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Universidade Federal Rural do Semiarido – UFERSA

Centro de Engenharias – C.E. / Departamento de Engenharia Civil


Instalações Hidrosanitárias – AMB 1066

Aula 02:
Instalações Prediais de Água Fria
Parte 5
Subsistema de Distribuição: Colunas e
Barrilete

Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos


2.18. Colunas de Distribuição

Prof. Dr. Adriano Gomes de Matos


2.18. Colunas de Distribuição

Derivam do barrilete e, após um certo trecho na cobertura, descem verticalmente


para alimentar os diversos pavimentos.

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2.18. Colunas de Distribuição 2.18.1. Método tradicional

Pelo método tradicional de projeto, em um edifício de apartamentos, cada


apartamento pode ter várias colunas de alimentação.

Como temos banheiro sobre


banheiro, cozinha sobre
cozinha e área de serviço sobre
área de serviço, cada ambiente
ou conjuntos próximos de
ambientes podem possuir
colunas independentes.

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2.18. Colunas de Distribuição 2.18.1. Método tradicional

Esse sistema de colunas por ambientes inviabiliza a medição individual de água e


faz com que o consumo de água no edifício seja rateado entre todos os moradores e
cobrado na taxa de condomínio.

Um apartamento que tem um único morador paga o mesmo que outro apartamento
que tem uma família de 5 pessoas.

Para dificultar ainda mais a situação, as


companhias de abastecimento instalam
um único hidrômetro por edifício e deixa
a cargo do condomínio o rateio do
consumo.

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2.18.2. Medição
2.18. Colunas de Distribuição Individualizada

Não podemos mais ter várias colunas atendendo um apartamento, pois se queremos
fazer uma medição individual, o apartamento terá uma única entrada para o
abastecimento de todos os ambientes. Um edifício com quatro apartamentos por
andar, p.ex., terá somente 4 colunas de água-fria com um hidrômetro em cada
apartamento.

A partir do hidrômetro é que


será feita a distribuição para
todos os ambientes do
apartamento através de
tubulações horizontais.
Conceito totalmente diferente
do anterior.

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2.18.2. Medição
2.18. Colunas de Distribuição Individualizada

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2.19. Medição Individualizada

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2.19. Medição Individualizada

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2.20. Barrilete

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2.20. Barrilete

A ligação da extremidade superior da coluna de alimentação diretamente no


reservatório superior traria sérios inconvenientes, pois haveria casos em que o
reservatório teria dezenas de inserções.

O barrilete ou Colar de Distribuição é a solução adotada para se limitar as ligações


ao reservatório. Trata-se de uma tubulação ligando as duas seções do reservatório
superior e da qual partem as derivações das diversas colunas de alimentação.

Tubulação que liga entre si as duas seções do reservatório superior, ou dois


reservatórios superiores, e do qual partem ramificações para as colunas de
distribuição.

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2.20. Barrilete

Sua importância:

Evitar-se fazer a ligação de grande quantidade de encanamentos diretamente no


reservatório.

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2.20. Barrilete 2.20.1. Tipos

São duas as opções de projeto para o barrilete:

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2.20. Barrilete 2.20.1. Tipos

Sistema Unificado (Central, Concentrado)

Do barrilete ligando as duas seções do reservatório partem diretamente todas as


ramificações, correspondendo cada qual a uma coluna de alimentação.

Colocam-se dois registros que permitem isolar uma ou outra seção do


reservatório.

Cada ramificação para a coluna correspondente tem se registro próprio.

Assim, o controle e a manobra de abastecimento, bem como o isolamento das


diversas colunas são feitos num único local de cobertura.

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2.20. Barrilete 2.20.1. Tipos

Sistema Unificado (Central, Concentrado)

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2.20. Barrilete 2.20.1. Tipos

Sistema Ramificado

Do barrilete saem os ramais, os quais por sua vez dão origem a derivações
secundárias para as colunas de distribuição. Ainda nesse caso, na parte superior
da coluna, ou no ramal do barrilete próximo à descida da coluna, coloca-se um
registro.

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2.20.2. Diferenças entre os
2.20. Barrilete barriletes

O tipo concentrado tem a vantagem de abrigar os registros de operação em uma


área restrita, facilitando a segurança e o controle do sistema, possibilitando a
criação de um local fechado, embora de maiores dimensões.

O tipo ramificado é mais econômico, possibilita uma quantidade menor de


tubulações junto ao reservatório, os registros são mais espaçados e colocados antes
do início das colunas de distribuição.

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2.20. Barrilete 2.20.3. Dimensionamento

Consideremos um barrilete que alimenta quatro colunas de um prédio de escritórios,


com 22 pavimentos, servindo duas delas a dois vasos sanitários com válvula de
descarga em cada pavimento e as outras duas colunas a uma vaso sanitário também
com válvula de descarga em cada pavimento.

Suponha que o cálculo das colunas tenha sido feito anteriormente.

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2.20. Barrilete 2.20.3. Dimensionamento

O dimensionamento do barrilete pode ser feito por dois métodos

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2.20. Barrilete 2.20.3. Dimensionamento

A descarga correspondente ao peso total será


𝑄=0,3. √ Σ 𝑃 =0,3. √ 40.(2.44 +2.22)=21,8 𝐿/ 𝑠
Considera-se que cada seção do reservatório fornece metade dessa descarga.

Durante a limpeza do reservatório, poderá funcionar apenas uma seção, quando


então as condições de funcionamento deixarão de ser as ideais. Portanto:
𝑄 21,8
𝑞= = =10,9 𝐿/ 𝑠
2 2
A perda de carga, em geral, que se admite é 8 m/100 m.

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2.20. Barrilete 2.20.3. Dimensionamento

Com q = 10,91 L/s e Jp = 0,08 m/m no ábaco de F-W-H, obteremos, arredondando


“para mais”, já que não há diâmetro comercial de tubo com cerca de 3 ½”, um
diâmetro D=4”.

A perda de carga com esse diâmetro, mantida a mesma descarga, reduzir-se-á a


3m/100 m.

Alguns projetistas dimensionam o barrilete para que a descarga total possa ser
suprida por qualquer uma das seções do reservatório.

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2.20. Barrilete 2.20.4. Exemplo

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2.20.4. Exemplo
2.20. Barrilete SOLUÇÃO

Dimensionamento do barrilete
A descarga correspondente ao peso total será:
𝑄=0,3. √ Σ 𝑃 =0,3. √ 100+50+80+90=3,8 𝐿/𝑠
Cada seção do reservatório fornece metade dessa descarga.
𝑄 3,8
𝑞= = =1,9 𝐿/ 𝑠
2 2
A perda de carga, é 8 m/100 m.
Entrando com os valores de q = 1,9 L/s e Jp = 0,08 m/m no ábaco de F-W-H,
obteremos D = 2” ou 50 mm.

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2.21. Distribuição às Peças

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2.21. Distribuição às Peças

A distribuição realiza-se pelos ramais e sub-ramais, cuja altura acima ou abaixo do


piso irá depender do tipo de aparelho, de haver piso rebaixado ou teto falso abaixo
da laje e das razões de ordem prática que orientam o projetista.

Consideremos alguns casos frequentes e vejam as alturas acima dos ramais e dos
pontos dos sub-ramais onde se efetua a ligação ao aparelho.

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2.21. Distribuição às Peças

Ligação de Válvula de Descarga

Suponha que a válvula seja à prova de retrosifonagem.

Caso a válvula seja passível de sofrer retrossifonagem do vaso, a altura do sub-


ramal acima da borda de transbordamento do vaso é, no mínimo, de 40 cm.

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2.21. Distribuição às Peças

Diversas peças do banheiro

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2.21. Distribuição às Peças

Caixa de descarga embutida

Com o sub-ramal a 20 ou 30 cm acima do piso ou acima da caixa.

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2.21. Distribuição às Peças

Cozinha

Havendo água fria e quante, a torneira de água fria é colocada à direita de quem
a utiliza. O ramal da cozinha e o registro, às vezes, são instalados a 1,40 m do
piso e não a 0,40 m.

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2.21. Distribuição às Peças

Área de Serviço

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2.21. Distribuição às Peças

Mictório de Parede

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- Sawabona!

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