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A natureza das garantias atribuídas ao CT não altera a natureza deste nem a da OT a que corresponda.
Importante na ordenação de preferências entre os créditos, de acordo com sua natureza, nos processos coletivos de
cobrança. Como a garantia dada não altera a natureza tributária do crédito, também não altera sua posição na lista.
Responsabilidade pessoal Todo o patrimônio responde, mesmo que o débito ultrapasse o valor do bem que gerou a dívida.
“Inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do
ônus ou da cláusula”
Exceções:
a) Bens e rendas declarados inalienáveis e impenhoráveis diretamente pela lei (CPC, art. 649)
STJ: A restituição de IR é impenhorável quando a retenção do tributo foi feita em virtude de pagamento de qualquer das verbas
compreendidas no art. 649, inciso IV.
b) Na falência, o CT não mais prefere aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado
Agora, não se pode mais afirmar de maneira ampla e irrestrita que os bens gravados por ônus real respondem pelo crédito
tributário, pois, na falência, tal regra não é mais aplicável.
2. Presunção de fraude na alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo
Presunção absoluta
Única exceção: Quando reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
3. Penhora on-line
É a comunicação on-line da ordem determinando a indisponibilidade dos bens, não sua efetiva penhora, que é efetivada em
momento posterior.
a) Falência
A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos dos quais seja sujeito passivo, na condição de
contribuinte ou responsável.
b) Recuperação Judicial
A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto
nos arts. 151 (suspensão da exigibilidade do CT), 205 (CND) e 206 (CPDEN) do CTN.
Quitação = Regularidade
c) Partilha ou Adjudicação
Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos
aos bens do espólio ou às suas rendas.
d) Licitações e Contratos
A regra é hoje suplantada pelas exigências bem mais rígidas da Lei de Licitações e Contratos (Lei 8.666/1993).
PRIVILÉGIOS
1. Regra geral
O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos
decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
2. Falência e Concordata
0 – Extraconcursais
0 – Importâncias passíveis de restituição
Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e entregue ao devedor nos 15 dias
anteriores ao requerimento de sua falência, se ainda não alienada (Lei de Falências).
STJ – Súmula 307 – A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência, deve ser atendida
antes de qualquer crédito (ESAF 2005).
Importâncias
STJ: “as contribuições previdenciárias descontadas dos salários dos empregados pela massa falida e não
passíveis de
repassadas aos cofres previdenciários devem ser restituídas antes do pagamento de qualquer crédito,
restituição
inclusive trabalhista, porque a quantia relativa às referidas contribuições não integra o patrimônio do
falido”. Para o Tribunal, seria aplicável ao caso a Súmula nº 417 do STF.
Súmula nº 417 do STF: Pode ser objeto de restituição, na falência, dinheiro em poder do falido, recebido em
nome de outrem, ou do qual, por lei ou contrato, não tivesse ele a disponibilidade.
Será considerado como valor do bem objeto de garantia real a importância efetivamente arrecadada com
Créditos com
sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente considerado (Lei
Garantia real
de Falências).
Regras aplicáveis:
Falência
Concordata em andamento na data de entrada em vigor da nova Lei de Falências (Lei nº 11.101/2005).
Contestado o CT
Se concursal Já são naturalmente objeto de execução fiscal
Se extraconcursal O juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total
do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza
e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.
3. Inventário e Arrolamento
São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os
créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário
ou arrolamento.
4. Liquidação judicial
São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de
direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.
Absoluta preferência do CT
Lembrando:
STJ: Tem atribuído responsabilidade pessoal dos sócios no caso de dissolução irregular da sociedade.
A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial,
concordata, inventário ou arrolamento.
STJ: É uma prerrogativa da Fazenda Pública e não uma regra que a vincula. Pode optar pela habilitação.
STJ: Escolhendo um rito, ocorre a renúncia da utilização do outro, não se admitindo uma dúplice garantia.
A ação de execução fiscal é exceção à universalidade dos juízos nos processos colectivos de cobrança.
STJ: Aparelhada a execução fiscal com penhora, uma vez decretada a falência da executada, sem embargo do prosseguimento da
execução singular, o produto da alienação deve ser remetido ao juízo falimentar, para que ali seja entregue aos credores,
observada a ordem de preferência legal.
6. Concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público
ATENÇÃO
Quando (e se) chegado o momento da quitação dos créditos tributários, em não sendo suficientes os recursos restantes
para o pagamento de todas as pessoas jurídicas de direito público, mesmo sem a existência de múltiplas penhoras sobre
o mesmo bem, devem ser seguidas as regras do concurso de preferência.
Mas aconselha-se que sejam consideradas verdadeiras as afirmativas no sentido de que a aplicação das regras do
concurso de preferência dependem da existência de penhoras concomitantes sobre o mesmo bem.