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CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo II

Aula 01 – Isolamentos
Térmicos e Sistemas de
Aquecimento para Tubulação.

Rev.A

Profº José Aparecido de Almeida


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SUMÁRIO:

1. Isolamento Térmico - Definição


1.1. Classes de Isolamentos Térmicos
1.2. Colocação dos Isolamentos Térmicos
1.3. Isolamento Interno
1.4. Isolamento Externo
1.5. Material
1.6. Espessuras dos Isolamentos térmicos
1.7. Detalhes de Montagem
1.8. Normas a Consultar – Isolamento a Frio
1.9. Normas da ABNT a Consultar – Isolamento a Quente

2. Sistema de Aquecimento para Tubulações

2.1. Aquecimento por Tubos Externos Paralelos (Steam Tracing)


2.2. Disposição dos Tubos de Aquecimento
2.3. Diâmetros de Trocos de Suprimentos e de Recolhimentos
2.4. Comprimento Máximo Admissível
2.5. Material
2.6. Dilatação Diferencial
2.7. Aquecimento de Válvulas
2.8. Montagem
2.9. Isolamento Térmico
2.10. Coleta de Condensado
2.11. Identificação das Linhas Aquecidas
2.12. Detalhes de Montagem

3. Outros Sistemas de Aquecimento


3.1. Tubo de aquecimento enrolado externamente
3.2. Tubo de aquecimento integral
3.3. Tubo de aquecimento interno
3.4. Camisa externa
3.5. Aquecimento elétrico

4. Referências Bibliográficas

1. Isolamento Térmico - Definição

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Isolamentos Térmicos – tem como principal finalidade, reduzir as trocas de calor dos tubos e
equipamentos para o meio ambiente ou vice e versa.

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1.1 Classes de Isolamentos Térmicos

o Isolamento Quente: para linhas com temperaturas de operação, acima da temperatura


ambiente.
o Isolamento Frio: para linhas com temperaturas de operação, abaixo da temperatura
ambiente.

Para ambos os casos, o isolamento térmico pode ser usado por diversos motivos e
finalidades específicas:
¾ Economia;
¾ Serviço – evitar o congelamento, a vaporização, a polimerização ou transformações
químicas no fluído. Nestes casos, o isolamento pode ser aplicado em tubulações de
quaisquer temperaturas ( tanto quentes como frias);
¾ Proteção pessoal – o isolamento dever ser aplicado em todas as tubulações com
temperaturas acima de 60ºC, desde que haja possibilidade de contato com pessoas.
¾ Para linhas frias pode haver a necessidade do isolamento térmico para evitar a formação
de orvalho ou de gelo na superfície do tubo, devido à condensação da umidade do ar.
¾ Normalmente por questões econômicas, as linhas quentes são isoladas quando trabalham
acima de 80ºC.

1.2 Colocação dos Isolamentos Térmicos

¾ Isolamento interno
¾ Isolamento externo.

1.3 Isolamento Interno

¾ Usado para linhas de grandes diâmetros (acima de 24”) e para temperaturas muito elevadas.
¾ São argamassas refratárias aplicadas à pistola ou a mão. É necessário soldar uma tela
metálica por pontos, para dar maior aderência a argamassa.

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1.4 Isolamento Externo

¾ Usado tanto para tubulações quentes ou frias e para quaisquer diâmetros.

1.5 Material

Um material de baixa condutividade térmica será o isolante ideal, sendo que a condutividade
dos diversos tipos de materiais varia com a espécie de sólido usado.
Quase todos os tipos de materiais de isolamento podem ser construídos em formas de seções
moldadas, cuja vantagem é a velocidade de montagem.

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1.6 Espessuras dos Isolamentos térmicos


Teoricamente as espessuras para os isolamentos térmicos deveriam ser calculadas em função
de suas finalidades e características. Porém por questões práticas e econômicas, na maioria dos
casos adotam-se simplesmente as espessuras já consagradas pelo uso. Estes dados são
fornecidos em tabelas de diversos autores e fabricantes.
Para a proteção pessoal a espessura do isolamento térmico usada é normalmente de 25mm.

Nestas tabelas temos alguns exemplos de como especificar as espessuras dos isolamentos:

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Notas:
o Os testes hidrostáticos devem ser realizados antes da montagem do isolamento térmico. Nos
casos em que esta prática não for viável, deve-se deixar as regiões a serem inspecionadas
provisoriamente sem isolamento.

o Nos pontos onde são necessárias medições periódicas de espessura da tubulação,recomenda-


se que sejam deixadas aberturas dotadas de caixas para medições periódicas.

1.7 Detalhes de Montagem

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1.8 Normas a Consultar – Isolamento a Frio


ASTM C552 - Cellular Glass Block and Pipe Thermal Insulation
ASTM C591 - Rigid Preformed Cellular Urethane Thermal Insulation

1.9 Normas da ABNT a Consultar – Isolamento a Quente


NBR 10662 Isolantes térmicos pré-moldados se silicato de cálcio
NBR 11363 Isolantes térmicos de lã de rocha
NBR 11364 Lã de rocha em placas
NBR 8994 Chapas de ligas de alumínio para proteção de isolantes térmicos

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2. Sistema de Aquecimento para Tubulações

Finalidade:
O aquecimento das tubulações é feito com as seguintes finalidades:
¾ Manter os líquidos de alta viscosidade em condições de escoamento.
¾ Manter determinados líquidos, por exigência de serviço, dentro de certos limites de
temperatura.
¾ Preaquecer os tubos no início do funcionamento, para liquefazer depósitos sólidos que se
tenham formado no interior dos tubos enquanto o sistema esteve parado.

Fotos: www.actec.ind.br

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2.1 Aquecimento por Tubos Externos Paralelos (Steam Tracing)


Aquecimento por tubos externos paralelos é feito por um ou mais tubos de vapor paralelos, de
pequeno diâmetro, justapostos externamente ao tubo principal. Os tubos de vapor são
amarrados com arame no tubo a aquecer, e o conjunto todo é envolvido com isolante térmico.

Vantagens:
¾ Baixo custo inicial;
¾ Facilidade de manutenção;
¾ Impossibilidade de contaminação do fluído circulante pelo vapor e vice versa.

Desvantagens:
¾ Aquecimento irregular e difícil controle;
¾ Aquecimento inicial lento.

2.2 Disposição dos Tubos de Aquecimento

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2.3 Diâmetros de Trocos de Suprimentos e de Recolhimentos

2.4 Comprimento Máximo Admissível

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2.5 Material
Para temperatura de vapor até 200ºC e para diâmetros até ½”, os tubos de aquecimento, podem
ser de cobre sem costura, recozimento macio, especificação ASTM B.88, tipo K e alumínio
extrudados especificação ASTM B.210.
Para temperaturas de vapor mais altas e diâmetros maiores, os tubos de aquecimento são de aço
carbono.

2.6 Dilatação Diferencial

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2.7 Aquecimento de Válvulas

¾ Quando for preciso aquecer o castelo da válvula, prever uniões para não dificultar a manutenção.

2.8 Montagem
¾ O trajeto dos tubos de aquecimento dever ser estudada de forma que o fluxo de vapor seja
de preferência descendente.
¾ Não é conveniente que os tubos de aquecimento sejam muito curtos, para que as
quantidades de condensados recolhidos nos purgadores não sejam excessivamente
pequenas.
¾ Cada vez que tem de prever uma conexão rosqueada no tubo de aquecimento, a mesma
deverá ser colocada fora do revestimento.

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¾ Os tubos de aquecimento deverão ser colocados de maneira que interfiram o mínimo


possível com os suportes, estruturas, etc.
¾ Prever um número suficiente de uniões para permitir a desmontagem da instalação.
¾ As curvas nos tubos de aquecimento devem ser feitas por encurvamento de tubos (não usar
cotovelos).
¾ Tubos de aquecimento paralelos só devem ser instalados na tubulação, depois do teste
hidrostático da mesma.

2.9 Isolamento Térmico


¾ Toda instalação será revestida (tubo aquecido, alimentação de vapor e coleta de
condensado).
¾ Pode se conseguir melhor eficiência da troca de calor preenchendo-se os espaços
entre os tubos de aquecimento e o tubo a aquecer com cimentos especiais (tipo
“Thermon”).

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2.10 Coleta de Condensado

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2.11 Identificação das Linhas Aquecidas

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o No Isométrico

Indicar somente se a linha estiver aquecida em parte ou totalmente. Quando estiver aquecida
parcialmente, representar o início e o fim do comprimento a aquecer (usar anotações do
fluxograma).

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2.12 Detalhes de Montagem

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3. Outros Sistemas de Aquecimento

3.1 Tubo de aquecimento enrolado externamente


É bem mais caro e mais difícil de ser construído do que os tubos paralelos, porém permite um
aquecimento mais intenso e uniforme.

3.2 Tubo de aquecimento integral


Sistema raro, empregado apenas em tubos não ferrosos fabricados por extrusão (alumínio, latão
etc.)

3.3 Tubo de aquecimento interno

Principais Desvantagens
¾ Construção cara e complicada.
¾ Problemas de dilatação diferencial entre os tubos (o tubo de vapor é mais quente e se
aquece mais depressa).
¾ Possibilidade de contaminação do fluido circulante.
¾ Dificuldade de localização e de reparo dos vazamentos.
¾ Não permite a limpeza mecânica interna da tubulação.

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3.4 Camisa externa


Custo de implantação e de manutenção elevados permite aquecimento rápido, intenso e
controlado

3.5 Aquecimento elétrico


Consiste na colocação de fios elétricos, longitudinalmente ou em espiral, por fora da tubulação.
Utiliza uma corrente, de baixa voltagem e alta intensidade, controlada por termostato que mede
a temperatura da parede do tubo.
O custo de instalação e operacional são relativamente altos.

Vantagens:
¾ Muito bom controle do aquecimento.
¾ Aquecimento rápido, de partida instantânea , e uniforme em toda a tubulação.
¾ Baixo custo de manutenção.

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4. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

Sites consultados:

http://www.demec.ufmg.br
http://www.fibraben.com.br/acessorios.htm

Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

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