Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Departamento de Química
Coordenação de Curso Técnico
OPERAÇÕES
UNITÁRIAS II
BELO HORIZONTE
REVISÃO 2016
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Departamento de Química
Coordenação de Curso Técnico
SUMÁRIO
6. SECAGEM ........................................................................................................................................... 32
6.1. Introdução .................................................................................................................................... 32
6.2. Balanços de massa .................................................................................................................... 32
6.3. Equipamentos de secagem ....................................................................................................... 33
7. EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................... 36
7.1. Balanço de Massa Extração Líquido-Líquido ......................................................................... 36
7.2. Balanço de Massa Extração Sólido-Líquido ........................................................................... 38
7.3. Balanço de Massa Absorção .................................................................................................... 39
7.4. Estudo dirigido: Absorção, Adsorção e Evaporação ............................................................. 40
7.5. Balanço de Massa Evaporação ................................................................................................ 41
7.6. Balanço de Massa Secagem .................................................................................................... 42
BIBLIOGRAFIA: .......................................................................................................................................... 43
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
1.1. Introdução
Mistura
Extrato
líquida com o
composto de
interesse
Refinado
Entrada do
Alimentação solvente
Agitadores
Extrato
Decantador
Refinado
Óleo essencial
Hidrocarboneto
Óleo Extrato
5
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
6
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
7
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
O uso dos sistemas em corrente cruzada é também denominado de extração por contato
múltiplo com o solvente puro. O solvente puro entra em contato continuamente com a
alimentação na qual o soluto é progressivamente removido. O refinado é altamente purificado
(caso seja a fase de interesse) ou o extrato é rico no componente de interesse. Porém há
desvantagens quanto ao uso excessivo do solvente resultando em um custo elevado e caso este
seja miscível no refinado este poderá está contaminado com o solvente ao término do processo.
A Figura 8 apresenta um esquema de um sistema em corrente cruzada em multiestágios.
8
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Co-corrente
Contracorrente
Estágio 2
Corrente cruzada
Estágio 2
Em que:
A, S, R e E = vazões mássicas da alimentação, solvente, refinado e extrato
M = Vazão mássica do ponto de mistura em equilíbrio
xA, xS, xR e xE = frações mássicas do soluto na correntes da alimentação, solvente, refinado
e extrato.
Agitadores palheta
9
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Fase pesada
Aglomeração das
gotas
10
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
2.1. Introdução
A extração do soluto agregado ao material sólido ocorre pelo contato com o solvente. O
processo envolve as seguintes etapas: primeiramente o solvente entra em contato com a
superfície da partícula que contém o soluto, ao entrar em contato, o solvente penetra e difunde
na matriz do sólido. O soluto ao entrar em contato com o solvente é solubilizado e transferido
para o meio líquido.
A dissolução no interior do sólido pode ser apenas uma interação física simples ou uma
reação química liberando o soluto para o meio líquido. Um fator que poderá afetar a etapa de
dissolução está relacionado à estrutura da matriz do sólido, ou seja, caso a matriz seja porosa o
solvente se difunde rapidamente na matriz promovendo a dissolução do soluto o contrário é
observado quando se tem uma matriz sólida compacta.
Por se tratar de um contato de uma superfície solida com o líquido, faz-se necessário
uma redução solido para que a área exposta seja a maior possível para que a transferência de
massa do soluto ao meio seja eficiente.
11
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
12
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Tampa
Água quente removível
Fatias de
beterraba
Fundo
removível
Solução de
açúcar
13
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Sólidos secos
Solvente
puro
Pulverização
Extração dos
sólidos úmidos
Solução contendo o
soluto
Figura 3: Extrator Bollman. Extrator sólido-líquido em leito móvel.
Sólido seco
Sólido
lixiviado
Solvente
puro
Solução contendo
o soluto
A lixiviação contínua com agitação poderá ser empregada quando o sólido puder ser
cominuído a um tamanho de aproximadamente 0,074 mm ou 200 mesh. A esse tamanho o
sólido poderá ser levado a um sistema com agitação contínua em contracorrente. Vários
agitadores em série com tanque sedimentadores ou espessadores farão parte de um sistema
contínuo de extração em contracorrente (Figura 5).
Solvente
puro
Alimentação
de sólidos
Sólidos
lixiviados
Solução
concentrada
Suspensão
sólido-líquido Raspador
Bomba
14
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
15
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
3. ABSORÇÃO
3.1. Introdução
Líquido rico
Gás rico em em soluto Gás pobre
soluto em soluto
De uma forma mais detalhada, o processo de absorção ocorre da seguinte forma: Seja
um soluto A presente em uma fase gasosa que entra em contato com uma fase líquida. Este
soluto A deverá apresentar certa solubilidade, ou seja, afinidade com o líquido. Finalizada a
etapa de absorção, a corrente gasosa estará pobre no componente A, enquanto que a fase
líquida estará rica no soluto A.
O processo inverso denominado de dessorção ou stripping ocorre quando o interesse
estará em uma corrente gasosa enriquecida no produto A. De forma semelhante, um líquido que
possua afinidade com o soluto A presente na fase gasosa, entra em contato com esta fase e
fazendo que o soluto A seja transferido para a fase líquida. Finalizado o processo de
transferência de massa, o líquido estará rico no soluto A e consequentemente o gás estará
pobre no soluto A. Como exemplo de dessorção, pode-se citar a extração da amônia de uma
solução aquosa mediante borbulhamento de ar através da solução. Na entrada o ar não conterá
amônia e sairá da coluna de dessorção rico em amônia, ou seja, ocorre uma transferência do
soluto da fase líquida para a fase gasosa.
16
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Para que a absorção ocorra é necessário que exista uma diferença de volatilidade muito
grande entre os componentes da fase gasosa e da fase líquida, para que a fase líquida não
perca seus componentes por vaporização e que não haja o equilíbrio líquido-vapor. Para que a
condição de equilíbrio líquido vapor não ocorra é necessário que o líquido esteja bem abaixo do
seu ponto de bolha e o vapor bem acima do seu ponto de orvalho.
Diferente da destilação, na absorção as fases líquidas e gasosas não possuem os
mesmos componentes. Os efeitos térmicos são devidos ao calor de solução do gás absorvido.
O processo de absorção e dessorção são bastante utilizados para separação, purificação
de misturas gasosas, concentração de gases, produção de ácidos (sulfúrico, clorídrico, nítrico e
fosfórico), amoníaco, amônia, entre outros, além de ser utilizado no tratamento de gases de
combustão do carvão, de refinarias do petróleo, de incineradoras, na remoção de odores como
de H2S, purificação de gases industriais, entre outros.
17
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Vt
Lt
L V
Vb
Lb
Balanço Global:
18
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Líquido
Recheios
Gás
Os recheios são responsáveis pelo aumento da área de contato entre o gás e o líquido
melhorando dessa forma a transferência de massa entre as duas correntes. Esses recheios,
semelhante aos da coluna de destilação, poderão apresentar as diversas configurações como
anéis de Raschig, de Lessing ou de Pall, Selas de Berl e poderão ser colocados na coluna de
forma estruturada ou desordenada. Os recheios deverão apresentar os seguintes requisitos para
a torre de absorção apresente elevada eficiência.
Quimicamente inerte aos fluidos da torre.
Mecanicamente resistente.
O empacotamento da torre não poderá promover retenção de líquido ou aumento de pressão
do gás.
Promover um bom contato entre gás e líquido.
Baixo custo.
Outra forma de melhorar o contato entre o gás e o líquido é mediante uso de colunas com
pratos perfurados (Figura 4). O gás passará pelos orifícios dos pratos promovendo uma melhor
distribuição desta corrente na fase líquida.
19
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Canal
Prato
perfurado
Gás
Líquido
20
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
4. ADSORÇÃO
4.1. Introdução
Coluna 1 Coluna 2
Próxima a saturação do leito, o fluido é desviado para uma segunda coluna para que não
haja paradas ao longo do processo. Após o desvio da corrente para a segunda coluna de
adsorção, a primeira será terá o leito regenerado ou substituído.
O adsorvente é um sólido que mantém o soluto preso a sua superfície mediante a ação
de forças físicas, ou seja, mediante forças de Van der Waals formando camada (monocamada)
ou multicamadas de moléculas (Figura 2).
a) b)
21
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Adsorvente
Poros
internos
Por apresentarem tamanhos de poros pequenos a área superficial total poderá atingir
valores de 2.000 m²/g de adsorvente.
O processo de troca iônica é um exemplo de um processo de adsorção, neste processo o
soluto fica retido por uma reação química com uma resina sólida trocadora de íons. Os íons em
solução podem ser removidos por este processo (Figura 4).
22
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Irreversível
W (g adsorvido/ g de sólido)
Favorável
Linear
Desfavorável
Concentração (ppm)
As isotermas denominadas de favorável são obtidas quando se tem uma elevada carga
de sólidos para uma baixa concentração de soluto presente na fase fluida. A linear é aquela em
que a quantidade adsorvida é diretamente proporcional a concentração do soluto no fluido.
As isotermas desfavoráveis necessitam de uma grande quantidade de material
adsorvente para obtenção de uma quantidade considerável de soluto adsorvido. Este tipo de
adsorvente geralmente apresentam uma superfície heterogênea. A isoterma irreversível é
caracterizada pelo aumento da quantidade de material adsorvido, porém este valor torna-se
constante mesmo com o aumento da concentração do soluto na corrente fluida. Este
comportamento ocorre devido à elevada afinidade do adsorvente com o soluto.
23
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Alimentação
Água
Purga
Solvente
Água
Gás limpo
24
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
25
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
5. EVAPORAÇÃO
5.1. Introdução
A evaporação tem como objetivo concentrar por meio da fervura do solvente uma solução
de um soluto não volátil com um solvente volátil. Na maior parte das soluções levadas para a
evaporação o solvente é a água. A evaporação consiste na vaporização do solvente visando
obter uma solução concentrada.
A evaporação difere da secagem por se apresentar como um líquido de elevada
viscosidade ao contrário da secagem que se obtém como produto final um sólido seco. Outra
diferença da secagem é que na evaporação a quantidade de água desprendida do meio é bem
maior. A evaporação difere da destilação a vapor por apresentar um único componente mesmo
quando o vapor da evaporação for um composto, pois o objetivo não é fracionar este vapor e sim
concentrar a solução inicialmente diluída.
A evaporação normalmente é realizada utilizando trocadores de calor modificados.
Esses trocadores apresentam uma superfície de transmissão de calor separando o meio
aquecedor (vapor condensado) e a solução em ebulição.
Como exemplos do uso do processo de evaporação pode-se citar a concentração
de soluções aquosas de açúcar, cloreto de sódio, hidróxido de sódio, glicerina, leite, suco de
laranja, entre outros Nestes casos o produto de interesse se encontra na solução concentrada.
26
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Balanço Global:
27
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Os evaporadores podem ser operados em efeito simples, efeito múltiplo com alimentação
em paralelo e efeito múltiplo com alimentação em contracorrente. A seguir serão descritos cada
um desses modos operacionais.
Evaporadores de efeito simples: A Figura 1 apresenta uma representação esquemática
do uso de um evaporador em uma única etapa. A alimentação entra no evaporador troca calor e
deixa o equipamento.
Vapor Tl
Alimentação Tf
Tubos trocadores
de calor
Vapor de água Ts
Condensado
Produto
Concentrado
Alimentação Tf
Vapor de água Ts
Condensado
28
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Alimentação Tf
Vapor de água Ts
Condensado
Produto
Concentrado do Concentrado do
Concentrado
segundo efeito terceiro efeito
29
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Vapor
Vapor de
água
Alimentação
Vapor
condensado
Concentrado
Alimentação
Vapor de
água
Vapor
condensado
Concentrado
Este equipamento utiliza tubos verticais com tamanho variando de 3 a 10m de altura que
promove uma ascensão do líquido no interior dos tubos do trocador de calor com uma maior
velocidade, ou seja, um menor tempo de contato (Figura 6). O líquido entra em contato com as
paredes do trocador apenas uma única vez e não ocorre a recirculação elevando o coeficiente
de transferência de calor. Este equipamento é bastante utilizado para obtenção de leite
condensado.
Vapor
Vapor de
água
Vapor
condensado
Concentrado
Alimentação
Vapor
Vapor de
água
Concentrado
Vapor
condensado
Alimentação
31
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
6. SECAGEM
6.1. Introdução
32
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Bandejas
Aberturas
ajustáveis
Entrada de ar
Saída de ar
Aquecedor Ventilador
Aberturas
ajustáveis Ventilador
Entrada de ar
Aquecedor
Material
seco
Material
úmido
Entrada das
carretilhas Saída de ar Bandejas móveis
Aquecedores
Correa transportadora
Material
seco
Neste equipamento o material granular é colocado sobre uma esteira perfurada que
passa por diversas seções contendo os aquecedores e ventiladores para distribuição do ar
aquecido. O ar aquecido se movimenta em todas as direções para melhorar a transferência de
calor ao longo do equipamento.
Secador rotatório: Nos secadores rotatórios o material úmido é alimentado no topo do
equipamento como mostra a Figura 4. O sólido entra em contato com o gás aquecido em
contracorrente e algumas vezes o contato ocorre de forma indireta através das paredes
aquecidas do cilindro.
Alimentação Aquecedores
Saída Entrada
de ar de ar
Material
seco
Vista frontal
34
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
Tambor aquecido
internamente com
vapor de água.
Aplainador
Material
seco
Alimentação
líquida ou
suspensão
Alimentação líquida
Câmara de
aspersão
Saída de gases
Ar quente
Ciclone
Gotas
Material
seco
Transportador helicoidal
35
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
7. EXERCÍCIOS
1) De modo a evitar danos ao meio ambiente, um efluente contendo inicialmente 30% e massa
de acetona e 70% de água é submetido a um processo de extração com metil isobutil cetona
(MIBC). A mistura produzida apresenta 20% de acetona, 47% de água e 33% de MIBK. Calcule
a fração de acetona recuperada no extrato, considerando-se um único estágio de equilíbrio.
2) Uma mistura de 20% em peso em água, 33% de acetona e o resto de MIBC atinge o
equilíbrio. Se a massa total do sistema é de 1,2 kg, pede-se:
a) A composição do extrato e do refinado.
b) A massa do refinado e do extrato.
3) 1000 kg de uma solução 30% em peso de acetona em água e uma segunda corrente de metil
isobutil cetona (MIBC) pura alimentam um misturador. A mistura passa por um decantador, onde
se formam duas fases, que são retiradas separadamente a 25°C. Que quantidade de MIBC deve
alimentar o processo para reduzir a concentração de acetona na fase rica em água para 15% em
peso, admitindo que a mistura permanece no decantador o tempo suficiente para atingir o
equilíbrio.
4) 5 kg de uma mistura 30% em peso de acetona e 70% de água são adicionadas a 3,5 kg de
uma mistura de 20% em peso de acetona e 80% em peso de MIBC. Determine a massa da
mistura. Use a figura da questão 1 para estimar a composição da fase extrato e refinado.
5) A água é usada para extrair acetona de uma mistura contendo 30% em massa de acetona e
70% em massa de MIBC (metil isobutil cetona) que escoa com uma vazão de 200 kg/h. Esse
processo de extração ocorre em dois estágios e a cada estágio são adicionados 300 kg/h de
água. Ao término do processo as frações de extrato do estágio 1 e 2 são misturadas. Determine
a composição da acetona nesta mistura e qual foi a remoção de acetona neste sistema. Dados
do equilíbrio:
Estágio 1 Estágio 2
Extrato Refinado Extrato Refinado
Acetona 0,095 0,15 0,04 0,085
MIBC 0,025 0,815 0,02 0,89
H2O 0,88 0,035 0,94 0,025
Respostas:
36
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
37
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
1) Uma farinha de peixe, que contém 25% em massa de óleo e 75% em massa de material
inerte é submetida a uma extração na presença de um solvente adequado. A solução obtida
apresenta 20% em massa de óleo e o restante de solvente, enquanto o resíduo sólido 0,5% de
óleo, 4,5% de solvente e o restante em material inerte, todas em massa. Calcular a massa de
farinha de peixe necessária para se obter 1000 kg de solução.
2) Dispõe-se de 2000 kg de sementes contendo 30% de óleo em massa que pode ser
extraído com hexano recuperado, contendo 0,5% de óleo. Obtém-se uma solução de óleo em
hexano com 40% de óleo em massa e a torta contendo 4,5% de hexano e 0,5% de óleo.
Calcular a massa de óleo obtida na extração.
3) Um extrator recebe grãos de soja para a produção de óleo de soja. Os grãos que
alimentam o extrator possuem 13% de óleo em massa. Esses grãos são moídos e levados ao
extrator. O processo de extração ocorre mediante adição de hexano como solvente e a razão de
alimentação é de 3 kg de hexano para cada kg de soja moída. Ao término do processo a mistura
é encaminhada a um filtro e a torta formada apresenta 75% em massa de inerte e o restante é
constituído por óleo e hexano. Sabe-se que esse processo apresenta uma remoção de 85% do
óleo contido no grão.
a) Determine a massa de solução obtida e a composição da mesma em óleo e solvente.
b) Determine a massa de final da torta e sua composição.
c) Avalie os resultados obtidos e proponha uma melhoria para esse processo e como o solvente
deverá ser recuperado.
Respostas:
1) 810kg de farinha
2) 597,6kg de óleo
38
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
1) Uma Torre de Absorção deverá ser dimensionada para absorver 95% da acetona presente
em uma mistura gasosa, cuja composição é 80% em ar e o restante em acetona. A Acetona
será absorvida por contato em contracorrente com água pura, gerando uma solução aquosa com
a vazão mássica de 100kg/h, com teor em massa de 10% de acetona. Calcule:
a) A Vazão mássica da mistura a ser alimentada na torre;
b) A Vazão mássica e a composição do gás efluente da torre;
2) Uma mistura gasosa propano-ar contendo 10% de propano e vazão mássica de 122 kg/s é
carga de uma coluna de absorção onde entra em contato com óleo de absorção isento de
propano. Deseja-se que este óleo absorva 90% do propano presente na mistura gasosa. O teor
em massa de propano no óleo efluente da coluna é 40%. Calcule:
a) A Vazão mássica de óleo de absorção a ser utilizada;
b) A vazão mássica de líquido efluente da coluna;
c) A vazão mássica de gás, a vazão mássica de propano e o teor de propano na mistura gasosa
efluente da coluna;
3) Uma corrente gasosa na vazão de 50kg/h com teor de CO2 de 12% e o restante de
hidrocarbonetos é tratada em uma coluna absorvedora para reduzir o teor de CO2 a um máximo
de 1% do que é alimentado. O solvente é o MEA (monoetanolamina) e entra puro na coluna. A
razão em massa de CO2/MEA da solução rica em CO2 deverá ser no máximo de 0,45.
Considerando desprezível a absorção de hidrocarbonetos pela solução de MEA, calcule:
a) A fração de CO2 absorvida no líquido;
b) A vazão mássica de solvente que entra na coluna;
c) A vazão mássica de gás e líquido efluente a coluna;
d) A Composição do gás efluente a coluna.
4) Uma corrente de ar com teor de amônia de 25% é carga de uma torre de absorção, onde o no
topo é usada água pura como solvente. O teor de amônia no gás efluente da torre é de 5% e o
teor de água na solução efluente no fundo da torre é de 90%. A mistura gasosa entra na torre a
vazão de 5kg/min. Calcule:
a) As vazões mássicas do gás e da solução efluentes a torre;
b) A vazão mássica de água usada como líquido de absorção;
c) A fração de amônia recuperada na torre;
d) A quantidade de ar que deixa a torre na corrente gasosa.
Respostas:
1) a) A = 52,6kg/h
b) G = 42,6kg/h; Composição gás efluente: xacet G = 0,01; xar G = 0,99
2) a) S = 16,5kg/s
b)L = 27,5 kg/s
c) G = 111kg/s; PropG= 2,2kg/s; Composição: xprop G = 0,02; xar G = 0,98
3) a) xCO2 L = 0,31;
b)S = 13,2kg/h;
c) G = 43,8kg/h; L = 19,14kg/h
d) Composição: xCO2 G = 0,14; xHCA G = 0,9986
39
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
7) Deseja-se recuperar benzeno presente na mistura gasosa ar-benzeno com teor em massa de
benzeno de 18% por meio de adsorção em leito de carvão. O teor em massa de benzeno no ar
efluente do processo é 1%. Calcule a fração adsorvida de benzeno.
40
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
2) Uma fábrica produz NaOH a partir de uma solução aquosa de, contendo 10% de NaOH que é
alimentada continuamente, com a vazão mássica de 10kg/h, em um evaporador, onde parte da
água é removida da solução. Se a solução final contiver 50% de NaOH, calcule:
a) A vazão mássica de água evaporada;
b) A vazão mássica da solução final.
3) Deseja-se preparar 160kg/h a 40°C de uma solução de soda cáustica com teor de 50% de
NaOH, a partir de uma solução a 12% de NaOH. Calcule:
a) A vazão mássica de solução na alimentação;
b) A diminuição em vazão mássica ocorrida na solução.
4) O teor em massa de sal de uma solução aquosa é de 25%. Calcule o teor de sal na solução
final, se for evaporada 40% da água originalmente presente?
5) Uma solução de soda caustica à 10% deve ser concentrada em um evaporador onde 500kg
da água da solução são evaporados e removidos. Se a solução concentrada final contiver 28,2%
de NaOH, calcule:
a) A massa da solução concentrada;
b) A massa da solução na alimentação
c) A fração da água originalmente presente na solução que foi evaporada.
6) Água do mar contendo 3,5% em massa passa por uma série de 10 evaporadores.
Aproximadamente quantias iguais de água são evaporadas em cada uma das 10 unidades, que
são então condensadas para formarem uma corrente de água limpa. O Produto do fundo do
ultimo evaporador contém 5% de sal. Se 30.000kg/h de água do mar forem alimentados no
processo, calcule a fração de água limpa produzida e a porcentagem de sal no produto de fundo
do quarto evaporador.
Respostas:
1) V = 8kg/h; S = 2kg/h;
41
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
1) Um determinado sólido contendo 20 % em massa de água necessita ser seco para produzir
um sólido que contenha no máximo 4 % de água. Calcule a % de remoção de água do sólido
original.
2) Uma lama de talco contém 75,0% em massa de água. 80,0% da água é removida por filtração
e secagem, em uma única unidade de processo, o que faz a massa de lama reduzir em 72,0 kg.
Calcule:
a) a massa original da lama;
b) a % de água presente na lama após a filtração e secagem.
3) Polpa de papel úmida contém 71% de água. Após secagem, 60% da água original foram
removidos. Calcule:
a) A composição da polpa seca; :
b) A massa de água removida por kg de polpa úmida.
4) Deseja-se obter um sólido com no máximo 1% de água. Qual deve ser o teor máximo de água
do sólido a ser alimentado em um secador, se a remoção máxima prevista para o equipamento é
de 96%?
5) Um material sólido contém 30% de umidade. Após secagem num secador industrial, sólido
inicial (3t) liberou 400 kg por evaporação da umidade. Calcule:
a) a % de umidade em base seca do sólido inicial
b) a % de umidade em base úmida do sólido final
c) a % de umidade em base seca do sólido final
d) a percentagem de remoção de água no secador
6) Deseja-se secar um sólido contendo 40% em massa de água, utilizando Ar seco. Sendo que
a umidade do ar na saída do secador é de 16,67% (em massa) e que o sólido final deve conter
5% em massa de água, qual a massa de Ar seco a ser utilizada por quilo de sólido úmido
alimentado. Qual massa de ar úmido saindo do secador?
7) Um sólido contendo 25% de água é continuamente alimentado com uma vazão de 1000 kg/h
em um secador a ar, para reduzir o teor de água a um máximo de 4%. O ar usado para
aquecimento tem a umidade de 0,90 kg água / 100 kg ar seco. O ar efluente do secador deve ser
limitado a 21,4 kg água / 100 kg ar seco. Calcule:
a) a porcentagem de remoção de água do sólido original;
b) a massa do ar seco alimentado.
Respostas:
1) 83,5%
2) a) 120kg b) 37,5%
4) 20%
7) a) 87,5% b) 1055,2kg
42
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Departamento de Química
BIBLIOGRAFIA:
FOUST, Alan S. et al. Princípios das operações unitárias. 2ed. reimpr. Rio de Janeiro: LTC,
2012. 670 p.
GAUTO, M.; ROSA, G. Química Industrial. Porto Alegre. Bookman – Série Tekne, 2013. ISBN
978-85-65837-60-6
McCABE, W. L., SMITH,J. C. e HARRIOT, P.. Unit Operations of Chemical Engineering. 6ª Ed.,
McGraw-Hill, 2001.
43