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INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

TEMA XII
Biologia e Anatomia Oculta
Histologia
Os Elétrons na sua Função Biológica
Introdução à Anatomia Esotérica
Sistema Ósseo
Classificação Esotérica do Esqueleto
Classificação Esotérica dos Sistemas Orgânicos

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Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

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INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Tema XII

Biologia e Anatomia Oculta

C hama-se biologia à ciência que estuda a


Vida, mas o conceito de utilização é bastante estreito e
variável. Na Idade Média pensava-se que somente os
homens, os animais e as plantas eram seres vivos, e
uma tal classificação perdurou até o século XIX. Hoje
sabe-se que os minerais não são inertes como parecia e
que neles se manifestam numerosos fenômenos que,
pela sua dimensão somática ou cronológica, passam
desapercebidos ao observador carente dos adequados
meios técnicos. Aquilo de "morto como uma pedra"
continua a ser válido apenas como figura de linguagem,
mas isso é apenas uma ilusão.

Não obstante, apesar de se terem conseguido


derrubar essas barreiras de ignorância, ainda perduraram
outras; e não é raro ouvir dos lábios dos mais destacados
investigadores conceitos estreitíssimos sobre a
possibilidade de vida em outros astros por terem uma
temperatura ou elementos diferentes daqueles que
existem na Terra; o que se deveria dizer é que nesses
corpos celestes é impossível a existência de vida
organizada tal como nós a conhecemos, ou seja,
terrestre. Mas, porque é que não podem existir outras 151
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formas orgânicas vitais num mundo de gases frígidos,


ou num outro seco ou queimado diretamente pelas
radiações solares? Por que é que não podem existir seres
invisíveis, construídos de gases ou de matéria em estado
sutil, de formas e características simplesmente
inconcebíveis para nós? Entendamo-nos bem, nós não
afirmamos que isto seja assim, mas expomos a
probalidade que, ainda que seja como possibilidade, todo
o espírito livre deve aceitar.
Esta talvez seja a diferença fundamental entre a
ciência materialista e a ciência esotérica: enquanto a
primeira está amarrada a uma época, a uma determinada
concepção filosófica, religiosa ou política, a segunda
transcende qualquer entrave, pois não se identifica com
tempo nem lugar algum.

Enquanto o investigador comum fala da vida das


pedras, vegetais, animais e homens, o esoterista fala da
Vida-Una nas pedras, vegetais, animais, homens, deuses,
etc. Para o investigador esotérico, do mesmo modo que
há uma unidade relativa de forma na molécula, também
há uma unidade relativa de vida na célula. Esta divide-se
em três partes ou reinos regidos pelos Três Logos, tal

1º Logos
Vontade
Lei

3º Logos
Inteligência 2º Logos Citoplasma
Forma Amor - Sabedoria
Energia - Vida

Núcleo

Membrana Celular

Na fotografia, observa-se os principais


componentes de uma célula:

1 - Núcleo
2 - Citoplasma (etimologicamente a matéria
viva contida na célula)
3 - Membrana biológica que separa a célula
do exterior

Fig. 69
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1º Logos
Vontade
Lei

3º Logos
Inteligência 2º Logos
Forma Amor - Sabedoria
Energia - Vida

Fig. 70

como figura no diagrama nº 69. Em palavras simples,


podemos dizer que o Núcleo é regido pelo Primeiro Logos,
o Protoplasma pelo Segundo e a Membrana pelo Terceiro.

Histologia
A célula é a unidade de vida para os que
chamamos seres orgânicos ou de organização biológica.

Do ponto de vista oculto, essas células


respondem a um único Espírito Elemental, a um único
plano organizativo da sua natureza vital. Todo o Corpo
Étero-Físico é uma conglomeração organizada de células,
e o Prânico é a vida dessas células; e a soma combinada
das atividades celulares dá vida ao nosso corpo.

O Corpo Étero-Físico tem, como dissemos antes,


sete Subcorpos, que estudaremos agora mais em
detalhe, segundo o seguinte quadro comparativo:
Os três primeiros correspondem à Matéria Sutil
e vulgarmente invisível. O
Éter nº 4 é o que
Etero Físico

comumente se chama
Fluido Nervoso que, sem
deixar de ser invisível, é
facilmente registrável pelo
Fig. 71
seu parentesco com a 153
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forma grosseira da eletricidade que é a usual. Os três


últimos são do conhecimento dos cientistas, embora
estes ainda não suspeitem de que se trata de corpos
organizados e não de simples massas em movimento.
O conjunto é um Todo-harmônico e não um
monte de matéria reunida ao acaso, nem a obra efêmera
e imperfeita de um Deus despótico e sangüinário.

Os Elétrons na sua Função


Biológica
Algo que o estudante dificilmente compreende é
a inter-relação entre os diferentes estados vibratórios
de matéria e como é que a energia passa de um corpo a
outro. É evidente que um impulso organizado na nossa
mente transmite-se até se objetivar através do cérebro
físico. Mas como é que isso se produz? Na verdade,
responde a um mecanismo muito complexo, cuja
intelectualização seria pouco menos do que impossível
sem inúmeros conhecimentos prévios. Porém,
tentaremos explicá-lo como esboço informativo em
poucas palavras.
Vital Emocional Na fig. 73, vemos os
Etero Físico ou Energético ou Astral Corpos Étero-Físico e Prânico
completos, com as suas subdivisões
ETERO-FÍSICO - ETERO-FÍSICO
ETERO-FÍSICO - PRANA
ETERO-FÍSICO - ASTRAL
ETERO-FÍSICO - KAMA-MANAS
ETERO-FÍSICO - MANAS
ETERO-FÍSICO - BUDHI
ETERO-FÍSICO - ATMA
PRANA - ETERO-FÍSICO
PRANA - PRANA
PRANA - ASTRAL
PRANA - KAMA-MANAS
PRANA - MANAS
PRANA - BUDHI
PRANA - ATMA
ASTRAL - ETERO-FÍSICO
ASTRAL - PRANA
ASTRAL - ASTRAL
ASTRAL - KAMA-MANAS
ASTRAL - MANAS
ASTRAL - BUDHI
ASTRAL - ATMA

ou sub-corpos, e o Astral até o sub-


corpo médio ou Kamamanásico. O
núcleo do átomo físico-tipo
representado está no sub-corpo
Étero-Físico do corpo Étero-Físico;
e o seu elétron vai desde o sub-
corpo Étero-Físico do corpo Prânico
até o sub-corpo Prânico do corpo
Prânico.

Sabemos que em muitos


leitores a mente-concreta, e amiga
do concreto, pode fazer uma má
partida, confundindo os seus
conceitos ao reverem este
Fig. 72
diagrama, pois perguntar-se-á
como é que o elétron de um átomo físico - que, segundo
outras figuras, rodeia o núcleo - pode passar agora a
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INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

outro plano vibratório, aparentemente alheio. A solução


é imediata quando se percebe que uma coisa é o plano
vibratório em que um corpo atua, e outra, muito diferente,
a sua colocação no espaço. Por exemplo, uma corrente
elétrica desliza ao longo de um fio de cobre, sem que a
eletricidade e o cobre estejam na mesma altura na escala
de valores vibratórios. Outro exemplo: a água circunda
a pedra sem que esta deixe, por isso, de pertencer ao
seu próprio "mundo" mineral de formas muito rígidas.
Assim, o elétron, seguindo a sua própria lei, gravita à
volta do núcleo, que, por sua vez, evolui segundo a sua.
Mas a condição vibratória do elétron é variável e rítmica
e, assim, por sucessivas acelerações e desacelerações,
trespassa num sentido e noutro a camada intercorporal
ou interdimensional, levando e trazendo quantidades
ínfimas de energia - transformando-se ele próprio - que,
somadas em números inconcebíveis, podem arrastar a
visão da consciência vital de um "mundo" para o outro.
Dessa maneira, descem e sobem, por esse
"sistema de postos" da Natureza, impulsos, emoções,
idéias etc.; e por essa "escada de ouro" a nossa
consciência sobe e desce cem vezes num instante. A
perda de energia num corpo "quebra" a relação núcleo-
elétron-camada, e a "matéria regressa à matéria, a
energia à energia e o pensamento à mente".

Não é por "milagre" que o homem encarna e


desencarna, nem que as sensações físicas se repercutem
na psique, e as sensações psíquicas no físico, modelando-
o; o "milagre" é a própria Natureza.

Introdução à Anatomia
Esotérica
O estudante de Ocultismo já deve ter lido que o
Homem é um Microcosmo ou reflexo em pequeno do
Cosmo que o rodeia. Mas esse conceito é muito vago e
a sua noção de concordância de "cima" com o de "baixo"
é obscura e imprecisa, quando não incorreta.

Dizíamos que o átomo é equivalente a um Sistema


Solar, a molécula a um Sistema de Sóis e a célula a uma
Galáxia; acrescentamos que um conjunto orgânico de
células especializadas histologicamente - a que
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chamamos um órgão - equipara-se ao que a ciência


astronômica atual chama (nem sempre com propriedade)
um "Ninho de Galáxias". O corpo físico humano,
microuniverso, conta então com 7 grupos orgânicos, tal
como 7 ninhos de galáxias - não as que por relativismo
se vêem agrupadas a partir da Terra, mas as que estão
cosmo-histologicamente agrupadas - que constituem o
nosso universo.
Vimos na classificação anterior que o sub-corpo
Étero-Físico do Étero-físico correspondia aos elementos
sólidos, alquimicamente, a Terra. E veremos agora que
também corresponde ao sistema ósseo - dentro do
corpo denso -, estrutura semi-rígida, apoio estático da
dinâmica corporal.

Sistema Ósseo
A Anatomia Normal divide os
ossos, pelas suas formas, em três
categorias: curtos, chatos e longos.
A saber, os que têm as suas três
dimensões semelhantes, os que
possuem duas maiores do que a
terceira e aqueles em que uma das
dimensões supera amplamente as
outras duas. Exemplos respectivos
seriam o calcâneo, a omoplata e o
fêmur. O esoterista pode classificá-los
mais de acordo com as Divinas
Proporções da Natureza em 7 tipos.
Mas para apreciar a lógica desta teoria,
julgamos ser necessário refrescar no
leitor algum conhecimento básico da
arquitetura óssea.
Cabeça Óssea: constituída
pela face e pelo crânio; a sua forma
aproxima-se da de uma pirâmide de
base quadrangular truncada. O seu
sentido é oblíquo e a base inferior ou
pequena centraliza a face e a oposta,
o crânio ósseo.

Podemos dividir o Crânio num


Fig. 73
156 osso anterior ou frontal, dois
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superiores ou parietais, um posterior ou occipital e dois


laterais ou temporais. A face óssea é formada,
fundamentalmente, por dois malares, dois maxilares
superiores, um inferior, dois ossos próprios do nariz, dois
úngüis, um vômer, duas cornetas inferiores e dois
palatinos. No meio desses dois agrupamentos ósseos e

(Apófise)

Apófise

Fig. 74

Foramen do Queixo

Foramen do Queixo Fig. 75 Mandíbula

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integrando à base do crânio, encontram-se o esfenóide


e o etmóide.
Coluna Vertebral: por baixo da cabeça óssea,
sustentando-se, existe uma sistematização óssea,
chamada assim por estar constituída por peças de formas
mais ou menos cilíndricas que se coordenam entre si por
meio das apófises, conjuntamente com um complexo
sistema cartilágino-muscular. Em geral adota a forma de
uma mola, cuja função não é apenas de sustentar mas
também de amortecer os impactos e as pressões
verticais súbitas que podem afetar o encéfalo, produzindo
"fugas" dinâmico-laterais.

As vértebras podem classificar-se em 4 grupos:


cervicais (pescoço), dorsais (costas), lombares (cintura)
e sacro-coccígeas (base inserida entre a ancas). Pelo

Fig. 76
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interior dessa "mola" passa um canal ou concavidade no


qual assenta a espinal medula.
Membros Superiores: na altura das vértebras
dorsais desprendem-se do tronco os membros
superiores, unidos à coluna vertebral e ao esterno de
maneira indireta pelas omoplatas e clavículas que, por
sua vez, se enlaçam com úmero pelas articulações do
ombro. O úmero forma o braço ósseo e o antebraço e
constituído pelo rádio e pelo cúbito, que estão
relacionados através da articulação do pulso com os
carpos, metacarpos e ossos dos dedos. A omoplata é
um osso muito plano, situado nas costas, servindo de

Acrômio
Clavícula

Escápula Escápula

Borde Vertebral Úmero

Tróclea

Rádio
Ulna
Ulna

Fig. 77

Fig. 78
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inserção aos músculos importantes. O esterno é, na


realidade, um conjunto de ossos em forma de espada,
donde lhe vem o nome. A clavícula é um osso longo que
se pode facilmente ver na base do pescoço.

Escápula

Fig. 79

Caixa Torácica: é formada pela coluna vertebral


atrás, o esterno na frente e as costelas, peças ósseas
achatadas que unem os dois elementos citados, criando
assim uma cavidade que protege os órgãos fundamentais
que aí se situam.

Cintura Pélvica e Membros Inferiores: os


ossos da anca ou ilíacos, além de servirem de proteção
aos órgãos da zona sacro-ilíaca, são a sede da cabeça
superior do osso que percorre o interior da coxa e que
se chama fêmur. É o maior e o mais forte de todo o
esqueleto; une a cintura pélvica à articulação do joelho.

Colo do Fêmur

Trocânter
Menor

Fig. 80

Fíbula

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INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Fig. 81

Os ossos da perna, ou seja os que vão da articulação de


que acabamos de falar até o pé, são dois e chamam-se
tíbia e perônio, equivalentes ao rádio e ao cúbito no
membro superior. A articulação do tornozelo relaciona-
os com os társicos e os metatársicos, articulando-se
estes, por sua vez, com os ossos dos dedos.

Apesar da extrema brevidade de todas estas


explicações e da forma extremamente simples como se
fizeram as descrições, estas terão dado uma idéia mais
ou menos lúcida a todos os leitores sobre o muito
complexo Sistema Ósseo Humano, que evidencia, em
conjunto e em detalhe, uma superarquitetura planejada
cuidadosamente pelos "Impulsos ou Deuses Criadores
da Natureza" sob o pedido preciso do Manu da Espécie.
Um estudo detido da anatomia cria no ânimo do
investigador uma forma de opressão psicológica face à
classificação corrente ou "clássica" dos ossos, pois essa
classificação, além de ser primitiva, exemplifica-se de
maneira inexata, quando não ingênua. Dai a uma centena
de homens "não doutos" uma costela e perguntai-lhes
em qual das três divisões a classificariam, e os cem dirão
que é um osso longo; no entanto, nas nossas faculdades
de medicina ensina-se que é chato, pois duas das suas
dimensões superam nitidamente a terceira. É evidente
que isto não é exatamente assim, mas a classificação
proposta é tão imprecisa que uma peça pode pertencer
a duas classificações ou situações, segundo o ponto de
vista do observador. Vejam, senão, a infantil discussão
entre muitos catedráticos sobre se o frontal é um osso
da face ou do crânio.

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Classificação Esotérica do
Esqueleto
Esotericamente, pode-se encarar o problema com
uma margem muito maior de soluções, observando de
que maneira o Arquétipo Septenário da Natureza exprime-
se através do esqueleto. O leitor verá que esta posição
científica é precisamente oposta àquela comumente
aceita. No nosso caso, não inventamos uma classificação
para, em seguida, bruscamente, meter tudo dentro dos
moldes que simplesmente imaginamos serem os
melhores; pelo contrário, procuramos descobri-los na
natureza das coisas, ler as próprias estratificações
funcionais, sem acrescentar nem tirar uma vírgula. Assim,
os ossos podem dividir-se em:
1ª Classe: Cartilaginosos. Ex.: Septum Lucidum (a);
2ª Classe: Longos-Curvos. Ex.: Costela;
3ª Classe: Esferoidais. Ex.: Parietal (b);
4ª Classe: Mistos. Ex.: Esfenóide;
5ª Classe: Chatos. Ex.: Escápula;
6ª Classe: Longos. Ex.: Fêmur;
7ª Classe: Curtos-Quadrados. Ex.: Calcâneo.
Qualquer pessoa de cultura média, e mais ainda
um profissional liberto dos preconceitos da sua escola e
da sua época, poderá apreciar desde o primeiro instante
a grande vantagem racional e prática que nos proporciona
esta classificação sugerida pelas características das
próprias peças estudadas. O exemplo "a", assim como
o "b", necessita de um esclarecimento, pois a inércia
que nos arrasta com o impulso de muitas gerações é
muito forte para poder ser quebrada em poucos minutos.

a) Septum Lucidum: É evidente que uma coisa


é uma cartilagem e outra um osso, porém, mais além
da aparência externa e do que "a priori" acontece, para
a Inteligência da Natureza, esta evidência não é assim
tão evidente como isto: no seu aspecto embriológico ou
ontogenético - e atrevemo-nos a dizer com H.P.
Blavatsky e os antigos Iniciados, filogenético (ver raças
sem ossos, Doutrina Secreta, Vol. III, Antropogênese) -
todo osso é uma cartilagem e existem graus de evolução
do esqueleto através da longa vida da Espécie em que
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INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

alguns ossos, adaptando-se ao desenvolvimento


orgânico, tornam-se cartilagens ou, melhor dito, "detêm-
se" na sua evolução embrionária nesta etapa de pré-
ossificação. É conforme a esta última possibilidade
objetiva que classificamos na primeira categoria e raio
do nosso esquema o septum lucidum.
b) Parietal: Sem menosprezar minimamente as
teorias que descrevem o crânio como uma simples
evolução das vértebras cervicais, salta à vista que os
seus "Arquitetos" escolheram para o seu
desenvolvimento outros modelos geométricos e outras
relações aritméticas que para o resto do esqueleto;
impera ali uma forma poliédrica e uma numerologia par
que, devido ao caráter deste manual, resumimos na
tendência global de calota esferoidal que afeta ossos
como o parietal.

Eis as poucas coisas que por agora podemos dizer


do esqueleto e da sua classificação estaticamente
tridimensional e funcionalmente tetradimensional. Em
algumas remotas Escolas de Sabedoria, como as do
Egito, Índia e Mesopotâmia, esta classificação completava-
se com mais outras três, ou então em enéada, como
nos Mistérios de Apolo-Asclépios na Tessália. Mas na
verdade, essa enéada era um conjunto de sub-chaves
harmonizadas por oposição e sintetizadas no místico e
secreto 10, da mesma maneira que o 7 o faz com o 6.

Classificação Esotérica dos


Sistemas Orgânicos
Ensina-se-nos que o Elemento Água (não
confundir com H 2 O) corresponde ao Étero-Físico-Prânico;
a sua relação direta é o sangue, veículo da vitalidade.
Porém, seria impossível fazer-se uma idéia básica e clara
acerca disso, sem deitar uma rápida vista de olhos sobre
os órgãos que ele banha.

No quadro seguinte, podemos observar uma


interpretação esotérica e "completamente nova" do
sistema de órgãos humanos.
Trataremos resumidamente de cada um deles,
explicando o que, em cada caso, parece-nos ser mais
fundamental. 163
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

Neuronal
Forma: acompanha a forma geral do corpo e
pode ser comparado a uma complicadíssima rede de
cabos de importâncias desiguais. Esotericamente faz
recordar a Mística Árvore da Vida dos Mistérios, que tinha
os seus ramos expandidos para baixo e as suas avultadas
raízes para cima. Efetivamente, a caixa craniana encerra
o encéfalo (constituído pelo cérebro com os seus dois
hemisférios), o cerebelo e o bulbo raquidiano. Mais além
do canal raquidiano encontramos um cilindro nervoso
chamado espinal medula, por correr no interior da já

Fig. 82

mencionada espinha dorsal ou Coluna Vertebral,


finalizando no filamento terminal. Desse "cabo central"
partem inúmeros feixes que se dividem e se subdividem,
anastomosam-se e reúnem-se em redes e franjas por
todo o organismo. A sua extrema complexidade motivou
uma vastíssima literatura especializada, pois qualquer que
seja a parte ou função pela qual os abordemos, são
sempre novelos emaranhados de maneira enigmática.

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INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Fig. 83

Torácicos
Ramo

Ramo Cutâneo

Ramo Cutâneo

Fig. 84

Vida: Manifesta-se através de um pulso eletrônico


(Kundalinico-fohático) que desencadeia complexos
processos bioquímicos em todo o sistema.
Fisiologicamente pode ser dividido em dois: um superior,
dedicado a captar e a retransmitir somaticamente os
impulsos sutilíssimos do Eu Mental que lhe chegam através
de órgãos metafísicos intermédios; e outro inferior, que
regula a vida puramente animal ou vegetativa e corporal
do organismo físico. Seria impossível encerrar este ponto
sem citar o papel preponderante do neurônio, a célula
nervosa, modelo de "Kumara" do corpo denso, que carece
de poder reprodutivo no plano material, mas que é 165
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

criadora no invisível, pois a sua parte Prânico-Etérica


regulariza os duplos de todas as células que em conjunto
formam os éteres do Étero-Físico.

Respiratório
Forma: É a de um sistema perfeito de foles
térmicos que, ao fazer circular o ar em condições
favoráveis, permite a assimilação e a desassimilação de
gases pelo organismo. A admissão ao sistema faz-se
por intermédio das fossas nasais e pelo orifício comum
com o sistema digestivo, a boca. Daí, continua-se pelo
ístmo da garganta com a laringe, com a traquéia - tubo
coriáceo de aspecto anelado - e com os brônquios, que
penetram nos pulmões, alojados quase simetricamente
dentro da caixa torácica. Na verdade, esses foles são
conglomerados orgânicos de milhões de nichos chamados
alvéolos pulmonares.

DETALHAMENTO DE BRONQUÍOLO E ALVÉOLOS

166 Fig. 85
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Fig. 86

Fig. 87

Vida:Exprime-se através de uma atividade


bioquímica que permite acumular o oxigênio e exalar o
anidrido carbônico do sangue. Esotericamente a sua
função é muito importante, pois é aí que o glóbulo
vermelho se põe em contato e prende os átomos de
oxigênio (não confundir com a assimilação direta de
átomos prânicos despidos feita pelo Chakra Esplênico).
Os resíduos etéricos são exalados com o nitrogênio, que
tem para o organismo uma função nada passiva, ao
contrário do que comumente se pensa.

167
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

Digestório
Forma: É, basicamente, um tubo comprido que
começa na boca com o aparelho de mastigação, continua
pelo esôfago até chegar ao estômago - bolsa ou
engrossamento elástico - donde o bolo alimentício segue
para o piloro e intestino delgado e daí para o intestino
grosso até desembocar no reto e no orifício de saída ou
ânus.

168 Fig. 88
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Vida: Manifesta-se
através da assimilação por
este sistema das
substâncias sólidas e pela
admissão conjunta de
sólidos e líquidos, que se
dirigem em seguida para o
que nós chamamos Sistema
Renal. A primeira digestão
começa com a ingestão, na
boca, onde a saliva dá o
primeiro passo neste longo
e maravilhoso processo;
em seguida prossegue
através da rápida ação dos
ácidos estomacais; daí,
numerosos fermentos e
catalisadores orgânicos vão
regulando o trabalho, até Fig. 89
expelir, após a passagem
pelos intestinos delgado e grosso, aquilo que o organismo
não pôde aproveitar, tal como o forno de uma caldeira
extrai o calor necessário do combustível, restando apenas
os detritos que são retirados, a fim de darem o lugar a
novos materiais aproveitáveis.

Circulatório
Forma: Assemelha-
se de uma certa forma ao
sistema nervoso, pois
também parece uma árvore,
mas com a diferença de que
as suas raízes estão mais
descentralizadas e o seu
tronco não é unitário, mas
assemelha-se a esses troncos
tropicais que se apoiam em
vários grandes troncos
colaterais. Podemos dividi-lo
em dois subsistemas: Arterial
e Venoso. No primeiro, os
tubos canalizadores são mais
rígidos e de tipo eferente, ou Fig. 90 169
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

seja, parte dos grandes vasos para os pequenos. O


segundo é aferente, partindo dos capilares menores para
os condutos maiores. As veias são menos rígidas do que
as artérias e possuem, ao contrário destas, um certo
sistema valvular. No mediastino, ou parte central do peito,
atrás do esterno e por cima do diafragma (de grande
importância esotérica), existe um engrossamento muito
especializado do sistema, chamado coração. Esse
importante órgão tem a forma de uma pirâmide truncada,
sendo a sua base póstero-superior, e a sua ponta dirigida
para baixo e ligeiramente orientada para a esquerda. As
suas divisões são quatro, tendo o coração esquerdo uma

Fig. 91

cavidade superior chamada aurícula e outra inferior,


ventrículo; o coração direito tem uma organização igual,
existindo válvulas que regulam a entrada e a saída do
sangue.
Vida: Este sistema canaliza a torrente circulatória
do sangue. O sangue é um fluido do qual o Homem
conhece ainda muito pouco, embora pense saber quase
tudo. Veículo da Energia na sua forma mais ativa, canaliza
as energias Solar e Marciana, do mesmo modo que o
subsistema linfático canaliza a energia Lunar. O Glóbulo
vermelho é uma espécie de receptáculo fotônico que
conduz a "luz" dos átomos de Prana e a derrama por
todo o organismo, ritmicamente. Isso não deve fazer o
estudante pensar que a conduz como uma lâmpada, mas
tal como o faz a clorofila, transformada em processos
170 eletro-químicos.
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Glandular
Forma: É impossível
descrevê-lo aqui, pois abarca na
realidade um sistema de sistemas. A
mais importante unidade anatômica é
o fígado, órgão volumoso que está
colocado imediatamente abaixo do
diafragma, no hipocôndrio e no
epigástrio direito, apresentando na sua
parte anterior um borde adjacente ao
dito músculo. Está sobre-alimentado
por um sistema especial circulatório,
coisa que nos dá uma idéia da sua
extraordinária atividade e importância.
A sua unidade anatômico-funcional é
o chamado lóbulo hepático. O baço,
o pâncreas, a hipófise etc., são outras Fig. 92
fundamentais colunas desta complexa
arquitetura.
Vida: Manifesta-se por uma ação reguladora
dominada pelo Quarto Raio e executada pelo Quinto; é
o látego que mantém o ritmo vital do organismo e o seu
funcionamento normal. Está muito vinculado com a

Glandula Pineal Hipófise


Fig. 94

Fig. 93
171
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

atividade psíquica. O fígado, por exemplo, é um supremo


alquimista que não só executa as mais delicadas
operações da química, como chega ao trabalho alquímico
de transmutar a própria qualidade de algumas estruturas
atômicas e suas características orbitais através de um
complexo programa termo-elétrico-dinâmico. As funções
glandulares podem ser de três tipos: endócrinas, quando
seus produtos são vertidos diretamente na corrente
sangüínea (por exemplo, as supra-renais); exócrinas, ou
de ação externa, intermediária, no geral, entre o meio
ambiente e o corporal (por exemplo, as glândulas
sudoríparas); e mistas, aquelas que
possuem uma ação externa e
interna (como os testículos).

Renal
Forma: A sua organização
somática é mais simples e mais fácil
de resumir. Os órgãos fundamentais
do sistema são os rins, colocados
mais ou menos simetricamente de
ambos os lados da coluna vertebral,

Fig. 95

172
Fig. 96
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

por baixo da linha diafragmática,


no nível da última vértebra
dorsal e das duas primeiras
lombares. Tem a forma de
feijões, e o seu conduto toma,
na zona pélvica, o nome de
uréter, desembocando no
exterior, não sem antes ter
passado pela bexiga, saco de
armazenamento e de regulação
das micções.
Vida: Biologicamente, é
de enorme importância, pois
filtra e elimina do organismo os
excedentes cristalizados em
suspensão com os líquidos não
necessários. O coeficiente
básico de energia vital densa do
homem deve em grande parte
a sua manutenção a este
fiscalizador dos subprodutos do
sistema hepato-glandular.

Fig. 97

Reprodutor
Forma: Embora a idéia popular seja outra, é
evidente, e já reconhecido pelos cientistas exotéricos da
época, que as variantes feminina e masculina são
diferenciações de um mesmo sistema básico, isto é, no
homem ocorre um desenvolvimento viril enquanto a parte
feminina se atrofia, e na mulher é o inverso. Se, como
nos ensina a lógica dos fatos e os ensinamentos do livro
de Dzyan, resumidos e explicados na Doutrina Secreta,
o homem primitivo foi andrógino e depois, há uns dezoito
milhões de anos, diferenciou paulatinamente os seus
sexos, o processo ontogenético não faz mais do que
sintetizar uma longa elaboração filogenética.

O órgão reprodutor masculino está constituído,


basicamente, por um par de glândulas mistas e um
mecanismo injetor, os testículos e o pênis. Na mulher, as
glândulas mistas, os ovários, juntam-se num muito
perfeito e complexo mecanismo de câmaras funcionais, 173
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

que finalizam no orifício vaginal,


que comunica o conjunto com o
exterior e serve para os fins da
copulação. Nesse ato, o triângulo
de posição "normal", formado
pelos dois testículos e pelo pênis,
entrecruza-se com o triângulo
"invertido" formado pelos dois
ovários e pelo orifício vaginal,
formando um cujo ponto
central ou "sete", ou síntese,
estaria consubstanciado com o
filho assim gerado.
Fig. 98 Vida: A ação exógena
destas glândulas é esporádica e
provocada por estímulos psíquicos, de raiz Astral,
despertados por imagens básicas de objetos com
realidade psíquica. Esclarecemos que embora
aparentemente os estímulos físicos sejam suficientes para
provocar a sua ação, deverá existir sempre a semente
de Impulso Fohático que subconscientemente desperta
a reação "em cadeia". Quando esta ocorre, na união
normal dos milhares de espermatozóides produzidos por
uma forma de eletrosegmentação nos testículos, um

Fig. 99

174
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

chega a penetrar num óvulo produzido nos ovários, e aí


começa o maravilhoso e enigmático trabalho da
reprodução celular que leva à constituição do Feto.
Não queremos encerrar este ponto sem assinalar
que, para a Filosofia Natural, a castidade e a continência
não têm valor em si, mas, sim, como símbolos e
expressão da Realização Interior que antepõe o Real ao
irreal e mayávico das tentações animais. Tão longe da
verdade estavam os antigos hebreus e católicos, que
davam ao sexual a mais fundamental das importâncias,
como os modernos filósofos materialistas que fazem ao
contrário, propondo a entrega às forças da natureza
inferior, e tomam como desculpa uma suposta
necessidade de atividade sexual para bem da saúde
mental e física. Na verdade, o falso ascetismo dos "que
se contêm" e as reprimendas nada valem, se isso não
for sentido interiormente; e se o é, as prevenções
externas são desnecessárias. Quanto à teoria
materialista, nem sequer se trata disso, mas sim de uma
hipótese, ou melhor, de uma opinião, pois nem empírica
nem racionalmente ficou demonstrado que a abstinência
sexual ou a moderação e o casamento são prejudiciais
aos homens e às mulheres superiores, dedicados ao santo
trabalho diário ou a Ideais científicos, artísticos, religiosos
ou filosóficos, sendo particularmente benéficos para a
juventude e para aqueles que desejam ativar os seus
veículos sutis. Quanto às pessoas de inferior evolução,
devem encher as suas necessidades de experiência. Mas
é evidente que não devem pôr os olhos no Ocultismo, e
é perigoso tanto para elas como para a Humanidade que
se imiscuam nas ciências e nas artes, devendo, em vez
disso, especializarem-se em tarefas manuais e corporais
que distraiam os seus excessos vitais, impedindo-as -
através do trabalho e da firme vontade de avançar para
o "Caminho que leva ao Caminho" -, de se envilecerem
ainda mais.

Músculos
Como vínculo entre o ósseo (Terra) e o orgânico (Água),
existe um sistema misto chamado Muscular. As suas
funções concernem tanto à estrutura somática - servindo
de parte ativa sobre a alavanca óssea e de tabiques
175
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

contendo e modelando as vísceras e glândulas - como


ao aspecto funcional e biológico, prestando um auxílio
mecânico à manifestação da vida orgânica, como seja o
coração, intestinos etc.

Sistemas Sutis - os Éteres


Os elementos estudados, conjuntamente com os
diferentes gases que circulam constantemente pela
corrente circulatória, formam uma tríade inferior nos sub-
corpos do Étero-físico, que se entrelaça com a parte
superior etérica, propriamente dita, através do Éter 4.
Embora o conceito esotérico seja muito mais amplo, o
estudante pode concebê-lo como equivalente ao fluido
nervoso, circulando pelo sistema do mesmo nome.

Eter 4
Fig. 100

Éter 4
Forma: Está constituído por matéria em estado
sutil e invisível para os olhos normais, embora a sua
relativa densidade o torne facilmente perceptível, inclusive
para os modernos aparelhos eletrônicos de que dispõe a
medicina nos seus laboratórios mais avançados. Está
estruturado como o sistema físico nervoso: imagine o
estudante uma tubagem de paredes muito delgadas que
176
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

só adquire um aspecto definido ao injetar-lhe líquido sob


pressão, e terá uma idéia bastante clara de como é que
algo sem forma definida pode provocá-la, num
"envasilhamento" mais denso, mas que sem o conteúdo
seria amorfo e confuso. Esta variedade etérica banha
todo o sistema nervoso, exceto a zona cortical do
cérebro.
Vida: Como claramente explicamos, o sistema
nervoso físico não seria nada nem teria razão de ser
sem este impulso de tipo fohático ou, para que o leitor
entenda melhor, de tipo eletrônico. Dependem dele as
centralizações de todos os impulsos vitais e quando o
físico não permite a sua canalização devido à destruição
de uma via nervosa, deixa de circular, pois não pode
deslocar-se sem estar perfeitamente canalizado; então,
a zona não irrigada entra em arritmia biológica,
literalmente "enlouquece" e, à falta de um guia, as células
nervosas morrem desintegradas, paralisando-se o
conjunto anteriormente servido.

Eter 3

Fig. 101

Éter 3
Forma: Tem, aproximadamente, a forma da
zona cortical do cérebro, banhando a chamada "massa
cinzenta" desta. A sua característica é ainda mais sutil
do que a do Éter 4, sendo um e outro momentos
evolutivos de uma mesma coisa. Diferencia-se na sua 177
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

canalização porque, em caso de destruição de algum


dos seus apoios físicos - se a lesão não for demasiado
importante -, a corrente "salta" a ruptura e chega a
canalizar-se por uma outra via, sendo esta a simples e
natural explicação da razão pela qual, se uma localização
cortical é danificada, em muitos casos esta "apoia-se"
durante um certo tempo numa outra que, embora
sobrecarregada, responde às suas funções especificadas
e às novas fixadas pela experiência.
Vida: É o ponto de encontro entre os impulsos
transmitidos pelo Eu Mental e o cérebro físico que os
capta e objetiva na ação. Sem a sua intervenção, o
Homem não seria tal como é, pois não poderia pensar e
apenas gozaria de um psiquismo animal, outorgado pela
parte mais nobre do Éter 4.

Eter 2

Fig. 102

Éter 2
Forma: Afeta a forma do corpo físico mas com um
tamanho ligeiramente maior, que o faz sobressair do mesmo
alguns milímetros. É o que alguns clarividentes chamam
"Duplo Etérico", embora outros autores chamem assim ao
178
INTRODUÇÃO À SABEDORIA DO ORIENTE - Tema XII

Prânico (esclarecemos que, pelo menos neste caso e


estabelecidas as diferenças terminológicas, estes carecem de
importância). A verdade é que "não recobre o corpo físico
como uma bainha" mas, antes, interpenetra-o completamente
e a sua organização interior afeta a forma que, refletida na
matéria densa, torna-se visível no nível da estrutura celular.
Vida: É de características tipicamente
energéticas. Imaginemos o fuso magnético de um ímã:
ele é invisível, mas se deitarmos no seu campo limalhas
metálicas, veremos que estas afetam uma forma que
torna perceptível, como efeito, esta causa invisível. Isto
nos dará uma idéia de como é que atua o Éter 2, que
organiza como uma rede eletromagnética o complexo
conjunto celular. Se este Éter é afetado, imediatamente
os seus laços vitais dissociam-se e podem observar-se,
em casos de certas variedades de tumores, verdadeiras
rupturas desse sub-corpo etérico, continuados por
"manchas" nos sub-corpos inferiores do Prânico. Assim,
também, no caso de um ferimento físico, o Éter 2 fende-
se igualmente pois o que nós chamamos estrutura física
é, basicamente, inseparável desta outra superestrutura
eletromagnética invisível.

Éter 1
Forma: É a de um capuz que
recobre as partes superiores do corpo até
a linha do diafragma. A sua cor é branca
brilhante, com fluorescências azuladas, o
que lhe confere a sua natureza relacionada
com Kundalini. Observa-se que, no caso de
uma enfermidade prolongada em que o
paciente deve permanecer muito tempo na
cama ou em posição horizontal, este escudo
áurico modifica-se e cobre a parte que
comumente está dirigida para cima. Nos
casos normais, anteriormente citados, da
zona da cabeça surge uma pequena coluna
cônica, que é como uma ponta de ejeção
e, ao mesmo tempo, de conexão com os
corpos sutis. É elástica e acompanha Eter 1
docilmente os mais velozes movimentos
do corpo físico.
Fig. 103 179
Curso de Filosofia à Maneira Clássica - Nível II

Vida: As suas funções são a de proteger a


organização Étero-Física contra as radiações cósmicas
de raio vertical. A sua natureza Kundalínica e a sua
correlação com o que chamamos Étero-Físico-Atma,
conferem-lhe uma energia de tipo ultra-rápida que,
juntamente com a sua trama organizativa fechada e a
sua superfície refratora, converte-o num escudo muito
efetivo e poderoso. Uma lesão neste organismo afetaria
de uma maneira importante as partes mais nobres do
sistema nervoso. A proximidade constante de substâncias
radioativas costuma afetá-lo, assim como aos sistemas
etéricos.

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