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20/02/2020

Componentes da granja:
• Setor de produção:
– galpões para as aves

• Setor de preparo de alimentos:


– armazéns ou silos, fábricas
de ração...

• Setor administrativo:
– escritório, almoxarifado,
controle (portão de entrada)

Componentes da granja:
• Setor sanitário:
– fossas, crematório, pedilúvio, rodolúvio

• Setor residencial:
– casa sede, casa dos empregados

• Setor de apoio:
– galpão-oficina

• Setor externo:
– posto de vendas, abatedouros,
cooperativas...

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EIXO LONGITUDINAL ORIENTADO LESTE – OESTE


- interceptar a insolação
- * Exceção para galpões fechados

Orientação do Galpão (Embrapa, 2003)

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Dimensões do galpão
• Largura do galpão ► dependência do clima

• Clima quente e úmido máx. 10 metros

• Clima quente e seco máx. 14 metros

PADRÃO MUNDIAL

125 metros x 12 metros = 1500 m2

Largura do galpão e
altura do pé direito (m)
Largura do galpão Altura do pé direito
Até 8 2,80
8–9 3,15
9 – 10 3,50
10 – 12 4,20
12 - 14 4,90

2,5 a 3,0 metros

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Telhado
• Telha de barro
• Eficiente no isolamento térmico
– custo de implantação
– frestas dificultam a desinfecção

• Telha de fibrocimento comum

• Chapa zincada ou ferro galvanizado:


• Pior qualidade térmica

Cobertura:
Isopor e chapa metálica

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• Beiral
– auxilia no sombreamento do interior do galpão
– 1,5 – 2,5 m

• Lanternim
– abertura superior do
telhado
– abertura mínima de
10% da largura do
galpão
– tipos: toda extensão
do galpão ou chaminé

Galpão experimental de
frango de corte (UFAM)

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Vegetação circundante ao
aviário (grama e árvores)
– Grama
– redor do galpão
– incidência de luz

– Árvores
– sombreamento e quebra-vento

– 6-10 metros (máximo 30 m)


– 1 ou 2 fileiras

– sistema radicular profundo e adaptadas ao local


– ex: eucalipto, leucena

Disposição das árvores ao


redor do galpão (Rigon, 2009)

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Aviário com sistema de


quebra-vento

Mureta

– auxilia no carreamento do gás carbônico

– 20 centímetros (mín)

– 30 centímetros (máx)

– de 30 (ventilação comprometida)

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• Telas de arame (30 mm)


– pássaros, animais silvestres e roedores

• Cortinas (ráfia/ PVC)


– Controle da ventilação interna do galpão
– Sistema de roldanas
• Carretilhas, manivelas e cordões

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Cortina propex impermeável

Os tecidos para cortinas Propex são fabricados em polipropileno e/ou polietileno, e são
apresentados em diversas cores, larguras, gramaturas, com ou sem plastificação.
O tecido é aditivado quimicamente para suportar as intempéries e a incidência de raios
UV, além de ser altamente resistente à ação mecânica durante o manuseio.
As cortinas confeccionadas com tecido Propex são utilizadas como barreira protetora e
isolante térmico nas paredes laterais e tetos dos galpões destinados à criação de aves
(frangos, galinhas e perus) e também na suinocultura.

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Sistemas de roldanas para o


manejo das cortinas

Cortinas

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Ver o vídeo
• https://www.youtube.com/watch?v=5U03Q
ycED9U

• Embrapa - Projeto Frango Aurora (12


minutos)

Tipos de
ventilação:
natural
ou
artificial

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Galpões convencionais:

Clima quente: Clima frio:


– 10 a 12 aves/m2 – 12 a 14 aves/m2

Galpões adaptados
Mais aves/ m2

• Ventiladores / Exaustores
• Aspersores / Nebulizadores

GALPÕES ACLIMATADOS: 18-22 aves/m2

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15º C 25º C

Umidade relativa: 60 a 70%

- mantém a temperatura corporal


constante
- mínimo esforço para a regulação
térmica

VENTILAÇÃO:
aves tem metabolismo intenso

CALOR UMIDADE

GASES

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Ventilação artificial

Ventilação lateral

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Ventilação artificial, mecânica ou


forçada
• Sistema de Pressão Positiva ou
Pressurização, (transversal)

VENTILAÇÃO EM TÚNEL
Succiona o ar de uma extremidade e sai pela outra oposta

 80% de UR = abre-se as cortinas e desliga-se os


nebulizadores

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Ventilação artificial, mecânica ou


forçada
• Sistema de Pressão Positiva ou
Pressurização, (longitudinal)

Ventilador:
ventilação positiva

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Ventilação nos galpões


(Rigon, 2009)

Ventilação positiva, longitudinal


(ventilação tipo túnel)
(Rigon, 2009)

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Ventilação

Ventilação artificial, mecânica ou


forçada
• Sistema de Pressão ou Ventilação Negativa ou
Exaustão = EXAUSTORES
• 2 – 2,5 metros/ seg e renovação do ar a cada 1 minuto

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Exaustor

Sistema de ventilação por


pressão negativa

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Aviário com sistemas de


exaustores

Sistema de ventilação
mecânica por exaustão
(Rigon, 2009)

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Métodos de resfriamento através


de painéis evaporativos
(Abreu, 2005)

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Sistema de ventilação em
túnel e placa evaporativa:
renovação uniforme do ar

PAINÉIS EVAPORATIVOS
http://www.valcobrasil.com.br/produtos/sistemas-de-ventila%C3%A7%C3%A3o/polair-pad-cool
(2012)

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Temperatura ambiente ideal para criação


de aves

Idade (Semanas) Temperatura (oC)


1 32 - 35
2 29 - 32
3 26 - 29
4 23 - 26
5 20 - 23
6 20

Temperatura

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Interação Ambiente
e
Frango de Corte
(Macari, 2002)

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Aves em ofego (Rigon, 2009)

Esquema do Sistema Termorregulador


(Abreu, 2004)

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Outros sistemas de aquecimento


a lenha

• Fornalha, chaminé,
termostato, alarme e
tubos distribuidores de
ar quente;

• Os queimadores podem
estar externamente ou
internamente;

Atualmente....forno à lenha

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Aquecedores elétricos

• São constituídos de resistências elétricas,


blindadas ou não e lâmpadas infravermelhas

• Sistema mais limpo

• Fácil manutenção e fácil manuseio

• produção de calor constante e não gera


gases tóxicos (CO e CO2)

AQUECEDOR À DIESEL

http://aquecedoresatr.com.br/

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Aquecedores lâmpadas infravermelhas

Aquecedores a gás
• Apresentam o menor custo com a geração da energia térmica
• Utiliza tanto gás natural quanto gás liquefeito de petróleo (GLP).

Campânula a gás
• queimador de gás convencional,
• instalados a pouca altura do chão
• Temperatura não uniforme
• no máximo, 500 pintos
• baixo índice de manutenção e mobilidade
• reinstalados com facilidade e rapidez.

Placa cerâmica
• Placa cerâmica refratária
• Instalação de altura um pouco superior
• Melhor distribuição da temperatura
• Desvantagem: fragilidade da placa cerâmica,
• capacidade entre 700 à 800 pintos.

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Iluminação

• Programa de luz utilizado:

1º dia  24 horas

2º dia  22 horas

3º dia  20 horas

Tipos de bebedouros

• Sistema aberto:
– Bebedouros Pendulares ou
– tipo Copinho

• Sistema fechado:
– Nipple

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Os bebedouros
Conforme as aves
pendulares e do tipo
forem crescendo, é
copinho devem ser
preciso ajustar a altura
suspensos para
dos bebedouros para
garantir que o nível da
diminuir a
borda do bebedouro
possibilidade de
seja igual à altura do
contaminação.
dorso da ave em pé

http://www.plasson.com.br/livestock/site/products/chicken/product/1

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COMEDOUROS

Bandeja Tubular Automático

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BIOSEGURANÇA: local
 Distância de outras propriedades que tenham
outras criações
 Não ter galinha caipira (transmissão de doenças)
 Distância de granjas de postura
 Disponibilidade de água de boa qualidade e
quantidade suficiente
 Energia elétrica
 Vias de acesso em boas condições em qualquer
tempo

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Pédilúvio com solução de iodo

Uso de botas
descartáveis

ARCO DE DESINFECÇÃO
O arco de desinfecção é uma tecnologia aplicada à BioSegurança e
desinfecção.

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Manejo sanitário
• Observar diariamente:
• Limpeza dos bebedouros
• Limpeza dos comedouros
• Limpeza do aviário e suas imediações;
• Retirar as aves mortas e machucadas

• Fazer o controle de moscas e ratos;

• Fornecer às aves somente água potável e tratada;

• Produtor deve estar atento quanto às doenças


existentes na região.

O que fazer com as aves mortas ?

Entre as formas de descarte de aves mortas


podemos encontrar: aterro, fossas anaeróbias,
incineração, alimentação de outras espécies e
até mesmo lançamento em córregos e matas.

Essas maneiras apresentadas não trazem


segurança biológica e ambiental, e também não
há uma reciclagem eficiente dos minerais
presentes nas carcaças (COUTO et al, 2010).

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Ler o
artigo !

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• A metodologia consistirá de pesquisa à campo em granjas de


criações de frango de corte, da região norte e noroeste do Paraná,
onde serão coletados os dados sobre os principais problemas
observados nas composteiras, como:
 compostagem incompleta,
 temperatura inadequada,
 presença de chorume,
 cheiro forte e de moscas,
 carcaças mumificadas,
 infiltração,
 animais oportunistas, dentre outros problemas.

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Manejo da cama de frango

Desinfecção
• realizar a desinfecção dentro e fora do galpão quando
este estiver seco (todas as partes)

• após a desinfecção poderá ser realizado a caiação


(opcional)

• produtos utilizados na desinfecção:


– cresóis, fenóis, amônias quaternárias
– é recomendado fazer o rodízio periódico do princípio
ativo
– melhor atuação a temperatura de 18º a 21ºC

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APÓS A DESINFECÇÃO O GALPÃO


DEVERÁ PERMANECER FECHADO POR NO
MÍNIMO 24 HORAS
VAZIO SANITÁRIO = 14 DIAS

Após o VS das instalações,


entrada de um novo lote !

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USO DA CAMA

• Os objetivos do uso
da cama de aviário são:

– evitar o contato direto das aves com o piso,


– servir de substrato para a absorção da água,
– incorporação das fezes e penas;
– contribuir para a redução das oscilações de
temperatura no galpão.

A cama tem o objetivo de evitar o contato


direto da ave com o chão, além de favorecer a
absorção da água e a incorporação de fezes,
urina, penas, descamações da pele e restos
de alimento.

As camas mais usadas são casca de arroz e


maravalha, porém existem alternativas
( http://www.avisite.com.br/forum/mensagem.asp?codigo=32 )

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Uma cama de boa


qualidade deve apresentar
as seguintes propriedades:

• Uma excelente capacidade de absorver a umidade,


evitando o empastamento da mesma
• Baixa condutividade térmica (Bom isolamento do piso)
• Partículas de tamanho médio
• Liberação rápida de umidade
• Umidade por volta de 20 a 25%
• Livre de substâncias indesejáveis (fungos, toxinas, etc.)
• Fácil disponibilidade
• Baixo custo

• MATERIAIS:
– Maravalha
CAMA – Casca / palha de arroz
– Sabugo de milho triturado
– Casca de amendoim
– Napier seco/ colonião seco
• TIPOS DE CAMA: – Casca de café
– Pó de serra
• cama nova
• cama velha

• Profundidade
– Verão: 5-8 cm
– Inverno: 8-10 cm

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Características dos materiais de


cama mais comuns

MATERIAL CARACTERÍSTICA
Maravalha de madeira (pinus) Boa absorção e boa decomposição
Palha picada Lenta decomposição
50:50: maravalha e palha

Papel picado Difícil manejo em condições úmidas


Casca e resíduos de cereais de arroz Não é absorvente e pode ser ingerido
Pó de serra Não é adequado, poeirento e pode
ser ingerido

Areia Dificuldade de locomoção se estiver


profundo

MARAVALHA:
É o material mais utilizado como cama de frango.
Possui um ótimo poder de absorção.
O material utilizado normalmente é pinus ou eucalipto, deve ser seca
para evitar o crescimento de fungos e a procedência deve ser
conhecida.
Tem uma maior duração na cama e após seu uso, constitui-se num
bom adubo orgânico para lavoura.

CASCA DE ARROZ:
produto barato, ainda se encontra em grande quantidade em algumas
regiões. Problema: incidência de calo de pé. A duração desta cama é
a metade do tempo da cama de maravalha.

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Materiais utilizados como cama de frango


1 – bagaço de cana;
2 – capim napier;
3 – maravalha;
4 – mistura de maravalha e bagaço de cana;
5 – mistura de casca de arroz e bagaço de cana;
6 – casca de arroz.

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Para saber mais sobre cama de


frango, leiam o artigo abaixo,
disponível em :
www.revistas.ufg.br/index.php/vet/article/download/1159/1249

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• Granja 1: Localizada em Nova Londrina/ PR, possui dois barracões contendo


33.000 aves por barracão. O tipo de cama utilizada na propriedade é a
maravalha. A cama é vendida como adubo para produtores de mandioca,
laranja e pastagem, sendo jogada diretamente ao solo, sem tratamento.
• Granja 2: Localizada em Mandaguaçu/ PR, possui dois barracões contendo
19.000 aves por barracão. O tipo de cama produzido é a palha de café,
totalizando 9 toneladas de palha/ barracão. A cama é comercializada para
produtores de café e amora.
• Granja 3: Localizada em Mandaguaçu/ PR, possui somente um barracão
contendo 28.000 aves, empregando 20 toneladas de palha/ barracão. O tipo
de cama utilizada é a palha de café, sendo trocada somente uma vez ao ano.
A cama é vendida como fertilizante e também é realizada a compostagem das
aves mortas.

A palha de café em regiões produtoras de café é uma boa alternativa, para


reduzir custo com a cama (NFTAlliance, 2011).

• Granja 4: Localizada em Mandaguaçu /PR, possui somente um barracão


contendo 32.000 aves, consumindo 20 toneladas palha de arroz/ barracão.
• Granja 5: Localizada em Maringá/ PR, possui somente um barracão
contendo 28.000 aves, utilizando 16 toneladas palha de arroz/ barracão.
• Granja 6: Localizada em Ivaiporã/ PR, possui somente um barracão
contendo entre 15.000 a 20.000 aves, empregando 10 toneladas palha de
arroz/ barracão.
• Granja 7: Localizada em Ivaiporã/ PR, possui somente um barracão
contendo 25.000 aves, consumindo 10 toneladas palha de arroz/ barracão.
• Granja 8: Localizada em Ivaiporã / PR, possui somente um barracão
contendo 35.000 aves, utilizando 15 toneladas palha de arroz /barracão.
• Granja 9: Localizada em Ivaiporã/ PR, possui somente um barracão
contendo 18.000 aves, empregando 10 toneladas palha de arroz/ barracão.
• Granja 10: Localizada em Iguaraçu/ PR, possui dois barracões contendo
44.000 aves, utilizando 22 toneladas palha de arroz/barracão.
• Granja 11: Localizada em Iguaraçu/ PR, possui dois barracões contendo
30.000 aves/barracão, utilizando 20 toneladas palha de arroz/barracão.
• Granja 12: Localizada em Iguaraçu/PR, possui 4 barracões contendo 31.500
aves/barracão, utilizando 16 toneladas palha de arroz/barracão.

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Procedimentos para a
reutilização:
• retirar devidamente a cama do galpão (caminhão lonado)
• retirar a parte emplastada
• passar em um picador elétrico (enxada rotativa ou grade)
• deixá-la fofa e solta
• amontoá-la e permitir fermentação
• caso esteja seca, umidecê-la  atingir 35 a 45% de
umidade
• tratamento com cal (1 saco de cal  120 m2 área)
• amontoá-la  período mínimo de 8 dias
• IDEAL  21 dias (boa fermentação)
• reutilização de 4 a 6 lotes

http://www.cocari.com.br/index.php?conteudo=informativoMateria.php&codigoMateria=622
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Batedor de cama
de aviário

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Reutilização da Limpeza do aviário


cama de aviário

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Esteira para aviários

Cálculo do número de galpões


• No de criadas/galpão/ano= período de utilização dos galpões
período de uso de um galpão

• Período de uso de um galpão= 42 dias + 14 dias de VS


• Total de 56 dias de utilização

• No de criadas/galpão/ano = 365 = 6 criadas/galpão/ano


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• Logo, o número de galpões será:
– 1 galpão  venda bimestral
– 2 galpões  venda mensal
– 4 galpões  venda quinzenal
– 8 galpões  venda semanal

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Ver o vídeo
• https://www.youtube.com/watch?v=5U03Q
ycED9U

• Embrapa - Projeto Frango Aurora (12


minutos)

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