Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O reforço de solos com as fibras de coco, obtida através da casca, é uma prática
de baixo custo, valoriza o resíduo, versatiliza o uso do fruto, além da clara contribuição
para o meio ambiente com a diminuição do descarte indevido. Como exemplo, cita-se
BOLAÑOS (2013) que adicionou as fibras de coco a um solo argiloso e observou um
aumento na resistência ao cisalhamento dos materiais fibrossolos em comparação ao
solo puro e OLIVEIRA JR. (2018) que verificou o efeito da inclusão das fibras de coco
no solo, concluindo que para até 1% de fibra de coco, houve ganhos de coesão e ângulo
de atrito.
Deste modo, este trabalho faz-se necessário por visar contribuir com o estudo
das vantagens e possíveis fraquezas do uso da aplicação das fibras de casca de coco e de
PET em estruturas geotécnicas, além de apoiar o decrescimento dos resíduos
descartados indevidamente no município de Teresina ao sugerir uma possibilidade de
aplicação das fibras, flexibilizando oportunidades para os subprodutos decorrentes.
Objetivos
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Resíduos Sólidos
Como bem pontua LOPES (2003), o lixo ocupa cada vez mais espaço nos
aterros, contribuindo para um aumento de gastos público devido ao volume que gera
uma rapidez no preenchimento dos aterros. Os aterros classificam-se em: Aterro
comum, que segundo JARDIM (2018), é uma forma imprópria de destinação dos
resíduos sólidos, que se caracteriza por descartar os resíduos diretamente sobre o
solo, sem nenhuma precaução quanto à saúde ao meio ambiente; Aterro Controlado,
é o aterro comum adaptado, coloca-se diariamente uma cobertura de material inerte
que não soluciona os problemas de poluição originados dos resíduos, pois não leva
em consideração os mecanismos de formação de líquidos e gases (LIMA, 2004);
Aterro Sanitário, que segundo a NBR 10004, consiste na técnica de disposição de
resíduos sólidos no solo, sem ocasionar problemas ou riscos à saúde pública.
Uma ótima interação entre o reforço e as fibras pode ser auxiliadas por
algumas características das fases. VENTURA (2009) pontua que o reforço tem
que ser mais forte e possuir maior rigidez que a matriz, além de afirmar que a
rigidez do reforço aliada à ductilidade da matriz forma uma interface que
contribui para uma boa interação entre as fases. Nesse contexto, CALLISTER
JR. (2012) expõe a importância de uma matriz com baixa ou nula ductilidade
para que haja um satisfatório desempenho do compósito.
Grande parte das fibras naturais são de origem vegetal, mas também
podem ser originárias de animais ou de até de humanos como, por exemplo,
a lã e os fios de cabelo. O uso deste tipo de fibra caiu em desuso devido ao
grande avanço tecnológico no desenvolvimento de novos materiais, mas vem
voltando ao foco de pesquisas devido ao baixo custo, relativa abundância,
baixo grau de complexidade de processamento e à nova onda da busca de
materiais sustentáveis (COELHO, 2008).
α- HEMI-
FIBRA LIGNINA CINZAS EXTRATIVOS
CELULOSE CELULOSE
Piassava 31,6 - 48 - -
Rami 80 - 85 3,0 - 4,0 0,5 - 6,4
Sisal 60 - 75,2 10,0 - 15,0 7 – 12 0,14 - 0,87 1,7-6,0
Banana 11
P
Coco 45
Juta 8
Linho (flax) 10
P
Rami 7,5
Sisal 20
• Fibras de polipropileno
• Fibras de polietileno
• Fibras de Poliéster
• Fibras de carbono
• Fibras de Vidro
• Fibras de amianto
GUSMÃO (2020)