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TEMA:
Beira, 2021
DECLARAÇÃO DE HONRA
______________________________________________
Dedico este trabalho a verdadeira mentora da minha vida, a senhora Ana Paula Mateus
Mupombe mãe, as suas batalhas, orações, ensinamentos e amor fizeram com que chegasse
ao fim e realizasse este trabalho.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo dom da vida, pela força que sempre me
proporcionou para superar as dificuldades.
A minha mãe pais, Ana Paula Mateus Mupombe que acima de tudo acreditou em mim, e
deu total suporte neste percurso bem como o acompanhamento para que tal acontecesse.
Ao corpo docente da faculdade de Economia e Gestão pelo aprendizado que com amor,
dedicação e trabalho arduo proporcionaram a mim e aos meus colegas.
A todos que directa e indirectamente me ajudaram a tornar o meu sonho em realidade vai a
minha profunda gratidão.
RESUMO
O presente projecto tem como objectivo compreender o impacto das Organizações das
Nações Unidas na gestão de conflitos caso de Cabo Delgado, com foco para análise e
intervenção humanitária do conflito vivido nesta região. Moçambique é um dos países em
África que teve grandes descobertas de vários recursos com destaque ao mineral e
energéticos, e nos últimos tempos verifica-se instabilidade política nacional decorrente dos
interesses dos recursos acima citados.
International organizations stand out on the world stage, through their role in improving
relationships between member countries. Currently Mozambique is one of the countries in
Africa that has had great discovery of mineral resources such as gas, energy, among others,
and in recent times there has been a very high tension in terms of national political stability.
Thus, it is essential to discuss the impact of the UN's actions and role in resolving conflicts
in the country. The purpose of this monograph is to understand the impact of the United
Nations in conflict management between the State, in specific case: Cabo Delgado,
Mozambique, and based on the transference and conflict resolution theories, to be analyzed
from the UN actions.
1.1 Introdução
O presente trabalho insere-se num contexto complexo marcado por fim da guerra fria,
marcas identitárias e conflitos intra-estatais (África e Leste Europeu), esforços de
integração multiétnica como forma de gestão de conflitos e consolidação do Estado e o
conflito vivido em Moçambique, concretamente em Cabo Delgado.
Nos últimos tempos, Moçambique teve grandes descobertas de vários recursos naturais e
energéticos, facto que hoje estas descobertas têm originado um grande impacto na
instabilidade política nacional. Entretanto, Os conflitos políticos dominam as relações
internacionais contemporâneas, em matéria de paz e segurança internacional, devido a
preponderância da relação entre política e desenvolvimento local dos países como factor
para eclosão de conflitos, principalmente em Estados Africanos. (Mugaua, 2014).
Compreender o papel das organização das nações unidas na gestão de conflito entre
estados, (2017-2019).
Qual é o relevo das Nações Unidas face aos conflitos caso de Cabo Delgado?
Qual é o grau de eficácia que as Nações unidas têm tido nas suas intervenções
na resolução de conflitos.
1.5 Pergunta de Pesquisas
A existência de vários grupos tribais com interesses políticos e sem uma autoridade
política centralizada forte, contribuíu decisivamente para a eclosão e escalada de
conflito em Moçambique?
1.6.1 Temática
O trabalho te como tema: Organização das nações unidas na gestão de conflitos estudo de
caso: cabo delgado, Moçambique (2017-2019).
1.6.2.Espacial
A presente pesquisa será realizada na Cidade da Beira, com enfoque para os Conflitos
vividos na província de Cabo Delgado, Moçambique.
1.6.3.Temporal
Esta pesquisa será realizada num período de 2017 à 2019, período que viu-se grande
descobertas de recursos no pais e o aparecimento de grupos com interesses.
CAPITULO 2: REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Introdução
A ONU são uma entidade abrangente que integra a Organização das Nações Unidas
(ONU), que se rege nos seus aspectos fundamentais pela Carta, e por um conjunto de outras
organizações ou órgãos de natureza multilateral. A ONU é a única organização
internacional onde têm assento 192 estados, ou seja praticamente todos os estados
existentes. Ficam de fora a Santa Sé (considerada uma “entidade soberana”) que detém o
estatuto de observador, a Autoridade Palestiniana (considerada um proto-estado), que
detém também o estatuto de observador, assim como vários países, territórios ou povos que
por razões de vária ordem não pretendem ter ou não conseguem obter, reconhecimento
formal, como é o caso de Taiwan, Tibete, Sara Ocidental, República Turca do Norte de
Chipre, Chechénia, Kosovo, Ossétia do Sul e Abcácia. As NU integram dezanove
agências/organizações especializadas e mantém relações com quarenta e sete organizações
intergovernamentais e quatro outras organizações/entidades. Ou seja, as ONU são o maior
fórum de diálogo, nas mais variadas áreas, jamais criado pela humanidade. Interessa
sublinhar que as ONU não são um governo mundial, não têm forças armadas, não lançam
taxas, não se sobrepõem aos estados, excepto em questões de paz e segurança. De facto, os
estados, ao aceitarem os termos precisos de adesão contidos na Carta, delegam nas NU a
responsabilidade final pela manutenção da paz e segurança internacional, ou seja, delegam
soberania nesse aspecto particular, sendo por isso pertinente afirmar-se que a ONU não é
uma simples organização intergovernamental mas sim uma organização supranacional.
2.2.2 Antecedentes das Nações Unidas
A ONU foi estabelecida no ano seguinte, em 1946, tendo vários dos seus órgãos reunido
em locais provisórios quer em Londres quer em Nova Iorque, para se estabelecer, em 1950,
na sua sede definitiva em Nova Iorque. O que consideramos relevante quanto aos
antecedentes das NU, é que todos os trabalhos conducentes à sua criação tiveram lugar
durante a 2º Guerra Mundial, facto que marca inexoravelmente os seus princípios, estrutura
e equilíbrios de poder. b. A Organização das Nações Unidas A Carta é um documento
muito vasto. Contém um preâmbulo e cento e onze artigos, divididos por dezanove
capítulos, além do Estatuto do TIJ. Resulta da mesma a ONU. Os órgãos principais da
ONU estão previstos no artigo 7º da Carta. São eles a AG, o CS, o Secretariado, o CES, o
Conselho da Tutela e o TIJ. Abordaremos estes órgãos de seguida, excepto o Conselho da
Tutela (por estar desactivado desde 1994), na perspectiva que nos interessa.
As NU foram criadas como uma organização de estados para estados, de acordo com um
princípio geral de igualdade entre os mesmos, mas contraditório dentro da própria orgânica
das NU, que prevê o CS. No entanto, será fundamental ter ciente, quando se pensa no poder
das NU, ou para o efeito de qualquer outra organização multilateral, que o seu poder é
exactamente aquele que sobra do poder que os estados, principalmente os grandes estados
aristocráticos, no caso os membros permanentes do CS, reservam para si. Existe portanto
um permanente choque de poder e uma fronteira bem delineada entre a vocação ética e
universalista das NU e o interesse das grandes potências. Este será sempre o elemento
central da organização, que muito marca não só a sua margem de manobra, mas também o
seu prestígio e actuação, quer no plano interno (organização e ocupação de lugares) quer
externo (posições políticas e actuação). Por outro lado, tendo as NU sido pensadas numa
lógica internacional baseada em estados, compartimentados em fronteiras num mundo
ainda pouco globalizado, o seu poder nos dias de hoje encontra dificuldades de aplicação
por a realidade do actual ambiente estratégico já não corresponder fielmente a esse modelo.
De facto, num ambiente estratégico globalizado, sem fronteiras em vários domínios, em
que os actores internacionais tradicionais partilham poder, cada vez mais, com as grandes
multinacionais, as praças financeiras “off-shore”, as organizações não-governamentais, o
crime organizado, o terrorismo internacional e a sociedade de informação, a actuação das
NU fica, no mínimo, muito condicionada. Por outro lado, a conflitualidade do século XXI
está profundamente marcada por uma diminuição de conflitos entre estados - onde poderá
ainda prevalecer alguma racionalidade e uma lógica de força/direito – mas também por um
aumento da conflitualidade baseada no “ser” e na “afirmação”, onde a capacidade de
actuação das NU está fortemente condicionado.
Interessa salientar que as fontes de poder das NU são totalmente diversas das fontes de
poder dos estados ou grupos sociais, por sua vez, diferentes hoje do que eram antigamente.
Por exemplo, enquanto o poder dos estados modernos e de muitos actores não estaduais, se
projecta nas relações internacionais pelo seu território, população, riqueza, conhecimento,
ideologia, tecnologia, diplomacia, forças armadas, prestígio, determinação, método de
actuação, etc., que será normalmente usado na prossecução dos seus interesses, por outro
lado, o poder das organizações multilaterais, nomeadamente das NU no cumprimento da
sua missão - promoção da paz, segurança e desenvolvimento – ou seja, o poder para a
resolução de conflitos, armados ou não, é de natureza totalmente diferente. Michell Virally
identifica três categorias genéricas de poder para as organizações internacionais,
nomeadamente para as NU: o poder de debater; o poder de decidir; o poder de agir (Virally,
1972: 157).
O poder de debater, não parecendo, é uma arma poderosa. Promove a informação mútua, a
universalidade, o auscultar de posições, a reflexão, o amadurecimento de ideias, a
diplomacia multilateral, a mediação, finalmente, o consenso. O poder de debater inerente às
NU actua geralmente de forma eficaz sobre os estados, no que diz respeito ao balizamento
dos seus interesses, perspectiva de resultado final e principalmente do estabelecimento do
quadro ético-moral dominante.
O poder de agir, usado frequentemente pelo CS, onde já não se trata de discutir ou decidir,
mas sim de dispor de vontade e capacidades, para agir sobre os estados ou sobre as coisas.
Não tendo as NU território, população, economia, nem forças próprias, nem colocando os
estados forças à disposição de forma permanente, a capacidade de agir da organização é
limitada, mas existe. Pela acção diplomática, primeiro, pelo inquérito, pela acção coerciva,
pela pacificação através das missões de paz, pela assistência, pela administração, no limite,
pela guerra. O poder de agir é vasto e actua sobre os actores internacionais tendo em vista
vergar o seu comportamento.
Mas tão importante como reconhecer o poder das NU é perceber onde estão os seus “não-
poderes” que mais cedo ou mais tarde motivarão, a tão falada, mas sempre adiada, reforma
efectiva das NU. O primeiro será a representatividade do CS, ou de muitos outros órgãos
das NU, totalmente dominados pelos estados aristocráticos das NU. A correcção deste
aspecto será absolutamente essencial para a valoração do maior capital das NU, a sua
legitimidade ético-moral. O segundo será a não existência de uma força orgânica, ou seja,
dum corpo militar efectivo e permanente para missões que não apenas de interposição.
Mesmo agora que se passa por um período de abundância relativa em termos de efectivos,
com quase cem mil militares colocados à disposição das NU, este número é manifestamente
insuficientes para a tarefa em vista. O terceiro será a falta de um sistema internacional
estratificado por regiões, conforme defendido por Churchill, em vez do actual sistema em
que uma qualquer situação menor é de imediato levada ao CS, independentemente da sua
gravidade ou dimensão, esgotando o órgão. Finalmente, a pulverização da AG com micro-
estados, levanta questões de funcionamento, que seria útil, em nome da justiça, resolver.
2.3.1 Ameaça
2.3.2 Conflito
Existe um conflito quando “Duas pessoas desejam realizar actos que são mutuamente
inconsistentes. Ambos podem querer fazer a mesma coisa, como comer a mesma maçã, ou
podem querer fazer coisas diferentes onde as coisas diferentes são mutuamente
incompatíveis, como quando ambos querem ficar juntos, mas um quer ir ao cinema e a
outra para ficar em casa. Um conflito é resolvido quando algum conjunto de ações
mutuamente compatível é resolvido. A definição de conflito pode ser estendida. As Nações
Unidas Face aos Conflitos Multifacetados indivíduos para grupos (como estados ou
nações), e mais de duas partes podem estar envolvidas no conflito. Os princípios
permanecem os mesmos. (Nicholson, 1992: 11).
Uma luta armada ou confronto entre grupos organizados dentro de uma nação ou entre
nações para alcançar objetivos políticos ou militares limitados. Embora forças regulares
estejam frequentemente envolvidas, forças irregulares frequentemente predominam. O
conflito geralmente é prolongado, confinado a uma área geográfica restrita e restrito ao
armamento e ao nível de violência. Nesse estado, o poder militar em resposta a ameaças
pode ser exercido de forma indireta, ao mesmo tempo que apoia outros instrumentos do
poder nacional. Objetivos limitados podem ser alcançados pela aplicação de força curta,
focada e direta ”. Nicholson, 1992: 11).
Conflito que envolve pelo menos um actor internacional ou que tem potencial para afectar a
ordem internacional. Nicholson, 1992: 11).
Não será de todo possível falar-se do papel da ONU face aos conflitos sem se caracterizar
minimamente os conflitos, nem sem dar uma dimensão deste fenómeno na ordem mundial,
nas sociedades e na vida dos indivíduos. Não caberá neste trabalho desenvolver a teoria dos
conflitos e da paz, mas interessará enquadrar, no geral, os conflitos, na perspectiva em que
são eles que justificam a existência e a missão da ONU, trata dos propósitos das ONU,
nomeadamente: (1) manter a paz e a segurança internacional, tomando medidas efectivas
que previnam ou removam as ameaças à paz, que acabem com actos de agressão e que
permitam resolver as disputas internacionais por meios pacíficos de acordo com o direito
internacional; (2) desenvolver relações amigáveis entre nações, dentro do princípio da
igualdade de direitos e auto-determinação dos povos; (3) obter cooperação internacional em
assuntos económicos, sociais, culturais ou humanitários e promover o respeito pelos
direitos humanos e pelas liberdades fundamentais sem distinção de raça, sexo, língua ou
religião; (4) ser um centro de harmonização para todas as nações na persecução destes fins.
A 1º da Carta permite-nos deduzir desde já os elementos chave da missão das NU que são a
paz, a segurança, o direito, a amizade, a igualdade, a auto-determinação, a cooperação, os
direitos humanos, as liberdades fundamentais, finalmente, a harmonização de esforços.
No continente africano vêm-se destacando uma série de Estados frágeis, com profundos
problemas de pobreza, de desemprego e de desigualdade, com impactos na conflitualidade
política e no controlo da soberania. Em países, como o Mali, República Centro Africana e,
mais recentemente, Moçambique, consolidam-se redes internacionais associadas ao crime
organizado, geralmente em alianças com grupos internos próximos do poder político. A
degradação e fragilidade do Estado abre espaço para a formação de grupos radicais e
violentos, capitalizando o descontentamento social. Moçambique é hoje vítima de uma
agressão de forças jihadistas envolvendo uma ampla participação de cidadãos
moçambicanos. As análises existentes permitem compreender que o conflito tem origens
históricas de longo curso, que assumiram novas dimensões com o aumento da pressão sobre
recursos naturais (terras, madeiras, marfim, pedras preciosas) e com a presença de rotas de
tráfico internacional, no Oceano Índico, de seres humanos, drogas e armas. Apesar de
constituir uma ameaça regional e mundial, o conflito no Norte de Cabo Delgado ainda não
figura na agenda de actuação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ao fim de três
anos de conflitualidade, assiste-se a uma situação de impasse militar, sendo que importa
que se comecem a recolher experiências e análises relacionadas com processos de
construção da paz.
Expandir e aumentar a flexibilidade dos meios tradicionais da diplomacia pode ser uma
estratégia útil para a mediação de uma crise que se está a agravar. O recurso a enviados
especiais, à chamada shuttle diplomacy, a missões de avaliação factual – fact-finding
missions, ou de bons ofícios e a promoção de medidas de construção de confiança podem
constituir os canais necessários para ajudar a reduzir as tensões e a evitar a intensificação
da violência. Há toda uma gama de diplomacia paralela, “silenciosa” ou não, que pode ser
activada para atenuar confrontos, sem prejuízo de, em simultâneo, se manterem os canais
da diplomacia tradicional, multilateral ou bilateral. Como já referi, o Secretariado e, em
particular, o Secretário-Geral representam um interlocutor privilegiado para as partes em
disputa. Está na competência do SG despachar enviados especiais para avaliarem situações
de crise, decidir fact-finding missions ou promover a mediação de conflitos. As
intervenções do Enviado Especial do Secretário-Geral para o Afeganistão, em Setembro e
Outubro de 1998, evitaram a escalada de confrontações entre o Irão e o Afeganistão. Foi
uma missão vital que não atraiu muita publicidade. Os custos foram mínimos, o seu êxito
evitou o que potencialmente podia ter sido mais uma perda de vidas inútil e de
consequências gravosas para uma região já de si tão conturbada. Para que a diplomacia
preventiva funcione, as linhas de comunicação entre as partes em disputa devem ser
mantidas abertas. A inclinação para isolar uma das partes de um conflito deve ser evitada,
tanto quanto possível, numa altura em que o potencial de conflito é alto. Mas, no caso da
diplomacia preventiva não ser suficiente, pode também ser fundamental encarar o uso de
medidas mais firmes.
A sua natureza confidencial e low profile faz com que não caia no domínio publica, pelo
menos até à (eventual) conclusão positiva.
Medidas de Força
Mas se o propósito da prevenção é evitar a violência, não se terá de recorrer, por vezes, a
medidas de força para impedir a escalada das hostilidades e a perda de vidas? A ameaça ou
mesmo o uso de força deve ser feito de acordo com a Carta das Nações Unidas e, se
possível, em nome de um consenso da comunidade internacional. O actual Secretário-Geral
lançou o ano passado, como acima referi, a discussão em torno do conceito de intervenção
humanitária, que considera necessária para responder a violações graves de direitos
humanos e das leis humanitárias. Segundo Kofi Annan, “o desafio chave para o Conselho
de Segurança e para as Nações Unidas... [é o de] forjar a unidade em torno do princípio de
que violações grosseiras e sistemáticas dos direitos humanos, seja onde for, não podem ser
aceites”. No seu relatório à Assembleia do Milénio, o Secretário-Geral reafirma que “a
intervenção armada deve ser sempre utilizada como último recurso, mas face a homicídios
em massa (genocídios), essa opção não pode ser afastada”.
Manutenção da Paz
As operações de paz sob mandato dos capítulos 6 ou 7 da Carta das Nações Unidas (ou,
numa formulação chinesa cautelosa, do capítulo “6 e meio”), cobrem uma ampla lista de
tarefas que vão das funções clássicas de separação de forças armadas, à supervisão das
linhas de cessar-fogo e ao exercício de administrações territoriais. Reflectem assim a
importância que lhes é atribuída como instrumento para resolver conflitos, restaurar a paz e
a segurança e criar condições para a reconciliação e reconstrução nacionais. O número
crescente de situações de conflito que as Nações Unidas são chamadas a resolver, impõe a
necessidade da reavaliação do modo como as operações de paz são mandatadas pelo
Conselho de Segurança e dirigidas pelo Secretariado da ONU, especificamente pelo
Departamento das Operações de Paz.
Neste ponto, far-se-á uma reflexão em torno de estudos realizados ao nível internacional
sobre a temática em causa. Como são tantos, optou-se por mencionar apenas dois.
O primeiro estudo a ser analisado, trata-se de um artigo científico sobre o tema: Estratégia
para a resolução da Crise na República Centro-Africana: Desafio da cooperação entre
a Organização das Nações Unidas e a União Africana, que tinha como objectivo de
apresentar os desafios da estratégia estabelecida para a realização do último acordo de
paz firmado entre o governo e 14 milícias na resolução do conflito civil na República
Centro-Africana (RCA). O país sofre desde sua descolonização de diversos problemas,
como a falta de aparato estatal, influências externas, corrupção e incapacidade
governamental, além da rápida fragmentação de grupos rebeldes que buscam expandir seu
poder regional para controlar as fontes de matéria-prima da região, rica em produtos como
diamante, petróleo e outros recursos. Para tanto, propõe-se identificar os desafios da
cooperação entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Africana (UA) na
Operação de peacekeeping em vigor desde de 2014, a Missão Multidimensional Integrada
das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA). Essa
missão começou a operar em resposta à crise humanitária, política, de segurança e de
direitos humanos no país, e está em vigor até o momento, tendo como prioridade a proteção
de civis (PoC). Constatou na pesquisa que as organizações da ONU e da UA exercem uma
forte influência na região, sendo consideradas a única alternativa de mudança. Dessa forma,
ambas as instituições reconhecem que o conflito na RCA é um dos mais graves já
existentes e entendem que sozinhas não conseguirão atingir o êxito almejado, que é a
consolidação da paz. Por isso, a parceria entre as duas organizações é de suma relevância.
O segundo estudo a ser analisado, trata-se do Bila, 2018, realizado no Rio de Janeiro, com
o tema: Estados fracassados: os desafios da análise geopolítica da república centro-
africana, que tinha como objetivo entenderem as particularidades da geopolítica dos
conflitos e dos refugiados na República Centro-Africana. A metodologia utilizada foi a
pesquisa bibliográfica, abrangendo, principalmente, trabalhos académicos, artigos
científicos e sites oficiais na internet. A instabilidade decorrente do descaso francês e dos
conflitos internos perdura por décadas no país, onde predominam a diversidade dos grupos
rebeldes, o interesse pelas riquezas naturais e a constante interferência externa. A situação é
agravada pela pluralidade de religiões e de atores internacionais actuantes dentro do
território centro africano, provocando uma onda enorme de refugiados e uma grave crise
alimentar. Os conflitos são disputados por mercenários, rebeldes locais e terroristas
internacionais e muitas das vezes travados muito perto de zonas sob o controle das missões
de paz. Nesses combates observa-se o uso do simples machado até as armas mais
sofisticadas, facilitando a amplitude e abrangência da violência. Os nativos se camuflam
facilmente nas paisagens ou entre a própria população, com uma assimetria que dificulta a
atuação das forças regulares. Por estas razões, o assunto atrai a atenção crescente de
investigadores, políticos e estudiosos na busca de soluções concretas e duradouras para a
estabilização da parte mais conturbada do continente africano.
Internamente, não existem estudos sobre a organização das nações unidas na gestão de
conflitos estudo de caso: Cabo Delgado, mas podemos apresentar o estudo feito pelo
observatório do meio Rural, coordenador por João Feijo, 2020, com o tema: Como este
Cabo Delgado. Que surge do aumento da escalada de violência e de impasse militar no
pais, que o Observatório do Meio Rural a organizou um ciclo de webinars intitulados
“Como está Cabo Delgado?”, reunindo especialistas nacionais e internacionais,
contribuindo para uma melhor compreensão para um assunto complexo. Os encontros
versaram essencialmente sobre 3 grandes conjuntos de questões: Em primeiro lugar, as
complexas causas internas e externas do conflito, explorando-se questões relacionadas com
a economia política dos recursos naturais, dimensões de pobreza, desigualdades, a situação
social da juventude, questões político-religiosas, assim como as inter-relações do conflito
com rotas de tráfico internacional. Em segundo lugar, as dinâmicas do conflito armado,
analisando-se os actores envolvidos, estratégias militarem e respectivos impactos sobre as
populações, sobretudo ao nível de deslocações forçadas, assistência humanitária e desafios
de reassentamento populacional. Finalmente, as reflexões foram direccionadas para o
futuro, procurando identificar pistas para um desenvolvimento económico sustentável no
Norte do país e para a construção de uma paz efectiva e duradoura.
CAPITULO 3: METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1 Introdução
1. Pesquisa descritiva – conforme refere Gil (2008) a pesquisa descritiva tem como
objectivo primordial a descrição das características de determinada população ou
fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São incluídas
neste grupo as pesquisas que têm por objetivo levantar as opiniões, atitudes e
crenças de uma população (p.47).
2. Pesquisa explicativa - este tipo de pesquisa preocupa-se em identificar os fatores
que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Ou seja, este
tipo de pesquisa explica o porquê das coisas através dos resultados oferecidos. Uma
pesquisa explicativa pode ser continuação da descritiva, posto que a identificação de
factores dum fenómeno exige que este esteja bem descrito e detalhado. (Gil, 2008,
p. 47).
3. Pesquisa interpretativa – “estudos interpretativos geralmente buscam entender o
fenômeno através dos significados que as pessoas atribuem a ele” (Josemin, 2011,
p.10).
CAPITULO IV: ANÁLISE DOS RESULTADOS
4. Introdução
Da análise das relações de poder na província de Cabo Delgado ao longo do último século,
constata-se a existências de múltiplas clivagens sociopolíticas, assentes nas seguintes
vertentes:
No continente africano vêm-se destacando uma série de Estados frágeis, com profundos
problemas de pobreza, de desemprego e de desigualdade, com impactos na conflitualidade
política e no controlo da soberania. Em países, como o Mali, República Centro Africana e,
mais recentemente, Moçambique, consolidam-se redes internacionais associadas ao crime
organizado, geralmente em alianças com grupos internos próximos do poder político. A
degradação e fragilidade do Estado abre espaço para a formação de grupos radicais e
violentos, capitalizando o descontentamento social. Moçambique é hoje vítima de uma
agressão de forças jihadistas envolvendo uma ampla participação de cidadãos
moçambicanos. As análises existentes permitem compreender que o conflito tem origens
históricas de longo curso, que assumiram novas dimensões com o aumento da pressão sobre
recursos naturais (terras, madeiras, marfim, pedras preciosas) e com a presença de rotas de
tráfico internacional, no Oceano Índico, de seres humanos, drogas e armas. Apesar de
constituir uma ameaça regional e mundial, o conflito no Norte de Cabo Delgado ainda não
figura na agenda de actuação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ao fim de três
anos de conflitualidade, assiste-se a uma situação de impasse militar, sendo que importa
que se comecem a recolher experiências e análises relacionadas com processos de
construção da paz.
A partir de Março de 2020 assistiu-se a uma nova fase do conflito, com uma forte
intensidade de confrontos dos machababos com as FDS e com civis, tendo-se havido
ataques e ocupação das vilas sede de Mocímboa da Praia, Muidumbe, Quissanga e
Macomia. Em Abril de 2020 os insurgentes ameaçavam Pemba, a capital provincial, e a
vila de Mueda, dois importantes centros políticos. É neste contexto que entrou em acção o
grupo DAG, passando a oferecer apoio aéreo aos militares no terreno, que passaram a
dispor de veículos blindados adquiridos na China, em negócios não publicados.
A comunicação social noticia apoios financeiros da indústria petroleira às forças de defesa
e segurança que, alegadamente, não chegam aos soldados. Inseridas numa guerra de
propaganda, surgiram notícias dando conta da tomada de bases inimigas, por parte das
FDS. Não obstante a contra-ofensiva desencadeada pelas FDS, os machababos continuaram
a realizar as suas incursões por aldeias isoladas, ocupando, em Agosto de 2020 e pela
quarta vez, a vila de Mocímboa da Praia, inclusive o porto, perturbando o abastecimento a
todo o Nordeste da província. A fuga da maioria da população contribuiu para a diminuição
drástica de relatos sobre o que acontece no terreno. Mesmo assim, houve notícias sobre o
movimento de tropas para o Nordeste da província e a realização de emboscadas nos
distritos de Muidumbe e Mocímboa.
O apoio aéreo viu-se mostrando limitado, não só pelo reduzido período de operacionalidade
(o reabastecimento mais próximo dos helicópteros é em Pemba), mas também pelo facto de
o inimigo se esconder em casas e ruínas. Acrescem dificuldades em termos de assistência
logística aos militares, de evacuação e tratamento de feridos, e de revelação do paradeiro de
militares mortos e desaparecidos, frequentemente sem identificação. Neste cenário, o moral
de muitos jovens membros das FDS é reduzido, também eles vítimas do conflito. Os relatos
dão conta da construção de trincheiras pelos insurgentes, para defesa de Mocímboa e do
porto, esperando-se um ataque de grande envergadura para recuperação da vila. Da mesma
forma, as cidades de Moeda e de Pemba permanecem sob ameaça de ataque.
Grande parte da população permanece nas zonas de conflito, escondida no mato, sem
acesso aos centros de assistência humanitária. A maior parte das unidades sanitárias do
Nordeste de Cabo Delgado foram atacadas, saqueadas ou destruídas, estando o corpo
médico e de enfermagem deslocado para Pemba, Moeda ou Montepuez, impossibilitando o
tratamento de feridos e doentes nos distritos mais afectados pelos combates.
3. Indústria do Oil&Gas
Ainda que a exploração de gás possa vir a ser geradora de receitas para o Estado
moçambicano, a realidade é que a disponibilidade destes grandes projectos privados
atenuarem o problema humanitário é bastante limitada. Num cenário marcado pelo
analfabetismo generalizado, pelo défice de competências técnico-profissionais e pela
descapitalização dos empresários locais, a possibilidade dos projectos de oil&gas de
absorverem mão-de-obra local é reduzida. A realidade é que as melhores ofertas de
emprego estão a ser preenchidas a partir do exterior ou do Sul do país. Um grupo reduzido
de indivíduos locais tem acesso a cargos subalternos, exigentes de poucas qualificações e
nos escalões inferiores de salários, como vigilantes ou ajudantes de limpeza, aumentando as
desigualdades sociais entre locais e vientes.
Ainda que possam vir a ter um efeito paliativo, os apoios dos projectos de oil&gas ao nível
da responsabilidade social não terão um impacto transformador da realidade, pelo que urge
repensar todo o modelo de desenvolvimento de Moçambique, em geral, e do Norte do país,
em específico, dando preferência a modelos de trabalho intensivo, com maior relação com
o tecido económico local, com efeitos multiplicadores sobre a economia e geradores de
emprego. Uma solução integrada para o conflito deverá privilegiar o investimento na agro-
pecuária, pesca, agro-transformação, assim como pequenas oficinas e serviços locais, entre
outros projectos. Torna-se necessário um amplo debate nacional sobre os modelos de
desenvolvimento que se pretendem para o país, assim como o estabelecimento de políticas
públicas estáveis e de longo prazo, coerentes com essa necessidade.
O cenário actual leva a acreditar que se assistirá, nos próximos anos, a uma militarização
total do Nordeste de Cabo Delgado, com todas as vilas e aldeias abandonadas e
instituindose corredor de segurança, cenário catastrófico para a população civil. Os
analistas no debate consideraram que o período normal para uma insurgência se tornar num
problema grave é de aproximadamente três anos (estágio já atingido), sendo que o período
de resolução do conflito tende a demorar entre 7 e 10 anos. Torna-se expectável que a
actual 19 geração de jovens moçambicanos seja sacrificada neste conflito. De forma a
encurtar o período de conflito e evitar-se o sacrifício de mais gerações de moçambicanos,
importa atender aos seguintes aspectos:
Para se ganhar uma guerra importa existir uma boa relação com a população,
pelo que a consideração e respeito pelos Direitos Humanos será condição
importante para conquistar a confiança e a aliança das populações. Tal implica a
criação de canais de comunicação com as populações, assim como a investigação e
condenação de abusos de autoridade;
Não obstante ao longo das últimas décadas terem sido realizados diversos planos
estratégicos de desenvolvimento da província de Cabo Delgado, que não deixavam de
prever o desenvolvimento do agro-negócio e da agro-transformação, assim como pequenos
serviços rurais, a realidade é que se assiste à consolidação de uma economia extractiva e
extrovertida, assente no investimento em capital intensivo e protagonizado pelo grande
capital, com pouca relação com o tecido económico local e pouco gerador de emprego.
Trata-se de uma economia fortemente dependente da variação do preço das matérias-primas
nos mercados internacionais (gás, madeira, marfim, pedras preciosas), que o país não
consegue controlar.
Esta pesquisa teve como objetivo principal compreender o papel das organização das
nações unidas na gestão de conflito entre estados, (2017-2019). Observou-se que os
continentes africanos vêm-se destacando uma série de Estados frágeis, com profundos
problemas de pobreza, de desemprego e de desigualdade, com impactos na conflitualidade
política e no controlo da soberania. Dado o exposto, constata-se que maior degradação e
fragilidade dos Estados africanos que abrem espaço para a formação de grupos radicais e
violentos, capitalizando o descontentamento social. Moçambique é hoje vítima de uma
agressão de forças jihadistas envolvendo uma ampla participação de cidadãos
moçambicanos.
As análises existentes permitem compreender que o conflito tem origens históricas de longo
curso, que assumiram novas dimensões com o aumento da pressão sobre recursos naturais
(terras, madeiras, marfim, pedras preciosas) e com a presença de rotas de tráfico
internacional, no Oceano Índico, de seres humanos, drogas e armas, estes aspectos, internos
e externos, conduzem à fragilização do Estado, que influencia na reduzida capacidade
técnica e humana para conceber um sistema proteccionista dos interesses nacionais, em
termos de jurídicos, fiscais ou ambientais. Apesar de constituir uma ameaça regional e
mundial, o conflito no Norte de Cabo Delgado ainda não figura na agenda de actuação do
Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ao fim de três anos de conflitualidade, assiste-
se a uma situação de impasse militar, sendo que importa que se comecem a recolher
experiências e análises relacionadas com processos de construção da paz.
Portanto, conclui-se que apesar de constituir uma ameaça regional e mundial, o conflito no
Norte de Cabo Delgado ainda não figura na agenda de actuação do Conselho de Segurança
das Nações Unidas. Ao fim de três anos de conflitualidade, assiste-se a uma situação de
impasse militar, sendo que importa que se comecem a recolher experiências e análises
relacionadas com processos de construção da paz. É neste cenário de profundas clivagens
que a província de Cabo Delgado se tornou um centro de disputa por parte de interesses
energéticos internacionais, inevitavelmente geradores de negócios securitários, mas
também da acção de grupos radicais, que habilmente adaptaram um discurso messiânico e
jihadista às contradições sociais locais, capturando uma base social de apoio.
5.1 RECOMENDAÇÃO:
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o estatuto dos refugiados. In: ACNUR. Manual de procedimentos e critérios a
aplicar para determinar o estatuto de refugiado. Lisboa: ACNUR.
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