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Edição: Paolla Oliver
Assistente editorial: Natália Chagas Máximo
Tradução: Cassandra Gutiérrez
Preparação: Lígia Azevedo
Revisão: Luciana Araujo
Capa e design: Pamella Destefi
Imagem de capa: Fuse/Getty Images
ePub: Pamella Destefi
Título original: Rule
© 2012 Jennifer M. Voorhees.
© 2015 Vergara & Riba Editoras S/A
vreditoras.com.br
Todos os direitos reservados. Proibidos, dentro dos limites
estabelecidos pela lei, a reprodução total ou parcial desta
obra, o armazenamento ou a transmissão por meios
eletrônicos ou mecânicos, fotocópias ou qualquer outra
forma de cessão da mesma, sem prévia autorização escrita
das editoras.
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Crownover, Jay
Na sua pele [livro eletrônico] / Jay Crownover; [tradução
Lavínia Fávero]. – 1. ed. – São Paulo: Vergara & Riba Edit-
oras, 2015. – (Série homens marcados; v. 1)
2,6 Mb; ePUB.
15-01132 CDD-813
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Rule
Shaw
Rule
A . Como é
SEMANA NO ESTÚDIO FOI UMA LOUCURA
Shaw
Rule
Shaw
–P ARA DE ME OLHARassim!
Fiquei brincando com uma mecha de cabelo
e ajeitei o cachecol no pescoço. O Rome es-
tava me encarando como se quisesse entrar
na minha cabeça, e eu não estava gostando
nem um pouquinho daquilo. Ignorei as lig-
ações dele o domingo inteiro porque ainda
estava tentando entender o fato de que tinha
enchido a cara e exigido que o Rule tirasse
minha virgindade. E também porque estava
toda dolorida por causa da bebida e das ac-
robacias na cama. Tive prova na segunda-
feira e trabalhei no último turno. Na terça-
feira, fui pro trabalho voluntário no hospital
infantil e aguentei um jantar pavoroso com
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Rule
– E a calcinha?
A Shaw encolheu os ombros e se mexeu
um pouco quando meus dedos brincaram
com as partes quentes e delicadas do corpo
dela.
– Esses jeans são praticamente pintados
no corpo. Por menor que fosse a calcinha, ia
marcar. Não usar nada era a única saída.
– Nunca pensei que você fosse desse tipo.
Ela falou meu nome, quase sem fôlego,
quando enfiei os dedos naquele calor úmido.
Curvou o corpo inteiro contra o meu, e se-
gurei a Shaw pelas costas pra continuar no
comando da situação. A fricção entre meu
toque e as calças tava fazendo a mina tremer
toda nos meus braços, e eu sabia que era só
uma questão de tempo até gozar na minha
mão.
– Você é sempre tão certinha. Quem ia
imaginar que existia uma mina tão safada
escondida aí dentro?
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Shaw
Que droga.
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Hummmmmmm…
Quê?
O quê?
Merda.
Valeu.
Você tá bem?
Eu também. Bjs.
Rule
Shaw
Rule
Shaw
– Tô só esperando alguém.
– Bom, você pode sentar ali, se estiver es-
perando algum cliente.
Coloquei o cabelo atrás da orelha e inclinei
a cabeça pro lado, olhando pra ela com
atenção.
– Na verdade, estou esperando o Rule.
Agora que ela estava olhando para mim,
consegui ver que seus olhos eram bem difer-
entes. Um era castanho escuro, e o outro,
entre verde e azul. A garota suspirou, aper-
tou os olhos e disse:
– Como falei pra maria-tatuagem, o Rule
tá ocupado. Se quer falar com ele, tem que
marcar hora como qualquer outro cliente.
Soltei uma risadinha abafada sem querer e
respondi:
– Maria-tatuagem? É assim que vocês
chamam essas garotas?
A menina ficou surpresa com minha per-
gunta e falou:
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– Tá bom.
O Rule me deu um beijo na bochecha e
voltou para a mesa, onde o cliente estava es-
perando. Olhei para a Cora e fiquei vermelha
quando me dei conta de que ela estava sor-
rindo como o gato de Alice no País das
Maravilhas.
– Então é assim, é?
Dei uma piscadinha. Ela pegou minha mão
e me puxou para trás do balcão, me empur-
rando na outra cadeira de couro, que estava
escondida.
– Assim como?
A Cora girou a cadeira pra ficar de frente
pra mim e me encarou.
– Ele é todo sexy e perturbado, mas tam-
bém sabe ser doce e fofo. Não sabia que o
cuzão do Rule tinha esse lado. Você transfor-
mou o cara num ser humano.
Era a segunda vez que ela falava mais ou
menos a mesma coisa, mas tive que esperar
atender uns telefonemas para perguntar:
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Rule
– Que tá acontecendo?
Limpei a garganta e tentei disfarçar.
– Nada. Por quê?
Só que aquela era a Shaw, e conhecia min-
has mentiras melhor do que ninguém. Foi
até a beirada da cama, pôs a cerveja no
criado-mudo e insistiu:
– Porque você ficou no chuveiro uma
eternidade e já tinha tomado banho de man-
hã. Alguma coisa te assustou, e você saiu cor-
rendo. Quero saber o que foi.
Pensei em mentir, falar que ela tava vendo
coisas, mas no fim sabia que tinha que me
abrir e rezar pra Shaw não surtar por eu ser
tão emocionalmente zoado.
– Isso tudo – sacudi a mão entre nós dois
– é tão fácil, tão simples, que às vezes eu
piro. Não tô acostumado a ser normal,
comum, isso me deixa nervoso. Passei a vida
inteira só tentando ter uns momentos de
prazer passageiro, me sentir bem. E, agora
que me sinto bem o tempo todo porque tô
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Shaw
Rule
– Não.
– Tem certeza?
Fiz uma careta e respondi:
– Sim. Tenho certeza de que a gente não
brigou. Você só entrou aqui pra encher meu
saco ou quer alguma coisa?
– Tá tentando mudar de assunto?
Xinguei meu irmão e me virei na cadeira,
ficando de costas pra ele.
– Se você veio só me incomodar, vou ter-
minar esse desenho que preciso fazer pra um
cliente.
– Recebi alta hoje. O médico de Carson me
ligou faz um tempinho. Isso significa que vou
levantar acampamento no começo da sem-
ana que vem.
Virei na cadeira de novo. O Rome tava
tentando parecer relaxado, mas dava pra ver,
pela boca e pelos olhos do cara, que tava
tenso.
– E seu ombro vai aguentar?
– Foi isso que disseram.
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Não é mesmo.
Boa noite.
Houve uma longa pausa, e achei que ela
não fosse responder. Mas, depois de uns
cinco minutos, meu celular fez barulho de
nova mensagem.
Tô com saudade, Rule.
– Oi.
Ela me deu um sorrisinho amarelo, e
minha mãe simplesmente me ignorou.
– Oi. Vamos entrar. Tô congelando – disse
a Shaw.
Ela deixou minha mãe a puxar pra dentro
e uma pontinha de raiva começou a me cutu-
car por dentro. Mas aquela noite especial
não era pra mim, e tentei segurar a onda.
Meu pai me deu um tapinha na nuca e me
sacudiu. Era um gesto que me fazia sentir
com dez anos de idade, o que não deixava de
ser engraçado, por que devo ser uns quinze
centímetros mais alto do que ele.
– Isso vai ser bom pra todos nós, filho. É
só ter um pouco de paciência que a gente vai
ficar bem mais próximo de novo.
– É só um jantar, pai. Não põe a carroça
na frente dos bois.
– Bom, antes de correr a gente precisa
aprender a andar. E todo mundo nessa
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Shaw
– Sempre tento.
Meu carro novo era incrível, não podia
mentir. Roncava como todo bom carro es-
portivo devia roncar, mas encarava bem as
ruas congeladas do centro quando atraves-
sava a cidade para chegar em casa. Fiquei
ouvindo as músicas deprê do Avent Brothers,
falando de corações partidos, o caminho in-
teiro. Era bem depois da meia-noite, num
dia de semana, e não tinha quase ninguém
na rua. Um cachorro latiu em algum lugar,
estava frio e escuro, e tremi sem querer.
Odiava essa parte do trajeto: simplesmente
me caía a ficha de que estava mesmo soz-
inha, de verdade. Dei sorte e encontrei uma
vaga bem na frente do prédio. Voei até o
portão, porque meu uniforme não tinha sido
feito para ser usado na rua, no frio do in-
verno de Denver. Ouvi o “clique” conhecido
da fechadura quando digitei a senha e corri
pra dentro.
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Rule
–E FELIZ ANIVERSÁRIO.
AÍ, CARA?
– Oi – eu disse.
Não foi nada muito eloquente ou
romântico, mas tava difícil não escolher cada
palavra com todo o cuidado, e acho que a
Shaw não ligou. Ela tava tremendo de frio
naquela roupa quase inexistente. Deu um
passo pra trás e disse:
– Entra. Tá frio aí fora.
Fiz o que a Shaw mandou e fiquei aliviado
quando ela foi até a cozinha e me trouxe uma
cerveja. Pelo menos tinha o que fazer com as
mãos e tinha ganhado um minuto pra pôr a
cabeça no lugar.
– Não é lá grandes coisas. Mas é o melhor
presente que deu pra arranjar assim, de uma
hora pra outra. Feliz aniversário.
– Valeu. Você tá… hã… de saída?
Deixei meu olhar de desejo flutuar do topo
daquela cabeça brilhante até a pontinha dos
dedos dela. As unhas estavam pintadas de
vermelho. A Shaw já tinha quase sarado dos
ferimentos e parecia tudo o que eu sempre
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Table of Contents
Página de rosto 1
Página de rosto 2
Créditos
Dedicatória
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
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Capítulo 17
Epílogo
Se essa história tivesse uma trilha sonora,
seria
Sobre mim
Jet
Rome
Na WEB
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