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SUMÁRIO
FONÉTICA X FONOLOGIA ................................................................................................................................... 2
CONCEITO ...................................................................................................................................................... 2
FONEMA ........................................................................................................................................................ 2
LETRA ............................................................................................................................................................. 2
DÍGRAFO E DÍFONO ................................................................................................................................... 3
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS................................................................................................................. 3
SÍLABA ....................................................................................................................................................... 4
ENCONTROS VOCÁLICOS ........................................................................................................................... 4
ENCONTROS CONSONANTAIS ................................................................................................................... 5
SEPARAÇÃO SILÁBICA ................................................................................................................................ 5
ORTOEPIA E PROSÓDIA ................................................................................................................................. 6

MUDE SUA VIDA!


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FONÉTICA X FONOLOGIA
CONCEITO
O estudo deste módulo tem como objetivo, a priori, diferenciar o que é Fonética e o que é
Fonologia. Porém, não nos aprofundaremos no que não se faz necessário para o nosso objetivo
final, a prova do EsPECEx.
É fundamental a compreensão de que Fonética e Fonologia estudam os aspectos físico-
fisiológico da nossa língua. Isso significa que há uma preocupação voltada para os aspectos
fônicos do nosso idioma. Porém, a Fonética se preocupa com os aspectos acústicos e
fisiológicos dos sons reais e concretos durante os ATOS LINGUÍSTICOS: reprodução, articulação
e variedades. Já para a Fonologia, o que está em jogo não é a articulação, mas o estudo dos
fonemas, vistos como a menor unidade sonora que desempenha a função linguística distintiva
de unidades superiores dotadas de significado. Como exemplo, podemos diferenciar as
expressões a seguir: Mola/ Mula. Os fonemas representados pelas letras / O/ e / U / têm o poder
de mudar, não só de forma sonora, o significado da expressão.
Nesses casos, não podemos confundir letra com som da fala; letra é a representação
gráfica com que se procura reproduzir na escrita o som, o que não significa identificá-lo
somente por isso. O nosso sistema fonológico tem sete fonemas vocais orais tônicos para cuja
representação temos apenas cinco letras ( a – e – i – o – u) . No que tange à complexidade do
conteúdo, não há uma forte tradição de questões que envolvam diretamente a Fonética em
provas de concurso, por outro lado, há um domínio relativo e explícito sobre a Fonologia da
língua. Visto isso, minuciaremos toda Fonologia a seguir.

FONEMA
O fonema é a menor unidade sonora da palavra e desempenha duas funções principais:
formar palavras e distinguir uma palavra de outra.
Quando os fonemas se combinam, formam palavras, que formam significado: L + A + T
+A= LATA. // L + U + T + A = LUTA. Assim como no modelo introdutório do capítulo, o exemplo
anterior possui uma diferença básica em um único fonema que altera totalmente o significado
das expressões.
Você percebeu como funciona a alteração dos fonemas? Fácil, não é? Mas segue uma tabela
para auxiliar melhor.

Forca Força

Bula Bola

Causa Pausa

Moco Moço

Bonito Bonita

LETRA
A letra é um símbolo que representa um som, é a representação gráfica dos fonemas da
fala. Porém, faz-se necessário entender duas peculiaridades a respeito dela: 1º pode
representar mais de um fonema ou pode aparecer em uma palavra apenas para “ajudar” na
pronúncia de um fonema.

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Como exemplo, a letra X pode representar os sons de X (enxague), Z (exausto), S ( têxtil)


e KS ( táxi) Nesse último caso, a letra X representa dois fonemas: K/S. Com isso, podemos
concluir que uma letra poderá representar dois fonemas.
Em contrapartida ao caso anterior, existe uma letra chamada de DIACRÍTICA. O que são
letras diacríticas? Simples; é uma letra que vem à direita de uma consoante para representar
um fonema só. Como exemplo de tal fenômeno linguístico, a palavra coCHilo, a letra H não
representa nenhum som, mas, nessa situação ajuda-nos a perceber o fonema CH com som de X.
Isso nos leva a entender que nem sempre a mesma quantidade de fonema poderá ser
representada pela mesma quantidade de letras.
Ø Ex.: Luta > 4 letras, 4 fonemas.
Águia > 5 letras, 4 fonemas. Adrenalina > 9 letras, 8 fonemas.
No exemplo em ÁGUIA, você percebeu que a letra U não tem som? Porque é uma letra
diacrítica. Porém, em água, o U é pronunciado, portanto não é mais uma letra diacrítica.
DÍGRAFO E DÍFONO
Dígrafo -> duas letras que representam um só fonema. A segunda letra é diacrítica,
aparece só para auxiliar a pronúncia.
Exemplo: Jarro/ ilhama / guerreiro / chá
• Há dois tipos de dígrafo.
Ø Consonantais: GU/ QU/ CH/ LH/ NH/ RR/ SS/ SC/ SÇ/ XC/ XS.
Queda, chuva, filha, nhoque, carro, assado, crescente, cresça, excitado, exsudar.
Ø Vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de M/ N na mesma sílaba.
Campo, sentido, importar, onde, umbigo.
Obs.:
1º O M e N usado após as vogais, nasalizando-as, não são fonemas nem
consoantes, são partículas nasalizadoras, funcionam como um til (~) Porém, será
fonema se vier antes de vogal (natal) ou em outra sílaba (ma- na).
2º sempre que uma palavra tiver dígrafo, o número de letras será maior que o
número de fonemas.
3º Se as palavras terminarem em –AM, -EM, EN (s), tais terminações não são
dígrafos vocálicos, mas sim ditongos decrescentes nasais.
4º A letra H isolada não representa fonema algum.

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS


Ø Vogais: são fonemas produzidos livremente, sem obstrução da passagem do ar. São
tônicos, ou seja, têm a pronúncia forte. Funcionam como o centro da toda sílaba.
Podem ser orais ou nasais. São elas: A, E, I, O, U.

A: casa (oral), cama (nasal)


E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro (nasal)
I: amigo (oral), índio (nasal)
O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe (nasal)
U: saúde (oral), untar (nasal)
Y: hobby (oral)

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Ø Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em uma


vogal, na mesma sílaba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que as
vogais. São representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W , Y .
Ex.:
pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma
vogal, na mesma sílaba.
mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois está apoiada em
uma vogal, na mesma sílaba.
mãe: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e está
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
pão: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e está
apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e
está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= cantãu).

Por fim, num encontro vocálico com I e U, o que vier após outro será, normalmente, vogal.
Uma maneira de perceber isso é colocando um acento agudo hipotético em cima desses
fonemas;
Ex.: partíu (i, vogal; u, semivogal); gratúito (u, vogal; i, semivogal); saguí (u,
semivogal; i, vogal). Esta última palavra era escrita com trema, segundo a antiga
ortografia.

Ø Consoantes são fonemas produzidos com interferência de um ou mais órgãos da


boca (dentes, língua, lábios). Todas as demais letras do alfabeto representam, na
escrita, os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W ( com
som de V, Wagner) , X,Z.
SÍLABA
A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas centrados numa vogal, aliás, a base da
sílaba é a vogal e sem ela não há sílaba. Há palavras em que a vogal representa uma sílaba, mas
você não encontrará uma consoante sozinha ser uma sílaba;
Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em:
• Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão, mãe, flor, lá, meu
• Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga. ca-fé, i-ra, a-í, trans-por
• Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra, ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-
da-ir
• Polissílabas (mais de três vogais, mais de três sílabas): man-guei-ren-se, a-ve-ni-da, a-
ve-ri-guar
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras só podem ser:
• Oxítonas (última sílaba tônica): condor, só, café
• Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica, dicionário, escola.
• Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica): ínterim, médico, exército, trânsito.
ENCONTROS VOCÁLICOS
Não precisa ser nenhum gênio para entender que essa parte da Fonologia falará sobre os
encontros dos fonemas vocálicos, que acontecem de três formas: ditongo, tritongo e hiato.
Ø Ditongo:
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal).

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Crescente (SV + V , na mesma sílaba):


Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze (oral), enquanto
(nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal)...
Decrescente (V + SV , na mesma sílaba):
Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral), ouro (oral),
veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral).
Ø Tritongo
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal.
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou (oral), deságuam
(nasal), aguei (oral).
Ø Hiato
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em sílabas
separadas (V – V), porque só pode haver uma vogal por sílaba.
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or.
ENCONTROS CONSONANTAIS
Assim como nos encontros vocálicos, existem os encontros consonantais que é a
sequência de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos (inseparáveis, pois ficam na
mesma sílaba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam na mesma sílaba). Geralmente, os
encontros consonantais perfeitos apresentam consoante + l ou r.
Ex.:
Floco/ FRango/ Pluma/ Trânsito = perfeitas.
quaR-To/ áR-Vo-re/ aD-Vo-ga-do/ aD-Mi-tir = imperfeitas.
SEPARAÇÃO SILÁBICA
Trata da adequada separação das sílabas de uma palavra. Lembre-se: toda sílaba tem de
apresentar uma vogal.
Ø Separam-se:
• Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na, cu-ri-o-so, ál-co-ois (ou al-
coóis)...
• Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-
so, ex-sicar...
• Os encontros consonantais que não iniciam imediatamente as palavras (pç, bd,
cc, cç, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, oc-ci-pi-tal,
fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-
dão, ins-pi-rar, cons-purcar, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab-rup-to.
• A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.),
quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go,
ci-sal-pi-no, transa-tlân-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue, in-te-res-ta-du-al.
Ø Não se separam:
• Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o (proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to,
pleu-ra, bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so,
plêi-a-de, Cui-abá, boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou.
• Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra...
• Encontros consonantais perfeitos no início de palavras, normalmente: gno-
mo, mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go, pro-ble-ma, cni-dá-rio..

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• A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.),
se seguida de consoante, não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dân-
cia, sub-li-nhar (cai muito em prova!), cis-pla-ti-no, trans-por-tar, su-per-ho-
mem, ex-car-ce-rar, in-ter-na-cional.

ORTOEPIA E PROSÓDIA
Ortoepia ou Ortoépia trata da pronúncia adequada das palavras. Já a Prosódia trata,
basicamente, da correta acentuação tônica das palavras, ou seja, da posição adequada da sílaba
tônica das palavras. Quando alguém comete um desvio de prosódia, damos a isso o nome de
silabada – deslocamento da sílaba tônica.
Nós, falantes cultos da língua, devemos nos preocupar muito em pronunciar adequadamente as
palavras, sem acrescentar ou retirar partes das palavras, ou ainda deslocar a posição da sílaba tônica
delas. Nossa ascensão social depende disso, seja em uma entrevista de emprego seja em uma prova
de concurso. Fique ligado nisso!
Leia e releia os desvios mais clássicos:

ADEQUADO INADEQUADO
Admissão Adimissão*

Absoluto Abissoluto

Advogado Adevogado

Aforismo Aforisma

Aleijar Alejar

Aterrissagem Aterrizagem

Adivinhar Advinhar

Apropriado Apropiado

Bandeja Bandeija

Bugiganga Buginganga

Beneficente Beneficiente

Bebedouro Bebedor

Bochecha Buchecha

Boteco Buteco

Braguilha Barguilha

Bueiro Boeiro

Cabeleireiro Cabelereiro

Caranguejo Carangueijo

Cutucar Cotucar

Creolina Criolina

Descarrilar Descarrilhar

Digladiar Degladiar

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Disenteria Desinteria

Empecilho Impecilho

Engajamento Enganjamento

Estourar Estorar

Estupro Estrupo

Esteja Esteje

Etimologia Etmologia

Fratricídio Fatricídio

Freada Freiada

Fragrância Fragância

Frustração Frustação

Intitular Entitular

Lagarto Largato

Lagartixa Largatixa

Manteigueira Mantegueira

Mendigo Mendingo

Meritíssimo Meretíssimo

Meteorologia Meterologia

Mortadela Mortandela

Prazerosamente Prazeirosamente

Privilégio Previlégio

Problema Pobrema/Poblema

Proprietário Propietário

Prostrar Prostar

Reivindicar Reinvidicar

Salsicha Salchicha

Seja Seje

Sobrancelha Sombrancelha

Supetão Sopetão

Superstição Supertição

Tábua Talba

Tóxico Tóxico (ch)

Umbigo Imbigo

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