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Período abrangido pelo Relatório (mês/ano): (03/2018 a 12/2018)

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título: “Animais não humanos: uma responsabilidade nossa”

Bolsista: Amanda Maria de Albuquerque Clementino Coutinho

Voluntário(s): Brenda Braga Bezerril

Curso(s): Engenharia Elétrica e Administração

Orientador:
Ricardo José Ferreira
Coorientador (se houver):
Teresa Cristina Rodrigues Silva
Local de execução: Campus IFPB João Pessoa

Grande Área / Área: Ciências Biológicas / Biologia Geral

Fase de Execução: (Anexar Cronograma de Execução, previsto e realizado)

1. Sensibilizar a comunidade do IFPB – Campus João Pessoa, quanto a atual situação dos
animais não humanos (cães e gatos) que vivem no Campus; Previsto de junho a setembro.
Realizado parcialmente.
2. Construir um referencial teórico sólido acerca das problemáticas abordadas na proposta
desse projeto; Previsto de maio a julho. Realizado.
3. Realizar um censo inicial e outro ao final do projeto com uma amostra da população de
animais não humanos (cães e gatos) que se encontram no Campus João Pessoa; Previsto em
junho e em dezembro. Realizado parcialmente.
4. Elaborar e colocar em prática um plano de ação contendo agenda de ações informativas e
educativas no Campus; Previsto de junho a novembro. Realizado parcialmente.
5. Estruturar os relatórios de pesquisa, bem como divulgar os resultados em periódicos
científicos. Previsto de maio a dezembro. Realizado parcialmente
Objetivo Geral: O projeto se destina a toda comunidade do IFPB - Campus João Pessoa com o
intuito de criar oportunidades para disseminar a legislação em relação a responsabilidade com os
animais não humanos e sobretudo buscar soluções para minimizar a crescente população de
animais abandonados no Campus.

Objetivos Específicos:
1. Sensibilizar a comunidade do IFPB – Campus João Pessoa, quanto a atual situação dos animais
não humanos (cães e gatos) que vivem no Campus;
2. Construir um referencial teórico sólido acerca das problemáticas abordadas na proposta desse
projeto;
3. Realizar um censo inicial e outro ao final do projeto com uma amostra da população de animais
não humanos (cães e gatos) que se encontram no Campus João Pessoa;
4. Elaborar e colocar em prática um plano de ação contendo agenda de ações informativas e
educativas no Campus;
5. Estruturar os relatórios de pesquisa, bem como divulgar os resultados em periódicos
científicos;

2 RELATÓRIO

2.1 Resumo
Este projeto se volta primordialmente à sensibilização da comunidade do Campus João Pessoa em
relação ao trato com animais não humanos dentro da perspectiva da educação ambiental. Espera-se
que alunos, servidores e terceirizados atuantes na Instituição possam agir como multiplicadores na
divulgação das orientações obtidas através deste projeto e que essas ações, que venham a ser
desenvolvidas internamente, ecoem positivamente para a sociedade como um todo.
2.2 Palavras-chave
Material educativo
Disseminação da legislação
Campus IFPB
2.3 Introdução e Fundamentação Teórica
João Pessoa, uma cidade belíssima, detentora de uma natureza ímpar, com lindas praias, rios e
vastas áreas de preservação; necessita de ações urgentes para enfrentar um problema tipicamente
urbano que é a proliferação de animais domésticos abandonados nas ruas da cidade - muitos deles,
doentes, como se pode ver em Bittencourt (2009).
Qualquer cidadão é capaz de observar a quantidade crescente de animais domésticos abandonados
nas ruas, mas poucos possuem a consciência da gravidade deste problema, tanto para a saúde
pública quanto para o bem-estar animal, como destaca Matos (2012). Poucos ainda devem saber
qual a atitude correta a ser tomada em relação à esta situação. O desconhecimento da legislação em
relação ao trato com os animais não humanos faz com que muitos cidadãos tomem atitudes que
incorrem em crimes ambientais como: o abandono, os maus-tratos e até a extermínio em massa.
A OPAS/OMS (2018), Organização Pan Americana de Saúde e a Organização mundial de Saúde –
organismos internacionais de Saúde Pública dedicados a melhorar as condições de saúde dos países
das Américas, preconiza que deve-se: “promover uma educação ambiental voltada para a guarda
responsável, com implementação de programas educativos que levem os guardiões de animais a
assumirem seus deveres, com o objetivo de diminuir o número de animais abandonados nas ruas e
a disseminação de zoonoses.”
Pesquisas como Santana et. al (2009) e Joffily et. al (2013) demonstram que algumas medidas
isoladas levam em consideração o bem-estar animal, mas falham em considerar a relação do animal
abandonado com a saúde pública, portanto, não contribuem eficazmente para a solução do
problema. Joffily et. al(2013) ainda cita a ação de grupos radicais, que se baseiam apenas na saúde
pública, ignoram os conceitos de bem-estar animal e, consequentemente, se tornam também
ineficazes para a solução do problema.
Deste modo, há urgência em divulgar o conceito de “guarda responsável” e a necessidade de se
tomar medidas concretas para solucionar o problema relacionado ao abandono de animais nos
centros urbanos considerando ambos: a saúde pública e o bem-estar animal.
No nosso “microcosmo”, o IFPB – Campus João Pessoa, vemos exatamente a mesma situação que
ocorre no “macrocosmo” - a cidade. O abandono de animais dentro do Campus está se tornando
uma prática frequente e a população de animais cresce a cada dia pois, além de tudo, a procriação é
rápida. Outro fator alarmante é a denúncia da matança ocorrida há alguns anos atrás e outros
crimes contra animais não humanos já cometidos dentro do Instituto. Estes fatores sinalizam para a
necessidade urgente de uma ação de sensibilização da comunidade em relação às responsabilidades
com os animais não humanos dentro do Campus que repercutam exemplarmente na sociedade
como um todo.
Dentro de uma instituição de ensino, na qual há a máxima preocupação na formação integral do
cidadão e estando amparados pela Constituição Federal, na qual diz que devemos promover a
educação cidadã em todos os níveis, propomos uma ação imediata em relação a este tema.
Este projeto se destina a toda comunidade do IFPB - Campus João Pessoa com o intuito de se fazer
conhecer a legislação em relação a responsabilidade com os animais não humanos e sobretudo
buscar soluções para minimizar a crescente população de animais abandonados no Campus.
Sob a perspectiva da legislação vigente em relação ao bem-estar animal, temos a Constituição da
República Federativa do Brasil - art. 225 e seu § 1º, inciso VII da Lei no. 9605 de 12 de fevereiro
de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. A legislação prevê pena para crimes ambientais
relacionados aos maus tratos aos animais como: a detenção de três meses a um ano e multa. A pena
pode aumentar em 1/6 (um sexto) caso ocorra a morte do animal. Consideram-se situações de
maus-tratos todas aquelas que causam dor e sofrimento a um animal.
Em relação às ações no âmbito mais prático e educativo, encontramos inúmeros trabalhos já
realizados e suas conclusões publicadas nas principais plataformas de divulgação de produção
científica, destacando-se a Revista Brasileira de Direito Animal na qual especialistas abordam o
tema com notável amplitude. Podemos facilmente nortear as primeiras ações com o apoio destes
estudos.
A primeira abordagem deve se dar no âmbito mais geral, voltada para a temática da educação
ambiental com o enfoque na visão biocêntrica em detrimento do antropocentrismo. O artigo de
Pereira & Fogaça (2016) trata da questão da insignificância da vida dos animais não humanos
provocada pelo antropocentrismo:
“O Antropocentrismo coloca o homem no centro de todas as relações e, sobretudo, importando o
bem-estar dos seres humanos sem preocupação com os demais seres vivos que servem como
instrumentos para seus interesses exclusivos. ”
O artigo destaca que a crise do meio ambiente levantou questões fundamentais para a ética no
contexto das relações de interdependência entre os seres vivos. Fazendo um histórico do
desenvolvimento dessas ideias e destacando filósofos contemporâneos como Luc Ferry, Peter
Singer e Tom Regan, o artigo defende a importância da concepção biocêntrica na qual o homem
não é superior aos demais seres vivos, mas parte integrante. Desta maneira, conclui-se que a
corrente de pensamento biocentrista propõe à natureza um valor em si e tenta resgatar a ética
essencial e imperativa de valorizar e respeitar a vida em todas as suas formas e jamais agredir a
vida seja ela qual for.
Aprofundando mais especificamente na temática do respeito aos animais não humanos, ações
devem se voltar para a responsabilidade com a tutela. Na abordagem deste ponto deve-se manter a
lembrança histórica da evolução das relações com os animais não humanos que hoje são de
estimação, observando a negatividade das ações dos animais humanos empoderados capazes de
praticar violências contra os animais não humanos.
Nesta mesma linha de pensamento, Joffly et. al (2013) ressaltam que:
“Com a domesticação de lobos selvagens e a posterior criação das diversas raças domésticas, não
só de cães, mas também de gatos e outras espécies, o homem criou uma relação de dependência
desses animais, que passaram a não mais possuir uma natureza silvestre, não podendo, assim,
viverem soltos na natureza. Cabe, no entanto, ao próprio homem o cuidado para com esses animais
e um controle eficiente e humanitário de suas populações. ”
Observamos a necessidade imprescindível de uma nova interpretação do que seja maus tratos
levando em consideração o conhecimento científico hoje existente sobre senciência e consciência
e, em especial, o bem-estar animal e acreditamos que as instituições de ensino devam assumir parte
da responsabilidade nesta transformação da sociedade através da educação. O trabalho de Oliveira
et. al (2016) destaca que:
“É importante trazer à tona a transformação na sociedade e nos homens enquanto ‘tutores’ desses
animais, visualizando ações que erradiquem as práticas de violência aos animais e que aceitem sua
condição, enquanto membros das famílias, evitando abandonos e maus tratos. ”
Por fim, aproximando-se das questões mais práticas deste projeto, chega-se à demanda da redução
da população de animais abandonados e de como a educação pode atuar neste quesito. Dois dados
são importantíssimos para que ocorra a diminuição efetivamente: a guarda responsável e a
esterilização. Segundo a médica veterinária Dra. Silvia Schultz, em matéria publicada no Portal
Nosso Mundo (2009):
“É preciso antes de tudo educar. Educar a comunidade para a guarda responsável e para a
necessidade de evitar que seus animais cruzem indiscriminadamente... o esclarecimento acerca
deste procedimento, mostrando que a castração vai além do controle populacional, garantindo mais
saúde para o animal e tranquilidade para o guardião é de extrema importância. ”
Além disso, Dra. Schultz afirma também que é de extrema relevância o rompimento com crenças e
mitos envolvendo o termo castração os quais necessitam ser trabalhados cuidadosamente e serem
esclarecidos para que a população consiga enxergar os reais benefícios do procedimento. As
campanhas de esterilização e o estímulo à adoção ao invés da compra são também muito
importantes.
A Arca Brasil – Associação Humanitária de Proteção e Bem-estar Humana (2011) estabelece e
coloca à disposição em seu site os 10 mandamentos para guarda responsável, como medida
informativa das responsabilidades e deveres de pessoas interessadas em manter um animal de
estimação. Entre eles: “evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A
castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações. ”
Finalizando, o artigo de Joffily et. al (2013) no qual apresenta uma problemática semelhante a
enfrentada no IFPB – Campus João Pessoa e cercanias. Ele apresenta os resultados de um estudo
bastante detalhado no qual os pesquisadores concluem que a educação é a medida mais eficiente
para controle e resolução deste problema ambiental. Além disso destacam a importância dos
projetos de pesquisa como ferramenta de apoio para a conscientização acerca dos possíveis
problemas envolvendo animais abandonados.
2.4 Metodologia
O presente trabalho deve ser concretizado através de um plano de ações dividido em três etapas:

Etapa 1 – Diagnóstico:

 Identificação dos grupos que, de alguma forma, venham trabalhando com a questão do
bem-estar e do direito animal não humano em João Pessoa.
 Identificação das causas do aumento da população de animais abandonados no IFPB –
Campus João Pessoa através da observação dos pontos suscetíveis a trânsito livre desses
animais.

Etapa 2 – Sensibilização da comunidade acadêmica:

 Organizar discussões sobre o tema e levantar eventuais soluções para o problema dentro do
Campus;
 Organizar palestras com especialistas da área com os seguintes temas: educação ambiental,
legislação e maus tratos; adoção e guarda responsável; controle populacional. Contaremos
com o apoio das seguintes entidades para as palestras, entre outras:
o Núcleo de Extensão em Justiça Ambiental da UFPB - NEJA/UFPB;
o Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/PB;
o Comissão de Direito e Bem-Estar Animal e Enfrentamento do Problema de
Abandono de Animais Domésticos nos Campi da UFPB;
o Centro de Controle de Zoonoses de João Pessoa.

Etapa 3 – Proposição de medidas que venham a auxiliar na redução da população de animais


abandonados.

 Produção de material para que as informações sejam também compartilhadas com os outros
Campi do IFPB. O material será em forma de vídeos e textos para publicações em jornais
na internet e no portal do IFPB;
 Enviar relatório aos órgãos competentes contendo o resultado das discussões e eventuais
solicitações e autorizações para respaldo de ações que deverão ser tomadas;
 Garantir que as ações prossigam repercutindo para as próximas gerações de estudantes e
servidores da Instituição.

Dessas etapas da metodologia prevista, o projeto realizou até a presente data, as ações da Etapa 1.
Além da Etapa 1 já cumprida, a equipe agora prepara um material sobre como lidar com situações
que envolvam animais não-humanos no intuito de realizar palestras e pequenos debates com os
frequentadores do Campus – servidores, terceirizados e discentes. Vale ressaltar que o material é
expositivo e não obriga a participação direta dos frequentadores – eles apenas terão acesso a
materiais informativos sobre a situação de animais não-humanos.
Além disso, a submissão e aprovação de um pôster no VI Congresso Internacional de direito
animais e bioética mostra que o projeto está caminhando no rumo certo, uma vez que os anseios do
projeto também estão sendo reconhecidos pela comunidade acadêmica.
2.5 Resultados
Os resultados da Etapa 1 trouxeram benefícios no sentido de que, após uma caminhada dentro do
Campus, foi possível localizar diversos pontos de fraqueza que facilitam a entrada e circulação de
animais não-humanos nas dependências internas do Campus. Como se pode ver pelas imagens
abaixo, é possível identificar diversos desses pontos.
Com os registros obtidos, a equipe do projeto planeja, por meio de documento formal, requisitar ao
Campus meios de isolar tais pontos fracos para a diminuição da entrada de animais não-humanos
no Campus.

Através de uma palestra dinâmica com panfletos e slides e simulando situações reais de maus tratos
e abandonos, conseguimos transmitir para os terceirizados como eles podem impedir situações
como essas e como podem denunciar esse tipo de comportamento. Além disso, conseguimos
transmitir as normas legais (leis e código de defesa) para o melhor conhecimento de todos eles.
2.6 Discussão
A caminhada de reconhecimento da área no Campus proporcionou a observação de diversos pontos
de abandono de animais assim como o convívio descuidado dos humanos em relação aos animais
domésticos denotando maus tratos.
O artigo de Joffily et. al (2013) no qual apresenta uma problemática semelhante a enfrentada nas
cercanias do IFPB Campus João Pessoa apresenta os resultados de um estudo bastante detalhado
no qual os pesquisadores concluem que a educação é a medida mais eficiente para controle e
resolução deste problema ambiental. Além disso destacam a importância dos projetos de pesquisa
como ferramenta de apoio para a conscientização acerca dos possíveis problemas envolvendo
animais abandonados.
Depois da palestra realizada com os funcionários, conseguimos observar que o número de
abandonos dentro do Campus diminuiu consideravelmente (observar as tabelas abaixo), além disso,
os terceirizados estão mais alertas para qualquer tipo de atitude suspeita de abandono ou maus
tratos dentro do Campus.

2.7 Conclusão
A constatação maior até o momento é de que há grande carência de informações a respeito do
cuidado com os animais e desconhecimento do que seja a guarda responsável. Há uma necessidade
de divulgação da legislação para a população assim como a exigência de cumprimento da lei em
relação à aplicação das penalidades por parte das autoridades municipais.
Além disso, a palestra realizada com o setor terceirizado do Campus demonstrou bons frutos, uma
vez que a frequência de animais abandonados no Campus demonstrou certa diminuição no período
pós palestras.

2.8 Referências
- JOFFILY, D., et. al. Medidas para o controle de animais errantes desenvolvidas pelo grupo pet
medicina veterinária da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Revista: Em Extensão,
Uberlândia, v. 12, n. 1, p. 197-211, jan. / jun. 2013.
- PEREIRA, R. FOGAÇA, A. C. Uma reflexão da aplicação do princípio da insignificância aos
crimes ambientais sob uma perspectiva dos animais não humanos. Revista Brasileira de Direito
Animal, v. 11, n. 23, 2016.

3 PRODUÇÃO TÉCNICA/CIENTÍFICA GERADA ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO


DA PESQUISA

Tipo Situação Meio de Título Evento / Periódico Ano


Publicação
ANIMAIS NÃO HUMANOS: VI Congresso Internacional de
Pôster Aprovado Apresentação UMA RESPONSABILIDADE direito animais e bioética 2018
NOSSA

Tipo: A – Artigo; NT – Nota Técnica; RS – Resumo; RL – Relatório


Situação: S – Submetido; P – Publicado
Meio de Publicação: EI – Anais de Evento Internacional; EN – Anais de Evento Nacional;
PI – Periódico Internacional; PN – Periódico Nacional

4 PARECER DO ORIENTADOR

Classificação de desempenho do bolsista / voluntário(s)


Excelente [ ] Bom [ X ] Regular [ ] Ruim [ ]

Os discentes envolvidos demonstram envolvimento com o projeto, visto que eles possuem bastante
vivência com a causa objeto de estudo desse projeto. A experiência deles faz com que a articulação das
ações em sua maioria seja de mais fácil execução.
Como qualquer equipe, pequenos ajustes precisam ser feitos, mas nada que preocupe ou prejudique o
andamento do cronograma planejado.

5 ASSINATURAS
Local Data
________________________________ ____/ ____/ 20 ____
Orientador Bolsista

_________________________________ __________________________________
Coorientador Voluntário

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