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Ferramentas DUA/UDL

O website do Center for Applied Special Technology (CAST) disponibiliza vasta informação sobre investigação e
desenvolvimento da educação, incidindo na abordagem do Desenho Universal para a Aprendizagem.

A investigação realizada tem procurado soluções inovadoras para tornar a Educação mais inclusiva e efetiva.

Tendo como premissa uma Educação para todos, tem como preocupação a oferta de materiais acessíveis e muitos
exemplos de aplicação dos princípios DUA em sala de aula (canal Youtube).

Oferece ferramentas livres para planificação de aulas – Lesson Builder – e para criação de recursos educativos
multimédia – Book Builder, existindo vários tutoriais no seu canal Youtube.

Tecnologias de Acesso ao Computador

Têm vindo a ser desenvolvidas inúmeras Apps, muitas gratuitas e/ou de baixo custo, que permitem maior
acessibilidade digital.

A utilização de tabelas de comunicação no computador pode ser facilitada com recurso a ecrãs táteis e, com grande
vantagem através de tablets, dada a sua portabilidade.

Manípulo feito com CD-ROM/DVD (Viana)- Rato adaptado para


entrada de dois manípulos (Cinfães) - Switch adaptado com
interruptor de luz (Porto) - Switch adaptado com cassete
VHS (Évora) - Switch adaptado com placas de cartão (Coimbra)
Tecnologias de apoio à Comunicação

Existem vários programas informáticos livres de


símbolos/pictogramas (por ex: AraWord, Picto
Selector, Plaphoons, Picto4Me, EdiLim, etc).

Poderá ver alguns exemplos de recursos em símbolos, produzidos


pelos Centros de Recursos TIC para a Educação Especial
(CRTIC).Exemplos de tutoriais sobre software livre de símbolos
produzidos pelos CRTIC:

Construção de uma tabela de comunicação com Picto Selector (CRTIC Amadora/Cantic) - AraWord (CRTIC Portalegre) -
Edilim (CRTIC Viana do Castelo)

Tecnologias de Apoio à Visão

A utilização das linhas Braille ligadas a computador exigem um software específico de leitura de ecrã, sendo os mais
usados o software comercial Jaws e o software livre NVDA. O software OCR para a leitura ótica também é
frequentemente usado.

Para os casos de baixa visão severa poderá recorrer-se a software de grande ampliação e a lupas eletrónicas. No
entanto, existem soluções de baixo custo que poderão ser testadas utilizando webcam e software livre de ampliação
e/ou a câmara vídeo dos tablets/telemóveis e Apps de ampliação.

Na DGE, produzem-se materiais adaptados em Braille, a nomear Manuais Escolares em Braille e Figuras em Relevo.

Exemplos de soluções adaptadas para a baixa visão e cegueira pelos


CRTIC:

Sistema de ampliação com tablet (Cinfães) - sistema de ampliação com


webcam (Cinfães)
Solução de ampliação em sala de aula(Viana)
Software livre de leitura de ecrã NVDA - Non Visual Desktop Access
(Cantic)

Tecnologias de Apoio à Audição

A Língua Gestual Portuguesa é a primeira língua de grande parte das pessoas surdas. Uma vez que esta Língua assenta
no gesto e na expressão facial e corporal, a utilização de videoconferência e outros serviços online que permitam a
utilização de webcam revestem-se da maior importância.

Existe uma oferta gratuita de aplicações de videochamadas tais como o Skype e outros (por ex: Snapchat, FaceTime,
GoToMeeting, etc).

Existem também soluções gratuitas de videoconferência para formação a distância tais como: Teamviewer, Apache
OpenMeetings, ezTalkMeetings, e muitos outros.
Existem dispositivos que reduzem o ruído ambiente e captam o som de quem está a falar, sistemas FM, que poderão
ser úteis a pessoas com baixa audição.

Outros dispositivos tais como sinalizadores luminosos poderão substituir campainhas ou toques, para serem
percetíveis por alunos surdos, por exemplo.

O Centro de Recursos TIC para a Educação Especial de Portalegre,


sedeado numa escola de referência para o ensino bilingue, tem no
seu canal Youtube, vários vídeos em LGP, entre os quais o
seu Projeto MYM.Eu Consigo!, que envolveu uma colaboração
alargada de alunos e professores.

Exemplo de placas de jogos de correspondência com sinal


luminoso e sinal sonoro, produtos de baixo custo que podem
ser construídos na escola, com os alunos, adaptados a qualquer
disciplina.

Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio

O Sistema de Atribuição de Produtos de Apoio, denominado SAPA, criado pelo Decreto-Lei n.º 93/2009, de 16 de
abril, substituiu o anterior sistema supletivo de prescrição e financiamento de ajudas técnicas.

O sistema é coordenado pelo Instituto Nacional de Reabilitação e reúne várias entidades financiadoras, cada uma com
as suas entidades prescritoras e regulamentos próprios.

O Ministério da Saúde financia os produtos de apoio prescritos pelos Hospitais. O Ministério do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social financia os produtos de apoio prescritos pelos Centros de Saúde, pelo IEFP e outras
entidades acreditadas pelo MTSS.

O Ministério da Educação financia as tecnologias de apoio à aprendizagem prescritas pela rede dos Centros de
Recursos TIC para a Educação Especial, cujo âmbito está regulado pelo Despacho Nº 5291/2015, de 21 de Maio.
Software e recursos livres

Software livre é uma expressão utilizada para designar qualquer programa de computador que pode ser executado,
copiado, modificado e redistribuído pelos utilizadores gratuitamente. Poderá estar associado ao opensource, software
de código aberto, permitindo fazer alterações conforme as necessidades.

Neste módulo iremos assumir uma interpretação mais ampla e considerar outros programas que oferecem
componentes gratuitas de utilização, apesar de serem software de autor (controlado por empresa.)

Existem programas mais específicos orientados para a acessibilidade, alguns dos quais se encontram reunidos em
repositórios (por ex: Software e Recursos Livres para a Inclusão e Acessibilidade).

E, existem inúmeros programas e aplicações online gratuitos e úteis a qualquer utilizador, em particular para
utilização em contexto escolar, nomeadamente na construção de recursos de imagem, áudio, vídeo, animação,
apresentação, mapa de conceitos, reunidos em grandes repositórios (por ex: Cool Tools for School).

Dado o vasto manancial de opções disponível online, apenas iremos explorar e experimentar algumas aplicações para
fins educativos. A vantagem em conhecer e saber usar algumas destas ferramentas permitirá a construção de recursos
em múltiplo formato no sentido de adaptar os materiais às necessidades e diversidade dos alunos e destes poderem
escolher as suas ferramentas preferidas para utilizarem nos seus trabalhos escolares.

É possível pesquisar na Internet pelos melhores e mais recentes programas nas diversas categorias, por
exemplo: Fotografia e Imagem; Vídeo; Animação; Áudio; Apresentação; eBook.

Quanto a recursos livres, e mais concretamente recursos educativos abertos, existem muitos repositórios (por
ex: Portal das Escolas, Academia Khan PT, RTP Ensina).

Editores de imagem

A pirâmide da aprendizagem tem sido muito divulgada, mas não devemos fazer uma leitura redutora da mesma,
tendo em conta a diversidade e diferentes necessidades dos alunos. A pirâmide aponta para métodos ativos (discutir,
produzir, ensinar outros…) e métodos passivos de aprendizagem (ler, ouvir…).

O impacto da imagem e do vídeo nas demonstrações e


visualização das situações são meios poderosos no processo de
aprendizagem, para a globalidade dos alunos.

Com a utilização generalizada das TIC, têm surgido muitos


programas de edição de fotografia e imagem, algumas APPS
muito simples para meros efeitos visuais e outros mais
sofisticados para manipulação de imagem.

Existem muitos bancos de imagens e fotografias que poderão ser


usados livre e gratuitamente.

Para a criação e edição de imagem e fotografia recomenda-se a exploração dos seguintes programas de edição de
fotografia e imagem:

GIMP (alternativa gratuita ao Photoshop) – um programa opensource muito completo, a descarregar para o
computador, sem limitações de utilização. Existem muitos tutoriais no Youtube sobre este software.
CANVA – um programa que funciona online e oferece inúmeros templates e formatos para as redes sociais, posters,
cartões, apresentações, infográficos, etc. Possui uma grande galeria de elementos gráficos (alguns são pagos) e
permite o carregamento de imagens do computador do utilizador. Um programa muito amigável e com
funcionalidades muito interessantes, entre as quais efeitos de transparência, para destaque de texto sobre imagem.

As ferramentas de captura de ecrã (imagem fixa) são muito úteis e eficazes. Uma das soluções tradicionais é fazer a
captura do ecrã com as teclas ALT+Print Scrn, colar no MS Paint e recortar a secção que se deseja. O Windows oferece
uma ferramenta própria Snipping (captura de ecrã e recorte). Mais recentemente, o Google lançou uma
aplicação/extensão com funcionalidades acrescidas «Awesome Screenshot», pois permite não só a captura dum ecrã
ou secção de ecrã, mas também a captura completa de uma página Web. Existem muitas outras aplicações para o
efeito.

Editores de vídeo

O vídeo é um dos meios mais motivadores, utilizados pelos alunos no seu quotidiano. O vídeo comporta dimensões
visuais, sensoriais, de linguagem falada, escrita, musicada que podem ser exploradas no plano pedagógico. O vídeo
pode ser usado para ajudar os alunos a refletir sobre os problemas da sociedade. Por outro lado, o domínio duma
ferramenta de vídeo pode ajudar a documentar um projeto.

À semelhança dos bancos de imagens gratuitos também


encontramos bamcos de videoclips e filmes gratuitos. Dois dos
bancos de imagens referidos – Pixabay e Pexels – também
oferecem videoclips. Existem vários repositórios que oferecem
clips de vídeo gratuitos, por
exemplo: Videezy; Videvo; Storyblocks.

Para a edição de vídeo existem vários programa livres, um


bastante simples e amigável é o OpenShot (opensource), que
permite a criação de títulos animados, desde que se tenha outro
programa livre de imagem instalado Blender (exemplo de título
animado). Existem outros editores de vídeo mais sofisticados
como o Lightworks, o Shotcut (opensource), o HitFilm
Express ou o DaVinci Resolve.

As ferramentas de screencast são igualmente úteis para produzir tutoriais e demonstrações. Este tipo de ferramentas
permite filmar a pessoa com webcam, fazer a captura de ecrã do computador, ao mesmo tempo que vai narrando.
Uma das ferramentas gratuitas bastante robusta com estas características é o Screencast-o-Matic, a qual permite
descarregar o ficheiro de vídeo (MP4) e permite também um carregamento direto para o Youtube. Outra vantagem da
ferramenta é permitir uma gravação até 15 minutos. Mais recentemente, o Google disponibilizou uma ferramenta
de gravação de ecrã em movimento «Loom» muito simples e amigável para capturas mais curtas.

Nos recursos adicionais deste módulo poderão aceder a diversos tutoriais sobre a utilização destes programas.
Poderão ser pesquisadas listas de ferramentas de vídeo na Internet e existem muitos tutoriais no Youtube.

Editores de áudio

O áudio é um meio de comunicação que constitui uma alternativa ao texto, nomeadamente para quem tem
dificuldades de visão e comunicação, ao nível da escrita e da leitura. Existem muitas ferramentas livres que
possibilitam gravar, editar e partilhar ficheiros áudio, pelo que esta alternativa deverá estar presente nos conteúdos
que disponibilizamos na Web, numa perspetiva inclusiva e de desenho universal para a aprendizagem.

Um dos editores livres de áudio mais comuns é o Audacity, opensource que pode ser descarregado para o
computador e tem funcionalidades muito versáteis.
Uma das plataformas de alojamento de ficheiros áudio (e música)
mais comuns é o Soundcloud .

Encontram-se muitas listas de ferramentas áudio na Internet e


muitos tutoriais no Youtube.

Editores de animação

Alguns editores online de animação são utilizados frequentemente pelos professores e alunos para apresentação de
temáticas curriculares.

O Powtoon tem uma componente livre muito generosa que permite a utilização duma parte significativa da sua
galeria de elementos gráficos e oferece vários templates animados. Permite a gravação de voz e carregamento de
ficheiros áudio, com controlos na linha de tempo.

O Biteable (usado neste MOOC) é outra solução online com


componente livre que oferece vários templates animados de grande
qualidade e alta resolução e uma galeria de músicas, mas não tem
funcionalidade de gravação de voz. Para editar uma narração
haverá que recorrer a outras ferramentas como o opensource
Audacity, que permite gravar voz e importar música, gerando um
ficheiro MP3 (e outros formatos) que podem ser carregados em
ferramentas de vídeo e animação.

Nos recursos adicionais existem ligações para muitas outras


aplicações, com componente livre, e muitas listas de ferramentas
de animação poderão ser pesquisadas na Internet.

Software de apresentação

A ferramenta tradicionalmente usada para apresentações é o MS Powerpoint, incluída no pacote comercial Microsoft
Office, e que neste momento oferece uma versão online (implicando uma conta de email MS).

O Google oferece livremente a sua suite de utilitários, nomeadamente a sua ferramenta de apresentação –
Apresentações Google.

Os pacotes alternativos gratuitos ao MS Office, tais como o LibreOffice, OpenOffice, WPS Office free, oferecem
ferramentas de apresentação e existem outras alternativas online para criar este tipo de recurso.

Existem muitas listas de ferramentas de apresentação que se poderão


pesquisar na Internet, nomeadamente no Youtube (por ex: The best
free alternatives to powerpoint).
Software de mapa de conceitos

A investigação demonstra que o cérebro funciona na base de associações e conecções de ideias. Os mapas de
conceitos têm alicerces na teoria cognitiva da aprendizagem significativa de David Ausubel, em que existe uma
interação entre novos conhecimentos e os previamente adquiridos, dando novos significados e reestruturando o
conhecimento de uma forma dinâmica e construtiva.

Os mapas de conceitos transmitem a visualização gráfica dessas associações de forma radial, a partir de um nó central
para outros nós que se desmultiplicam. Os mapas de conceitos potenciam o aprofundamento de ideias, brainstorming
e a criatividade. São uma ajuda à estruturação do pensamento, estabelecendo as múltiplas ligações. E com a ajuda de
cores e imagens, o processo de memorização e organização das ideias
torna-se mais fácil e claro.

Existem muitas ferramentas de mapas de conceitos, com diferentes


funcionalidades, algumas permitem trabalho colaborativo e modos de
apresentação. Algumas têm componentes gratuitas limitadas (por ex:
: MindMeister, Mindomo, Coggle, LucidChart, Popplet, Bubbl.us, etc.) e
outras são livres ou têm componentes livres mais amplas (por ex: CMap
Tools, FreeMind, xMind, SimpleMind, Mind42).

Tecnologias móveis e APPs

As tecnologias móveis atingiram um grau de sofisticação elevado e transformaram-se em computadores portáteis.


Cada vez mais leves e amigáveis, os telemóveis e tablets podem meter-se numa algibeira e acompanharem-nos para
qualquer sítio.

As ligações wireless generalizaram-se e, em muitos locais públicos, são já possíveis ligações à Internet gratuitas.

O potencial da utilização destes meios para fins de aprendizagem não pode ser descurado, uma vez que as crianças e
jovens se habituaram a usá-los intensamente e será conveniente reorientar esse interesse lúdico para fins mais
construtivos de aprendizagem. A utilização de plataformas online de gestão de conteúdos e da aprendizagem tornam
mais fácil a orientação e acompanhamento do aluno, em qualquer espaço e em qualquer momento.

As tecnologias móveis têm grande potencial para desenvolver competências de comunicação, leitura e escrita. E,
como qualquer computador, permitem o acesso à informação inesgotável na Web.

O desenvolvimento de APPs é um fenómeno em grande crescimento, sendo necessária uma pesquisa frequente, para
testar novas aplicações e novas funcionalidades.

A acessibilidade dos sistemas operativos (iOS e Android) tem vindo a desenvolver-se de forma notável e muitas Apps
têm sido criadas para facilitar a comunicação entre todos.

Relembram-se as funcionalidades de leitura de ecrã «Voiceover» (iOS) e «Talkback»


(Android), funcionalidades de ampliação, contraste de cor, teclado virtual, comandos de voz,
entre outros.

São muitas as Apps criadas tendo em vista a acessibilidade, tais como o MagicContact, uma
aplicação livre para ajuda à baixa motricidade, ou extensões da Google como o Live
Transcribe (para ajuda a problemas de audição) ou aplicações como o MS Seeing AI, para
ajuda à visão, narrando o ambiente à volta do utilizador.

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