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RECIFE
2021
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
RECIFE
2021
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MARKETING DE CONTEÚDO APLICADO À VENDA DE BEBIDAS
ALCOÓLICAS: UMA ESTRATÉGIA DE INBOUND MARKETING E FIDELIZAÇÃO DE
CLIENTES.
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que, o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial
ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
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1 – Graduado em Química (UFPE) e especialista em bebidas alcoólicas (WSET). 2
INTRODUÇÃO
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2 DESENVOLVIMENTO
É evidente que a moralidade possui limites, limites esses, que são definidos de
acordo com o que é aceito de grupo para grupo. Entretanto, a ética normativa kantiana,
pautada no conceito de imperativo categórico, nega, em parte, essa flexibilidade quanto
ao que é certo ou errado. Sendo assim, não podemos desvencilhar em absoluto a ideia
de que as ações empresariais não transparentes, impactam diretamente na sociedade,
e de certo modo, o responsável por essa conexão fabricante-consumidor, é o
marketing, que por vezes – geralmente movido por espera de resultados e lucros
imediatistas – caem dilemas morais através da propaganda falsa ou enganosa, e a
falta de segurança e idoneidade dos produtos (ARRUDA, 1993).
Apesar da informatização e a consequente facilitação de acesso ao conhecimento
serem os principais responsáveis pelo enfraquecimento e combate desse tipo de
marketing nocivo (o marketing que desinforma e aliena), ainda estamos muito distantes
de ter um público esclarecido quanto à escolha de produtos, em especial de bebidas
alcoólicas. De certo modo, é deveras injusto exigir do público “leigo” esse tipo de
conhecimento técnico sobre bebidas. Desse modo, é fundamental que a iniciativa a
transparência comercial se dê pelas empresas que ofertam os produtos (sendo, nesse
sentido, as redes sociais, sites e blogs fortes aliados). Dessa forma, é legado ao
marketing, a finalidade de criar estratégias que atendam às necessidades e interesses
dos clientes e das empresas envolvidas na cadeia produtiva, sem violar ou flexibilizar
princípios morais e éticos (D’ANGELO, 2011).
É consenso no mercado brasileiro, o pressuposto que o preço é o principal
indicativo de qualidade dos produtos, sendo assim, comumente é feita a associação
simplista de que “se é caro, é bom”, estamos repletos de exemplos que derrubam essa
ideia, haja vista que várias marcas de bebidas de preços populares, são consagradas
entre os especialistas, enquanto não representam o mesmo sucesso de venda entre as
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massas. Algumas marcas de luxo, por exemplo, apoiadas a um marketing que beira
a desonestidade, muitas vezes, passam a impressão de que o “luxo” agregado à
embalagem do produto, tem alguma relação com a qualidade de seu conteúdo. E a
desonestidade no mercado de bebidas não para por aí. Podemos citar uma série de
posturas passíveis de questionamento. Entre boa parcela das marcas, temos as
omissões de: tempo de maturação; procedimento de envelhecimento e destilação; se
houve adição de corante; se o produto foi submetido a filtragem, entre outros.
Para ilustrar o que foi afirmado até agora, basta analisar o caso da marca Johnnie
Walker – empresa pertencente ao grupo Diageo, o maior conglomerado de bebidas
alcoólicas do mundo – onde podemos fazer uma comparação em específico dos seus
produtos: Blue Label e Green Label, sendo o primeiro em média três a quatro vezes
mais caro que o segundo. Apesar de o Blue Label ser um blended whisky (misturas de
grãos) e sem idade declarada (a empresa conscientemente omite a idade de maturação
do produto em barril), o que em tese reduziria seu valor, ainda assim o seu preço
supera em muito o Green Label, que por sua vez é um produto que apresenta em sua
composição whiskys feitos totalmente de cevada maltada (puro malte) e idade
declarada de maturação de pelo menos 15 anos (ou seja, um whisky superior em
qualidade). Apesar de todos os indícios, o que é observado, é que o Blue Label desfruta
de um prestígio maior entre os leigos que se propõem a consumí-lo, quando em tese, o
melhor produto seria o Green Label. Seria o efeito desse marketing histriônico, aliado a
uma embalagem “pomposa”, o responsável pelo sucesso em transformar o Blue Label
em sinônimo de status?
Outro fator que impactou bastante o mercado de vendas de bebidas alcoólicas, foi a
pandemia de Covid-19 pela qual passamos. Ao mesmo tempo que pesquisas apontam
o aumento do consumo médio de bebidas alcoólicas (GARCIA, 2020), elas também
mostram que o perfil e as escolhas do consumidor também mudaram. As restrições
sanitárias, forçaram as empresas e os consumidores a migrarem, para o até então,
pouco explorado mercado de vendas on-line. Isso fez com que marcas, até então
desconhecidas do público, ou de difícil acesso por motivos de distribuição, ficassem
agora ao alcance de um click, aumentando assim, o outrora restrito leque de opções de
compra. Outro fator que pode influenciar positiva ou negativamente as vendas on-line, é
a presença de comentários e avaliações sobre o produto, em fóruns, chats ou no
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próprio site do vendedor, o comprador mais criterioso e exigente, que deseja obter o
melhor custo-benefício, pode inferir sobre a qualidade do produto, através da opinião de
outros compradores, ficando assim, um pouco mais isento do charlatanismo do
marketing de algumas empresas de bebidas (GALDINO, 2020).
Observando a supracitada incongruência de qualidade de alguns produtos, com os
seus respectivos números de vendas, bem como a mudança de cenário consumidor
pós-pandemia, tornasse indispensável discutir estratégias de trade marketing e
marketing inbound que possam suplantar, ou até mesmo tornar obsoleta, as técnicas
desse marketing de “aparências” praticado pelas gigantes do setor, o que promete a
longo prazo (de acordo com a tendência de compra do público consumidor pós internet)
fidelizar, instruir e viabilizar opções aos clientes atingindo a sua consequente fidelização
através de uma relação franca, não esquecendo de equalizar os interesses dos
fabricantes, distribuidores e consumidores.
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código de desconto (ou o quase extinto cupom); programas de fidelidade
(MOUTELLA, 2003).
De modo a ilustrar e corroborar esses conceitos, usaremos três bem sucedidos
exemplos de empresas do mercado de bebidas alcoólicas, empresas essas, que
levaram as práticas de inbound marketing a outro patamar. Essas empresas são: A
vinícola Casa Valduga (localizada no Rio grande do Sul); A escola de vinhos
Enocultura; e a empresa europeia de destilados Master of Malt. Entretanto, de modo a
não tornar o texto extenso e prolixo, vamos discutir apenas as estratégias que possuem
como objetivo impulsionar as vendas através da informação e formação continuada dos
clientes (marketing de conteúdo). Sendo essas:
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produtos (se valendo de brechas nas leis sobre produtos alcoólicos), geralmente
amargam baixas vendas entre o público mais exigente. Sendo assim, a única forma de
conquistar a confiança dos consumidores, é fornecendo o maior número de
informações possíveis sobre as bebidas. A Casa Valduga, também pontua nesse
quesito, no site da empresa, existem informações detalhadas sobre cada rótulo.
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Não se esquecendo, claro, das diversas surpresas agradáveis no meio desse
percurso de descobrimento.
• Treinamento de funcionários
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3 CONCLUSÃO
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4 REFERÊNCIAS
CASAS LAS, A. Marketing de Serviços. 2ª Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
GARCIA, Leila Posenato; SANCHEZ, Zila M.. Consumo de álcool durante a pandemia
da COVID-19: uma reflexão necessária para o enfrentamento da situação. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro , v. 36, n. 10, e00124520, 2020 .
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