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Nome N.

o Turma Data / /

Matriz do teste de avaliação 7


Avaliação E. Educação Professor

Unidade 2 (Subunidade 2.3)

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(crítica). Itens de seleção: Texto A: 2 15
– escolha múltipla. (8 + 7)
Grupo I Texto narrativo («Mestre
Leitura e Finezas», de Manuel da
Educação Literária Fonseca). Itens de construção: Texto B: 5 40
– resposta curta. (12 [6 + 6] +
Recursos expressivos 8 + 8 + 6 + 6)
(comparação).
Classe de palavras:
advérbio e locuções
adverbiais.

Itens de seleção:
Frase ativa e frase passiva.
– escolha múltipla.
Grupo II 4 20
Subordinação (oração
Gramática Itens de construção: (2 + 6 + 6 + 6)
subordinada adverbial
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Exposição.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ____________________________________________ Turma __________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 263


Nome N.o Turma Data / /

Matriz do teste de avaliação 7


Avaliação E. Educação Professor

Unidade 2 (Subunidade 2.3)

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
100
(crítica). Itens de seleção: Texto A: 2
(60 + 40)
– escolha múltipla.
Grupo I Texto narrativo («Mestre
Leitura e Finezas», de Manuel da 100
Itens de construção: Texto B: 5
Educação Literária Fonseca). (20 [10 + 10] +
– resposta curta.

Recursos expressivos 30 + 30 +
(comparação). 10 + 10)

Classe de palavras:
advérbio e locuções
adverbiais.

Itens de seleção:
Frase ativa e frase passiva.
– escolha múltipla.
Grupo II 4 100
Subordinação (oração (10 + 30 +
Gramática Itens de construção:
subordinada adverbial 30 + 30)
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Exposição.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ____________________________________________ Turma __________________

264 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Nome N.o Turma Data / /

Teste de avaliação 7
Avaliação E. Educação Professor

Unidade 2 (Subunidade 2.3)

Grupo I
Texto A

Lê o texto com atenção.

Rinoceronte salva rapaz depois de um furacão


David Machado criou uma história que decerto vai conquis-
tar novos leitores. Em Não te afastes, há aventura, emoção, estra-
nheza, superação. Os jovens que já gostam de ler terão mais um
motivo para não desistir da literatura.
5 Tomás está convencido de que é o responsável por tudo o que de
mal acontece às pessoas de quem se aproxima. Esta certeza instalou-
-se depois da morte do pai, que caiu do cavalo quando o procurava à
noite pelos campos em redor de sua casa.
O rapaz decidiu então afastar-se dos que ama. Só assim poderia
10 proteger a mãe e os amigos do que a sua presença pudesse vir a
provocar. Encheu a mochila com o que lhe pareceu essencial e
desandou.
Depois de passar o dia a entrar e a sair de camionetas em direção à casa de um tio, que não
estava nem chegou, e de dormir num degrau, descobriu: «Eu não sabia que estar sozinho doía
15 tanto.»
Não era igual a estar sozinho de livre vontade quando se sentava perto do rio no regresso da
escola. Isso «era bom», apercebeu-se agora. «Estar sozinho na cidade é outra coisa: é como
cair num precipício e nunca chegar a bater no chão lá em baixo. Todas as ruas têm gente, há
milhares de pessoas à minha volta e ninguém olha para mim, ninguém fala comigo, como se eu
20 não existisse.»
Para tornar tudo mais difícil, vinha um furacão a caminho da cidade.
Tomás há de ficar sem mochila, sem bateria no telemóvel e sem esperança. Será perseguido,
ameaçado, levado pelo vento e pelas águas que o furacão descontrolou.
Com as dores e inquietação que sofreu, o rapaz chegou a julgar-se morto. Mas não.
25 Sobreviveu. Pelo caminho, encontrou alguém tão vulnerável e assustado como ele: uma cria de
rinoceronte roubada à mãe e ao jardim zoológico.
Juntos, na solidão e no medo, ganham uma nova coragem. Como só acontece entre amigos
de verdade. Acabarão por ser os heróis do salvamento de uma menina e, mais adiante, os
responsáveis por ditar o destino de quem lhes queria fazer mal.
30 Neste percurso sinuoso e doloroso, o rapaz percebeu que a sua ideia de ser o responsável
pelo mal à sua volta não fazia sentido. Aprendeu ainda que «todos os acontecimentos têm
consequências boas ou más».
Foi o pai da menina que ambos (Tomás e o rinoceronte) salvaram que o pôs a refletir:
«Pensa, por exemplo, no momento em que fugiste de casa. Para a tua mãe isso não foi bom,
35 tenho a certeza. Mas se não o tivesses feito, nunca terias chegado aqui com aquele animal para
salvar a minha filha.»

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 265


E assim, pela primeira vez desde que o pai morrera, o menino foi capaz de olhar para as
coisas de uma forma diferente, mais nítida. «Como um daltónico que, de repente, consegue ver
as cores como elas são na realidade.»
40 Se a amizade destes protagonistas é altamente improvável, a capacidade de David Machado
conquistar novos leitores com este livro não. Não te afastes tem tudo. Na história, aventura,
emoção, estranheza, superação. Na escrita, clareza, ritmo, contenção, sentido literário e
poético.
Uma bela porta de entrada para a literatura, para os jovens mais renitentes, e um convite
feliz à permanência dos já conquistados.
Rita Pimenta, in Ímpar, www.publico.pt, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.4, a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.

1.1 A total convicção de Tomás de que a sua presença era prejudicial aos outros ocorreu
(A) depois de ter decidido fugir de casa para proteger a mãe.
(B) após o pai ter morrido quando o procurava pelos campos.
(C) enquanto se preparava com o essencial para fugir.
(D) antes de o pai ter caído do cavalo enquanto o procurava.

1.2 A personagem, quando se viu na cidade,


(A) viveu a mesma solidão que sentia quando estava no rio.
(B) procurou a casa de um tio onde ficou comodamente instalada.
(C) foi ter a um precipício e imaginou-se a cair lá do alto.
(D) sentiu o peso da solidão, embora estivesse rodeada de pessoas.

1.3 À medida que a história avança, Tomás passa muitas dificuldades, mas
(A) encontra um novo amigo, com quem vive algumas aventuras.
(B) encontra um rinoceronte que fugira do jardim zoológico.
(C) salva o pai de uma menina, juntamente com o novo amigo.
(D) consegue superar as dificuldades sozinho e salvar uma menina.

1.4 Através da enumeração nas linhas 41 e 42, a autora comprova que


(A) é pouco provável a amizade entre Tomás e um rinoceronte.
(B) um daltónico pode, de um dia para o outro, distinguir as cores.
(C) o livro tem todos os ingredientes para captar novos leitores.
(D) a excecionalidade do livro se encontra na história.

2. Indica três características que comprovem que o texto é uma crítica. Fundamenta a tua resposta
com transcrições do texto.

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266 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 267
Texto B

Lê o seguinte excerto de «Mestre Finezas» com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Memórias de infância
Lembro-me muito bem de como tudo se passava. Minha mãe tinha de fingir-se zangada. Eu saía
de casa, rente à parede, sentindo que aquilo era pior que ir para a escola.
Mestre Finezas puxava um banquinho para o meio da loja e enrolava-me numa enorme toalha.
Só me ficava a cabeça de fora.
5 Como o tempo corria devagar!
A tesoura tinia e cortava junto das minhas orelhas. Eu não podia mexer-me, não podia bocejar
sequer. «Está quieto, menino», repetia Mestre Finezas segurando-me a cabeça entre as pontas duras
dos dedos: «Assim, quieto!» Os pedacitos de cabelo espalhados pelo pescoço, pela cara, faziam
comichão e não me era permitido coçar. Por entre as madeixas caídas para os olhos via-lhe, no
10 espelho, as pernas esguias, o carão severo de magro, o corpo alto, curvado. Via-lhe os braços
compridos arqueados como duas garras sobre a minha cabeça. Lembrava uma aranha.
E eu – sumido na toalha, tolhido numa posição tão incómoda que todo o corpo me doía – era
para ali uma pobre criatura indefesa nas mãos de Mestre Ilídio Finezas.
Nesse tempo tinha-lhe medo. Medo e admiração. O medo resultava do que acabo de contar.
15 A admiração vinha das récitas1 dos amadores dramáticos da vila.
Era pelo inverno. Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe penteava-me com cuidado.
Calçava uns sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda que me enregelavam os pés. Saíamos. E,
no negrume2 da noite que afogava as ruas da vila, eu conhecia pela voz famílias que caminhavam
na nossa frente e outras que vinham para trás. Depois, ao entrar no teatro, sentia-me perplexo 3 no
20 meio de tanta luz e gente silenciosa. Mas todos pareciam corados de satisfação.
Daí a pouco, entrava num mundo diferente. Que coisas estranhas aconteciam!
Ninguém ali falava como eu ouvia cá fora. E mesmo quando calados tinham outro aspeto;
constantemente a mexerem os braços. Mestre Finezas era o que mais se destacava. E nunca, que
me recorde, o pano desceu, no último ato, com Mestre Finezas ainda vivo. Quase sempre morria
25 quando a cortina principiava a descer e, na plateia, as senhoras soluçavam alto.
Aquelas desgraças aconteciam-lhe porque era justo e tomava, de gosto, o partido dos fracos.
E, para que os fracos vencessem, Mestre Finezas não tinha medo de nada nem de ninguém.
Heroicamente, de peito aberto, e com grandes falas, ia ao encontro da morte.
Eu arrepiava-me todo.
30 Uma noite Mestre Finezas morreu logo no primeiro ato. Foi um desapontamento. Todos
criticaram pelo corredor, no intervalo. «O melhor artista morrer mal entra em cena!... Não está
certo! Agora vamos gramar quatro atos só com canastrões4!», dizia o doutor delegado a meu pai.
Mas a cena tinha sido tão viva e a sua morte tão notada durante o resto do espetáculo que, no
outro dia, me surpreendi ao vê-lo caminhando em direção à loja.
35 Ora havia também um outro motivo para a minha admiração. Era o violino. Mestre Finezas,
quando não tinha fregueses, o que era frequente durante a maior parte do dia, tocava violino. E,
muita vez, aconteceu eu abandonar os companheiros e os jogos e quedar-me 5, suspenso, a ouvi-lo,
de longe.
Era bem bonito. Uma melodia suave saía da loja e enchia a vila de tristeza
Manuel da Fonseca, Aldeia nova, 3.a ed., Alfragide, BIS, 2016, pp. 121-123.

1. récitas: representações teatrais. 2. negrume: escuridão. 3. perplexo: muito admirado. 4. canastrões: maus atores.
5. quedar-me: ficar quieto, parado.

268 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


1. Refere a fase da vida do narrador que é relatada neste excerto e justifica a tua resposta.
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1.1 Classifica o narrador quanto à participação na ação e justifica a tua resposta.


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2. Nas idas ao barbeiro, o narrador sentia a passagem do tempo de forma diferente.


Transcreve a frase que comprova a afirmação e interpreta o seu sentido.
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3. Identifica o recurso expressivo que se repete na descrição de Mestre Finezas e explica o seu
valor.
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4. Explica por que razão o narrador admirava a faceta de ator de Mestre Finezas.
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5. Mostra que outro motivo da admiração por Mestre Finezas levava o narrador a ter, por vezes,
um comportamento diferente das outras crianças.
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 269


Grupo II

1. Transforma a frase no discurso indireto.


«“Não está certo! Agora vamos gramar quatro atos só com canastrões!”, dizia o doutor
delegado a meu pai.» (linhas 31 e 32).
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2. Transforma as frases ativas em frases passivas e vice-versa, conforme o caso.


a. Mestre Finezas era admirado por todos.
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b. O narrador recordará Mestre Finezas com carinho e admiração.
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c. Mestre Finezas tinha percorrido um longo caminho.
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d. A representação fora seguida com atenção pelo público.
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3. Associa os advérbios e as locuções adverbiais (coluna A) à sua subclasse (coluna B).

A B

a. «Só» (linha 4) 1. modo


b. «à pressa» (linha 16) 2. tempo
c. «Depois» (linha 19) 3. lugar
d. «mais» (linha 23) 4. quantidade e grau
e. «também» (linha 35) 5. inclusão
f. «de longe» (linha 37) 6. exclusão

a. b. c. d. e. f.

4. Classifica as orações subordinadas sublinhadas nas frases.


a. Enquanto estava no barbeiro, Carlinhos mal se mexia.
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b. Mestre Finezas alertava o narrador para que ficasse quieto.
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c. Se ouvisse o som do violino, deixava, muitas vezes, as brincadeiras.
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d. Como o protagonista morria no final da peça, as senhoras ficavam comovidas.
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270 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo III
Escreve uma exposição, bem estruturada, sobre o modo como a infância é retratada nos dois
textos: «Rinoceronte salva rapaz depois de um furacão» e «Memórias de infância».

O teu texto deve incluir:


• a identificação dos dois textos (título e autor);
• o modo como a infância é retratada em cada um dos textos;
• a apresentação de, pelo menos, um exemplo de cada texto;
• uma conclusão adequada.

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Observações:
Deves escrever entre 160 e 260 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 271

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