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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Fichamento de Estudo de Caso

Trabalho da disciplina Sistemas Integrados de Gestão Para


Tomada de Decisão

Rio de Janeiro
2017

Estudo de Caso: Zara: TI Moda Rápida


REFERÊNCIA:

McAfee, A., Dessain, V., & Sjoman, A. (06 de Setembro de 2007). Zara: TI para
Moda Rápida Harvard Bussiness School;

Em uma noite de agosto de 2003, uma conversa em uma mesa de bar,


entre dois homens, Xan Salgado e Bruno Sánchez, sobre o departamento de TI
da Inditex, uma multiacional varejista e fabricante de vestuário, e a
necessidade de upgrade, principalmente nos terminais de ponto de venda
(PDV) utilizados pela Zara. Salgado via a necessidade de mudança, pois os
PDV’s dependiam de um Sistema Operacional, DOS, que estava obsoleto.
Porém Sánchez não enxergava a necessidade de mudança em um sistema
prático e que não apresentava falhas. Salgado ficou confuso e pensativo em
como convenceria que sua ideia de mudança era necessária.

A Zara foi criado por Armando Ortega e passou por dois eventos
importantes em 1985, o primeiro foi a formação da Inditex como uma holding
reunindo a Zara e outras redes de varejo e o segundo foi o ingresso de José
Maia Castetllano que trabalhara como gerente de TI e compartilhava com
Ortega a crença que a computação era muito importante no tipo de negócio
que desejavam construir. Mais tarde, em 1997, Castellano se tornou executivo
chefe da Inditex. Além da crença na informatização para o crescimento, os dois
compartilhavamcduas outras crenças sobre a empresa. A primeira era a de que
a Zara precisava estar apta a responder prontamente às demandas dos
clientes-alvo, que eram jovens urbanos e seguidores da moda. Em segundo
lugar, confiavam na inteligência e capacidade de julgamento dos empregados
da empresa. Mesmo apesar de sua preocupação com a tecnologia, a Zara não
vende roupas pela internet, seu site serve apenas como mostruário dos
produtos comercializados. Isso porque seu centro de distribuição não estava
preparado para pequenos pedidos, nem com a demanda de devoluções.

A abordagem da Zara à tecnologia de informação era consistente com


suas preferências pela precisão e por uma tomada de decisão descentralizada.
Salgado e Castellano participavam de um comitê diretor de tecnologia e, assim,
envolviam-se logo de início nas discussões de iniciativas que poderiam incluir
assuntos relativos à computação. Nessas reuniões, nem sempre formais , se
determinava a necessidade de novos sistemas e, se houvesse, quais
pessoas da área de sistemas de informação deveriam ser alocadas para
trabalhar neles. Havia também uma preferência pelo desenvolvimento interno
dos aplicativos de que precisassem, ao invés de comprar softwares
disponíveis no mercado, pois temiam que os pacotes disponíveis no mercado
não se adaptassem ao modelo peculiar da empresa. os aplicativos para
suporte a pedidos, atendimento de pedidos e fabricação eram em grande parte
desenvolvidos internamente. Esse processo de desenvolvimento era de
responsabilidade do departamento de Sistemas de Informação (SI). Castellano
estimava um gasto em TI pela Inditex, em 2002, de € 25 milhões, ou
aproximadamente 0,5% da receita.

Com muito poucas exceções, todo o suporte de TI às lojas Inditex ao


redor do mundo era feito diretamente por La Coruña. Vários sistemas de
informação eram usados no suporte às operações da sede. Dentro das fábricas
da Zara eram utilizados aplicativos relativamente simples para planejar a
produção. Eles apresentavam aos gerentes das fábricas as quantidades e
datas limite para todos os pedidos de produção. Os Centros de Distribuição
(CDs) utilizavam em larga escala a automação e a computação. Havia
sistemas de informação para rastrear onde cada SKU era armazenada ao
entrar num CD e depois controlar as esteiras rolantes para realizar a coleta e
descarga nos locais apropriados. O departamento de TI da Zara desenvolveu
os aplicativos que controlavam a automação dos CDs. Todas as lojas tinham
handhelds idênticos - também conhecidos como assistentes pessoais digitais
(PDAs) - e sistemas de PDV.

Salgado e Sánchez estavam preocupados em ficarem “sofisticados


demais” com relação a TI de suas lojas. Fazer o upgrade do PDV e/ou montar
redes dentro e entre as lojas colocaria em risco a infraestrutura das lojas?
Porém, o sistema operacional utilizado havia ficado obsoleto e era hora da
mudança. E como uma mudança puxa a outra, por que para só nos PDVs. Eles
perceberam que uma iniciativa para mudar o sistema operacional nos terminais
levaria a uma série de decisões de continuidade. E a discussão não se
encerrou, até porque o fim da discussão estava longe do final, pois quando se
trata de tecnologia nunca há um fim para as inovações tecnológicas. Resta-nos
apenas decidir qual melhor se encaixa em nossas necessidades.

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