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Aluno: Ismael Rodrigues Ferreira

Tríade Vitruviana

Venustas, firmintas, utilitas . Com estes princípios Vitruvio torna a


arquitetura algo palpável ao alcance do resultado pela excelência destas
qualidades.
Segundo este ponto de vista, uma construção passa a ser chamada de arquitetura
quando, além de ser firme e bem estruturada (firmitas), possuir uma função (utilitas) e
for, principalmente, bela (venustas). Há que se notar que Vitrúvio contextualizava o
conceito de beleza segundo os conceitos classicos. Portanto, a venustas foi, ao longo
da história, um dos elementos mais polêmicos das várias definições da arquitetura.

Marcos Vitrúvio Polião (em latim, Marcus Vitruvius Pollio) foi


um arquiteto romano que viveu no século I a.C. e deixou como legado a obra "De
Architectura" (10 volumes, aprox. 27 a 16 a.C.), único tratado europeu do período
grego-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração a diversos
textos sobre Arquitetura e Urbanismo, Hidráulica, Engenharia, desde o Renascimento.
Os três pontos da tríade vitruviana
– utilidade (utilitas), beleza (venustas) e estabilidade (firmitas)
não deixaram de estar presentes, apenas são lidas hoje num contexto
muito diverso do original da época em que o tratado foi escrito. Mais
do que isso, muitas novas preocupações são adicionadas a cada um dos
três pontos, levando em consideração o entendimento da edificação
como um sistema inserido em um ambiente complexo, com trocas e
realimentações constantes.
Utilidade
Muito além de um levantamento estático de programa de necessidades calcado
num momento histórico único, a flexibilidade da edificação, permitindo
alterações a baixo custo para demandas que ainda não existem, é exigência atual
para a longevidade do edifício. são consideradas as relações custo x
benefício, as quais vão muito além do aspecto financeiro. Custos
psíquicos, de tempo, de conflitos, etc. são confrontados a benefícios de
versatilidade e adaptabilidade.

Beleza
Sem falar na mudança de padrões estéticos da sociedade, ainda há muita a se
dizer sobre outros fatores de forma, em especial aos associados aos processos de
produção. Por diversos motivos (inclusive pelos acima citados, no que tange à
exigência do mercado), existe forte necessidade de customização de produtos. E,
pelo lado da produção, a evolução tecnológica tem permitido uma customização
tão profunda que chega ao limite do one to one (feito quase que sob
encomenda). Exemplo são os carros da Tesla. Padrões culturais atuais e
regionalizados misturam-se à globalização, influências culturais massificadas,
telecomunicação em tempo real, conectividade global, redes sociais e formam
um momento único em termos de exigências e interpretações da forma física.

Estabilidade
Deixar um edifício fisicamente em pé não é segredo há séculos. Mas deixar
o empreendimento edifício estável em todas as suas dimensões (econômica,
social, cultural, etc.) é cada vez mais difícil. Numa época em que a própria
existência humana se torna cada vez mais instável e volúvel, o nomadismo
urbano é crescente, e a colocação do edifício enquanto objeto transacionável na
sociedade de mercado passa a ser um desafio. Condomínios antigos cujas
edificações físicas não possuem sequer uma trinca podem ter programas de
necessidades ultrapassados e restringirem as possibilidades de modernização de
sua gestão a ponto de reduzirem seu valor de mercado a um nível tão baixo que
passa a ter valor negativo.
Referências:
https://ricardotrevisan.com/
2017/11/28/a-triade-vitruviana-no-
seculo-21/
https://issuu.com/lima.kcs/docs/
triade_vitruviana
https://medium.com/jusbrasil-
design/a-tr%C3%ADade-
vitruviana-aplicada-a-produtos-
digitais-564e57f53da

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