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Brasileira
Prof.ª Emanuele Cristina Siebert
Prof.ª Ligia Karina Meneghetti Chiarelli
2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
306.4
S5712c Siebert, Emanuele Cristina.
Cultura Popular Brasileira / Emanuele Cristina Siebert
[e] Lígia Karina Meneghetti Chiarelli. Centro Universitário Leonardo da Vinci –
Indaial, Grupo UNIASSELVI, 2012.x ;
194. p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-329-7
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, é um prazer estar com você!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CULTURA.................................................................................................................... 1
VII
3.2 CULINÁRIA................................................................................................................................... 58
3.3 BEBIDAS....................................................................................................................................... 61
3.3.1 Bebidas regionais.................................................................................................................. 64
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.................................................................................................... 64
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 66
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 70
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 71
VIII
6.1 MITOS E LENDAS.............................................................................................................. 132
6.2 DITADOS OU PROVÉRBIOS............................................................................................. 133
6.3 DÍSTICOS DE CAMINHÃO............................................................................................... 134
6.4 PARLENDAS....................................................................................................................... 135
6.5 TRAVA-LÍNGUAS............................................................................................................... 136
6.6 ADIVINHAS........................................................................................................................ 136
6.7 CORDEL............................................................................................................................... 137
6.8 PÃO POR DEUS.................................................................................................................. 139
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 140
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 142
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 191
IX
X
UNIDADE 1
CULTURA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
Assista ao vídeo
desta unidade.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CULTURA POPULAR
1 INTRODUÇÃO
A cultura é um fenômeno em construção, não está acabada em si. Ela se
projeta em transformação constante. Vários autores tratam como sinônimas as
palavras cultura popular, cultura de massa e folclore. No entanto, compreendemos
que são palavras distintas e trazemos aqui alguns autores que nos auxiliarão a
conceituar “cultura popular”.
2 CULTURA
A expressão “cultura” é utilizada quando nos referimos ao que é
produzido pelo homem em contraposição ao que é dado pela natureza, pois
somos seres sociais e aprendemos uns com os outros. Se não convivêssemos com
outros indivíduos desde o nosso nascimento, certamente não sobreviveríamos ou
nos comportaríamos como animais. Isso porque não nascemos humanos, mas nos
tornamos humanos. A presença de outro adulto, geralmente os pais, ensinando-
nos a falar, a comer, a brincar, entre outras atividades, permitiu-nos aprender
e, independente da idade, continuamos a aprender um pouco a cada dia. Esses
ensinamentos e os hábitos que adquirimos são CULTURA. Assim, o que não é
dado pela natureza, o que não é biológico, mas que é dado pelo homem, produto
da vida coletiva, é cultural (VYGOTSKY, 2003) (SANTOS, 1983). Ou seja, andar,
comer e chorar são necessidades biológicas e em qualquer parte do mundo elas
estão presentes onde há a presença dos homens.
3
UNIDADE 1 | CULTURA
4
TÓPICO 1 | CULTURA POPULAR
Isso que lhe parece improvável em pleno século XXI? Não se engane, leia
a seguir a manchete datada de 27 de junho de 2009.
FONTE: <http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1175549-5602,00-MENINA+RUSSA+-
QUE+VIVIA+TRANCADA+COM+CAES+E+GATOS+RECUPERASE+DIZEM+MEDICOS.html>.
Acesso em: 9 maio 2010.
DICAS
5
UNIDADE 1 | CULTURA
Se você conseguiu ler até aqui é por que aprendeu a codificar os signos,
ou seja, as letras, pois o que está escrito poderiam ser apenas manchas no papel,
mas, culturalmente, elas têm um significado. As línguas falada e escrita também
são integrantes da cultura, pois são uma convenção de signos entre os integrantes
de uma mesma sociedade.
6
TÓPICO 1 | CULTURA POPULAR
DICAS
FONTE: As autoras
7
UNIDADE 1 | CULTURA
Comumente é na escola que temos acesso à cultura erudita, mas seu acesso
também pode ser dado por meio de leituras, documentários, visitas a locais como
museus, galerias, bibliotecas etc.
FONTE: <http://correiociencia.files.wordpress.com/2009/10/ciencia.jpg>.
Acesso em: 30 maio 2010.
8
TÓPICO 1 | CULTURA POPULAR
9
UNIDADE 1 | CULTURA
FONTE: <www.apoioescola.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId>.
Acesso em: 20 jun. 2010.
10
TÓPICO 1 | CULTURA POPULAR
3 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A cultura popular, aqui discutida, limitar-se-á ao limite geográfico do
Brasil. Por isso, o Livro Didático foi denominado de Cultura Popular Brasileira.
Apesar de geograficamente dividirmos o Brasil em regiões, o conteúdo desta
disciplina focará a Cultura Popular Brasileira em geral, pois existem fatores que
não permitem uma delimitação cultural, tal como a geográfica. Dentre os fatores
estão a migração de pessoas entre as regiões do Brasil e a grande circulação de
informações por meio da televisão, internet, revistas, jornais e rádio. Hoje, não
podemos dizer que aquele estado tem a cultura X, pois a cultura não é estática e
com o grande fluxo migratório, um costume que antes se delimitava apenas ao
Nordeste, pode ser praticado e se difundir pelas demais partes do país.
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cultura é o que é produzido pelo homem e por este repassado por gerações,
podendo ser a fala, a escrita, o modo de viver, de comer, suas crenças etc.
Dizemos também que cultural é o que contrapõe as reações biológicas.
12
AUTOATIVIDADE
1 Com base nas discussões realizadas neste tópico, observe as charges a seguir
e pontue algumas considerações acerca da cultura expressa pelas ilustrações:
a)
FIGURA 7 – CHARGES
b)
FIGURA 8 – CHARGES
c)
FIGURA 9 – CHARGE - NONO
13
2 Agora, a partir das discussões iniciadas neste tópico, reflita sobre as
diferentes culturas no espaço escolar e o importante papel da escola perante
essas diferenças. Depois, registre suas reflexões para serem discutidas com
seus colegas.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No último tópico, conceituamos cultura e diferenciamos a cultura popular
da erudita e de massa. Neste tópico, abordaremos como se formou o povo
brasileiro e consequentemente a cultura brasileira.
2 PRIMEIROS HABITANTES
Os indígenas encontrados no litoral pelos portugueses eram
principalmente da tribo tupi. Aqui, eles davam os primeiros passos na
agricultura, derrubando árvores com seus machados de pedra, limpando o
terreno com queimadas e cultivando milho, batata-doce, cará, feijão, amendoim,
tabaco, abóbora, urucum, algodão, cabaças, pimentas, abacaxi, mamão, erva-
mate, guaraná, entre muitas outras plantas. Eles também cultivavam dezenas de
plantas frutíferas, como o caju e o pequi. A agricultura lhes permitia ter alimentos
disponíveis durante todo o ano e dependerem dos alimentos ao acaso, apenas
através da caça e pesca. Todos auxiliavam no cultivo, exceto alguns religiosos
(pajés e caraíbas) e chefes guerreiros (tuxuás) (RIBEIRO, 1995).
15
UNIDADE 1 | CULTURA
UNI
Muitas das frutas consideradas típicas brasileiras, como a banana, não são
nativas daqui. Entre as nativas estão: caju, cajá, umbu, buriti, babaçu, jatobá, goiaba, pitanga,
jabuticaba, jenipapo e maracujá.
UNI
16
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
FIGURA 10 – REDE FEITA COM FIBRA VEGETAL: A “CAMA” DE BOA PARTE DAS TRIBOS
3.1 A COLONIZAÇÃO
Os índios perceberam a chegada do europeu como um acontecimento
espantoso, imaginando ser gente do seu deus sol, o criador – Maíra. Porém, para
os índios, eram estranhos aqueles homens barbudos, feios e fétidos saídos do mar.
Os índios tomavam banho várias vezes ao dia em riachos, lagos e rios, enquanto
que os europeus tinham o hábito de ficar dias sem banhar-se. Eles também não
conheciam doenças, além da coceira. Os brancos trouxeram desde a cárie dental,
as doenças da bexiga, a tuberculose, a coqueluche e o sarampo (RIBEIRO, 1995).
17
UNIDADE 1 | CULTURA
A língua falada até meados do século XVII era o “nheengatu”, que era
uma língua aprendida com os índios e falada com jeito de boca de português
(POVO BRASILEIRO, 2010).
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TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
DICAS
Gênero: Comédia
Tempo: 85 minutos
Lançamento: 2000
Classificação: 12 anos
Distribuidora: Columbia Pictures
Sinopse: Em 1º de janeiro de 1500 um novo mundo é
descoberto pelos europeus, graças a grandes avanços
técnicos na arte náutica e na elaboração de mapas.
É neste contexto que vive em Portugal o jovem Diogo, pintor que é contratado para
ilustrar um mapa e, por ser enganado pela sedutora Isabelle, acaba sendo punido com a
deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde. Mas a caravela onde Diogo está
acaba naufragando e ele, por milagre, consegue chegar ao litoral brasileiro. Lá conhece a
bela índia Paraguaçu com quem logo inicia um romance temperado posteriormente pela
inclusão de uma terceira pessoa: a índia Moema, irmã de Paraguaçu.
Fora de seu habitat natural, o índio não se adaptava como escravo: morria
de infecções, fome e tristeza. Para suprir a deficiência da mão de obra escrava, os
senhores de engenho começavam a importar negros caçados na África. Agora, as
escravas negras substituíam as índias tanto na cozinha como na cama do senhor.
Na agricultura, a presença do negro elevava a produção de açúcar e o preço do
produto no mercado internacional (CASA GRANDE; SENZALA, 2010).
19
UNIDADE 1 | CULTURA
4 OS AFRICANOS
Os europeus iam à África e faziam grandes expedições de caça aos
negros que lá viviam com uma vida muito parecida com a dos índios que aqui
se encontram. Eles tinham sua cultura, sua língua, enfim, seu modo de viver.
Trazidos do Sudão, da Costa do Marfim, da Nigéria, de Angola e de Moçambique,
essa gente marcaria com sua cor e com sua força a fisionomia e a cultura brasileiras.
No transporte para cá, em navios, metade morria na travessia, outros tantos na
brutalidade da chegada, de tristeza, mas milhões deles incorporaram-se ao Brasil.
(RIBEIRO, 1995 apud POVO BRASILEIRO, 2010).
FIGURA 11 – ENGENHO MANUAL QUE FAZ CALDO DE CANA, 1822 (aquarela sobre
papel, 17,6 x 24,5 cm. Autor: Debret)
20
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
21
UNIDADE 1 | CULTURA
22
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
Era um novo jeito de falar, um novo jeito de andar, um novo jeito de comer...
A culinária da senzala aproveitava as sobras de carnes da casa-grande, usava o
aipim indígena e às verduras, misturava os temperos africanos, principalmente o
dendê e a pimenta malagueta. Surgiam a feijoada, a farofa, o quibebe e o vatapá.
Alimentos que combinavam com a dureza do trabalho no cativeiro (CASA
GRANDE; SENZALA, 2010).
FONTE: <http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/eckhout/eckhout.
htm#>. Acesso em: 9 jul. 2010.
23
UNIDADE 1 | CULTURA
FONTE: <http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/eckhout/
eckhout.htm#>. Acesso em: 9 jul. 2010.
FONTE: <http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/eckhout/
eckhout.htm#>. Acesso em: 9 jul. 2010.
FONTE: <http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br/bco_imagens/eckhout/
eckhout.htm#>. Acesso em: 9 jul. 2010.
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TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
UNI
FIGURA 17 – JOVENS NEGRAS INDO À IGREJA PARA SEREM BATIZADAS, 1821 (aqua-
rela sobre papel, 18,3 x 23,5 cm. Autor: Debret)
25
UNIDADE 1 | CULTURA
5 A IMIGRAÇÃO
No final do século XIX, a crise econômica que assolava alguns países da
Europa trouxe para o Brasil milhões de imigrantes. Eles vinham com o sonho
de conseguir um bom emprego, cultivar o próprio pedaço de terra ou assegurar
um melhor futuro para os seus filhos. Em sua maioria eles vinham da Itália, da
Alemanha, de Portugal e da Espanha e em menor proporção dos países ibéricos
(que fazem fronteira com a Europa). Vinham para trabalhar nas plantações de
café, o principal produto de exportação da época. Acabaram ocupando o lugar
26
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
ATENCAO
FONTE: <http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/default.aspx?mn=
153&c=acervo&letra =A&cd=7>. Acesso em: 22 jul. 2010.
27
UNIDADE 1 | CULTURA
28
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
FIGURA 19 – “OPERÁRIOS” - 1933 (óleo/tela 150 X 205 cm, Assin.: “Tarsila 1933”. Col.
do Gov. do Estado de São Paulo)
6 INDUSTRIALIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO
Com a imigração, a base da economia do país passa a ser o produto
industrializado e as cidades passam de rurais a urbanas. Assim, as cidades
crescem rapidamente e aumenta a migração dentro do país em busca de melhores
empregos, principalmente dos habitantes da região Nordeste para o Sudeste e
dos que moravam em áreas rurais para as áreas urbanas.
29
UNIDADE 1 | CULTURA
Sendo assim, você deve ter percebido que a cultura de massa trouxe
grandes mudanças na cultura do nosso país e que esta possibilita que todos
tenham acesso às informações em menos tempo hábil e de forma homogênea
entre as camadas sociais. No entanto, temos que saber separar as informações
fornecidas, pois há muito “lixo cultural” e um excesso de informações inúteis. É
importante saber separar!
7 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste tópico, não focamos particulares ou regionalismos. Procuramos
tratar de maneira geral a formação da Cultura Popular Brasileira. É importante
ressaltarmos que o assunto não se esgota aqui, há muitas particularidades que
merecem ser discutidas, por isso, se quiser se aprofundar nesses assuntos,
sugerimos que você leia as obras nas quais nos fundamentamos.
Ainda neste tópico, você deve ter percebido que o Brasil foi sendo explorado
por “partes”, primeiramente sendo explorado seu litoral, posteriormente o
interior do Sudeste e do Nordeste e por último a região Norte e Sul. Devido a
essa formação, você deve ter percebido que as características físicas e culturais
das regiões brasileiras são distintas. Hoje, é claro que com a constante migração
e as facilidades de locomoção de uma região para outra, bem como as novas
tecnologias, essas diferenças tanto físicas como culturais têm-se minimizado.
30
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO BRASILEIRO
A maioria do povo brasileiro tem em sua raiz familiar uma grande mistura
étnica e cultural, mesmo assim, ainda presenciamos manifestações de preconceito
de uns para com os outros. Há também os que negam seu passado e o preconceito
muitas vezes não vem do outro, mas de si mesmo, ou seja, há um autopreconceito.
• Será que esses grupos culturais querem ser diferentes do homem contemporâneo
que vai ao supermercado, ao shopping e assiste à televisão?
Como finalização deste tópico, escolhemos uma música cuja letra traz um
pouquinho desse grande mosaico de culturas em que se formou um maravilhoso
país chamado BRASIL.
Lourinha Bombril
Häagen-dazs de mangaba
Chateau canela-preta
31
UNIDADE 1 | CULTURA
FONTE: Vianna, Herbert. Nove Luas. Carlos Savalla e Paralamas. Rio de Janeiro: EMI Music Ltda., 1996.
E
IMPORTANT
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
33
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/ei/aventuradeaprender/da-
tas/ indio.htm>. Acesso em: 9 ago. 2010.
34
FIGURA 21 – FAMÍLIA INDÍGENA NA CONTEMPORANEIDADE
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
EDUCAÇÃO E PLURALIDADE
CULTURAL
1 INTRODUÇÃO
Agora que já conhecemos os conceitos de cultura e estudamos sobre
a formação do povo brasileiro, verificaremos como a legislação educacional
brasileira tem tratado estes assuntos. Neste tópico, abordaremos as recentes
mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no que se refere ao
ensino de Artes e as diferentes culturas e o tema transversal Pluralidade Cultural,
presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
2 EDUCAÇÃO
Uma das funções da escola é sistematizar e disseminar conhecimentos
historicamente elaborados, permitindo ao educando apropriar-se dos bens
culturais produzidos pela sociedade. Nessa concepção, o processo educativo
pode ser compreendido como uma dinâmica de socialização da cultura (DIAS,
2010).
37
UNIDADE 1 | CULTURA
Artigo 26
38
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO E PLURALIDADE CULTURAL
Os temas transversais são assuntos do dia a dia que devem ser abordados
de forma transversal nas disciplinas escolares. Yus, (1998, p. 17) explica que os
“temas transversais são um conjunto de conteúdos educativos e eixos condutores
da atividade escolar que, não estando ligados a nenhuma matéria particular,
pode se considerar que são comuns a todas, de forma que, mais do que criar
novas disciplinas, acha-se conveniente que seu tratamento seja transversal num
currículo global da escola”.
39
UNIDADE 1 | CULTURA
Com relação à prática do professor, espera-se que este adote uma postura
não discriminatória ou preconceituosa e que valorize as diferentes formas de
expressão cultural, que incentive o convívio saudável e o respeito, e proporcione
o enriquecimento cultural dos alunos através do contato com outras culturas. É
importante que o professor busque se manter informado, atualizado e que sua prática
seja orientada por uma intencionalidade objetiva. Deve ainda adotar uma atitude de
mediação entre os saberes dos alunos e as produções artísticas de outros grupos.
40
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO E PLURALIDADE CULTURAL
com um ou mais grupos culturais e conhece mais sobre suas origens, ampliando
sua noção de identidade. A aula de Artes pode ser um espaço para se partilhar
experiências, valorizar as vivências dos alunos e reconhecer a legitimidade dos
conhecimentos vindos de práticas informais, valorizando estas práticas e permitindo
que estes conhecimentos sejam inseridos no rol de conteúdos do currículo escolar.
E
IMPORTANT
Existem diferentes conceitos para “estereótipo”. Neste texto, o termo foi usado
no sentido de atribuir, generalizadamente e de maneira infundada, certas características a
uma pessoa pelo fato dela pertencer a um determinado grupo social ou étnico.
41
UNIDADE 1 | CULTURA
DICAS
42
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO E PLURALIDADE CULTURAL
43
UNIDADE 1 | CULTURA
ATENCAO
No artigo Educação não tem cor você pode conferir sugestões de como
trabalhar a cultura africana em sala de aula. Disponível em: <www.revistaescolaabril.com.br/
politicas-publicas/legislação/educacaonaotemcor-425486.shtml>.
Para que um projeto cultural seja beneficiado por alguma dessas leis é
necessário que ele atenda aos parâmetros exigidos pelo órgão responsável pela
aplicação da lei. Os passos para se conseguir o benefício são os seguintes:
A Lei Federal nº 8.313/91, mais conhecida como Lei Rouanet, foi durante
muito tempo o principal mecanismo de captação de recursos para incentivo à
cultura no país. Essa lei instituiu o Programa Nacional de Apoio à Cultura
(PRONAC), através da qual pessoas físicas ou jurídicas podem doar recursos
para a promoção, proteção e difusão da produção artística brasileira. Reformas
nessa lei vêm sendo discutidas, e em fevereiro de 2010 foi instituído o Programa
Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – Procultura com o objetivo de
44
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO E PLURALIDADE CULTURAL
DICAS
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste tópico, vimos que a escola, além de desempenhar um importante
papel na difusão do conhecimento e da cultura, também tem como uma de suas
funções promover o desenvolvimento de atitudes éticas e de respeito mútuo
entre diferentes grupos sociais e suas respectivas formas de expressão artística. A
legislação a respeito já existe e parece buscar atender a algumas das necessidades
individuais e sociais presentes no mundo contemporâneo.
LEITURA COMPLEMENTAR
O ENSINO DA ARTE
Rosa Iavelberg
45
UNIDADE 1 | CULTURA
Cada imagem, cada gesto, cada som que emerge nas formas artísticas
criadas em sala de aula têm grande importância, uma vez que se referem ao
universo simbólico do aluno. Portanto, exigem a atuação precisa do professor,
o planejamento do tempo, a organização do espaço e a atenção aos processos de
comunicação, tanto entre professor e aluno como entre os colegas de classe.
46
TÓPICO 3 | EDUCAÇÃO E PLURALIDADE CULTURAL
Isso não significa que arte promova a autoestima num passe de mágica,
pela simples afirmativa de que tudo o que o aluno faz e pensa em arte é ótimo.
Cada um se sentirá confiante em relação a sua arte à medida que aprender
efetivamente, atendendo aos três eixos de aprendizagem significativa: fazer,
interpretar e refletir sobre arte, sabendo contextualizá-la como produção social
e histórica.
47
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
48
AUTOATIVIDADE
1 Leia a citação a seguir e escreva sobre qual deve ser a postura do professor
diante das diferentes culturas presentes na escola. “A educação é um dos
ambientes da cultura, um ambiente em que a sociedade reprocessa a si
mesma numa operação sem fim, recriando conhecimentos, tecnologias,
saberes e práticas. Independentemente da área em que nos formamos, nós
professores trabalhamos em territórios culturais” (MOLL, 2008, p. 31).
2 Após a leitura desta unidade, esperamos que você tenha ampliado sua
compreensão sobre os diferentes conceitos de cultura. Analise a figura
a seguir e escreva sobre como os meios de comunicação influenciam na
construção do gosto e do reconhecimento do que é o objeto artístico.
FONTE: <www.jornalacidade.com.br/charges/2009/10/22/cultura-que-vale.
html>. Acesso em: 26 jul. 2010.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
49
50
UNIDADE 2
ARTE POPULAR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conceituar folclore;
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
Assista ao vídeo
desta unidade.
51
52
UNIDADE 2
TÓPICO 1
FOLCLÓRICO E POPULAR
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 2, retomaremos algumas discussões já iniciadas
anteriormente e nos aprofundar em outras.
53
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
ATENCAO
54
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
FONTE: O autor
UNI
Tudo o que é folclórico é popular, mas nem tudo o que é popular é folclórico.
O termo folclore vem de folk que significa povo, família. Lore é instrução,
conhecimento, sabedoria, ou seja, folclore é “a sabedoria do povo”. Esse nome foi
criado por William John Thoms (1803-1885), inglês e arqueólogo, em um artigo
publicado na revista inglesa The Athenaeum, em 22 de agosto de 1846. Após a
publicação, o termo tornou-se universal e comum.
55
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
“O folclore não fica só com o povo simples, sem instrução: chega à sociedade,
às camadas eruditas, influi e incentiva as letras e as artes” (ORTENCIO, 2004).
3 MOSAICO
Agora, no restante deste tópico, apresentaremos alguns itens que compõem
a Cultura Popular. Você perceberá que alguns itens são apenas populares e não
folclóricos. Todavia, que comumente se confundem. Por exemplo, o futebol é o
esporte mais popular no Brasil, porém, não é folclórico, pois não se encaixa nas
características do fato folclórico como tradicionalidade, funcionalidade, aceitação
coletiva e dinamicidade.
56
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
DICAS
3.1 ESPORTE
Apesar de o futebol não ter sido criado no Brasil e ter origem inglesa,
foi trazido para cá por um jovem chamado Charles Miller que viajou para a
Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá, tomou contato com o futebol
e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e
um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como o precursor do
futebol no Brasil.
57
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta
uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças
e adultos possam se divertir.
FIGURA 29 – FUTEBOL, 1935, ÓLEO SOBRE TELA, 97CM X 130CM. AUTOR: PORTINARI
3.2 CULINÁRIA
58
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
A feijoada, prato mais popular do país, surgiu nas senzalas e era preparado
com partes do porco que eram desprezados pelos donos dos escravos, no entanto,
o prato hoje é consumido por todas as classes sociais e faz o maior sucesso com
os turistas estrangeiros.
59
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
• Região Sul
• Região Sudeste
• Região Centro-Oeste
• Região Nordeste
• Região Norte
60
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
3.3 BEBIDAS
Há muitas bebidas populares no Brasil. Primeiramente, elencamos aqui
as que são populares e consumidas em todo território nacional, posteriormente,
incluímos um subitem em que focaremos as bebidas populares regionais.
61
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
o produto com o nome de cachaça. Outros países também são detentores deste
registro como o México que detém os direitos do nome “Tequila” apenas para os
destilados de cactus, produzidos em seu país ou o Champagne que é o espumante
produzido na região de Champagne na França.
FIGURA 32 – CAIPIRINHA
FONTE: <http://claudia.abril.com.br/receitas/253879/index.shtml?
pagina4>. Acesso em: 28 jul. 2010.
FIGURA 33 – CAFÉ
62
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
63
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=uma-taca-de-
-vinho-por-dia-pode-melhorar-a-saude-do-figado&id=3292>. Acesso em: 28
jul. 2010.
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Queremos que você perceba que todos os itens mencionados são populares,
sendo que alguns ganharam mais popularidade por meio da divulgação da mídia,
da industrialização de produtos (como aconteceu com o guaraná que se tornou
um refrigerante popular), outros devido à migração (na culinária dos estados de
SP e RJ isso é muito forte), já outros apesar de terem origem específica como o
futebol se popularizam.
64
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
Cuca de Farofa
DICAS
FONTE: <http://comida.ig.com.br/comidas/cuca+fresca/n1237732719539.html>.
Acesso em: 15 ago. 2010.
65
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
LEITURA COMPLEMENTAR
O antropólogo Raul Lody anota que, como ocorre com as comidas típicas, as
bebidas regionais do Brasil são influenciadas pelo clima, a vegetação e os costumes
locais. E são várias. Lody classifica esses produtos por situações. “Existem as bebidas
de cotidiano (refrigerantes, refrescos e licores), as de festa (quentões, batidas), que
envolvem rituais culturais, e as de partilha”, explica. “O chimarrão é assim. As pessoas
se reúnem e todos partilham a mesma cuia”. Entre as artesanais, feitas em casa, o aluá
é um refresco à base de casca de abacaxi ou farelo de milho muito consumido no
norte e no nordeste do país.
Veja a seguir uma relação dos produtos regionais mais populares, seus
ingredientes, influências e histórias.
Aluá
Cajuína
66
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
Chibé
Chimarrão e Tereré
67
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
Extrato de Açaí
O açaí vem de uma palmeira muito comum no estado do Pará. Ela dá,
sobretudo durante a seca, coquinhos do tamanho de uma cereja. O fruto de cor
violeta-escura, quase negra, é escolhido e amassado para se tornar a bebida
mais tradicional da região: o extrato de açaí, uma verdadeira paixão belenense.
“É tomado com ou sem açúcar, com farinha d’água, farinha seca ou farinha
de tapioca. Na forma de sorvete ou em mingaus, como se fosse leite, um leite
vermelho misturado na papa de arroz, farinha de mandioca ou mandioca-puba”,
explica Guta Chaves.
Gengibirra
68
TÓPICO 1 | FOLCLÓRICO E POPULAR
Guaraná Jesus
Gomes queria produzir uma espécie de magnésia fluída, mas não deu
certo e ele resolveu fazer uma bebida para os netos a partir de 17 ingredientes
básicos, entre eles ervas e produtos que descobria em suas viagens pela Amazônia.
O gosto de canela adocicada e a cor diferente agradaram a molecada de toda a
vizinhança e, com o tempo, a bebida caiu no gosto popular.
A história do Guaraná Jesus confunde-se com a de seu criador. Tanto que
quando lhe foi exigido o registro formal do produto já conhecido informalmente
por “Guaraná de Jesus”, assim permaneceu. “O refrigerante, que tem a mesma
fórmula há 80 anos, foi comprado recentemente pela Coca Cola Brasil e talvez por
isso o nome tenha mudado para Cola-Guaraná Jesus”, explica a pesquisadora.
69
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O termo folclore vem de Folk que significa povo, família. Lore é instrução,
conhecimento, sabedoria, ou seja, folclore é “a sabedoria do povo”.
70
AUTOATIVIDADE
Horizontal
Vertical
71
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
MÚSICA POPULAR
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, conheceremos as origens da música popular brasileira e
alguns dos principais movimentos de sua trajetória histórica. Seria impossível
apresentar todos os gêneros musicais que fazem parte da cultura musical do país,
então foram selecionados alguns elementos que permitem uma visualização geral
de sua diversidade e que retratam momentos importantes da história do país.
2 DEFINIÇÕES
A música é uma manifestação cultural tão antiga quanto o homem. Ela
desempenhou diferentes funções no decorrer da história e chega aos nossos dias
com uma enorme gama de estilos e possibilidades sonoras.
73
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
UNI
Alguns autores usam a sigla MPB (Música Popular Brasileira) como uma
espécie de rótulo para designar um conjunto de modalidades musicais que não
é rigidamente definido e que não abarca a totalidade das músicas regionais.
Segundo Krausche (1983, p. 9), fica a impressão “que a MPB é fundamentalmente
o que se cantou em grandes estádios de futebol, sob o título ‘Canta Brasil’, no
ano de 1982: Chico Buarque, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Simone, João
Bosco, Pepeu Gomes, Clara Nunes, Baby Consuelo, Moraes Moreira e outros”.
Em nossos estudos, consideraremos como música popular aquela feita pelo
povo e também aceita pelo povo, considerando as produções musicais que são
originadas essencialmente na vivência dos grupos culturais e a música produzida
e veiculada comercialmente, e que acaba tendo grande aceitação pública.
74
TÓPICO 2 | MÚSICA POPULAR
3.1 ORIGENS
Quando os portugueses chegaram ao Brasil se depararam com a cultura
musical indígena aqui presente. Os índios expressavam-se musicalmente através
de cantos e danças, utilizando flautas, apitos, chocalhos, bater das mãos e dos pés.
FONTE: <www.riobranco.org.br/arquivos/sites_2009/1c/Site_Marco/Isa/artein-
digena.html>. Acesso em: 1º ago. 2010.
75
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <www.divirta.se.gov.br/noticias/chorinho?nome=&remetente=&men-
sagem=>. Acesso em: 10 ago. 2010.
76
TÓPICO 2 | MÚSICA POPULAR
FONTE: <www.senado.gov.br/sf/senado/portaldoservidor/jornal/jornal106/
Espaco_cultural/cultura_ chiquinhagonzaga.aspx>. Acesso em: 17 ago. 2010.
77
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <www.fashionbubbles.com/historia-da-moda/identidade-
-brasileira-na-moda-anos-4>. Acesso em: 8 ago. 2010.
FONTE: <www.osortido.blogspot.com/2009_12_01_archive.html>.
Acesso em: 5 ago. 2010.
78
TÓPICO 2 | MÚSICA POPULAR
FONTE: <www.cinema.uol.br/ultnot/reuters/2010/07/29/uma-noite-em-67-revive-final-de-festi-
val-de-musica.jhtm>. Acesso: 8 ago. 2010.
DICAS
Conheça mais sobre a era dos festivais através do filme Uma Noite em 67
(VídeoFilmes, 2010). Além de imagens dos festivais o documentário apresenta entrevistas
atuais com artistas que participaram daquele momento.
80
TÓPICO 2 | MÚSICA POPULAR
FONTE: <http://capitalsucessos.blogspot.com/2009/09/jovem-guarda.html>.
Acesso em: 8 ago. 2010.
81
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <www.blogs.estadao.com.br/luiz-zanin-/morreu-rogerio-duprat/>.
Acesso em: 9 ago. 2010.
FIGURA 49 – RITA LEE FOI UMA DAS INTEGRANTES DE “OS MUTANTES”, GRU-
PO MARCADO PELA IRREVERÊNCIA E CRIATIVIDADE NA FASE TROPICALISTA
FONTE: <www.pierdeipanema.com.br/galeria/tunel-do-tempo?page=1>.
Acesso em: 9 ago. 2010.
82
TÓPICO 2 | MÚSICA POPULAR
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Muita coisa mudou na música do Brasil desde 1500. Mudaram as músicas,
os instrumentos e alguns dos objetivos pelos quais se faz e se ouve música.
Algumas músicas podem ter funções específicas, como em cerimônias religiosas
e momentos cívicos, outras têm função de entretenimento e há aquelas que
encontramos como pano de fundo para as atividades diárias e que muitas vezes
passam despercebidas.
83
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
84
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A música popular é aquela feita pelo povo e também aceita pelo povo,
considerando as produções musicais que são essencialmente originadas na
vivência dos grupos culturais e a música produzida e veiculada comercialmente,
que acaba tendo grande aceitação pública.
85
AUTOATIVIDADE
1 Você já ouviu a música Garota de Ipanema? e Asa Branca? Por que será que
algumas músicas se tornam “clássicos” e outras são facilmente esquecidas?
Leia a seguir alguns trechos da música “A melhor banda de todos os tempos
da última semana” (TITÃS, 2001), relacione com o conteúdo estudado
e escreva sobre os possíveis motivos que levaram, nos últimos anos, a
um aumento significativo de músicas que fazem sucesso momentâneo e
passageiro.
Um idiota em inglês,
Se é um idiota, é bem menos que nós
Um idiota em inglês
É bem melhor do que eu e vocês
86
2 A figura a seguir é uma charge sobre músicos populares, de 1946. Como
seriam representados os músicos populares da atualidade? Você pode criar
um desenho ou fazer uma descrição escrita.
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
87
88
UNIDADE 2 TÓPICO 3
ARTE E ARTESANATO
1 INTRODUÇÃO
Este tópico abordará as artes na Cultura Popular, tendo por foco as
artes plásticas. Vamos diferenciar arte de artesanato, já que artesanato é um dos
itens que compõem a Cultura Popular. Em seguida, traremos alguns exemplos
de artesanato, entre os quais focaremos: a cerâmica utilitária e a figurativa, os
trançados, as rendas e bordados, a pintura primitiva, entalhes, gravuras e por
fim, abordaremos a relação entre a Arte Popular e a Erudita.
NOTA
O termo Artes Visuais é utilizado quando nos referimos às artes plásticas mais
as novas tecnologias (inserção da fotografia, da performance, videoarte etc.).
89
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
2 ARTE X ARTESANATO
90
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
FONTE: As autoras
91
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
92
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
Para que você tenha uma melhor clareza dessa diferença e não confunda
peças de Arte (Cultura Erudita), de Artesanato (Cultura Popular) e peças
industriais (Cultura de Massa), elaboramos o seguinte quadro comparativo entre:
93
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
Por trabalhar por conta própria e não ter um patrão, o artesão, se assim
optar, pode contribuir como autônomo para o INSS – Instituto Nacional do
Seguro Social, e terá direito aos benefícios oferecidos pela instituição.
94
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
3 CERÂMICA
95
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <http://www.ceramicanorio.com/artepopular/paneleirasgoiabeiras/pane-
leiras.htm>. Acesso em: 30 jul. 2010.
DICAS
96
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
UNI
97
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
E
IMPORTANT
Na figura anterior, você viu que a queima da cerâmica é realizada a céu aberto,
prática indígena bastante primitiva, em fogueiras com as peças empilhadas umas sobre as
outras. A combustão é feita com gravetos, lenha e bambu.
NOTA
99
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <http://www.cnfcp.gov.br/pdf/CatalogoSAP/CNFCP_sap159.pdf>.
Acesso em: 6 ago. 2010.
E
IMPORTANT
Mais detalhes sobre cerâmica popular ou folclórica você pode encontrar nos
Livros de Gêneros e Técnicas de Escultura, Modelagem e Cerâmica.
4 TRANÇADOS
Os indígenas já trançavam as fibras antes mesmo da chegada dos europeus.
Os materiais podem ser os mais variados, sendo mais popular realizá-los a partir
de fibras. As fibras mais usadas são juta, taboa, cipó, bambu e folhas de palmeira.
Entre os objetos que podem ser obtidos a partir deste trançado estão as cestas, as
redes, balaios, chapéus, peneiras, assentos de cadeira, esteiras e outros.
FONTE: <http://www.cnfcp.gov.br/pdf/CatalogoSAP/CNFCP_sap157.pdf>.
Acesso em: 5 ago. 2010.
FONTE: <http://www.turismo.al.gov.br/sala-de-imprensa/galeria-de-imagens>.
Acesso em: 31 jul. 2010.
5 RENDAS E BORDADOS
As rendas e bordados estão presentes em roupas, lenços, toalhas e outros
artigos, tendo um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul.
As técnicas mais usadas são as rendas de bilros, o filé e os bordados de crivo. A
matéria-prima é a linha de algodão que é sempre branca; outra cor somente por
encomenda. Diz-se popularmente que onde se faz renda, faz-se rede e há pesca;
na maioria dos casos esta frase é condizente, pois, as rendas têm uma maior
presença no litoral e na beira de rios e lagos.
102
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
6 PINTURA PRIMITIVA
São realizadas por pessoas da comunidade que pintam pelo simples gosto
de pintar, são autoditadas ou seja, não têm formação acadêmica e aprendem
sozinhas.
103
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
FONTE: <http://www.cnfcp.gov.br/pdf/CatalogoSAP/CNFCP_sap160.pdf>.
Acesso em: 17 ago. 2010.
7 ENTALHE
O entalhe demanda tempo e paciência, pois trabalha com a retirada ou
corte de materiais até obter a forma desejada. Os pedaços retirados em excesso
ou a quebra do material faz com que o artesão tenha que adaptar ou até mesmo
mudar sua ideia inicial. Os materiais mais usados no entalhe são: a madeira e a
pedra.
104
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
FONTE: <http://www.cnfcp.gov.br/pdf/CatalogoSAP/CNFCP_sap157.
pdf>. Acesso em: 5 ago. 2010.
UNI
105
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
E
IMPORTANT
8 GRAVURAS
Junto à literatura, floresceu a xilogravura (gravura realizada na madeira)
para a ilustração dos livretos de cordel.
J. Borges era cordelista, mas o que fez sucesso em seus livretos não foram
os versos, mas as ilustrações das capas, o que o deixou conhecido como uma das
maiores expressões da gravura popular.
FONTE: <http://www.pr.gov.br/mon/exposicoes/j_borges_fotos.html>.
Acesso em: 4 ago. 2010.
106
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
Durante todo o tópico, você deve ter percebido que citamos artesãos
que se destacaram com as peças de artesanato que produziam e que hoje são
chamados de artistas e suas peças integram museus. Há até mesmo espaços que
se dedicam somente a isso. Havendo oportunidade, não deixe de visitar o Centro
Nacional de Folclore, localizado no Rio de Janeiro que dispõe de vários espaços
como o Museu de Folclore Edison Carneiro, a Sala do Artista Popular e a Galeria
do Mestre Vitalino.
DICAS
10 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nossa intenção não é elevar a arte ou artesanato e colocar assim um deles em
detrimento do outro, mas mostrar que ambos merecem respeito e que mutuamente
se comunicam/dialogam.
107
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
LEITURA COMPLEMENTAR
Ricardo Lima
[...]
E aí é que eu acho que reside o grande desafio desse programa: lidar com
o artesanato tradicional, valorizando o produto e seu produtor, promovendo a
transformação que viabilize melhores produtos e melhores condições de vida
para o artesão, sem contribuir para seu fracasso e consequente desagregação.
E é acerca desse tipo de objeto que orientei minha fala. Quero destacar
aqui alguns pontos. O primeiro é que:
[...]
109
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
O Pará tem uma grande tradição na feitura desse tipo de cuia, muito
utilizada para se tomar tacacá e mingaus em geral, beber água, banhar no rio e
em mil outras utilidades na casa, especialmente em Belém, onde o produto era
retrabalhado e revendido, então, por preços majorados.
Toda essa questão foi analisada com as artesãs, discutindo-se com elas a
necessidade de retomarem o controle de todo o processo, do plantio da cuieira
à coleta da cuia, do tingimento com cumatê ao rascunho dos desenhos, enfim, o
domínio pleno do processo de produção até a comercialização das cuias. E parte
do plano traçado referia-se à recuperação dos padrões ornamentais abandonados
ao longo do tempo. Era importante que elas voltassem a criar seus próprios
rascunhos, pois eles tanto eram o elemento definidor da identidade social daquelas
comunidades e impulsionador da autoestima das mulheres quanto agregavam
valor ao produto que eles faziam. E elas aceitaram o desafio.
[...]
Esta é uma grande questão para todos nós que resolvemos enfrentar
o desafio de equacionar o binômio artesanato e mercado. Lidando com a
comercialização, o mercado acaba por exigir uma continuidade de produção que
o artesanato muitas vezes não atende. [...]
110
TÓPICO 3 | ARTE E ARTESANATO
toque de caixa uma exposição no Rio de Janeiro de modo que, com a venda da
produção, as consequências do flagelo pudessem ser minimizadas; conseguimos
levar todo o material e também quatro artesãs para a inauguração da mostra.
[...]
E de novo o Pará nos oferece a matéria para pensar essa questão. Aqui
em minha maleta estão os brinquedos de Abaetetuba, mais conhecidos como
brinquedos do Círio de Nazaré, de Belém. Dentre eles, um dos mais conhecidos é
a cobrinha de miriti. A cobrinha apareceu uma vez numa novela de televisão. Um
dos atores era paraense e, numa ida a Belém, por ocasião do Círio, comprou uma
dessas cobrinhas. Retornando ao Rio, sugeriu ao diretor que, para compor melhor
seu personagem, um tipo infantilizado que morava num ferro-velho, ele brincasse
com a cobra. E durante vários capítulos ele apareceu brincando com a cobrinha.
111
UNIDADE 2 | ARTE POPULAR
Foi o suficiente para causar frisson no Brasil e todos queriam saber que cobrinha
era aquela, de que era feita, de onde vinha. Logo descobriram Abaetetuba e o
comércio queria encomendar milhares de cobras dos artesãos, que não tinham
condição alguma de produzir objetos naquelas proporções. Então foi acionada
uma indústria de São Paulo que, usando a cobrinha artesanal como protótipo,
criou uma cobrinha de plástico que hoje é vendida aos milhares pelas ruas de
Belém, por ocasião dos festejos do Círio, ao preço de R$ 1,00, concorrendo com a
cobrinha artesanal de miriti que custa R$ 4,00. E nunca se pagou um centavo de
direitos de autor. É bem verdade que esse tipo de direito não está regulamentado.
No Brasil, até hoje, há discussões para se criar uma legislação que proteja os
direitos coletivos, difusos, defendendo as comunidades e seus patrimônios
imateriais.
112
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Artesanato é tudo o que é feito à mão, sem passar pela máquina. Passou pela
máquina já não é mais artesanato, mas industrialização.
113
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://www.masp.art.br/exposicoes/2005/aldemirmartinsretrospectiva/>.
Acesso em: 16 ago. 2010.
114
b) Gustavo Nogueira está feliz. Foram anos de tentativas após se formar
na Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro e passar por
um estágio em Milão, onde exercitou o olhar, estudou formas e estéticas
diversas. Agora, acaba de receber uma encomenda que pode mudar sua
vida. Finalmente, as joias que desenha e executa, uma a uma, chamaram
atenção de uma grande rede de joalherias que as quer nas vitrines de suas
lojas, espalhadas por importantes shoppings da cidade do Rio de Janeiro,
onde reside.
UNI
http://www.cnfcp.gov.br/pdf/Artesanato/Artesanato_e_Arte_Pop/CNFCP_Artesanato_
Arte_Popular_Gomes_Lima.pdf.
115
116
UNIDADE 3
FOLCLORE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
Assista ao vídeo
desta unidade.
117
118
UNIDADE 3
TÓPICO 1
ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E
LITERATURA POPULAR
1 INTRODUÇÃO
Chegamos à última unidade do livro didático!
2 ARQUITETURA
A arquitetura popular, também chamada por algumas pessoas de
casa folclórica, é aquela em que as casas são construídas sem o projeto de um
engenheiro ou arquiteto. As construções variam desde casas para moradia,
até pequenas construções ao lado delas para guardar ferramentas ou animais.
Normalmente, há um “prático”, homem que conhece as técnicas e auxilia na
construção. Todavia, fique atento, pois qualquer construção sem autorização de
órgãos competentes pode lhe acarretar grandes prejuízos, tanto financeiros como
na segurança de seus familiares.
119
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FONTE: <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2004-1/arq_terra/pauapi-
que.htm>. Acesso em: 31 jul. 2010.
120
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
FONTE: <http://oglobo.globo.com/economia/morarbem/fotogaleria/2010>.
Acesso em: 28 jul. 2010.
FONTE: <http://oglobo.globo.com/economia/morarbem/fotogaleria/2010>.
Acesso em: 28 jul. 2010.
FONTE: As autoras
121
UNIDADE 3 | FOLCLORE
3 RELIGIOSIDADE
O Brasil é um país que apresenta as mais diversas religiões, no entanto,
o catolicismo continua a ter predominância. Percebe-se que a cada ano tem
aumentado o número de fiéis que migram para religiões derivadas do cristianismo.
Essa predominância religiosa deve-se principalmente à herança da colonização
europeia, conforme já explanamos na Unidade 1.
122
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
vezes que jogaram a rede, pescaram a imagem da santa que representa Maria,
mãe de Jesus, e nas tentativas posteriores os peixes eram obtidos com abundância.
A imagem passou a ser venerada e sua fama se espalhou, tendo o Papa Pio XI
declarado a Santa como a Padroeira do Brasil. Hoje, o Santuário de Nossa Senhora
Aparecida é um dos principais destinos do turismo religioso no Brasil, recebendo
milhares de fiéis todos os dias. O feriado nacional do dia 12 de outubro, como
mencionamos anteriormente, também é dedicado a esta santa.
FIGURA 76 – PROCISSÃO, TARSILA DO AMARAL, 1941, ÓLEO SOBRE TELA, 50 X 61 CM, AS-
SOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA
FONTE: SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Religiões e crenças. São Paulo: Moderna, 2001. 31p., il.
123
UNIDADE 3 | FOLCLORE
124
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
FONTE: <http://www.spagnollo.arq.br/fotos/v/urbanas/saocristovao/100_1119.jpg.
html>. Acesso em: 30 jul. 2010.
125
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FIGURA 79 – TRÊS ORIXÁS. DJANIRA, 1966, ÓLEO SOBRE TELA, 129 X 193,5 CM, PINACOTE-
CA DO ESTADO DE SÃO PAULO
FONTE: SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Religiões e Crenças. São Paulo: Moderna, 2001. 31p, il.
126
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
FONTE: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/782012-obra-de-portinari-e-devolvida-a-
-museu-em-pernambuco.shtml>. Acesso em: 22 ago. 2010.
4 CRENDICES E SUPERSTIÇÕES
Há diferenças entre crendice e superstição, fique atento!
127
UNIDADE 3 | FOLCLORE
4.1 AMULETOS
São objetos no qual se acredita que trazem sorte e afastam o mal. Cada
amuleto tem um poder específico como atrair dinheiro, amor etc. No Brasil, os
amuletos mais conhecidos são o trevo de quatro folhas, escapulário, cruz, pata de
coelho, santinhos, ferradura, figa, fitinhas de santos, entre muitos outros.
4.2 SIMPATIA
“Simpatia é a palavra grega que significa sofrimento, paixão”
(ORTENCIO, 2004, p. 146). Segundo o autor, a simpatia tem duas conotações:
influência afetiva que algumas pessoas exercem sobre outras; e ritual místico que
é posto em prática, muitas vezes absurdo, como conseguir a atração de alguém, a
cura de algum mal ou doença.
128
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
As simpatias mais comuns são as do ano novo que têm o intuito de trazer
paz, prosperidade ou amor. Entre as mais comuns estão: comer lentilha no jantar
antes da virada do ano, comer três uvas e guardar as sementes durante um ano
na carteira, jogar uma moeda ao mar, vestir-se com alguma peça de roupa na cor
amarela para prosperidade, se desejar paz na cor branca e se desejar amor na cor
rosa etc.
5 MEDICINA POPULAR
As benzedeiras, também conhecidas como rezadeiras ou curandeiras são
na maioria mulheres que conhecem vários tipos de oração e ritos para a cura
dos males físicos e espirituais das pessoas e dos animais. Elas geralmente são
associadas à religião católica, no entanto, há umbandistas e evangélicas. Apesar
da igreja não as reconhecer como parte integrante de seus ritos, elas integram o
catolicismo popular.
129
UNIDADE 3 | FOLCLORE
• Infusão: as ervas são socadas e em seguida postas num recipiente com água
fervente. Ex.: Hortelã usado como digestivo e calmante.
• Decocção: é indicado para sementes, cascos de árvores e frutas mais duras,
como maçãs. Em uma panela contendo água, coloca-se as partes da planta e
leva-se ao fogo para ferver. Exemplo: camomila usada para cólica de bebês,
digestiva, calmante para cólicas menstruais e para enxaguar os cabelos claros.
• Cataplasma: ralar a planta ou raiz e acrescentar farinha de mandioca, fazendo
uma papa. Colocar sobre um pano limpo e cobrir a área machucada. Exemplo:
babosa para aliviar o inchaço de contusões.
130
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
• Maceração: colocar as ervas, frutas ou raízes em molho, podendo ser água fria,
cachaça, álcool, óleo ou vinagre. Exemplo: alecrim aromatiza vinagres e óleos
usados na culinária.
• Xarope: ferver água com açúcar e juntar uma medida do suco da planta ou da
fruta (sendo uma de suco para cada cinco de água com açúcar) e continuar
fervendo. Exemplo: xarope de guaco combate a tosse.
• Suco: esmagar ou bater no liquidificador com água. Exemplo: suco de capim-
limão é usado como calmante e digestivo.
FONTE: <http://www.plantasonya.com.br/hortas-e-medicinais/dicas-para-o-cultivo-de-ervas-medici-
nais-4.html> e <http://www.umbandaquerida.com.br/links/ervas.htm>. Acesso em: 31 ago. 2010.
6 LITERATURA POPULAR
A literatura popular pode ser oral como os mitos, lendas, provérbios,
parlendas, trava-línguas e adivinhas ou também pode ser escrita como a literatura
de cordel, os dísticos de caminhão e o pão por deus.
131
UNIDADE 3 | FOLCLORE
ATENCAO
132
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
133
UNIDADE 3 | FOLCLORE
134
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
DICAS
6.4 PARLENDAS
As parlendas eram ditas pelos pais e repetidas pelos filhos como forma
de testar ou continuar as frases. Como são fáceis de decorar, elas são populares
entre as crianças.
• Hoje é domingo
Pé de cachimbo
Cachimbo é de barro
Bate no jarro
O jarro é de ouro
Bate no touro
O touro é valente
Chifra a gente
A gente é fraco
Cai no buraco
Buraco é fundo
Acabou o mundo
• Dedo minguinho
Seu vizinho
Pai de todos
Fura bolo
Mata Piolho
• Eu sou pequena,
Da perna grossa,
Vestido curto,
Papai não gosta.
135
UNIDADE 3 | FOLCLORE
6.5 TRAVA-LÍNGUAS
O trava-línguas, como o próprio nome diz, tem o objetivo de fazer com
que a pessoa fale corretamente a frase. As frases geralmente têm muitas sílabas
parecidas e que devem ser ditas rapidamente.
Agora, chegou a vez de desafiar de você! Tente falar as frases a seguir sem
enrolar a língua.
• Atrás da pia tem um prato, um pinto e um gato. Pinga a pia, para o prato, pia
o pinto e mia o gato.
• O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu
pro tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
• O rato roeu a roupa do rei de Roma.
• O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.
• Sabia que a mãe do sabiá não sabia que o sabiá sabia assobiar?
• Um tigre, dois tigres, três tigres.
6.6 ADIVINHAS
São perguntas em que quem pergunta já sabe a resposta e espera que o
outro adivinhe. Geralmente, as perguntas são pegadinhas, pois a resposta, por
vezes, está na pergunta. É considerada também uma brincadeira entre as crianças.
136
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
d) O que é o que é que está sempre no meio da rua e de pernas para o ar?
e) O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar?
f) Qual é a carta que não leva recado?
Respostas:
a) Sombra.
b) Segredo.
c) A rua.
d) A letra u.
e) O relógio.
f) A carta de baralho.
6.7 CORDEL
Nas feiras do nordeste, é comum encontrarmos bancas no qual há livretos
à venda. Esses folhetos tratam dos mais variados assuntos: política, lendas,
poesias, histórias envolvendo famosos, santos, heróis e até alertando sobre
direitos e deveres.
137
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FONTE: As autoras
138
TÓPICO 1 | ARQUITETURA, RELIGIOSIDADE E LITERATURA POPULAR
O pão por deus foi trazido pelos portugueses e sua utilização era
mais comum no litoral brasileiro. Atualmente, é raro quem ainda o utilize e
consequentemente é uma parte do folclore que tende a desaparecer. Os recados
ou versinhos escritos seguem a ordem de quadra e a rima se apresenta na segunda
e na quarta linha do verso.
FONTE: <http://dicionariodailha.blogspot.com/2009_08_01_archive.
html>. Acesso em: 5 set. 2010.
DICAS
139
RESUMO DO TÓPICO 1
• Quando se trata de doenças o povo costuma recorrer aos benefícios das ervas,
das benzedeiras e das simpatias.
• Os dísticos também são ditados, porém são expostos nas traseiras dos
caminhões e possuem um caráter humorístico ou satirizam os provérbios que
trazem algum ensinamento.
140
• Parlendas são frases fáceis de decorar e que são ditas pelas crianças durante as
brincadeiras.
• O trava-língua são frases com palavras sonoras parecidas e que devem ser
repetidas rapidamente sem errar.
• Pão por deus são bilhetes escritos em papel recortado ou decorado e no quais
se escrevem uma quadra fazendo elogios ou pedidos.
141
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://ziraldo.blogtv.uol.com.br/2010/01/05/tiras-do-ziraldo-150--menino-maluquinho-
-e-as-ervas-medicinais-da-carolina>. Acesso em: 31 ago. 2010.
a) “Uni, duni, tê, Salamê, minguê. O sorvete é colorê, O escolhido foi você!”
b) “A fiadeira fia a farda do filho do feitor Felício.”
c) “Cuide bem do seu filho, antes que um traficante o adote.”
d) “As melhores essências estão nos menores frascos.”
e) “Cabeça vazia é oficina do diabo.”
Adivinhas
Artesanato
Brincadeiras
Brinquedos
Cantigas de Roda
Crendices
Culinária
Assista ao vídeo de
resolução da questão 3
142
Festas
Músicas
Parlendas
Provérbios
Simpatias
Superstições
143
144
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, abordaremos festas populares, música folclórica,
instrumentos musicais e brinquedos folclóricos. Na Unidade 2, vimos que cultura
popular é aquela que pertence ao povo, sendo produzida e/ou aceita por uma
grande parte da população. Assim, as festas e manifestações folclóricas são
elementos que representam os costumes e tradições de determinadas populações.
Esperamos que a leitura deste tópico desperte seu interesse em conhecer mais
sobre as origens das manifestações populares da sua região.
2 FESTAS POPULARES
A festa popular é um momento onde se compartilham tradições, podendo
ser considerada uma espécie de ritual onde são revelados valores, onde o homem
tem oportunidade de expressar aquilo que o toca mais intensamente (PESSOA,
2007).
145
UNIDADE 3 | FOLCLORE
2.1 CARNAVAL
O carnaval não tem uma data fixa, pois se trata de uma festa móvel cuja
data todo ano é fixada no sétimo domingo que antecede a Páscoa. O cálculo foi
determinado pela Igreja Católica. A ideia do carnaval é brincar e festejar antes da
chegada da quaresma, pois ela que antecede a Páscoa, é considerado um período
de resguardo e respeito, sendo que os cristãos mais fervorosos chegam a cumprir
um ritual que inclui o jejum.
FONTE: <http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=19217&mdl=155>.
Acesso em: 24 abr. 2010.
146
TÓPICO 2 | FESTAS POPULARES E MÚSICA FOLCLÓRICA
147
UNIDADE 3 | FOLCLORE
148
TÓPICO 2 | FESTAS POPULARES E MÚSICA FOLCLÓRICA
3 MÚSICA FOLCLÓRICA
A música é um elemento que está presente na maior parte das festas
populares. Agora vamos conhecer um pouco mais sobre algumas das formas
pelas quais a música folclórica aparece na cultura popular brasileira.
149
UNIDADE 3 | FOLCLORE
ATENCAO
150
TÓPICO 2 | FESTAS POPULARES E MÚSICA FOLCLÓRICA
ATENCAO
151
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FIGURA 96 – FREVO, DE HEITOR DOS PRAZERES. SEM DATA, ÓLEO SOBRE TELA
152
TÓPICO 2 | FESTAS POPULARES E MÚSICA FOLCLÓRICA
FIGURA 97 – BUMBA MEU BOI, DE CANDIDO PORTINARI, 1959. ÓLEO SOBRE MADEIRA
FONTE: <http://www.portinari.org.br/ppsite/homepage/100_anos/material/
obras_09.htm>. Acesso em: 7 set. 2010.
4 INSTRUMENTOS MUSICAIS
Os instrumentos musicais folclóricos são assim denominados porque
se originam de um artesanato folclórico (LIMA, 2003). Considerando-se suas
origens, poderíamos citar como de origem africana: tambores, agogô, cuíca,
afoxé, berimbau, entre outros.
153
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FONTE: <http://www.expomar-rio.com.br/2ApresentacaodeFestival13.
htm>. Acesso em: 7 set. 2010.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste tópico, vimos que as manifestações folclóricas são estruturas
dinâmicas que se transformam com o passar do tempo. Na escola, muitas vezes,
essas manifestações são tratadas como algo do passado, distantes da realidade e
até ultrapassadas. O folclore está presente em nosso dia a dia, em nossos hábitos,
154
TÓPICO 2 | FESTAS POPULARES E MÚSICA FOLCLÓRICA
Outro aspecto que não pode ser esquecido é a questão do estereótipo. Será
que o caipira de roupas remendadas retrata mesmo as festas do interior? E os
índios, que são sempre mostrados da mesma forma, como se as nações indígenas
fossem todas iguais, usassem os mesmos tipos de pintura corporal, adereços e
tivessem os mesmos costumes, será que todas as tribos são iguais?
LEITURA COMPLEMENTAR
[...] Toda vez que vemos uma Congada, uma Folia de Reis ou do
Divino, um grupo de dançadores de Jongo se apresentando, vemos sempre à
155
UNIDADE 3 | FOLCLORE
Ocorre que a festa não é feita só de pétalas de rosas. Já que ela é uma
representação da vida em sociedade, entre seus componentes imprescindíveis
está a conflitividade, diz ainda Ribeiro Júnior (p. 45-48). A luta pelo exercício
do poder perpassa todas as instituições da sociedade e não seria diferente com
a festa. Também não podemos pensar uma festa de 30 anos atrás sendo repetida
hoje da mesma maneira. A história muda, as pessoas incorporam novas visões de
156
TÓPICO 2 | FESTAS POPULARES E MÚSICA FOLCLÓRICA
157
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FONTE: PESSOA, Jadir de Morais. Aprender e ensinar nas festas populares. In: Aprender e ensinar
nas festas populares. Salto para o futuro. Boletim 02, MEC, 2007. Disponível em: <www.tvbrasil.
org.br/fotos/salto/series/165621Aprender.pdf>. Acesso: 1 set. 2010.
158
RESUMO DO TÓPICO 2
• O carnaval no Brasil teve início no século XIX. Primeiro como uma festa da
corte, mas que depois se estendeu a toda população.
159
AUTOATIVIDADE
Assista ao vídeo de
resolução da questão 1
160
UNIDADE 3
TÓPICO 3
PRESERVAÇÃO, TURISMO E
PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
Após apresentarmos o que é a Cultura Popular, como se deu sua formação
no Brasil e suas manifestações em várias áreas (literatura, religiosidade, festas,
arquitetura, música etc.)? Chegou a hora de verificar o que se tem feito para
preservar estas manifestações culturais e que relação há entre Cultura e Turismo
e a importância da pesquisa folclórica como forma de registro para as futuras
gerações e para a história do país.
161
UNIDADE 3 | FOLCLORE
162
TÓPICO 3 | PRESERVAÇÃO, TURISMO E PESQUISA
FONTE: As autoras
163
UNIDADE 3 | FOLCLORE
DICAS
O título dado pela UNESCO confere aos locais mais status e dá mais
visibilidade para a arrecadação de recursos e para o turismo. Todavia, o título
não é permanente, pois, caso a área sofra modificações, corre o risco de sair da
lista.
164
TÓPICO 3 | PRESERVAÇÃO, TURISMO E PESQUISA
• Costa do Descobrimento.
• Reserva Mata Atlântica.
• Reservas do Cerrado.
• Centro Histórico da cidade de Goiás.
• Ilhas Atlânticas: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas/RN.
• Praça São Francisco em São Cristóvão.
FONTE: As autoras
A maioria das pessoas adora passear por isso e é isso que move o turismo.
É a cultura que move o turismo e o turismo move a economia, gerando emprego.
165
UNIDADE 3 | FOLCLORE
5 PESQUISA
Você deve ter percebido o quanto o folclore é amplo, por isso, ainda há
muito a se pesquisar e registrar sobre o folclore brasileiro.
166
TÓPICO 3 | PRESERVAÇÃO, TURISMO E PESQUISA
167
UNIDADE 3 | FOLCLORE
LEITURA COMPLEMENTAR
168
TÓPICO 3 | PRESERVAÇÃO, TURISMO E PESQUISA
FONTE: LIMA, Rossini T. de. A ciência do folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 19-21.
169
RESUMO DO TÓPICO 3
• Apenas os bens materiais podem ser tombados, os bens imateriais apenas são
registrados.
• Os bens imateriais são registrados nos Livros dos Saberes, das Celebrações,
das Formas de Expressão e dos Lugares.
170
AUTOATIVIDADE
1 Você entrará no site do IPHAN que mencionamos neste tópico e fará uma
pesquisa, a fim de descobrir se em seu estado há algum patrimônio material
ou imaterial.
171
172
UNIDADE 3
TÓPICO 4
SALA DE AULA
1 INTRODUÇÃO
Neste último tópico, optamos por trazer algumas sugestões que podem
servir de ponto de partida para explorar a Cultura Popular Brasileira em sua
prática pedagógica. Não se trata de receitas ou planos que devam ser seguidos
à risca. Você deve adequar cada atividade ao contexto cultural da turma, à
faixa etária, à quantidade de alunos e aos materiais disponíveis para sua efetiva
execução.
2 PESQUISANDO NA COMUNIDADE
Realize uma pesquisa na comunidade com os estudantes para descobrir
quais as atividades artesanais desenvolvidas na comunidade. Para auxiliar os
estudantes na pesquisa, elabore um quadro para o levantamento dos dados.
FONTE: As autoras
173
UNIDADE 3 | FOLCLORE
O importante é que a turma perceba que o folclore faz parte do seu dia a
dia e o quanto esse conhecimento perpassado por gerações é importante!
174
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
175
UNIDADE 3 | FOLCLORE
Sugerimos que esse portfólio seja realizado com alunos maiores, pois
estes terão mais maturidade e também vivências sobre os fatos folclóricos, o que
acarretará um trabalho mais rico e reflexivo. Estimule para que o portfólio tenha
continuidade mesmo depois de encerrado o estudo do tema.
Ah! Uma olhada no seu álbum fotográfico poderá trazer muitas surpresas
e enriquecer sua autobiografia.
FONTE: As autoras
176
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
FONTE: As autoras
DICAS
Registre!
Adquira o hábito de registrar as atividades que você desenvolve em sala de aula, assim,
quando tiver um concurso ou prêmio você terá como comprovar as atividades desenvolvidas
e os resultados obtidos.
4 LIVRETO DE CORDEL
• Faça um levantamento com os estudantes dos mitos e lendas do folclore
brasileiro que eles conhecem.
• Peça para que os estudantes devolvam todos os livros e escrevam a sua versão
sobre aquele mito ou lenda.
177
UNIDADE 3 | FOLCLORE
BOTO
Quando está na forma humana, usa sempre um chapéu para ninguém ver
a abertura que tem em sua cabeça, comum aos botos.
FIM
FONTE: As autoras
178
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
ETAPAS ATIVIDADES
01 Pesquisar sobre a arquitetura popular.
Coletar na Secretaria de Turismo de sua cidade materiais sobre a arquitetura
02
da cidade, incluindo folhetos e folders.
Convidar alguém da Secretaria de Turismo da cidade ou alguém com mais
03 idade para que possa falar sobre as mudanças que ocorreram na cidade em
relação às construções.
Pedir que os estudantes tragam fotos antigas de suas famílias onde aparecem
04
construções.
Visitar o museu da cidade para conhecer os objetos antigos que faziam parte
do dia a dia. Ver fotos antigas. Ressaltar e procurar traçar com os estudantes
05
um paralelo entre o passado e o presente, percebendo que as mudanças são
naturais e necessárias.
Com o mapa da cidade ou do bairro, dividir o território e cada grupo fica
06
responsável por fotografar identificar as construções populares.
07 Visita monitorada a um ou mais locais citados, fotografando esses locais.
Mostrar as imagens fotografadas e conversar sobre os locais visitados,
08
ressaltando seu estado de conservação, importância, curiosidades, descobertas.
Conversar com os moradores mais antigos e registrar por escrito as histórias
09
sobre o passado da cidade.
10 Socializar essas histórias.
Explanar sobre a ideia dos modernistas e da Semana da Arte Moderna de
1922, da valorização dos elementos nacionais, mostrando imagens deste
11
período e inspirados pelos mesmos, propor a confecção de cartões postais
de sua cidade através do desenho ou programa de desenho no computador.
Promover um intercâmbio dos cartões postais produzidos pelos estudantes
entre os estudantes de outras escolas. Para isso, previamente você deverá
12
combinar com o professor de outra escola. Se você lecionar em outra escola,
será mais fácil realizar a troca.
Mostrar imagens de Sebastião Salgado ou outro fotógrafo ou utilizar revistas
de atualidades, analisando as mesmas e induzindo os estudantes a refletirem
sobre os problemas encontrados na cidade em que moram ou estudam.
10 Comparando os locais visitados e os cartões postais com os ambientes
degradados e sofridos pela ação do homem ou com as construções (casas,
prédios, escolas etc.) conservadas e as depredadas por atos de vandalismo, a
fim de desenvolver o conceito de conservação/preservação.
11 Avaliar com os estudantes os processos desenvolvidos até o momento.
Organizar um evento cultural na escola ou uma exposição do material
13
levantado e analisado pelos estudantes.
FONTE: As autoras
179
UNIDADE 3 | FOLCLORE
FONTE: As autoras
FONTE: As autoras
180
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
Possibilidade 1
181
UNIDADE 3 | FOLCLORE
[...]
Questões problematizadoras
Possibilidade 2
Questões provocadoras:
182
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
183
UNIDADE 3 | FOLCLORE
[...]
LEITURA COMPLEMENTAR
184
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
185
UNIDADE 3 | FOLCLORE
186
TÓPICO 4 | SALA DE AULA
Da forma como o folclore é muitas vezes tratado hoje nas escolas - limitado
à menção de personagens como Saci Pererê ou Curupira - talvez não se relacione
ao universo cultural dos alunos. Mas, como já citado, o folclore faz parte da vida
de qualquer pessoa, nem é preciso dizer que se interessar por ele é uma forma de
conhecer melhor as crianças, seus familiares e a comunidade.
FONTE: GURGEL, Thais. Revista Nova Escola, São Paulo, ago. 2010. Disponível em: http://revis-
taescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/nove-cliches-folclore-588238.shtml?page
=0. Acesso em: 1º set. 2010.
187
RESUMO DO TÓPICO 4
188
AUTOATIVIDADE
189
190
REFERÊNCIAS
ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 14. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.
191
ENTRE DOIS MUNDOS. TV Cultura. Disponível em: http://educacao.uol.
com.br/entredoismundos. Acesso em: 24 jul. 2010.
LIMA, R. G. Artesanato e arte popular: duas faces de uma mesma moeda? Dispo-
nível em: http://www.cnfcp.gov.br/pdf/Artesanato/Artesanato_e_Arte_Pop/CNF-
CP_Artesanato _Arte_Popular_Gomes_Lima.pdf. Acesso em: 5 ago. 2010.
192
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
SANTA ROSA, N. S. Raízes e tradições: a arte popular no Brasil. São Paulo: Pi-
nakotheke, 2003.
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ANOTAÇÕES
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