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Éverton Luis de Araujo Lima

Matrícula:
Everton L.201522284
A. L.

CALCULAR CARGAS INTERNAS DE UMA VIGA E


DEDUZIR A EQUAÇÃO PARA A DENSIDADE DE ENERGIA
DE DEFORMAÇÃO

Discipliana: Resistência dos Materiais / Zona Sul


Orientador: Profº Francisco S. Brandão

PORTO ALEGRE-RS
Abril/2020
Trabalho 1: Calcular as cargas internas em uma viga

Este problema já foi resolvido em sala de aula de uma forma (desconsiderando as reações do
engaste), sendo assim, o trabalho consiste em determinar novamente as cargas internas por outra
maneira (considerando as reações do engaste), como explicado durante a aula.

(Prob. 1.17- Hibbeler) Determine as cargas internas resultantes que agem na seção transversal
que passa pelo ponto B. SOLUÇÃO: NB = 0 N; VB = 1440 N e MB = -1920 N

900 kN.m
2250 kN
F = (900 kN/m x 5m) / 2 = 2250 kN
MA + Σ fx = 0 Ax = 0
Ax
+ Σ fy = 0 Ay – 2250 kN = 0
Ay 1,667 m 3,333 m Ay = 2250 kN

+ Σ MA = 0 – MA – 2250 kN x (1/3) x 5 = 0
MA = – 3750 kN.m

900 kN.m W = 810 kN


W = (900 kN.m x 4 m) / 2 m W = 720 kN.m

Fr = [(900 kN.m + 720 kN.m) / 2] x 1 m


720 kN.m
Fr = 810 kN
3750 kN.m
NB
MB
Σ fx = 0 NB = 0
1m VB
2250 kN
0,481 m 0,519 m
Σ fy = 0 2250 kN – 810 kN – VB = 0
VB = 1440 kN

Σ MB = 0 (3750 kN.m x 1 m) – (2250 kN x 1m) + (810 kN x 0,519 m) + MB = 0


MB = – 1920 kN.m
Trabalho 2: Deduzir a equação para a densidade de energia de deformação

Energia de deformação elástica

Nos corpos sólidos deformáveis, tensões multiplicadas por suas respectivas áreas são forças e
deformações são distâncias. O produto dessas duas quantidades é o trabalho interno realizado em um
corpo por forças externas aplicadas. Esse trabalho interno é armazenado como energia elástica interna
de deformação ou energia de deformação elástica.
Considerando um elemento infinitesimal, submetido a uma tensão normal “ σx”. A força que age

na face direita ou esquerda desse elemento é “σxdxdz”, onde “dxdz” é uma área infinitesimal do

elemento. Devido a essa força, o elemento se alonga da quantidade “εxdx”, onde “εx” é a deformação
na direção “x”. Se o elemento é feito de um material elástico de comportamento linear, a tensão é
proporcional à deformação. Dessa forma, se o elemento é inicialmente livre de tensões, a força que
finalmente age sobre o elemento aumenta linearmente de zero até seu valor máximo. A força média
que atua sobre o elemento enquanto ocorre deformação é “ σxdxdz / 2”. Essa força média multiplicada
pela distância na qual ele age é o trabalho realizado sobre o elemento. Para um corpo perfeitamente
elástico, nenhuma energia é dissipada, e o trabalho realizado sobre o elemento é armazenado como
energia interna de deformação recuperável. Logo a energia de deformação elástica interna “U” para um
elemento infinitesimal sujeito a tensão uniaxial é:

1 1 1
dU = σ x dydz . ε x = σ x ε x dxdydz= σ x ε x dV
2 2 2

Força Distância

Trabalho

Onde dV é o volume.
Reagrupando a Equação, obtém-se a energia de deformação armazenada em um corpo elástico,
por unidade do material, ou sua densidade de energia de deformação “u”. Assim:

dU 1
=u= σ x ε x
dV 2
Essa expressão pode ser interpretada graficamente como uma área sob a linha inclinada do
diagrama tensão-deformação (figura 1). A área correspondente, delimitada pela linha inclinada e o eixo
vertical é chamada de energia complementar. Para materiais elásticos de comportamento linear, as duas
áreas são iguais. Expressões análogas aplicam-se às tensões normais σy e σz, e as deformações lineares
correspondentes εy e εz.

Energia
complementar

Energia de
deformação
εx
Figura 1 – Diagrama de tensão-deformação

Cabe resaltar, que a energia de deformação sempre será positiva, mesmo se σ z for compressivo,
já que σz e εz sempre estarão na mesma direção. Para um corpo de tamanho finito, a energia de
deformação será dada por:
1
u= σε
2

No entanto, se o material se comportar de maneira linear elástica, então a equação passa por
uma transformação com a aplicação da Lei de Hooke (σ = E・ε) e a energia de deformação passa a ser
expressada pela seguinte formula:
Pegamos um pedaço infinitamente pequene para corpo de prova.

dU
u=
dV
Corpo de prova de volume dV

Onde:
• u = Densidade da energia de deformação
• dU = Energia associada a deformação
• dV = Volume do corpo de prova

Passo seguinte é isolar o isolar dU:

dU =u⋅dV
Agora integramos os dois lados da equação (por todo volume):

A solução da integral, nada mais é do que a energia de deformação para todo corpo de prova.
Onde a energia é dada por (calculada por todo volume):

Para encontrar esta energia de deformação teremos que fazer uso da Lei de Hooke.
Onde iremos inicialmente calcular a densidade da energia de deformação.

Lembrando que:

Se substitui o “σ” dentro da integral.

A solução da integral anterior será:

Como a tensão pela Lei Hooke é:


então

Sendo assim, faremos a substituição na expressão:

Assim, obtemos a equação para quando o corpo de prova se comportar de maneira linear
elástico, onde a equação sofre alteração com a aplicação da lei de Hooke:
Referências bibliográficas

HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. Russel Charles Hibbeler; tradução Arlete Simille
Marques; 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

BEER, F. P. ...e tal. Mecânica dos materiais. Ferdinand P. Beer; E. Russel Johnston Jr.; John T.
DeWolf; David F. Mazurek; tradução técnica José Benaque Rubert, Walter Libardi. – 5ª ed. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2011. Editado também como livro impresso em 2011. ISBN 978-
85-8055-008-5

Neto, Edgard S.A. Noções sobre Energia de Deformação. Escola Politécnica da USP; Maio de 2017.
Disponível em/; https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3892058/mod_resource/content/4/eStrnEner-
m_2p200_2017may24.pdf

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