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Biologia 10ºano

Transformação e utilização de energia pelos seres vivos

O conjunto de todas as reações celulares designa-se metabolismo celular.

Existem dois tipos de reações:

 Catabólicas: conjunto de reações de degradação das moléculas mais


complexas em mais simples. São reações exoenergéticas (há
libertação de energia)
 Anabólicas: reações que conduzem à biossíntese de moléculas
complexas a partir de moléculas simples. São reações
endoenergéticas (consomem energia)

Um exemplo de um tipo de reação anabólica é a fotossíntese. Nesta


verificam-se um conjunto de transferências energéticas que se iniciam na luz solar e terminam no armazenamento
de energia em compostos orgânicos como a glicose.

A degradação da matéria orgânica pode completa ou incompleta, caso se verifique na presença de oxigénio ou na
ausência, respetivamente. Caso seja realizada na presença de oxigénio é conhecida como aerobiose, caso seja na
ausência designa-se anaerobiose ou fermentação.

Nota: ver páginas 126-127 (leveduras) manual

FERMENTAÇÃO

As leveduras são seres anaeróbios facultativos, ou seja, conseguem mobilizar energia de compostos orgânicos em
meios aeróbicos e anaeróbicos. No entanto existem certos microrganismos em que esta mobilização de energia a
partir da de gradação de compostos orgânicos se realiza exclusivamente em meios desprovidos de oxigénio, seres
anaeróbicos obrigatórios.

Existem vários tipos de fermentação, no entanto, irei apenas analisar a fermentação alcoólica (leveduras) e a
fermentação lática (bactérias láticas).

Fermentação alcoólica:

Compreende 2 fases:

1. Glicólise: reações que ocorrem no citosol. Nesta fase através da degradação de glicose iremos obter 2
moléculas de ácido pirúvico, ATP (adenosina trifosfato) e NADPH OU TH2. Numa primeira fase 2 moléculas
de ATP fornecem 2 fosfatos à glicose tornando-a instável e forçando-a a separar-se, formando assim 2
moléculas com 3 carbonos cada- ácido pirúvico, ocorrem reações de oxirredução 1nesta fase. Compostos
intermediários que se formaram durante a glicólise ficam oxidados por remoção de eletrões, que irão reduzir
moléculas NAD+ ou T formando NADPH ou TH2. Durante esta fase ocorrem transferências energéticas que
permitem a síntese de 4 ATP, no entanto vendo que no início foram utilizados 2 ATP o rendimento
energético da glicólise é de 2 ATP.
2. Após a glicólise o ácido pirúvico (3C) sofre uma descarboxilação 2, libertando CO2 e originando uma molécula
de 2 carbonos, aldeído acético, do qual resulta a formação de 2 moléculas de etanol (produto final desta
fermentação). Nesta redução intervêm as moléculas de NADPH formadas durante a glicólise que voltam a
ficar oxidadas (NAD+) podendo assim ser reduzidas outra vez.

Equação química da fermentação alcoólica:


1
Combinação de reações de oxidação (perda de eletrões) e reações de redução (ganho de eletrões).
2
Reação química na qual um grupo de carboxilo é eliminado.
Glicose + 2ADP + 2P 2 etanol + 2 CO2 + 2 ATP

Fermentação lática

Compreende 2 fases:

1. Glicólise (explicado acima)


2. Após a glicólise o ácido pirúvico é reduzido ao combinar-se com hidrogénios transportados pelas moléculas
de NADPH (formadas na glicólise), resultando assim a formação de ácido lático, composto por 3 carbonos e
produto final desta reação.

Equação química da fermentação lática:

Glicose + 2 ADP + 2 P 2 ácido lático + 2 ATP

Nota: ler página 86 do livro amarelo.

RESPIRAÇÃO AERÓBIA

Tal como na fermentação, a primeira fase da respiração aeróbia é também a glicólise.

A utilização do ácido pirúvico, em meio aeróbio ocorre ao nível mitocôndria (organito celular) e compreende 3
etapas: a formação de acetil-coenzima A (acetil-CoA), ciclo de Krebs e cadeia respiratória.

Nota: a mitocôndria possui uma dupla membrana; a região delimitada pela membrana chama-se matriz
mitocondrial; as estruturas membranosas presentes na matriz designam-se cristas mitocondriais.

Primeira etapa (formação de acetil-CoA)

No final da glicólise são formadas duas moléculas de ácido pirúvico (como visto acima), estes ainda possuem
bastante energia. O ácido pirúvico entra na mitocôndria e esta transformação ocorre ao nível da matriz.

A molécula de ácido pirúvico sofre uma descarboxilação, o que faz com que haja libertação de CO2 e se forme uma
molécula com 2 carbonos. Esta molécula é oxidada e os eletrões que perde são utilizados pelo NAD+ para formar
NADPH. No final forma-se a molécula de acetil, que, ligando-se à coenzima A forma o acetil-CoA.

2 ácido pirúvico 2 CO2


2 NAD+ 2 NADPH
2 coenzima A 2 acetil-CoA

Segunda etapa (ciclo de Krebs)

No primeiro passo a molécula acetil-CoA combina-se com uma molécula composta por 4 carbonos, oxaloacetate,
formando uma molécula com 6 carbonos, o ácido cítrico. Esta molécula sofre uma descarboxilação formando assim
2 CO2, produzindo também 1 molécula de NADPH, através da redução de NAD+, de cada vez. A molécula de 4
carbonos com que ficamos, sofre várias reações, formando assim 1 molécula de ATP, através da fosforilação de ADP
e depois formando também FADH23 (transportador de eletrões) e, por fim, forma-se mais 1 NADPH.

Este ciclo ocorre por cada molécula de acetil-CoA, portanto de corre 2x.

2 compostos de 4c

3
Através de uma desidrogenação.
2 acetil-CoA 4 CO2
2 ADP 2 ATP
6 NAD+ 6 NADPH
2 FAD 2 FADH2

Terceira etapa (Cadeia respiratória)

É a última etapa da respiração aeróbia, que consiste numa sequência de reações de oxidação-redução que
conduzem os eletrões, transportados por 10 NADPH (formados durante a primeira e segunda etapa) e 2 FADH2
(formados durante o ciclo de Krebs) até ao aceitador final, o oxigénio molecular, formando assim 6 H2O e 34 ATP.

A esta cadeia de transportadores dá-se o nome de cadeia respiratória, e ocorre nas cristas mitocondriais. Ao longo
deste processo ocorrem reações de oxidação e redução até que conduzem os eletrões transportadas pelos 10
NADPH e 2 FADH2 até ao aceitador final o oxigénio. Devido a esta reações há libertação de energia e esta energia é
utilizada para o estabelecimento de ligações químicas entre o ADP e fosfatos formando assim o ATP.

Rendimento energético

Fermentação: 2 ATP

Respiração aeróbia:

Glicólise saldo 2 ATP

Ciclo de Krebs 2 ATP

Cadeia respiratória 34 ATP ou 38 ATP (confirma isto soon)

Percentagem de energia aproveitada na respiração aeróbia: 38%

Uma parte pequena da energia restante fica retida nos produtos finais e a maior parte é libertada sob a forma de
calor.

TROCAS GASOSAS NAS PLANTAS

 As trocas gasosas realizam-se ao nível do estoma.


 Têm necessidades energéticas mais baixas, logo a taxa de respiração aeróbia é também mais pequena,
portanto a necessidade em oxigénio também.
 Utilizam o O2 que produzem durante a fotossíntese
 O CO2 que resulta da respiração aeróbia será utilizado na fotossíntese.

Impulso nervoso

Devido à permeabilidade seletiva da membrana há uma distribuição assimétrica de iões nestes 2 meios, o que gera
um potencial elétrico, designado por potencial de membrana.
Quando o neurónio não está a transmitir nenhuma mensagem, este potencial é negativo, potencial de repouso, o
que significa que no interior da célula próximo da membrana existe uma maior carga negativa em relação ao fluido
extracelular.

Os neurónios respondem a estímulos, estes ao serem captados e transformados, alteram o potencial de repouso,
gerando um potencial de ação, que traduz uma inversão das cargas elétricas. O potencial de ação propaga-se ao
longo de axónio. Após este o atravessar o potencial de membrana regressa ao valor de repouso.

A diferença de carga elétrica entre as zonas de repouso no axónio e as zonas em atividade origina uma corrente
elétrica.

Nota: não são todas as células que geram potencias de ação, no entanto, todas apresentam um potencial de
repouso.

Quando o potencial de ação atinge a extremidade do axónio enfrenta agora uma zona de junção com outro neurónio
ou com um órgão efetor (músculo, glândula, tecido). Esta zona de comunicação designa-se por sinapse. Numa
sinapse existe um espaço extracelular entre o neurónio pré-sináptico e o neurónio pós-sináptico designa-se por
fenda sináptica (por onde a mensagem nervosa passa). Na extremidade do axónio existem vesículas sinápticas que
armazenam substâncias químicas produzidas pelo neurónio- neurotransmissores. Estas vesículas movem-se para a
zona da membrana do neurónio pré-sináptico e fundem-se com ela, libertando estas substâncias químicas por
exocitose, tornando assim a mensagem nervosa química (em vez de elétrica). Os neurotransmissores difundem-se
então através da fenda e são recebidos por recetores específicos no neurónio pós-sináptico, estas substâncias
alteram a permeabilidade da membrana do neurónio, podendo desencadear um potencial de ação no neurónio pós-
sinápico, fazendo com que a mensagem nervosa prossiga.

Este é um processo eletroquímico.

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