Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Arte Como Instrumento de Sublimação Das Pulsões
Arte Como Instrumento de Sublimação Das Pulsões
Revista de Psicologia
SUBLIMAÇÃO DAS PULSÕES
Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012
RESUMO
Entre a arte e a psicanálise há algo fundamental que movimenta a reflexão
nos dois campos: ambos visam despertar “efeitos de sujeito”. Porém,
Dayanne Souza Figueiredo apesar de tal efeito não está relacionada à presença do autor/artista em
Universidade Tiradentes - UNIT uma obra, as fantasias desse sujeito são o que influenciam na criação, e
dayanne.souza@acad.unit.br
para haver comunicação com o espectador/leitor, essas fantasias devem se
tornar “impróprias”. Fato que a psicanálise ressalta como algo antigo,
talvez no universo artístico, que a autoria implica certa subversão do
sujeito. O presente estudo objetiva apresentar, por meio de revisão teórica,
Raíssa Corbal Feitoza
possíveis relações entre a psicanálise em sua construção teórica e
Universidade Tiradentes - UNIT conceitual, e formas de expressão artística como a literatura e a música. A
raissa.corbal@acad.unit.br partir desta articulação, serão apresentados alguns conceitos da
psicanálise, juntamente com ideias de diferentes autores desse campo do
conhecimento (tais como Lacan e Klein), que permitirão a compreensão de
Maria José Camargo de como esses modos de expressão, descritos pela psicanálise, podem auxiliar
Carvalho no bem-estar psíquico dos indivíduos. Desde Freud a psicanálise propõe
Universidade Tiradentes - UNIT pensar as manifestações artísticas como uma maneira de sublimar as
majocarvalho@uol.com.br pulsões do sujeito. Por meio do material exposto, as autoras finalizam o
trabalho discutindo o que foi apresentado e buscando trazer questões
relacionadas ao tema, que, possivelmente, estimularão os leitores a
buscarem se aprofundar no estudo proposto, bem como similares.
ABSTRACT
Between art and psychoanalysis there is something fundamental that
drives the reflection in two fields: both aim at awakening “effects of
subject”. However, although this effect is not related to the presence of the
author / artist in a work, this guy's fantasies are what influence the
creation, and to be communication with the viewer / reader, these
fantasies are becoming “unfit”. It’s a fact, psychoanalysis emphasizes how
something old, maybe in the artistic universe, the author implies certain
subversion of the subject. The present study aims to present, by means of
theoretical review, possible relations between psychoanalysis in their
theoretical and conceptual construction, and forms of artistic expression
such as literature and music. From this link, we introduce some concepts
of psychoanalysis, along with ideas from different authors in this field of
knowledge (such as Klein and Lacan), which allow an understanding of
how these modes of expression, described by psychoanalysis, can assist in
the well-mental problems of individuals. Since Freud's psychoanalysis
proposes think the artistic manifestations as a way to sublimate the
instincts of the subject. Through the exposed material, the authors finish
Anhanguera Educacional Ltda. the job discussing what was presented and seeking to bring questions
Correspondência/Contato related to the topic, that possibly will encourage readers to seek to delve
Alameda Maria Tereza, 4266 into the proposed study, as well as similar.
Valinhos, São Paulo
CEP 13.278-181
rc.ipade@aesapar.com Keywords: psychoanalysis; artistic; psychic benefit.
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: 29/09/2012
Avaliado em: 25/10/2012
Publicação: 5 de novembro de 2012 49
50 A arte como instrumento de sublimação das pulsões
1. INTRODUÇÃO
Com o intuito de mostrar o modo como essa ligação pode ocorrer para benefício
do psiquismo humano, será apresentado, primeiramente, breve pesquisa acerca de cada
forma de manifestação artística a ser considerada neste contexto, e como elas podem ser
compreendidas por meio de alguns conceitos psicanalíticos, notadamente o conceito de
sublimação, bem como a relação com a própria história da psicanálise.
2.1. Literatura
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
Maria José Camargo de Carvalho, Dayanne Souza Figueiredo, Raíssa Corbal Feitoza 51
Entrariam, então, dois métodos empregados pelo escritor criativo para lidar com
essa repulsa: ele suaviza o caráter de seus “devaneios egoístas” (FREUD, 1908 [1907],
p.142) utilizando-se de alterações e disfarces; e suborna o leitor com o prazer estético que
oferece ao apresentar suas fantasias, o que o autor denomina de “prêmio de estímulo” ou
“prazer preliminar”.
Takeshima (2001) quando cita Freud (1920), aborda que as pulsões de vida estão
relacionadas à capacidade de criar e a criatividade é a capacidade e/ou possibilidade de
projetar a forma subjetiva e singular de ser no mundo sem a necessidade de criar o que já
existe, utilizando apenas o que já existe. Já a pulsão de morte, seria referente à
possibilidade destrutiva existente no homem: ocorreria, neste postulado freudiano sobre
os impulsos básicos, indissociabilidade entre as pulsões de vida e de morte, por ambas
serem inerentes ao psiquismo humano.
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
52 A arte como instrumento de sublimação das pulsões
Para Klein (1985) apud Hinshelwood (1992), as angústias de vida e de morte são
as mais significantes no desenvolvimento psíquico. O autor aborda o reconhecimento, por
parte de Klein, da existência em seus pacientes mais jovens, de sentimentos pelas pessoas,
brinquedos e objetos com que brincavam, onde fala da impressão que obteve ao ver como
a criança combate os impulsos sádicos, com desempenhos que mostram a capacidade de
amar e ser amado e de usar as tendências destrutivas para a sublimação, podendo liberar
as fantasias para um trabalho construtivo e artístico.
2.2. Música
Para Freud, não saber por onde a música surtia efeito acabou por afastá-lo da mesma.
Com isso, Lambotte (1996, p. 693) questiona: “Assim, haveria a música de escapar ao
campo de investigação psicanalítica, pela deficiência de um Freud aparentemente
insensível a seus efeitos?”. As discussões continuam acerca desse assunto. Reik, por
exemplo, em sua obra “Escritos sobre a música” (1953, apud LAMBOTTE, 1996) apontou a
atitude de Freud frente à música como defensiva, uma vez que ele não conseguiria
controlar a emoção provocada por essa arte por meio da racionalidade.
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
Maria José Camargo de Carvalho, Dayanne Souza Figueiredo, Raíssa Corbal Feitoza 53
contrário da análise que se dá na transferência com uma pessoa real, com a fala ao analista
sendo devolvida ao analisando, objetivando a autonomia do paciente (p. 1359).
É relevante saber que a primeira voz que o sujeito escutou no estágio de “infans”,
quando o sujeito está no início da formação da subjetividade, é retomada como um eco e
de certa forma, evocada quando há uma voz cantada semelhante a esta, reativando
sensorialmente e fascinando então, o ouvinte (LAMBOTTE, 1996).
Dessa forma, poderíamos considerar que a voz tem uma parte responsável pela
constituição do “si-mesmo”:
Didier Anzieu atribui à voz um papel na constituição do "si", que ele define, antes
mesmo da constituição do eu, como “um conjunto psíquico pré-individual, dotado de
um esboço de unidade e identidade”. A voz torna-se então um “envoltório sonoro do
eu” e entra na estruturação posterior do eu, da mesma forma, diríamos, que a imagem
especular. (LAMBOTTE, 1996, p.696).
Em meados dos anos 60, Lacan, apud Lambotte (1996), escreveu em seu
seminário sobre a angústia, que a voz é considerada um dos cinco “objetos cedíveis”, os
quais mantêm uma relação de separação com o corpo e dessa forma, participam do
processo de formação do eu.
Denis Vasse apud Antelo (2008), aborda em seu livro “O Umbigo e a Voz” (1974)
que a voz pode ser considerada como um cordão umbilical que une e separa o sujeito do
outro primordial, a mãe, levando em consideração que a sonoridade com o outro materno
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
54 A arte como instrumento de sublimação das pulsões
é a primeira experiência vivida pelo sujeito, por meio do som do batimento cardíaco,
pulsações e é claro, a sonoridade da voz, a qual irá acalentar o bebê, cantarolando e
apaziguando o desamparo do mesmo.
A voz deve ser diferenciada da vocalização, pois esta última envolve trabalho
com a sonoridade, afinação, ritmo, “swing”, criatividade musical e etc. Pois, nessa voz
cantada é revelada uma utilidade e uma função instrumental, a música. Já a voz falada,
não tem essa serventia, é gozo. Considera-se que os instrumentos musicais são de certa
forma, metonímias da voz (ANTELO, 2008).
De certa forma, a música faz com que as pessoas sejam escutadas muito além das
palavras, fazendo com que o que nos constitui internamente se torne audível através do
som. Mesmo que ambígua, por conta da sua relação com o silêncio, o papel da música
como recurso terapêutico vem no lugar da voz possibilitando a identificação com o outro.
(ANTELO, 2008).
Diante do que foi exposto até agora, tornam-se evidentes as relações estabelecidas entre a
psicanálise e as formas de arte. Mas é também importante acrescentar contribuições
teóricas, como a de Lacan, bem como entender outros conceitos, e, dentre eles, os de
“sublimação” e “pulsão”, de Freud; o de “reparação” e “identificação projetiva”, de Klein,
dentre outros, para entender como ocorre essa relação de interpenetração nas formas de
expressão do psiquismo.
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
Maria José Camargo de Carvalho, Dayanne Souza Figueiredo, Raíssa Corbal Feitoza 55
Kahhale ((org.). 2008) abordará na obra Além do Princípio do Prazer (1920), que
Freud discutirá acerca da oposição entre duas pulsões: as de vida e as de morte.
A pulsão de vida é concebida como a tendência à formação de unidades maiores, à
aproximação e à unificação entre as partes dos seres vivos. A pulsão de morte, ao
contrário, é vista como a tendência à separação, à destruição e, em última análise, à volta
ao estado inorgânico (GOMES, 2001, p. 253).
Saint Girons (1996) apresenta a sublimação como uma forma de lidar com essas
pulsões, e a criação artística como um de seus instrumentos e domínios. Em sua obra
Totem e Tabu ((1913 [1912-13]) apud SAINT GIRONS, 1996, p. 501), Freud aponta:
“Somente na arte ocorre que um homem devorado por desejos faça algo que se assemelha a
uma satisfação e que, graças à ilusão artística, esse jogo produza uma ação sobre os afetos,
como se fosse algo de real” (grifo do autor).
Esse efeito que as obras de arte têm sobre os sujeitos e seus afetos pode se dar por
meio de um mecanismo bastante trabalhado por Melanie Klein, denominado
“identificação projetiva”. Em seu artigo “Notas sobre alguns mecanismos esquizóides”,
Klein (1946 apud MELLO, s/d.) introduziu o conceito mencionado, propondo que a baixa
ansiedade de aniquilação provinda da pulsão de morte, faz com que o “eu” se defenda
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
56 A arte como instrumento de sublimação das pulsões
cindindo os impulsos sádicos orais e anais, separando assim, amor e ódio, projetando-o
sobre o objeto primário que é o seio da mãe, criando objetos parciais bons e maus.
Ainda segundo essa autora, esse caso relata a história de uma moça que vez ou
outra era acometida por acessos de depressão profunda, afirmando estar habitada por
uma angústia denominada por ela de “espaço vazio”. Ela se casa e por um tempo as
coisas parecem se ajeitar. No entanto, isso não dura muito tempo, e os acessos de
melancolia retornam. A casa habitada por Ruth tinha as paredes cobertas por quadros
feitos por seu cunhado, que era pintor. Ele acaba por vender uma das telas que cobria a
parede, deixando um espaço vazio que parece funcionar como um precipitador das crises
de melancolia. O vazio na parede parece coincidir com o vazio que a habita. No entanto,
ela sai desse estado ao começar a pintar, como forma de preencher o lugar vazio
adquirido. A partir daí surge uma obra de arte, a partir da qual o vazio é preenchido e a
angústia, sanada.
De acordo com a autora supracitada, Klein colocará a mãe no lugar desse “lugar
vazio”, referente à ausência do objeto das satisfações humanas, ou seja, a teoria kleiniana
coloca essa mãe como objeto original a ser recuperado por meio do esforço criativo. Com
isso, a criação relaciona-se ao dano imaginário, à falta visada no registro imaginário; e o
sentimento de culpa inconsciente torna-se o motor fundamental para a criatividade.
As fantasias e as atividades reparadoras — tais como a arte — são lidas como modos de
enfrentar a angústia provocada pelo confronto com o buraco. Ou seja, são maneiras de
resgatar o objeto imaginariamente destruído pela agressividade infantil, dando
tratamento para a devastação frente à qual o sujeito sucumbe. A recuperação do objeto
através do procedimento de reparação é considerada, na doutrina kleiniana, tarefa
primordial para se empreender a desmontagem da crença na onipotência infantil,
tornando o ódio infantil menos assustador (p. 112).
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
Maria José Camargo de Carvalho, Dayanne Souza Figueiredo, Raíssa Corbal Feitoza 57
freudiana, porção não recoberta pela imagem que coloca em cena o que será nomeado,
posteriormente, objeto a” (p. 115). Segundo esse autor, o processo de criação é
interpretado como uma possível saída para o embate imaginário que caracteriza a relação
do sujeito com seu próximo.
[...] De acordo com o psicanalista francês, somos solidários com tudo aquilo que repousa
sobre a imagem do outro como nosso semelhante, “na similitude que temos com o nosso
eu e com tudo o que se situa no registro imaginário” (LACAN, 1959-60/1997, p.239). Tal
solidariedade, como explicita Freud (1930/1980), abarca não apenas o semelhante — o
eu ideal — mas também o ideal do eu, ambos contidos no campo circunscrito pelo amor
narcísico (FALBO, 2010, p. 114).
De acordo com Falbo, Lacan insiste em falar da relação com o semelhante porque
é partir dele que surgem os desconhecimentos que me definem como um eu. É necessária
uma distância intermediária (nem próximo demais, nem muito distante) que possibilite a
tolerância da coexistência com o próximo.
Com o objetivo de delinear uma alternativa ao embate mortal configurado pela relação
dual, Lacan (1959-60/1997) nos indica — através da discussão sobre a criação — uma
trilha por meio da qual se delineia um litoral diverso da barreira edificada pelo mundo
dos bens. Sua argumentação sobre a sublimação pretende comprovar que a chave da
criação, assim como da cura psicanalítica, está em lugar diverso ao da identificação:
encontra-se no corte estabelecido pelo significante esvaziado de sentido — termo que
indica, para além da imagem, o vazio que o sustenta (FALBO, 2010, p. 115).
Lacan abordará que todas as formas de sublimação, seja ela pela arte, pela
religião ou pela ciência, têm por objetivo visar o vazio situado no seio da economia
psíquica, seguindo a seguinte fórmula: “elevar um objeto qualquer à dignidade da Coisa”
(LACAN, 1959-60/1997, p.140-141 apud FALBO, 2010, p. 116).
[...] Enquanto a ciência foraclui e a religião nos mantém afastados do vazio central em
torno do qual giram os representantes da representação, a arte opera seu milagre de
modo radicalmente diferente. [...]A arte, assim como a psicanálise, não se orienta pelo
campo dos ideais, mas pelo real: o que não engana (FALBO, 2010, p.116).
Ainda segundo essa autora, sendo a arte algo tão próximo do real, ela dispõe em
cena formas de satisfação que vão além do prazer, e se aproxima da angústia. Com isso,
não é de se surpreender que muitas vezes, grandes obras de arte tenham como tema o
horror e a violência, por exemplo.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58
58 A arte como instrumento de sublimação das pulsões
REFERÊNCIAS
ANTELO, Marcela. Psicanálise e Música. Cogito [online], v.9, p.91-93, 2008. ISSN 1519-9479.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?lng=pt>. Acesso em: 25 maio 2012.
BIRMAN, Joel. Criatividade e Sublimação em Psicanálise. Psic. Clín., Rio de Janeiro, v.20, n.1,
p.11-26, 2008.
FALBO, Giselle. O Espaço Vazio. Reflexões sobre a função do vazio na cura psicanalítica e na arte.
Ágora, Rio de Janeiro, v. XIII, n. 1, p. 109-120, jan./jun. 2010.
FREUD, Sigmund. Escritores Criativos e Devaneios (1908 [1907]). Obras psicológicas completas
de Sigmund Freud: edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996. Vol. IX, p. 135-143.
______. O Moisés de Michelangelo (1914). Obras psicológicas completas de Sigmund Freud:
edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996. Vol. XIII, p. 217-241.
HINSHELWOOD, R. Dicionário do pensamento Kleiniano. São Paulo: [s.n.], 1992.
KAHHALE, Edna Maria Peters (Org.). A diversidade da psicologia: uma construção teórica. 3.ed.
São Paulo: Cortez, 2008.
LAMBOTTE, M.-C. Psicanálise & Música. In: KAUFMANN, P. (Org.). Dicionário Enciclopédico
de Psicanálise (O Legado de Freud e Lacan). Jorge Zahar, 1996.
MELLO, Ivana. Identificação Projetiva: Uma Visão Kleiniana. [S.l.: s.n.], [s.d.].
RIVERA, Tania. O Sujeito na Psicanálise e na Arte Contemporânea. Psic. Clin., Rio de Janeiro, v.19,
n.1, p.13-24, 2007.
SAINT GIRONS. Sublimação. In: KAUFMANN, P. (Org.). Dicionário Enciclopédico de
Psicanálise (O Legado de Freud e Lacan). Jorge Zahar, 1996.
SILHOL, R. Psicanálise & Literatura. In: KAUFMANN, P. (Org.). Dicionário Enciclopédico de
Psicanálise (O Legado de Freud e Lacan). Jorge Zahar, 1996.
TAKESHIMA, Maria Luiza. Expressões que se tocam na criação do belo - Poesia e Psicanálise,
Vol.I, São Paulo, 2001.
Encontro: Revista de Psicologia Vol. 15, Nº. 23, Ano 2012 p. 49-58