Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O impressionismo
Contexto histórico:
Século XVIII- Inicio do século XIX
Guerras e liberalismo (Guerra Franco Prussiana)
Toda a FR, cidade de Paris- estabilidade política e económica (reflete-se na
arte)
Paris como polo cultural
Surgem os teatros, cinemas, cafés, exposições, vaudeville (género de
entretenimento)
Importantes centros de tertúlias- reuniões onde se discutiam determinados
assuntos
INTENSIFICA-SE A VIDA SOCIAL
Desenvolvimento cultural (letras, ciências, arte)
Impressionismo:
Fotografia como técnica inovadora de representar a realidade
. Reprodução exata da natureza
. Libertação da pintura da representação realista
Estampas japonesas- livre forma e composição
. Cores claras
. Desenho linear
. Rutura dos cânones tradicionais da representação pictórica
Influências:
Romantismo (paisagem)
Escola de Barbizon (atelier é a natureza)
Realismo (temática quotidiano)
Fotografia (enquadramento e perspetivas)
Estampas japonesas (desenho bidimensional e decorativismo)
Fabrico industrial das tintas em tubo
Descobertas científicas na ótica, cor e perceção
Pintura:
Banalização dos temas e variação dos mesmos
. Paisagem
. Cenas sociais
. Pintura ao ar livre
Inovações técnicas:
Exclusão de todos os esboços e estudos prévios
Negação da racionalização e teorização especulativa da arte
Pintura feita exclusivamente pela cor
A cor constrói formas
Cor usada pura (sem misturas prévias)
Tinta aplicada em pinceladas
. Curtas
. Rápidas
. Fragmentadas
Pinceladas justapostas de acordo com a lei das cores complementares (fusão
dos tons)
Quadros de aspeto rugoso e inacabado, cores abertas, formas e volumes pouco
definidos e quase desmaterializados
Jogos “frios e crus” da luz e cor
Libertação do claro-escuro
Afastamento da visão racionalizada da realidade física
Rejeição dos críticos e do publico do seu tempo
Quadros de aspeto fluido e dinâmico e vibrante de colorido, rico de emoções
sensoriais e plásticas
Pintores:
Édouard Manet
. Pintor de transição
. Renovação da pintura académica
. Temática descomprometida
. Paleta clara
. Pincelada solta
. Bidimensionalidade
Algumas pinturas:
. O almoço na relva
. Olympia
. Música nas Tulherias
Claude Monet:
. Paisagens campestres e marinhas
. Temas de análise da luz ambiente sobre a cor e formas
Algumas pinturas:
. Catedral de Saint- Lazare (1877)
. Catedral de Ruão
Edgar Degas
. Cenas de interior
. Enquadramentos/ perspetivas inusitadas
. Inspiração na fotografia e estampas japonesas
. Desenho menos difuso
Algumas pinturas:
. O absinto
. A aula de dança
Auguste Renoir
. Preferência por cenas sociais (lazeres burgueses)
. Preferência pelo nu feminino
Pinturas:
. O baloiço
Críticas ao impressionismo:
Não concretizava a teoria da cor
Execução imediata tornava os pintores negligentes e intuitivos na
aplicação da cor (pinceladas sobrepostas, mistura de cores)
O Neoimpressionismo
Rigor nas teorias da cor
(Críticas ao impressionismo)
Georges Seurat
Pontilhismo
Divisionismo (cores puras não misturadas; colocadas de acordo com a lei das
cores complementares)
Temas:
. Vida citadina
. Paisagens marítimas
. Diversões
Cores, linhas e formas feitas com rigor
Expressividade de grande tranquilidade
Perde a importância do instante luminoso/ ganha o jogo de harmonia das
cores
Grandes telas executadas em atelier a partir de estudos ao ar livre
Algumas pinturas:
Seurat- Domingo à tarde na grande Jatte, 1884-85
Paul Signac- Pequeno almoço
Pissaro- A pastora
O Pós-Impressionismo
1880- 1900: diferentes tendências e autores procuram novos caminhos para
arte
Influências do impressionismo:
. Separação entre a pintura e a representação mimética da Natureza
. Interpretada através da cor e da bidimensionalidade
Ruturas do impressionismo:
. Reação contra a superficialidade da sua análise ilusionista da realidade
Pintores
Algumas pinturas:
. Os girassóis
. Noite estrelada
Paul- Cézanne
. Quis fixar realidade em imagens mais sólidas e permanentes
. Começa a articular formas e cores mais geometrizantes
. Luminosidade impressionista
. Rigor da forma e volume
Algumas pinturas:
. Natureza Morta
. Os jogadores de cartas
Toulouse- Lautrec
. Influência de estampas japonesas e de Degas
. Desenho delicado e linear
. Fundos na cor da tela ou papel
. Bidimensionalidade
. Aproximação à ilustração
. Próximo da arte nova
. Temática: vida boémia (apresentada de forma grotesca e crítica);
Algumas pinturas:
. Salão na Rue des Molins
. O palhaço Cha-U-Kao no Molin de Rouge
Paul Gauguin
. Influências das estampas japonesas e da arte medieval do vitral
. Simplificação das formas fechadas pela linha de contorno a preto e
preenchidas a cores planas, sem modelado
. Pintor da evasão, da recusa da vida moderna (refugio nas ilhas da Polinésia
Francesa)
. Temas retiradas da natureza (composta pelo pintor), explorando o seu carater
simbólico, alegórico, idílico, misterioso e sugestivo
. Formas bidimensionais, estilizadas, estáticas e sintéticas, circundadas pela
linha a preto
. Cores antinaturalistas, simbólicas, alegóricas e exóticas
Algumas pinturas:
. Auto- retrato com Halo
. Mulheres de Tahiti na praia
. O cristo amarelo
O simbolismo
Revela o mundo dos mitos e da magia
A pintura é a transposição mágica das realidades
A arte deve refletir o espírito dos mitos
Separação entre arte e a representação da Natureza
Características:
Formas simplificadas
Pureza das cores à pintura
Pouca relevância para a temática (alguns mais intimistas e decorativos)
Utilização de cores sem nuances aplicadas uniformemente sobre grandes
superfícies (cores planas ou sintetizadas)
A escultura:
Auguste Rodin
. Renovou a escultura europeia
. Aproximou-se dos objetivos e da estética da pintura da época
. Foi simultaneamente um realista, um simbolista, um expressionista e um
impressionista
Influências:
. Miguel Ângelo (gosto pelo inacabado e pela figura humana)
. Românticos (emoção)
Características:
. Contraste entre as formas polidas e aveludadas dos corpos e o rugoso do
bloco inacabado
. Superfícies reentrantes e salientes convexas e concavas
. Marcas dos dedos
. Refletem a luminosidade criando uma ilusão de força, dinamismo e vitalidade
. Objetivo: captar aspetos emocionais, transitórios e fugidios
Algumas obras:
. Redon- A mulher Velada, 1895-99
. Puvis de Chavannes- Raparigas à beira mar, 1879
. Paul Sérusier- Paisagem no bosque do amor, 1888
. Rondin- O pensador (escultura), 1880- 1904
. Rondin- Danaide, 1885
. Rodin- O beijo, 1882-98
. Rodin- A catedral, 1908
A arte nova
Belle Époque (1890-1914)
. Cidades europeias viveram felizes
. Em paz
. Prosperidade económica
. Progressos técnicos e científicos
. Otimismo e confiança no futuro
Princípios comuns:
. Inovação formal- originalidade e criatividade, rejeitou os estilos académicos
e revivalismos. Novas formas e estruturas orgânicas inspiradas na Natureza e
no homem, preferência por movimentos sinuosos para marcar a expressividade
. Adesão ao progresso- aliaram-se as técnicas aos novos materiais. Utilizavam
materiais sem disfarce (betão sem cobertura), materiais na sua forma mais
pura. Aliaram a resistência e eficácia à sua maleabilidade e sentido plástico
. Adoção de uma nova estética: linha sinuosa, na procura do movimento, do
ritmo, da expressão e do simbolismo poético, que apelava à fantasia e
sensibilidade estética do espectador. Espaços interiores funcionais (decoração
interior com ferro ex: varões protegiam e decoravam)
Influências:
. Gótico flamejante (linhas sinuosas)
. Movimento arts and crafts
. Rococó (naturalismo e requinte decorativo)
. Pinturas japonesas (desenho gráfico,
bidimensionalidade, naturalismo e
decorativismo);
. Folclore tradicional inglês, de
inspiração celta.
Arquitetura
A arte nova implantou um estilo verdadeiramente inovador do
Século XIX.
Rompeu com as tradições historicistas e ecléticas da arquitetura académica
Conseguiu conjugar inovações técnicas com a decoração
Características gerais:
Inovação formal
. Originalidade e criatividade
. Rejeição dos estilos académicos, históricos e revivalistas
. Inspiração na natureza (fauna e flora)
. Preferência por estruturas orgânicas
. Movimentos sinuosos e encadeados (dinamismo expressivo)
Adesão ao progresso
. Novas técnicas
. Novos materiais (ladrilho cozido, ferro, vidro, betão e outros) utilizados de
forma estrutural e decorativa
As duas tendências:
Principais focos:
Bruxelas:
. Victor Horta
. Henry van de Velde
França:
. Hector Guimard
. Entradas para o metro de Paris
. Armações e redes metálicas e formas vegetalistas
Catalunha:
. Luís Domenech i Montaner
. Antoní Gaudi (arquiteto-escultor ou arquiteto-poeta)
. Influências locais de raiz gótica e mudéjar
Glasgow, Escócia:
. Charles Rennie Mackintosh
Áustria:
. Pintor Gustave Klimt
. Arquitetos J. Maria Ölbrich e Joseph Hoffman
Chicago:
. Louis Sullivan
A casa de cascata:
. Louis Sullivan
Características:
. Utilização de novos equipamentos e meios construtivos
. Aproveitamento dos materiais produzidos industrialmente (tijolo cozido; ferro
e vidro)
Carater pragmático
. Surgiu para fazer face às novas necessidades do crescimento urbano
. Alojamento dos trabalhadores
. Sistemas de transporte
. Melhor aproveitamento dos espaços (construções em altura)
Houve uma revisão dos sistemas, processos e modelos construtivos
RENOVAÇÃO URBANÍSTICA
Algumas construções:
. 1ª metade do século XIX
. Gares, pontes e viadutos
. Palácio de Cristal e a Exposição Internacional de Paris
. Torre Eiffel
Pintura renascentista
Caso prático a anunciação
Pintura a óleo
. Na europa durante a Idade Média, a tinta a pó era misturada com gema
de ovo e água para ganhar consistência.
. Esse processo é conhecido por pintura a têmpera
. A pintura secava muito rapidamente
O sfumato
. Técnica desenvolvida por Leonardo da Vinci
. Consistia num efeito de gradação das cores, sem utilizar contornos, de
modo a gerar uma transição suave entre a luz e a sombra
Fra Angelino
. Revelou grande austeridade religiosa nos temas e delicadeza nas figuras
estilizadas que expressavam
. A pintura possui um intenso cromatismo; cores luminosas e douradas
. Utiliza a perspetiva de forma empírica
Van Gogh- Os girassóis
Análise técnica
. Pincelada rápida e impetuosa, curta e espontânea
. Empastelamento das tintas de óleo (acentuavam a expressividade)
. Fundo neutro como meio de destaque das estruturas e cores das flores dando
assim um efeito de relevo
. Sensações reforçadas pela coloração amarelo-alaranjada que confere uma
luminosidade intensa no fundo verde-azulado claro
Análise Formal
. Temática: doze girassóis dispostos livremente numa jarra, apresentando-se na
sua aparência natural, com as suas coroas de flores assemelhando-se a raios e
com as vastas sépalas e caules torcidos.
. Assunto resolvido em pinceladas largas e onduladas (como no fundo)
. Fundo neutro sem significado, caráter das pinceladas comunica-lhe a
intensidade e expressividade do assunto principal
. Expressividade das pinceladas e cores vibrantes e luminosas transformam os
girassóis quase num cataclismo cósmico
Análise temática
. Van Gogh costumava colher flores no alvor da madrugada para poder apanhá-
las ainda frescas, sem que mostrassem o menor sinal de murchidão.
. Nas cartas podemos ter uma perceção da importância do girassol para Van
Gogh
. O amarelo luminoso dos girassóis representava o «símbolo da luz, do sol e do
vigor»
. As pinceladas violentas foram interpretadas como o resultado e o reflexo da
particular condição psicológica que o atormentava .
Leitura de significados
. As pinturas deste são uma permanente interrogação acerca do sentido da vida
e da arte.
. Os seus quadros exaltam a cor e a forma, tentando a conciliação dos opostos
para onde converge a sensação e a expressão.
. Enquanto a cor dilui a forma, a técnica dá forma ao espaço.
. Apesar de muitas vezes a sua técnica expressiva ser associada à sua condição
psicológica, há muito que deixámos de ver uma relação direta de causa-efeito
entre a sua saúde mental e a sua forma de pintar.
. Se, por um lado, sabemos que Van Gogh não conseguia pintar nos períodos
mais críticos da sua doença, por outro essas «deformações expressivas», como
ele lhes chamava, eram um recurso calculado para «tornar mais verdadeira a
realidade»
. Van Gogh explorou as potencialidades expressivas da cor, definindo assim
uma pintura que devia traduzir as tensões, as energias e as emoções do mundo
interior do artista.
. A cor deveria ser o elo de ligação entre a obra e o interior do artista
. O valor simbólico que conferiu à cor, a técnica enérgica do empastelamento
das tintas, o valor autónomo da linha e a vibração que agita os volumes e o
espaço traduziram-se numa obra carregada de emoção, angústia e ardente
subjetividade.