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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO

PATROCÍNIO
CURSO DE PSICOLOGIA

FLÁVIA CAROLINI SIQUEIRA DE ANDRADE 1930795-1


JENNIFER RACHEL SANTOS DE OLIVEIRA 1893425-1
JURANILDO ALVES DE CARVALHO JUNIOR 1887971-3
VANDERLÉIA APARECIDA DE OLIVEIRA SILVA 1817675-5

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM PROGRAMAS


DE IST/AIDS

ITU – SP
2021
FLÁVIA CAROLINI SIQUEIRA DE ANDRADE 1930795-1
JENNIFER RACHEL SANTOS DE OLIVEIRA 1893425-1
JURANILDO ALVES DE CARVALHO JUNIOR 1887971-3
VANDERLÉIA APARECIDA DE OLIVEIRA SILVA 1817675-5

ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM PROGRAMAS


DE IST/AIDS

Trabalho apresentado ao curso de


graduação em Psicologia do Centro
Universitário Nossa Senhora do
Patrocínio como requisito parcial da
nota para a disciplina Saúde Coletiva,
Políticas Públicas e Direitos
Humanos, sob a orientação da
Professora Mestra Marcela Spinardi
Cintra.

ITU – SP
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
HISTÓRIA DO HIV E DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS .......... 5
O ESTIGMA SOCIAL DAS ISTS ................................................................................. 8
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATUAÇÃO NAS ISTS E AIDS ....................................... 11
A ATUAÇÃO DA PSICÓLOGA .................................................................................. 14
ENTREVISTA ............................................................................................................ 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 21
4

INTRODUÇÃO

Este texto busca trazer reflexões a respeito de pessoas que vivem com vírus
da imunodeficiência humana (HIV) e Aids, além de outras doenças e infecções
sexualmente transmissíveis, e a partir disso identificar e analisar como são feitas as
intervenções em políticas públicas com este recorte da população, fazendo também
uma análise da atuação profissional dos psicólogos nestes contextos. Para isso
foram utilizados manuais de atuação do Centro de Referência Técnica em Psicologia
e Políticas Públicas (CREPOP) além de orientações do Conselho Federal de
Psicologia (CFP).
Cabe ressaltar que aqui será usado a utilização do termo “Infecções
sexualmente transmissíveis” (ISTs), em substituição do termo anteriormente utilizado
“Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), por conta de a possibilidade de uma
pessoa possuir e transmitir uma infecção a outras pessoas através do ato sexual,
mesmo não apresentando sinais e sintomas, tendo em vista as definições do
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Nesta análise, será abordado primeiramente, uma contextualização histórica a
respeito das infecções sexualmente transmissíveis e dos infectados pelo vírus do
HIV; posteriormente uma análise dialética histórica de como estes indivíduos são
vistos pela sociedade e os estigmas que estas doenças carregam; depois uma
explicação a respeito das políticas públicas de atenção às pessoas que vivem com
HIV, Aids e outras doenças/infecções sexualmente transmissíveis, trazendo como a
psicologia se insere neste contexto, e também uma análise de como pode ser a
atuação do psicólogo dentro destas políticas públicas. Junto a isso, foi feita uma
entrevista com uma profissional que atuou numa Organização Não Governamental
(ONG) que presta atendimentos a população com HIV em situação de
vulnerabilidade social. Com as informações levantadas na entrevista vai ser possível
traçar um paralelo entre a teoria e a prática, e assim conseguirmos elaborar de
maneira mais eficaz a atuação do psicólogo junta a essa comunidade.
5

1. HISTÓRIA DO HIV E DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

Antes de falar das ações de cuidado e atenção em saúde pública com enfoque
nas pessoas que vivem com as diversas infecções transmitidas sexualmente, é
importante trazer uma perspectiva sócio histórica de como estes indivíduos eram são
vistos pela sociedade em que vivem.
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) já assumiram diversas faces e
nomes no decorrer da história moderna. Aquela que antes era conhecida como
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e antes disso chamada de Doenças
Venéreas1 (DV) são quase tão antigas quanto as próprias sociedades. Sendo os
relatos mais antigos escritos ainda no antigo testamento da Bíblia, relatados também
pelas próprias autoridades greco-romanas, além de relatos em livros do Islã, e
posteriormente na idade média na Europa, onde os maiores avanços, com relação a
doenças como a gonorreia, foram feitos. (WAUGH, 2011).
Em 1837, Parent-Duchatelet (1790-1836) mapeia onde as prostitutas viviam em
Paris, de onde vinham, e seus antigos comércios. Ele também notou que sífilis,
gonorreia, sarna e câncer uterino foram mais frequentes nelas do que em outras
mulheres. Este foi o início de muitos estudos epidemiológicos e sociológicos sobre
as relações da sociedade, mulheres, prostituição e DV ao longo do século XIX.
[adaptado - tradução própria] (WAUGH, 2011, p. 6).
Por conta da forma de transmissão, estas doenças sempre foram
estigmatizadas e associadas à promiscuidade e “imoralidade”. Como trazido por
Susan Sontag (1988-1989) “A transmissão sexual da doença, encarada pela maioria
das pessoas como uma calamidade da qual a própria vítima é culpada” (p. 57)
Já aquele até então denominado como vírus da Imunodeficiência Símia (SIV),
teve seus primeiros relatos em meados do século XIX, em uma espécie de
Chimpanzé, e posterior ao contato com o sangue do animal, surgiram os primeiros
indícios de infecção pelo vírus em Seres Humanos. (ANTUNES, 2019), contudo foi
só a partir de 1978, que exponenciou a disseminação do vírus que o centro de

1
Venérea/ Venéreo: [Lat. Venereu.] Adj. Relativo a relações sexuais (FERREIRA,1999 p. 776).
Aquele ou Aquela que vem de Vênus, deusa romana do Amor.
6

referência em infectologia desenvolveu meios conceituais e técnicos, permitiram a


identificação e o isolamento de um retrovírus humano patogênico (ANTUNES, 2019).
Já por volta de 1981 surgem os primeiros agravos da infecção pelo vírus HIV,
chegando a ser publicado pela revista californiana GRID, denominando como: “Gay
Related Infected Disease” ou Doença infectada por homossexuais. E em 1982 -
quando há casos em mais de 14 países incluindo o Brasil - o Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC) um derivado da Organização Mundial da Saúde
(OMS) define como consenso mundial a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(AIDS).
Em 1984 morre o primeiro civil diagnosticado com o vírus HIV, e no mesmo ano
o primeiro exame de diagnóstico do vírus, que poderia agora ser utilizado em testes
de bancos de sangue e em pacientes com suspeita de infecção (ANTUNES, 2019).
Em 1986 é lançado um projeto de ação global contra a AIDS, encabeçado pela
OMS, neste ano também ocorre a segunda Conferência Internacional da AIDS, em
Paris, apresentando simulações e a primeira testagem do fármaco zidovudina (AZT),
utilizado como antirretroviral. No Brasil, nesse mesmo ano, ocorre a criação da
Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA), por Herbert Daniel e também a
criação do Programa Nacional de DST/Aids -MS, tornando obrigatória a notificação
de novos casos de Aids as autoridades de saúde. (MOURA, 2006), mas seria só em
1993 que seria publicada a 1ª edição do ‘Manual de Controle das DSTs no Brasil.
Em 1988 ocorre a promulgação da Constituição Federal, que passa a defender
constitucionalmente no artigo 196. Que a saúde:
“é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.” (BRASIL, 1988, art.196)

E como dito pelo Jurista Licínio Barbosa, um dos primeiros a tratar das
implicações jurídicas do HIV e AIDS, em 1992. A AIDS seria “o mais grave flagelo da
humanidade [na época], na atualidade, a AIDS/SIDA não poderia passar
despercebida pelas autoridades estatais dos três poderes” (BARBOSA, 1992, p.
476)
Contudo, somente em 1996, no dia 13 de novembro, foi decretada a lei 9.313,
que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos, dentre eles a distribuição
de AZT, aos portadores do HIV e doentes de aids. Neste mesmo ano, inicia a
distribuição de preservativos masculinos, através do Sistema Único de Saúde (SUS),
7

realizando um total de 20.193.312 preservativos distribuídos neste ano,


exponenciando e em 2001 chegando à marca de 125.664.194 preservativos
masculinos distribuídos (BRASIL, 2019).
No ano de 2007 ocorre a Publicação do ‘Plano Operacional para a Redução da
Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis’ e junto a ele a publicação do ‘Protocolo
para a Prevenção de Transmissão Vertical de HIV e Sífilis’. (MIRANDA; FREITAS;
PASSOS; LOPEZ; PEREIRA, 2021)
E em 2008, o Centro de Referências Técnica em Psicologia e Políticas
Públicas (CREPOP) criou um manual de referências técnicas para a prática do(a)
psicólogo(a) nos programas de DST e AIDS. Em que trazem subsídios para a prática
do profissional da Psicologia que atua em serviços que atendem pessoas vivendo
com HIV, AIDS e ISTs.
No ano de 2011, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS
(UNAIDS) reconhece o Brasil como referência mundial no controle da epidemia do
HIV, por ser um dos primeiros países do mundo a oferecer tratamento gratuito e
universal a fármacos como o AZT, por exemplo. (TELELAB, 2015)
Em 2015 ocorre a publicação do primeiro Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT) para Atenção Integral às Pessoas com IST. E também os
primeiros PCDT de Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites
Virais. E posteriormente em 2020 ocorre a Atualização do PCDT para Atenção
Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis pelo grupo de
especialistas em IST. (MIRANDA; FREITAS; PASSOS; LOPEZ; PEREIRA, 2021)
8

2. O ESTIGMA SOCIAL DAS ISTs

Estigma, na etimologia da palavra, designa de marcas/cicatrizes definitivas


deixadas no indivíduo. Quando os indivíduos adoecem eles passam a carregar
consigo um estigma que a própria doença carrega, assim como dito por Frederico D.
C. Antunes (2019): “O estigma em relação à doença existe e passa a interferir na
identidade do doente e em seu cotidiano” (p. 17). Se pensar no caso da AIDS, das
ISTs e das pessoas que vivem com HIV, a vergonha é associada ao sentimento de
culpa, que os “estigmas” que estas doenças e infecções carregam.
Uma doença infecciosa cuja principal forma de transmissão é sexual
necessariamente expõe mais ao perigo aqueles que são sexualmente mais
ativos — e torna-se fácil encará-la como um castigo dirigido àquela
atividade. (SONTAG, 1988, 1989, p. 57)

Sempre associadas a imoralidade, e promiscuidade, as doenças e infecções


sexualmente transmissíveis fazem com que aqueles que as adquirirem recebam
rótulos associados a estas e doenças/Infecções, e desta forma, muitas vezes
omitem e escondem estas informações de seus parceiros sexuais e familiares,
tornando a transmissão e infecção mais perigosa.
Assim como dito por Sontag (1988-1989):
“Como outras doenças que provocam sentimentos de vergonha, a aids é
muitas vezes ocultada, mas não do paciente. [...] com a aids, o mais comum
é o paciente não revelar o fato a seus familiares.” [...] contrair aids equivale
precisamente a descobrir que se faz parte de um determinado “grupo de
risco”” (SONTAG, 1988,1989, p. 57)

O “estigma” que os portadores de ISTs adquirem, embora seja muito antigo e


retrógrado ainda é muito forte, por essas ISTs serem historicamente mais frequentes
em prostitutas, profissionais do sexo e nos sexualmente mais ativos, como tabulou
Parent-Duchatelet em 1837 (WAUGH, 2011, p. 6). Aqueles que contraem e se
infectam são vistos como pessoas que desviam de uma “moral” e dos “bons
costumes estabelecidos”, e de acordo com Arruzza, Bhattacharya e Fraser (2019) as
forças reacionárias (instituições “neotradicionais” como a igreja ou a comunidade)
sempre tentaram regular a sexualidade como forma de preservar esses “costumes
antigos e atemporais”, deste modo eles distinguem o “sexo aceitável” daquele
“pecaminoso”. Ainda cabe incluir nestes estigmas as pessoas em situação de rua.
Um estudo de Patrício, Figueiredo, Silva, Rodrigues, Silva e Silva (2020) revela que
pessoas em situação de rua possuem uma maior frequência sexual com vários
9

parceiros, além de relações sexuais com usuário de drogas, sem o uso de


preservativos, desta forma estes comportamentos de risco os deixam mais propícios
e vulneráveis a contaminação pelo HIV ou qualquer outra IST. Estes indivíduos que
se encontram em um contexto de vulnerabilidade, muitas vezes por conta da
desinformação ou acesso limitado a recursos preservativos da saúde
Tal como as ISTs, a AIDS, e o HIV, são condições de saúde vistas como um
mal que afeta um grupo específico e que por eles é transmitido, assim atacando os
estes grupos em uma proporção ainda maior. Enquanto as infecções transmitidas
pela prática sexual são em grande parte associada a aqueles mais sexualmente
ativos e profissionais do sexo, o HIV e a AIDS assume um grupo mais específico, e
talvez mais fragilizado ainda (tanto na época de aumento exponencial da epidemia
de HIV, quanto nos dias atuais) os Homossexuais, bissexuais, travestis e
transexuais (BRASIL, 2002, p. 109)
Ligar a população LGBTTQI+2 (Lésbicas, gays, Bissexuais, transexuais,
travestis, queers, intersexos) a esse estigma de “grupo de risco” de infecção pelo
vírus do HIV, não só é um imaginário retrógrado, como reforça um imaginário da
doença que afeta outros grupos contaminados como as mulheres cis
heterossexuais, o grupo de transmissão vertical (através da gestação), ou homens
heterossexuais que vivem com HIV, além da contaminação pelo uso de substâncias
psicoativas injetáveis, desta forma dificultando a conscientização e ação preventiva
neste de grupos como estes. Tornou-se evidente que essa população Queer
(sobretudo mulheres trans e travestis, que são constantemente marginalizadas e são
obrigadas a “optar” pela prostituição) apenas apresentam um comportamento de
risco, ao qual pode ser utilizado métodos de prevenção eficazes (uso de
preservativos e testagem tanto para HIV quanto para outras ISTs), por estes motivos
não se configuram como um “grupo de risco”, por conta das formas distintas de
transmissão.
Além disso, existe grupos constantemente associados e pouco discutido que
são estigmatizados pelas ISTs e AIDS. As pessoas em situação de rua e usuários
de drogas, que por consequência da extrema vulnerabilidade, correm mais risco de
exposição ao vírus do HIV, e, portanto, tem uma maior incidência de infecção, porém

2
Aqui fazendo uma exceção para pessoas assexuais pertencentes a sigla, por conta da ausência da
prática sexual como comportamento de risco
10

este grupo, novamente, apresenta apenas comportamentos de risco, extremamente


ligado a falta de informações de prevenção. Assim como dito por:
O perfil de maior vulnerabilidade para o HIV nessa população, estudado por
meio da não adoção de práticas sexuais seguras, está associado a uma
complexa teia de fatores, que conjugou diferenças geracionais e de gênero,
características relacionadas às práticas e tipo de parceria sexual, o uso de
drogas e álcool e a falta de acesso às ações de prevenção das DST e aids.
(GRANGEIRO; HOLCMAN; ONAGA; ALENCAR; PLACCO; TEIXEIRA,
2012, p. 679)
11

3. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATUAÇÃO NAS ISTS E AIDS

Definido pelo Manual de Políticas Públicas publicado pelo Serviço Brasileiro


de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) em 2008, sendo uma totalidade
de ações, metas e planos que os governos da nação, do estado e dos municípios,
definem na tentativa de estabelecer um bem-estar para a sociedade e favorecendo o
interesse público. “Políticas Públicas são um conjunto de ações e decisões do
governo, voltadas para a solução (ou não) de problemas da sociedade” (SEBRAE,
2008, p. 5).
Deste modo, políticas públicas são as medidas públicas para a tentativa da
melhora da qualidade dos indivíduos, e pensando nas pessoas que vivem com ISTs,
HIV e AIDS, é a tentativa de os órgãos públicos preservarem a integridade destes
indivíduos, junto a tentativa de prevenção de ISTs para a população geral.
Definido na Política Nacional de DST/aids, publicados pelo ministério da
saúde em 1999, os principais conceitos do campo da promoção à saúde são:
vulnerabilidade e risco, redução de danos, direitos humanos, participação e controle
social, e comunicação social. (BRASIL, 1999), e a partir deles desenvolver políticas
públicas de atuação tratativa e preventivas, desta forma:

 Vulnerabilidade e risco: Classificar e delimitar os grupos populacionais, alvos


dos projetis de intervenção, considerando as situações de risco e
vulnerabilidades. E desta forma, a vulnerabilidade está diretamente associada
aos fatores culturais, sociais, políticos, econômicos e biológicos. (BRASIL,
1999)
 Redução de danos: Visa a redução de danos causado pelo consumo de
drogas lícitas e ilícitas, na tentativa de reduzir as consequências prejudiciais.

“Aplica-se àqueles períodos de vida das pessoas, quando, não podendo (ou
não querendo) obter-se, adotam comportamentos de risco ligados ao uso de
substâncias psicoativas, como, por exemplo, o compartilhamento de
seringas e práticas sexuais desprotegidas.” (BRASIL, 1999, p. 13)

 Participação e controle social: tendo em vista garantir os direitos de cidadania


das pessoas que vivem direta ou indiretamente com Aids, HIV e ISTs, além
12

de fortalecer as instancias democráticas, e promover a participação e inclusão


do cidadão, assim estruturando as ações comunitárias.
 Direitos humanos: garantir a vinculação direta das políticas públicas de ISTs e
Aids, com respeito aos direitos humanos, assessorando, articulando e
incentivando as instâncias governamentais e não governamentais da região,
assim garantindo os direitos destes indivíduos, combatendo as condutas
sociopolíticas recorrentes de estigmatização, preconceito e discriminação
contra pessoas que vivem com HIV, Aids e outras ISTs.
 Comunicação social: deve promover a capacidade de o indivíduo identificar e
satisfazer as necessidades biopsicossociais básicas, além de adotar
mudanças no comportamento, nas práticas e em atitudes mais seguras bem
como dispor de meios necessários a operacionalização dessas mudanças.
(BRASIL, 1999)

No histórico da tratativa a doenças e infecções sexualmente transmissíveis, o


Brasil, junto ao agora extinto Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais3 sempre
mostrou uma eficiência e rapidez de atuação, alcançando formas de tratamento
reconhecidas como referência até mesmo pela OMS.
Deste modo, mostrou-se de suma importância o desenvolvimento de PCDTs
para a tratativa e educação, não somente daqueles que vivem com ISTs e HIV, mas
também da população geral, como forma de prevenção, e também como meio de
desmitificação e “desestigmação4” das ISTs, do HIV e de seus portadores.
Com campanhas eficientes, como é o caso da distribuição de preservativos e
distribuição de fármacos, planos de vacinação como a campanha vacinal de HPV e
hepatites virais A e B, as maiores dificuldades para a atuação junto as políticas
públicas seguem sendo a desinformação e propagação de notícias falsas.
“A falta de conhecimento e a circulação de notícias falsas sobre
imunizações são exemplos de fatores que contribuem para coberturas
vacinais baixas na vacinação contra HPV. A integração dos serviços de
saúde com escolas e comunidades é importante para atingir melhores
indicadores, haja vista adolescentes bem informados constituírem
potenciais transmissores dessas informações aos pais.” (MIRANDA;
FREITAS; PASSOS; LOPEZ; PEREIRA, 2021, p. 5)

3
Passando a chamar “Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis”, pelo decreto Nº 9.795, de 17 de maio de 2019.
4
Desestigmação: Romper com os estigmas criados pela sociedade, neste caso estigmas criados a
respeito das ISTs, Aids, HIV e seus portadores.
13

Ainda, como dito por Miranda, Freitas, Passos, Lopez, Pereira (2021), os
programas nacionais de atuação contra as ISTs e HIV, seguem enfrentando alguns
outros desafios, assim as políticas públicas necessitam fortalecer o papel da atenção
primária à saúde na atenção integral às pessoas com IST e suas parcerias sexuais,
além de promover informação, educação e comunicação em saúde, junto a
ampliação do acesso à testagem e tratamento das IST, com foco nas populações
mais vulneráveis além de qualificar a abordagem de aspectos da saúde sexual pelos
profissionais de saúde, para além do rastreamento de assintomáticos, prevenção,
manejo clínico-laboratorial e vigilância dos casos de infecção sexualmente
transmissível. (MIRANDA; FREITAS; PASSOS; LOPEZ; PEREIRA, 2021, p. 5)
Cabe ressaltar que desde o ano de 1990, através da Lei nº 8.080/1990 os
programas de políticas públicas ocorrem de maneira descentralizadas, assim as
ações de diagnóstico e assistência das ISTs e HIV/Aids são feitas seguindo os
princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), enfatizando a regionalização 5
(descentralização) integralização e sustentabilidade das mesmas. (CFP, 2008) A
política de descentralização se aplica igualmente nas áreas de atuação da
psicologia, como por exemplo as áreas de treinamento em ISTs e Aids.

5
Regionalização: Diretriz do SUS, que tem por objetivo a divisão das responsabilidades do SUS entre os
poderes da União, dos estados e dos municípios, assim visando garantir o direito a saúde da população.
14

4. A ATUAÇÃO DA PSICÓLOGA

A Definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um estado de


completo bem-estar físico, mental e social, Saúde não consiste apenas na ausência
de doença ou de enfermidade, Saúde de modo geral é um reflexo da conjunção de
fatores sociais, econômicos, políticos e culturais (SCILIAR, 2007). Saúde, com dito
por Moacyr Scliar, depende “da época, do lugar, da classe social. Dependerá de
valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas.”
(SCILIAR, 2007, P. 30). Sendo importante o entendimento dos diversos fatores que
influenciam no processo de Saúde-Doença (LAUREL, 1982). Diante disso, cabe
questionar: como os/as/es profissionais de psicologia se inserem e atuam na
prevenção e promoção de saúde, sobretudo quando falamos em ISTs, HIV e Aids?
Pensando em formação universitária, o modelo clínico é inserido na formação
dos profissionais de psicologia, ocasionando uma possível sensação de que sua
ocupação esta resumida em modelos psicoterápicos, grupos terapêuticos ou de
avaliações psicológicas. Consequentemente, gerando inseguranças e dificuldades
em assumir o papel que está inserido no sistema de saúde. (CFP, 2020).
“Assim, a atuação da psicologia no âmbito da saúde não se restringe à
psicoterapia, sendo muito mais diversificada e abrangente, voltando-se para
as necessidades e demandas de usuários de serviços onde o profissional
está inserido.” (CFP, 2020, p. 92)

Cuidado em saúde se torna amplo com ênfase no sujeito em sua


individualidade e subjetividade, com isso dissociando o indivíduo como doença e
correlacionando as proporções sociais, culturais, crenças e físicas em que se está
inserido. (CFP, 2020) compreendendo que a interação do indivíduo que passará a
viver com HIV se torna também coletiva, seja social ou institucional, e não apenas
individual.
“Um serviço que não oferece atenção psicossocial e/ou psicológica a
pessoas vivendo com HIV pode estar corroborando para o aumento da
vulnerabilidade emocional dos/das usuários(as) ali acompanhados.” (CFP,
2020. pag. 92)
15

A promoção de educação à saúde visa a qualidade de vida aos indivíduos,


sendo assim, para que diminua os possíveis riscos e potencializando as condições
de proteção a saúde. Para essa nova demanda há práticas como a profilaxia 6 pós
exposição sexual, que consiste em ação medicamentosa para redução da infecção
gerada pelo vírus para aqueles que foram expostos ao contato com o vírus HIV. A
profilaxia pré-exposição sexual também é uma ação medicamentosa, porém, visa
evitar a infecção viral anteriormente do contato com o vírus. A estratégia também é
composta pela testagem sorológica e a prevenção através do uso das camisinhas.
(CFP, 2020)
Ainda sim regularmente os psicólogos são questionados sobre a
autenticidade do seu trabalho em quesito educativo e informativo, no qual a sua
ação é para a promoção de saúde em práticas interdisciplinares e multiprofissionais,
sendo que, institucionalmente em rede de ensino superior não os tenha preparado
com esse objetivo. (CFP, 2020)
Entretanto a ajuda do psicólogo, torna-se imprescindível. A escuta qualificada
de um profissional de psicologia, a participação do psicólogo oferta na qualidade do
desenvolvimento das estratégias relacionadas as questões das vivencias sexuais,
com isso, contribuindo para que os indivíduos que têm a participação ativa nas
profilaxias tenham um maior conhecimento e progresso diante a esse contexto.
(CFP, 2020)
“A nota técnica do CFP destaca ainda que a participação no
aconselhamento pré e pós-testagem é condição essencial para a atuação
da(o) psicóloga(o) na realização do teste rápido, salvo condições
estritamente emergenciais.” (CONSELHO FEDRAL DE PSICOLOGIA; 2020,
pag. 96)

Os Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) dispõe atualmente da


participação de profissionais da psicologia em suas unidades de atendimento, a fim
de oferecer acolhendo e escuta ativa. (CFP, 2020)

Segundo o CFP, a prevenção pode contar com três níveis de intervenção:


 A prevenção primária- Detém da finalidade do acolhimento e conhecimento
da testagem sorológica, aborda de atividades educacionais associados ao
HIV/AIDS e ISTs, tais como o aconselhamento em grupo ou individual em
relação os pré e pós testagem, seus tratamentos e formas de transmissão.

6
Profilaxia: procedimento ou agente para evitar a instalação e/ou propagação de doença.
16

 A prevenção secundária- Tem a intenção de evitar a morte e a infecção


crônica dos indivíduos que possuem o soropositivo. A atuação do psicólogo
se torna necessário diante da saúde mental, devido a possíveis transtornos
relacionados a circunstância, como ansiedade, depressão, frustração etc.
As intervenções individuais ou em grupo, aconselhamentos e
acompanhamento desde o início do tratamento possibilita maior qualidade da saúde
mental e emocional ao indivíduo no início do seu tratamento.
“pesquisa realizada pelo CREPOP/CEAPG, as(os) psicólogas(os) afirmaram
realizar essas ações: “Recebo pacientes portadores de HIV para uma
escuta dos problemas que ele vem vivenciando pelo fato de ser
soropositivo. [sic] Dou todo o suporte emocional necessário para elaborar
esse resultado/ aceitar o diagnóstico/ o tratamento/ adesão”.” (CFP; 2020,
pag. 98)
 A prevenção terciária- tem o projeto de tratamentos, a fim de reduzir a
invalidez ocasionadas pela infecção do HIV e/ou IST. Também tem como
objetivo de evitar fragilização psicológica dos indivíduos devido a novos
enfrentamentos relacionados a saúde e doença, quanto questões sociais.
Com isso visa promover ao indivíduo sua autonomia e autocuidado.

As pessoas que possuem HIV podem e devem viver suas vidas, projetos,
relacionamentos, interações sociais sem interferência dessa nova realidade. O
autocuidado possibilita mesmo diante do HIV ou ISTs a capacidade em criar
projetos, amar, ter vida sexual ativa, reproduzir, entre todas as outras atividades de
interação, mesmo que para que isso ocorra detenham da participação de um
profissional da psicologia no alcance dos objetivos individuais. (CFP, 2020).
17

5. ENTREVISTA COM PROFISSIONAL

- Poderia nos contar um pouco sobre você, o local que você trabalhou e como
era o funcionamento do mesmo?

R: Sou egressa do curso de Psicologia do CEUNSP, me formei na turma de 2015.


Minha atuação sempre foi focada na social e clinica ampliada. Trabalhei por alguns
anos como psicóloga no Centro de Apoio HIV/AIDS e Hepatites Virais (CAPHIV), na
cidade de Capivari. O CAPHIV tem convenio com o município e com o Centro de
Doenças Infecto Contagiosas (CEDIC), funciona como um tipo de casa de apoio que
acolhe pessoas em situação de vulnerabilidade social. A equipe técnica é formada
por uma psicóloga, uma enfermeira, uma assistente social, uma fisioterapeuta e a
coordenadora. A equipe de enfermagem trabalha no regime de 12x36 juntamente
com os cuidadores.

- Como era o seu dia-a-dia de trabalho? Que funções você realizava?

R: O dia-a-dia era bem corrido e eu realizava algumas funções a mais além de ser
psicóloga, por assim dizer. Além do atendimento a população, tinha que dar
treinamento para a equipe, pois a questão do estigma era muito forte. Muitos
funcionários achavam que poderiam se contaminar caso beijassem ou
compartilhassem um copo, por exemplo. Até mesmo por essa questão do estigma, a
rotatividade dos funcionários era bem grande, então ajudava na parte das
entrevistas e treinamento dos novos funcionários. Uma das minhas principais ações
era voltada para a psicoeducação e conscientização. Uma coisa que valorizava
muito era o fortalecimento da autonomia da pessoa, então grande parte do meu
trabalho envolvia ações nesse sentido também. Era um trabalho de formiguinha
mesmo, bem do jeito que aprendemos na faculdade, mas que faz uma grande
diferença na qualidade de vida das pessoas.

- Você pode nos falar de algum projeto que você desenvolveu junto a essa
população?

R: Sim. Um dos projetos desenvolvido pelo CAPHIV é o “prevenção na quebrada”,


que trabalha a prevenção do HIV com pessoas em situação de vulnerabilidade social
ou em situação de rua. Nesse projeto também é feita a testagem da população. Os
18

psicólogos podem fazer um curso de capacitação para poder fazer a testagem


também. Uma vez por semana íamos para as ruas, conversávamos com as pessoas
e fazíamos a testagem para HIV, sífilis e hepatite. Assim eram dadas as orientações
pertinentes dependendo do resultado do teste.
Outro projeto desenvolvido é o “não viralize a ignorância, conheça!”, que é mais
voltado para a prevenção e educação. Fazíamos palestras em diversos locais como
escolas, CIEE e onde mais houvesse necessidade. Uma vez houve uma situação de
os atendentes do SAMU terem uma postura bem agressiva e preconceituosa
quando descobriram que um paciente atendido tinha AIDS. Foi proposta então uma
palestra paara os socorristas. Então sempre que surgia uma necessidade específica
nos organizávamos para desenvolver um trabalho de educação e conscientização.
Tinha também um projeto voltado para as profissionais do sexo, mas havia uma
grande resistência de se falar sobre educação sexual com essa população, a
maioria não aceitava conversar, quem dirá então fazer a testagem. Mas ainda sim
persistíamos no trabalho para atingirmos o maior número possível de pessoais.

- Quais eram as maiores dificuldades enfrentadas no trabalho?


R: Um desafio diário era a questão do estigma, que muitas vezes vinha de
profissionais que deveriam estar minimamente preparados para lidarem comessas
situações.
Outra dificuldade era a questão financeira. A verba fornecida pelo governo era
suficiente para pagar o salário dos funcionários, apenas. Para os gastos restantes
dependíamos totalmente de doações e parcerias com instituições privadas. Muitas
vezes tínhamos que levar o material pago do nosso próprio bolso para conseguirmos
trabalhar. A situação ficou ainda pior quando uma ONG da cidade de Indaiatuba
fechou e começamos a receber essa população que era atendida por essa ONG. O
CAPHIV na verdade é uma das poucas instituições do estado que realiza esse
trabalho, e ainda sim quase não se tem incentivo e verba suficiente para a
realização do trabalho.
O que dificultava bastante o trabalho era o fato das pessoas chegarem até lá num
estado bem debilitado e vulnerável, ou seja, esperavam até o último momento para
procurar ajuda, e muitas vezas não tínhamos muito que pudéssemos ajudar. A
maioria das pessoas atendidas estavam em situação de rua, então era bem difícil de
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trabalhar conscientização com pessoas que já estavam numa situação tão


vulnerável.

- Existe muita resistência por parte da população atendida?

R: Sim, era um dos maiores desafios. As pessoas tinham resistência em diversos


estágios, tanto no sentido preventivo quanto no combativo. Como falar de educação
sexual, uso de preservativo, uso e compartilhamento de agulhas com a população
de rua, por exemplo? A adesão ao tratamento também era bem difícil. A população
que atendia já vinha passando por uma história de exclusão e violência há muito
tempo, vivendo a margem da sociedade. Muitas vezes lidávamos com a questão da
abstinência também, e o município não tem um suporte adequado para esses casos
então era bem complicado. Sempre tínhamos conflitos com a equipe do CAPS visto
que precisávamos de consultas, reuniões de rede, articulação e outros suportes e
tínhamos muita resistência também por parte desse equipamento. O trabalho não
era nada fácil, mas tínhamos que fazer o nosso melhor com os recursos disponíveis.

- Qual a sua percepção acerca das políticas públicas voltadas para essa
população?

R: Sinceramente, esse é um assunto que até me desconserta. Estamos há alguns


anos num governo que não prioriza nenhum tipo de política pública e visa exterminar
as conquistas que tivemos até aqui. É muito difícil, mas como psicólogos precisamos
sempre estar ligados para lutar de maneira efetiva para o desenvolvimento de
políticas públicas. Apesar do cenário desanimador, não podemos parar.

- Gostaria de fazer alguma consideração antes de encerramos a nossa


entrevista?

R: Sim. Fico muito feliz de ver universidades e professores proporcionando espaço


para a discussão dessa temática. Precisamos cada vez mais de profissionais
qualificados e com consciência política para podermos avançarmos na conquista de
direitos para a população. Vi na prática muitos profissionais da saúde despreparados
para atender a essa população, então é muito bom ver trabalhos assim serem
desenvolvidos dentro das universidades.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho procurou demonstrar a prática de psicólogas que atuam no


campo de IST/HIV/aids, contextualizando historicamente o tema para assim ser
possível pensar numa atuação consonante com a realidade do nosso país.
Considerando a complexibilidade do tema, a organização dos serviços, as diretrizes,
a legislação e os movimentos sociais, devemos cada vez mais estar atentos as
mudanças sociais e culturais, pensando num exercício profissional pautado no
código de ética, em ações que propiciem e fortaleçam a autonomia do sujeito e que
promovam a defesa da saúde coletiva, das políticas públicas e dos direitos
humanos.
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