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REDAÇÃO COMENTADA

Tema: A necessidade do controle sobre o consumo de álcool na sociedade brasileira do século XXI

Introdução: O parágrafo de introdução possui uma pequena contextualização sobreo cenário


brasileiro. Entretanto, não há uma explicitação da tese de modo claro e objetivo, assim como
não há a ênfase na problemática (o controle do consumo de álcool).

Desenvolvimento I: É necessário ressaltar a importância de elementos que contribuem para a


coesão e coerência textual e, neste caso o conectivo “em primeiro lugar” demonstra a estratégia
de enumeração do levantamento de questões sobre o tema. Todavia, não há a comprovação dos
argumentos que foram apresentados, não garantindo o embasamento.

1 Popularmente conhecido como o país do futebol, do Carnaval e


2 da animação como um todo, o Brasil garante essa alegria e excitação
3 muito com as bebidas alcóolicas e drinks puramente nacionais. No en-
4 tanto, há a necessidade de uma atenção sobre uma problemática que
5 envolve políticas mais efetivas, no âmbito governamental e midiático
6 e uma grande capacitação na área da saúde pública para erradicar o
7 exagero do consumo de álcool nos dias atuais.
8 Em primeiro lugar, é necessário analisar o panorama do Brasil
9 como uma instituição que gera uma grande quantia de dinheiro pela
10 venda de bebida alcóolica. Isso reflete na relação da mídia, uma vez que
11 as propagandas desses produtos estão ligadas, diretamente, com festas,
12 desinibição e felicidade, fato que só ocorre pelo descaso governamental
13 em relação ao tipo de consumo.
14 Essa falta de vontade é um reflexo dessa despreocupação por
15 parte de instituições governamentais que impulsionam, com muito me-
16 nos efetividade do que as grandes indústrias de bebidas alcóolicas, as
17 propagandas explicativas e, dessa forma, que reflitam o real efeito des-
18 se consumo. Isso pode ser reforçado pelo fato de que, em 2004, o álcool
19 já era o considerado o principal causador de 60 tipos de doenças e fe-
20 rimentos, fato que não é toda população que garante esse conhecimento
21 e exige a necessidade de soluções no âmbito da saúde para a propagação
22 desses dados.
23 Diante disso, entende-se que a questão do álcool é governamen-
24 tal e midiática, uma vez que não deve haver o incentivo de propa-
25 gandas que estimulem o consumo de bebidas alcóolicas, mas que sim
26 explicitem os efeitos e a necessidade de utilizar em locais seguros, sem
27 a combinação com a direção e de forma moderada. Além disso, deve
28 haver políticas de intervenção por meio de palestras que se iniciem no
29 âmbito escolar que delimitem os dados dos efeitos do álcool e conscien-
30 tizem a população brasileira como um todo.

Desenvolvimento II: Diferentemente do desenvolvimento 1, há a presença de um dado que


reforça e retoma a ideia estabelecida nesse parágrafo, ou seja, reafirma a argumentação. Entre-
tanto, não há a fonte desse dado, podendo levar o corretor a ideia de que foi algo inventado e/
ou sem coerência para estabelecer a comprovação dos termos.

Conclusão: Por fim, é imprescindível que haja, dentro da conclusão, uma síntese do que foi dito nos parágrafos de de-
senvolvimento, além de propor uma nova intervenção para o problema, que seja detalhada e clara. Assim, não há essa
fala quanto ao segundo tipo de intervenção, onde ocorreriam essas palestras de políticas? Como isso ocorreria e para
qual público? É necessário desenvolver esses termos.
REDAÇÃO EXEMPLAR

Tema: A necessidade do controle sobre o consumo de álcool na sociedade brasileira do


século XXI

Sugestão de reescrita:

1 Popularmente conhecido como o país do futebol, do Carnaval e da animação como


2 um todo, o Brasil garante essa alegria e excitação muito com as bebidas alcóolicas e drinks
3 puramente nacionais. No entanto, como afirma a Organização Mundial da Saúde que, em
4 2016, o povo brasileiro consumiu mais álcool do que a média mundial, dado que explicita
5 a necessidade de uma atenção sobre uma problemática que envolve políticas mais efetivas,
6 no âmbito governamental e midiático e uma grande capacitação na área da saúde pública
7 para erradicar este tema presente no cenário atual.
8 Em primeiro lugar, é necessário analisar o panorama do Brasil como uma instituição
9 que gera uma grande quantia de dinheiro pela venda de bebida alcóolica. Isso reflete na
10 relação da mídia, uma vez que as propagandas desses produtos estão ligadas, diretamente,
11 com festas, desinibição e felicidade. Isso pode ser comprovado pela fala da assessora regional
12 da Organização Mundial da Saúde, Maristela Monteiro, em que diz que “a principal bebida
13 consumida pelos brasileiros não sofre restrições publicitárias puramente por uma combina-
14 ção de lobby da indústria e falta de vontade pública”.
15 Essa falta de vontade, representada na fala da especialista, é um reflexo dessa des-
16 preocupação por parte de instituições governamentais que impulsionam, com muito menos
17 efetividade do que as grandes indústrias de bebidas alcóolicas, as propagandas explicativas
18 e, dessa forma, que reflitam o real efeito desse consumo. Isso pode ser reforçado pelo fato
19 de que, segundo a ONU, em 2004, o álcool já era o considerado o principal causador de 60
20 tipos de doenças e ferimentos, fato que não é toda população que garante esse conhecimen-
21 to e exige a necessidade de soluções no âmbito da saúde para a propagação desses dados.
22 Diante disso, entende-se que a questão do álcool é governamental e midiática, uma
23 vez que não deve haver o incentivo de propagandas que estimulem o consumo de bebidas
24 alcóolicas, mas que sim explicitem os efeitos e a necessidade de utilizar em locais seguros,
25 sem a combinação com a direção e de forma moderada. Além disso, deve haver políticas
26 de intervenção por meio de palestras que se iniciem no âmbito escolar, como o Proerd
27 que acontece no ensino fundamental, mas que seja reforçado nos ensinos médios, além de
28 constantes reuniões, também, no âmbito de trabalho, com profissionais da saúde, que deli-
29 mitem os dados dos efeitos do álcool e conscientizem a população brasileira como um todo.
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