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Aula 4
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Contextualizando
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com os estratos médios da população e os partidos de centro e com os estratos mais
baixos e os partidos de esquerda. O quadro 2 resume essas relações:
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identificado com o conjunto de demandas da região na qual reside, mas no
representante de moradores de regiões mais abastadas. Já no caso da imitação, não
há manipulação por parte de grupos políticos adversários. O eleitor, no entanto, decide
seguir o comportamento de integrantes de grupos sociais distintos daquele ao qual
pertence. O exemplo clássico é o do trabalhador que, em vez de votar no candidato
que representa os interesses da sua classe, por imitação, escolhe o candidato do dono
da empresa (ibidem, p. 98-99).
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Campbell e Philip Converse é de ordem metodológica: diferentemente da corrente
sociológica, baseada em resultados eleitorais, o grupo de Michigan passa a explicar o
comportamento eleitoral a partir da análise das intenções de voto, captadas a partir da
aplicação de surveys. Além disso, essa técnica de pesquisa, desenvolvida pelo próprio
grupo de Michigan, capta tendências individuais de voto, e não de agregados sociais
(Cervi, 2012, p. 104).
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Tema 4 – A Teoria da Escolha Racional
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do que os dos alheios. Isso nos leva, em situações de disputa, a preferir sacrificar o
interesse de outrem ao nosso próprio (Calhoun, 1954 apud Downs, 1999, p. 48-49).
Essa visão de natureza humana é utilizada por Downs em seu modelo. Dessa forma,
quando o autor fala em comportamento racional dos atores, está falando de
comportamento dirigido racionalmente para atingir fins egoístas (ibidem, p. 49).
Esses fluxos de utilidade são definidos a partir de cálculos acerca dos custos e
dos benefícios envolvidos no ato de votar. A primeira equação a ser solucionada refere-
se à participação ou não do eleitor em determinado pleito eleitoral. Quando o eleitor
entende que os custos envolvidos em sua participação são menores do que os
benefícios que ele poderá receber, ele vota; quando não são, ele decide se abster.
Dessa perspectiva, portanto, a decisão do cidadão de participar ou não das eleições
não está relacionada ao exercício da cidadania ou a um compromisso cívico
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interiorizado, mas deriva da aplicação do axioma da racionalidade dos atores ao
contexto político-eleitoral (Downs, 1999).
Tendo decidido ser útil participar, o passo seguinte passa a ser escolher o
candidato. Sendo o eleitor um ator racional, ele escolhe aquele candidato ou partido
que acredita que lhe proporcionará “maior renda utilidade do que qualquer outro durante
o próximo período eleitoral”. Para tanto, o eleitor compara a renda utilidade obtido por
ele enquanto o partido atual esteve no governo com aquela que ele imagina que teria
recebido se um partido de oposição estivesse no lugar: se sua renda utilidade for maior
com o partido que está no governo, ele vota a favor dele, caso contrário, vota contra,
isto é, em um partido de oposição (ibidem, p. 60-63).
Na prática
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Síntese
Referências