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Hortolândia

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Hortolândia

Município do Brasil

Região Central de Hortolândia

Símbolos

Brasão de armas
Bandeira

Hino

Gentílico hortolandense

Localização

Localização de Hortolândia em São Paulo


Wikimedia | © OpenStreetMap

Mapa de Hortolândia

Coordenadas 22° 51' 28" S 47° 13' 12"


O

País Brasil

Unidade federativa São Paulo

Região intermediária[1] Campinas

Região imediata[1] Campinas

Região metropolitana Campinas

Municípios limítrofes Sumaré (norte); Monte


Mor (sul e oeste);
e Campinas.

Distância até a capital 114 km[2]

História

Fundação 19 de
maio de 1991 (30 anos)

Aniversário 19 de Maio
Administração

Prefeito(a) José Nazareno Zezé Gomes


(PL, 2021 – 2024)

Características geográficas

Área total [3] 62,276 km²

População 222 186 hab.


total (estimativa IBGE/2017[4])

Densidade 3 567,8 hab./km²

Clima tropical de altitude (Cwa)

Altitude 587 m

Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)

Indicadores

IDH (PNUD/2010) [5] 0,756 — alto

PIB (IBGE/2019[6]) R$ 14 730 641,60 mil

PIB per capita (IBGE/2019[6]) R$ 63 810,17

Outras informações

Padroeiro(a) Nossa Senhora do Rosário

Hortolândia é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo.


Pertence à Mesorregião e Microrregião de Campinas, localizando-se a
noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 110 km. Ocupa
uma área de 62,224 km², sendo que 24,5341 km² estão em perímetro urbano e
os 37,7 km² restantes constituem a zona rural.[7] Em 2017 sua população foi
estimada pelo IBGE em 222 186 habitantes,[4] sendo que em 2010 era o 40º
mais populoso de São Paulo. Faz parte do chamado "Complexo Metropolitano
Expandido", que ultrapassa os 29 milhões de habitantes e que compõe
aproximadamente 75 por cento da população do estado. As regiões
metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a
primeira macrometrópole do hemisfério sul.[8]
Hortolândia foi fundada em 1991, desmembrando-se de Sumaré, sendo que a
localização privilegiada e a proximidade com grandes polos industriais do país
fizeram com que o município passasse por um rápido desenvolvimento
demográfico e industrial, que já vinha ocorrendo desde antes da emancipação,
e fosse considerada como polo tecnológico, havendo atualmente
representação de várias empresas de parâmetro tecnológico altamente
avançado. Essas atividades fazem com que o município tenha o 89º maior PIB
brasileiro, contando também com diversos campi de universidades de renome,
tais como o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e o Centro Universitário
Adventista de São Paulo (UNASP).
Alguns dos principais atrativos da cidade são o Parque Socioambiental Irmã
Dorothy Stang, o Parque Santa Clara/CREAPE (Centro de Referência
Ambiental Parque Escola) e o Parque Linear Chico Mendes, sendo importantes
áreas verdes que disponibilizam espaços para prática de esportes e
descansos. Há ainda os projetos e eventos culturais realizados pela Secretaria
Municipal de Cultura, órgão responsável por projetar a vida cultural
hortolandense.

Índice

• 1História
o 1.1Origens
o 1.2O processo de emancipação político-administrativa de 1975 a 1991
o 1.3Após a emancipação
• 2Geografia
o 2.1Região Metropolitana
o 2.2Relevo e hidrografia
o 2.3Clima
o 2.4Ecologia e meio ambiente
• 3Demografia
o 3.1Pobreza, desigualdade e crescimento
o 3.2Religião
o 3.3Etnias
• 4Política e administração
• 5Economia
• 6Estrutura urbana
o 6.1Saúde
o 6.2Educação
o 6.3Ciência e tecnologia
o 6.4Criminalidade e segurança pública
o 6.5Habitação, serviços e comunicação
o 6.6Transportes
• 7Cultura
o 7.1Artes cênicas
o 7.2Música
o 7.3Atrativos naturais e arquitetônicos
o 7.4Eventos
o 7.5Esporte
o 7.6Feriados
• 8Ver também
• 9Referências
o 9.1Bibliografia
• 10Ligações externas
História
Origens
Em 1798, terras foram doadas pela Coroa Portuguesa a José Teixeira
Nogueira, importante dono de engenho da região. Trouxe pela primeira vez,
para onde hoje está o município de Hortolândia, o café, cujo trabalho das
fazendas era à base da escravidão. Após a libertação dos escravos, terras
foram doadas a estes, porém roubadas por um médico norte-americano.
Algumas áreas chegavam a ser renegociadas, porém as que eram
disponibilizadas não favoreciam o café, sendo que para aproveitá-las passaram
a ser cultivados o algodão, cana-de-açúcar e a pecuária.[9][10] O lugar, que ainda
servia como ponto de parada de tropeiros, colonos e escravos, passou a
denominar-se Jacuba (do tupi-guarani, y-acub, "água quente"), "Sítio de
Jacuba", uma vez que estes viajantes se aproveitavam das águas dos riachos
e das sombras das árvores para descansarem e se alimentarem.[9][10][10]

Jacuba do século XIX.

O povoado começou a tomar expressão quando foi inaugurado, em 1896, o


posto telegráfico. Mais tarde, em 1917, o posto telegráfico de Jacuba passou a
ser estação ferroviária. Só em 1947 é que começa o seu crescimento, com a
apropriação do loteamento Parque Ortolândia, de propriedade de João Ortolan.
Em dezembro de 1953, o povoado de Jacuba, pertencente ao distrito de Santa
Cruz, município de Campinas, foi elevado a distrito de Jacuba, do município
de Sumaré, emancipado na mesma época. Em 17 de abril de 1958, Jacuba
passa a ser conhecida como Hortolândia,[11] distrito de Sumaré, por ocasião de
proposta legislativa do deputado estadual Leôncio Ferraz Júnior. A proposta da
alteração do nome de Jacuba deu-se porque já existia no Estado de São Paulo
na cidade de Iacanga (tempos depois passou a pertencer a cidade de Arealva),
um distrito com o nome Jacuba.[10][11]
Em meados de 1920, inicia-se em Sumaré, um processo de industrialização,
com incentivos fiscais. Instala-se no distrito de Hortolândia, à margem da
Rodovia Campinas-Monte Mor (SP-101), a fábrica americana IBM. Outras
empresas são atraídas por terra farta e incentivo fiscal. Instalam-se no
município, mais precisamente no distrito de Hortolândia, as empresas Armco
do Brasil S/A, Dow Corning do Brasil Ltda, Fibramatex S/A Cimento e Amianto,
Granjas Ito S/A, Grupo Cobrasma- Braseixos, Nativa Industrial Ltda, Nativa
Construções elétricas, Westfalia Separator do Brasil, Ingersoll Rand Brasil Ltda,
dentre outras.[9][11]
O processo de emancipação político-administrativa de 1975 a
1991
A estação de Jacuba, em 1918. Foto do álbum dos 50 anos da Paulista, Museu da Cia. Paulista,
Jundiaí.

O início do processo de emancipação de Hortolândia teve sua origem em 1975,


com a formação da Primeira Comissão Pró Emancipação, presidida por Hélio
Pazinatto, com apoio total e irrestrito do então Presidente da Câmara Municipal
de Vereadores de Sumaré, e antigo chefe da estação ferroviária Oswaldo
Roncolatto, e do vereador hortolandense Nelson Alexandre, dos líderes Alberto
Breda (Ticão Breda), seus filhos Walter e Milton, tendo como Coordenador da
comissão Paulo Carlos Filzek e o representante Parlamentar o Deputado
Federal Góia Junior.[12] Esta primeira tentativa foi infrutífera devido de
Hortolândia não alcançar 5 milésimos da arrecadação estadual e também pelo
Presidente da República não ter dado o aval para a emancipação, que era uma
prerrogativa da Lei Complementar N. 28.[13]
Na década de 1980, Hortolândia era responsável pela maior parte da
arrecadação de Sumaré, que ultrapassava os 60%. A organização popular
seguiu para o movimento pró-emancipação. Os moradores queriam autonomia
para definir o futuro de Hortolândia, os hortolandenses decidiram pela criação
do município.[9][14] No ano de 1988, com o início da abertura política e a
aprovação da nova Constituição Brasileira, aflorou nos líderes comunitários dos
bairros de Hortolândia e na população o interesse por tornar-se um distrito
autônomo. Nesta turbulência de ideais sociais, em 26 de abril de 1989, formou-
se uma Comissão Pró-Emancipação, na qual elegeram Luiz Antônio Dias da
Silva Presidente da Comissão de Emancipação e Carlos Custodio de Oliveira
Vice-Presidente da Comissão.[14][15] Esse grupo passou então a estudar e
planejar os movimentos da campanha de emancipação.[15]
Pela Resolução nº 714, de 21 de dezembro de 1990, a Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo (ALESP) marca para maio de 1991 a realização do
plebiscito.[16] Por manobras políticas e jurídicas, no dia 17 de maio de 1991 a
então administração da prefeitura de Sumaré tenta manter a posse do
distrito,[15] mas a 19 de maio realiza-se o plebiscito, em que mais de 19,5 mil
eleitores compareceram às urnas e votaram para deliberar sobre a
emancipação. Importante esclarecer que naquela ocasião somente 32 mil
eleitores estavam aptos a expressar seu voto. Naquele dia histórico, a voz do
povo se fez ouvir com a clareza impressionante. Dos 19 592 eleitores que
compareceram às urnas, 19 081 optaram pelo "Sim" e 255 pelo "Não". Foram
97,4% de votos "Sim", a favor da emancipação.[14]
Após a emancipação
O município de Hortolândia situa-se em uma posição estratégica, entre grandes
polos de desenvolvimento. Por sua posição privilegiada, a região atrai grandes
organizações industriais, além de estar cercada por grandes universidades. A
localização geográfica do município se dá a oeste de Campinas, limitando-se
ainda com os municípios de Sumaré e Monte Mor. Possui uma área de 62 km²,
sendo o menor município da Região Metropolitana de Campinas. O principal rio
que corta o município é o Ribeirão Jacuba. O município beneficiou-se
economicamente por estar ao longo da Rodovia Anhanguera, ser limítrofe de
Campinas e estar próximo ao Aeroporto Internacional de Viracopos.[9] Mais
recentemente foi implantada a continuação da Rodovia dos Bandeirantes (SP-
348) que atravessa o município, na região do Jardim Amanda. Esta rodovia
permitiu importante acesso ao município através do trevo no entrocamento com
a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101) em área próxima a
empresa IBM do Brasil.[9][17]
Há uma visível conurbação entre Campinas, Sumaré e Hortolândia, sem uma
clara identificação dos limites territoriais destes municípios. A interdependência
física-territorial e sócio-econômica é um elemento de extrema importância na
elaboração de planos e projetos para os municípios em questão.[18]

Geografia

Mapa da Região Metropolitana de Campinas.

A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é


de 62,224 km², sendo que 24,5341 km² constituem a zona urbana e os 37,7
km² restantes constituem a zona rural.[7] Situa-se a 22º51′28” de latitude sul e
47º13′12” de longitude oeste e está a uma distância de 114 quilômetros a
noroeste da capital paulista. Limita-se com Sumaré, a norte; Monte Mor, a sul e
oeste; e Campinas, a leste.[9]
Região Metropolitana
Ver artigo principal: Região Metropolitana de Campinas
O intenso processo de conurbação atualmente em curso na região vem criando
uma metrópole cujo centro está na cidade de Campinas, atingindo vários
municípios, como Sumaré, Indaiatuba, Americana, Santa Bárbara
d'Oeste, Valinhos, Itatiba e Paulínia, além de Hortolândia. A Região
Metropolitana de Campinas (RMC) foi criada pela lei complementar estadual
870, de 19 de junho de 2000, e atualmente é constituída por 19 municípios,
sendo a nona maior aglomeração urbana do Brasil, com 2 798 477
habitantes.[19] É uma das mais dinâmicas no cenário econômico brasileiro e
representa 2,7% do Produto Interno Bruto nacional e 7,83% do produto interno
bruto paulista, ou seja, cerca de 77,7 bilhões de reais por ano.[20]
Hortolândia faz parte do chamado "Complexo Metropolitano Expandido", que
ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75 por cento da
população do estado paulista inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e
de São Paulo já formam a primeira megalópole (ou macrometrópole)
do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam mais de 12% da
população brasileira.[8]
Relevo e hidrografia
A cidade se localiza na chamada Depressão Periférica Paulista, formação entre
os planaltos ocidental e atlântico (Serra do Mar e Serra da Mantiqueira).[21] No
relevo apresenta-se predominância de áreas com colinas amplas, tendo topos
extensos e planos. Muitas delas servem como divisores de água entre dois rios
ou represas. Nas vertentes configura-se um formato retilíneo,
predominantemente convexo, resultando em elevações de encostas suaves e
vales abertos. Essas colinas atingem picos de altitudes que variam entre 600 e
630 metros, com os rios escavando vales cuja altitude chega a valores
inferiores a 550 m.[22]

Foto da ampliação da margem do Ribeirão Jacuba.

O solo é formado pela decomposição de rochas eruptivas, com drenagem de


baixa densidade e solos variando de latossolos vermelhos a amarelos, próprios
para culturas mecanizáveis; e ainda solos prodozolizados arenosos, próprios
às pastagens e culturas ocasionais. Em alguns trechos as camadas são
sedimentares, o substrato arenito faz com que o solo seja mais empobrecido,
de acidez acentuada e susceptível à erosão, sendo que essas características
são mais notáveis onde o relevo é mais ondulado.[22]
A bacia hidrográfica do rio Piracicaba, bacia que Hortolândia e região estão
localizadas, abrange o sudeste do estado de São Paulo e extremo sul de Minas
Gerais e é a principal fonte de extração de água para consumo na Região
Metropolitana de Campinas.[23] O principal rio que corta o município é o Ribeirão
Jacuba. Em 2003 foram delimitadas no território seis microbacias:[24][25] a
Microbacia do Córrego Taquara Branca (localizada parcialmente em
Hortolândia e parcialmente em Sumaré, sendo pouco urbanizada);[26] a
Microbacia do Córrego Terra Preta (região intensamente urbanizada, onde há
possibilidade de recuperação das matas ciliares);[27] a Microbacia Lagoa Santa
Clara (composta por áreas industriais e residenciais e é entrecortada
pela Rodovia dos Bandeirantes);[28] a Microbacia do Ribeirão Jacuba ou
Hortolândia (a principal do município, sendo que o Ribeirão Jacuba banha a
região do centro da cidade);[29] a Microbacia Vila Guedes (de pequena
extensão)[30] e a Microbacia do Córrego da Fazenda São Joaquim (composta
por terras ainda não urbanizadas).[25][31]
Clima
O clima de Hortolândia é tropical de altitude (tipo Cwa
segundo Köppen),[32][33] com diminuição de chuvas no inverno e temperatura
média anual de 21,6 °C, tendo invernos secos e amenos (raramente frios de
forma demasiada) e verões chuvosos com temperaturas moderadamente altas.
O mês mais quente, fevereiro, conta com temperatura média de 24,5 °C, sendo
a média máxima de 30,1 °C e a mínima de 18,9 °C. E o mês mais frio, julho,
com média de 17,8 °C, sendo 25,0 °C e 10,7 °C a média máxima e mínima,
respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.[33]
A precipitação média anual é de 1384,3 mm, sendo agosto o mês mais seco,
quando ocorrem apenas 21,0 mm. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média
fica em 279,6 mm.[33] Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos
durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a
marca dos 30 °C, especialmente entre julho e setembro. Em agosto de 2010,
por exemplo, não choveu nada na cidade. [34] Durante a época das secas e em
longos veranicos em pleno período chuvoso também são comuns registros
de queimadas em matagais, principalmente na zona rural da cidade, o que
contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera,
prejudicando ainda a qualidade do ar.[35]
[Expandir]Dados climatológicos para Hortolândia

Ecologia e meio ambiente

Área verde no bairro Jardim Nova Europa.

A maior parte da vegetação original que possuía na cidade, a Mata Atlântica,


foi devastada. Assim como outros 13 municípios da Região Metropolitana de
Campinas, o município sofre um grave estresse ambiental, sendo que
Hortolândia, juntamente com Santa Bárbara d'Oeste e Sumaré, é considerada
como uma das áreas mais críticas e sujeitas a enchentes e assoreamentos,
contando com menos de 2% de cobertura vegetal. Isso é resultado de um
histórico processo de uso da terra por monoculturas como o café e da pecuária
bovina. [36]
Para tentar reverter este quadro, vários projetos foram e estão sendo
realizados e planejados, como a construção de corredores ecológicos, apesar
de que os fragmentos remanescentes de mata localizados nas áreas de
proteção permanente (APP) sofrem continuamente a pressão de
assentamentos urbanos irregulares.[36] Também há vários projetos ambientais
para combater a destruição das matas ciliares localizadas às margens dos
cursos d'água que banham a cidade[22] e uma Área de Preservação Ambiental
(APA) está sendo criada para conter a conurbação com cidades
vizinhas.[37] Foram criados ainda quatro parques ambientais, que são reservas
naturais que ainda ministram aos visitantes e escolas programas de
conscientização ambiental. São eles o Parque Ambiental do Jardim Santa
Clara do Lago,[38] o Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang,[39] o Parque
Socioambiental Chico Mendes,[40] e o Parque Socioambiental do Jardim
Amanda.[41]

Demografia

Área abandonada na periferia da cidade.

Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE) em 192 225 habitantes, sendo o 40º mais
populoso do estado e o quinto mais populoso da Região Metropolitana de
Campinas, apresentando uma densidade populacional de 3 146,29 habitantes
por km².[19] Segundo o censo de 2010, 97 241 habitantes eram homens e
94 984 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, todos os
habitantes viviam na zona urbana.[19] Já segundo estatísticas divulgadas em
2011, a população municipal era de 195 775 habitantes.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Hortolândia é
considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD). Seu valor é de 0,79, sendo o 243º maior de todo o estado de São
Paulo (em 645 municípios); o 328º de toda Região Sudeste do Brasil (em 1666)
e o 795º de todo Brasil (entre 5507).[5] A cidade possui a maioria dos
indicadores elevados e acima com os da média nacional segundo o PNUD.[5]
Pobreza, desigualdade e crescimento
Segundo o IBGE, no ano de 2003 o coeficiente de Gini, que mede
a desigualdade social, era de 0,40, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o
melhor.[42] O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,39,
sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[42] A incidência da pobreza,
medida pelo IBGE, é de 24,01%, o limite inferior da incidência de pobreza é de
17,16%, o superior é de 30,87% e a incidência da pobreza subjetiva é de
18,48%.[42]
Em 2010, 81,3% da população vivia acima da linha da pobreza, 6,0%
encontrava-se na linha da pobreza e 12,7% estava abaixo.[43] Em 2000, a
participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total
municipal era de 50,4%, 14 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de
3,6%, sendo que em 1991 a participação dos 20% mais pobres era de 5,0%, ou
seja, do começo da década de 90 até o ano de 2000 houve crescimento da
desigualdade social na cidade.[43]

Faixa anunciando obras do projeto Minha Casa, Minha Vida em Hortolândia.

Segundo a prefeitura, em 2008 havia registros de loteamentos irregulares,


favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados, sendo que 2 934 habitantes
viviam nelas.[43] Muitos destes são pessoas que vieram de outras cidades ou
mesmo estados à procura de melhores oportunidades de vida em Hortolândia,
porém não conseguiram emprego e acabaram por afixar-se em aglomerados
subnormais. Segundo o IBGE, em 2010 as favelas da cidade eram Jardim
Estrela, Jardim do Bosque, Jardim do Lago, Sumarezinho e uma extensão da
Vila Real, porém a prefeitura considera apenas o Vila Real como aglomerado
subnormal.[44] Para reverter a situação houve a tentativa de remoção de
moradores de favelas para novas casas ou mesmo conceder o auxílio-moradia
a algumas famílias. Outros projetos incluem a construção de conjuntos
habitacionais (COHABs) em espaços vazios da cidade, conforme diretrizes do
Plano Diretor de Hortolândia.[44]
Religião
A maioria dos hortolandenses se declara católica, apesar de que hoje é
possível encontrar na cidade dezenas de denominações protestantes
diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre
outras. Também são consideráveis as comunidades judaica, mórmon, e das
religiões afro-brasileiras. De acordo com dados do censo de 2010 realizado
pelo IBGE, a população hortolandense está composta
por: católicos (49,43%), evangélicos (35,76%), pessoas sem
religião (9,97%), espíritas (1,10%) e os demais estão divididas entre outras
religiões.[45][46]
Igreja Católica Apostólica Romana
Segundo divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na
Província Eclesiástica de Campinas, com sede em Campinas. Também faz
parte da Arquidiocese de Campinas, criada como diocese em 7 de junho de
1908 e elevada à arquidiocese em 19 de abril de 1958.[47]
Na cidade as comunidades são regidas por cinco paróquias, que correspondem
às regiões do Centro (Paróquia do Rosário), Região do Campos Verdes
(Paróquia Nossa Senhora Aparecida), Região do Jardim Amanda (Paróquia
Santa Luzia), Região do Jardim Rosolen (Paróquia Nossa Senhora Aparecida)
e Região do Santa Clara (Paróquia São João Paulo II).[48][49] O principal templo
católico é a igreja matriz de Hortolândia, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do
Rosário.[50]
Igrejas reformadas
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como
a Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Adventista do Sétimo Dia,
a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, e a Igreja Metodista, além
também de denominações pentecostais como as Assembleias de Deus,
Congregação Cristã no Brasil e movimentos neo-pentecostais como a
Comunidade Cristã Novo Nascimento, Comunidade Evangélica Sara Nossa
Terra, a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja Mundial do Poder de
Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus, entre outras.[45][46] Como citado
acima, de acordo com o IBGE, em 2010 35,76% da população eram
protestantes.[46] Desse total, 9,52% são das igrejas evangélicas de origem
pentecostal; 2,87% são das evangélicas de missão; 0,64% são das evangélicas
sem vínculo institucional; e 0,39% pertencem a outras religiões evangélicas.[45][46]
Ainda existem também cristãos de várias outras denominações, tais como
as Testemunhas de Jeová (que representam 1,25% dos habitantes) e os
membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,20%),
também conhecida como Igreja Mórmon.[45][46]
Etnias

Amostra da população hortolandense, durante um evento na periferia da cidade.

Em 2010, segundo dados do Censo IBGE daquele ano, a população


hortolandense era composta por 103 517 brancos (53,72%); 13 433 negros
(6,97%); 74 353 pardos (38,59%); 1 184 amarelos (0,61%); e 205 indígenas
(0,11%).[51][52]
A chegada de pessoas vindas de outros países era mais comum no começo do
século XX, sendo que a imigração contribuiu com a agricultura. Muitos
imigrantes vinham em busca de emprego principalmente nas lavouras de café,
sendo que ajudaram ainda no fortalecimento do comércio e até 1950 o atual
município, quando pertencente a Sumaré, era composto basicamente por
italianos e portugueses.[53] Durante as décadas de 1980 e 90 destacou-se a
chegada de pessoas oriundas de outras partes do Brasil, principalmente das
proximidades da Região Metropolitana de Campinas, em decorrência do
desenvolvimento desta. Em 1970, quando ainda era distrito, possuía 4 600
habitantes, enquanto que em 1991 a população já era de mais de 33 mil
pessoas.[54] Por outro lado, em 2010 281 pessoas saíram de Hortolândia para ir
para outros países, sendo que 58 delas foram para o Estados Unidos (20,64%),
56 para o Japão (19,93%), 33 (11,74%) foram para Portugal, 30 (10,68%) para
a Espanha e 18 para a Suécia (6,41%).[55]

Política e administração

Palácio das Águas - Prefeitura Municipal de Hortolândia.

A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder


legislativo.[56] O primeiro a governar o município foi Luís Antônio Dias da Silva,
do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que foi eleito após a
realização das primeiras eleições na cidade.[9] Atualmente o prefeito municipal é
José Nazareno Zeze Gomes, o Zezé, do (PL), que assumiu o cargo de prefeito
na cidade após a morte do prefeito eleito Angelo Augusto Perugini decorrentes
de complicações da COVID-19 que venceu as eleições municipais no Brasil em
2020. Pelo fato de Hortolândia ter menos de 200 mil eleitores e nenhum dos
candidatos ter conseguido menos de 50% do total de votos no primeiro turno,
não houve segundo turno. Em fevereiro de 2021 o Prefeito da Cidade Angelo
Augusto Perugini foi afastado do cargo pela Câmara Municipal após testar
positivo para a COVID-19 e ter sido internado no hospital Samaritano em
Campinas, e ser transferido para um Hospital em São Paulo, após 2 meses
internado o prefeito eleito Faleceu no dia 1° de Abril de 2021. Assume
oficialmente o vice prefeito da Cidade José Nazareno Zeze Gomes (Zezé).[57]
O poder legislativo é constituído pela câmara, composta por 19 vereadores
eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29
da Constituição[58]) e está composta da seguinte forma:[59] seis cadeiras
do Partido dos Trabalhadores (PT); três cadeiras do Partido Socialista
Brasileiro (PSB); três cadeiras do Partido Republicano Progressista (PRP);
duas cadeiras do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); duas
cadeiras do Partido Pátria Livre (PPL); uma cadeira do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB); uma do Partido Verde; e uma do Partido da
República (PR).[59] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à
administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de
Diretrizes Orçamentárias).[58]
O município se rege ainda por lei orgânica, que foi promulgada em 9 de julho
de 1993 e entrou em vigor nesta mesma data,[60] e faz parte da Comarca de
Sumaré.[61] Possuía 132 379 eleitores em junho de 2012, o que representava
0,424% do total do estado de São Paulo.[62] Possui uma cidade-irmã, sendo
esta Xian, China.[63] Hortolândia divide-se em 78 bairros oficiais,[64] que estão
distribuídos entre quatro unidades de Administrações Regionais, sendo elas AR
Jardim Amanda, AR Rosolém, AR Jardim Nova Hortolândia e AR Centro.[65]

Economia

Feira livre em Hortolândia.

O Produto Interno Bruto (PIB) de Hortolândia é o quinto maior da Região


Metropolitana de Campinas, o 27º maior do estado de São Paulo e o 89º de
todo o país.[6] De acordo com dados do IBGE, relativos a 2010, o PIB do
município era de R$ 6 226 404 mil.[6] 490 274 mil são de impostos sobre
produtos líquidos de subsídios a preços correntes.[66] O PIB per capita é de R$
23 588,03[66] e em 2000 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda
era de 0,7, sendo que o do Brasil naquele ano era de 0,723.[6]
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2010, 4 736 unidades
locais e 4 674 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. 50 188
trabalhadores eram classificados como pessoal ocupado total e 44 204
categorizavam-se em pessoal ocupado assalariado. Salários juntamente com
outras remunerações somavam 1 587 615 reais e o salário médio mensal de
todo município era de 6,1 salários mínimos.[67] A taxa de desemprego da
população economicamente ativa é de 4%.[68]
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Hortolândia. De todo o
PIB da cidade 4 152 mil reais é o valor adicionado bruto da
agropecuária.[6] Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de
100 bovinos, 24 equinos e 39 suínos. 12 vacas foram ordenhadas, sendo que a
produção de leite chegou a 22 mil litros naquele ano. Não havia aves sendo
criadas com fins agropecuários[69] e também não existiam grandes lavouras que
produziam para obter lucro, segundo o IBGE.[70][71] A cidade se destaca apenas
na agricultura familiar, por ser uma das cidades da Região Metropolitana de
Campinas que mais compra produtos vindos diretamente de pequenos
agricultores da região, fornecendo alimento para a Cozinha Comunitária da
cidade, sendo que há 5 mil famílias cadastradas nas entidades assistenciais de
Hortolândia.[72]
Por volta de 1866, a área do atual município estava dividida em propriedades
agrícolas. Esta região, que então pertencia a Campinas, se destacava nas
produções de café, algodão e açúcar, além das culturas de subsistência.
Porém em meados da década de 1970, inicia-se no lugar (agora Sumaré), um
grande processo de industrialização, com incentivos fiscais, até a agricultura
desaparecer quase que completamente.[9]
Setor secundário

Usina de reciclagem de resíduos em Hortolândia.

A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do


município. 1 605 035 reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da
indústria (setor secundário).[6] Sua estrutura industrial é formada também por
empresas de alta tecnologia e que necessitam de mão-de-obra especializada.
Com mais de 120 anos de registros históricos, dezoito deles com o posto de
município, Hortolândia se solidifica na Região Metropolitana de Campinas
(RMC) como uma cidade com grande desenvolvimento econômico. A cidade é
sede da multinacional IBM, que se instalou ali em 1972. A empresa está
situada no condomínio industrial Tech Town, que abriga outros
empreendimentos de grande porte.[9][73] É em Hortolândia também, que estão
a Dow Corning, empresa de fabricação de silicone e, ainda, a Belgo-
Mineira, Magneti Marelli, Magneti Marelli e o laboratório
farmacêutico EMS.[73][74] Em 2007, outras empresas de grande porte intalaram-se
no município, como a Dell, uma das principais fabricantes de computadores do
mundo, e a Wickbold, do ramo alimentício.[73][75] Segundo a prefeitura, em 2007
45% da população trabalhava no setor industrial.[73]

Sede da EMS em Hortolândia

O desenvolvimento industrial deve-se à localização privilegiada da cidade no


estado. A proximidade de Hortolândia do Aeroporto Internacional de Viracopos,
a presença de importantes vias rodoviárias ao seu redor e o fato de estar numa
região de grande concentração de desenvolvimento no país, considerada
polo científico e industrial, são fatores primordiais e definitivos para atrair
empreendimentos.[76] Na década de 1980, quando ainda era distrito de Sumaré,
Hortolândia abrigava indústrias que geravam 60% do valor adicionado fiscal de
Sumaré.[9] Na segunda metade da década de 1990, o valor adicionado fiscal de
Hortolândia saltou de R$ 870 milhões em 1995 para R$ 1,2 bilhão em 2000,
tendo um pequeno decréscimo em 1997, porém voltando a crescer nos anos
seguintes, fato que ocorreu principalmente devido à expansão do setor
industrial. Entre 2005 e 2008, o tamanho da economia do município cresceu
105%, chegando a R$ 3,5 bilhões.[77]
Setor terciário
A prestação de serviços rende 2 756 277 mil reais ao PIB municipal.[6] Nos
últimos anos vem sido percebido um crescimento do setor de comércio e
serviços local. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), o comércio é o responsável pela geração da maior parte de
empregos com carteira assinada na cidade atualmente.[68] Entre 2005 e agosto
de 2011 o setor gerou cerca de 20 mil vagas de emprego, sendo que 2 498
postos foram abertos entre janeiro e agosto de 2011.[68]
Grandes empresas varejistas, estabelecimentos comerciais de grande porte e
multinacionais do ramo do comércio instalaram-se recentemente na cidade,
como o Atacado Tenda, as Lojas Pernambucanas, Lojas Americanas,
Lojas Mariza, Mc'Donalds, Burguer King, Griletto, Subaway, entre outras,
dentro do Shopping Hortolândia, no final de 2011, e a Magazine
Luiza localizado do lado do Supermercado Paulistão Hortolândia.[68] No Centro
Comercial de Hortolândia concentra-se uma parcela significativa do movimento
comercial local, sendo que o lucro cresce em até 30% em épocas especiais,
como no natal. Outro importante polo comercial do município é o Shopping
Hortolândia, inaugurado em 24 de novembro de 2011.[68]

Estrutura urbana
Saúde
Em 2009, o município possuía 37 estabelecimentos de saúde entre
hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 24
deles públicos e 13 privados. Neles a cidade possuía 68 leitos para internação,
sendo que todos esses estavam nos públicos.[78] Em 2011, 99,6% das crianças
menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia.[43] Em 2010,
foram registrados 2 743 nascidos, sendo que o índice de mortalidade infantil
era de 8,2 a cada mil crianças menores de um ano de idade e 99,7% do total
de nascidos vivos tiveram seus partos assistidos por profissionais qualificados
de saúde.[43] Neste mesmo ano, 15,1% do total de mulheres grávidas eram de
meninas que tinham menos de 20 anos.[43] 5 464 crianças foram pesadas
pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,5% delas estavam
desnutridas.[43]
Secretaria Municipal de Saúde é o órgão ligado de forma direta à prefeitura do
município de Hortolândia e tem por função a manutenção e funcionamento
do Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a criação de políticas,
programas e projetos que visem à saúde municipal. Dentre os serviços de
apoio e atenção básica são alguns: o Programa Saúde da Família (PSF), as
Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU). Compõem ainda os serviços desenvolvidos pela prefeitura
municipal o centro de zoonoses, responsável pelo controle de doenças
transmitidas por animais, e a divisão de vigilância em saúde composta pelas
seções de saúde epidemiológica e vigilância sanitária.[79] O principal hospital é
o Hospital Municipal e Maternidade Governador Mário Covas, localizado no
bairro Jardim Mirante.[80]
Educação

Escola Técnica de Hortolândia

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as


escolas públicas de Hortolândia era, no ano de 2009, de 5,0 (numa escala de
avaliação que vai de nota 1 à 10), sendo que a nota obtida por alunos do 5º
ano (antiga 4ª série) foi de 5,4 e do 9º ano (antiga 8ª série) foi de 4,6; o valor
das escolas públicas de todo o Brasil era de 4,0. O IDEB do 5º ano foi o 1086º
maior do país, enquanto que o do 9º ano foi o 656º.[43] O valor do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) da educação era de 0,883 (classificado como
elevado), enquanto o do Brasil é 0,849.[5]
O município contava, em 2009, com aproximadamente 45 584 matrículas nas
redes públicas e particulares.[81] Segundo o IBGE, naquele mesmo ano, das 69
escolas do ensino fundamental, 26 pertenciam à rede pública estadual, 34 à
rede pública municipal e 9 eram escolas particulares. Dentre as 25 instituições
de ensino médio, 22 pertenciam à rede pública estadual e 3 às redes
particulares.[81] Em 2010, 16,0% das crianças de 7 a 14 anos não estavam
cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17
anos naquele ano, era de 66,2%. O índice de alfabetização da população 15 ou
mais de idade, em 2010, era de 99,1%. Em 2006, para cada 100 meninas do
ensino fundamental, havia 102 meninos.[43]

Crianças de uma escola municipal de Hortolândia.

A Secretaria Municipal de Educação tem como objetivo coordenar e assessorar


administrativa e pedagogicamente o sistema escolar de Hortolândia. São
exemplos de programas coordenados pela Secretaria com foco voltado à
população a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que é a rede de ensino
gratuita e voltada para adultos que não concluíram o ensino fundamental, e a
rede de Educação Especial, onde alunos que têm deficiência física são
conduzidos por professores especializados.[82]
Atualmente a cidade conta com duas instituições de nível superior: um campus
do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), uma instituição
confessional-privada que oferta todos os níveis, desde a educação infantil até a
superior, e;[83] um campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP),[84] instituição pública, que conta com cursos
superiores e técnicos em diversas áreas de tecnologia. Além disso, conta com
polos de educação a distância da Faculdade de Comunicação Social de
Hortolândia (FCSH), da Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter), da
Faculdade Paulista de Administração e Ciências Contábeis de Hortolândia
(Fapacch), da Universidade Anhanguera-Uniderp e da Universidade
Paulista (UNIP Interativa).[85]
Educação de Hortolândia em números[81]
Nível Matrículas Docentes Escolas (total)
Ensino pré-escolar 5 187 215 40
Ensino fundamental 32 148 1 257 69
Ensino médio 8 249 482 25

Ciência e tecnologia
Hortolândia possui uma escola técnica, a ETEC Hortolândia, constituída por
cursos técnicos nas áreas
de informática, administração, secretariado e nutrição. Destaca-se o curso de
informática, que qualifica profissionais técnicos na área de programação. São
ministrados componentes curriculares de desenvolvimento de software, nas
linguagens C e Java. Os profissionais formados saem aptos ao mercado de
trabalho na área de informática, em especial, na área de programação de
software.[86] A cidade também foi incluída no plano de expansão da rede federal
de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, sendo ela
uma das cidades-polo para implantação das novas unidades descentralizadas
do CEFET-SP. Na RMC, apenas Hortolândia e Campinas foram agraciadas
com a implantação das novas unidades no plano do MEC em 2010.[87]
Na cidade está ainda um polo tecnológico, que tem como objetivo colaborar no
desenvolvimento científico e tecnológico da região, atraindo empresas que
invistam em pesquisa e desenvolvimento de produtos voltados para as áreas
da indústria e tecnologia, a exemplos do Centro de Serviços
da IBM, Dell Computadores e a chinesa ZTE.[88]
Criminalidade e segurança pública
A provisão de segurança pública de Hortolândia é dada por diversos
organismos, sendo que a Secretaria de Segurança Pública é a responsável
pelo setor.[89] A Prefeitura mantém uma Guarda Municipal, tendo a função de
proteger bens, serviços e instalações do Município e colaborar com o órgão de
fiscalização municipal.[89] A Polícia Militar, uma força estadual, é a responsável
pelo policiamento ostensivo, o patrulhamento bancário, ambiental, prisional,
escolar e de eventos especiais, além de realizar ações de integração
social.[90] Já a Polícia Civil tem o objetivo de combater e apurar as ocorrências
de crimes e infrações.[91]
A queda de homicídios por causas relacionadas à violência urbana se deve a
um conjunto de políticas que aumentou a repressão, além de medidas tomadas
pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP), como o Registro Digital de
Ocorrência (RDO), adotado em mais 46 municípios do estado de São Paulo. O
RDO permite que os boletins de ocorrência (BOs) feitos nas unidades policiais
sejam padronizados via intranet, armazenados em bancos de dados e
consultados por outros órgãos policiais.[92]
Habitação, serviços e comunicação

Conjunto de casas populares sendo inaugurado na cidade em junho de 2012.

No ano de 2010, segundo o IBGE, a cidade tinha 55 393 domicílios particulares


permanentes, sendo 53 865 casas, 1 217 apartamentos, 177 casas de vilas ou
em condomínios e 134 cômodos ou cortiços. Do número total de domicílios,
39 496 eram imóveis próprios, sendo 37 012 próprios já quitados, 2 484 em
aquisição e 11 526 alugados; 3 227 imóveis foram cedidos, sendo 274 por
empregador e 2 953 cedidos de outra maneira. 1 144 foram ocupados de outra
forma. Grande parte do município conta com água tratada, energia
elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. Naquele ano,
98,14% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de
água; 99,64% das moradias possuíam algum tipo de coleta de lixo e 99,6% das
residências possuíam banheiro de uso exclusivo do domicílio.[52]
O abastecimento de água em Hortolândia, assim como em grande parte do
estado de São Paulo, é feito pela Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo. A empresa assumiu os serviços de saneamento em
Hortolândia em 1997, época em que o município não possuía coleta de esgoto
e o abastecimento de água era precário. Em setembro de 2011 existiam cerca
de 50 mil ligações de água na cidade, sendo que atualmente (2012) cerca de
20% do esgoto produzido é tratado.[93] Há duas estações de tratamento, uma
inaugurada em 9 de setembro de 2000, com capacidade para armazenar mais
17 milhões de litros de água,[94] e outra inaugurada em abril de 2012, com
capacidade para tratar até 300 litros por segundo.[95]

Estações terrestres em Hortolândia da COMSAT, empresa norte-americana de sistemas de


comunicação via satélite.

A responsável pelo abastecimento de energia elétrica em Hortolândia é


a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista), que atende ainda a
outros 234 municípios do Interior de São Paulo.[96] Em 2010 99,92% dos
domicílios do município eram atendidos pelo serviço.[52]
Ainda há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos
por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. Na telefonia fixa, a
cidade era atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP)[97], que
construiu as centrais telefônicas utilizadas até os dias atuais. Em 1998 esta
empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[98], sendo que em 2012 a
empresa adotou a marca Vivo[99] para suas operações de telefonia fixa. O
serviço telefônico móvel, por telefone celular, é oferecido por diversas
operadoras. Alguns pontos já contam com rede wireless (internet sem fio).[100] O
código de área (DDD) de Hortolândia é 019[101] e o Código de Endereçamento
Postal (CEP) da cidade vai de 13183-001 a 13189-999.[102]
Há vários canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra High
Frequency (UHF), havendo emissoras afiliadas na própria cidade ou em
cidades próximas. Hortolândia também possui jornais em circulação, sendo
produzidos na cidade o "Página Popular" e o "Jornal de Hortolândia", além de
estar em área de abrangência de circulação do Correio Popular, Folha de
S.Paulo e Spasso Comercial.[103] Algumas das principais emissoras de rádio são
a Rádio Jovem7, a Rádio Anexo e Reflexo, a Rádio Vida, a Rádio Vida Web e a
Web Vinil.[104] Dentro da área da comunicação, o município se destaca por
sediar no condomínio industrial Tech Town um complexo da Communications
Satellite Corporation (COMSAT), uma das principais empresas de sistemas de
comunicação via satélite do mundo, com sede nos Estados Unidos.[105]

[Expandir]

e
Telecomunicações em São Paulo

Transportes

Linha férrea que passa por Hortolândia.

Aeroviário
Hortolândia não conta com aeroportos comerciais em seu território, entretanto,
o Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas encontra-se no município de
Campinas, a cerca de 30 km do centro de Hortolândia, na mesma Região
Metropolitana de Campinas, atendendo a toda região com voos diários
para São Paulo e outros destinos do Brasil e do mundo.[9]
Ferroviário
O território do atual município possui ferrovias desde 1916, sendo que a
principal estação ferroviária da cidade, a Estação Hortolândia (antiga Estação
Jacuba), foi inaugurada naquele ano como posto telegráfico e transformada em
ponto de parada em 1º de abril de 1917. Nesta época pertencia à Companhia
Paulista de Estradas de Ferro, que administrou a ferrovia até 1971, quando a
empresa responsável passou a ser a Ferrovia Paulista S/A (FEPASA). No
começo da década de 1990 o transporte ferroviário começou a decair na
região, assim como em grande parte do estado de São Paulo e do Brasil, e a
estação foi desativada em 1991. Atualmente está abandonada, porém há
projetos de restauração do prédio.[106]
Hoje ainda há linhas que cortam o território hortolandense e que são
administradas pela Brasil Ferrovias, que parte de Campinas passando por
Hortolândia e indo para Sumaré, de lá parte para outras cidades do interior do
estado e sul de Minas Gerais. Porém estão reduzidas a poucas viagens diárias
de trens cargueiros, com locomotivas movidas a diesel a uma baixíssima
velocidade, que transportam cargas para outras cidades de São Paulo. [107]
Rodoviário

Trecho da Rodovia dos Bandeirantes passando pela cidade.

O município de Hortolândia conta com uma rede rodoferroviária privilegiada,


que através da Via Anhanguera e da Rodovia dos Bandeirantes, liga a cidade à
capital do estado; pela Rodovia Dom Pedro I com o sul de Minas Gerais,
municípios do Vale do Paraíba e ao eixo Rio-São Paulo, possui também um
fácil acesso à Sorocaba, através das interligações da Anhanguera e
Bandeirantes com a Rodovia Castelo Branco, e ao Aeroporto Internacional de
Viracopos.[9]
Dentro do contexto regional, a SP-330, no trevo da Rodovia Anhanguera, faz a
ligação para Paulínia, entre Sumaré e Hortolândia, a SP-304 (Rodovia Luiz de
Queiroz) liga Hortolândia a Sumaré, Nova Odessa, Americana e Piracicaba; a
SMR-020 interliga Sumaré e Hortolândia, com uma pista pavimentada; a SMR-
040 interliga Hortolândia a Monte Mor, com uma pista pavimentada. A cidade
tem como vias rodoviárias: a SP-101 (Rodovia Jornalista Francisco Aguirre
Proença, que liga Campinas a Monte Mor) e a SP-348 (Rodovia dos
Bandeirantes).[9][108]
Urbano
Projeto de construção de ponte que ligará o bairro Jardim Nova Europa a Sumaré até a Rodovia
Anhanguera.[109]

A frota municipal no ano de 2010 era de 61 479 veículos, sendo 42 207


automóveis, 1 437 caminhões, 225 caminhões trator, 2 929 caminhonetes,
1 509 caminhonetas, 288 micro-ônibus, 10 987 motocicletas, 997 motonetas,
311 ônibus, nove tratores de rodas, 24 utilitários e 556 outros tipos de
veículos.[110] As avenidas duplicadas e pavimentadas e diversos semáforos
facilitam o trânsito da cidade, mas o crescimento no número de veículos nos
últimos dez anos está gerando um tráfego cada vez mais lento de carros,
principalmente na Sede do município. Além disso, tem se tornado difícil
encontrar vagas para estacionar no centro comercial da cidade, o que vem
gerando alguns prejuízos ao comércio.[111][112]
Em 2007 existiam cinco linhas urbanas; Parque do Horto–Novo Ângulo
(itinerário que corta o município no sentido norte-sul, passando pela região
central); Jardim Amanda–Jardim Carmem Cristina (ligando bairros populosos,
estendendo até o Jardim Conceição no limite do município com Campinas);
Jardim São Pedro–Parque Orestes Ongaro (liga estes bairros utilizando o eixo
da Avenida da Emancipação); Jardim São Sebastião–Jardim Nova Hortolândia
(liga os dois bairros passando pela Região Central); e Jardim Amanda–Jardim
Rosolém (liga os referidos bairros passando pela região central).[113] Há linhas
interurbanas que fazem o trajeto Campinas–Hortolândia (adentram todo o
território de Hortolândia, ligando os bairros com Campinas através de linhas
intermunicipais que cortam o município)[114] e Hortolândia–Sumaré (adentram
todo o território de Hortolândia e se interligam com Sumaré através das
estradas localizadas na região oeste da cidade).[115]

Cultura
A Secretaria Municipal de Cultura de Hortolândia é o órgão público que visa
melhorar e manter os setores cultural e artístico da cidade, por meio de
atrações culturais e de entretenimento.[116] Fomenta a organização de atividades
musicais, teatrais e de danças a fim de estimular a inclusão social e a
elaboração de políticas e ações culturais.[117]
Artes cênicas
Crianças de escola municipal em momento de lazer.

A cidade conta com vários espaços dedicados à realização de eventos culturais


das áreas teatral e musical. Em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), a
cidade conta com três pontos de cultura, que desenvolvem projetos de música
instrumental, violão popular, teatro, vídeo e musicalização infantil.[118] Além
desses projetos, é possível ter contato com elementos do hip hop, com catira,
roda de viola, artesanato, samba de roda, entre outros. A cidade tem uma
grande representatividade na cultura afro-descendente, tendo como principais
nomes as Mães Dango e Eleonora.[119] Hortolândia integra a chamada Câmara
Temática de Cultura, que é composta pelos municípios da Região
Metropolitana de Campinas e um dos principais objetivos é a organização de
projetos que divulguem artistas das cidades da RMC e indique-os para
apresentações na região.[120] Também há projetos em que crianças da 1ª à 4ª
série de escolas municipais participam de cursos gratuitos nas áreas de
cultura, esporte, cidadania e educação como teatro, dança, capoeira, artes
plásticas, música, inclusão digital e literatura.[118]
Hortolândia conta com um Infocentro e uma Casa Brasil. As apresentações
culturais da cidade se concentram em vários espaços, como: Auditório Arlete
Afonso do Colégio Adventista IASP, em seis auditórios das escolas de ensino
fundamental e Câmara Municipal.[121] A Secretaria de Cultura também se ocupa
em oferecer aulas de artes à população. O Centro de Arte e Cultura (CAC),
localizado no Jardim Nova Hortolândia, atende a diversos alunos todos os anos
em cursos como violão, samba, teatro, ginástica, forró, lian gong, dança de
rua, xadrez, manobras com bicicleta e kung-fu,[122] formando ainda grupos de
dança compostos por alunos e que representam a cidade em festivais de
diferentes regiões do estado e até do Brasil.[120]
Está em implantação o Sistema Municipal de Bibliotecas, que atualmente é
integrado pela Biblioteca Ramal do Jardim Amanda, pela Biblioteca Central de
Hortolândia, pelas três unidades do Centro de Atenção Integral à Criança
(CAIC) e pelos diversos pontos de leitura que foram instalados em vários
pontos da cidade pela prefeitura e Secretaria da Cultura. Também há um
projeto de "disque-entrega" de livros em toda a cidade, em que os usuários
cadastrados no sistema municipal da biblioteca solicitam os títulos via Internet
ou por meio do portal de voz que será criado. Muitas das bibliotecas e pontos
de leitura são usadas não só para leitura mas também para realização de
pesquisas.[123]
Música
A cidade é palco de vários eventos musicais que são organizados no decorrer
do ano, onde se apresentam desde bandas regionais até aquelas que têm
fama nacional ou mesmo internacional. Há por exemplo o Moto Fest, realizado
pela Prefeitura de Hortolândia e o Moto Clube Margozeira, no Parque
Socioambiental Dorothy Stang, em que desde 2000 se apresentam bandas de
rock das décadas de 1950 e 80;[124] a Festa do Peão, realizada desde 2004
onde em quatro ou cinco dias se apresentam diversos cantores, de fama
regional até nacional, como Michel Teló, Luan Santana e Gusttavo Lima;[125] e
o Planeta Rock, com apresentação de bandas de rock.[126]
Muitos desses eventos visam incentivar a continuação da carreira das bandas
que foram formadas na cidade. Dentre as bandas de rock se destacam
regionalmente Top Of Mind, Anti-fobia, The Noite, BR116,[124] Reggae Rock
Jurubeba; Em Danger; UPO HC; Spyler; Garagem 73; Metal
Knigths; Dhrama; Slippery; Nosferatu; e Velho Novo.[126] Na cidade, os grupos
de rap Realidade Cruel e Face da Morte obtiveram destaque nacional: o
primeiro foi formado em 1990 (embora tenha se tornado profissional apenas em
1998) e tem lançou oito discos;[127][128] o segundo, além ter criado uma gravadora
independente com o mesmo nome da banda (que inclusive lança as músicas
do Realidade Cruel),[128] lançou cinco discos desde sua formação em 1995.[129][130]
Hortolândia também possui uma banda municipal, que frequentemente atua
nos eventos públicos realizados pela prefeitura municipal e também pela
própria banda, em eventos oferecidos gratuitamente para a população. Criada
em 1994 pela Lei Municipal n°188, a Banda Municipal de Hortolândia é um dos
pilares de fundação do CEMMH (Centro de Educação Musical Municipal de
Hortolândia). Formada por instrumentos da família das madeiras, metais e
percussão, oferece repertório eclético que abrange a todos os gêneros
musicais de cunho erudito e popular. No CEMMH, são oferecidos cursos
gratuitos para todos os jovens que desejam aprender música e algum
instrumento de sopro e percussão. Nele também estão contidos alguns grupos
de câmara, que são separados por instrumentos, a exemplo do grupo de
saxofones e grupo de flautas, que atuam também, assim como a banda em
eventos realizados pela prefeitura municipal do município. [131]
Atrativos naturais e arquitetônicos

Parque Socioambiental Irmã Dorothy Stang, que situa-se no bairro Jardim Nossa Senhora de
Fátima.

Além dos atrativos cênicos, Hortolândia ainda possui uma banda de


monumentos históricos, atrativos naturais e lugares para visita. O Parque
Sócio-Ambiental Irmã Dorothy Stang conta com pista para caminhada,
ciclovias, espaço para ginástica, quiosque, área para shows e eventos,
playground e sala verde para a realização de atividades socioambientais e
oficinas, além do Ginásio Poliesportivo “Victor Savala”, o Centro de
Treinamento de Ginástica Artística “Yasmin Geovana Santos Bomfim, o Centro
de Arte e Cultura (CAC) e o Espaço Criança Ecológica.[132] Em julho de 2012
foram inaugurados outros dois atrativos; o Recanto das Tartarugas, composto
por duas espécies de tartarugas aquáticas e um jabuti (espécie de tartaruga
terrestre), criado afim de combater o depósito impróprio delas nas lagoas do
município pela população,[133] e o Orquidário e Laboratório da Fauna, que está
localizado numa área de 80 m² e abriga mais de 60 espécies de orquídeas. [134]
O Parque Santa Clara/CREAPE (Centro de Referência Ambiental Parque
Escola) abriga o Museu de História Natural Iberaba, que possui mais de 200
espécies de animais empalhados, e possui um local de produção de objetos e
móveis feitos com materiais recicláveis, oferecendo oficinas de reciclagem com
atividades a crianças.[132] O Parque Linear Chico Mendes também possui pista
para caminhadas, ciclovia, playground, equipamentos de ginástica, mesas e
bancos.[132] Ele foi inaugurado em maio de 2010, em comemoração ao
aniversário da cidade, e possui área de 840 metros de extensão, estando onde
situava-se uma antiga fábrica de cerâmicas, às margens do Córrego Santa
Clara. Intervenções de revitalização foram feitas e a área verde do lugar foi
recuperada.[135] No Jardim Rosolen destaca-se a praça A Poderosa, criada em
1995. Ela passa por reformas e está em construção um anfiteatro ao ar livre,
destinado à realização de grandes espetáculos de teatro, música e dança, além
de uma área de lazer com 1 400 metros circulares.[136]
Eventos
A Secretaria de Cultura e o governo estadual promovem ainda diversos
festivais e concursos. O Festival de Teatro, por exemplo, proporciona aos
participantes e espectadores a possibilidade de conhecer as áreas da escrita,
leitura e do teatro como forma de arte, ajudando a desenvolver a expressão
corporal, oral e escrita. Nele são relembradas obras literárias bem como seus
autores.[137] O Festival Estudantil de Teatro, realizado desde 2007, envolve as
escolas da cidade, dando foco à produção artística no meio estudantil. [138] O
Festival de Dança visa ensinar aos participantes e mesmo ao público
movimentos corporais, ritmos e consciência corporal através da dança,
valorizando ainda tradições e costumes culturais do município e região. [139] Já o
Festival de Música é organizado pelas escolas às quais o projeto esta
vinculado, aprimorando conhecimentos e habilidades dos estudantes
envolvidos.[140]
Além das comemorações artísticas, também se destacam na cidade eventos
como: as festas juninas, organizadas tanto em escolas públicas e particulares
quanto em praças ou locais públicos, havendo consumo de comidas e bebidas
típicas e tradicionais danças de quadrilha;[141] a Gincana da Integração,
realizada nas escolas no início do ano letivo, a fim de colaborar com alunos
novatos a conhecer as dependências da escola e se familiarizarem com o novo
local de estudo, além de arrecadar materiais de limpeza, higiene pessoal e
alimentícios, que serão doados a instituição de assistência social de
Hortolândia;[142] e o Carnaval de Hortolândia, com apresentações de blocos de
escolas de samba e shows;[143] além da Festa do Peão,[125] do Moto Fest[124] e do
Planeta Rock, citados anteriormente.[126]
Esporte
Campo de futebol na Praça Maria Madalena de Oliveira (Praça do Malta), bairro Jardim Malta.

Em 2006 a cidade ganhou um time de futebol profissional, o Social Esportiva


Vitória (SEV), que já disputou algumas edições das divisões inferiores
do Campeonato Paulista.[144] Hortolândia sempre foi marcada pelo futebol
amador que nos finais de semana agitam os campos da cidade. Em 19 de
março deste mesmo ano, a prefeitura inaugurou o primeiro estádio de porte
profissional com condições aprovadas pela Federação Paulista de
Futebol (FPF), o Estádio Municipal José Francisco Breda, ou apenas Tico
Breda, como é conhecido.[145] O estádio localizado no Centro Poliesportivo
Nelson Cancian, no Jardim Nova Hortolândia, foi reformado e ampliado
rapidamente para que pudesse atender as exigências da FPF e receber jogos
do SEV Hortolândia.[146] No ano de 2008, pela primeira vez, a cidade foi uma das
escolhidas para sediar os jogos da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em
2009, pela segunda vez foi uma das sedes da copinha, durante a primeira fase,
segunda fase, oitavas-de-finais e quartas-de-finais da edição de 2009.[147]
Frequentemente a Secretaria Municipal de Esportes também organiza diversos
eventos esportivos ou ajuda na realização de campeonatos regionais, tais
como a Copa Horto de Futsal,[148] a Copa Municipal de Futsal,[149] o Campeonato
Amador de Futebol,[150] o Campeonato Regional de Judô,[151] e o Torneio
de Vôlei e Basquete.[152] Em Hortolândia ainda há equipes
de atletismo, basquete, capoeira, ginástica artística, handebol, natação e vôlei
de praia.[153]
Feriados
Em Hortolândia há dois feriados municipais, oito feriados nacionais e seis
pontos facultativos. Os feriados municipais são o dia do aniversário da cidade,
comemorado em 19 de maio; e o Dia da Consciência Negra, em 20 de
novembro.[154] De acordo com a lei federal nº 9.093, aprovada em 12 de
setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados
municipais de cunho religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.[155][156]

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