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12/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.

Leituras Obrigatórias:
PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN,R. D. Desenvolvimento Motor in Desenvolvimento Humano.
8ª ed Porto Alegre: ArtMed, 2006. (cap. 4.5 e 6)

Leituras para aprofundamento:

GERRIG, R,J. & ZIMBARDO; P.G. O Desenvolvimento Humano ao Longo da VidaIn A Psicologia e a
Vida. 16 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005, Cap 11.

1. DESENVOLVIMENTO PERCEPTUAL E MOTOR

Geralmente, mais do que os homens, as mulheres costumam mudar os cabelos, o modo de se vestir,
ganham ou perdem peso. No entanto, apesar de tais mudanças, é possível reconhecê-las após um
período sem vê-las. Por outro lado, se cuidássemos 24 horas por dia de um bebê durante o primeiro
mês e só voltássemos a reencontrá-lo um ano depois, provavelmente não o reconheceríamos. Isto
porque as mudanças que ocorrem nos primeiros anos são drásticas, ou seja, as forças do crescimento
e do desenvolvimento, neste período são muito poderosas.

O desenvolvimento é composto de uma série de fatores inter-relacionados com os demais aspectos


desenvolvimentais: físicos, cognitivos e psicossoais.
Considerando as habilidades de percepção, pode-se afirmar que desenvolvem-se rapidamente nos
primeiros dois anos de vida e permite à criança aprender e explorar o ambiente.
Os bebês diferem na velocidade ou eficiência dos processos perceptuais, como por exemplo, na
habituação a estímulos repetidos. Essas variações estão correlacionadas a medidas posteriores de
inteligência e da linguagem.
Quanto às habilidades motoras, pode-se afirmar que são desenvolvidas em uma seqüência, geralmente
considerada como geneticamente programada, evoluindo das simples para as complexas, de acordo
com o princípio céfalo-caudal e próximo-distal. No entanto, pesquisas recentes indicam que trata-se de
um processo contínuo, dinâmico e multifatorial de interação entre o bebê e o ambiente.
Resumidamente, o desenvolvimento motor ocorre da seguinte forma:
1. de reflexos (simples) para mais deliberados (complexos)
2. da cabeça para os artelhos e do interior para o exterior
3. contínua, dinâmica e multifatorial (interação bebê e o meio).

Os marcos iniciais do desenvolvimento motor são:


1.º erguer a cabeça (por volta do 4 meses)
2.º engatinhar pelo chão (9/10 meses)
3.º caminhar (12 meses)
Ainda no que diz respeito às novas habilidades motoras, percebe-se que elas interferem, ou seja,
acabam por determinar a forma da criança conhecer e se relacionar com o mundo. Uma criança que
engatinha ou anda, explora ativamente o seu ambiente, tentando conhecê-lo em detalhes, tenta pegar
tudo o que está em seu campo visual, as tomadas são um alvo, os objetos sob uma mesa de centro de
sala também, inclusive aqueles que são relíquias de família. Tudo isto trará implicações, provocando
alterações no relacionamento dos cuidadores com as crianças, como por exemplo, as crianças passam
a ouvir uma série de “nãos”. Esse exemplo cotidiano nos ajuda a dimensionar como os diferentes
aspectos desenvolvimentais são inter-relacionados de forma imbricada.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos,
relacionados ao período de zero a dois anos.

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2) Pesquise em livros de Psicologia do Desenvolvimento quais são as habilidade motoras finas e


grossas previstas para este período e se há variações e diferenças (por exemplo: étnicas) nestes
padrões.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:


Com relação ao desenvolvimento motor na chamada primeira infância, Papalia (2006) nos aponta
alguns marcos como o controle da cabeça e das mãos e a capacidade de locomoção.

“Os bebês que engatinham não são mais ‘prisioneiros’ de um lugar” isto
porque
pode-se considerar que o engatinhar - de forma ampla (bio-psico-social) representa o preparativo
para o caminhar, evento considerado a maior realização da infância.

Tendo por referência o texto acima e o enunciado, considere as alternativas a seguir e assinale a
correta:
a) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
b) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) as duas afirmações são falsas.
d) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
e) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

A alternativa correta é a letra (B). Justificativa: o engatinhar também é o preparativo para o caminhar;
mas não apenas isto. Não se pode compreender este ato apenas pela ótica biológica, portanto,
muscular e óssea, mas é preciso a fazer sua articulação, isto é, o engatinhar com as mudanças
evidenciadas no bebê com relação ao seu ambiente, às pessoas que o cercam e a ele mesmo, no que
diz respeito ao seu desenvolvimento perceptivo (consciência corporal e espacial), cognitivo, de
personalidade (autoconfiança e auto-estima) e social.

2. DESENVOLVIMENTO FÍSICO: fator determinante e determinado.

A subnutrição é causada por uma complexa interação de fatores, sendo os problemas políticos e
familiares de principal importância. Nos países subdesenvolvidos como o Brasil, esta questão fica muito
mais evidenciada. As políticas socioeconômicas em nosso país, normalmente não refletem a
importância da nutrição infantil e quando refletem, não são cumpridas, porque faltam mecanismos
para que sejam efetivadas.
Ao nascer, meninos e meninas são diferentes?
Na realidade, bebês masculinos são um pouco maiores e mais vulneráveis e parecem reagir de modo
distinto ao estresse (talvez diferenças genéticas, hormonais ou temperamentais), no entanto, poucas
diferenças físicas ou maturativas foram constatadas na infância.
Como o ambiente pode acelerar ou retardar o desenvolvimento?
Fatores ambientais, como por exemplo, nascer em clima mais ameno e com mais sol, bem como
padrões culturais: amarrar os bebês ou fazer um treinamento precoce para a criança andar, podem
afetar o ritmo de desenvolvimento do bebê.
Além destes, há outros fatores que determinam o desenvolvimento físico, entre eles, os políticos e
sócio-econômicos, conforme já anunciado acima.
Por volta dos 10 meses, a maioria dos bebês já andam bem com apoio, podendo dar passos
hesitantes. A habilidade de caminhar melhora à medida que eles têm apoio e incentivo do meio e por
volta dos 11 ou 12 meses, as eles já podem dar seus próprios passos.
No segundo ano de vida, as crianças vão se tornando mais ágeis. Por volta dos 15 meses, muitas já
sobem escadas, em cadeiras ou móveis; mas ainda não serão capazes de voltar para baixo, sozinhas.
A transição de uma postura para outra, como de deitada para sentada ou de sentada para em pé, vai
sendo feita de forma mais suave. Até os 18 meses, se movem com maior facilidade, andando para
trás, em círculos e usando o corrimão para subir as escadas.
Em torno dos 2 anos, as crianças podem pular no lugar, caminhar rapidamente de um lugar para o
outro. No entanto, a supervisão dos cuidadores deve ser uma constante, no sentido de monitoração,
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principalmente quanto à segurança.


O desenvolvimento físico é marcado por um processo maturacional que vai gradativamente propiciando
que a criança adquira novas possibilidades. Quando o sistema nervoso central, os músculos e os ossos
estão suficientemente maduros e o ambiente oferece oportunidades adequadas, os bebês não param
de surpreender os adultos com as novas habilidades.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos,
relacionados ao período de zero a dois anos.

2) Faça uma pesquisa sobre a política de prevenção a subnutrição no Brasil e verifique se ela tem sido
cumprida de acordo com a sua concepção.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Para se compreender o processo de Desenvolvimento Humano, é preciso considerar uma infinidade de


elementos. E na medida em que se ampliam os estudos ampliam-se também uma nova diversidade de
aspectos que define a complexidade do assunto. Complexidade dada desde os primórdios do
nascimento. Em respeito aos neonatos, identifique a única afirmativa incompatível com o período:

(A) O processo de aprendizagem de habilidades motoras precisa ser intensificado para o bebê
aprender a engatinhar.
(B) O movimento ulnar compreende o agarramento com a mão inteira.
(C) A esperança é a virtude que o neonato busca desenvolver.
(D) Para o bebê, o apego tem valor adaptativo.
(E) Os bebês possuem um papel ativo na sua relação com o mundo.

A resposta incompatível é a alternativa (A) porque as habilidades motoras se desenvolvem numa


seqüência, geralmente considerada como geneticamente programada, evoluindo das simples para as
complexas, de acordo com o princípio céfalo-caudal e próximo-distal. Recentes pesquisas indicam que
se trata de um processo contínuo, dinâmico e multifatorial de interação entre o bebê e o ambiente.
Cabe destacar que as novas habilidades motoras interferem na forma da criança conhecer e se
relacionar com o mundo.

3. DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

Laura tem 3 meses. Ao seu redor, imagens, sons, cheiros e sensações físicas novas e em constante
mudança como que rodopiam à sua volta. Ela precisa entender tudo isso, interligando cheiros com
imagens visuais, sabores com sensações, percepções de objetos, pessoas e até mesmo das partes de
seu próprio corpo, percebendo quais delas permanecem as mesmas e quais de modificam, em qual
sequência e muitas outras coisas mais.
Para discutir a questão do desenvolvimento cognitivo, parece interessante iniciar falando um pouco
sobre o que é cognição. A cognição é o pensamento em sentido mais amplo. Envolve inteligência e
aprendizagem, memória e linguagem, fatos e conceitos, percepção e pressupostos. Bebês nascem com
a capacidade de aprender a partir de suas experiências sensoriais, ou seja, daquilo que eles podem
ver, ouvir, cheirar, degustar ou tocar, além de terem certa capacidade de lembrar o que aprenderam.
Sendo assim, eles podem aprender por condicionamento, habituação ou imitação, coordenando as
informações sensoriais. O bebê costuma ficar mais atento aos estímulos novos, do que aos familiares.
Também repetem comportamentos que lhes são agradáveis. Tendem a repetir uma ação aprendida
anteriormente, quando se lembram do seu conteúdo.
O bebê nasce com ferramentas básicas para a construção do conhecimento, sendo um ser ativo no seu
desenvolvimento, um “pequeno cientista”, naturalmente curioso, engajado na exploração do meio,
buscando o entendimento, o conhecimento do mundo e buscando adaptar-se a ele.
Nesta fase, segundo Piaget, começa o estágio sensório motor. Segundo ele, o desenvolvimento
cognitivo é marcado por estágios, cada um desses é caracterizado por uma forma distinta de pensar a
respeito do mundo e de compreendê-lo. As idades indicadas são sempre aproximadas, há variações
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individuais de acordo com habilidades e a experiência. A criança de zero a dois anos, por se encontrar
no estágio sensório-motor, representa o mundo pelas ações, baseando seus julgamentos nas
sensações e percepções.
Ainda segundo o referido autor, a partir dos 12 meses, a criança entende relações causais (causa-
efeito), se envolve em jogos construtivos e procura objetos onde os viu pela última vez, o que
representa para Piaget, a construção do objeto permanente.
Por volta dos 2 anos, a criança já lança mão de representações mentais e símbolos.
A aquisição da linguagem é um aspecto importante para o desenvolvimento cognitivo. Após a fase pré-
linguística (choro, arrulho, balbucio e imitação) e a aprendizagem dos sons básicos da língua, pode-se
afirmar que a palavra costuma surgir por volta dos dez aos quatorze meses. Cabe destacar, que antes
de pronunciar sua primeira palavra, o bebê utiliza os gestos.
Entre os 16 e 24 meses ocorre uma explosão de nomes, e geralmente por volta dos 18 aos 24 meses,
surgem as sentenças breves.
A fala inicial é caracterizada pela simplificação, restrição e supergeneralização dos significados das
palavras e universalização das regras.
A capacidade para aprender a linguagem, segundo os teóricos atuais, é inata, podendo ser ativada ou
não pelo meio.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.

2) Faça uma pesquisa em artigos científicos: A leitura em voz alta para a criança, desde os primeiros
meses, contribui para preparar o letramento?

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Próximo aos 8-12 meses, os bebês gostam de brincar de esconde-esconde, geralmente com uma
fralda que colocam sobre o próprio rosto ou no rosto do adulto com quem estão se entretendo.
Esta situação nos remete ao conceito de:
a) Negativismo
b) Supergeneralização da Presença
c) Noção de Permanência do Objeto
d) Desenvolvimento do Apego Seguro.
e) Coordenação do Auto-Conceito.

A alternativa correta é a (C). Por volta dos 10 meses de vida, com variações de acordo com a cultura e
as possibilidades de interação dos bebês, a estrutura do objeto permanente está próxima de ser
construída, e os comportamentos começam a mudar. Por exemplo, a criança sabe que quando a mãe
sai do quarto, ela não deixa de existir ou que o brinquedo que escorrega para trás de um sofá,
continua ali.

4. DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL

Rafael (1 ano) não é propenso a sorrir e nem a vocalizar.


Selma (2 anos) parece estar sempre “na defensiva”, ora chora compulsivamente, ora se fecha
completamente.

O desenvolvimento psicossocial é constituído pelo desenvolvimento da personalidade, isto é, o padrão


singular e relativamente duradouro de uma pessoa sentir, reagir e se comportar e pelo
desenvolvimento social que se refere às mudanças nos relacionamentos com os outros.
Estudar o desenvolvimento psicossocial das crianças de 0 a 2 anos implica em descrever os principais
passos do desenvolvimento da noção do eu e em paralelo a formação de relacionamentos significativos

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e efetivos com outras pessoas.


Observe a seqüência em que aparece o autoconceito ou a emergência do senso de identidade na
primeira infância (de bebê para criança):
a) O autoreconhecimento físico: começa por volta dos 18 meses, quando a criança olha no espelho ou
numa foto sua, podendo reconhecer-se.
b) autodescrição e autoavaliação: ocorre entre os 19-30 meses, a criança pode definir-se em termos
descritivos, como por exemplo: grande, pequeno, cabelo liso; ou em termos de avaliação: bom,
bonito.
c) resposta emocional a má ação: por volta dos 20 meses as crianças costumam ficar aborrecidas pela
desaprovação dos pais e por algo que foi desaprovado e visto como mau.
Além destes eventos, percebe-se o crescimento das interações sociais, tanto em número e
complexidade, como as próprias brincadeiras aumentam.
No que diz respeito ao contato com outras crianças, será que os irmãos influenciam uns aos outros? A
resposta é sim. Os irmãos influenciam uns aos outros de maneira positiva e negativa. Por outro lado, é
preciso destacar que as ações e atitudes dos pais afetam os relacionamentos entre irmãos.
Nesta idade, a criança se interessa por bebês? É importante que a criança tenha contato com outras
crianças?
Podemos observar que o interesse dos bebês por crianças vai aumentando na 1.ª infância. O contato
com outras crianças, principalmente após o 1.º ano, afeta o desenvolvimento cognitivo e psicossocial.
Outro aspecto a enfatizar diz respeito a assistência diurna e seu impacto sobre o desenvolvimento da
criança. Os novos estudos indicam a assistência diurna de boa qualidade parece ter impacto positivo
sobre o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Parecem indicar também que a assistência
diurna não é prejudicial, a menos que seja de má qualidade, instável ou extensiva, e esteja
combinando com uma educação insensível por parte da mãe.
Outro aspecto a ser destacado é a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erik Erikson. Ele discute
que o desenvolvimento da personalidade é afetado por fatores biológicos e sociais ou por variáveis
pessoais e situacionais. Divide o desenvolvimento da personalidade em oito estágios psicossociais
durante todo o ciclo vital e, em cada um deles, identificou uma crise determinada. Cada fase de
desenvolvimento tem a sua crise ou momento decisivo particular que exige alguma mudança no
comportamento ou na personalidade. Embora cada conflito nunca venha a desaparecer
completamente, o indivíduo pode responder à crise de maneira negativa ou positiva; neste último caso
ele consegue enfrentar com sucesso os conflitos dos próximos estágios.
O primeiro estágio desenvolvimental proposto por Erikson corresponde à criança de zero a dezoito
meses aproximadamente o qual denominou Confiança versus Desconfiança.
A confiança é um acompanhamento natural para um forte relacionamento de apego com um pai ou
uma mãe que proporciona comida, calor e o conforto da proximidade física. Caso a confiança
predomine, as crianças desenvolvem a “virtude da esperança”: a crença de que as suas necessidades
serão atendidas assim que forem manifestadas.
Mas se uma criança for negligenciada, ou seja, não tiver suas necessidades básicas atendidas, poderá
desenvolver uma sensação de desconfiança, insegurança e ansiedade. As crianças verão o mundo
como hostil e imprevisível e terão dificuldade para formar relacionamentos íntimos.
Portanto, o desenvolvimento social tem início com o estabelecimento de um relacionamento emocional
íntimo entre o bebê e seu principal cuidador.
Esse relacionamento intenso e duradouro é chamado apego.
John Bowlby, um influente teórico do apego humano, partiu da teoria etológica e supôs que a raiz da
personalidade humana está nos primeiros relacionamentos na infância.
Os comportamentos de apego que incluem sorrir, fazer contato visual, chamar a outra pessoa, tocar,
agarrar-se, chorar, entre outros, são eliciados quando o indivíduo precisa de cuidados, amparo ou
conforto.
Os padrões de apego podem ter implicações de longo prazo sobre o desenvolvimento; por exemplo, as
crianças seguramente apegadas parecem ser socialmente mais hábeis, mais curiosas e persistentes
em novas tarefas.

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A partir das experiências iniciais, o indivíduo vai desenvolvendo modelos funcionais internos, ou seja,
trata-se de um modelo mental que as crianças usam para guiar suas interações sociais presentes e
futuras.
Os modelos da infância não são imutáveis, embora tendam a ser levados adiante, continuando a
modelar e a definir as experiências como adulto. Tal conceito também ajuda na compreensão dos
motivos pelos quais a mesma experiência parece ter efeitos tão variados sobre diferentes adultos.
No tocante ao relacionamento social das crianças dessa faixa etária com outras crianças evidencia-se
que o interesse por outra criança aumenta ao longo da primeira infância, especialmente após os doze
meses. Nesse período, há o brincar paralelo, quer dizer, as crianças brincam sozinhas, mas mantêm
um profundo interesse no que as outras crianças estão fazendo. Na brincadeira social simples (15-18
meses), as crianças se envolvem em atividades similares, falam, sorriem ou trocam brinquedos entre
si.
Essas trocas interacionais horizontais favorecem o desenvolvimento cognitivo e psicossocial das
crianças.

Atividades recomendadas:

1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos discutidos.

2) Faça uma leitura cuidadosa do Quadro 6-1 (Papalia, 2009) e, em seguida, levante as principais
questões sobre como a depressão da mãe pode afetar na regulação mútua.

3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:

Uma preocupação central hoje entre os pais é encontrar um meio de, mesmo a distância, criar um
vínculo afetivo com seus filhos. Júlia esteve com seu filho no primeiro mês de vida, quando
amamentou, mas logo em seguida, precisou voltar ao trabalho, o que fez diminuir muito o contato
entre mãe e filho. Seu filho ficou então sob os cuidados da avó paterna, com quem passava a maior
parte do tempo. Agora, o filho de Maria tem seis meses e ela quer saber com quem seu filho está mais
apegado e por quê.
Considerando a situação, qual das alternativas abaixo parece responder melhor a dúvida de Júlia:
A) O apego, para se formar necessita mais do que as primeiras experiências do começo da vida, e vai
se firmando quando o bebê está próximo dos seis meses. Portanto, o bebê está mais apegado à avó
paterna.
B) Certamente o bebê está apegado à mãe, pois desde o útero, o vínculo se estabelece e se mantém.
C) O primeiro mês cria experiências significativas capazes de estabelecer um vínculo definitivo entre
mãe e bebê.
D) O bebê não cultiva nenhum laço afetivo com a mãe, devido ao abandono que sofreu.
E) O bebê está mais apegado à avó paterna, pois é comum a formação de um laço afetivo logo depois
que a criança sofre uma separação.

A alternativa correta é a (A), porque apesar das ligações estabelecidas durante a gestação, das
experiências vividas no primeiro mês, o apego se consolida, ou seja, vai ser firmado após inúmeras
experiências mútuas. Cabe destacar que quando uma pessoa está apegada ela tem um sentimento
especial de segurança e conforto na presença do outro e pode usar o outro como uma “base segura” a
partir da qual explora o resto do mundo.
Bowlby enfatiza sete características, mas neste caso, as quatro primeiras já são suficientes para
justificação da resposta.
1.ª Especificidade – O comportamento de apego é dirigido para um ou alguns indivíduos específicos,
geralmente em ordem clara de preferência.
2.ª Duração – O apego persiste, geralmente, por grande parte do ciclo vital.
3.ª Envolvimento emocional – Muitas das emoções mais intensas surgem
durante a formação, manutenção, rompimento e renovação de relações de
apego.
4.ª Ontogenia – O comportamento de apego desenvolve-se durante os
primeiros nove meses de idade de vida dos bebês humanos. Quanto mais
experiências de interação social um bebê tiver com uma pessoa, maior são as probabilidades de que
ele se apegue a essa pessoa. Por essa razão, torna-se a principal figura de apego de um bebê aquela
pessoa que lhe dispensar a
maior parte dos cuidados maternos. O comportamento de apego mantém-se

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ativado até o final do terceiro ano de vida; no desenvolvimento saudável, torna-se, daí por diante,
cada vez menos ativado.

Exercício 1:

Betina é um bebê de uma semana, que nasceu a termo, de parto normal. Seu apgar foi 9 de 10, o que
indica que se trata de um bebê saudável. Em casa a mãe conversa com Betina, brinca com ela, coloca-
a no colo quando chora. Pede para que o pai converse com o bebê. O pai faz o que a mãe pede, mas
não se sente muito à vontade, pois acha que, como os bebês não entendem nada, Betina pouco se
beneficiará dessa comunicação verbal.

Assinale a afirmativa referente ao desenvolvimento do recém-nascido:

A)
Embora Betina seja um bebê de fato saudável, ela não compreende o que está sendo dito. Conversar
com o bebê faz sentido para os pais mas não para o bebê.

B)
Embora Betina não compreenda o sentido das palavras, a voz humana é ouvida por ela e tem início,
assim, um processo de desenvolvimento de discriminação dos sons.

C)
A audição e a visão são habilidades perceptuais ainda não desenvolvidas no recém-nascido.

D)
O pai está equivocado: mesmo o bebê não escutando, o pai deve interagir com ele.

E)
O bebê não ouve a altura da voz humana, só ouve sons mais altos e mais agudos. Portanto, conversar
com o recém-nascido não prejudica seu desenvolvimento, mas também não o incentiva. É a partir dos
três meses que essa habilidade começa a desenvolver-se.

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Exercício 2:

O desenvolvimento emocional da criança ocorre desde os promeiros contatos com as pessoas que cuidam
dela. Nos primeiros meses de vida do bebê é possível dizer que:

A)
o desenvolvimento emocional ocorre independentemente do ambiente: ele é inato.

B)
o desenvolvimento emocional ocorre somente se o bebê não for frustrado e o ambiente responder
positivamente a todos os seus apelos.

C)
as frustrações fortalecem o bebê: quanto mais frustrado, mais estruturado psiquicamente ele estará.

D)
o desenvolvimento emocional do bebê ocorre também a partir das frustrações.

E)
a frustração é prejudicial ao desenvolvimento emocional em qualquer etapa da vida da criança.

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Exercício 3:

Do nascimento aos dois anos de idade ocorrem mudanças significativas no desenvolvimento infantil.
Durante essa fase são feitas muitas aquisições. Considerando esse aspecto e aquilo que você já estudou sobre o
tema, leia as afirmações abaixo que estão relacionadas a esta questão e depois assinale a alternativa correta.

I - Durante essa fase o desenvolvimento ocorre por meio de todos os órgãos de sentido.
II - Os comportamentos reflexos com os quais a criança nasce vão desaparecendo e cedendo lugar
aos comportamentos adquiridos.
III - Nos primeiros anos de vida, a principal tarefa da criança é conhecer o mundo e a si própria por
meio da percepção.
IV - O potencial de aprendizagem da criança é inato, portanto independe de um ambiente facilitador.
V - A área motora desenvolve-
e primeiro; o desenvolvimento de outras áreas só pode ser observado depois dos dois anos.

São falsas as proposições:

A)
II e III.

B)
I e IV.

C)
III e IV.

D)
III e V.

E)
IV e V.

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Exercício 4:

Bebês recém-nascidos, em sua grande maioria, já estão com seus sistemas nervosos centrais
bastante desenvolvidos, além de uma organização muscular e óssea capaz de responder a exigências
básicas de movimento que preparam o organismo a uma ordem cada vez maior de complexidade.

Analise as afirmativas abaixo e assinale a única incompatível com o enunciado.

A)
No desenvolvimento da ação de agarrar com precisão, o movimento ulnar antecede todos os outros.

B)
O movimento de pinça, que caracteriza ações de precisão, é antecedido por movimentos palmares
mais amplos.

C)
Ao aprender a caminhar, o bebê primeiro adquire controle dos movimentos separados de braços,
pernas e pés antes de juntar esses movimentos para o primeiro passo.

D)
Para aquisição de habilidades motoras básicas os bebês precisam passar por um exaustivo programa
de aprendizagem, aspecto fundamental para que novas aquisições ocorram.

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E)
O sistema de ação, no desenvolvimento motor, compreende combinações complexas de habilidades
mais simples previamente adquiridas.

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Exercício 5:

Compreender o desenvolvimento de um apego seguro do bebê em relação ao seu cuidador é


fundamental. Este apego proporciona efeitos significativos e de longo prazo a respeito de uma participação
ativa da pessoa em relação ao mundo – principalmente a respeito da aquisição de referenciais de
valores sociais e autoestima.

Indique quais das afirmativas abaixo têm sentido compatível com o enunciado.

I O apego seguro com o cuidador corresponde a mais interações positivas, independência e iniciativa.
II Afeto e cuidado por parte da mãe são elementos irrelevantes, visto que o bebê possui participação
ativa na relação – e nesse sentido poderá modificar qualquer condição desfavorável a si.
III A constituição afetiva da criança terá pouca ou nenhuma interferência em relação à forma de afeto
dos pais.
IV Ao se considerar a substituição da pessoa com quem o bebê estabeleceu as primeiras alianças
afetivas, é imprescindível que a nova referência dê uma assistência de continuidade e consistência
para a relação.
V A mútua regulação de afeto entre bebê e cuidador compreende que o humor do cuidador afeta o
humor da criança.

São compatíveis as afirmativas

A)
II, III e IV.

B)
I, II, IV.

C)
I, III, e V.

D)
II, III e V.

E)
I, IV e V.

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Exercício 6:

A literatura atual sobre habilidades dos bebês reúne grande número de evidências sobre suas
características, fortalecendo a hipótese de que estes são ligados ao ambiente desde o começo de sua
gestação e ganham consciência de seu corpo por percepções amodais e multimodais, como mostraram
Seidl de Moura e Ribas (2004). Quando um bebê é capaz de reconhecer pelo tato um brinquedo que
anteriormente apenas enxergou, dizemos que possui uma habilidade perceptual complexa, conhecida
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como transferência modal cruzada.

Uma criança que apresenta essa habilidade deve ser capaz de

A)
utilizar a informação sensorial vinda do lado contrário à fonte sonora.

B)
integrar informações visuais de várias fontes.

C)
integrar informações de vários sentidos.

D)
combinar informações de tato e cheiro.

E)
utilizar as informações que vêm de seu cuidador.

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Exercício 7:

Para se compreender o processo de desenvolvimento humano, é preciso considerar uma infinidade


de elementos. Na medida em que se ampliam os estudos, amplia-se também uma nova diversidade
de aspectos que define, desde os primórdios do nascimento, a complexidade do assunto.

Sobre os neonatos, identifique a única afirmativa incompatível com o período acima.

A)
O processo de aprendizagem de habilidades motoras precisa ser intensificado para o bebê aprender
a engatinhar.

B)
O movimento ulnar compreende o agarramento com a mão inteira.

C)
A esperança é a virtude que o neonato busca desenvolver.

D)
Para o bebê, o apego tem valor adaptativo.

E)
Os bebês possuem um papel ativo na sua relação com o mundo.

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Exercício 8:

O crescimento físico aumenta dos três aos seis anos, porém mais lentamente do que durante a primeira
infância. Os meninos são em média ligeiramente mais altos e pesados do que as meninas. O desenvolvimento
motor avança rapidamente; as crianças progridem em habilidades motoras gerais e refinadas e na coordenação
entre olhos e mãos.

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Analise o texto e as afirmativas que seguem:

Aos três anos, Davi sabia caminhar em linha reta e saltar uma pequena distância. Aos quatro anos, ele podia

dar alguns pulos com apenas um dos pés. Aos seus cinco anos, ele já seria capaz de:

I dar um salto de quase 90 centímetros e andar cinco metros com apenas um dos pés. Isto

é possível pois na segunda infância há grandes progressos nas habilidades motoras gerais

II abotoar camisas e desenhar figuras em perspectiva, fruto do amadurecimento das habilidades

motoras finas.

III vestir-se sem muita ajuda, copiar um quadrado ou triângulo e desenhar uma pessoa com

um pouco mais de elaboração.

Assinale a alternativa que contempla afirmativas referentes aos fatos passíveis de observação em
crianças da idade mencionada.

A)
I e II.

B)
II e III.

C)
I e III.

D)
I.

E)
II.

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