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PRIMEIRO E SEGUNDO LIVROS DAS CRÔNICAS

INTRODUÇÃO

Como os livros das Crônicas abrangem, na sua maioria, a matéria que se


encontra em II Samuel e I e II Reis, cremos que é suficiente dar uma introdução
apenas a estes livros.

TEMA

Os tradutores gregos da Bíblia referem-se a estes livros como “As Coisas


Omitidas”, porque fornecem muitas informações que não se encontram nos
livros dos Reis. Embora os “Reis” e as “Crônicas” demonstrem grande
similaridade no seu conteúdo, foram escritos sob diferentes pontos de vista, o
primeiro sob o ponto de vista humano, o último, sob o divino. Para ilustrar : I
Reis 14:20, relatando a morte de Jeroboão, diz que “dormiu com seus pais”.
Isso é o ponto de vista humano. Segundo Crônicas 13:20, relatando o mesmo
acontecimento, nos diz que “o feriu Jeová, e morreu”. Este é o ponto de vista
divino. Um escritor dá o seguinte esquema interessante para demonstrar a
diferença entre “Reis” e “Crônicas”.

1. “Os Reis” foram escritos pouco depois do princípio do cativeiro em Babilônia.


As “Crônicas” foram escritas pouco depois do regresso do cativeiro.
2. Os “Reis” foram compilados por um profeta — Jeremias; As “Crônicas por
um sacerdote — Esdras.
3. Os “Reis” põem em relevo o trono dos reis terrestres; As “Crônicas”, o trono
terrestre (o templo) do Rei celeste.
4. Os “Reis” tratam de Judá e Israel; As “Crônicas”, de Judá, sendo Israel
mencionado apenas incidentalmente.
5. Os “Reis” é um livro político e régio; As “Crônicas”, eclesiástico e sacerdotal.

AUTOR

“Não se sabe ao certo quem foi o autor das "Crônicas”, mas provavelmente é
correta a crença prevalecente dos judeus como se encontra no Talmude. Ali se
declara Esdras como o redator dos registros escritos e preservados por
homens dignos de confiança. Esses registros por tais homens como Samuel,
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Natã, Gade, Ido etc., foram inspirados por Deus; Esdras foi inspirado, além
disso, para fazer a seleção entre eles e reuni-las, numa narração contínua. Há
pouca dúvida de que a história em “Crônicas” fosse escrita por Esdras ao
regressar do cativeiro babilónico, a fim de animar o povo a construir o templo”.

ESFERA DE AÇÃO

Desde a morte de Saúl até o decreto de Ciro, abrangendo um período de 520


anos; desde 1056 até 536 a. C.

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