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Apostila de Vasos de Pressão
Apostila de Vasos de Pressão
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO 5
2.1 - CLASSIFICAÇÃO 6
2.2 - COMPONENTES DE UM VASO DE PRESSÃO 7
2.2.1 - CORPO 8
2.2.2 - TAMPOS 8
2.2.3 - ABERTURAS 9
2.2.3.1 - BOCAIS 10
2.2.3.2 - BOCAS DE VISITA 10
2.2.4 - REFORÇOS 10
2.2.5 - ACESSÓRIOS INTERNOS 11
2.2.5.1 - BANDEJAS 12
2.2.5.2 - DISTRIBUIDORES 12
2.2.5.3 - GRADES 12
2.2.5.4 - ANEL DE SUSTENTAÇÃO DOS ACESSÓRIOS INTERNOS 12
2.2.5.5 - VIGAS DE SUSTENTAÇÃO 13
2.2.5.6 - ENCHIMENTO 13
2.2.5.7 - RETENTORES DE GOTÍCULAS 14
2.2.6 - ACESSÓRIOS EXTERNOS 15
2.2.7 - SUPORTES 17
2.2.7.1 - SUPORTES PARA VASOS HORIZONTAIS 17
2.2.7.2 - SUPORTES PARA VASOS VERTICAIS 18
2.2.7.3 - SUPORTES PARA VASOS ESFÉRICOS 20
3 - CÓDIGOS DE PROJETO 20
4 - MATERIAIS 25
5 - DEFINIÇÕES 30
6 - REVESTIMENTOS 31
7 - MECANISMOS DE DESGASTE 34
7.1 - CORROSÃO 34
7.2 - CORROSÃO POR COMPOSTOS DE ENXOFRE 34
7.3 - CORROSÃO POR COMPOSTOS DE CLORO 35
7.4 - CORROSÃO POR OUTROS ÁCIDOS 35
7.4.1 - ÁCIDO SULFÚRICO 35
7.4.2 - ÁCIDO FOSFÓRICO 35
7.5 - CORROSÃO POR CÁUSTICOS 36
7.6 - CORROSÃO ATMOSFÉRICA 36
7.7 - CORROSÃO SOB TENSÃO (CST) 36
7.8 - EMPOLAMENTO PELO HIDROGÊNIO 36
7.9 - CORROSÃO GALVÂNICA 37
7.10 - EROSÃO 37
7.11 - MODIFICAÇÕES METALÚRGICAS 37
7.11.1 - GRAFITIZAÇÃO 37
7.11.2 - FRAGILIZAÇÃO PELO HIDROGÊNIO 38
7.11.3 - FASE SIGMA 38
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7.11.4 - SENSITIZAÇÃO 38
7.12 - AVARIAS MECÂNICAS 39
7.12.1 - CHOQUE TÉRMICO 39
7.12.2 - CHOQUE MECÂNICO 39
7.12.3 - FADIGA TÉRMICA 39
7.12.4 - VIBRAÇÃO 39
7.12.5 - TEMPERATURAS EXCESSIVAS 39
7.13 - FALHAS DO MATERIAL 40
7.14 - FALHAS DE SOLDAGEM 40
7.15 - TRATAMENTO TÉRMICO IMPRÓPRIO 40
8 - INSPEÇÃO 40
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10 - CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO 50
11 - REPAROS 55
12 - PROGRAMAÇÃO DE INSPEÇÃO 58
13 - DETERMINAÇÃO DA CORROSÃO 61
14 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 64
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1 - INTRODUÇÃO
• PROCESSAMENTO:
Existem inúmeros processos que necessitam de um ambiente pressurizado para a
sua realização. Os principais exemplos para esta finalidade são: torres em unidades
de destilação, vasos e reatores em unidades de reforma, craqueamento catalítico,
vasos em unidades de geração e vapor, etc.
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2.1 - CLASSIFICAÇÃO
Nos vasos de pressão podemos observar três dimensões através das quais
podemos classifica-los. Estas dimensões são o diâmetro interno (DI), o diâmetro
externo (DE) e o comprometimento entre tangentes (CET). O comprimento entre
tangentes (CET), representa o comprimento total entre as linhas de tangência, traçadas
entre o corpo e as calotas de um vaso de pressão.
Quanto à posição em que estas três dimensões encontram-se em relação ao
solo, os vasos de pressão podem ser classificados, como:
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2.2.1 - CORPO
2.2.2 - TAMPOS
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L R h
ASME 6% D 0,06 D 0,169 D
ASME 10% D O,1 D 0,194 D
ASME 2:1 (falsa elipse) 0,904 D 0,173 D 0,25 D
2.2.3 - ABERTURAS
Todos os vasos de pressão têm sempre várias aberturas, sendo que elas
possuem diversas finalidades. Dentre as aberturas existentes, as principais são os
bocais e as bocas de visita. Além destas, outras aberturas existentes são feitas para
permitir a ligação entre o corpo do vaso e outras partes do mesmo vaso, como por
exemplo, a ligação a potes de drenagem. Estas aberturas podem ser feitas, tanto no
corpo do vaso como nos seus tampos. A figura a seguir mostra vários exemplos de
aberturas em vasos.
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2.2.3.1 - BOCAIS
São aberturas existentes nos vasos de pressão para possibilitar a ligação destes
com tubulações de entrada e saída de produto e para instalação de válvulas de
segurança, instrumentos de controle, drenos e respiros.
São as portas por onde se dá o acesso ao interior dos vasos de pressão, para
inspeção, limpeza, manutenção, montagem e remoção de peças internas. Na maioria
dos casos, as bocas de visita são construídas de modo similar a um bocal flangeado,
sendo a sua tampa, um flange cego.
2.2.4 - REFORÇOS
A figura a seguir mostra os tipos de reforços usados nas aberturas dos vasos de
pressão.
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2.2.5.1 - BANDEJAS
2.2.5.2 - DISTRIBUIDORES
São tubos internos, com ou sem ramificações, para espalhar o líquido que entra
no vaso.
2.2.5.3 - GRADES
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2.2.5.6 - ENCHIMENTO
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Também chamados demisters. Eles podem ser usados tanto para reter gotículas
como partículas sólidas. Os retentores de gotículas são usados para evitar o arraste de
líquido em correntes de vapores. Os vapores em movimento no interior de um vaso
arrastam gotículas que, ao passarem pelo retentor ficam retidas nas suas malhas. As
gotículas acumuladas formam gotas que caem novamente sobre o nível líquido do
vaso.
Estes demisters são fabricados com fios de arame formando malhas com
dimensões controladas e adequadas às exigências do processo. Eles são divididos em
seções, compactadas e montadas entre grades ligadas por arames, o que facilita seu
manuseio, montagem, aumento ou redução do número de camadas do retentor e
permitem a sua instalação no interior dos vasos. Os materiais mais usados na
fabricação dos fios, que constituem o retentor e parte estrutural, são: aço carbono ou
inoxidável austenítico para a parte estrutural e aço inoxidável, monel ou plástico para os
fios que compõem a malha do retentor.
Já os retentores de partículas são usados para reter as partículas sólidas
contidas na corrente de gases e são fabricados da mesma maneira que os retentores
de gotículas. O material particulado retido na malha será removido apenas nas paradas
operacionais, quando o conjunto deve ser removido para limpeza e manutenção.
Quando a espessura da malha do retentor estiver inferior ao projetado ou parte
dela estiver danificada, podem ser adicionadas mais camadas ou substituídas as
danificadas, sem a necessidade de mexer nas demais camadas, desde que o fio usado
na malha esteja em boas condições físicas.
A figura a seguir mostra, esquematicamente, a colocação e o funcionamento de
um vaso com demister.
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• Reforços de vácuo;
• Anéis de suporte de isolamento térmico externo;
• Chapas de ligação, orelhas ou cantoneiras para suportes de tubulação, plataformas,
escadas ou outras estruturas;
• Suportes para turcos de elevação de carga;
• Turcos para as tampas de bocas de visita e outros flanges cegos.
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2.2.7 - SUPORTES
Todos os vasos de pressão devem ter suporte próprio não se admitindo, mesmo
para vasos leves ou de pequenas dimensões, que fiquem suportados pelas tubulações
a ele ligadas.
Existem vários tipos de estruturas de suporte, tanto para vasos verticais como
para vasos horizontais.
A maioria dos vasos horizontais são suportados em dois berços (selas), sendo
que, para permitir a livre dilatação do vaso, em um dos berços de furos para os
chumbadores são ovalados (furos oblongos).
Considerando-se o vaso de pressão em questão como sendo uma viga bi-
apoiada, com os extremos em balanço, os berços deveriam ser colocados em uma
posição tal que seja obtido no meio do vão entre os suportes um momento fletor igual à
soma daqueles nos pontos de apoio, como mostra a figura a seguir.
Este problema já foi estudado por ZICK que, levando em consideração o efeito
enrijecedor dos tampos sobre a parte cilíndrica, construiu um ábaco permitindo localizar
adequadamente os suportes de um vaso de pressão horizontal.
A figura a seguir mostra desenhos dos suportes de vasos de pressão horizontais
mais usados na indústria.
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Nas figuras a seguir podemos observar os diversos tipos de suportes para os vasos
verticais.
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3 - CÓDIGOS DE PROJETO
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3.3 - SNCT
3.5 - P - NB - 109
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4 - MATERIAIS
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Temperaturas Limites (º C)
Notas: (1) Para temperaturas de projeto superiores a 550º C, recomenda-se o uso de aços inoxidáveis
tipo "H".
(2) Chama-se atenção para a possibilidade de formação de "Fase Sigma", para temperaturas
acima de 600º C, resultando em severa fragilização do material. Essa mudança na estrutura
metalúrgica ocorre, principalmente, para os aços tipos 316 e 310.
(3) Esses materiais são suscetíveis de sofrer fragilização operando em torno de 475º C por
períodos longos.
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Classe III - Partes internas soldadas ao vaso não submetidas a esforços principais
(chicanas, defletores, quebra-vórtice, vertedores, etc.). Partes externas
soldadas ao vaso, submetidas a esforços em operação, como por exemplo,
suporte de qualquer tipo (saias, colunas, berços, etc.) elementos de
sustentação de escadas, plataformas, tubulações externas, etc. Para os
suportes, esta classe inclui somente as partes dos suportes diretamente
soldados ao vaso ou muito próximas do mesmo.
Classe IV - Partes internas desmontáveis (não soldadas ao vaso), como por exemplo,
bandejas, borbulhadores, grades, vigas de sustentação, distribuidores,
feixes tubulares, etc.).
Classe V - Partes de suportes de qualquer tipo não incluídos na Classe III. Para todas
as partes desta Classe a temperatura de projeto é sempre a temperatura
ambiente.
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Nota - Deve ser empregado o mesmo material do casco, quando for exigido por motivo de
resistência à corrosão.
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Numa faixa de temperatura mais elevada e para serviços com hidrogênio, são
muito utilizados os aços de liga Mo e Cr -Mo, sendo os mais comuns os seguintes:
ASTMA A - 204 Gr A/B/C (1/2 Mo); ASTM A - 387 Gr 11 (1 ¼ Cr- ½ Mo); ASTM A - 387
Gr 22 (2 ¼ Cr - 1 Mo).
5 - DEFINIÇÕES
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6 - REVESTIMENTOS
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- Custo Î Devido ao alto preço da maioria dos materiais resistentes à corrosão, é mais
econômico aplicar um revestimento delgado de material resistente sobre uma chapa
base do que fabricar o equipamento em material resistente à corrosão;
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- materiais metálicos;
- plástico;
- vidro;
- porcelana;
- concretos refratários;
- concretos antierosivos.
6.2.1 - CLAD
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7 - MECANISMOS DE DESGASTE
7.1 - CORROSÃO
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Ela provoca a ruptura do metal pela ação combinada de corrosão e tensão. Pode
ocorrer mesmo em presença de meios agressivos que não atacariam o metal se não
existissem tensões residuais e/ou decorrentes de esforços externos. É uma
deterioração perigosa porque não evidencia sinais externos, até que se inicie a ruptura.
Os aços inoxidáveis, principalmente os austeníticos, podem sofrer este ataque
em presença de soluções aquosas de cloretos. Ligas de alumínio contendo cobre,
magnésio ou zinco, também são suscetíveis a CST, mesmo em meios fracamente
agressivos. Já o monel e as ligas de cobre, são atacadas pela amônia.
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7.10 - EROSÃO
Esta é outra causa de deterioração dos metais que pode ocorrer em vasos de
pressão. É causada pela presença de sólidos em uma corrente fluida e também por
gotículas contidas numa corrente de gás ou vapor. Ocorre geralmente, em áreas onde
existe uma restrição ao escoamento, ocasionando altas velocidades localizadas ou
onde existem mudanças bruscas na direção do escoamento. São locais típicos de
ocorrer erosão os seguintes:
7.11.1 - GRAFITIZAÇÃO
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quando em solução com ferro (na forma de Fe3C - cementita), a grafitização, ou seja, a
quebra da ligação ferro-carbono, reduz a resistência mecânica dos aços.
7.11.4 - SENSITIZAÇÃO
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Elas podem vir a provocar falhas num vaso de pressão ou tornar a sua operação
deficiente. São causadores de avarias mecânicas, os mecanismos destacados a seguir.
7.12.4 - VIBRAÇÃO
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8 - INSPEÇÃO
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devem ser registrados. A taxa de corrosão e a vida residual de cada ponto devem ser
calculadas e também registradas.
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• T.I. deve observar se a limpeza realizada atende as condições mínimas para uma
boa inspeção;
• Ao término de cada inspeção o T.I. deverá emitir as recomendações contendo os
reparos necessários e não previstos na lista de serviços de parada, no relatório RI,
pendentes ou nas recomendações de pré-parada;
• Registrar todos os fatos e observações relevantes, através de foto, croqui e
anotações para consulta, estudos posteriores e confecção de relatório;
• Caso seja necessário um relatório descrito além do formulário existente para cada
equipamento, este deve seguir a mesma disposição do formulário de condições
físicas;
• Em função das ocorrências observadas durante a inspeção, podem ser realizados
END além do pré-determinado para avaliar com maior precisão a integridade do
equipamento;
• Os END deverão ser realizados utilizando-se procedimentos qualificados. Os
inspetores de END deverão ser qualificados e certificados pelo Sistema Nacional de
Qualificação e Certificação - SNQC;
• Sempre que for utilizado água no interior de equipamentos que possuam clad ou
lining, esta deve ser tratada e com teor máximo de 50 ppm de cloretos.
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8.3 - TESTES
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Onde:
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• Primeira etapa:
Pressão igual a 50% da pressão de teste durante t1 = 15 minutos ou mais o tempo
necessário para a inspeção do vaso;
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• Segunda etapa:
Pressão igual a 100% ou da pressão de teste durante t2 = 30 minutos (no mínimo, não
devendo ser executada, por motivos de segurança, nenhuma inspeção nesta etapa);
• Terceira etapa:
Pressão igual a 65% da pressão de teste durante t3 = 15 minutos mais o tempo
necessário para a inspeção do vaso. Depois de completada esta etapa, a pressão deve
ser reduzida gradativamente até a pressão atmosférica e abrir os bocais superiores
para evitar vácuo no esvaziamento.
Este teste é executado quando o vaso e seus suportes e/ou fundações não
sustentam o seu peso com água ou quando não for possível uma perfeita secagem
para a eliminação da água, restando traços que não serão permitidos por motivos
operacionais.
A pressão de teste, de forma alguma, deve exceder o valor calculado pela
pressão a seguir:
Onde:
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8.3.6.1 - BANDEJAS
São considerados exames não destrutivos, todo exame, que, realizado sobre
peças acabadas ou semi-acabadas, não prejudicam nem interferem com o uso futuro
da mesma.
A principal utilização dos exames não destrutivos (END's) em vasos de pressão é
na garantia da qualidade de soldas. Por isso, alguns dos critérios de aceitação aqui
descritos referem-se às juntas soldadas.
Os principais END's utilizados na inspeção de vasos de pressão são os
relacionados a seguir, sendo todos eles abordados pela seção V do código ASME.
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outro método não destrutivo. Uma inspeção visual realizada por inspetor experiente
pode revelar informações sobre a presença de trincas, mordeduras, falta de
penetração, reforços excessivos e, além disso, indicar locais de prováveis defeitos
internos, denunciados por irregularidades em cordões de solda.
9.5 - ULTRA-SOM
10 - CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO
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• Não deve haver indicação linear cuja maior dimensão seja maior do que 1,6 mm;
• Não deve haver indicação arredondada cuja maior dimensão seja maior do que 4,8
mm;
• Não deve haver 4 ou mais indicações arredondadas cuja maior dimensão seja maior
do que 1,6 mm; separadas de menos de 1,6 mm de borda a borda.
Onde:
Na Petrobrás, o exame com líquido penetrante deve ser feito como prescrito na N-1596.
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Para vasos de pressão, deve ser utilizado como critério de aceitação o Apêndice
6 do código ASME, seção VIII, Divisão 1 que descreve os métodos a serem
empregados para a realização do exame. Os critérios são os iguais aos descritos para
o exame por líquidos penetrantes.
Na Petrobrás, o exame por partículas magnéticas deve ser feito como descrito na
N - 1598.
1 1,2 e 3 31.7
3 1,2 e 3 19
4 1e2 15,8
5 1e2 0
9A 1 15,8
9B 1 15,8
10 A 1 19
10 B 2 15,8
10 C 1 15,8
10 F 6 19
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• Deve ser feita, no mínimo, uma radiografia a cada 15 metros de solda de cada
operador. Quando dois ou mais soldadores fazem a mesma solda, essa radiografia é
válida para ambos os soldadores;
• O comprimento mínimo para cada radiografia é de 15 cm;
• Não são aceitos as seguintes descontinuidades: qualquer tipo de trinca, falta de
fusão ou falta de penetração; inclusões de escória isoladas ou com comprimento
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maior do que 2/3 de (e) ou 19 mm, o que for menor, sendo que (e), a espessura da
chapa mais fina da junta soldada;
• Inclusões de escória em linha são aceitas desde que a soma do comprimento de
todas elas for inferior a (e), num comprimento igual a 6 (e) e se as escórias
estiverem separadas de, no mínimo, 3 L, sendo L o comprimento da maior escória;
• Indicações arredondadas não são fator de rejeição de uma junta soldada.
Caso haja radiografias reprovadas, deverão ser tiradas mais duas radiografias
de, no mínimo, 15 cm, na mesma solda da radiografia reprovada. Se essas duas
radiografias adicionais, mais a radiografia do reparo efetuado forem aprovadas, o trecho
de solda representado por essas radiografias também estará aprovado. Se no entanto,
qualquer das duas radiografias adicionais for reprovada, o trecho da solda representado
por esta radiografia deve ser totalmente refeito estando sujeito a uma radiografia como
se fosse uma nova solda.
Na Petrobrás, o exame radiográfico deve ser feito como prescrito na N - 1595.
11 - REPAROS
De acordo com a nomeclatura utilizada pelo código API (RP 510), é considerado
reparo como todo o trabalho necessário para se recolocar um vaso de pressão numa
condição adequada de operação, de maneira que os requisitos dos códigos de projeto
sejam atendidos.
A grande maioria dos reparos necessários em vasos de pressão estão
relacionados a defeitos em juntas soldadas. Portanto, os procedimentos de reparo
podem ser considerados como sendo procedimentos de reparos com solda.
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a) Em aço carbono:
- Qualquer profundidade de reparo para vasos em serviço letal e com
temperatura de operação inferior à - 45 ºC;
- Quando a profundidade total do reparo exceder a 38 mm (soma das
profundidades de reparos de cada lado da solda).
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REPARO ALTERNATIVO
MOTIVO DO TTAT
RECOMENDADO
Todo reparo alternativo, antes de ser empregado, deve ser qualificado conforme
os requisitos do código de construção para procedimentos de soldagem, acrescido de
uma verificação de microdureza da ZTA, sendo o critério de aceitação o valor de 350
HV10. Além disso, todo reparo alternativo, após a sua conclusão deve sofrer:
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12 - PROGRAMAÇÃO DE INSPEÇÃO
Onde:
tc = (ti - tf) / t
Onde:
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2 3 4 5
1
P.V < 100 P.V < 30 P.V < 2,5 P.V < 1
CLASSE DE FLUIDO P.V ≥ 100
P.V ≥ 30 P.V ≥ 2,5 P.V ≥ 1
CATEGORIAS
"A"
- Líquidos inflamáveis
- combustíveis com temperatura igual
ou superior a 200 ºC.
- Tóxico com limite de tolerância ≤ 20
ppm I I II III III
- Hidrogênio.
- Acetileno.
"B"
- Combustível com temperatura menor
que 200 ºC. I
- Tóxico com limite de tolerância > 20 II III IV IV
ppm.
"C"
- Vapor de água
- Gases asfixiantes simples I II III IV V
- Ar comprimido
"D"
- Água ou outros fluidos são
enquadrados nas classes "A", "B" ou II III IV V V
"C", com temperatura superior a 50 ºC.
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CATEGORIA DO TESTE
EXAME EXTERNO EXAME INTERNO
VASO HIDROSTÁTICO
CATEGORIA DO TESTE
EXAME EXTERNO EXAME INTERNO
VASO HIDROSTÁTICO
13 - DETERMINAÇÃO DA CORROSÃO
Estas medidas podem ser obtidas por vários processos, destrutivos ou não
destrutivos, em função de fatores tais como: precisão desejada da medida, dificuldade
de acesso à área a ser medida, tempo disponível, custo, etc.
Para medir-se a espessura da parede de vasos de pressão, vários processos
podem ser utilizados, conforme os itens seguintes.
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14 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3 - SILVA, Afonso Carlos Leandro da. Vasos de Pressão - Teoria. Petrobrás - Petróleo
Brasileiro S.A. SEREC/CEN - SUD. Rio de Janeiro.
6 - NORMAS PETROBRÁS.
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