous parabolic flute marks. Veja turboglifos
Biostrome. Veja biostromo. parabólicos bulbosos em turboglifo
Biota. Veja biota. parabólico.
Bioturbation. Veja estrutura de bioturbação. Burr balls. Veja bola lacustre.
Bioturbation structures. Veja estrutura de Burrows. Veja estrutura tubular e também
bioturbação. estrutura de escavação.
Biozone. Veja biozona. Bypass. Veja em fluxo homopicnal.
Birdseye structures. Veja estrutura em olhos de
pássaro em arenito esponjoso.
Birdseye vugs. Veja estrutura em olhos de
pássaro em arenito esponjoso.
Bitumen. Veja betume.
Bituminous. Veja betuminoso.
Bituminous coal. Veja hulha em Rocha
C
Sedimentar Orgânica.
Bituminous shale. Veja folhelho pirobetuminoso
em folhelho. Cabbage-leaf casts. Veja estrutura
Blanket. Veja manta ou lençol em geometria. frondescente.
Bolsters. Veja pseudonódulo. Cabbage-leaf marking. Veja estrutura
Bomb. Veja bomba. frondescente.
Bomb sags. Veja cratera de impacto. Cabbage-leaf structures. Veja estrutura
Borings. Veja estrutura de bioperfuração. frondescente.
Borrows traces. Veja estrutura tubular e Calcarenites. Veja calcarenitos em Rocha
também estrutura de escavação. Sedimentar Química.
Bottomset. Veja sequência de fundo em Calcilutites. Veja calcilutitos em Rocha
ambiente deltaico. Sedimentar Química.
Boudinage. Veja na letra B.
Calcirudites. Veja calcirruditos em Rocha Channel lag deposits. Veja depósitos
Sedimentar Química. residuais de canal em ambiente de
Calcreto. Veja caliche em Rocha Sedimentar planície de inundação.
Química. Chattermarks. Veja fratura em crescente.
Caliche. Veja em Rocha Sedimentar Química. Chemical sedimentary rock. Veja Rocha
Capacity. Veja capacidade. Sedimentar Química.
Capillarity. Veja capilaridade. Chemical structures. Veja estrutura
Capillary discharge. Veja descarga capilar em diagenética.
capilaridade. Chenier. Veja cristas alongadas em ambiente
Canyons. Veja em ambiente em leque e praial.
também canyon. Chert. Veja em Rocha Sedimentar Química.
Carbonation. Veja carbonatação em Chevron cross-bedding. Veja estratificação
intemperismo. cruzada espinha de peixe.
Carboniferous. Veja carbonífero. Chevron cross-stratification. Veja
Carbonization. Veja carbonização. estratificação cruzada espinha de peixe.
Carnallite. Veja carnalita em Rocha Chevron marks. Veja marca espigada.
Sedimentar Química. Choppy cross-lamination. Veja estratificação
Cast. Veja contramolde. cruzada festonada.
Casts of mud furrows. Veja turboglifo. Chron. Veja crono em unidade
Catastrophism. Veja catastrofismo. cronoestratigráfica.
Catenary in phase ripples. Veja marcas de Chronozone. Veja cronozona em unidade
ondulações catenárias em fase em marca cronoestratigráfica.
de ondulação catenária. Churned bedding. Veja estrutura de
Catenary out of phase ripples. Veja marcas de bioturbação deformativa.
ondulações catenárias fora de fase em Churned stratification. Veja estrutura de
marca de ondulação catenária. bioturbação deformativa.
Catenary ripples. Veja marca de ondulação Clarain. Veja clarênio em Rocha Sedimentar
catenária. Orgânica.
Catenary swept ripples. Veja marcas de Clast. Veja clasto.
ondulações varridas catenárias em marca Clastic dykes. Veja dique sedimentar.
de ondulação catenária. Clastic sedimentary rock. Veja Rocha
Caustobiolite. Veja caustobiólito. Sedimentar Clástica.
Cave flutes. Veja marca de ondulação Clast strips. Veja costela transversal.
cárstica. Clay. Veja argila em clasto.
Cave scallors. Veja marca de ondulação Clay ball. Veja bola de lama couraçada e
cárstica. também galha de argila.
Cavernous sand. Veja arenito esponjoso. Clay chip. Veja intraclasto.
Cement. Veja cimento em Rocha Sedimentar Clay coarse. Veja argila grossa em clasto.
Clástica. Clay Clastic dykes. Veja dique sedimentar.
Cementation. Veja cimentação. Clay dunes. Veja duna de argila.
Cementation zone. Veja zona de cimentação. Clay fine. Veja argila fina em clasto.
Cenozoic. Veja cenozoica. Clay gall. Veja galha de argila.
Channel. Veja canal, sulco de lavagem e Clay medium. Veja argila média em clasto.
também estrutura de corte e Clay vulcanoe. Veja vulcão de lama.
preenchimento. Cleavage. Veja clivagem.
Channel bar. Veja barra de canal. Climate. Veja clima.
Channel cast. Veja estrutura de corte e Climbing ripple cross-lamination. Veja marca
preenchimento. de ondulação cavalgante.
Channel cut and fill. Veja canal de corte e Climbing ripple laminae. Veja marca de
preenchimento. ondulação cavalgante.
Channel fill. Veja estrutura de corte e Climbing-ripple lamination. Veja marca de
preenchimento. ondulação cavalgante.
Channel-fill cross-bedding. Veja estratificação
cruzada em calha.
Climbing-ripple lamination with ripple laminae Combined structures. Veja camada
in-drift. Veja marca de ondulação gradacional.
cavalgante fora de fase. Comb-shaped rill mark. Veja sulco de lavagem
Climbing-ripple lamination with ripple laminae em pente.
in-phase. Veja marca de ondulação Comet marks. Veja marca em cometa.
cavalgante em fase. Comet-shaped flute casts. Veja turboglifo em
Climbing-ripple pseudo-stratification. Veja cometa.
estratos transladantes cavalgantes em Comet-shaped flute marks. Veja turboglifo em
estrato transladante. cometa.
Climbing ripples. Veja marca de ondulação Compaction. Veja compactação.
cavalgante. Compactation faults. Veja falha
Climbing-ripple stratification. Veja estratos penecontemporânea.
cavalgantes transladantes em estrato Compactation structures. Veja estrutura de
transladante. compactação.
Climbing-ripple structures. Veja marca de Competence. Veja competência em ambiente
ondulação cavalgante. de planície de inundação.
Climbing translatent strata. Veja estratos Complete graded bedding. Veja camada
cavalgantes transladantes em estrato gradacional completa ou normal.
transladante. Complete grading. Veja camada gradacional
Climbing translatent stratification. Veja estratos completa ou normal.
cavalgantes transladantes em estrato Complete ripple-foreset cross lamination. Veja
transladante. marcas de ondulações cavalgantes fora de
Climbing translatent stratum. Veja estratos fase, não erosivas em marca de ondulação
transladantes cavalgantes em estrato cavalgante fora de fase.
transladante. Complete ripple form lamination. Veja marca de
Closed frame. Veja arcabouço fechado em ondulação cavalgante em fase.
paraconglomerado. Complex cross bedding. Veja estratificação
Coal. Veja hulha em Rocha Sedimentar cruzada complexa.
Orgânica. Complex interference ripple mark. Veja marca
Coal balls. Veja bola de carvão em galha de de ondulação de interferência complexa.
argila. Composite bedset. Veja sequência de
Coarsely interlayered bedding. Veja camadas compostas.
estratificação espessamente Compound cross-bedding. Veja estratificação
interacamada. cruzada composta.
Coarse-trail grading. Veja camada gradacional Compound cross-stratification. Veja
de pobre separação. estratificação cruzada composta.
Cobble. Veja pedra ou calhau em clasto. Compound flute marks. Veja turboglifo
Coccolithophorid ooze. Veja vasas de assimétrico.
cocolitoforídeos em ambiente marinho. Compound foreset bedding. Veja
Cockling. Veja estrutura cárstica cinzelada. estratificação cruzada composta.
Collapse breccias. Veja estrutura brechosa de Compound ripple marks. Veja marca de
colapso em estrutura brechosa. ondulação de interferência.
Collapse feactures. Veja estrutura de colapso Compound ripples. Veja marca de ondulação
em falha penecontemporânea. de interferência.
Collunar structures. Veja estrutura colunar. Concave cross-bedding. Veja estratificação
Color. Veja cor. cruzada em calha.
Color-banding. Veja banda. Concave inclined-bedding. Veja estratificação
Combined current wave ripples. Veja marca de cruzada em calha.
ondulação combinada. Concretionary layers. Veja leito
Combined-flow ripples. Veja marca de concrecionário e também estratificação
ondulação combinada. nodular.
Combined-flow ripples and wave ripples. Veja Concretions. Veja concreção.
marca de ondulação combinada. Cone-in-cone. Veja estrutura cone-em-cone.
Cone-in-cone structures. Veja estrutura cone- Convoluted lamination. Veja laminação
em-cone. convoluta em estrutura convoluta.
Cone-shaped structures. Veja língua arenosa Convolute folding. Veja estrutura convoluta.
de avalanche. Convolute laminated structures. Veja laminação
Conglomerate. Veja conglomerado. convoluta em estrutura convoluta.
Conical flute casts. Veja turboglifo. Convolute lamination. Veja laminação
Conical marks. Veja turboglifo. convoluta em estrutura convoluta.
Conical moat. Veja fosso cônico de desbaste. Convolute stratification. Veja estrutura
Conical rill marks. Veja sulco de lavagem convoluta.
cônico. Convolute structures. Veja estrutura
Conjugate flute marks. Veja turboglifos convoluta.
conjugados em turboglifo. Convolutional balls. Veja bola de convolução.
Consolidation. Veja estrutura de escape de Convolutions drift. Veja laminação convoluta
água consolidada. cavalgante em estrutura convoluta.
Contact. Veja contato. Coprolite. Veja coprólito.
Contemporaneous deformation. Veja estrutura Coquina. Veja na letra C.
de deformação penecontemporânea. Coral. Veja na letra C.
Content grading. Veja camada gradacional de Coral reef. Veja recife de corais em recife.
boa separação. Cord. Veja corda ou linear em geometria.
Continental fan. Veja leque continental em Corkscrew. Veja turboglifos assimétricos
ambiente em leque. helicoidais em turboglifo assimétrico.
Continental margin. Veja margem continental Corkscrew flute marks. Veja turboglifos
em ambiente marinho. assimétricos helicoidais em turboglifo
Continental rise. Veja sopé continental em assimétrico.
ambiente marinho. Corkscrew marks. Veja turboglifos assimétricos
Continental shelf. Veja plataforma continental helicoidais em turboglifo assimétrico.
em ambiente marinho. Corrasion. Veja abrasão.
Continental slope. Veja talude continental em Corrasion rills. Veja ondulação de corrasão.
ambiente marinho. Corrasion ripples. Veja ondulação de
Continuous graded bedding. Veja camada corrasão.
gradacional completa ou normal. Corrosion. Veja corrasão.
Continuous marks. Veja marcas contínuas Corrosion surface. Veja superfície de
lavradas por objetos em marca lavrada por corrosão em calcário.
objeto. Corrosion zone. Veja superfície de corrosão
Contorted bedding. Veja acamamento em calcário.
contorcido. Corrugated lamination. Veja laminação
Contorted laminations. Veja acamamento corrugada em estrutura convoluta.
contorcido. Coset. Veja cosequências de camadas.
Contorted sandstone dykes. Veja diques Costal current. Veja corrente costeira em
sedimentares contorcidos em dique transporte.
sedimentar. Counter-current cross lamination. Veja
Contorted stratification. Veja acamamento laminação cruzada em retrocesso em
contorcido. marca de ondulação regressiva.
Contourite. Veja contornito ou contourito em Counter-current ripples. Veja marca de
ambiente marinho. ondulação regressiva.
Contraction spheroids. Veja nódulo. Crack fill ridges. Veja moldes de gretas de
Convex incline-bedding. Veja estratificação contração desconectadas em molde de
cruzada inclinada convexa. greta de contração.
Convolute bedding. Veja estrutura convoluta. Crawling traces. Veja traço de rastejamento.
Convolute corrent-ripple lamination. Veja Crawling trails. Veja traço de rastejamento.
estratificação cruzada convoluta. Creeping. Veja deslizamento.
Convoluted laminae. Veja laminação convoluta Creep wrinkles. Veja pseudomarca de
em estrutura convoluta. ondulação.
Crescent cast. Veja estrutura de desbaste em Cross ripple. Veja marca de ondulação de
crescente. interferência e também marca de
Crescentic fracture. Veja fratura em ondulação de interferência complexa.
crescente. Cross strata. Veja estratificação cruzada.
Crescentic gouge. Veja fratura em crescente. Cross stratification. Veja estratificação
Crescentic impact scars. Veja marca de cruzada.
percussão. Cross stratum. Veja estratificação cruzada.
Crescentic-like ripples. Veja marca de Crumpled ball. Veja pseudonódulo enrugado.
ondulação cuspada por corrente. Crumpled mud-crack. Veja greta de contração
Crescentic ripple. Veja marca de ondulação deformada.
cuspada por corrente. Crumpled mud-cracks casts. Veja greta de
Crescentic ripple mark. Veja marca de contração deformada.
ondulação cuspada por corrente. Cryoturbation. Veja crioturbação em estrutura
Crescentic scour mark. Veja estrutura de de escorregamento.
desbaste em crescente. Cryptocristalline. Veja criptocristalino.
Crescent marks. Veja estrutura de desbaste Crystal casts. Veja impressão de cristal.
em crescente. Crystal clusters. Veja impressão de cristal.
Crescent scour. Veja estrutura de desbaste Crystal imprints. Veja impressão de cristal.
em crescente. Crystal mold. Veja impressão de cristal.
Crescent type cross bedding. Veja Crystal salt mold. Veja molde de impressão de
estratificação cruzada em calha. sal em impressão de cristal.
Crest dune. Veja crista. Ctenoide cast. Veja cilindro ctenoide.
Cretaceous. Veja cretáceo. Cubichnia. Veja traço de repouso.
Crevasse. Veja na letra C. Cumulative curve. Veja curva cumulativa.
Crevasse splay. Veja depósito de rompimento Curled bedding. Veja estrutura convoluta.
de diques marginais em ambiente de Curly bedding. Veja estrutura convoluta.
planície de inundação. Current bedding. Veja estratificação cruzada.
Crinckled bedding. Veja estratificação Current break-through. Veja estrutura
enrugada e também estrutura convoluta. incipiente em costela e sulco.
Crinckle marks. Veja pseudomarca de Current crescente. Veja estrutura de desbaste
ondulação. em crescente.
Crinoid. Veja crinoide. Current cross-ripples. Veja marca de
Criptozoic. Veja criptozoico. ondulação de interferência.
Criss-cross lamination. Veja estratificação Current erosional mark. Veja marca de sulco
cruzada de pequena escala. lavrado por corrente.
Critically climbing ripple. Veja marcas de Current lineation. Veja lineação de partição e
ondulações cavalgantes fora de fase, não também lineação por corrente.
erosivas em marca de ondulação Current mark. Veja marca de sulco lavrado
cavalgante fora de fase. por corrente.
Critically climbing translatent strata. Veja Current parting. Veja lineação de partição.
estrato transladante cavalgante crítico. Current ridges. Veja marcas de adesão
Cross bed. Veja estratificação cruzada. piroclásticas em marca de ondulação por
Cross bedded unit. Veja estratificação adesão.
cruzada. Current ripple lamination. Veja laminação
Cross bedding. Veja estratificação cruzada. cruzada e também marca de ondulação
Cross-grooves. Veja marca de sulco cruzado. cavalgante.
Cross laminae. Veja laminação cruzada. Current ripple marks. Veja marca de
Cross lamination. Veja laminação cruzada e ondulação por corrente.
também marca de ondulação cavalgante. Current ripples. Veja marca de ondulação por
Cross-lamination developed from ripple in corrente.
rythm. Veja marca de ondulação Current ripples on sand at near-equilibrium.
cavalgante em fase. Veja marca de ondulação.
Current ripples on silt. Veja marca de
ondulação.
Current scours. Veja marca de sulco lavrado Deformative structures. Veja estrutura de
por corrente. bioturbação deformativa.
Current shadows. Veja sombra de areia. Deformed cross bedding. Veja estratificação
Current structures. Veja estrutura de corrente. cruzada convoluta.
Curved ripple marks. Veja marca de Delayed graded bedding. Veja camada
ondulação descontínua por corrente. gradacional de pobre separação.
Cushion-like marks. Veja marca como Delayed graded bedding with poor separation.
travesseiro. Veja camada gradacional de pobre
Cusp. Veja cuspilito de praia. separação.
Cuspate ripple mark. Veja marca de Delicate flute casts. Veja turboglifo
ondulação cuspada por corrente. interceptado.
Cuspete small ripples. Veja marca de Delta. Veja na letra D.
ondulação cuspada por corrente. Delta bedding. Veja estratificação cruzada.
Cusplets. Veja cuspilito de praia. Delta foresets. Veja estratificação cruzada.
Cusp ripple. Veja marca de ondulação Delta front. Veja frente deltaica em ambiente
cuspada por corrente. deltaico.
Cusp ripple mark. Veja marca de ondulação Deltaic environment. Veja ambiente deltaico.
cuspada por corrente. Delta plain. Veja planície deltaica em ambiente
Cusp structures. Veja laminação convoluta em deltaico.
cúspide em estrutura convoluta. Deltoidal cast. Veja estrutura frondescente.
Cut-and-fill. Veja estrutura de corte e Deltoidal marks. Veja estrutura frondescente.
preenchimento. Dendrite. Veja dendrito.
Cut-out. Veja estrutura de corte e Dendritic marks. Veja sulco de lavagem.
preenchimento. Dendritic ridge molds. Veja padrão dendrítico
Cyclothem. Veja ciclotema. em sulco e crista longitudinal lavrado por
Cylindrical structures. Veja estrutura corrente.
cilíndrica. Dendritic ridges. Veja padrão dendrítico em
sulco e crista longitudinal lavrado por
corrente.
Dendritic surge marks. Veja sulco de lavagem.
Dendrophyens. Veja sulco de lavagem.

D Density currents. Veja corrente de turbidez.


Density grading. Veja gradação de densidade.
Denudation. Veja denudação.
Deposition. Veja deposição em sedimentação.
Deposicional environment. Veja ambiente
Darcy – Veja na letra D. deposicional.
Debris bars - Veja costela transversal. Depressed cone. Veja turboglifo.
Debris flow – Veja fluxo de detrito. Depressed flute casts. Veja turboglifo.
Debris flow deposits – Veja depósito de fluxo Desert. Veja deserto.
de detritos em movimento de massa. Desert varnish. Veja verniz do deserto em grão
Debrite – Veja debrito em movimento de polido.
massa. Desintegrate. Veja desagregar e desintegrar
Décollement structures. Veja acamamento em intemperismo.
contorcido. Diagenesis. Veja diagênese.
Decompose. Veja decompor em Diagenetic concretion. Veja concreção
intemperismo. diagenética em concreção.
Decomposition. Veja decomposição. Diagenetic structures. Veja estrutura
Deflation. Veja deflação e também abrasão. diagenética.
Deformation marks. Veja greta tensional Diaglyph. Veja diaglifo em hieroglifo.
transversa. Diagonal bedding. Veja estratificação
Deformative bioturbation structures. Veja cruzada.
estrutura de bioturbação deformativa. Diagonal lamination. Veja laminação angular.
Diagonal scour marks. Veja sulco erosivo Doubly cross-laminated. Veja estratificação
transverso lavrado por corrente. cruzada.
Diamictite. Veja diamictito em Downslope ripple. Veja marca de ondulação
paraconglomerado. em declive.
Diatom. Veja diatomácea. Draa. Veja draa em duna transversa.
Diatomite. Veja diatomito em Rocha Drag. Veja arrasto em transporte.
Sedimentar Orgânica. Drag cast. Veja marca de sulco lavrado por
Diferential compactation. Veja compactação objeto.
diferencial em compactação. Drag mark. Veja marca de sulco lavrado por
Dikaka dune. Veja duna dikaka. objeto.
Diminished dune. Veja onda de areia. Drag striae. Veja marca de sulco lavrado por
Dimpled current mark. Veja marca de objeto.
ondulação de interferência e também Draped. Veja drapeamento de lama em
marca de ondulação de interferência estratificação ondulada.
complexa. Draped lamination. Veja laminação drapeada
Dinoflagellate. Veja dinoflagelado. em marca de ondulação cavalgante em
Dinosaur leather. Veja couro de dinossauro. fase e também laminação drapeada.
Direcional load cast. Veja turboglifo. Dreikanter. Veja dreikanter em grão facetado.
Direcional structures. Veja estruturas Drift bedding. Veja estratificação cruzada e
direcionais em estrutura sedimentar. também marca de ondulação cavalgante.
Dirt polygons. Veja polígono de detrito. Drip impressions. Veja marca de pingo de
Discharge. Veja descarga. chuva.
Discharge solid. Veja descarga sólida. Drop and sags structures. Veja estrutura em
Discontinous curved lamination. Veja estrutura pingo e curva.
em forma de pires. Drop-like sheets of sand. Veja lençol arenoso
Discontinous graded bedding. Veja camada em forma de gota.
gradacional incompleta. Dropped blocks. Veja clasto pingado.
Discontinous marks. Veja marca lavrada por Dropstones. Veja clasto pingado.
objeto. Druse. Veja drusas em geodo.
Dish structures. Veja estrutura em forma de D-Shaped megaripples. Veja marca de
pires. ondulação lunada por corrente.
Disintegrate. Veja desagregar. Dune. Veja duna e também marca de
Disruption structures. Veja intraclasto. ondulação lunada por corrente.
Dissication cracks. Veja greta de contração. Durain. Veja durênio em Rocha Sedimentar
Dissication fissures. Veja greta de contração. Orgânica.
Dissication mark. Veja greta de contração. Dwelling burrows. Veja estrutura de moradia.
Dissication mudcracks. Veja greta de Dwelling structures. Veja estrutura de
contração. moradia.
Dissolution. Veja dissolução em intemperismo. Dwelling traces. Veja estrutura de moradia.
Distorted laminations. Veja acamamento Dykes. Veja dique sedimentar.
contorcido.
Distributary channel. Veja canal distributário e
também ambiente deltaico.
Distribution grading. Veja camada gradacional
de boa separação.
Disturbed stratification. Veja estrutura de
deformação penecontemporânea.
E
Dolomite. Veja dolomita e também dolomito.
Domal dunes of medusa-head aspect. Veja
duna em forma de domo. Earth’s crust. Veja crosta terrestre.
Dome-shaped dunes. Veja duna em forma de Eddy markings. Veja marca de redemoinho.
domo. Edgewise structures. Veja imbricação.
Domichnia. Veja estrutura de moradia. Eikanter. Veja eikanter em grão facetado.
Elongate irregular marks. Veja marca irregular Eta-cross-stratification. Veja estratificação
alongada. cruzada eta.
Elongate-symmetrical marks. Veja turboglifo. Evaporite. Veja evaporito.
Endichnia. Veja na letra E. Excretion. Veja concreção excrecional.
Endichnion. Veja na letra E. Excretional concretion. Veja concreção
Endoglyph. Veja endoglifo em hieroglifo. excrecional.
Endokinematic structures. Veja estrutura Exfoliation. Veja descamação.
endocinemática. Exichnion. Veja exchnion em exichnia.
Eolian current-ripples. Veja marca de Exoglyph. Veja exoglifo em hieroglifo.
ondulação balística. Exokinematic structures Veja estrutura
Eolian environment. Veja ambiente eólico. exocinemática.
Eolian microridges. Veja marca de ondulação
por adesão.
Eon. Veja éon.
Eonothem. Veja eonotema em unidade
cronoestratigráfica.
Epichnia. Veja na letra E.
Epichnion. Veja epichnion em epichnia.
Epigenetic concretion. Veja concreção
F
epigenética em concreção.
Epigenetic structures. Veja estrutura
epigenética em estrutura sedimentar. Fabrics. Veja fábrica.
Epiglyph. Veja epiglifo em hieroglifo. Faceted grains. Veja grão facetado.
Epoch. Veja época. Facies. Veja fácies.
Epsilon-cross-stratification. Veja estratificação Facultative anaerobic bacteria. Veja bactéria
cruzada epsilon. anaeróbica facultativa em bactéria.
Equant dunes. Veja duna equante. Fade-out laminae. Veja lâminas obliteradas em
Equidimensional marks. Veja marca como estrutura de avalanche.
travesseiro. Faecal pellets. Veja pelota fecal.
Era. Veja era. False bedding. Veja estratificação cruzada.
Erathem. Veja eratema em unidade False mud cracks. Veja pseudogreta de
cronoestratigráfica. contração.
Eroded symmetrical ripple marks. Veja marca False stratification. Veja estratificação
de ondulação simétrica erodida. cruzada.
Erosion. Veja erosão. Fan deltas. Veja leque deltaico em ambiente
Erosion channel. Veja canal, sulco de deltaico.
lavagem e também estrutura de corte e Fan environment. Veja ambiente em leque.
preenchimento. Fault. Veja falha penecontemporânea.
Erosion groove. Veja marca de sulco lavrado Faulting. Veja falha penecontemporânea.
por corrente. Fault steps. Veja falhas escalonadas em falha
Erosional grooves and ridges. Veja sulco e penecontemporânea.
crista longitudinal lavrado por corrente. Feather like flow markings. Veja marca
Erosional structures. Veja marca de sulco espigada.
lavrado por corrente e também marca Feather-like marks. Veja estrutura
lavrada por objeto. frondescente.
Erpoglyph. Veja erpoglifo em hieroglifo. Fecal pellet. Veja pelota fecal.
Erratic block. Veja bloco errático. Feeding burrows. Veja estrutura de
Escape structures. Veja traço de escape em alimentação.
estrutura de escavação. Feeding structures. Veja estrutura de
Escape traces. Veja traço de escape em alimentação.
estrutura de escavação. Feeding traces. Veja estrutura de alimentação
Eskers. Veja eskers em ambiente glacial. e também traço de pastagem.
Estuarine environment. Veja ambiente Feeding trails. Veja estrutura de alimentação
estuarino. e também traço de pastagem.
Feed trace. Veja estrutura de alimentação. Flow-fold. Veja pseudonódulo.
Festoon. Veja estratificação cruzada Flow layer. Veja pseudonódulo.
festonada. Flow mark. Veja turboglifo e também
Festoon cross bedding. Veja estratificação estrutura frondescente.
cruzada festonada. Flow rate. Veja vazão.
Festoon cross lamination. Veja estratificação Flow regime. Veja regime de fluxo.
cruzada festonada. Flow rolls. Veja rolos de fluxo em
Festoon cross-stratification. Veja pseudonódulo.
estratificação cruzada de pequena Flow structures. Veja pseudonódulo,
escala. turboglifo e também estrutura
Figurative bioturbation structures. Veja frondescente.
estrutura de bioturbação figurativa. Fluidization. Veja fluidização.
Figurative structures. Veja estrutura de Fluidized flow. Veja fluxo fluidificado em
bioturbação figurativa e também movimento de massa.
icnofóssil. Fluidized flow deposits. Veja depósito de fluxo
Fine rhythmically laminated bedding. Veja fluidificado em movimento de massa.
estratificação finamente interacamada. Flute. Veja turboglifo.
Fining-upward cycles. Veja estratificação Flute casts. Veja turboglifo.
gradativa de preenchimento de canal. Fluted steps. Veja microterraço ranhurado.
Fining-upward sequences. Veja estratificação Flute load cast. Veja turboglifo deformado por
gradativa de preenchimento de canal. sobrecarga.
First-order karren Strucktur. Veja estruturas Flute marks. Veja turboglifo.
cársticas de primeira ordem em estrutura Flute marks terraced. Veja turboglifo
cárstica. terraceado.
Flachkarren Strucktur. Veja estrutura cárstica Flute molds. Veja turboglifo.
plana. Flute rill marks. Veja sulco de lavagem em
Flame structures. Veja estrutura em chama. forma de turboglifo.
Flaser bedding. Veja estratificação flaser. Fluting structures. Veja estrutura cárstica.
Flaserchichten. Veja estratificação flaser. Flysch. Veja flysch em ambiente em leque e
Flaser structures. Veja estratificação flaser. também em turbidito.
Flat-bed. Veja estratificação paralela Foam impressions. Veja impressão de
horizontal. espuma.
Flat-bed laminae. Veja laminação paralela Foam marks. Veja impressão de espuma.
horizontal. Fodinichnia. Veja estrutura de alimentação.
Flat cast. Veja intraclasto. Folds of décollement type. Veja dobra
Flat-tapped ripple mark. Veja marca de penecontemporânea.
ondulação de crista plana. Foraminifera. Veja foraminífero.
Fleur-de-lys pattern. Veja padrão flor-de-lis em Force-aparts. Veja pseudonódulo.
sulco e crista longitudinal lavrado por Foreset. Veja lâminas frontais em marca de
corrente. ondulação e também ambiente deltaico.
Flint. Sinônimo de sílex. Veja sílex em Rocha Foreset bedding. Veja estratificação cruzada.
Sedimentar Química. Foreset laminae. Veja lâminas frontais em
Flocculation. Veja floculação. marca de ondulação.
Floodplain. Veja zona de várzea em ambiente Foreshore. Veja em ambiente praial e também
de planície de inundação. cuspilito de praia.
Flood plain environment. Veja ambiente de Formation. Veja formação em unidade
planície de inundação. litoestratigráfica.
Flowage cast. Veja estrutura em chama. Form sets. Veja estratificação lenticular de
Flowage marks. Veja marca de desbaste. pequeno porte.
Flowage structures. Veja marca de desbaste. Fossils. Veja fóssil.
Flow-and-plunge structures. Veja Fossil trace. Veja icnofóssil.
estratificação cruzada planar. Fossil track. Veja icnofóssil.
Flow cast. Veja estrutura em chama e também Founder and load structures. Veja estrutura de
estrutura de sobrecarga. sobrecarga e também pseudonódulo.
Fracture. Veja em fratura. Geopetal infills. Veja estrutura geopetal.
Fringing reef. Veja recife franjado em recife. Geopetal structures. Veja estrutura geopetal.
Fringy rill marks. Veja sulco de lavagem Geyserite. Veja geiserito em Rocha
franjado. Sedimentar Química.
Frondescent furrow flute casting. Veja Ghord. Veja duna estrelar.
estrutura frondescente. Ghourd. Veja duna estrelar.
Frondescent marks. Veja estrutura Giant current ripples. Veja marca de
frondescente. ondulação gigante.
Frost cracks. Veja greta de congelamento. Giant ripple. Veja marca de ondulação
Frosted surface. Veja superfície fosca em gigante, marca de ondulação de crista
textura. reta por corrente e também marca de
Froude number. Veja número de Froude em ondulação de crista sinuosa por
regime de fluxo. corrente.
Frustule. Veja frústula em teca. Glacial cirque. Veja circo glacial.
Ftanita. Veja em Rocha Sedimentar Química. Glacial environment. Veja ambiente glacial.
Fucoid. Veja estrutura fucoide e também Glacial flutings. Veja estria glacial.
estromatólito. Glacial graves. Veja grão estriado.
Fugichnia. Veja traços de escape protrusivos e Glacial grooves. Veja estria glacial.
traços de escape retrusivos em estrutura Glacial lineations. Veja lineação glacial.
de escavação. Gleyed. Veja pedotúbulo.
Fulgurite. Veja fulgurito. Gleyed subsoils. Veja solo pedotubulado em
Furious cross laminated. Veja estratificação pedotúbulo e também estrutura
cruzada. mosqueada.
Furious cross lamination. Veja estratificação Globigerina ooze. Veja vasa de globigerinas em
cruzada. ambiente marinho.
Furrow cast. Veja sulco e crista longitudinal Gnarly bedding. Veja estrutura convoluta.
lavrado por corrente. Gouge channel. Veja estrutura de corte e
Furrow flute casts. Veja turboglifo preenchimento.
interceptado. Gouge marks. Veja fratura em crescente.
Furrow mark. Veja sulco e crista longitudinal Gradational lamination. Veja camada
lavrado por corrente. gradacional.
Fusain. Veja fusênio em Rocha Sedimentar Graded. Veja camada gradacional completa
Orgânica. ou normal.
Graded bed. Veja camada gradacional.
Graded bedding. Veja camada gradacional.
Graded bedding with good separation. Veja
camada gradacional de boa separação.

G Graded bedding with poor separation. Veja


camada gradacional de pobre separação.
Graded laminated bed. Veja camada
gradacional.
Graded rhythmites. Veja estratificação
Gamma-cross-stratification. Veja finamente interacamada.
estratificação cruzada gama. Graded stratification. Veja estratificação
Gap. Veja hiato. gradativa de preenchimento de canal.
Gas bubble. Veja impressão de bolha. Graination. Veja lineação por corrente.
Gas bubble cavities in muddy sediments. Veja Grainfall. Veja depósito por queda de grãos
lamito esponjoso. em ambiente eólico e também depósito
Gas heave structures. Veja impressão de por queda de grãos.
bolha. Grainfall deposit. Veja depósito por queda de
Gas pit. Veja impressão de bolha. grãos em ambiente eólico e também
Gastrolits. Veja gastrólitos em grão polido. depósito por queda de grãos.
Geodes. Veja geodo. Grain fall laminae. Veja lâminas frontais em
Geometry. Veja geometria. marca de ondulação.
Grain fall lamination. Veja lâminas frontais em
marca de ondulação. Hail imprints. Veja marca de granizo.
Grain flow. Veja depósito por fluxo de grãos em Hail marks. Veja marca de granizo.
ambiente eólico, depósito por fluxo de Hail pits. Veja marca de granizo.
grãos, fluxo granular e também língua Hail prints. Veja marca de granizo.
arenosa de avalanche. Hailstone impact. Veja marca de granizo.
Grain flow cross strata. Veja estratificação Hailstone imprints. Veja marca de granizo.
cruzada por lâmina frontal e língua Hair balls. Veja bola lacustre.
arenosa de avalanche. Halite. Veja halita.
Grainflow deposit. Veja depósito por fluxo de Harrow mark. Veja marca gradada.
grãos em ambiente eólico, depósito de Hassock bedding. Veja pseudonódulo.
fluxo de grãos em movimento de massa e Hassocks. Veja pseudonódulo.
também depósito por fluxo de grãos. Hassock structures. Veja pseudonódulo.
Granulometry. Veja granulometria. Hatching. Veja estrutura de alimentação,
Gravel. Veja seixo. traço de pastagem e também estrutura de
Gravel coarse. Veja seixo grosso em clasto. escavação.
Gravel fine. Veja seixo fino em clasto. Herringbone cross-bedding. Veja
Gravel medium. Veja seixo médio em clasto. estratificação cruzada espinha de peixe.
Gravel very coarse. Veja seixo muito grosso em Herringbone cross-stratification. Veja
clasto. estratificação cruzada espinha de peixe.
Gravel very fine. Veja seixo muito fino em Harringbone marking. Veja marca espigada.
clasto. Herringbone pattern. Veja marca espigada.
Gravifossum. Veja gravifossa. Heterogenous structures. Veja camada
Gravitational deposit. Veja depósito gradacional.
gravitacional em movimento de massa. Hexagonal interference ripples. Veja marca de
Gravity flow. Veja fluxo gravitacional e ondulação de interferência.
também fluxo gravitacional em movimento Hieroglyph. Veja hieroglifo.
de massa. High-angle planar cross stratification. Veja
Grazing traces. Veja traço de pastagem. estratificação cruzada planar.
Grazing trails. Veja traço de pastagem. Hiperpycnal flow. Veja fluxo hiperpicnal.
Groove cast. Veja marca de sulco lavrado por Hipopycnal flow. Veja fluxo hipopicnal.
objeto. Homogeneous bedding. Veja camada maciça.
Groove load casts. Veja marca de sulco Homogeneous structures. Veja camada
deformado por sobrecarga. maciça.
Groove marks. Veja marca de sulco lavrado Homopycnal flow. Veja fluxo homopicnal.
por objeto. Hoof-print structures. Veja estrutura devida a
Groove ruffling. Veja marca espigada. pegada de animal ungulado.
Group. Veja grupo em unidade Horizontal bedding. Veja estratificação
litoestratigráfica. paralela horizontal.
Gully. Veja boçoroca. Horizontal discontinous stratification. Veja
Gutter cast. Veja estrutura de corte e laminação transcorrente e também
preenchimento e também sulco e crista estratificação paralela horizontal
longitudinal lavrado por corrente. descontínua.
Gutter mold. Veja estrutura de corte e Horizontal lamination. Veja laminação paralela
preenchimento. horizontal.
Gypsum crystals. Veja impressão de cristal. Horizontal parallel stratification. Veja
laminação transcorrente e também
estratificação paralela horizontal.
Horizontal sandstone sheets. Veja sill
sedimentar.

H Horizontal stratification. Veja estratificação


paralela horizontal.
Horse-shoe. Veja turboglifo.
Horse-shoe flute cast. Veja estrutura de Inclined stratification. Veja estratificação
desbaste em crescente. cruzada inclinada convexa e também
Host rock. Veja rocha-hospedeira em rocha. estratificação cruzada.
Hummocky. Veja hummocky em estratificação Incoalation. Veja hulheização em rocha
cruzada por ondas. sedimentar orgânica.
Hydration. Veja hidratação em intemperismo. Incomplete graded bedding. Veja camada
Hydrolysis. Veja hidrólise em intemperismo. gradacional incompleta.
Hydrostatic level. Veja nível hidrostático em Incomplete ripple. Veja marca de ondulação
zona de cimentação. isolada.
Hypercyclothem. Veja hiperciclotema em Incomplete ripple form lamination. Veja marca
ciclotema. de ondulação cavalgante fora de fase.
Hyperglyph. Veja hiperglifo em hieroglifo. Incomplete shrinkage cracks. Veja greta de
Hypersaline. Veja hipersalina. contração linear.
Hypichnia. Veja na letra H. Incretion. Veja concreção increcional.
Hypichnion. Veja hypichnion em hypichnia. Injections structures. Veja estrutura de
Hypoglyph. Veja hipoglifo em hieroglifo. injeção.
Inland sabkha. Veja lago de deserto em
ambiente eólico.
Inlets. Veja canais em ambiente lagunar.
Inner shelf. Veja plataforma continental interna

I ou proximal em ambiente marinho.


Intercretion. Veja septária.
Intercretional concretion. Veja septária.
Interdistributary bay. Veja baía interdistributária
em ambiente deltaico.
Iceberg furrow marks. Veja marca gigante Interdune. Veja interduna em ambiente eólico.
lavrada por gelo. Interference ripple marks. Veja marca de
Ice cracks. Veja greta de congelamento. ondulação de interferência.
Ice crystal casts. Veja impressão de cristal. Interference ripples. Veja marca de ondulação
Ice crystal imprints. Veja impressão de cristal. de interferência.
Ice crystal marks. Veja impressão de cristal. Internal lebensspuren. Veja estrutura de
Ice field. Veja banquisa. alimentação.
Ice wedge polygons. Veja retículos poligonais Interrupted chevrons. Veja marcas espigadas
seixosos em greta de congelamento. interrompidas em marca espigada.
Ice-wedge traces. Veja greta de Interrupted graded bedding. Veja camada
congelamento e também involução. gradacional incompleta.
Ichnofossil. Veja icnofóssil. Interrupted grading. Veja camada gradacional
Igneous rock. Veja rocha ígnea em rocha. incompleta.
Imbricate structures. Veja imbricação. Interstrata. Veja interestratos em estratificação
Imbricate wave sculpture. Veja marca de paralela horizontal.
ondulação romboidal por corrente. Intraclast. Veja intraclasto.
Imbrication. Veja imbricação. Intracratonic basin. Veja bacia intracratônica.
Impact cast. Veja marca de impacto em marca Intraformational clast. Veja intraclasto.
lavrada por objeto. Intraformational corrugation. Veja dobra
Impact craters. Veja cratera de impacto. penecontemporânea.
Impact marks. Veja marca de impacto em Intraformational folds. Veja estrutura
marca lavrada por objeto. convoluta.
Impact ripples. Veja marca de ondulação Intraformational recumbent flods. Veja dobra
balística. recumbente intraformacional.
Incipient rib and furrow. Veja estrutura Intraformational thrust structures. Veja falha
incipiente em costela e sulco. penecontemporânea.
Incipient ripples. Veja marca de ondulação Intrastratal. Veja interestratos em
incipiente. estratificação paralela horizontal.
Inclined bedding. Veja estratificação cruzada.
Intra-stratal contortion. Veja estrutura
convoluta.
Intra-stratal flowage. Veja pseudonódulo.
Intrastratal flowage phenomena. Veja
K
pseudonódulo.
Intrastratal flow structures. Veja estrutura
convoluta. Kamenitzas. Veja bacia de solução.
Intrusive clast. Veja dique sedimentar. Kappa-cross-stratification. Veja estratificação
Inverse grading. Veja camada gradacional cruzada kappa.
inversa. Karren Strucktur. Veja estrutura cárstica.
Inversely graded beds. Veja camada Karst. Veja estrutura cárstica.
gradacional inversa. Kataglyph. Veja cataglifo em hieroglifo.
Inverted symmetrical grading. Veja camada Kattle. Veja kattle em ambiente glacial.
gradacional múltipla simetricamente Keazoglyph. Veja blocos rompidos por tração
invertida. em estrutura brechosa.
Involution. Veja involução. Kinneyia ripples. Veja marca corrugada.
Iota-cross-stratification. Veja estratificação Klizoglyph. Veja greta de contração.
cruzada iota. Kluftkarren. Veja junta cárstica.
Irregulary conterted beds. Veja acamamento Kneaded Sandstone. Veja pseudonódulo.
contorcido irregular em acamamento Knob-and-trail. Veja criossombra de
contorcido. obstáculo.
Irregulary layered structures. Veja laminação Ksimoglyphs. Veja marca de sulco lavrado
irregular. por objeto.
Isolated flute marks. Veja turboglifo isolado.
Isolated lenticular bedding. Veja marca de
ondulação isolada.
Isolated load balls. Veja pseudonódulo.
Isolated ripple. Veja marca de ondulação
isolada.
Isolated ripple form sets. Veja marca de
L
ondulação isolada.
Isolated sandstone load balls. Veja Ladder ripples. Veja marca de ondulação de
pseudonódulo. interferência.
Lagoon environment. Veja ambiente lagunar.
Lag ripple mark. Veja marca de ondulação
tardia.
Lake balls. Veja bola lacustre.
Lake environment. Veja ambiente lacustre.

J Lambda-cross-stratification.
estratificação cruzada lambda.
Laminae. Veja lâmina.
Veja

Laminae superimposed in rhythm lee side


concentration. Veja marca de ondulação
Jasper. Veja jaspe em Rocha Sedimentar cavalgante em fase.
Química. Laminae superimposed in rhythm uniform
Jigger marks. Veja marca transversal deposition. Veja marcas de ondulações
compassada em marca de sulco lavrado cavalgantes sinusoidais em marca de
por objeto. ondulação cavalgante em fase.
Juvenile beach cusps. Veja cuspilito de praia Laminae superimposed out of rhythm. Veja
juvenil em cuspilito de praia. marca de ondulação cavalgante fora de
fase.
Laminar corrugations. Veja dobra
penecontemporânea.
Laminar flow. Veja fluxo laminar.
Laminar surfaces. Veja plano laminar. Lenticular lamination. Veja estratificação
Laminaset. Veja camada. lenticular de pequeno porte.
Laminated bedding. Veja laminação. Lenticular stratification. Veja estratificação
Lamination. Veja laminação e também lâmina. lenticular de grande porte.
Laminites I. Veja estratificação paralela Level-surface ripple. Veja marca de ondulação
horizontal e também laminação horizontal.
transcorrente. Liesegang band. Veja bandas de Liesegang em
Laminites II. Veja estrutura convoluta e banda.
também laminação angular. Lignite. Veja lenhito em Rocha Sedimentar
Landslide. Veja desmoronamento em Orgânica.
deslizamento. Limestone. Veja calcário em Rocha
Lapiaz Strucktur. Veja estrutura cárstica. Sedimentar Química e também em Rocha
Large scale assymmetrical ripple marks. Veja Sedimentar Orgânica.
megamarca de ondulação. Linear asymmetrical ripple-mark. Veja marca
Large-scale cross bedding. Veja estratificação de ondulação assimétrica por onda.
cruzada de grande escala. Linear megariples. Veja megamarca de
Large scale lineation. Veja marca gradada. ondulação linear em megamarca de
Lateral accretion bedding. Veja estratificação ondulação.
cruzada. Linear-shrinkage crack. Veja greta de
Lateral accretion structures. Veja contração linear.
estratificação cruzada. Linear structures. Veja estrutura linear.
Lateral grading. Veja gradação lateral. Lineation. Veja lineação.
Laterally translatent stratum. Veja estratos Linguiform marks. Veja turboglifo parabólico.
lateralmente transladantes em estratos Linguoid bar. Veja marca de ondulação
transladantes. linguoide por corrente.
Layer. Veja leito em lâmina e também camada Linguoid bars. Veja marca de ondulação
em unidade de sedimentação. linguoide por corrente.
Layered sediments. Veja leito em lâmina. Linguoid ripple marks. Veja marca de
Lebensspuren. Veja estrutura de bioturbação ondulação linguoide por corrente.
e também icnofóssil. Linguoid ripples. Veja marca de ondulação
Lee side concentration. Veja marca de linguoide por corrente.
ondulação cavalgante e também Lisenschichten. Veja estratificação lenticular
estratificação cruzada. de pequeno porte.
Leeward. Veja sota-vento. Lithofacies. Veja litofácies em fácies.
Lens. Veja lente em geometria. Lithology. Veja litologia.
Lenses. Veja estratificação lenticular de Lithostatic column. Veja coluna litostática.
pequeno porte e também estratificação Lithostratigraphic unit. Veja unidade
lenticular de grande porte. litoestratigráfica.
Lenticular. Veja estratificação lenticular de Lithostratigraphy. Veja litoestratigrafia.
pequeno porte e também estratificação Litostatic pressure. Veja pressão litostática em
lenticular de grande porte. coluna litostática.
Lenticular bedding. Veja estratificação Load. Veja carga.
lenticular de pequeno porte. Load balls. Veja pseudonódulo.
Lenticular bedding with conected lenses. Veja Load cast. Veja estrutura de sobrecarga e
estratificação lenticular de pequeno também pseudonódulo.
porte com lentes conectadas. Load-casted current markings. Veja marca de
Lenticular bedding with single (isolated) lenses. ondulação empilhada e também marca
Veja estratificação lenticular de pequeno erosiva agravada.
porte com lentes isoladas. Load-casted flute marks. Veja turboglifo
Lenticular cross bedding. Veja estratificação deformado por sobrecarga.
lenticular de grande porte e também Load-casted longitudinal ripples. Veja sulco e
estratificação lenticular de pequeno crista longitudinal lavrado por corrente.
porte. Load-casted ripple marks. Veja marca de
ondulação empilhada.
Load-casted ripples. Veja marca de ondulação Longitudinal ridges. Veja sulco e crista
empilhada. longitudinal lavrado por corrente.
Load casted sole marks. Veja marca erosiva Longitudinal ridges and furrows. Veja sulco e
agravada e também marca de ondulação crista longitudinal lavrado por corrente.
empilhada. Longitudinal ridges and grooves. Veja sulco e
Load cast lineation. Veja estruturas de crista longitudinal lavrado por corrente.
sobrecarga alinhadas em estrutura de Longitudinal ridges and V-shapped marks. Veja
sobrecarga. sulco e crista longitudinal lavrado por
Load cast striation. Veja marca de estriação corrente.
por sobrecarga e também sulco e crista Longitudinal ripple-load-casts. Veja sulco e
longitudinal lavrado por corrente. crista longitudinal lavrado por corrente.
Loaded flute mould. Veja turboglifo Longitudinal ripple mark. Veja marca de
deformado por sobrecarga. ondulação longitudinal e também sombra
Load-flow structures. Veja estrutura de de areia.
sobrecarga. Longitudinal ripples. Veja marca de ondulação
Load fold. Veja dobramento de sobrecarga. longitudinal.
Load mold. Veja estrutura de sobrecarga. Longitudinal scour. Veja marca de desbaste
Load pocket. Veja estrutura de sobrecarga. longitudinal e também sulco e crista
Load pouches. Veja estrutura de sobrecarga. longitudinal lavrado por corrente.
Load structures. Veja estrutura de Longitudinal scour marks. Veja marca de
sobrecarga. desbaste longitudinal.
Load wave. Veja estrutura em chama. Longshore drift current. Veja corrente de deriva
Lobate pluge structures. Veja turboglifo. litorânea em transporte.
Lobate rill marks. Veja turboglifo. Loop bedding. Veja estratificação anelar e
Lobate sands waves. Veja marca de também greta de contração encurvada.
ondulação romboidal por corrente. Low-angle cross bedding. Veja estratificação
Loess. Veja em ambiente eólico. cruzada.
Loess-kindchen. Veja boneca de sílex. Low-angle cross-stratification. Veja
Longitudinal cross-bedding. Veja estratificação cruzada planar.
estratificação cruzada longitudinal. Low-energy current ripples. Veja marca de
Longitudinal current. Veja corrente longitudinal ondulação por corrente de baixa energia.
em transporte. Lumpy bedding. Veja estratificação nodular e
Longitudinal dunes. Veja duna seif. também leito concrecionário.
Longitudinal flowage cast. Veja estruturas de Lunate dunes. Veja marca de ondulação
sobrecarga alinhadas em estrutura de lunada por corrente.
sobrecarga. Lunate megaripples. Veja marca de
Longitudinal flowage marks. Veja estruturas de ondulação lunada por corrente.
sobrecarga alinhadas em estrutura de Lunate ripple mark. Veja marca de ondulação
sobrecarga. lunada por corrente.
Longitudinal furrows and ridges. Veja sulco e Lunette. Veja duna de argila.
crista longitudinal lavrado por corrente. Lunoide furrow. Veja fratura em crescente.
Longitudinal markings. Veja marca Lutite. Veja lutito em Rocha Sedimentar
longitudinal. Clástica.
Longitudinal meandering grooves. Veja marca
de sulco meandrante lavrado por
corrente.
Longitudinal megaripple. Veja marca gradada.
Longitudinal obstacle scour. Veja estrutura de
desbaste longitudinal em turboglifo.
Longitudinal rectilinear groove. Veja marca de
M
sulco longitudinal retilíneo lavrado por
corrente.
Longitudinal rib. Veja marca gradada. Maanderkarren Strucktur. Veja estrutura
cárstica meandrante.
Mammilllary structures. Veja pseudonódulo. Micro cross-stratification. Veja estratificação
Manganese nodule. Veja nódulo de manganês cruzada de pequena escala.
em ambiente marinho. Microdelta cross bedding. Veja estratificação
Maprock. Veja estrutura na forma de mapa. cruzada.
Marine environment. Veja ambiente marinho. Microgroove cast. Veja marca de microssulco
Marl. Veja marga em Rocha Sedimentar lavrado por objeto.
Química. Micro-lensing. Veja microlente.
Marsh. Veja marsh em ambiente deltaico. Micro-scale cross bedding. Veja estratificação
Massive. Veja camada maciça. cruzada de pequena escala.
Massive bedding. Veja camada maciça. Micro-terrace. Veja microterraço.
Massive sandstone. Veja camada maciça. Micro-tide. Veja micromaré.
Mass moviments. Veja movimento de Millimeter ripples. Veja marca de ondulação
massa. milimétrica.
Meandering grooves. Veja marca de sulco Mini-ripples. Veja marca de ondulação
meandrante lavrado por corrente. milimétrica.
Meandering rill marks. Veja sulco de lavagem Mississipian. Veja mississipiano em
anastomosado e também marca de sulco carbonífero.
meandrante lavrado por corrente. Mixed structures. Veja estrutura mosqueada.
Mechanical structures. Veja estrutura Mixohaline. Veja mixohalina.
mecânica. Molar-tooth structures. Veja greta de
Mechanoglyph. Veja mecanoglifo em contração deformada e também diques
hieroglifo. sedimentares contorcidos em dique
Medium-scale trough cross-stratification. Veja sedimentar.
laminação cruzada. Mollusc. Veja molusco.
Megaflaser bedding. Veja estratificação Monroe. Veja monroe em vulcão de lama.
megaflaser em estratificação flaser. Moraine. Veja moraina e também moraina em
Megaripple. Veja marca de ondulação lunada ambiente glacial.
por corrente e também megamarca de Mottled stratification. Veja estrutura
ondulação. mosqueada.
Mega-ripple bedding. Veja estratificação Mottled structures. Veja estrutura mosqueada.
cruzada planar. Mu-cross-stratification. Veja estratificação
Melikaria. Veja melicária em septária. cruzada mu.
Member. Veja membro em unidade Mud. Veja lama.
litoestratigráfica. Mud ball. Veja bola de lama couraçada.
Metadepositional convolute lamination. Veja Mud-buried ripple mark. Veja estratificação
laminação convoluta metadeposicional. flaser.
Metadepositional structures. Veja estrutura Mud-crack. Veja greta de contração.
mecânica. Mud cracks cast. Veja greta de contração.
Metaglyph. Veja meta glifo em hieroglifo. Mud crus. Veja greta de contração encurvada
Metamorphic rock. Veja rocha metamórfica em e também estratificação anelar.
rocha. Mud curl. Veja greta de contração encurvada
Meta-ripples. Veja meta marca de ondulação. e também estratificação anelar.
Metasedimentary structures. Veja estrutura de Mud drape. Veja drapeamento de lama em
deformação penecontemporânea e estratificação ondulada.
também estrutura de escorregamento. Mudflow. Veja corrida de lama em movimento
Meteor crater. Veja cratera de meteorito. de massa e também fluxo de lama.
Miarolitic structure. Veja estrutura miarolítica Mudflow deposits. Veja depósito de corrida de
em geôdo. lama em movimento de massa.
Micro cross-bedding. Veja estratificação Mud furrows. Veja marca de sulco lavrado por
cruzada de pequena escala. objeto.
Micro-cross lamination. Veja laminação Mud furrows casts. Veja marca de sulco
cruzada, estrutura em costela e sulco e lavrado por objeto.
também estrato transladante cavalgante Mud lumps. Veja diápiro de lama.
subcrítico.
Mud pebble. Veja bola de lama couraçada e
também galha de argila.
Mud-pelet conglomerate. Veja estrutura
conglomerática em estrutura brechosa.
O
Mud ripples. Veja ondulação de lama.
Mud shadows. Veja sombras de lama em
sombra de areia. Oasis. Veja oásis em ambiente eólico.
Mud vulcanoe. Veja vulcão de lama. Oblique bedding. Veja estratificação cruzada.
Mud waves. Veja ondas de lama em onda de Oblique dunes. Veja marca de ondulação por
areia. corrente.
Multidirecional flowage cast. Veja estrutura de Oblique lamination. Veja estratificação
sobrecarga. cruzada.
Multiple bounce marks. Veja marca de Oblique scour marks. Veja sulco erosivo
saltação. transverso lavrado por corrente.
Multiple grading. Veja camada gradacional Oblique stratification. Veja estratificação
múltipla. cruzada.
Mushroom-shaped flute marks. Veja turboglifos Obstacle mark. Veja estrutura de corte e
em forma de cogumelo em turboglifo. preenchimento e também estrutura de
desbaste em crescente.
Obstacle scours. Veja estrutura de desbaste
em crescente e também marca de
desbaste longitudinal.

N Obstacle shadow. Veja sombra de areia.


Ocean floor. Veja fundo oceânico em ambiente
marinho.
Offshore. Veja em ambiente praial.
Offshore current. Veja corrente costa afora em
Nailhead scratch. Veja estria glacial rombuda. transporte.
Nailhead striations. Veja estria glacial Olistoglyph. Veja olistoglifo em hieroglifo.
rombuda. Omikron-cross-stratification. Veja
Neptunian dikes. Veja dique sedimentar. estratificação cruzada omikron.
Nodular bedding. Veja estratificação nodular Oncolites. Veja oncólito.
e também leito concrecionário. Onshore current. Veja corrente costa adentro
Nodules. Veja nódulo. em transporte.
Non-diastrophic deformation. Veja deformação Oolicasts. Veja moldes de oólitos e moldes de
adiastrófica. pisólitos em concreção.
Normal graded bedding. Veja camada Oolites. Veja oólitos em concreção.
gradacional completa ou normal. Ooze. Veja vasa.
Normal grading. Veja camada gradacional Open frame. Veja arcabouço aberto em
completa ou normal. ortoconglomerado.
Normally graded. Veja camada gradacional Open tension cracks. Veja greta tensional
completa ou normal. transversa.
Normal ripple marks. Veja marca de Ordinary rolling strata. Veja marca de
ondulação normal. ondulação cavalgante em fase.
Novaculite. Veja novaculita em Rocha Organic sedimentary rock. Veja Rocha
Sedimentar Química. Sedimentar Orgânica.
Nu-cross-stratification. Veja estratificação Organic structures. Veja estrutura orgânica e
cruzada nu. também estrutura de bioturbação.
Nunatak. Veja nunatak em ambiente glacial. Organism trails. Veja icnofóssil.
Orthoconglomerate. Veja ortoconglomerado.
Oscillation cross-ripples. Veja marca de
ondulação de interferência.
Oscillation ripple marks. Veja marca de
ondulação por onda.
Oscillation ripples. Veja marca de ondulação Parting lineation. Veja lineação de partição e
por onda. também lineação por corrente.
Oscillatory ripple lamination. Veja marca de Parting plane. Veja plano de partição em plano
ondulação por onda. de estratificação.
Outer shelf. Veja plataforma continental externa Parting plane lineation. Veja lineação por
ou distal em ambiente marinho. corrente.
Outwash plain. Veja planície de lavagem em Parting step lineation. Veja lineação de
ambiente glacial. partição.
Oversteepened cross bedding. Veja Partition. Veja partição.
estratificação cruzada convoluta Pascichnia. Veja traço de pastagem.
transgressiva em estratificação cruzada Patterned cones. Veja vulcão de areia.
convoluta. Patterned flutes. Veja turboglifos padronizados
Overturned cross bedding. Veja estratificação em turboglifos isolado.
cruzada convoluta recumbente em Patterned flute marks. Veja turboglifo
estratificação cruzada convoluta. padronizado em turboglifos isolado.
Oxidation. Veja oxidação em intemperismo. Peaked dunes. Veja duna estrelar.
Peat. Veja turfa em Rocha Sedimentar
Orgânica.
Pebble. Veja calhau e também clasto.
Pebble mudstone. Veja galha de argila.
Pebble strips. Veja costela transversal.

P Peiroglyph. Veja peiroglifo.


Pelagic. Veja pelágica.
Pelite. Veja pelito em Rocha Sedimentar
Clástica.
Pendulose markings. Veja marcas pendulares
Packing. Veja empacotamento. em sulco e crista longitudinal lavrado por
Paleocurrent. Veja paleocorrente. corrente.
Paleocurrent structures. Veja estruturas Penecontemporaneous deformation structures.
direcionais em estrutura sedimentar. Veja estrutura de deformação
Paleosoil. Veja paleossolo em pedotúbulo. penecontemporânea.
Parabolic dunes. Veja duna parabólica. Penecontemporaneous faults. Veja falha
Parabolic flute marks. Veja turboglifo penecontemporânea.
parabólico. Penecontemporaneous folding. Veja dobra
Paraconglomerate. Veja paraconglomerado. penecontemporânea.
Parallel bedding. Veja estratificação paralela Peniform parabolic flute marks. Veja turboglifos
horizontal. parabólicos em garra em turboglifo
Parallel inclined stratification. Veja parabólico.
estratificação cruzada inclinada convexa. Penitentes. Veja estrutura glacial penitente em
Parallel laminated structures. Veja laminação estrutura cárstica pontiaguda.
paralela horizontal. Pen-symmetrical grading. Veja camada
Parallel lamination. Veja laminação paralela gradacional múltipla pene-simétrica.
horizontal. Percussion marks. Veja marca de percussão.
Parallel load cast or rill. Veja marca erosiva Periclinal undulations. Veja marca de
agravada. ondulação periclinal.
Parallel ripple marks. Veja marca de Pericline ripple mark. Veja marca de
ondulação de crista reta por corrente. ondulação periclinal.
Parallel stratification. Veja estratificação Period. Veja período.
paralela horizontal. Permafrost. Veja solo permafrost.
Para-ripples. Veja para marca de ondulação. Permeability. Veja permeabilidade.
Particle. Veja partícula em Rocha Sedimentar Petrogenesis. Veja petrogênese.
Clástica. Petrography. Veja petrografia.
Parting cast. Veja blocos rompidos por tração Pi-cross-stratification. Veja estratificação
em estrutura brechosa. cruzada pi.
Pilae marinae. Veja bolas marinhas em bola Polygonal crack-cast. Veja molde de greta de
lacustre. contração conectado em molde de greta de
Pillars. Veja estrutura em pilar. contração.
Pillar structures. Veja estrutura em pilar. Polygonal shrinkage crack. Veja greta de
Pilled and load-casted ripples. Veja marca de contração.
ondulação empilhada. Porosity. Veja porosidade em empacotamento
Pilled ripples. Veja marca de ondulação e também porosidade.
empilhada. Post-depositional convolute lamination. Veja
Pillow. Veja pseudonódulo. laminação convoluta pós-deposicional.
Pillow form structures. Veja pseudonódulo. Post depositional structures. Veja estrutura
Pillow-like marks. Veja marca como mecânica secundária e também estrutura
travesseiro. diagenética.
Pillow like scour marks. Veja marca como Potholes. Veja marmita.
travesseiro. Priel casts. Veja sulco e crista longitudinal
Pillow structures. Veja pseudonódulo. lavrado por corrente.
Pinch and swell. Veja estrutura em constrição Primary current lineation. Veja lineação de
em dobra penecontemporânea. partição e também lineação por corrente.
Pisolites. Veja pisólitos em concreção. Primary porosity. Veja porosidade primária em
Pisolitic seaweed. Veja algas pisolíticas em empacotamento.
oncólito. Primary structures. Veja estrutura mecânica
Pit-and-mound structures. Veja impressão de primária e também estruturas singenéticas
bolha. em estrutura sedimentar.
Pitted pebbles. Veja marca clástica de Prism. Veja prisma ou cunha em geometria.
pressão. Prod casts. Veja marca de punção.
Planar bedding. Veja estratificação paralela Prod mark. Veja marca de punção.
horizontal descontínua e também Proglyph. Veja proglifo.
laminação transcorrente. Progressive sand waves. Veja ondas de areia
Planar cross bedding. Veja estratificação progressivas em onda de areia.
cruzada planar. Prolapsed bedding. Veja estrutura convoluta
Planar cross stratification. Veja estratificação deitada.
cruzada planar. Protrusive spreiten. Veja traços de escape
Plane bed. Veja estratificação paralela protrusivos em estrutura de escavação.
horizontal. Provenance. Veja proveniência.
Plane bed lamination. Veja laminação de Psammite. Psamito, sinônimo de arenito.
camada plana em laminação paralela Veja também Rocha Sedimentar Clástica.
horizontal. Pseudobed. Veja marca de ondulação
Plane bedding. Veja laminação transcorrente cavalgante fora de fase e também estrato
e também estratificação paralela transladante.
horizontal. Pseudo bedding. Veja estratos cavalgantes
Plane parallel laminae. Veja laminação transladantes em estrato transladante.
paralela horizontal. Pseudo cross stratification. Veja marca de
Plankton. Veja plâncton em planctônico. ondulação cavalgante.
Plantonic. Veja planctônico. Pseudokarren Strucktur. Veja falsa estrutura
Plant roots. Veja pedotúbulos. cárstica em estrutura cárstica.
Plaster. Veja gesso em Rocha Sedimentar Pseudo-lebensspuren. Veja pseudoestrutura
Química. de bioturbação.
Playa lake. Veja lago de deserto em ambiente Pseudomorphs. Veja cristais pseudomorfos em
eólico. impressão de cristal.
Point bar. Veja barra em pontal. Pseudo mud cracks. Veja greta de contração
Point-up structures. Veja estrutura de linear, falsa greta de contração e também
rompimento em estrutura convoluta. polígono de areia.
Polish grain. Veja grão polido. Pseudonodules. Veja pseudonódulos.
Pseudo ripple marks. Veja pseudomarca de
ondulação.
Pseudo-ripples. Veja pseudomarca de Random flute marks. Veja turboglifos dispersos
ondulação. em turboglifo isolado.
Pseudostrata. Veja estrato transladante. Reactivation surfaces. Veja superfície de
Pteropod. Veja pterópodo. reativação em estratificação cruzada.
Pudding ball. Veja bola de lama couraçada. Rectangular interference ripples. Veja marca
Pull apart. Veja blocos rompidos por tração em de ondulação de interferência.
estrutura brechosa. Rectilinear grooves. Veja marca de sulco
Pull apart structures. Veja blocos rompidos por longitudinal retilíneo lavrado por
tração em estrutura brechosa. corrente.
Pull over structures. Veja estrutura em chama. Rectilinear ripple marks. Veja marca de
Pyramidal dunes. Veja duna estrelar. ondulação de crista reta por corrente e
também marca de ondulação por onda.
Recurrent grading. Veja camada gradacional
múltipla.
Red clays. Veja argilas vermelhas em

Q ambiente marinho.
Reduction. Veja redução em intemperismo.
Reed cast. Veja pedotúbulo.
Reef. Veja recife.
Regressive ripples. Veja marca de ondulação
Quake sheet. Veja estrutura de sobrecarga regressiva.
sísmica e também pseudonódulo. Regressive sand waves. Veja onda de areia
regressiva em marca de ondulação
regressiva.
Regulary layered structures. Veja estrutura
com aleitamento regular.

R Reinnenkarren Strucktur. Veja estruturas


cársticas em sulcos e cristas maiores em
estrutura cárstica em sulco e crista.
Repichnia. Veja traço de rastejamento.
Radial grooves. Veja sulco radial piroclástico. Repichnial traces. Veja traço de rastejamento.
Radiate mud crack. Veja greta de contração Resedimentation. Veja processos de
linear. ressedimentação em movimento de
Radiolarian. Veja radiolário em Rocha massa.
Sedimentar Orgânica. Resedimentation processes. Veja processos
Radiolarian ooze. Veja vasas de radiolários em de ressedimentação em movimento de
ambiente marinho. massa.
Radiolarite. Veja radiolarito em Rocha Residence structures. Veja estrutura de
Sedimentar Orgânica. moradia.
Rafted blocks. Veja clasto pingado. Resting marks. Veja traço de repouso.
Rain casts. Veja marca de pingo de chuva. Resting traces. Veja traço de repouso.
Rain drip. Veja marca de pingo de chuva. Resting tracks. Veja traço de repouso.
Raindrop impression. Veja marca de pingo de Rest trails. Veja traço de repouso.
chuva. Retrusive spreiten. Veja traços de escape
Raindrop imprints. Veja marca de pingo de retrusivos em estrutura de escavação.
chuva. Reverse chevron marks. Veja marca espigada
Raindrops impact. Veja marca de pingo de reversa.
chuva. Reversed chevron marks. Veja marca
Rain-impact ripples. Veja ondulação por espigada reversa.
impacto de chuva. Reverse graded bedding. Veja camada
Rain impressions. Veja marca de pingo de gradacional inversa.
chuva. Reverse grading. Veja camada gradacional
Rain pits. Veja marca de pingo de chuva. inversa.
Rain prints. Veja marca de pingo de chuva.
Reverse mud curl. Veja greta de contração Rill marks with accumulation tongues. Veja
encurvada reversa. sulco de lavagem lingulado.
Reversing dunes. Veja duna reversa. Rill molds. Veja sulco de lavagem.
Rheoglyph. Veja reoglifo em hieroglifo. Rill moulds. Veja sulco de lavagem.
Rheology. Veja reologia. Ring-like sand waves. Veja onda de areia
Rheotropic structures. Veja estrutura piroclástica.
reotrópica. Ring marks. Veja marca de saltação.
Rhombic ripples. Veja marca de ondulação Rip current. Veja corrente de retorno em
romboidal por corrente. transporte.
Rhomboid dunes. Veja marca de ondulação Ripple bedding. Veja superfície com marca de
romboidal por corrente. ondulação.
Rhomboid lattice structures. Veja sulco de Ripple cross lamination. Veja marca de
lavagem romboidal. ondulação cavalgante.
Rhomboid megaripples. Veja marca de Ripple-drift bedding. Veja marca de ondulação
ondulação romboidal por corrente. cavalgante.
Rhomboid rill marks. Veja sulco de lavagem Ripple-drift cross-lamination. Veja marca de
romboidal. ondulação cavalgante.
Rhomboid ripple. Veja marca de ondulação Ripple-drift cross-stratification. Veja laminação
romboidal por corrente. cruzada.
Rhomboid ripple marks. Veja marca de Ripple-drift lamination. Veja marca de
ondulação romboidal por corrente e ondulação cavalgante.
também sulco de lavagem romboidal. Ripple-drift stratification. Veja marca de
Rhomboid small ripples. Veja marca de ondulação cavalgante.
ondulação romboidal por corrente. Ripple-drift with deposition from above Veja
Rhourd. Veja duna estrelar. marca de ondulação cavalgante.
Rhourd dune. Veja duna estrelar. Rippled sand waves. Veja onda de areia.
Rhythmic bedding. Veja estratificação rítmica Rippled toroids. Veja moldes ondulados de
areia/lama em estratificação finamente marmitas em molde de marmita.
interacamada. Ripple fans. Veja leques de marcas de
Rhythmic sand/mud bedding. Veja ondulações em megamarca de ondulação.
estratificação rítmica areia/lama em Ripple-foreset cross lamination. Veja marca de
estratificação finamente interacamada. ondulação cavalgante fora de fase.
Rhythmites. Veja ritmitos em estratificação Ripple form lamination. Veja laminação por
finamente interacamada. marca de ondulação.
Rib-and-furrow. Veja estrutura em costela e Ripple laminae. Veja laminação por marca de
sulco. ondulação.
Rib-and-furrow structures. Veja estrutura em Ripple laminae superimposed in rhythm. Veja
costela e sulco. laminação por marca de ondulação.
Rides anormales. Veja cristas anormais em Ripple lamination. Veja estratos cavalgantes
marca de ondulação por onda com crista transladantes em estrato transladante.
múltipla. Ripple load cast. Veja marca de ondulação
Ridge-and-furrow moulds. Veja sulco e crista empilhada.
longitudinal lavrado por corrente. Ripple-load convolution. Veja laminação
Rill. Veja sulco de lavagem. convoluta cavalgante em estrutura
Rill cast. Veja turboglifo interceptado e convoluta.
também sulco e crista longitudinal Ripple mark. Veja marca de ondulação.
lavrado por corrente. Ripples. Veja marca de ondulação.
Rilled tool marks. Veja marca lavrada por Ripple scour. Veja canal com marca de
objeto, modificada. ondulação, estrutura de corte e
Rillenkarren Strucktur. Veja estrutura cárstica preenchimento e também marca de
em sulco e crista. desbaste.
Rill marks. Veja sulco de lavagem e também Ripples superimposed in rhythm. Veja marca
sulco e crista longitudinal lavrado por de ondulação cavalgante em fase.
corrente.
Ripple stratification. Veja marca de ondulação Sabhka – Veja lago deserto em ambiente
cavalgante. eólico.
Rock. Veja rocha. Sag structure -Veja estrutura de sobrecarga.
Rock creep. Veja depósito de rastejo de rocha Saline dome. Veja diápiro de sal.
em movimento de massa. Saltation. Veja saltação em transporte.
Roll and drag marks. Veja marca de rolamento Saltation deposits. Veja estratos cavalgantes
e também marca de sulco lavrado por transladantes em estrato transladante.
objeto. Saltation marks. Veja marca de saltação.
Rolled-up pebbles. Veja pseudonódulo. Salt crust. Veja crosta salina.
Rolling incline bedding. Veja marca de Salt crystal casts. Veja impressão de cristal.
ondulação cavalgante fora de fase. Salt diaper. Veja diápiro de sal.
Rolling marks. Veja marca de rolamento. Salt ridge. Veja crista salina.
Rolling-strata. Veja estratificação cruzada de Sand. Veja areia em clasto.
pequena escala e também marca de Sand balls. Veja bolas de areia em estrutura
ondulação cavalgante. brechosa.
Roll marks. Veja marca de rolamento. Sand coarse. Veja areia grossa em clasto.
Rolls. Veja pseudonódulo. Sand crystals. Veja cristal de areia.
Roll spuren. Veja marca de rolamento. Sand domes. Veja domos arenosos em
Roll-up structures. Veja bola de convolução. impressão de bolha.
Roof-borings. Veja pedotúbulo e também Sand drag structures. Veja estrutura de arrasto
estrutura de bioperfuração. de lâminas frontais em estrutura de
Roof pedants. Veja estalactite. avalanche.
Root cast. Veja pedotúbulo. Sand drift. Veja sombra de areia.
Root disrupted. Veja pedotúbulo. Sand dyke. Veja dique sedimentar.
Ropy structures. Veja estrutura de Sand fine. Veja areia fina em clasto.
bioturbação em cordame. Sand fingers. Veja sulco e crista longitudinal
Rosettes. Veja roseta. lavrado por corrente.
Rounded barchanoid draas. Veja duna em Sand-flow. Veja língua arenosa de avalanche.
forma de domo. Sand-flow and grain-flow cross-bedding. Veja
Roundness. Veja arredondamento em Rocha estratificação cruzada por lâmina frontal
Sedimentar Clástica. e língua arenosa de avalanche.
Rudite. Veja rudito em Rocha Sedimentar Sand-flow cross strata. Veja estratificação
Clástica. cruzada por lâmina frontal e língua
Ruffled groove. Veja marcas espigadas arenosa de avalanche.
interrompidas em marca espigada. Sand-flow cross stratification. Veja
Ruffled groove cast. Veja marcas espigadas estratificação cruzada por lâmina frontal
interrompidas em marca espigada. e língua arenosa de avalanche.
Ruffled groove marks. Veja marcas espigadas Sand-flow tongues. Veja língua arenosa de
interrompidas em marca espigada. avalanche.
Rundkaren Strucktur. Veja estrutura cárstica Sand holes. Veja impressão de bolha.
de drenagem centrípeta. Sand medium. Veja areia média em clasto.
Runnel cast. Veja estrutura de corte e Sand polygons. Veja polígono de areia.
preenchimento. Sand ribbons. Veja marca gradada.
Ruptured structures. Veja estrutura de Sand ripples. Veja mega marca de ondulação.
rompimento em estrutura convoluta. Sand rolls. Veja rolos de fluxo em
pseudonódulo.
Sand roses. Veja roseta.
Sand shadows. Veja sombra de areia.
Sandstone. Veja arenito.

S Sandstone balls. Veja pseudonódulo.


Sandstone dykes. Veja dique sedimentar.
Sandstone flow. Veja pseudonódulo.
Sandstone pipes. Veja estrutura cilíndrica.
Sandstone prism. Veja prisma de arenito.
Sandstone sills. Veja sill sedimentar. Secondary porosity. Veja porosidade
Sandstone whriballs. Veja bola arenosa de secundária em empacotamento.
redemoinho. Secundary ripple mark. Veja marca de
Sand streak. Veja marca gradada e também ondulação assimétrica por onda.
lineação por corrente. Secondary structures. Veja estrutura
Sand trails. Veja sombra de areia. mecânica secundária e também estrutura
Sand very coarse. Veja areia muito grossa em diagenética.
clasto. Second-order karren. Veja estruturas cársticas
Sand very fine. Veja areia muito fina em clasto. de segunda ordem em estrutura cárstica.
Sand volcano. Veja vulcão de areia. Sediment. Veja sedimento.
Sand waves. Veja onda de areia. Sedimentary basin. Veja bacia sedimentar.
Sastrugi. Veja em ondulação de corrasão. Sedimentary dykes. Veja dique sedimentar.
Scalloped structures. Veja estratificação Sedimentary folding. Veja dobra
cruzada por lâmina frontal e língua penecontemporânea.
arenosa de avalanche. Sedimentary Petrology. Veja petrologia
Scalloping. Veja marca de ondulação sedimentar.
ardosiana. Sedimentary ripples. Veja marca de
Scaloid sand wave. Veja onda de areia. ondulação.
Scaly pattern. Veja padrão escamoso em sulco Sedimentary rock. Veja rocha sedimentar em
e crista longitudinal lavrado por corrente. rocha.
Scaly flute-like mold. Veja sulco e crista Sedimentation. Veja sedimentação.
longitudinal lavrado por corrente. Sedimentation structures. Veja estrutura
Scour-and-fil. Veja estrutura de corte e sedimentar.
preenchimento. Sedimentation unit. Veja unidade de
Scour and fill cross bedding. Veja sedimentação.
estratificação cruzada em calha. Seif dunes. Veja duna seif.
Scour cast. Veja turboglifo. Seismites. Veja sismito.
Scour finger. Veja turboglifo. Septaria. Veja septária.
Scour hole. Veja estrutura de corte e Septarian nodules. Veja septária.
preenchimento. Sequence stratigraphy. Veja estratigrafia de
Scour lineation. Veja lineação por corrente. sequência.
Scour marks. Veja marca de desbaste. Series. Veja série em unidade
Scour pit. Veja marca de desbaste. cronoestratigráfica.
Scour-remant ridges. Veja cristas Set. Veja sequência de camadas.
remanescentes de desbaste em sombra de Set of cross strata. Veja sequência de
areia. camadas cruzadas.
Scour ripples. Veja sulco e crista longitudinal Setulfs. Veja na letra S.
lavrado por corrente. Shale. Veja folhelho.
Scratch circles. Veja ranhura circular. Shale cast. Veja intraclasto.
Sculptured flute cast. Veja turboglifo Shale crescentes. Veja estratificação flaser.
terraceado. Shale pebble. Veja galha de argila.
Sea ball. Veja bolas marinhas em bola Shear planes. Veja planos de desbaste em
lacustre. estrutura de avalanche.
Sealing-wax. Veja estrutura convoluta. Sheet. Veja lençol ou manta em geometria.
Sealing-wax flow. Veja estrutura convoluta. Sheet slumps. Veja estrutura de
Seasonal rhythmites. Veja ritmitos sazonais em escorregamento.
estratificação finamente interacamada. Shelter structures. Veja estrutura de moradia.
Seaweed. Veja tapete de algas em alga. Shingle structures. Veja imbricação.
Second and third-order channel. Veja sulco de Shoestring. Veja linear ou corda em
lavagem. geometria.
Secondary crests. Veja cristas secundárias em Shooting flow cast. Veja megalineação por
marcas de ondulações por onda com corrente em lineação por corrente.
crista múltipla. Shoreface. Veja zona de praia em ambiente
praial.
Shrinkage cracks. Veja greta de contração. Sinuous out of phase ripples. Veja marcas de
Shrinkage cracks subaqueous. Veja greta de ondulações de cristas sinuosas fora de fase
sinérese. em marca de ondulação de crista sinuosa
Sichelwannen. Veja fratura em crescente. por corrente.
Sigmoid. Veja sigmoide em ambiente deltaico. Sinuous ripple mark. Veja marca de ondulação
Sigmoidal cross-stratification. Veja de crista sinuosa por corrente.
estratificação cruzada sigmoidal em Sinuous small scale ripple. Veja marca de
ambiente deltaico. ondulação de crista sinuosa por
Sigmoidal lamination. Veja laminação corrente.
sigmoidal. Sinusoidal ripple lamination. Veja marca de
Sigmoidal micro-stratification. Veja micro ondulação cavalgante em fase.
estratificação sigmoidal em laminação Skavler. Veja em ondulação de corrasão.
sigmoidal. Skim marks. Veja marca de roçadura.
Sills. Veja sill sedimentar. Skip casts. Veja marca de roçadura e também
Silt. Veja silte em clasto. marca de saltação.
Silt coarse. Veja silte grosso em clasto. Skip marks. Veja marca de roçadura e
Silt fine. Veja silte fino em clasto. também marca de saltação.
Siltite. Veja siltito em Rocha Sedimentar Skip or saltation marks. Veja marca de
Clástica. roçadura e também marca de saltação.
Silt medium. Veja silte médio em clasto. Slickensides. Veja slickenside sedimentar em
Silt very fine. Veja silte muito fino em clasto. falha penecontemporânea.
Simple bedset. Veja sequência de camadas Slide ball. Veja bola de escorregamento em
simples. pseudonódulo.
Simples cones. Veja turboglifo. Slide casts. Veja marca de deslizamento.
Simple cross bedding. Veja estratificação Slide deposits. Veja depósito de deslizamento
cruzada simples em estratificação cruzada em movimento de massa.
planar. Slide marks. Veja marca de deslizamento.
Simple dune. Veja duna. Slide-slump bedding. Veja estrutura brechosa.
Simple flaser bedding. Veja estratificação Sliding fold. Veja dobra de escorregamento.
flaser simples. Sliding structure. Veja estrutura de
Simple grading. Veja camada gradacional deslizamento e também movimento de
simples. massa.
Simple interference ripple mark Chevron. Veja Slip bedding. Veja estrutura convoluta.
marca de ondulação de interferência Slip block. Veja bloco escorregado.
simples espigada. Slipface. Veja face de sota-vento ou face de
Simple interference ripple mark multiple avalanche em ambiente eólico e também
secondary. Veja marca de ondulação de depósito por fluxo de grãos.
interferência simples múltipla Sludge cast. Veja turboglifo interceptado.
secundária. Slump balls. Veja bola de escorregamento em
Simple interference ripple mark rhomboid. Veja pseudonódulo.
marca de ondulação de interferência Slump bedding. Veja estrutura de
simples romboidal. escorregamento.
Simple interference ripple marks. Veja marca Slump deposits. Veja depósito de
de ondulação de interferência simples. escorregamento em movimento de
Simple parabolic flute marks. Veja turboglifos massa.
parabólicos simples em turboglifo Slump folding. Veja dobra
parabólico. penecontemporânea.
Simple sand wave. Veja onda de areia. Slump mark. Veja marca de deslizamento a
Sinuous in phase ripples. Veja marcas de sota-vento.
ondulações de cristas sinuosas em fase em Slump mélange. Veja em laminação
marca de ondulação de crista sinuosa convoluta sindeposicional.
por corrente. Slump overfold. Veja sobredobra de
Sinuous largescale ripples. Veja megamarca escorregamento.
de ondulação. Slump rolls. Veja pseudonódulo.
Slump scars. Veja cicatriz de escorregamento Spray pits. Veja marca de aspersão de água.
em canal. Spreite. Veja traços de escape protrusivos e
Slump sheet. Veja lençol de escorregamento. traços de escape retrusivos em estrutura
Slump structures. Veja estrutura de de escavação.
escorregamento. Spring pits. Veja vulcão de areia.
Slurry-slump bedding. Veja estrutura de Spring pits-with-mounds. Veja impressão de
escorregamento. bolha.
Small ripple bedding. Veja estratificação Spur-and-groove. Veja espora e sulco em
cruzada. recife.
Small-scale asymmetrical ripples. Veja marca Squamiform-cast. Veja estrutura de
de ondulação por corrente e também sobrecarga escamiforme.
marca de ondulação assimétrica por Squamiform load cast. Veja estrutura de
onda. sobrecarga escamiforme.
Small-scale trough cross-stratification. Veja Stage. Veja andar em unidade
laminação cruzada. cronoestratigráfica.
Snow ball structures. Veja pseudonódulo e Stalactites. Veja estalactite.
também sobredobra de escorregamento. Stalagmites. Veja estalagmite.
Soft coral. Veja coral mole em coral. Star dunes. Veja duna estrelar.
Soft sediments folds. Veja estrutura de escape Star-shaped dunes. Veja duna estrelar.
de água dobrada. Starved beach cups. Veja cuspilito de praia
Soft sediment intrusions. Veja estrutura de juvenil em cuspilito de praia.
escape de água intrusiva. Starved ripple. Veja marca de ondulação
Soft sediment mixing bodies. Veja estrutura de isolada.
escape de água com lâmina rearranjada. Stellate dunes. Veja duna estrelar.
Soil. Veja solo. Stepped erosion surface. Veja microterraço
Soil creep. Veja depósito de rastejo de solo soterrado.
em movimento de massa. Stone cells. Veja células de pedra em costela
Soil creep deposits. Veja depósito de rastejo transversal.
de solo em movimento de massa. Stone coral. Veja coral pétreo em coral.
Sole markings. Veja marca de sola. Stone-reef. Veja recifes de pedra em recife.
Sole marks. Veja marca de sola. Storm roller. Veja pseudonódulo.
Solifluction. Veja solifluxão em deslizamento. Straight-crested megaripples. Veja marca de
Solution basins. Veja bacia de solução. ondulação de crista reta por corrente.
Solution ripple marks. Veja marca de Straight-crested small ripples. Veja marca de
ondulação por solução. ondulação de crista reta por corrente.
Solution ripples. Veja ondulação por solução. Straight large scale ripples. Veja mega marca
Sorted bedding. Veja camada gradacional. de ondulação e também marca de
Sphericity. Veja esfericidade em Rocha ondulação por onda.
Sedimentar Clástica. Straight ripples. Veja marca de ondulação de
Spindle-shaped flute marks. Veja turboglifo crista reta por corrente e também marca
fusiforme. de ondulação por onda.
Spiral balls. Veja sobredobra de Straight small scale ripples. Veja marca de
escorregamento. ondulação de crista reta por corrente e
Spiral slump balls. Veja sobredobra de também marca de ondulação por onda.
escorregamento. Straight swept ripples. Veja marcas de
Spiral structures. Veja pseudonódulo. ondulações varridas de cristas retas por
Spitzkarren Strucktur. Veja estrutura cárstica corrente em marca de ondulação de crista
pontiaguda. reta por corrente.
Splitting plane. Veja plano de partição em plano Straight transverse ripples. Veja marca de
de estratificação. ondulação de crista reta por corrente e
Sponge. Veja esponja. também marca de ondulação por onda.
Spongy texture. Veja arenito esponjoso. Strata. Veja estrato, camada e também
Spray impressions. Veja marca de aspersão unidade de sedimentação.
de água. Straticulate. Veja estrutura colunar.
Stratification. Veja estratificação. Submarine fans. Veja leques submersos em
Stratification surface. Veja plano de ambiente em leque.
estratificação. Subsidence. Veja subsidência.
Stratigraphy. Veja estratigrafia. Substratal lineation. Veja lineação.
Stratum. Veja estrato, camada e também Sun cracks. Veja greta de contração.
unidade de sedimentação. Supercritical cross-lamination. Veja estrato
Streaked-out lutite ripples. Veja estrutura em transladante cavalgante supercrítico.
chama. Supercritically climbing ripple. Veja marca de
Streaked-out ripples. Veja estrutura em ondulação cavalgante em fase.
chama. Supercritically climbing translatent strata. Veja
Streaky structures. Veja listras de fluxo estrato transladante cavalgante
longitudinal em lineação por corrente. supercrítico.
Streamers. Veja dobra penecontemporânea. Supercritically climbing translatent stratification.
Streaming lineation. Veja lineação por Veja estrato transladante cavalgante
corrente. supercrítico.
Streched laminae. Veja lâminas comprimidas Supergroups. Veja supergrupos em unidade
em estrutura de avalanche. litoestratigráfica.
Striated blocks. Veja grão estriado. Superimposed ripple laminae in rhythm. Veja
Striated Boulder. Veja grão estriado. marca de ondulação cavalgante em fase.
Striated cobbles. Veja grão estriado. Surface lebensspuren. Veja traço de
Striated gravel. Veja grão estriado. pastagem, traço de rastejamento e
Striation. Veja marca de sulco lavrado por também traço de repouso.
objeto. Surface texture. Veja textura superficial.
Striation casts. Veja marca de sulco lavrado Surf-ripples. Veja marca de ondulação da
por objeto. zona de rebentação.
Striation mark. Veja marca de sulco lavrado Surge marks. Veja sulco de lavagem.
por objeto. Suspended load. Veja carga em suspensão em
Stromatactis. Veja estromatactis. transporte.
Stromatolite. Veja estromatólito. Suspension. Veja suspensão em transporte.
Structural diastems. Veja superfície de Swash cross stratification. Veja estratificação
reativação em estratificação cruzada. cruzada de linha de deixa em linha de
Structureless. Veja camada maciça. deixa.
Stylolites. Veja estilolito. Swash-marks. Veja linha de deixa.
Subaerial sun-crack. Veja greta do solo. Swept catenary large scale ripples. Veja marcas
Subaqueous shrinkage crack. Veja greta de de ondulações varridas catenárias em
contração linear e também greta de marca de ondulação catenária.
sinérese. Symmetrical grading. Veja camada
Subcritical cross-stratification. Veja estrato gradacional múltipla penesimétrica.
transladante cavalgante subcrítico. Symmetrical ripple marks. Veja marca de
Subcritically climbing ripple. Veja marcas de ondulação simétrica por onda.
ondulações cavalgantes fora de fase, Symmetrical wave ripples. Veja marca de
erosivas em marca de ondulação ondulação simétrica por onda.
cavalgante fora de fase. Synaeresis cracks. Veja greta de sinérese.
Subcritically climbing translatent strata. Veja Syncretic concretion. Veja concreção
estrato transladante cavalgante singenética em concreção.
subcrítico. Syndepositional convolute lamination. Veja
Subcritically climbing translatent stratification. laminação convoluta sindeposicional.
Veja estrato transladante cavalgante Syndepositional structures. Veja estrutura
subcrítico. mecânica primária.
Subgroups. Veja subgrupos em unidade Syndromous load cast. Veja estrutura de
litoestratigráfica. sobrecarga dendrisseptada.
Submarine canyons. Veja canhões submarinos Syneresis cracks. Veja greta de sinérese.
em ambiente marinho. Syngenetic structures. Veja estruturas
singenéticas em estrutura sedimentar.
Synglyph. Veja singlifo em hieroglifo. Third-order karren Strucktur. Veja estruturas
Synsedimentary faults. Veja falha cársticas de terceira ordem em estrutura
penecontemporânea. cárstica.
Synsedimentary folding. Veja dobra Three-dimensional dunes. Veja marca de
penecontemporânea. ondulação lunada por corrente.
System. Veja sistema em unidade Thrombolite. Veja trombólito.
cronoestratigráfica. Tidal banding. Veja estratificação de maré em
estratificação finamente interacamada.
Tidal bedding. Veja estratificação de maré em
estratificação finamente interacamada.
Tidal current. Veja corrente de maré em

T transporte.
Tidal deltas. Veja deltas de maré em ambiente
lagunar.
Tidal flat environment. Veja ambiente de
planície de maré.
Tabular. Veja tabular em geometria. Tidal lamination. Veja estratificação de maré em
Tabular cross-bedding. Veja estratificação estratificação finamente interacamada.
cruzada tabular em estratificação cruzada Tidal plain. Veja planície de maré em ambiente
planar. de planície de maré.
Tabular cross-stratification. Veja estratificação Tidal rhythmites. Veja estratificação de maré em
cruzada tabular em estratificação cruzada estratificação finamente interacamada.
planar. Till. Veja till em ambiente glacial.
Tadpoles nests pattern. Veja padrão em ninho Till balls. Veja bola de lama couraçada.
de girino em marca de ondulação de Tillite. Veja tilito.
interferência. Tongue-shaped structures. Veja língua
Talus. Veja tálus em movimento de massa. arenosa de avalanche.
Talus deposits. Veja depósitos de tálus em Tool mark. Veja marca lavrada por objeto.
movimento de massa. Tooth-shaped rill marks. Veja sulco de
Tangencial cross-bedding. Veja laminação lavagem dentiforme.
tangencial. Topset. Veja sequência de topo em ambiente
Taphoglyph. Veja tafoglifo. deltaico.
Teggoglyph. Veja estrutura de sobrecarga. Toroid. Veja molde de marmita.
Tempestite. Veja tempestito. Torose load cast. Veja estrutura de
Tension cracks. Veja greta tensional sobrecarga nodulosa.
transversa. Torrential cross-bedding. Veja estratificação
Tepee. Veja estrutura tepee em estrutura cruzada planar.
brechosa. Torrential cross lamination. Veja laminação
Tepee structures. Veja estrutura tepee em angular.
estrutura brechosa. Trace fóssil. Veja icnofóssil.
Terraced flute cast. Veja turboglifo Tracks. Veja pista descontínua.
terraceado. Trackway. Veja pista descontínua.
Terraced flute moulds. Veja turboglifo Traction. Veja tração em transporte.
terraceado. Trails. Veja pista contínua e também pista
Terraced marks. Veja turboglifo terraceado. descontínua.
Terrigenous. Veja terrígeno. Transcurrent lamination. Veja laminação
Texture. Veja textura. transcorrente.
Textured surface. Veja superfície texturada em Transition. Veja em ambiente praial.
marca de pingo de chuva. Translatent strata. Veja estrato transladante.
Theta-cross-stratification. Veja estratificação Transpor. Veja transporte.
cruzada theta. Transposed sand sheets. Veja sill sedimentar.
Thinly interlayered bedding. Veja Transversal asymmetrical ripple mark. Veja
estratificação finamente interacamada. sulco erosivo transverso lavrado por
corrente.
Transversal flowage cast. Veja marcas Transverse wrinkle marks. Veja marca
transversais de fluxo em estrutura em corrugada.
chama. Transverse wrinkles. Veja marca corrugada.
Transversal flowage marks. Veja marcas Trash line. Veja linha de escombro.
transversais de fluxo em estrutura em Travertine. Veja travertino em Rocha
chama. Sedimentar Química.
Transverse and diagonal scours. Veja sulco Triangular marks tapering down current. Veja
erosivo transverso lavrado por corrente. marca triangular acunhando-se a
Transverse and oblique scour marks. Veja jusante.
sulco erosivo transverso lavrado por Triangular or conical marks. Veja turboglifo.
corrente. Trichterkarren Strucktur. Veja estruturas
Transverse asymmetrical ripple marks. Veja cársticas fortemente escalonadas em
marca de ondulação por corrente. estrutura cárstica escalonada.
Transverse bar. Veja onda de areia. Trittkarren Strucktur. Veja estrutura cárstica
Transverse catenary in phase ripples. Veja escalonada.
marcas de ondulações catenárias em fase Trough cross-bedding. Veja estratificação
em marca de ondulação catenária. cruzada em calha.
Transverse catenary large scale ripple. Veja Trough-cross-lamination. Veja laminação
marca de ondulação catenária. côncava.
Transverse catenary out of phase ripples. Veja Trough cross-stratification. Veja estratificação
marcas de ondulações catenárias fora de cruzada em calha.
fase em marca de ondulação catenária. Truncated ripple-foreset cross lamination. Veja
Transverse combined current/waves ripples. marcas de ondulações cavalgantes fora de
Veja marca de ondulação combinada fase, erosivas em marca de ondulação
transversal. cavalgante fora de fase.
Transverse dunes. Veja duna transversa. Tube of worm. Veja estrutura tubular.
Transverse erosional markings. Veja sulco Tufa. Veja tufo calcário em Rocha Sedimentar
erosivo transverso lavrado por corrente. Química.
Transverse linear ripples. Veja marca de Tumble marks. Veja marcas de tombamento
ondulação por corrente. em marca de rolamento.
Transverse ribs. Veja costela transversal. Tumbling marks. Veja marcas de tombamento
Transverse ripple marks. Veja marca de em marca de rolamento.
ondulação por corrente. Tundra. Veja tundra em solo permafrost.
Transverse ripples. Veja marca de ondulação Turbidite. Veja turbidito em ambiente em
por corrente. leque.
Transverse scour. Veja sulco erosivo Turbidity current. Veja corrente de turbidez.
transverso lavrado por corrente. Turboglyph. Veja turboglifo.
Transverse scour marks. Veja sulco erosivo Turbulent flow. Veja fluxo turbulento.
transverso lavrado por corrente. Twisted asymmetrical flute marks. Veja
Transverse sinuous in phase ripples. Veja turboglifos assimétricos torcidos em
marcas de ondulações de cristas sinuosas turboglifo assimétrico.
em fase em marca de ondulação de crista Type a climbing ripple cross-lamination. Veja
sinuosa por corrente. marca de ondulação cavalgante.
Transverse sinuous out of phase ripples. Veja Type a ripple-drift cross-lamination. Veja
marcas de ondulações de cristas sinuosas marcas de ondulações cavalgantes fora de
fora de fase em marca de ondulação de fase, erosivas em marca de ondulação
crista sinuosa por corrente. cavalgante fora de fase.
Transverse tension crack. Veja greta tensional Type b climbing-ripple cross lamination. Veja
transversa. marca de ondulação cavalgante.
Transverse wave-current ripples. Veja marca Type b ripple-drift cross-lamination. Veja marca
de ondulação combinada. de ondulação cavalgante em fase.
Transverse wave-like erosional marks. Veja Type c ripple drift cross lamination. Veja
sulco erosivo transverso lavrado por laminação drapeada em marca de
corrente. ondulação cavalgante em fase.
Type s climbing-ripple cross-lamination. Veja
marca de ondulação cavalgante.
Type I megaripple. Veja mega marca de
ondulação.
V
Type I ripple drift. Veja marcas de ondulações
cavalgantes fora de fase, erosivas em
marca de ondulação cavalgante fora de Varve. Veja em estratificação finamente
fase. interacamada.
Type 2 megaripples. Veja mega marca de Varvite. Veja varvito em ambiente glacial.
ondulação. Vector structures. Veja estruturas direcionais
Type 3 ripple drift cross lamination. Veja em estrutura sedimentar.
laminação drapeada em marca de Vein. Veja veio.
ondulação cavalgante em fase. Ventifacts. Veja ventifactos em grão facetado.
Vertical clasts. Veja clastos verticais em clasto
pingado e também em involução.
Vertical grain fabric. Veja fábrica de grãos
verticalizados em involução.

U Vertical stones. Veja clastos verticais em clasto


pingado e também em involução.
Vesicular structures. Veja arenito esponjoso.
Vibration marks. Veja marca espigada.
Vitrène. Veja vitrênio em Rocha Sedimentar
Undertow mark. Veja marca de sulco lavrado Orgânica.
por objeto. Voidal concretions. Veja concreção
Undulating lamination. Veja laminação increcional.
ondulante em marca de ondulação Volcanic ash. Veja cinza vulcânica e também
regressiva. cinza vulcânica em onda de areia
Undulatory megaripples. Veja marca de piroclástica.
ondulação de crista sinuosa por Voluted parabolic flute marks. Veja turboglifos
corrente. parabólicos bulbosos em turboglifo
Undulatory small ripples. Veja marca de parabólico.
ondulação de crista sinuosa por Vortex cast. Veja turboglifo.
corrente. V-shaped marks. Veja marcas em forma de “v”
Uniform deposition. Veja marca de ondulação lavradas por corrente em sulco e crista
cavalgante em fase. longitudinal lavrado por corrente.
Uniformitarianism. Veja Princípio do Vugs. Veja em geodo.
Uniformitarianismo em atualismo.
Uniform stratification. Veja laminação
transcorrente e também estratificação
paralela horizontal.
Unilateral cross lamination. Veja estratificação
cruzada.
Unilateral rolling strata. Veja marca de
W
ondulação cavalgante fora de fase.
Uninterrupted chevrons. Veja marcas
espigadas não interrompidas em marca Wadi. Veja em ambiente eólico.
espigada. Warps. Veja arqueamento em estrutura de
Unlaminated. Veja camada maciça. avalanche.
Upslope rippel. Veja marca de ondulação em Wash-out. Veja estrutura de corte e
aclive. preenchimento.
Wash-over crescente. Veja estrutura de
desbaste em crescente.
Washover fans. Veja leques de lavagem em
ambiente lagunar.
Water-escape structures. Veja estrutura de Windrow ridge. Veja sombra de areia e
escape de água. também marca de ondulação
Water-level mark. Veja microterraço. longitudinal.
Water-rolled weed balls. Veja bola lacustre. Windward. Veja barlavento.
Wave current. Veja corrente de onda em Wispy cross stratification. Veja laminação
transporte. cruzada.
Wave-current ripple marks. Veja marca de Worm traces. Veja estrutura de bioturbação.
ondulação combinada. Wrinkled surface. Veja superfície salina
Wave-current ripples. Veja marca de enrugada.
ondulação combinada. Wrinkle marks. Veja marca corrugada.
Waved stratum. Veja superfície com marca de
ondulação.
Wave lines. Veja linha de deixa.
Wave-related furrows and ridges. Veja sulco e
crista lavrado por onda.
Wave-related gravel stripes. Veja listra
granular.
X
Wave-related ripple marks with multiple-parallel
crests. Veja marca de ondulação por onda
com crista múltipla. Xi-cross-stratification. Veja estratificação
Wave ripple laminations. Veja marca de cruzada xi.
ondulação por onda.
Wave ripple marks. Veja marca de ondulação
por onda.
Wave ripple marks in brick pattern. Veja padrão
tijolo em marca de ondulação de
interferência.
Wave ripple marks in tile pattern. Veja padrão
Z
ladrilho em marca de ondulação de
interferência. Zeta-cross-stratification. Veja estratificação
Wave-ripples. Veja marca de ondulação por cruzada zeta.
onda. Zibar dune. Veja duna zibar.
Wavy bedding. Veja estratificação ondulada. Zig-zag cross bedding. Veja estratificação
Wavy flaser bedding. Veja estratificação flaser cruzada espinha de peixe.
ondulada.
Wavy lamination. Veja estratificação
ondulada.
Wavy-ripple bedding. Veja estratificação
cruzada.
Weathering. Veja intemperismo.
Wedge. Veja cunha ou prisma em geometria.
Wedge-shaped cross-bedding. Veja
estratificação cruzada em cunha em
estratificação cruzada planar.
Wedge torrential cross-bedding. Veja
estratificação cruzada em cunha em
estratificação cruzada planar.
Whirl balls. Veja bola arenosa de redemoinho.
Whirl-zone. Veja zona de perturbação.
Wind erosional remnants. Veja cristas
remanescentes de desbaste em sombra de
areia.
Wind granule ripples. Veja marca de
ondulação granular.
O AUTOR

Carlos Henrique Nowatzki, 76 anos, é graduado


em História Natural pela Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS), São Leopoldo, Estado do Rio Grande
do Sul (RS), Brasil (BR), especialista em Geologia e em
Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, e mestre em Geologia
pela UNISINOS.
Foi professor-pesquisador na instituição
leopoldense por mais de 30 anos onde ministrou aulas de
Geociências para os cursos de Física, Matemática,
Biologia, Engenharia Civil e Geologia. Ainda na
UNISINOS foi chefe dos departamentos de Geociências
e de Geologia, criador e Coordenador do Curso de
Especialização em Geociências, convênio CAPES-
UNISINOS, fundador do Programa de Pós-graduação em
Geologia (PPGeo) e seu Coordenador Administrativo.
Também foi coordenador de projetos apoiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
e pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq).
Os resultados de seus estudos foram publicados como capítulos de livros, livros,
artigos em revistas especializadas nacionais e internacionais e em congressos, simpósios e
encontros geocientíficos brasileiros, perfazendo mais de 90 títulos.
Dedicou-se, nos últimos 10 anos de suas atividades acadêmicas, a Geologia
Arqueológica. Criou, na UNISINOS, a disciplina de Elementos de Geoarqueologia voltada a
alunos dos cursos de Geologia, Biologia e Arquitetura, cujas aulas práticas ocorriam nos Sítios
Arqueológicos de São Lourenço das Missões, São João Batista e São Miguel das Missões,
Região Missioneira do RS. A inexistência de livros sobre o assunto, levou-o a elaborar e publicar,
online, na época, o compêndio, Fundamentos de Geologia Arqueológica.
O Projeto Missões do RS, do qual o autor foi coordenador, resultou na
descoberta de trechos de antigas estradas missioneiras, na localização das pedreiras de onde
foram extraídos os blocos de arenito utilizados na construção da igreja da Reducción de San
Miguel Arcángel, na determinação de possíveis objetos e estruturas construtivas ocorrentes em
subsuperfície no Sítio Arqueológico de São Miguel das Missões e nas causas do intemperismo
que desagrega e decompõe as rochas dos prédios da Reducción de San Juan Bautista.

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