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CURSO ON-LINE – FINANÇAS PÚBLICAS – CURSO REGULAR - AFRFB 1

PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

AULA SETE

Prezados (as) Alunos (as),

Iniciamos a última aula do curso de Finanças Públicas voltado à preparação


para a prova de Auditor Fiscal.

O conteúdo programático a ser abordado nesta aula será o seguinte:

Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. Decreto n. 6.601/2008 - Gestão do


Plano Plurianual 2008-2011 e de seus programas. Avaliação de Políticas Públicas e
Programas Governamentais: referencial teórico, conceitos básicos e tipos de
avaliação. Técnicas de avaliação e monitoramento da despesa pública. Avaliação de
políticas públicas e seu relacionamento com processos, resultados e impactos.
Avaliação de projetos de grande vulto e estudos de previabilidade de projetos de
grande vulto no governo federal.

A aula em questão baseia-se no Decreto 6601/08, o qual, conforme pode-se


verificar acima, associa-se ao PPA 2008-2011. Recentemente (neste ano de 2011)
foi publicado o manual referente ao próximo PPA (2012-2015), o qual apresenta
algumas modificações no processo de elaboração do Plano. Considerando que
estamos seguindo em essência o conteúdo programático do último concurso, e
partindo do pressuposto que as alterações são pequenas, podemos tranquilamente
nos ater ao conteúdo apresentado nesta aula.

O conteúdo em si é bastante tranqüilo, muito embora seja cheio de detalhes.


Dessa forma, muita atenção!

Um abraço,

Mariotti

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1. Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. Decreto n. 6.601/2008 -


Gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e de seus programas.

A Lei 11.653, de 7 de abril de 2008, instituiu e dispôs sobre o Plano Plurianual


para o quadriênio 2008-2011. Baseado na Lei ora mencionada, foi editado o Decreto
6.601, de 10 de outubro de 2008, o qual buscou dar maior clareza aos objetivos
associados à Gestão do PPA.

É exatamente com base nestas duas normas que conduziremos a aula,


partindo dos conceitos narrados na norma orientadora e, posteriormente,
comentando os principais conceitos e definições dadas pelo Decreto.

1.1 O Plano PluriAnual

Conforme já apontado na aula seis, cabe ao Plano Plurianual estabelecer, de


forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada, conforme disposto no artigo 165 da Constituição
de 1988. Este conceito confere ao PPA papel central no processo de planejamento
do Governo Federal. Esse papel é reforçado, ainda, pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, que dá destaque à ação planejada de governo e à compatibilização dos
orçamentos com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual.

Além de estabelecer os objetivos e metas para um período de quatro anos, o


PPA 2008-2011 é também instrumento de organização da ação governamental
visando melhorar o desempenho gerencial da Administração Pública e contribuir
para a consecução das prioridades de governo. Segundo o Manual de Elaboração
do PPA, o modelo de elaboração e gestão do Plano Plurianual deverá se orientar
pelos seguintes princípios:

• A convergência territorial como método de orientação da alocação dos


investimentos com vistas a uma organização do território mais equilibrada;

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• A integração de políticas e programas, visando otimizar os resultados da


aplicação dos recursos públicos, por meio da convergência territorial e da
focalização em torno de público alvo delimitado;
• O monitoramento e a avaliação dos projetos e programas de Governo,
criando condições para a melhoria contínua e mensurável da qualidade e
produtividade dos bens e serviços públicos;
• O estabelecimento de parcerias com os Estados e com a iniciativa privada,
visando a ampliação dos recursos para financiamento das ações de governo;
• A gestão estratégica dos projetos e programas considerados indutores do
desenvolvimento para assegurar o alcance dos resultados pretendidos;
• A transparência na aplicação dos recursos públicos, mediante ampla
divulgação dos gastos e dos resultados obtidos;
• A participação social na elaboração e gestão do Plano Plurianual como
importante instrumento de interação entre o Estado e o cidadão para
aperfeiçoamento das políticas públicas.

O papel do Plano Plurianual é o de implementar o necessário elo entre o


planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo
prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condições para sua
materialização. Segundo o art. 2o da Lei 11.653/08, o Plano Plurianual 2008-2011
organiza a atuação governamental em Programas orientados para o alcance dos
objetivos estratégicos definidos para o período do Plano.

De acordo com o descrito na aula 6, o programa é definido com sendo o


instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de
ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,
mensurado por indicadores instituídos no plano, visando a solução de um problema
ou o atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.

As ações representam as operações das quais resultam produtos (bens ou


serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se
também no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros
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entes da federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios,


subvenções, auxílios, contribuições, doações, etc., e os financiamentos.

Segundo o PPA 2008/2011, o Programa de Aceleração do Crescimento –


PAC exercerá papel fundamental neste processo. Destaca-se que a organização
das ações do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior
racionalidade e eficiência na administração pública e ampliar a visibilidade dos
resultados e benefícios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparência
na aplicação dos recursos públicos.

O Manual de Elaboração do PPA destaca que a metodologia de elaboração


de programas do plano facilita a identificação dos problemas e dos segmentos
sociais que devem ser alvo da intervenção governamental, estabelecendo as ações
a serem implementadas e os resultados a serem alcançados. Entende-se como
resultado de um programa a efetividade no alcance do objetivo proposto, ou seja, a
transformação ou mudança em uma realidade concreta a qual o programa se propôs
modificar. A figura abaixo reflete a lógica de elaboração e funcionamento dos
programas e das ações.

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O § 1o do art. 1o da lei do PPA 2008/2011, destaca que integram o Plano


PluriAnual os seguintes anexos:

Anexo I – Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados


diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração;

Anexo II - Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são


programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação
de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas
finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado, podendo
ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente administrativa;

Anexo III - Órgãos Responsáveis por Programas de Governo: São representados


na classificação institucional da despesa pública, a qual relaciona os órgãos
orçamentários e suas unidades orçamentárias.

Os anexos I e II, referentes aos programas presentes no PPA, são todos


baseados em ações, destacando-se que as ações se subdividem em:

• Projetos;
• Atividades;
• Operações especiais.

Os Projetos correspondem ao instrumento de programação utilizado para


alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações,
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo.

As Atividades correspondem ao instrumento de programação utilizado para


alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou
serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

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As Operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção,


expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Importante destacar, conforme destaca o Manual de Elaboração do PPA, que


as ações referentes ao serviço e refinanciamento das dívidas interna e externa, às
transferências constitucionais ou decorrentes de legislação específica (que não
contribuem para a consecução dos objetivos dos demais tipos de programas) e
aquelas relativas a outros encargos especiais, e à reserva de contingência, estarão
associadas aos programas do tipo “Operações Especiais”, que constam somente do
orçamento, mas não integram o PPA.

Como link derivado do planejamento estratégico do PPA, o art. 3o da Lei


11.653/08 destaca que os programas e ações do plano serão observados nas leis de
diretrizes orçamentárias, nas leis orçamentárias anuais e nas leis que as
modifiquem. Adicionalmente, segundo a referida Lei, a gestão fiscal e orçamentária
e a legislação correlata deverão levar em conta as seguintes diretrizes da política
fiscal:

• Elevação dos investimentos públicos aliada à contenção do crescimento das


despesas correntes primárias até o final do período do Plano;
• Redução gradual da carga tributária federal aliada ao ganho de eficiência e
combate à evasão na arrecadação;
• Preservação de resultados fiscais de forma a reduzir os encargos da dívida
pública.

Não menos importante, é destacado pela Lei que serão considerados


prioritários, na execução das ações constantes do Plano, os projetos:

I - associados ao Projeto-Piloto de Investimentos Públicos - PPI e ao


Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; e

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II - com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no período


plurianual.

O PAC tomou grande vulto ao longo do segundo governo Lula, ao contrário


do Projeto Piloto de Investimentos Públicos – PPIP, que teve o seu papel encoberto
pelo próprio PAC.

1.2 A gestão do PPA

Segundo o art. 7o da Lei 11.653/08, a gestão do Plano Plurianual observará


os princípios de eficiência, eficácia e efetividade e compreenderá a
implementação, monitoramento, avaliação e revisão de programas.

De acordo com os artigos 8o e 9o, o Poder Executivo deverá manter sistema


de informações gerenciais e de planejamento para apoio à gestão do Plano, com
característica de sistema estruturador de governo, estabelecer normas
complementares para a gestão do Plano Plurianual 2008-2011 e manter atualizado,
na Internet, o conjunto de informações necessárias ao acompanhamento da gestão
do Plano.

O Decreto 6.601/08, esclarecedor da Lei 11.653/08, destaca no seu art. 1o


que a gestão do PPA, além de ser orientada pelos princípios de eficiência, eficácia
e efetividade, compõe-se dos níveis estratégico e tático-operacional.

O nível estratégico do PPA compreende os objetivos de governo como um


todo e os objetivos setoriais.

Os objetivos de governo correspondem aos objetivos a serem perseguidos


com maior ênfase pelo Governo no período do plano para que, no longo prazo, a
Visão estabelecida no plano se concretize. Adiciona-se que os objetivos devem ser
passíveis de mensuração, sendo assim acompanhados de indicadores e metas que

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permitam o monitoramento e a avaliação dos resultados alcançados por meio das


políticas e programas a eles associados.

Os objetivos setoriais são os objetivos prioritários do Ministério, em sua área


de atuação, para o período do Plano, devendo abarcar as políticas setoriais
finalísticas, que geram resultados imediatos para a sociedade. Os objetivos setoriais
são a base para a posterior definição dos Programas do órgão; dessa forma, devem
ser elaborados e caracterizados de modo a possibilitar a sua tradução em
programas para o enfrentamento dos problemas da sociedade relacionados ao setor
ou área de atuação do Órgão.

Já o nível tático-operacional, segundo o Decreto 6.601/08, corresponde aos


programas e ações, já devidamente definidos em aula.

Cabe ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão coordenar os


processos de monitoramento, de avaliação e de revisão do PPA, bem como
disponibilizar metodologia, orientação e apoio técnico para a sua gestão.

A gestão do PPA, coordenada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e


Gestão (Órgão Central do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal) , em
articulação com os demais órgãos do Poder Executivo, compreende:

I - no nível estratégico:

a) Comitê de Gestão do PPA, integrado por representantes do MPOG, da


Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Fazenda e da Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Conforme o Decreto 6.601/08,
os integrantes do Comitê serão designados pelo Ministro de Estado de
Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante indicação dos titulares dos órgãos ora
mencionados.

b) Secretaria-Executiva, ou seu equivalente nos demais órgãos.

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c) Comissão de Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual - CMA, a


ser instituída no âmbito do MPOG, integrada por representantes de órgãos do Poder
Executivo. Também de acordo com o Decreto 6.601/08, a CMA contará com a
Câmara Técnica de Monitoramento e Avaliação - CTMA e com a Câmara Técnica de
Projetos de Grande Vulto - CTPGV para o desempenho de suas atribuições.

d) Unidades de Monitoramento e Avaliação - UMA, em cada órgão


responsável por programa. As UMAs, instituídas no âmbito de cada órgão
responsável por programa, deverão estar subordinadas às respectivas Secretarias-
Executivas ou unidades administrativas equivalentes.

· II - no nível tático-operacional:

a) Gerentes de Programa: é o titular da unidade administrativa à qual o


programa está vinculado. De acordo com o art. 3o do Decreto 6.601/08, o gerente
de programa é o responsável pela gestão de programa do PPA em conjunto com o
Gerente-Executivo.

b) Gerentes-Executivos de Programa;

c) Coordenadores de Ação: é o titular da unidade administrativa à qual se


vincula a ação. De acordo com o art. 3o do Decreto 6.601/08, é o responsável pela
gestão da ação, com apoio do Coordenador-Executivo de Ação.

d) Coordenadores Executivos de Ação.

Duas ressalvas importantes, feitas pelo Decreto 6.601/08, são a de que os


programas pertencentes ao órgão responsável 92000 - Atividades Padronizadas -
estão dispensados da necessidade de vinculação a eles de Gerente e Gerente-
Executivo. De todo modo, as ações dos programas do órgão responsável 92000
devem contar com Coordenadores de Ação, sendo executadas por unidades
orçamentárias vinculadas a órgãos dos Poderes da União.

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Considerando que se trata de um ponto bastante decoreba do conteúdo,


apliquemos este conhecimento por meio de uma questão cobrada pela ESAF na
prova de Analista de Planejamento da Secretaria da Fazenda do Estado de São
Paulo:

(APO/SP – ESAF/2009) No âmbito federal, a coordenação do PPA, no nível


operacional, é realizada pelos seguintes responsáveis:
a) gerentes de programas, coordenadores-executivos de programas e ordenadores
de despesas.
b) comissão de gestão do PPA, gerentes de programas e coordenadores-executivos
de programas.
c) gerentes de programas, gerentes-executivos de programas, coordenadores de
ação e coordenadores-executivos de ação.
d) gerentes de programas, secretários-executivos, ordenadores de despesa e
gerentes de ações.
e) coordenadores de programas, ordenadores de despesas e supervisores de ação.

Resolução:

Conforme verificado, no âmbito federal, a coordenação do PPA, no nível


operacional, é realizada pelos gerentes de programas, gerentes-executivos de
programas, coordenadores de ação e coordenadores-executivos de ação.

Gabarito: letra “c”.

1.2.1 Comitê de Gestão do PPA

Ao Comitê de Gestão do PPA, situado no nível estratégico, estrutura maior no


âmbito do acompanhamento do Plano PluriAnual, compete:

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I - adotar medidas que fortaleçam a gestão para resultados, observando os


princípios da eficiência, da eficácia e da efetividade da ação governamental, com
base nos indicadores e metas do PPA;

II - realizar o monitoramento estratégico do PPA com base na evolução dos


indicadores dos objetivos de governo, dos programas prioritários e das respectivas
metas de ações; e

III - deliberar sobre alterações do PPA no nível estratégico.

Importante considerar que o Comitê de Gestão do PPA será assessorado


pela Comissão de Monitoramento e Avaliação, e contará com o apoio técnico e
administrativo da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que desempenhará a função de
Secretaria-Executiva.

1.2.2 Secretário-Executivo

O Secretário-Executivo ou seu equivalente, diretamente ou por delegação,


deve:

I - acompanhar a execução dos programas do PPA e adotar medidas que


promovam a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação governamental;

II - definir prioridades de execução em consonância com o estabelecido no


PPA e nas leis de diretrizes orçamentárias;

III - monitorar, em conjunto com o Gerente de Programa, que se encontra no


nível tático operacional, a evolução dos indicadores dos objetivos setoriais, dos
programas e das metas das ações do PPA sob sua responsabilidade;

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IV - articular junto às unidades administrativas responsáveis por programas e


ações, quando necessário, para a melhoria de resultados apurados periodicamente
pelo Sistema de Monitoramento e Avaliação do PPA;

V - coordenar a alocação de recursos nos programas sob a responsabilidade


do órgão, inclusive daqueles de natureza multissetorial;

VI - apoiar os Gerentes de Programa com medidas mitigadoras dos riscos


identificados na execução dos programas; e

VII - elaborar o Relatório Anual de Avaliação dos Objetivos Setoriais e


supervisionar a elaboração do Relatório Anual de Avaliação dos Programas sob a
responsabilidade do órgão, bem como os demais requisitos de informação
disponibilizados pelo Órgão Central no Sistema de Planejamento e Orçamento
Federal, que nada mais é do que o Ministério do Planejamento.

O Secretário-Executivo será assessorado pela Unidade de Monitoramento e


Avaliação - UMA, que contará com apoio técnico da Secretaria de Planejamento e
Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Assim, para que não haja dúvidas ou mesmo pegadinhas em possíveis


questões de prova, temos o seguinte:

Comitê de Gestão do PPA Assessorado pela Câmara de Monitoramento e


Avaliação – CMA. Apoio Técnico e Administrativo da SPI.

Secretário-Executivo Assessorado pela Unidade Monitoramento e Avaliação


– UMA. Apoio Técnico da SPI.

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1.3 Monitoramento e Avaliação do PPA

De forma integrada ao modelo de gestão do PPA 2008-2011, o Decreto


6.601/08 estabeleceu as regras para a estrutura e o funcionamento, de acordo com
a Lei nº 11.653/2008, do Sistema de Monitoramento e Avaliação do Plano (SMA),
sob a coordenação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Este
sistema é composto pelo Comitê de Gestão do PPA, por uma Comissão de
Monitoramento e Avaliação (CMA), a qual contará com a Câmara Técnica de
Monitoramento e Avaliação (CTMA) e a Câmara Técnica de Projetos de Grande
Vulto (CTPGV) para o desempenho de suas atribuições.

Segundo o Manual de Avaliação do PPA, o objetivo central do Sistema de


Monitoramento e Avaliação - SMA, é assegurar que as informações produzidas
sejam utilizadas pela Administração Pública Federal como parte integrante da
gestão dos programas, com vistas à obtenção de melhores resultados pelo governo
e de modo a fornecer subsídios para a tomada de decisão e a melhoria da qualidade
da alocação dos recursos no plano e nos orçamentos anuais. Vejamos a figura
retirada do próprio Manual que representa muito bem estes conceitos:

Segundo o MPOG, a “avaliação do Plano Plurianual e seus programas é um


processo contínuo e participativo de aperfeiçoamento da administração pública
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federal, sob a perspectiva dos resultados para o cidadão. É uma etapa do ciclo de
gestão governamental e visa melhorar o desempenho dos programas, promover o
aprendizado das equipes gerenciais, além de prestar contas ao Congresso Nacional
e à sociedade (BRASIL, 2002, p.44)”.

De acordo com o Manual de Avaliação do PPA, optou-se pela classificação


em função das características da avaliação, sendo:

Quanto à temporalidade: a avaliação pode ser caracterizada como: (i) ex-


ante, realizada antes do início de implementação de um programa, onde é
necessário projetar o que aconteceria com algumas características da população
beneficiária caso o programa fosse executado, comparando os custos e benefícios
da iniciativa com as alternativas disponíveis à sua implantação; e (ii) ex-post ou
também conhecida como somativa, que é realizada após consolidação ou na fase
final de um programa. Normalmente mede resultados e impactos, exigindo
levantamento de dados primários sobre o público-alvo, caso o programa não
disponha de um sistema de monitoramento desenvolvido;

Quanto ao objeto: a avaliação pode ser caracterizada como: (i) de processo,


relativa a identificação dos aspectos da implementação (insumos, processos e
produtos) que podem gerar ganhos ou perdas no atendimento às metas das ações
do programa junto ao seu público-alvo; (ii) de resultados, relativa ao nível de
transformação da situação a qual o programa se propõe a modificar, expressa o
grau em que os objetivos do programa foram alcançados; e (iii) de impacto, que
busca conhecer os efeitos produzidos pelo programa em algum(uns) aspecto(s) da
realidade afetada pela sua existência, geralmente relacionando-se a resultados de
médio e longo prazo e visa à identificação, compreensão e explicação das
mudanças nas variáveis e nos fatores relacionados à efetividade do programa;

Quanto à execução: a avaliação pode ser caracterizada como: (i) interna,


realizada dentro da organização onde se localiza o programa, conduzida por
unidade administrativa diferente da executora, sendo que para o PPA, onde se

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aplica uma auto-avaliação, os trabalhos são realizados pela própria equipe


responsável pela gestão do programa; e (ii) externa, realizada por instituições
externas, o que tende a apresentar maior credibilidade junto ao público usuário da
informação por utilizar padrões mais rígidos e neutros de análise.

Finalmente, no que se refere às responsabilidades na Avaliação Anual do


PPA, temos que:

I. O Gerente de Programa ou Gerente Executivo é responsável pela


Avaliação de Programa, devendo elaborar o Relatório Anual de
Avaliação dos Programas contemplando a análise e verificação da
evolução dos indicadores dos programas e das metas das ações sob
sua responsabilidade;

II. O Secretário-Executivo ou seu equivalente, diretamente ou por


delegação, é responsável pela Avaliação Setorial, devendo elaborar o
Relatório Anual de Avaliação dos Objetivos Setoriais e supervisionar a
elaboração do Relatório Anual de Avaliação dos Programas sob a
responsabilidade do órgão;

III. SPI, que é responsável pela Avaliação da Estratégia de


Desenvolvimento, contemplando os itens estabelecidos no art. 19 da
Lei 11.653/08, e consolidando o relatório de avaliação do Plano
elaborado pelo Poder Executivo para ser enviado ao Congresso
Nacional.

1.4 Revisão do PPA

A lei 11.653/08 é o norte de orientação de todo o PPA 2009/2011, motivo pelo


qual a revisão do PPA deve basear-se em suas disposições.

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Segundo o decreto 6.601/08, a inclusão ou alteração de ações orçamentárias


do tipo projeto no PPA deverá observar:

• A alocação de, no mínimo, 60% do valor estimado do projeto, no


período de quatro anos contados a partir do ano de seu início; e

• A não-superposição de finalidade com outros projetos já integrantes do


PPA.

Serão precedidas de análise do MPOG as alterações definidas na Lei


11.653/08, e as seguintes, as quais serão autorizadas pelo Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão, podendo ser objeto de delegação:

I - alteração do órgão responsável por programas e ações;

II - alteração dos indicadores dos programas e seus respectivos índices;

III - inclusão, exclusão ou alteração de ações e respectivas metas, no caso de


ações não-orçamentárias; e

IV - adequação da meta física de ação orçamentária, para fins de


compatibilização com alterações no seu valor, produto, ou unidade de medida,
realizadas pelas leis orçamentárias anuais e seus créditos adicionais ou por leis que
alterem o PPA.

2. Projetos de Grande Vulto

Fazendo uma relembrança em conceitos já narrados tanto na aula 6 como


nesta aula, temos que um programa resulta do reconhecimento de carências,
demandas sociais e econômicas e de oportunidades inscritas nas prioridades e
diretrizes políticas expressas nas orientações estratégicas do governo. Assim, o

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programa é o instrumento de organização da ação governamental com vistas ao


enfrentamento de um problema e à concretização dos objetivos pretendidos.

O programa articula um conjunto coerente de ações (orçamentárias e


nãoorçamentárias) necessárias e suficientes para enfrentar o problema, de modo a
superar ou evitar as causas identificadas, como também aproveitar as oportunidades
existentes.

Por ação entende-se a operação da qual resulta um produto (bem ou serviço)


ofertado à sociedade e que contribui para atender aos objetivos de um programa. As
ações orçamentárias podem ser classificadas em projetos, atividades e operações
especiais. No que é de nosso interesse, neste momento, temos que o Projeto é uma
ação que envolve um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta
um produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo.

Segundo o Manual de Projetos de Grande Vulto, o projeto deve ser uma


unidade coerente de etapas, relacionadas a uma função específica, em um
determinado território. Projetos fazem parte de programas e, por isso, concorrem
para um objetivo maior – a solução de um problema ou o aproveitamento de uma
oportunidade. Entretanto, o projeto deve ser auto-suficiente do ponto de vista
técnico. Obras de terraplenagem ou fundação estrutural justificam-se apenas se
forem seguidas por outras etapas e chegarem a formar um trecho rodoviário ou um
hospital-escola, por exemplo.

De acordo com a lei 11.653/08, são projetos de grande vulto aqueles:

I – financiados com recursos do orçamento de investimento das estatais,


de responsabilidade de empresas de capital aberto ou de suas subsidiárias,
cujo valor total estimado seja igual ou superior a cem milhões de reais;

II – financiados com recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade


social, ou com recursos do orçamento das empresas estatais que não se

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enquadrem no disposto no inciso anterior, cujo valor total estimado seja igual ou
superior a vinte milhões de reais.

Ressalta-se, de todo modo, que conforme o art. 10, § 4o, da lei do PPA, são
apresentados os limites mínimos de custo total de projeto que devem ser
considerados para a exigência de apresentação do estudo de viabilidade técnica e
socioeconômica para submissão à avaliação prévia, sendo eles:

I – cem milhões de reais, quando financiado com recursos do orçamento


de investimento das estatais, de responsabilidade de empresas de capital
aberto ou de suas subsidiárias; ou

II – cinqüenta milhões de reais financiados com recursos dos orçamentos


fiscal e da seguridade social, ou com recursos do orçamento das empresas
estatais que não se enquadrem no disposto no inciso anterior.

A Comissão de Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual cabe definir


critérios e parâmetros para a avaliação de projetos de grande vulto e deliberar sobre
a viabilidade técnica e socioeconômica de projetos de grande vulto. Subordinada à
CMA, foi criada a Câmara Técnica de Projetos de Grande Vulto - CTPGV, que tem
entre suas atribuições, o exame da viabilidade técnica e socioeconômica dos PGV.

De acordo com o decreto 6.601/08, em seus art. 9o e 10o, os projetos de


grande vulto de que trata o art. 10 da Lei no 11.653, de 2008, deverão constituir
ação orçamentária específica em nível de título, com objeto determinado, vedada
sua execução à conta de outras programações. O início da execução dos projetos
de grande vulto fica condicionado à avaliação favorável de sua viabilidade técnica e
socioeconômica.

Conforme destaca o Manual de Projetos de Grande Vulto, a avaliação destes


projetos se insere no ciclo de gestão do Plano Plurianual com o objetivo de
aperfeiçoar o processo decisório, evitando a dispersão e o desperdício dos recursos

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públicos, incrementando a eficiência do investimento e aprimorando a ação de


governo. A finalidade é proporcionar ao cidadão, ao contribuinte, mais valor por seu
dinheiro; é maximizar os benefícios oriundos dos bens e serviços oferecidos pelo
Estado, em prol da sociedade.

2.1 Roteiro de Apresentação dos Estudos dos PGV

O roteiro de apresentação dos estudos de viabilidade dos projetos de grande


vulto tem oito seções:

1. Sumário executivo;
2. Dados cadastrais;
3. Análise fundamental;
4. Aspectos técnicos;
5. Análise financeira;
6. Análise ambiental;
7. Análise socioeconômica; e
8. Análise gerencial.

O sumário executivo apresenta de forma sucinta o projeto. Os dados


cadastrais funcionam como uma introdução ao projeto, fornecendo as informações
básicas sobre ele. Essas informações servirão para incluir o projeto no Cadastro de
Programas e Ações, se o projeto for aprovado. Na análise fundamental, consta a
forma como se chegou até o projeto. Os aspectos técnicos descrevem os detalhes
físicos do projeto.

Em continuidade, a análise financeira trata das despesas do projeto e de


suas eventuais receitas. Na análise ambiental, calculam-se os possíveis danos
ambientais derivados do projeto, descontadas as devidas mitigações. Destaca-e que
a partir das análises financeira e ambiental, elabora-se a análise socioeconômica.

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Finalmente, chega-se à análise gerencial, na qual se trata da conjuntura em


que serão administrados o projeto e o empreendimento dele derivado.

2.2 Avaliação dos PGV

O processo de avaliação dos projetos de grande vulto é dividido em três


etapas:

i. Apresentação

Após elaborar o estudo de viabilidade do projeto, o órgão setorial deverá


apresentá-lo, conforme as orientações e metodologia apresentadas no Manual dos
Projetos de Grande Vulto, à Secretaria de Planejamento e Investimentos
Estratégicos (SPI) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em papel e
em meio eletrônico. A SPI exerce a função de Secretaria-Executiva da CTPGV.

ii. Apreciação

A Secretaria-Executiva da CTPGV elaborará parecer acerca do projeto cujo


estudo estiver em tela. Tal parecer será encaminhado ao Plenário da Câmara.

iii. Decisão

O Plenário da CTPGV manifestar-se-á sobre a viabilidade técnica e


socioeconômica dos projetos e a Secretaria-Executiva da CTPGV encaminhará a
lista dos projetos aprovados com seus respectivos pareceres para serem
submetidos à consideração do Plenário da CMA. Assim, os projetos de grande vulto
só terão autorização para execução se forem aprovados pela CMA.

É importante ressaltar que independe de manifestação da CMA a execução


de ações, no PPA e na LOA, para elaboração dos estudos de viabilidade dos
projetos de grande vulto. Portanto, essas dotações devem integrar títulos distintos

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daqueles dos projetos a que se referem. Destaca-se um mesmo título pode incluir
dotações para a elaboração de mais de um estudo.

Um ponto que chama bastante atenção no decreto 6.601/08 referente aos


PGV, refere-se aqueles que se excetuam da necessidade de apresentação do
estudo de viabilidade técnica e socioeconômica. São eles:

I - tenha sido objeto de manifestação favorável ou de dispensa de


apresentação de estudo de viabilidade técnica e socioeconômica no âmbito do PPA
2004/2007;

II - se enquadra nas seguintes situações:


a) aquisição ou construção de edificações para funcionamento de unidades
administrativas ou instalações militares;
b) manutenção, reforma ou modernização de edificações ou de instalações
existentes, desde que não incluam ampliação imediata de capacidade;
c) ampliação de rede de distribuição de energia elétrica;
d) aquisição de bens comuns,
e) aquisição de equipamentos, programas ou serviços de informática;
f) investimentos no exterior;
g) produção habitacional;
h) urbanização de assentamentos precários;
i) saneamento básico, exclusive os classificáveis na subfunção recursos
hídricos (544), definido em portaria do MPOG;
j) aquisição ou construção de unidades destinadas à ampliação da
capacidade de atendimento da rede pública de ensino federal;
l) elaboração de estudos ou levantamentos estatísticos;
m) integrante do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC; e
n) excepcionado mediante consulta prévia à CTPGV.

Por fim, cabe destacar que os projetos de grande vulto financiados com
recursos do orçamento de investimento das empresas estatais, de responsabilidade

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daquelas de capital aberto ou de suas subsidiárias, serão avaliados pelas


respectivas empresas e será informada à CMA a lista de projetos aprovados.

E com base nestas informações podemos dar por encerrada a aula sete e,
também, o curso regular de Finanças Públicas voltado à preparação de vocês para a
prova de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil.

Agradeço a atenção e a confiança depositada por vocês no curso e,


principalmente, em mim. Entendo que a nossa contribuição, embora seja apenas
uma parte da empreitada de vocês rumo à vitória e a conquista de uma ótima
oportunidade da administração pública, representa um ponto fundamental e crucial,
dado a necessidade de se objetivar os estudos para aqueles pontos que de fato são
mais relevantes e sensíveis a ponto de serem cobrados pela banca examinadora
nas provas.

Um grande abraço,

Mariotti

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Questões Propostas:

1 - (Analista Administrativo/ANATEL – CESPE /2009) Nos termos do plano


plurianual vigente, serão considerados prioritários os projetos que requererem
o menor índice de desembolso previsto até o final do presente período
plurianual.

2 – (Analista Administrativo/ANTAQ – CESPE/2009) No plano plurianual 2008-


2011 está organizada a atuação governamental em programas orientados para
o alcance dos objetivos estratégicos definidos para o período do plano, mas
nele não constam os programas destinados exclusivamente a operações
especiais.

3 – (APO/MPOG – ESAF/2010) A gestão do Plano Plurianual 2008-2011


observará os princípios de eficiência, eficácia e efetividade. Com relação
aos programas do PPA, não é correto afirmar que sua gestão compreenderá:
a) a implementação.
b) a revisão.
c) a avaliação.
d) o monitoramento.
e) a revisão de programas destinados exclusivamente a operações especiais.

4 – (APO/MPOG – ESAF/2010) Como forma de viabilizar a Estratégia de


Desenvolvimento do país, contida na Mensagem Presidencial do Plano
Plurianual (PPA) 2008-2011, o governo federal não prioriza:
a) as políticas públicas voltadas para o crescimento e a promoção da distribuição de
renda.
b) a elevação da qualidade da educação.
c) o aumento da produtividade e da competitividade.
d) a diminuição do mercado de consumo de massa.
e) a melhoria da infraestrutura, inclusive urbana (em particular nas regiões
metropolitanas).

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5 - (APO/MPOG – ESAF/2008 - modificada) Aponte a única opção falsa com


relação à avaliação anual do Plano Plurianual – PPA.
a) O Órgão Central de Planejamento e Orçamento Federal é responsável por
elaborar o relatório de avaliação do PPA.
b) As etapas da avaliação anual do PPA estão associadas às atribuições dos
agentes que integram os níveis da gestão do PPA: Gerente de Programa,
Secretário-Executivo ou seu equivalente e Órgão Central de Planejamento e
Orçamento Federal.
c) O Secretário-Executivo é o titular da unidade administrativa à qual o programa
está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa do PPA.
d) A avaliação compreenderá a estratégia de desenvolvimento e a análise do
alcance das metas governamentais prioritárias constantes do plano, a avaliação dos
objetivos setoriais e o nível tático-operacional, o qual compreende os programas e
ações.
e) A avaliação anual do PPA é realizada em três etapas, de acordo com as
instâncias de implementação do Plano e respectivas responsabilidades no
desenvolvimento das ações governamentais nos níveis estratégico e tático-
operacional.

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Gabarito Comentado:

1 - (Analista Administrativo/ANATEL – CESPE /2009) Nos termos do plano


plurianual vigente, serão considerados prioritários os projetos que requererem
o menor índice de desembolso previsto até o final do presente período
plurianual.

Resolução:

De acordo com o verificado na aula, o PPA definiu como prioritários os programas


do tipo projeto com maior índice de execução ou que possam ser concluídos no
período plurianual. Destaca-se que o desembolso associa-se ao conceito financeiro
enquanto a execução associa-se ao aspecto operacional (efetivação).

Gabarito: ERRADO

2 – (Analista Administrativo/ANTAQ – CESPE/2009) No plano plurianual 2008-


2011 está organizada a atuação governamental em programas orientados para
o alcance dos objetivos estratégicos definidos para o período do plano, mas
nele não constam os programas destinados exclusivamente a operações
especiais.

Resolução:

Conforme já destacado, inclusive por disposição expressa contida no Manual do


PPA, as ações referentes ao serviço e refinanciamento das dívidas interna e
externa, às transferências constitucionais ou decorrentes de legislação específica
(que não contribuem para a consecução dos objetivos dos demais tipos de
programas) e aquelas relativas a outros encargos especiais, e à reserva de
contingência, estarão associadas aos programas do tipo “Operações Especiais”, que
constam somente do orçamento, mas não integram o PPA.

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Gabarito: CERTA

3 – (APO/MPOG – ESAF/2010) A gestão do Plano Plurianual 2008-2011


observará os princípios de eficiência, eficácia e efetividade. Com relação
aos programas do PPA, não é correto afirmar que sua gestão compreenderá:
a) a implementação.
b) a revisão.
c) a avaliação.
d) o monitoramento.
e) a revisão de programas destinados exclusivamente a operações especiais.

Resolução:

Todos os itens correspondem a fases derivadas da lei de deu origem ao PPA


2008/2011. Desde a implementação até a revisão do programa, todos estão
dispostos na Lei 11.653/08 e no decreto 6.601/08. De todo modo, a revisão de
programas destinados exclusivamente a operações especiais não estão incluídos,
simplesmente porque estes não estão incluídos no PPA. Ressaltamos o disposto em
aula:

As Operações especiais são ações que não contribuem para a manutenção,


expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

Importante destacar, conforme destaca o Manual de Elaboração do PPA, que


as ações referentes ao serviço e refinanciamento das dívidas interna e externa, às
transferências constitucionais ou decorrentes de legislação específica (que não
contribuem para a consecução dos objetivos dos demais tipos de programas) e
aquelas relativas a outros encargos especiais, e à reserva de contingência, estarão
associadas aos programas do tipo “Operações Especiais”, que constam somente do
orçamento, mas não integram o PPA.

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Gabarito: letra “e”.

4 – (APO/MPOG – ESAF/2010) Como forma de viabilizar a Estratégia de


Desenvolvimento do país, contida na Mensagem Presidencial do Plano
Plurianual (PPA) 2008-2011, o governo federal não prioriza:
a) as políticas públicas voltadas para o crescimento e a promoção da distribuição de
renda.
b) a elevação da qualidade da educação.
c) o aumento da produtividade e da competitividade.
d) a diminuição do mercado de consumo de massa.
e) a melhoria da infraestrutura, inclusive urbana (em particular nas regiões
metropolitanas).

Resolução:

Trata-se de uma questão bem decoreba, e que exige do candidato a leitura da


mensagem presidencial associado ao envio do proposta do PPA 2008/2011 ao
Congresso.

Muito bem, por se tratar de uma questão em que com certeza seria difícil para vocês
adivinharem que seria importante ler a mensagem presidencial, a forma mais fácil de
resolvê-la, seria mesmo com base no “chute”. Mas isso é difícil? Claro que não. É só
olhar o que está escrito na assertiva “d”. Seria razoável pensar que um dos objetivos
do PPA seria a diminuição do mercado de consumo de massa?
Trata-se de um dos mercados que mais gera emprego e renda na economia,
baseado no mercado em que praticamente toda a população tem acesso. Um
desestímulo a este mercado agiria na mão contrária de uma adequada condução
econômica e política do país.

Gabarito: letra “d”.

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5 - (APO/MPOG – ESAF/2008 - modificada) Aponte a única opção falsa com


relação à avaliação anual do Plano Plurianual – PPA.
a) O Órgão Central de Planejamento e Orçamento Federal é responsável por
elaborar o relatório de avaliação do PPA.
b) As etapas da avaliação anual do PPA estão associadas às atribuições dos
agentes que integram os níveis da gestão do PPA: Gerente de Programa,
Secretário-Executivo ou seu equivalente e Órgão Central de Planejamento e
Orçamento Federal.
c) O Secretário-Executivo é o titular da unidade administrativa à qual o programa
está vinculado, sendo responsável pela gestão de programa do PPA.
d) A avaliação compreenderá a estratégia de desenvolvimento e a análise do
alcance das metas governamentais prioritárias constantes do plano, a avaliação dos
objetivos setoriais e o nível tático-operacional, o qual compreende os programas e
ações.
e) A avaliação anual do PPA é realizada em três etapas, de acordo com as
instâncias de implementação do Plano e respectivas responsabilidades no
desenvolvimento das ações governamentais nos níveis estratégico e tático-
operacional.

Resolução:

Vamos direto ao ponto. A assertiva incorreta é a letra “c”. Conforme descrito no item
referente ao nível tático-operacional de gestão do PPA, o Gerente de Programa é o
titular da unidade administrativa à qual o programa está vinculado. De acordo com o
art. 3o do Decreto 6.601/08, o gerente de programa é o responsável pela gestão de
programa do PPA em conjunto com o Gerente-Executivo.

Gabarito: Letra “c”.

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