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Fonética Forense

Ana Carolina F. Moraes N°USP:


Natalia Teixeira Cayres N°USP:
A fala e a fonética
• Principal meio de comunicação da
humanidade
• Sons prelinguísticos evoluem até
palavras mais complexas e
avançadas
• Traços linguísticos são marcados
pelo ambiente de sua formação,
indicando pistas de seu perfil e sua
esfera social
Fisiologia da fala
• Lábios, mandíbula e língua, mas só?
• 3 sistemas colaboram para a fala:
respiratório, laringeal e supralaringeal

• 80 músculos configurando o aparato vocal


Fisiologia da fala
Se são os mesmos músculos, porque existem palavras em outras línguas
que não conseguimos pronunciar?

Francês: Alemão: Russo:


Es-tu fadigué? Ich verstehe nicht я не говорю по-рýсски
/ja ni.gɐ.va. rjú
pɐ.pɐr.tu.gálj.ski/

Você está cansado? Eu não entendo Não falo russo


No Brasil
• Caso Magri (1992) – por falta de peritos, foi necessário buscar ajuda nas
universidades!

• Caso PC Farias (1996) – evidência suicida ou falsa evidência?

• Marco inicial de identificação de voz no Brasil: 1994 – Seminário de


Fonética Forense (INC)
Verificação do Locutor
• Escolha de palavras, como o discurso está organizado, ritmo e relação
fonética → pistas do falante
• origem regional, social, nível intelectual, estado emocional, faixa etária

• Análise – como é feita?


• Duas falas são comparadas para saber se foram produzidas pelo mesmo
falante
• Os métodos utilizados para a analise são o perceptual e o acústico.
• O uso de cada método pode variar dependendo das condições do
material de análise
Estudos da fala – como funciona?

Acústica Perceptual
• Ponto de vista da física do • Revela propriedades do falante
fenômeno do som e sua percepção como formação cultural e social,
pelo ser humano levando em conta o contexto
fonético onde a fala é produzida
• Analise importante, pois a audição
humana nem sempre consegue
captar os estímulos vindos da fala
Exames
Exame Acústico Exame Perceptual
• Mede frequência, intensidade de
energia e tempo, registrando-os • Usado para determinar traços do
eletronicamente em sistema de falante, através de seleção de
processamento e análise acústica. aspectos de fala para comparação
com traços de outro locutor

• Analisa todos os efeitos sonoros que • Observa aspectos do tipo:


o aparelho fonador produz segmentais, fatores paralinguísticos,
dialetais, fatores fisiológicos, etc.
Exames
Exame acústico
Aparelhagem
• Equipamentos para processamento de sinais de áudio: são sistemas de
processamento de sinais onde são introduzidos sinais, gerando gráficos e
resultados matemáticos.
• Conversor analógico-digital

Pré-ênfase e
Amostragem Quantização
Filtragem
Lei nº 9.296 - Lei das Interceptações de
Comunicações telefônicas
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em
investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e
dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em
sistemas de informática e telemática.

Art. 2º Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer


qualquer das seguintes hipóteses:
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da
investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade
manifesta, devidamente justificada.
Lei nº 9.296 - Lei das Interceptações de
Comunicações telefônicas
Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação,
dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização.
§ 1° No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será
determinada a sua transcrição.
§ 2° Cumprida a diligência, a autoridade policial encaminhará o resultado da interceptação ao
juiz, acompanhado de auto circunstanciado, que deverá conter o resumo das operações
realizadas.
§ 3° Recebidos esses elementos, o juiz determinará a providência do art. 8° , ciente o
Ministério Público.

Art. 7° Para os procedimentos de interceptação de que trata esta Lei, a autoridade policial
poderá requisitar serviços e técnicos especializados às concessionárias de serviço público.
Lei nº 9.296 - Lei das Interceptações de
Comunicações telefônicas
Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o
inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério
Público ou da parte interessada.
Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo
facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.

Art. 10° Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou


telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não
autorizados em lei.
Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Bibliografia

Braid, Antonio César Morant. Fonética Forense. 2ªEd.Campinas,SP:


Millennium, 2003

Lei Nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm. Acesso em: 17 nov.
2019
Exemplo de dado da análise fonético-acústica. Disponivel em
https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Exemplo-de-dado-da-analise-fo
netico-acustica-a-producao-da-palavra-casa_fig14_316997554 . Acesso em: 17
nov. 2019

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