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Eja 2 205 404
Eja 2 205 404
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Índice
Título Página
Biologia
Aula 01 – Citologia 207
Aula 02 – Seres Unicelulares, Pluricelulares e Acelulares 211
Aula 03 – Divisão Celular 212
Aula 04 – Estrutura do DNA e Estrutura do RNA 215
Aula 05 – 1ª Lei de Genética ou 1ª Lei de Mendel 218
Aula 06 – 2ª Lei de Genética ou 2ª Lei de Mendel 223
Aula 07 – 3ª Lei de Genética ou Lei Morgan 225
Aula 08 – Teorias Evolucionistas – Hipóteses de Lamarck e Darwin 228
Aula 09 – Ecologia – Cadeia Alimentar – Teia Alimentar 230
Aula 10 – Ecologia – Níveis Tróficos e Ciclos Biogeoquímicos 235
Aula 11 – Relações entre os Seres Vivos 245
Aula 12 – Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e AIDS (ou SIDA) 246
Aula 13 – A Diversidade dos Seres Vivos 248
Aula 14 – Reino Metaphyta (Reino Vegetal) 251
Aula 15 – Organização dos Seres Vivos 267
Aula 16 – Reprodução dos Seres Vivos 269
Aula 17 – Anatomia – Fisiologia Humana e Histologia 271
Aula 18 - Glândulas 280
Aula 19 – Reprodução Humana 285
Aula 01 – Citologia
SUMÁRIO
Conceito
Corte de uma célula
Estudo da célula
Componentes celulares
1 - Membrana plasmática ou Membrana Celular
a) Fagocitose
b) Rinocitose
2 - Citoplasma
3 - Retículo Endoplasmático
4 - Complexo de Golgi
5 - Lisossomos
6 - Centríolos
7 - Vacúolos e inclusões
8 - Mitocôndrias
9 - Plastos
10 - Núcleo
ESTUDO DA CÉLULA
Fig. 1 - Ultra – estrutura de uma célula animal típica.
Observar o grande número de mitocôndrias, as membranas
do retículo endoplasmático, as cisternas do Complexo de
Golgi, os ribossomos que produzem proteínas, o centríolo
que participa da divisão celular, o lisossomo que efetua a
digestão intracelular, as especializações da plasmalema e os
demais componentes celulares. Notar o aspecto
tridimensional da célula.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Introdução
Os seres vivos são constituídos por unidades vivas fundamentais denominadas células. Portanto
podemos definir célula como a unidade morfológica de todo e qualquer ser vivo. Os vírus formam
exceção à regra. A maioria das células são vistas com o auxílio do microscópio. As células são
constituídas basicamente por três componentes: membrana, citoplasma e núcleo.
Citoplasmática ou plasmática
Matriz citoplasmática ou hialoplasma
Membrana
Retículo Agranular ou liso, granular
Endoplasmático ou ergastoplasma
Ribossomos
Célula Complexo de Golgi
Orgânulos Lisossomos
Centríolo
Citoplasma Vacúolo
Mitocôndria
Plastos leucoplastos
cromoplastos
Cariolinfa ou nucleoplasma
Núcleo Cromossomos
Nucléolo
COMPONENTES CELULARES
4 - Complexo de Golgi
É um conjunto de sacos achatados e empilhados no citoplasma. Ao conjunto de 4 a 5 sáculos
dá-se o nome de dictiossomo. Sua constituição química é lipoprotéica. Sua função principal é
armazenamento e secreção de substâncias. As substâncias secretadas podem ser enzimas, hormônios,
lipídios, etc...
5 - Lisossomos
São pequenas vesículas cujo interior contém enzimas digestivas, formadas provavelmente do
Complexo de Golgi. Estão presentes na maioria das células vegetais. Sua função está relacionada com
os processos de digestão intracelular. Tem um papel importante nos glóbulos brancos, que são os
responsáveis pela defesa do organismo. Os lisossomos que se formam a partir do complexo de Golgi
são os primários. O lisossomo primário funde-se ao pinossomo ou ao fagossomo (bolsa contendo a
partícula alimentar) e forma o lisossomo secundário ou vacúolo digestivo. O lisossomo secundário, após
a digestão é denominado corpo residual, pois passa a conter resíduos, eliminados por Clasmocitose
(egestão de partículas).
6 - Centríolos
Cada centríolo é constituído por dois cilindros perpendiculares entre si. Cada cilindro possui
nove conjuntos de 3 túbulos, dispostos em círculo. Dentre os seus constituintes químicos encontramos
o DNA, que permite a autoduplicação. São encontrados nos animais e nos vegetais inferiores. Os
centríolos estão relacionados com os processos de divisão celular (em torno deles forma-se o aparelho
mitótico) e movimentação celular (formam os cílios e flagelos).
Os cílios e flagelos se diferenciam pelo número, tamanho e tipo de movimento.
7 - Vacúolos e inclusões
Vacúolos são bolsas dentro do citoplasma. Surgem de vesículas do retículo ou se formam pela
fagocitose e pinocitose. Após a fagocitose encontramos vacúolos digestivos nas células animais.
Vacúolos contráteis são encontrados em protozoários, para eliminar o excesso de água que
neles penetra. Nas células vegetais, há um grande vacúolo central. Sua função é de armazenamento de
reservas e a osmorregulação.
As inclusões são estruturas não vivas, em forma de cristais, encontradas no citoplasma.
8 - Mitocôndrias
Encontramos nas células com respiração aeróbica (que se utilizam do oxigênio para respirar).
São formadas por duas membranas lipoprotéicas. A externa é contínua e lisa e a interna emite várias
expansões para o interior da mitocôndria. Essas expansões são denominadas cristas mitocondriais e a
parte amorfa (sem forma) entre elas constitui a matriz mitocondrial. As mitocôndrias apresentam forma
esférica ou em bastonete. Elas tem capacidade de autoduplicação por possuírem na sua constituição
DNA. Nas mitocôndrias ocorre a respiração celular.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
9 - Plastos
São orgânulos encontrados apenas nos vegetais. Podem ser: leucoplastos (incolores) e
cromoplastos (coloridos). Os leucoplastos têm função de armazenar e formar grãos de amido. O
cromoplasto mais importante é o cloroplasto pois contém a clorofila. Os cloroplastos são responsáveis
pela fotossíntese. Eles apresentam forma oval e internamente um sistema de membranas (lamelas)
mergulhado em um material, o estroma. As lamelas formam pilhas de vesículas achatadas chamadas
grana. Cada disco da pilha denomina-se granum. A substância fundamental para a realização da
fotossíntese é a clorofila. A clorofila é um pigmento fotossensível (sensível à luz). Absorve intensamente
a radiação vermelha e a azul. Refletem radiação verde, vindo daí a sua cor. Existem dois tipos
fundamentais de clorofilas: a clorofila a e a b. Esses dois tipos diferem entre si por absorverem
comprimentos de onda luminosa diferentes.
A principal fonte energética para os seres vivos constitui-se na energia solar.
A fotossíntese é um mecanismo especial para transformação de energia luminosa em energia
química. Por este mecanismo os vegetais clorofilados produzem matéria orgânica (glicose) a partir de
matéria inorgânica (CO e HO). A equação simplificada da fotossíntese é:
10 - Núcleo
É uma estrutura geralmente esférica que fica mergulhada no citoplasma. O núcleo está
envolvido por uma membrana, denominada carioteca que o separa do citoplasma. Dentro do núcleo
existem um ou mais nucléolos, uma parte líquida, que é a cariolinfa e os cromossomos. A carioteca é
uma membrana lipoprotéica. Apresenta em sua extensão poros denominados “anulli”. Pelos anulli
passam substâncias do núcleo para o citoplasma e vice-versa. Os nucléolos são estruturas mais densas
e ricas em RNA. Os cromossomos são fios muito finos e longos constituídos por DNA, RNA e proteínas.
Os fios estão esticados (não condensados) quando a célula não está se dividindo (interfase). Na
interfase certas regiões dos cromossomos encontram-se sempre condensadas. Essas regiões são
chamadas de heterocromatina e a parte não condensada de eucromatina. Durante a divisão celular o
cromossomo se condensa, tornando-se mais espesso. A região denominada eucromatina se condensa
muito mais do que região denominada heterocromatina. A heterocromatina vai então corresponder a
regiões mais estreitas, as constricções. Todo cromossomo possui centrômero. O centrômero localiza-se
numa constricção denominada primária.
Essa estrutura é importante para a divisão celular. De acordo com a posição do centrômero os
cromossomos são classificados em:
a) Metacêntrico
Quando o centrômero se localiza na região média do cromossomo.
b) Submetacêntrico
Quando o centrômero se encontra um pouco deslocado da região mediana.
c) Aerocêntrico
Quando o centrômero está quase na extremidade do cromossomo.
d) Telecêntrico
Quando o centrômero for terminal.
SUMÁRIO
Seres unicelulares
Seres pluricelulares
Seres acelulares
virus
Como você já estudou, as células são as menores estruturas organizadas que formam um
organismo.
Atualmente, com o avanço das pesquisas celulares, descobriu-se que cada ser vivo é formado
por um número diferente de células. Sendo assim, os seres vivos podem ser divididos em: Unicelulares
e Pluricelulares.
SERES UNICELULARES
São formados por apenas uma célula. Exemplo: bactérias, protozoários e alguns fungos.
SERES PLURICELULARES
São formados por mais de uma célula. Exemplo:alguns fungos seres do reino vegetal e seres do
reino animal.
7.1 - BIOLOGIA
211
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
SERES ACELULARES
Os vírus não possuem célula.
Estes "organismos" não estão inseridos em nenhum dos grandes reinos dos seres vivos, daí a
necessidade de serem estudados à parte. Suas principais características são:
1. não possuem estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.).
2. são formados basicamente por uma cápsula protéica denominada capsômero ou capsídio que
contém em seu interior um só tipo de ácido nucléico. Alguns vírus mais complexos podem apresentar
também lipídios e glicídios presos à cápsula. A informação genética de um vírus é seu ácido nucléico,
que pode ser DNA ou RNA, nunca ambos. Todos os vírus de uma mesma família apresentam o mesmo
tipo de ácido nucléico. Chamamos de retrovírus os vírus que possuem RNA como material genético.
SUMÁRIO
Conceito
Cromossomo
Cromátides
Cromátides irmãs
Gene dominante
Gene recessivo
Divisão celular
Mitose (fases)
Meiose (fases)
Gametogênese
Espermatogênese
Ácidos nucléicos (DNA/ RNA)
DIVISÃO CELULAR
Há dois tipos de divisão celular: Mitose e Meiose.
Mitose: na mitose uma célula diplóide (2n) dá origem à duas células também diplóides e geneticamente
iguais à célula-mãe. A mitose constitui-se na forma de reprodução mais comum entre os organismos
unicelulares. Nos organismos pluricelulares a mitose promove o crescimento e a reposição de células
perdidas.
Atenção:
Organismo celular: formado por uma única célula. Exemplo: ameba e bactéria;
Organismo pluricelular: formado por muitas células. Exemplo: árvores, peixes e humanos.
O período que antecede a mitose é a interfase.
1 - Interfase:
os cromossomos se duplicam
2 – Mitose – suas fases em relação aos cromossomos:
a) Prófase (Pró=antes)
espiralização dos cromossomos.
b) Metáfase (meta=depois)
cromossomos no máximo da espiralização. Os cromossomos estão duplicados.
C) Anáfase (ana=separação)
migração dos cromossomos irmãos para os pólos da célula.
d) Telófase (telo=final)
desespiralização dos cromossomos (descondesação).
Ocorre a formação de duas células diplóides (2n).
2 – Meiose I – Na meiose uma célula diplóide (2n) dá origem a 4 células haplóides (n). A meiose é
observada nos órgãos de reprodução. Antes da mitose ocorre a interfase.
Fases da meiose em relação aos cromossomos
a) Prófase I:
- Leptóteno (leptos=fino, delgado)
cromossomos iniciam a condensação, tornando-se visíveis.
- Zigóteno (zigou=emparelhamento)
pareamento de cromossomos homólogos (sinapse)
- Paquíteno (pachys=espesso, grosso)
“crossing-over” (recombinação gênica): fenômeno durante a qual as cromátides homólogas, porém não
irmãs, se entrelaçam, sofrem quebras e ocorre troca de genes, aumentando a variabilidade de genética
das espécies.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
- Diplóteno (diplos=duplos)
formam-se os quiasmas.
separação dos cromossomos homólogos.
- Diacinese (dia=através / cinese=movimento)
nucléolos começam a desaparecer.
terminalização dos quiasmas.
desaparecimento da carioteca.
Separação dos cromossomos já com segmentos trocados.
b) Metáfase I :
- Cromossomos migram para o equador da célula e atingem condensão máxima.
c) Anáfase I ;
- cromossomos migram para os polos da célula.
d) Telófase I :
- descondensação dos cromossomos, surgem dois núcleos e ocorre a citose que é a divisão do
citoplasma, cada um com seu núcleo.
- formação de duas células n. Antes da Meiose II ocorre um período curto de movimento
inbtercinese.
Meiose II
a.1 Prófase II :
- condensação dos cromossomos.
- formação do fuso aeromático.
b.2 Metáfase II :
- cromossomos na linha equatorial da célula.
- União dos cromossomos às fibras do fuso.
b.3 Anáfase II :
- divisão dos centrômeros com separação de cromátides-irmãs.
b.4 Telófase II :
- descondensação dos cromossomos.
- Formação de 2 células n.
Atenção: Você, ao estudar a divisão celular, deve ter notado que:
a mitose é uma divisão simples que dá origem a 2 células iguais;
a meiose é uma divisão dupla que dá origem a 4 células iguais.
Logo:
a) na mitose o número de cromossomos da célula continua o mesmo;
b) na meiose o número de cromossomos se reduz a metade.
É muito importante você entender os processos de divisão celular porque, por exemplo, no caso
dos seres humanos a mitose dá origem às células dos órgãos e a meiose dá origem às células
sexuais ou gametas.
VEGETAL
A divisão é dita anastral (sem formação do áster) e acêntrica (sem centríolos) nos vegetais
superiores. A divisão do citoplasma (citoconese) é centrífuga, pois ocorre por deposição da pectina do
centro para a periferia da célula.
Atenção: áster ou astrofera é um conjunto de fibrilas radiantes.
NOTA: fibrilas são fibras muito pequenas.
ÁCIDOS NUCLEICOS
São compostos importantes por estarem ligados à transmissão das características hereditárias.
São encontrados em todos os seres vivos. Os ácidos nucléicos mais importantes são:
DNA – ácido desoxirribonucleico
RNA – ácido ribonucléico
SUMÁRIO
Estrutura do DNA
Bases nitrogenadas
Detalhe da “Escada” do DNA
Autoduplicação do DNA
Duplicação do DNA
Estrutura do RNA
Código Genético e Síntese Protéica
Aminoácidos
Principais diferenças entre DNA e RNA
ESTRUTURA DO DNA
BASES NITROGENADAS
Bases Púricas são moléculas formadas por dois anéis.
Bases Pirimídicas são moléculas formadas por um único anel.
As bases púricas do DNA são: Adenina e Guanina.
As bases pirimídicas são: Timina e Citosina.
A pentose é a desoxirribose.
A molécula do DNA se parece com uma escada de corda torcida. Cada degrau da escada é
constituído por 2 bases nitrogenadas, que se ligam por pontes de hidrogênio. Os pares possíveis de
bases nitrogenadas são:
ADENINA – TIMINA (A-T)
CITOSINA – GUANINA (C-G)
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Os degraus estão ligados entre si por dois corrimãos formados por moléculas de desoxirribose
ligadas a moléculas de ácido fosfórico.
NUCLEOTÍDEO: - base nitrogenada.
Molécula de pentose.
Ácido fosfórico.
NUCLEOSÍDIO: - base nitrogenada.
Molécula de pentose.
O DNA – é um polinucleotídio pois é constituído por muitos nucleotídios.
AUTODUPLICAÇÃO DO DNA
A molécula de DNA se autoduplica por ação da enzima
polimerase. Essa enzima provoca a abertura da molécula pelo
desligamento das bases nitrogenadas. Com a abertura em dois
corrimãos novos nucleotídeos a ela se ligam. Essa ligação obedece
a ordem A-T e C-G. Ao final do processo de duplicação temos duas
novas moléculas. Cada nova molécula é formada por uma fita nova e
a outra proveniente da molécula - mãe.
DUPLICAÇÃO DO DNA
1) DNA se abre
2) Novos nucleotídios encaixam-se aos 2 corrimãos abertos.
3) Forma-se uma nova molécula de DNA, idêntica a molécula –
mãe.
ESTRUTURA DO RNA
O RNA tem estrutura semelhante ao DNA. O RNA é constituído por uma única hélice (o DNA é
formado por duas). Ele tem como bases:
Bases púricas : Adenina (A)
Guanina (G)
Bases pirimícas: Uracila (U)
Citosina (C)
O RNA é produzido pelo DNA, que serve de molde.
A molécula de RNA, depois de formada se desprende da hélice do DNA. As duas hélices do
DNA se ligam novamente.
Há 3 tipos de RNA :
1. RNA ribossômico (RNAr):
É o da cadeia mais longa e mais pesada.
Faz parte dos ribossomos e provém dos nucléolos.
2. RNA mensageiro (RNAm):
Forma-se no núcleo e prende-se aos ribossomos. Leva ao citoplasma as ordens do DNA na
síntese protéica. Apresenta cadeia e peso molecular menores que os do RNAr.
3. RNA transportador (RNAt):
Ou RNA solúvel (RNAs):
Com menor peso molecular e cadeia mais curta. É formado no núcleo e constitui-se no
anticódon da síntese protéica.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
SUMÁRIO
Genética
Mendelismo
1ª Lei de Mendel
Ausência e dominância
Alelos múltiplos
Grupo sangüíneo do sistema A B O
Reação antígeno – anticorpo ou aglutinação
Transfusões sanguíneas
Tipos de transfusões possíveis no ser humano
Herança do sistema A B O
Fator RH (Rhesus)
Talassemia
Calvície
GENÉTICA
Genética é a parte da biologia que estuda a hereditariedade. O conjunto das características
morfológicas, fisiológicas e comportamentais de um indivíduo é chamado de fenótipo. A estrutura, o tipo
sanguíneo, cor dos olhos e tipo de cabelo são algumas características que constituem o fenótipo.
Genótipo é o conjunto de todos os genes do indivíduo. Esses genes ele recebeu de seus pais através
dos gametas.
Vamos recordar alguns itens da citologia:
No cromossomo duplicado, cada um dos filamentos é denominado cromátide. Quando duas
cromátides estiverem ligadas pelo mesmo centrômero, são chamadas cromátides – irmãs.
Ao longo do cromossomo estão os genes. Os genes são regiões do DNA que se constituem nas
informações hereditárias dos seres vivos. São eles, que controlam o funcionamento celular
determinando as características do indivíduo. A região do cromossomo onde se encontra o gene é
chamada de lócus gênico.
Nas células, normalmente,os cromossomos estão dispostos aos pares. Os cromossomos
pareados são iguais em forma e tamanho e são chamados de homólogos. Eles apresentam a mesma
seqüência de lócus gênico. As células que possuem pares de cromossomos homólogos são
denominadas diplóides (2n).
Quando uma célula possui apenas um cromossomo de cada par é chamada de haplóide (n).
Genes que ocupam o mesmo lócus gênico em cromossomos homólogos e determinam a mesma
característica são chamados de genes alelos.
Gene dominante é aquele que basta estar em dose simples para manifestar a característica por
ele determinada.
Gene recessivo é aquele que precisa estar em dose dupla para manifestar a característica por
ele determinada.
Quando os genes alelos forem idênticos, o indivíduo é homozigoto para este par de alelos. Se os
genes alelos forem diferentes ele será heterozigoto para esse par.
MENDELISMO
O estudo da genética que obedece às 1ª e 2ª Leis de Mendel é chamado Mendelismo. Mendel
realizou um série de experiências que deram origem a Genética. Mendel usou nos experimentos ervilha
pelos seguintes motivos:
1) são de fácil cultivo;
2) a autofecundação é um processo natural;
3) há grande produção de sementes;
4) o seu ciclo de vida é curto;
5) as características são bem visíveis e contrastante.
A flor usada é conhecida como “Maravilha”, cujo nome científico é Mirabilis jalapa.
Ausência de Dominância
No estudo da herança dos caracteres entre os seres vivos, encontramos alguns caracteres
determinados por genes com ausência de dominância e recessividade entre eles e são também
chamados de codominantes. Ocorrência: cor da flor da planta “maravilha” (Mirabilis jalapa).
Existem dois genes alelos codominantes, representados por CV e CB.
GENÓTIPOS FENÓTIPOS
V V
C C vermelha Veja: não era dominância
pois se misturar os
B B
C C branca genótipos vermelho e
e branco nascem flores
B V
C C rosa de cor rosa.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
ch ch ch h ch a chinchila
c ,c ,c ,c ,c ,c
h h h a himalaia
c c ,c c
albino
a a
c c
Embora a questão da hereditariedade seja geralmente bem mais complicada do que o
cruzamento de ervilhas, Mendel havia se deparado com um princípio genético fundamental. Tão logo as
descobertas de Mendel foram cruzadas com a biologia da célula, a genética emergiu como um novo
campo. Com o melhoramento dos microscópios, os biólogos foram capazes de observar que as células
se reproduzem dividindo-se em duas, e que cada célula resultante herda metade de cada cromossomo
do original. Em meados de 1870, foi também descoberto que, quando um espermatozóide fertiliza um
óvulo, os cromossomos se combinam.
Essas duas observações juntas explicam o mecanismo básico da hereditariedade. Os "fatores"
de Mendel foram eventualmente renomeados de genes, e descobriu-se que cada par de cromossomos
em uma célula carrega vários pedaços de informação genética. De um modo geral, a genética abriu
caminho para uma linha darwiniana modificada: a evolução se processa algumas vezes por mutação
súbita, com as novas características sendo passadas geneticamente, mas principalmente pela variação
genética natural (recombinação de genes). Em cada caso, a natureza "seleciona" as mudanças
favoráveis à sobrevivência e rejeita as mudanças que não são para melhor (como são geralmente as
mutações radicais).
A A B B
AB
HERANÇA DO SISTEMA A B O
a
I = condiciona a síntese do aglutinogênio “A”
Ib = condiciona a síntese do aglutinogênio “B”
i = não condiciona a síntese de aglutinogênios
Ia e Ib têm dominância completa em relação ao gene i. Entre outros, porem, há ausência de
dominância que é expressa: Ia = Ib > i
7.1 - BIOLOGIA
221
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Fenótipos Genótipos
Grupo A Ia I a, Ia i
Grupo B Ib I b, Ib i
Grupo AB Ia I b
Grupo O ii
FATOR RH (RHESUS)
Forma um outro sistema de grupos sanguíneos no homem independente do Sistema A B O.
Descoberto por Landsteiner e Wiener em 1937. É determinado por um par de alelos, R e r, sendo R
dominante sobre r.
TALASSEMIA
A talassemia é um tipo de anemia humana provocada por gene letal “M”. Os indivíduos
homozigotos “MM” são severamente atacados (talassemia maior anemia severa), enquanto os
heterozigotos “Mm” com talassemia menor, são apenas portadores da anemia.
Considerando-se:
“M” – gene para a talasemia – (letal)
“m” – gene para normal
Tem-se :
P: Mm x Mm
G: M,m M,m
M m
F1 = M MM Mm O indivíduo “MM” são portadores de talassemia maior
m Mm mm
Curiosidade:
Freqüência de grupo sangüíneo A B O:
Raças O A B AB
Negros 51 % 28 % 19 % 2%
Brancos 48 % 42 % 8% 2%
Chineses 30,7 % 25,1 % 34,2 % 10 %
Índios americanos 97,4 % 2,6 % - -
CALVÍCIE
Este caráter é condicionado por um gene dominante “C” em relação ao seu alelo recessivo “c”
para a condição normal.
Como se trata de herança influenciada pelo sexo, os heterozigotos serão calvos ou não,
dependendo do sexo.
SEXO GENÓTIPO FENÓTIPO
MASC CC CALVO
MASC Cc NORMAL
MASC Cc CALVO
FEM CC CALVO
FEM Cc NORMAL
FEM Cc NORMAL
SUMÁRIO
2ª Lei de Mendel
Determinação do sexo
Proporções Genotípicas e Fenotípicas
Convenções usadas nos problemas sobre genética humana
Genótipo
Fenótipo
Nota para lembrar
Gametas
Genoma
Célula haplóide
Célula diplóide
Célula triplóide
GENÉTICA
2ª LEI DE MENDEL
Mendel analisou a herança de dois caracteres simultaneamente. Observou por exemplo cor e
forma das sementes.
Partiu de plantas de sementes amarelas e lisas homozigotas que foram cruzadas com plantas de
sementes verdes e rugosas homozigotas. Em F obteve apenas indivíduos com sementes amarelas e
lisas. Concluiu que o caráter semente amarela era dominante sobre verde, e lisa sobre rugosa.
Ocorreram nas seguintes proporções respectivamente 9:3:3:1
P: amarelo liso x verde rugoso
VVRR vvrr
Gametas: VR vr
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Nota para lembrar: Você sabe que gametas são as células sexuais, logo nos seres
humanos, possuem 23 cromossomos, pois são células haplóides possuem um
genoma.
Genoma é o conjunto de cromossomos encontrados em uma célula.
A célula haplóide (n) possui um genoma.
A célula diplóide (2n) possui dois genomas.
A célula triplóide (3n) possui três genomas (exemplo: banana).
A cor dos olhos, a cor e o tipo de pele, tipo de cabelo, etc., são características do fenótipo que
dependem do genótipo. Tudo depende da herança genética.
Genótipo: conjunto de genes de um indivíduo.
Fenótipo: aparência de um indivíduo resultante de seu genótipo e do meio ambiente.
DETERMINAÇÃO DO SEXO
Em muitas espécies as células masculinas e femininas apresentam diferenças num par de
cromossomos são chamados de CROMOSSOMOS SEXUAIS. Em outras espécies os sexos são
diferenciados na célula por ausência de um dos cromossomos sexuais. Os sistemas de determinação
de sexo são:
a) Sistema XY : além dos autossomos (cromossomos não relacionados com o sexo ) os
indivíduos apresentam um par de cromossomos sexuais. O sexo feminino é Homogamético (XX),
produz um só tipo de gameta. O sexo masculino é Heterogamético (XY), produz dois tipos de
gametas. Ocorre em muitos mamíferos, como por exemplo na espécie humana.
b) Sistema XO : o sexo feminino é homogamético (XX). O sexo masculino é heterogamético (XO)
. Os machos possuem apenas um cromossomo sexual. Ocorre em algumas espécies de insetos.
c) Sistema ZW: o sexo feminino agora é heterogamético (ZW) e o masculino homogamético (ZZ).
Ocorre em algumas espécies de insetos e algumas espécies de peixes e aves.
d) Sistema ZO : as fêmeas são heterogaméticas (ZO), possuem apenas um cromossomo sexual.
Os machos são homogaméticos (ZZ). Ocorre em galinha e répteis.
e) Machos Haplóides : a determinação do sexo depende do número de cromossomos. Por
exemplo em abelhas, as fêmeas (operárias e rainhas) são diplóides (2n). Os zangões são
haplóides (n). Eles se originam por partenogênese.
Partenogênese é a forma de reprodução sexual em que um óvulo se desenvolve sem ter havido
fertilização. Ocorre em algumas plantas e em alguns invertebrados.
1 2
♀
?
- - sexo masculino
- - sexo feminino
- sexo desconhecido
- gêmeos
- casamento consangüíneo
♀ - morto na infância
SUMÁRIO
Herança ligada ao sexo
Aberrações cromossômicas humanas
Cariótipo
a) Síndrome de Down ou Mongolismo
b) Síndrome de Turner
c) Síndrome de Klinefelter
Apontamentos importantes
1- Linkage
2- Crossing – over
3- Genótipo
4- Fenotipo
7.1 - BIOLOGIA
225
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
É determinada pelos genes que se encontram na região do cromossomo X que não tem
correspondência no Y. O sexo masculino portanto apresenta apenas um gene, e não um par de genes,
que determina a característica.
Esse gene se encontra no cromossomo Y e ele é considerado homozigoto. O sexo feminino é
homozigoto ou heterozigoto. Possui dois cromossomos X, cada um com um gene da característica.
Exemplo: na espécie humana:
a) DALTONISMO: é condicionado por um gene recessivo ligado ao sexo. O gene para visão normal é
dominante. Representa-se o gene para daltonismo por d e o gene que condiciona a visão normal por D.
Na tabela abaixo, estão representados os possíveis genótipos e fenótipos.
Genótipo Fenótipo
XD XD ♀ - normal
XD Xd ♀----- normal
Xd Xd ♀--------- daltônica
XD Y ♂--------------- normal
Xd Y ♂ --------------------- daltônico
b) HEMOFILIA: o indivíduo hemofílico tem dificuldades na coagulação do sangue. O gene para
hemofilia é recessivo e se encontra na região do cromossomo X não homólogo ao Y.
Herança restrita ao sexo: é determinada por genes que se encontram na região do cromossomo
Y sem correspondência no X. Esses genes são chamados
de Genes Holândricos. Ocorrência: na espécie humana a
presença de pêlos longos nas orelhas é chamado de
hipertricose: só ocorre nos homens.
Os genes que se encontram nas regiões
homólogas dos cromossomos X e Y,determinam
características chamadas parcialmente ligadas ao sexo.
Os genes holândricos são exclusivos do
cromossomo Y, só ocorrem nos indivíduos de sexo
masculino e passam de geração em geração, sempre pela
linhagem masculina.
Como já sabemos o sexo na espécie humana está
determinado pelos cromossomos sexuais X e Y. As
mulheres são homogaméticas (XX) e os homens são
heterogaméticas (XY). Se no momento da concepção um
óvulo X e une com um espermatozóide X, o zigoto resultará em uma mulher. Se um óvulo X se une com
um espermatozóide Y, dará um homem.
Apontamentos Importantes
1 – “Linkage”, ligação fatorial ou vinculagem: quando, durante a meiose da formação dos gametas
(gametogênese) os genes situados no mesmo cromossomo passaram juntos para o mesmo gameta.
Nesse caso o indivíduo, mesmo sendo heterozigoto produz somente dois tipos de gametas.
2 – “Crossing-over”ou permuta: quando se desfaz, em parte a “linkage”. Dizemos que os seres
resultantes do “crossing-over” são recombinantes.
De modo simplificado, temos:
3 – Genótipo: é o conjunto de gens (ou genes) de um indivíduo.
4 – Fenótipo: é a aparência de um indivíduo resultante do seu genótipo e as interações do meio
ambiente.
NOTA: Agora você sabe porque existem tantos milhões de indivíduos e todos são diferentes entre si
?
7.1 - BIOLOGIA
227
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
SUMÁRIO
Evolução biológica
Lamarckismo – Teoria de Lamarck
Lei do uso ou desuso
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos
Darwinismo – Teoria de Darwin
Evidências da evolução
Anatomia comparada
Órgãos homólogos
Órgãos análogos
Embriologia comparada
Bioquímica
Fósseis
EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Chama-se evolução biológica as transformações ocorridas nos seres vivos ao longo do tempo ,
originando novas espécies.
Até o século XIX, a ciência não tinha conseguido explicar a evolução das espécies, e a idéia
adotada por vários cientistas importantes era a de que as espécies eram únicas e imutáveis, princípio
chamado fixismo.
O evolucionismo começou a ser cientificamente discutido e comprovado a partir dos trabalhos de
Lamarck e Darwin.
Quanto maior for o número de permutações ocorridas durante a meiose, maior será a
variabilidade de gametas formados e maior a probabilidade de genótipos diferentes.
EVIDÊNCIA DA EVOLUÇÃO
Para explicar como ocorreu a evolução dos seres vivos, os cientistas realizaram um verdadeiro
trabalho de investigação, procurando as evidências do processo evolutivo. Elas são resumidas nos
seguintes itens: anatomia comparada, embriologia comparada, bioquímica e os fósseis.
Anatomia comparada
As semelhanças e diferenças entre as estruturas anatômicas de duas ou mais espécies é feita
pela anatomia comparada. A anatomia comparada leva em conta dois tipos de estruturas: homólogas
e análogas.
Órgãos homólogos São aqueles de espécies diferentes que têm a mesma origem
embrionária, embora possam ter funções distintas. Os membros anteriores do homem, do cão,
das aves e da baleia representam estrutura homólogas. As diferenças entre os órgãos
homólogos devem-se à adaptação a ambientes diversificados, o que ocorreu por radiação
adaptativa. A presença de órgãos homólogos mostra o grau de parentesco entre os seres
vivos aparentemente diferentes, mas que evoluíram de um mesmo ancestral.
Órgãos análogos São aqueles que têm origem embrionária diferente, embora
desempenhem a mesma função. As asas de insetos e as asas das aves são exemplos de
estruturas análogas. O fato de aves e insetos terem asas não significa que ocorra entre eles
algum parentesco, indica apenas um fenômeno chamado convergência adaptativa.
7.1 - BIOLOGIA
229
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Embriologia comparada
Na fase embrionária, os animais de espécies diferentes, quando comparados, mostram uma
grande semelhança. Quanto maior a semelhança entre os adultos de espécies diferentes, mais
prolongada é a fase embrionária. A embriologia comparada permitiu que se descobrisse parentesco
entre espécies que, quando adultas, são muito diferentes umas das outras.
Bioquímica
O estudo dos ácidos nucléicos e das proteínas representa o mais recente e promissor método do
conhecimento da seqüência evolutiva. A quantidade de diferença fornece uma idéia de tempo transcorrido
desde que o antepassado comum se diversificou em duas espécies.
Fósseis
Constituem restos de seres vivos de épocas passadas ou qualquer vestígio deixado por esses seres. O estudo
dos fósseis nos dá as informações sobre a anatomia e o modo de vida de uma espécie extinta. Além disso,
com auxílio do estudo da desintegração e de elementos radioativos, pode-se determinar aproximadamente a
época em que a espécie viveu.
SUMÁRIO
O que é Ecologia – Conceito
Níveis de organização dos seres vivos
Conceitos básicos em Ecologia
Conceito de Ecossistema
Componentes Bióticos de um Ecossistema
Produtores
Consumidores
Decompositores ou Microconsumidores
As cadeias alimentares no Ecossistema
Fluxo de matéria e energia no Ecossistema
Principais tipos de relações ecológicas
Exemplos de Cadeias Alimentares
Teia Alimentar
ECOLOGIA
Imaginemos uma floresta, um campo ou um deserto. Essas regiões abrigam plantas que, como
seres fotossintetizantes, são produtores do alimento que garante, em última análise, a energia biológica
necessária para a subsistência dos diversos tipos de organismos ai presentes. Abrigam, também, os
animais que se nutrem diretamente das plantas e os outros que se nutrem de outros animais. No solo,
uma análise cuidadosa revelaria a presença de um verdadeiro batalhão de microorganismos que se
nutrem de matéria orgânica morta, decompondo-a e transformando-a em sais que constituem a nutrição
mineral dos organismos fotossintetizantes. Observa-se, pois, que todos os organismos citados
estabelecem entre si relações mais ou menos íntimas; a extinção de uma única espécie de seres vivos
pode causar sérios desequilíbrios ambientais, comprometendo a estabilidade dos demais componentes
vivos.
Além de interagirem uns com os outros, os seres vivos dependem das condições do meio em
que vivem. A temperatura, a luminosidade, a disponibilidade de água e o tipo de solo são alguns entre
tantos fatores ambientais que podem influenciar o desenvolvimento da vida em uma determinada
região. As baixas temperaturas e a escassez de luz, por exemplo, são fatores que limitam o
desenvolvimento de uma vegetação exuberante nas regiões árticas, com evidentes reflexos sobre a
vida animal. Os seres vivos, por sua vez, interferem sobre o ambiente, muitas vezes melhorando-o. Um
exemplo disso é uma cobertura de gramíneas que, ao se desenvolverem sobre um terreno desmatado,
protegem o solo contra a ação direta das chuvas, pois com suas raízes, evitam a erosão do solo pelas
enxurradas que removem a camada fértil de húmus.
230 7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
O QUE É ECOLOGIA?
Conceito
Ecologia (do grego ékos=casas. lagos=estudo) é a parte da biologia que se encarrega de
estudar todas as interações dos seres vivos com os outros e com o meio ambiente.
Esta definição abrange todo o objetivo da ecologia. Os seres vivos, que se alimentam de
vegetais. Ou animais como a onça que atacam e devoram outros animais. Existem plantas que atacam
plantas e plantas que atacam animais.
Os exemplos citados ilustram relações dos seres vivos entre si. Contudo, os seres vivos mantêm
relação com o meio em que vivem. É o meio que fornece a animais e plantas a luz, a água, o ar, o solo
de que necessitam para viver. Em síntese os seres vivos mantêm relações entre si e com o meio
ambiente. É o estudo dessas relações que constitui o objetivo da Ecologia.
Organismo
Sistema
Órgão
Tecido
Célula
Protoplasma
7.1 - BIOLOGIA
231
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
O ecossistema é, pois, o conjunto de uma comunidade mais o meio ambiente que a cerca. De
outra maneira, podemos dizer que de um ecossistema fazem parte componentes bióticos (seres
vivos) e componentes abióticos (água, sais, solo, ar, etc) que se inter-relacionam.
O ecossistema é a unidade funcional básica da ecologia. São exemplos de ecossistemas os rios,
os mares, os lagos, as florestas, etc.
g) Biosfera – é a região do planeta que contém todo o conjunto de seres vivos e na qual a vida
é permanentemente possível. Pode ser considerada como o conjunto de todos os ecossistemas.
h) Habitat – é o lugar onde uma espécie pode ser encontrada, isto é, o seu “endereço” dentro
de um ecossistema.
i) Nicho ecológico – é o papel que um organismo desempenha dentro de um ecossistema.
Pode-se considerar o nicho ecológico como a “profissão” da espécie. O habitat de uma espécie
indica onde encontrá-la. Já o nicho informa onde e as custas do que se alimenta a quem serve de
alimento, onde e como se reproduz, etc. Assim, o nicho ecológico diz respeito ao conjunto de
atividades ecológicas que uma espécie desempenha no ecossistema. Ao dizermos que o leão
habita as savanas africanas, estamos nos referindo ao seu habitat. Mas se dissermos que nas
savanas o leão atua como predador devorando grandes herbívoros como a zebra, estaremos
referindo-nos ao nicho ecológico.
CONCEITO DE ECOSSISTEMA
Um ecossistema pode ser definido da forma seguinte: “Ecossistema é o conjunto de
componentes abióticos e bióticos que num determinado meio trocam matéria e energia”.
Trata-se, portanto, de um sistema formado pela comunidade de seres vivos (biótica) e meio
ambiente (abiótico), com suas conseqüentes inter-relações.
O ecossistema não é uma soma de seres vivos e fatores abióticos. Antes ele incluiu uma extensa rede
de relações entre todas as partes da comunidade e do meio ambiente não vivo. Por isso, deve ser
entendido como um sistema de influências mútuas entre os componentes de uma comunidade e desses
com o meio ambiente representado pela água, solo, energia luminosa, gases atmosféricos, etc. A
comunidade que se abriga num ecossistema é chamada biocenose e o meio abiótico em que vive, é
denominado biótopo.
7.1 - BIOLOGIA
233
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
PRINCIPAIS TIPOS DE RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Os principais tipos de relações ecológicas são as colônias, as sociedades, a competição, o
comensalismo, o inqüilismo, o mutualismo, o amensalismo, o predatismo e o parasitismo. A tabela a
seguir apresenta um resumo das relações ecológicas que serão estudadas neste capítulo.
TEIA ALIMENTAR
Quando ocorre uma superposição de cadeias alimentares surge o que denominamos Teia
Alimentar.
SUMÁRIO
Níveis tróficos
Recordação da aula 9
Ciclos biogeoquímicos
Resumo
Ciclo do Nitrogênio
Esquema simplificado do Ciclo do Nitrogênio
Ciclo do Carbono
Esquema simplificado do Ciclo do Carbono
Ciclo do Oxigênio
Nota de fixação
Ciclo da Água
Comunidades e Ecossistemas
Relações entre populações de uma comunidade
Relação harmônica
Relação desarmônica
Influência do homem no meio ambiente e poluição
Poluição e seus efeitos
Poluição química
Poluição biológica
Poluição radioativa
Aquecimento global
Resumo
Conceitos de Ecologia para você lembrar sempre!
NÍVEIS TRÓFICOS
Nas cadeias alimentares estabelecem-se diversos níveis tróficos ou níveis alimentares. Assim
reconhecem-se quatro níveis tróficos: primário, secundário, terciário e quartenário.
O nível primário é aquele em que se encontram os produtores, o secundário é o dos
consumidores de primeira ordem, o terciário é o dos consumidores de segunda ordem, o quartenário é o
dos consumidores de terceira ordem.
De modo geral, podemos afirmar que nos ecossistemas os organismos cujo alimento é obtido a
partir de plantas, através do mesmo número de passagens, pertencem ao mesmo nível trófico.
Os níveis tróficos são os mesmos nos diversos ecossistemas, apesar de se observar variações
quanto a seus componentes.
Uma característica importante de um ecossistema é a sua auto-suficiência, ou seja, depende o menos
possível de outro ecossistema para existir.
Um bom exemplo de ecossistema é um lago. Nele encontramos todos os componentes bióticos
de um ecossistema produtores, consumidores e decompositores.
Os produtores são representados pelas plantas da margem e do fundo. A sobrevivência de todos
os outros seres vivos do lago depende dos compostos orgânicos sintetizados pelos produtores.
Os consumidores primários representados pelos caramujos e por peixes herbívoros (ou de
1ªordem).
Os consumidores secundários são os peixes carnívoros, insetos (ou de 2ª ordem).
Os consumidores terciários são representados por aves da margem (ou de 3ª ordem).
Os consumidores quaternários podem ser representados por peixes grandes que se alimentam
de peixes menores (ou de 4ª ordem).
Os decompositores são bactérias e fungos encontrados principalmente no fundo do lago. Usam
como alimento restos de plantas e animais, obtendo, assim, a energia para os seus processos
vitais. Ao degradarem os compostos que utilizam, devolvem ao ambiente substâncias nutritivas e
minerais que serão novamente utilizadas pelos produtores.
7.1 - BIOLOGIA
235
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Recordação da aula 9
Teias Alimentares
A teia alimentar é o conjunto de cadeias alimentares de uma comunidade.
A cadeia alimentar diz respeito a um dos caminhos pelo qual flui a matéria e a energia no
ecossistema. Já a teia alimentar representa o máximo de relações entre os componentes de uma
comunidade, ou seja, o conjunto de caminhos de transferência de matéria e energia no ecossistema.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
RECICLAGEM DA MATÉRIA
Num ecossistema, o fluxo de energia se processa num único sentido dos produtores para os
consumidores e decompositores. Esse fluxo unidirecional exige um suprimento constante de energia do
meio externo pois parte dessa energia é consumida nos diferentes níveis tróficos.
Assim, o suprimento de energia para os ecossistemas é garantido pelo sol.
Com a matéria isso não ocorre. As substâncias inorgânicas que participam dos ecossistemas
não necessitam de um suprimento constante a partir de uma fonte externa, pois estão em constante
reciclagem, sendo sempre reaproveitados. Dessa forma, ora elas são encontradas nos seres vivos, ora
no meio externo.
Por envolverem os seres vivos (produtores, consumidores e decompositores), os componentes
geológicos e as substâncias químicas do ecossistema, essas reciclagens recebem o nome de ciclos
biogeoquímicos. Na biosfera ocorre uma série de ciclos biogeoquímicos. Destes, destacaremos os
ciclos do nitrogênio, do carbono e da água.
CICLO DO NITROGÊNIO
O nitrogênio é um elemento essencial na constituição de substâncias básicas para os seres
vivos. Cerca de 78% do nitrogênio da Terra é encontrado na atmosfera. Porém como os seres vivos não
têm capacidade de absorvê-lo sob a forma gasosa torna-se necessária sua transformação em sais
nitrogenados.
A formação de sais a partir do nitrogênio gasoso depende, na sua maior parte da ação de algas
azuis e de algumas espécies de bactérias. Esses organismos fixam o nitrogênio do ar e o transformam
em nitratos. Esse processo é denominado fixação do nitrogênio.
Os organismos fixadores de nitrogênio vivem livremente no solo. Algumas espécies de bactérias
vivem em associação íntima com raízes de plantas.
Essa associação assegura as plantas o seu suprimento de nitratos, além de tornar o solo, em
que elas vivem, rico em sais.
Quando os organismos morrem sofrem a ação de certas bactérias que decompõem os
compostos nitrogenados, transformando-os em amônia. Os decompositores também transformam em
amônia a uréia, uma substância excretada pelos seres vivos. Algumas espécies de bactérias
nitrificantes transformam a amônia em nitritos. Outras espécies transformam os nitritos em nitratos.
A absorção de nitrato nos ecossistemas é apenas feita pelos produtores. Com esses nitratos
eles formam compostos nitrogenados, que depois são assimilados pelos consumidores.
A libertação de nitrogênio para a atmosfera é feita através da ação de bactérias desnitrificantes
que agem sobre os nitratos.
Bactérias
Nitratos Nitrogênio
Desnitrificantes
Nitrosomonas Nitrobactérias
Amônio Nitritos Nitrato
CICLO DO CARBONO
Os vegetais fixam o CO2 atmosférico e o carbono é incorporado. Parte do carbono é perdido na forma
de CO2 durante a respiração, outra vai para a crosta terrestre na forma de detritos. Os animais ao
comerem os vegetais incorporam o carbono; o carbono nos animais segue os mesmos caminhos. Os
decompositores podem agir sobre os detritos causando a volta de CO2 à atmosfera. Na crosta terrestre
os detritos podem transformar-se em carvão fóssil, petróleo, etc. Pela combustão dessas substâncias o
CO2 volta à atmosfera.
7.1 - BIOLOGIA
237
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
CICLO DO CARBONO
O carbono é um dos constituintes essenciais das moléculas dos compostos orgânicos. Nos
organismos vivos existem aproximadamente 30% de compostos orgânicos como proteínas, lipídios,
carboidratos, etc. Portanto a reciclagem do carbono é de fundamental importância para a manutenção
da vida animal e vegetal na biosfera.
A única fonte de carbono utilizável pelos seres vivos autótrofos é o dióxido de carbono (CO2)
atmosférico.
O CO2 atmosférico é absorvido pelos autótrofos e usado na síntese de compostos orgânicos.
Estes compostos, pela cadeia alimentar, poderão chegar até aos animais herbívoros e carnívoros. Os
organismos autotróficos e os animais devolvem o carbono na forma de CO2 à atmosfera pela
respiração.
Os autótrofos e os animais, quando mortos, serão degradados pelos organismos
decompositores.
Estes também devolverão o carbono dos compostos orgânicos degradados à atmosfera na
forma de CO2.
A decomposição parcial de animais e vegetais resultará na fabricação de depósitos orgânicos
fósseis ricos em combustíveis como carvão e petróleo. Com a queima do carvão o CO2 pode ser
liberado novamente para a atmosfera.
O CICLO DA ÁGUA
A água é a substância que existe em maior quantidade no corpo dos seres vivos. Além disso,
ela fornece átomos de hidrogênio para elaboração da matéria orgânica.
NOTA DE FIXAÇÃO
As plantas verdes e os animais retiram o oxigênio atmosférico (21%) pela respiração aeróbia e os
animais ainda obtém oxigênio ingerindo vegetais. As plantas verdes devolvem o elemento oxigênio pela
fotossíntese, ou pela respiração, mas sob forma de gás carbônico, sendo este último mecanismo também
realizado pelos animais. Uma parte do oxigênio atmosférico é continuamente fixado por metais. Se não fosse a
fotossíntese todo o oxigênio atmosférico já estaria esgotado assim, impossibilitando a vida aeróbica.
Na natureza, a água é encontrada na forma líquida (oceanos, rios, lagos), sólida (geleiras) e gasoso
(vapor d’água na atmosfera). Os oceanos são maiores reservatórios de água no estado líquido. O calor
do sol permite a evaporação da água que passa a fazer parte da atmosfera. Com a chuva, a água
retorna aos rios, mares e solos. Ela pode permanecer entre as partículas do solo ou infiltrar-se até
alcançar os lençóis subterrâneos. Para obter água a maioria dos animais tem de ingeri-la, já as plantas
terrestres absorvem-na diretamente do solo. Pela respiração e transpiração, os animais e as plantas
eliminam água para o meio físico. Os animais também a eliminam através da excreção (urina, fezes).
Os decompositores adquirem água dos organismos mortos devolvendo-a ao meio físico através
da respiração. Através desses processos a água passa do meio físico para os seres vivos e vice-versa.
Devido ao aquecimento global do nosso planeta pelo sol, a água no estado líquido sofre um
constante processo de evaporação e penetra na atmosfera em forma de vapor. A volta ao estado líquido
ocorre por meio de precipitações, como a neve e a chuva, indo constituir os rios, os lagos que
deságuam nos oceanos. Parte da água precipitada pode ser absorvida pelo solo e pelas raízes das
plantas.
A água retirada do ambiente pelos seres vivos retorna à atmosfera pelos processos de
transpiração.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
COMUNIDADES E ECOSSISTEMAS
Tipos: 1) aquáticas (mares, rios, lagos, oceanos)
2) terrestres (florestas, cerrados, etc.)
Algumas comunidades são estratificadas. Nos vários estratos encontrados observam-se climas
diferentes. Estes constituem nos microclimas. Cada espécie tem o seu ambiente característico. Esse
ambiente é chamado habitat. No seu habitat a espécie tem uma certa função ou posição chamada de
nicho ecológico. A Biosfera é subdividida em Biociclos:
- talassociclo (meio marinho)
- limnociclo (água doce)
- epinociclo (meio terrestre)
Sucessão Ecológica – é o processo de substituição de comunidades numa certa região no correr do
tempo. Numa região estéril estabelecem-se primeiro as espécies pioneiras (líquens). As espécies
pioneiras criam condições para a instalação de comunidades temporárias. No final da sucessão
estabelece-se uma comunidade estável que não é mais substituída. Essa última comunidade é
chamada comunidade clímax.
AQUECIMENTO GLOBAL
O efeito estufa (ou efeito de estufa) é um processo que faz com que a temperatura da Terra seja
maior do que a que seria na ausência de atmosfera. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é
de vital importância pois, sem ele, a vida, como a conhecemos, não poderia existir. O que se pode
tornar catastrófico é um agravamento do efeito estufa que desestabilize o equilíbrio energético no
planeta e origine um maior aquecimento global.
São chamados gases de estufa:
dióxido de carbono : (CO2),
metano (CH4),
gás nitroso (N2O)
CFC´s (CFxClx)
Esses gases absorvem parte da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e
radiam por sua vez parte da energia absorvida de volta para a superfície.
Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que
recebe do Sol e a superfície fica cerca de 30ºC mais quente do que estaria sem a presença dos gases
de estufa.
A influência no aquecimento global acelerado nos últimos 100 anos, esta aumentando o efeito
estufa e tornando-o prejudicial a vida no planeta.
Desmatamento e poluição:causam rapidamente os efeitos indesejáveis sobre a vida na face
terrestre do que a capacidade de reposição planetária.
A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes na
atmosfera. Essa camada impede a dispersão da energia luminosa proveniente do Sol, que aquece e
ilumina a Terra, e também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície do planeta. O
efeito do espessamento da camada gasosa é semelhante ao de uma estufa de vidro para plantas, o que
originou seu nome. Muitos desses gases são produzidos naturalmente, como resultado de erupções
vulcânicas, da decomposição de matéria orgânica e da fumaça de grandes incêndios. Sua existência é
indispensável para a existência de vida no planeta, mas a densidade atual da camada gasosa é devida,
em grande medida, à atividade humana. Em escala global, o efeito estufa agravado provoca o
aquecimento do clima, o que tem consequências catastróficas.
O derretimento das calotas polares e de geleiras, por exemplo, eleva o nível das águas dos
oceanos e dos lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas. O
superaquecimento das regiões tropicais e subtropicais contribui para intensificar o processo de
desertificação e de proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal. A destruição de habitats
naturais provoca o desaparecimento de espécies vegetais e animais. Multiplicam-se as secas,
inundações e furacões, com sua sequela de destruição e morte.
O aumento dos gases estufa na atmosfera, mantida a quantidade de radiação solar que entra no
planeta, fará com que a temperatura aumente nas suas partes mais baixas.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
AS CAUSAS DO AUMENTO DAS EMISSÕES DOS GASES ESTUFA
A fossilização de restos orgânicos (vegetais e animais) ocorreu ao longo da história da Terra,
mas a grande quantidade preservada por fossilização ocorreu a partir do início do período Carbonífero,
entre 350 e 290 milhões de anos antes do presente, em uma forma mais ou menos pura de carbono,
isenta de agentes oxidantes. Este material está preservado sob a forma de carvão mineral. A partir de
cerca de 200 milhões de anos começou a preservar-se o petróleo e o gás natural; estes materiais são
compostos de carbono e hidrogênio. Resumindo, o carbono e o hidrogênio, combustíveis, são isolados
do meio oxidante, preservando a sua potencialidade de queimar em contato com o oxigênio, produzindo
vários gases estufa, sendo o gás carbônico e o metano os mais importantes.
Tanto o carvão mineral quanto o petróleo e o gás natural são chamados, no jargão dos
engenheiros e ambientalistas, de fontes não renováveis de energia. A energia produzida por geradores
eólicos, células solares, biomassa, hidroelétricas etc. são consideradas fontes renováveis.
Com o advento da produção em escala industrial dos automóveis, no início do século XX,
iniciou-se a produção e o consumo em massa do petróleo e, de utilização mais recente, o gás natural na
produção da energia elétrica, aquecimento doméstico e industrial e no uso automotivo.
O processo da queima de combustíveis fósseis, além de criar as condições para a melhoria da
qualidade de vida da humanidade, produz como resíduo inevitável o gás carbônico e outras substância
químicas, também muito poluidoras.
Os gases produzidos pela queima de combustíveis fósseis seguem vários caminhos: parte é
absorvida pelos oceanos e entra na composição dos carbonatos que constituem as carapaças de
muitos organismos marinhos ou é simplesmente dissolvida na água oceânica e finalmente depositada
no assoalho oceânico como carbonatos. À medida que estes animais vão morrendo, depositam-se no
fundo do mar, retirando o carbono, por longo tempo, do ciclo geoquímico. Outra parte é absorvida pelas
plantas que fazem a fotossíntese, tanto marinhas (algas e bactérias) como pelas florestas, reiniciando o
ciclo de concentração e fossilização dos compostos carbonosos, se as condições ambientais locais
assim o permitirem.
O que interessa aqui, no entanto, é que uma parte importante do gás carbônico concentra-se
na atmosfera.
A emissão exagerada de gases causadores do efeito estufa está provocando mudanças
climáticas.
Com o objetivo de diminuir as emissões de gases de efeito estufa, o Protocolo de Kyoto,
assinado por 84 países, determina uma redução de, em média, 5,2%. O debate em torno do protocolo
evidenciou as diferenças políticas entre Europa e Estados Unidos, que mesmo sendo o maior poluidor
do planeta não entrou no acordo."Os europeus vêm sofrendo há décadas com as consequências da
poluição, como as chuvas ácidas, e com episódios climáticos atípicos,como grandes enchentes. Os
países da Europa vêm desnvolvendo alternativas não-poluentes como energia eólica,que já configuram
parte importante da matriz energética de alguns deles" ,diz o geólogo Alex Peloggia, especialista em
política internacional.
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias formas de interações
entre os seres vivos que as formam, denominadas relações ecológicas ou interações biológicas.
Essas relações se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos vivos mantêm entre si.
Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos os seres vivos, ou de
apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são denominadas harmónicas ou positivas.
Outras formas de interações são caracterizadas pelo prejuízo de um de seus participantes em
benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o nome de desarmônicas ou negativas.
Tanto as relações harmónicas como as desarmônicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma
espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre organismos da
mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou homotípicas. Quando as relações
acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou
heterotípicas.
1 Relações intra-específicas
1.1 Sociedades
1.2 Colônias
2 Relações Intra-específicas Desarmônicas
2.1 Canibalismo
3 Relações Interespecíficas Harmônicas
3.1 Simbiose
3.2 Mutualismo
3.3 Inquilinismo ou Epibioses
3.4 Comensalismo
7.1 - BIOLOGIA
243
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
4 Relações Interespecíficas Desarmônicas
4.1 Amensalismo ou Antibiose
4.2 Sinfilia ou Esclavagismo (ou Escravagismo)
4.3 Predatismo
4.4 Parasitismo
4.5 Competição
5 Ligações externas
Ecótono
É a região de transição entre duas comunidades ou entre dois ecossistemas. Na área de
transição (ecótono) vamos encontrar grande número de espécies e, por conseguinte, grande número
de nichos ecológicos.
"Transição entre duas ou mais comunidades diferentes é uma zona de união ou um cinturão de
tensão que poderá ter extensão linear considerável, porém mais estreita que as áreas das próprias
comunidades adjacentes. A comunidade do ecótono pode conter organismos de cada uma das
comunidades que se entrecortam, além dos organismos característicos (Odum, 1972).
Biótopo
Biótopo ou ecótopo (do grego = lugar onde se encontra vida) é uma região que apresenta
regularidade nas condições ambientais e nas populações animais e vegetais, das quais é o habitat.
Para viver, a biocenose depende de fatores físicos e químicos do meio ambiente. No exemplo de
uma floresta, o biótopo é a área que contém um tipo de solo (com quantidades típicas de minerais e
água) e a atmosfera (gases, umidade, temperatura, grau de luminuzidade, etc.) Os fatores abióticos de
um biótopo afetam diretamente a biocenose, e também são por ela influenciados. O desenvolvimento de
uma floresta, por exemplo, modifica a umidade do ar e a temperatura de uma região.
Bioma
Bioma é uma comunidade biológica, ou seja, fauna e flora e suas interações entre si e com o
ambiente físico: solo, água e ar. Área biótica é a área geográfica ocupada por um bioma. O bioma da
Terra compreende a biosfera. Um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes. É
influenciado pelo macroclima, tipo de solo, condição do substrato e outros fatores físicos, não havendo
barreiras geográficas; ou seja, independente do continente, há semelhanças das paisagens, apesar de
poderem ter diferentes animais e plantas, devido à convergência evolutiva.
Um bioma é composto da comunidade clímax e todas as subclímax associadas ou degradadas,
é geralmente identificado pela flora clímax, pela estratificação vertical ou pela adaptação da vegetação.
São divididos em:
1. Terrestres ou continentais
2. Aquáticos
Biosfera
Biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra.
É um conceito da ecologia, relacionado com os conceitos de litosfera, hidrosfera e atmosfera.
Incluem-se na biosfera todos os organismos vivos que vivem no planeta, embora o conceito seja
comumente alargado para incluir também os seus habitats.
O homem, como ser vivo, faz parte da biosfera, e adapta o seu lar da maneira que ele precisar,
causando modificações positivas e negativas à biosfera, como por exemplo a chuva ácida (negativo) e a
agricultura (positivo).
SUMÁRIO
Epidemiologia
Tipos de doenças
Epidemia
Endemia
Pandemia
TIPOS DE DOENÇAS
a) Hereditárias ex: Hemofilia
b) Poluição ex: desequilíbrio do ambiente
c) Doenças de carência ex: vitaminas
d) Infecciosas baixa resistência do organismo facilita a instalação
de microorganismos
e) Doenças degenerativas ex: cardio vascular, artrite
f) Doenças parasitárias ex: contaminação por vermes
Epidemia
É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos que ultrapassam nitidamente a incidência
normalmente esperada de uma doença e deriva de uma fonte comum de infecção.
Endemia
É a prevalência visual de determinada doença em relação a área. A doença permanece
constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre doença e população.
Ex: rubéola, sarampo (inverno), disenteria (verão).
Pandemia
Quando a doença toma grandes proporções, até mesmo mundiais.
Ex: gripe espanhola, peste, gripe aviária.
7.1 - BIOLOGIA
245
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
SUMÁRIO
Gonorréia
Sífilis
Clamídia
Herpes
Vaginites
Condiloma
AIDS
Existe um grupo de doenças que se distinguem pelo fato de serem propagadas principalmente
pelo contato sexual. Sua evolução pode localizar-se apenas no aparelho genital, mas outros órgãos e
regiões do corpo podem também ser comprometidos; daí sua gravidade. Atualmente se observa em
todo o mundo um aumento muito grande no número de casos de doenças, dando origem às vezes a
pequenas epidemias. Isto pode ser atribuído a vários fatores, como:
O uso cada vez mais difundido de pílulas anticoncepcionais , diminuindo o temor de uma
gravidez indesejada e causando o desuso dos preservativos de borracha, que dificultam o contágio.
A liberação sexual e de costumes, o que determina certa “rotatividade” amorosa entre membros
de um grupo, facilitando a transmissão das doenças.
A miséria e falta de oportunidade que levam muitas jovens a se prostituírem, contribuindo na
propagação dessas moléstias.
O sentimento de vergonha ou de culpa que por vezes se manifesta nos indivíduos infectados,
impedindo que procurem o tratamento médico adequado e prolongando a evolução da doença.
O fato de que certas doenças sexuais transmissíveis podem ficar despercebidas , principalmente
nas mulheres, que passam a funcionar como portadoras sãs, podendo contaminar seus parceiros.
Em virtude da grande incidência e de sua distribuição universal, duas doenças deste grupo
merecem maior atenção: a gonorréia e a sífilis.
Gonorréia
Também conhecida como blenorragia, é a mais comum das infecções transmitidas por contato
sexual. É ocasionada por uma bactéria - Neisseria gonorhea – ou gonococos, com baixa resistência ao
meio ambiente. Por isso, apenas raramente a infecção pode dar-se pelo contato com material
contaminado.
O período de incubação é variável, mais freqüentemente entre três e seis dias, passados os quais se
manifesta na uretra uma sensação de ardência e a produção de um corrimento de cor amarela (pus
espesso). Em mulheres, a confusão entre este corrimento e outros existentes anteriormente pode
mascarar a infecção, atrasando o tratamento. Em todo caso, o diagnóstico definitivo só será dado
através do exame da secreção em laboratório, com a identificação da bactéria.
Embora seja um evento raro, a falta de tratamento pode ocasionar complicações extragenitais.
O tratamento é feito com antibióticos.
Sífilis
É uma doença mais grave que a anterior; pois se generaliza no organismo, podendo, se não for
tratada, atingir o sistema nervoso, os pulmões, o coração, o fígado, etc.
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a transmissão se faz por contagio direto, através do
ato sexual e, mais raramente, pelo contato com as lesões da pele dos doentes ou por beijos. A
resistência do micróbio fora do corpo é pequena assim, a possibilidade de contágio por objetos
contaminados é desprezível. A infecção pode ocorrer também através de transfusões sanguíneas.
Outra característica da doença é que ela pode ser congênita, isto é, o filho é contaminado pela mãe
através da placenta, mesmo antes de nascer.
A primeira manifestação da sífilis ocorre duas ou três semanas após a infecção, quando o micróbio já se
espalhou por todo organismo.
SUMÁRIO
Introdução
O modelo atual de classificação
Espécie, subespécie ou raça
Gênero
Família
Ordem
Classe
INTRODUÇÃO
Há milhares de anos, os cientistas decidiram que era necessário classificar os seres vivos. Quer
dizer, organizar os seres vivos em grupos para facilitar seu estudo. Porém, naquele tempo, os cientistas
não tinham aparelhos como o microscópio, que permitem estudar com detalhes como os seres vivos
funcionam por dentro. Assim, no começo da Biologia, os seres vivos eram classificados apenas pela
aparência e pelo seu modo de vida. Por exemplo, as baleias e golfinhos eram classificados como
peixes, pois parecem peixes (pelo menos por fora) e vivem na água como os peixes. Hoje, porém, já
sabemos que, por dentro, as baleias e golfinhos não funcionam como os peixes, e sim como os
mamíferos (como o homem, cachorro, boi, etc.).
Antigamente também se pensava que os seres vivos ou eram plantas ou eram animais. Com o
uso do microscópio foram descobertos os seres unicelulares (formados por apenas uma célula) como
as bactérias e os protozoários, que não se comportam exatamente nem como plantas nem como
animais. Com essas e outras descobertas, as formas de classificar os seres vivos também foram
mudando. Até que, finalmente, chegamos ao modelo atual de classificação.
Mas antes de discutirmos o modelo atual de classificação, há uma coisa muito importante que
deve ser gravada: hoje, para classificar qualquer ser vivo, é importante:
• sua morfologia (aparência ou forma externa);
• sua forma de vida;
• sua anatomia (forma interna);
• sua fisiologia (funcionamento das suas células e órgãos);
• sua reprodução (multiplicação);
• sua embriologia (formação de um novo ser vivo, desde o cruzamento dos pais até o nascimento).
7.1 - BIOLOGIA
249
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Portanto, há três pontos sobre este modelo de classificação que você deve entender e guardar:
1) À medida que caminhamos de um Reino até uma Espécie, a semelhança entre os seres vivos em
cada grupo é cada vez maior.
2) À medida que caminhamos de um Reino até uma espécie, o número de seres vivos em cada grupo
é cada vez menor. Isso ocorre justamente por que o nível de semelhança exigido é cada vez maior.
3) Se dois seres vivos estão em um mesmo grupo, eles podem não ser parecidos o suficiente para
estar juntos também no grupo seguinte. Mas, certamente serão parecidos o suficiente para estar no
mesmo grupo anterior, onde o nível de semelhança exigido é menor. Por exemplo: dois seres vivos
que são parecidos o suficiente para estar no mesmo Filo, podem, ou não, ser parecidos o suficiente
para estar na mesma Classe, onde o nível de semelhança é maior. Mas, dois seres vivos que forem
parecidos o suficiente para estar no mesmo Filo, com certeza estarão também no mesmo Reino,
onde o nível de semelhança é menor.
A semelhança entre os indivíduos em cada grupo é cada vez maior
Nota importante
É importante que você saiba que o método de classificação dos seres vivos também é conhecido
pelo nome de Taxionomia. Por isso, os grupos classificatórios (Reino, Filo. etc.), também podem ser
chamados de táxions ou grupos taxionômicos.
Os 5 reinos atuais
Como dissemos no início, faz vários anos que os biólogos já sabem que os seres vivos não são
apenas plantas ou animais. Pensando nisso, e usando o modelo de classificação que acabamos de
estudar, um cientista norte-americano chamado R.H. Whittaker fez, em 1969, uma proposta. Ele propôs
que os seres vivos poderiam ser divididos em 5 diferentes Reinos. Essa idéia foi aceita e é usada até
hoje. Veja agora quais são esses 5 Reinos:
Reino Monera
Nesse Reino encontramos os seres vivos classificados como bactérias e algas azuis. São
todos unicelulares (formados por uma só célula).
Reino Protista
Nesse Reino encontramos, entre outros, os seres vivos classificados como protozoários e
euglenas. São todos unicelulares.
Nota: euglena é um tipo de protozoário.
Reino Fungi
Nesse Reino encontramos os seres vivos classificados como fungos, cogumelos, bolores ou
mofos e fermentos. Podem ser unicelulares (formados por uma célula) ou pluricelulares
(formados por várias células).
Reino Plantae ou Metaphyta
Também chamado de Reino Vegetal. Aqui encontramos todos os seres vivos que são
classificados como vegetais ou plantas. Podem ser unicelulares ou pluricelulares.
Reino Animália ou Metazoa
Também chamado de Reino Animal. Aqui encontramos todos os seres vivos classificados como
animais. São todos pluricelulares.
SUMÁRIO
Fotossíntese
Respiração
Transpiração e Sudação
Absorção
Transporte de seiva
Órgãos vegetais
Glossário
Raiz (funções)
Caule (funções)
Tipos de caules
Folhas – funções
Nota importante
Modificação das folhas
Tipos de folhas
Vasos condutores de seiva
Flor - funções
Fecundação – Grãos de pólen – Óvulos
Nota importante
Sementes (funções)
Fruto – funções
Nota importante
Movimentos vegetais – tropismos
Glossário
Reino Vegetal – Divisões do Reino Vegetal
Algas
Divisão das algas
Algas verdes
Algas vermelhas
Algas pardas
Nota importante
Briófitas – características
Divisão das Briófitas
Pteridófitas – características
Exemplos de Pterodófitas
Gimnospermas – características
Divisão das Gimnospermas
Angiospermas – características
Divisão das Angiospermas
Monocotiledôneas
Dicotiledôneas
Importância das Angiospermas
Glossário
Começaremos agora a falar sobre o Reino Vegetal, também chamado Reino Metaphyta ou
Reino Plantal.
7.1 - BIOLOGIA
251
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Recordando algumas coisas que já estudamos: os vegetais, que são mais conhecidos
popularmente como plantas, têm algumas características importantíssimas:
• podem ser unicelulares (formados por apenas uma célula) ou pluricelulares (formados por várias
células);
• são todos eucariontes, ou seja, têm células eucarióticas. Células eucarióticas são células com
núcleo individual organizado e várias organelas (retículo, ribossomos, mitocôndrias, complexo de
Golgi, etc.);
• são todos autótrofos clorofilados e fotossintetizantes, ou seja, todas as plantas têm a substância
verde chamada clorofila. Com a clorofila, as plantas realizam fotossíntese. E por meio da
fotossíntese, todas as plantas conseguem produzir os alimentos que fornecem a energia de que
precisam para viver (autótrofo = produzir o próprio alimento). Nas plantas, a clorofila fica dentro
das organelas celulares chamadas cloroplastos.
Nesta aula vamos entender melhor o funcionamento da fotossíntese. Também vamos discutir
outras funções (atividades) realizadas pelos vegetais para sobreviver.
FOTOSSÍNTESE
Como vimos, a fotossíntese é o processo usado pelas plantas para a produção de alimentos que
lhes fornecem energia. Veremos agora alguns detalhes importantes sobre a fotossíntese.
• A fotossíntese é um conjunto de reações químicas. De forma resumida, podemos mostrar a principal
destas reações da seguinte forma:
energia luminosa
6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6H2O +6O2
clorofila
RESPIRAÇÃO
Para aproveitar a energia da glicose, as
células das plantas dependem de uma outra função:
a respiração.
Para retirar a energia de substâncias or-
gânicas (glicose e outros alimentos) as células
vegetais utilizam uma reação química chamada
oxidação. As oxidações, porém, só acontecem na
presença do gás oxigênio (O2). É a reação entre a
glicose e o oxigênio que produz quase toda a energia
que será usada pelas células para sobreviver.
Por outro lado, as reações de oxidação produzem, além da energia, gás carbônico (CO2) e gás
hidrogênio (H2). Estas duas substâncias são muito tóxicas e têm que ser eliminadas rapidamente para
que a célula não morra. O H2 se combina com uma parte do oxigênio, formando água (H2O), que não é
tóxica. O CO2 tem que ser "jogado" para fora das células e depois para fora do corpo da planta.
Esse tipo de respiração é chamada de respiração aeróbica, porque depende da presença do
oxigênio.
Portanto, resumidamente podemos dizer que na respiração aeróbica ocorre:
• absorção de oxigênio do ambiente;
• oxidação de alimentos, principalmente glicose;
• produção de energia;
• produção de gás carbônico (com liberação para o ambiente) e água.
Veja a seguir a equação química simplificada da respiração aeróbica com oxidação da glicose:
C6 H12 O2 + 6O2 6CO2 + 6H2 O + energia
glicose oxigênio gás carbônico água
Se você comparar as equações químicas da fotossíntese e da respiração aeróbia, ficará claro
que se trata de funções exatamente inversas, ou seja:
• na fotossíntese, as células absorvem gás carbônico e água, gastam energia, produzem glicose
e liberam oxigênio;
• na respiração, as células absorvem oxigênio, "queimam" glicose, produzem energia e liberam
gás carbônico e água;
• a energia absorvida da luz e gasta na fotossíntese é armazenada em uma substância química celular
chamada Adenosina Trifosfato, de sigla ATP;
7.1 - BIOLOGIA
253
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
TRANSPIRAÇÃO E SUDAÇÃO
A água, em quantidades normais, é fundamental para as plantas e não causa nenhum problema.
Porém, água em quantidade muito grande pode prejudicar o funcionamento das células. Por isso, as
plantas têm que eliminar a água que está em excesso nas células de seu corpo.
A eliminação do excesso de água pelas plantas pode ser feita de duas formas:
a) Transpiração
A transpiração é a eliminação da água das células das plantas na forma gasosa, ou seja,
ocorre quando as plantas eliminam vapor d'água.
b) Sudação
A sudação é a eliminação da água das células das plantas na forma líquida, ou seja, ocorre
quando as plantas eliminam gotinhas de água. A sudação também é conhecida como gutação (de
gotas).
ABSORÇÃO
Já vimos que as plantas podem absorver (tirar do ambiente) o gás carbônico e a água para a
fotossíntese bem como o oxigênio para a respiração.
Mas existe ainda um outro tipo de absorção que é fundamental para a vida das plantas. É a
absorção de sais minerais.
Os sais minerais são substâncias químicas inorgânicas - encontradas no ambiente. Nos sais
minerais existem elementos químicos como nitrogênio, cálcio, ferro, etc. É com esses elementos
químicos que as plantas sintetizam (fabricam) todos os alimentos de que necessitam (proteínas,
gorduras, vitaminas, etc.).
Nota importante:
As plantas não absorvem apenas substâncias úteis. Se o ambiente estiver poluído ou
envenenado, as plantas também vão absorver os venenos e as substâncias tóxicas. É por isso que o
uso descontrolado de agrotóxicos e inseticidas bem como a eliminação de lixo em qualquer local podem
contaminar as plantas que comemos.
TRANSPORTE DE SEIVA
Chamamos de seiva os líquidos especiais que correm por dentro do corpo das plantas. Se
a seiva não circular (correr) por todo o corpo da planta ela não conseguirá sobreviver. Existem dois tipos
diferentes de seiva nos vegetais, conforme veremos a seguir:
a) SEIVA BRUTA
A seiva bruta é formada pela mistura da água e dos sais minerais que as plantas
absorvem, geralmente pela raiz. A seiva bruta é usada em outras partes da plantas, principalmente nas
folhas. Portanto, a seiva bruta tem que ser transportada da raiz até as folhas e as outras partes do
corpo da planta.
O transporte da seiva bruta é feito por vasos chamados vasos lenhosos. O conjunto de
vasos lenhosos recebe o nome de lenho ou xilema.
b) SEIVA ELABORADA
A seiva elaborada é formada pela mistura de água com a glicose produzida pela
fotossíntese, que ocorre geralmente nas folhas. A glicose, porém, é necessária para todo o corpo da
planta. Portanto, a seiva elaborada tem que ser transportada das folhas para todo o corpo da planta.
O transporte da seiva elaborada é feito por vasos chamados vasos liberianos. O conjunto de
vasos liberianos recebe o nome de líber ou floema.
Nota importante:
A glicose é o principal alimento presente na seiva elaborada, mas geralmente há também outros
alimentos nesta seiva.
ÓRGÃOS VEGETAIS
Órgãos são estruturas que realizam funções (tarefas) diferentes para a sobrevivência dos seres
vivos. Veremos a seguir os principais órgãos vegetais e as funções que podem ser realizadas por cada
um desses órgãos.
Antes, porém, é importante dizer que nem todas as plantas apresentam todos estes órgãos que
iremos estudar. A presença ou não de certos órgãos é justamente o que define a divisão das plantas em
grupos diferentes.
RAIZ – FUNÇÕES
A raiz é um órgão que pode realizar várias funções para as plantas, principalmente:
• fixar (prender) a planta ao solo;
• absorver água e sais minerais (seiva bruta) necessários para que a planta produza seu alimento.
Na estrutura de uma raiz é possível notar partes diferentes com funções diferentes. Veja a figura
a seguir.
• A zona suberosa é a parte mais externa (de fora) da raiz. É da
zona suberosa que partem os ramos da raiz.
• A zona pilífera é a parte da raiz que é toda coberta por peque-
nos pêlos. Através destes pelinhos, a raiz consegue mais fa-
cilmente absorver água e sais minerais do ambiente.
• A zona lisa é uma parte da raiz que não tem pêlos. Apesar
disso, a zona lisa também consegue absorver água e sais
minerais.
• A coifa é uma espécie de "capa" bem resistente que protege a
ponta da raiz que é uma parte muito delicada e é o principal
ponto de germinação (crescimento) da raiz, ou seja, é a zona
embrionária da raiz. A proteção dada pela coifa é muito im-
portante, principalmente se, durante o crescimento, a raiz en-
contrar pedras ou solo muito duro em seu caminho. A coifa também protege a ponta da raiz contra
micróbios.
Tipos de raiz
Existem alguns tipos diferentes de raízes, como:
Raiz Axial
Raiz axial é aquela em que existe um ramo principal mais desenvolvido (mais grosso e
comprido) e vários ramos laterais mais finos e curtos. É o tipo de raiz que aparece em árvores como a
laranjeira e o cafeeiro bem como em legumes como o feijão e o tomate.
Raiz Fasciculada
Raiz fasciculada é aquela em que não existe ramo principal e todos os ramos são
aproximadamente do mesmo tamanho. Também é chamada de raiz cabeleira. A raiz fasciculada
aparece em plantas como milho, bambu, cana e grama.
Raiz Tuberosa
Raiz tuberosa é aquele tipo de raiz que tem a capacidade de acumular reservas de alimento.
São exemplos de raízes tuberosas a cenoura, a batata-doce e a mandioca.
Raiz Respiratória
A raiz respiratória tem a capacidade de crescer também para fora do solo. Saindo do solo, estas
raízes ajudam na respiração da planta. É um tipo de raiz típico de plantas do mangue
7.1 - BIOLOGIA
255
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Raiz Sugadora
Este é o tipo de raiz das plantas parasitas. As plantas parasitas vivem sobre outras plantas, e
suas raízes penetram nestas plantas para sugar o alimento. O cipó-chumbo e a erva-de-passarinho são
exemplos de plantas que têm raízes sugadoras.
Raiz Aquática
Como o nome indica, as raízes aquáticas são raízes que ficam diretamente na água. Um
exemplo bem conhecido de planta com raiz aquática é o aguapé, que é encontrado em quase todas as
represas, rios. etc.
Nota: Se uma planta viver dentro da água, mas a raiz estiver enterrada, essa raiz não é aquática. A raiz
só é aquática se a planta estiver boiando, e a raiz, na água.
CAULE - FUNÇÕES
O caule é o órgão que faz a ligação da raiz com as outras partes da planta: folhas, flores e
frutos. O caule também sustenta todas estas outras partes da planta. Pelo caule ocorre ainda a
circulação da seiva bruta (água e sais minerais) e da seiva elaborada (água e glicose). Em alguns
casos, o caule também pode ter clorofila e realizar fotossíntese.
O caule pode respirar através de aberturas chamadas lenticelas.
O caule pode apresentar as seguintes partes:
• a gema apical é o ponto a partir de onde o caule cresce verticalmente (para cima);
• as gemas laterais são os pontos a partir de onde O caule cresce lateralmente (para os lados),
formando os ramos (ou galhos);
• os nós são as regiões das gemas laterais, ou seja, o local onde estão presos os ramos;
• os entrenós são as regiões que ficam entre os nós e onde não há ramos.
Tipos de Caule
Entre os principais tipos de caule podemos citar:
a) Tronco
Troncos são caules muito resistentes, com galhos. Os troncos são os caules que fornecem
madeira para fabricação de móveis, caixas, etc.
Exemplos: pinheiro, limoeiro, ipê, seringueira, etc.
b) Estipe
Estipes são caules parecidos com os troncos, mas com duas diferenças importantes. As estipes
não têm galhos e não servem para ser usadas como madeira.
Exemplos: coqueiros e palmeiras.
c) Colmo
Colmos são caules cilíndricos, que às vezes são ocos. Não são muito grossos e sua principal
característica é que seus nós são bastante evidentes.
Exemplos: cana-de-açúcar, bambu e milho.
d) Haste
Hastes são caules flexíveis e delicados. São os caules típicos de verduras (couve, agrião, etc.),
legumes (feijão, tomate, etc.) e cereais (arroz, trigo, etc.).
Nota importante:
• A batatinha (que comemos frita) é um tipo de caule subterrâneo, diferente da batata-
doce, que, como vimos antes, é um tipo de raiz.
• A parte da bananeira que sai da terra não é o tronco, é um conjunto de folhas
enroladas.
h) Aquáticos
Caules aquáticos são caules que crescem dentro da água.
Geralmente são cheios de ar para ajudar a planta a boiar na água.
Exemplo: vitória-régia.
i) Cladócio
Cladócios são caules com folhas em forma de espinhos, que conseguem armazenar grande
quantidade de água.
Exemplo: cactos, mandacaru, etc.
Tipos de Caule
FOLHA - FUNÇÕES
As folhas são órgãos importantíssimos. É nas folhas que acontece toda ou quase toda a
fotossíntese das plantas, pois as folhas concentram toda ou quase toda a clorofila da planta. Nas
folhas ocorre também grande parte da respiração, da transpiração e da sudação. As trocas de
gases (oxigênio, gás carbônico e vapor d'água) acontecem através de poros (aberturas) chamados
estômatos, que estão espalhados pela folha.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Uma folha pode ter as seguintes partes:
Nota importante:
Nem sempre as folhas têm, obrigatoriamente,
todas essas partes.
TIPOS DE FOLHAS
As folhas podem ter formas diferentes, principalmente o limbo e as nervuras. Veja abaixo alguns
exemplos:
Tipos de folhas de acordo com de acordo com as nervuras
o formato do limbo
FLOR
Praticamente todas as plantas têm algum tipo de reprodução sexuada. Relembrando, re-
produção sexuada ocorre quando um novo ser vivo surge da fecundação, que é a união de um gameta
(célula sexual) masculino com um gameta feminino, vindos dos pais.
Somente as plantas mais evoluídas (gimnospermas e angiospermas, que voltaremos a estudar)
têm flores. As flores são os aparelhos reprodutores destas plantas. Isto porque é nas flores que
ficam os órgãos sexuais masculinos e femininos da planta.
Com relação às flores, as plantas podem ser:
• monóicas: são plantas que têm flores masculinas e flores femininas em um mesmo pé;
• dióicas: são plantas que têm flores masculinas e flores femininas em pés diferentes;
• hermafroditas: são plantas que têm flores hermafroditas. Flores hermafroditas são aquelas que têm
órgãos sexuais masculinos e femininos ao mesmo tempo.
Veja a seguir as partes que formam uma flor completa:
As partes de uma flor
• o pedúnculo é o talo (cabinho) pelo qual a flor fica presa
no caule da planta;
• o receptáculo é a parte pela qual o restante da flor fica
preso no pedúnculo.
As demais partes da flor recebem o nome de
verticílios florais e ficam presas ao receptáculo.
Os verticílios florais são:
• o cálice, que é formado pelas sépalas, folhinhas modifica-
das que ficam em volta do receptáculo;
• a corola, que fica em cima do cálice e é formada pelas
pétalas, folhas também modificadas, geralmente coloridas e
perfumadas, que têm a função de proteger os órgãos
sexuais e atrair animais;
• o androceu, que é o órgão sexual masculino da planta.
O androceu é formado por:
• filete: um talinho geralmente fino e comprido;
• antera: fica na parte de cima dos filetes e produz os grãos de pólen (gametas masculinos);
• o gineceu, que é o órgão sexual feminino da planta. O gineceu é formado por:
• estigma: fica no ápice (ponta de cima) do gineceu;
• estilete: é um talo comprido que forma a maior parte do gineceu. Na parte de baixo do estilete
existe uma região mais larga, o ovário. O ovário produz os óvulos (gametas femininos).
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Nota importante:
• Na grande maioria das flores os grãos de pólen têm que ser levados até o gineceu por algum
fator externo.
Esse transporte dos grãos de pólen é chamado de polinização e pode ser feito pelo vento
ou pela água da chuva. Ou então, o transporte dos grãos de pólen pode ser feito por animais
como as abelhas e beija-flores. As cores e perfumes das plantas atraem os animais, que vão
beber o néctar. Os grãos de pólen se grudam nestes animais e podem grudar em um gineceu
quando o animal for para outra flor.
Em plantas hermafroditas pode acontecer a autofecundação. Ou seja, os grãos de pólen caírem
no gineceu da própria flor. Nesse caso, a planta estaria cruzando com ela própria.
• As flores podem ser:
• flores simples: quando um pedúnculo sustenta apenas uma flor. Exemplo: rosa;
• flores múltiplas ou inflorescências: quando um pedúnculo sustenta várias flores. São
como cachos de flores
SEMENTE - FUNÇÕES
As plantas que têm flores produzem sementes. A semente é o próprio óvulo, que, depois de
fecundado, dá origem ao zigoto e começa a acumular água e substâncias nutritivas (alimentos). O
zigoto (ou célula-ovo) dá origem ao embrião, que será a nova planta, fica dentro da semente e é
envolvido (rodeado) pela mistura de água e alimentos. Esse alimento serve para sustentar o
embrião até que a nova planta comece a fazer fotossíntese e produzir seus próprios alimentos. A se-
mente também protege o embrião, que é muito delicado.
As partes de uma semente são:
PARTES DE UMA SEMENTE
• o tegumento é a parte externa (de fora) da semente, e forma a
casca;
• a amêndoa é a parte interna da semente e se divide em:
• embrião, que formará a nova planta;
• endosperma, que é a parte que contém o alimento;
• cotilédone, que é uma estrutura que transfere o alimento do
endosperma para o embrião.
Encontrando condições ideais de solo, água e temperatura, a
semente brotará e o embrião formará uma nova planta. Se as condições não forem ideais, as sementes
ainda podem resistir algum tempo antes de o embrião morrer.
O número de sementes depende do número de óvulos no ovário. Se houver apenas um óvulo,
será formada apenas uma semente (exemplo: abacate). Se houver vários óvulos, serão formadas várias
sementes (exemplo: melancia).
FRUTO – FUNÇÕES
Algumas plantas que possuem flores (as angiospermas) podem também produzir frutos (ou
frutas).
Os frutos também são grandes reservas de água e alimentos. São quase sempre os
ovários das flores que se desenvolvem após a fecundação e dão origem aos frutos.
Nota importante:
As plantas que têm sementes e frutos têm uma grande vantagem. As sementes e
os frutos podem ser carregados para longe por animais, pela água, etc.. Assim, essas
plantas têm uma facilidade muito maior para se espalhar do que as plantas que não têm
sementes nem frutos.
7.1 - BIOLOGIA
261
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Geotropismo
Geotropismo é o movimento da planta em função da gravidade do centro da Terra. Dizemos que
o caule tem geotropismo negativo, porque cresce em direção contrária à do centro da terra. E a raiz tem
geotropismo positivo, porque cresce em direção ao centro da
Terra.
Tigmotropismo
Tigmotropismo é o movimento do caule da planta em
função do contato com algum objeto. Podemos notar bem o
tigmotropismo em plantas como o tomate, o maracujá, a uva,
e o chuchu, que crescem enrolando-se nas cercas e em
outros objetos em que se encostam.
Demonstrando o fototropismo e o geotropismo das plantas:
Note que, mesmo deitando o vaso, a raiz continua
crescendo em direção ao centro da Terra (geotropismo
positivo) e em direção contrária a luz (fototropismo negativo).
Já o caule continua crescendo em direção à luz (fototropismo positivo) e em direção contrária ao centro
da Terra (geotropismo negativo).
GLOSSÁRIO
cilíndricos: com formato de canos (tubos)
flexíveis: que se podem dobrar ou curvar
mangue: região alagada onde um rio se encontra com o mar
néctar: mistura de água e açúcar produzida nas flores
SERES VIVOS
REINO VEGETAL – DIVISÕES DO REINO VEGETAL
Como já vimos nem todas as plantas têm todos os órgãos possíveis. Ou seja, nem todas elas
têm raiz, caule, folhas, vasos condutores de seiva bruta e seiva elaborada. flores, sementes e frutos.
O Reino Vegetal é dividido, justamente, de acordo com os órgãos que as plantas podem ter.
Vejamos, agora, os principais grupos do Reino Vegetal e exemplos de plantas de cada um desses
grupos.
ALGAS
As algas são as plantas mais simples que existem. Nas algas não aparecem raiz, caule, folhas,
vasos condutores, flores, sementes e frutos.
O corpo da maioria das algas é formado apenas por um talo. Às vezes aparecem estruturas
parecidas com raízes (chamadas rizóides), estruturas parecidas com caules (chamadas caulóides) e
estruturas parecidas com folhas (chamadas filóides).
Por outro lado, o grupo das algas é o único do Reino Vegetal em que existem plantas
unicelulares (formadas por apenas uma célula).
As algas são quase todas aquáticas, podendo ser encontradas tanto na água doce quanto na
água salgada. Algumas poucas podem viver em pedras, troncos ou mesmo na terra, em locais úmidos.
A reprodução das algas pode ser:
• por esporos: que são células de reprodução não sexuadas. Os esporos saem das algas e,
encontrando boas condições, irão formar novas algas;
• por conjugação: união de células sexuadas (masculinas e femininas);
• por hormogonia: o corpo da alga simplesmente se parte, e os pedaços formam novas algas.
Divisão das algas
Como qualquer planta, todas as algas têm o pigmento verde clorofila, responsável pela
fotossíntese. Porém, algumas algas têm outros pigmentos de outras cores. Por isso, as algas são dividi-
das em:
Algas verdes
Possuem grande quantidade de clorofila, daí sua cor verde. São também chamadas clorofíceas.
São as algas que existem em maior quantidade no nosso planeta. Garantem alimento para
muitos peixes e outros animais aquáticos.
Nota importante:
Como muitas algas são formadas apenas por
um talo, estas plantas também são conhecidas como
talófitas. Por serem as plantas mais simples que
existem, as algas às vezes são chamadas de
vegetais inferiores.
BRIÓFITAS - CARACTERÍSTICAS
As briófitas são plantas um pouco mais evoluídas que as algas, mas são menos evoluídas que
as outras plantas que veremos a seguir.
Nas briófitas também não aparecem raiz, caule, folhas, vasos condutores, flores, sementes e
frutos. Mas todas elas têm rizóides, caulóides e filóides. São sempre plantas de pequeno tamanho.
As briófitas, em sua grande maioria, não são aquáticas, mas ainda dependem totalmente da
água, principalmente para a reprodução. Por isso, vivem sempre em lugares úmidos e de sombra.
A reprodução das briófitas ocorre por um sistema chamado de alternância de gerações. Nesse
tipo de reprodução, uma geração se reproduz por esporos (assexuadamente), a geração seguinte se
reproduz com gametas masculinos e femininos (sexuadamente), depois vem outra geração com
reprodução assexuada, e assim alternadamente.
Na alternância de gerações, as plantas que se reproduzem por esporos são chamadas
esporófitos. E as plantas que se reproduzem por gametas são chamadas gametófitos. Nas briófitas, na
fase de gametófito a planta é mais desenvolvida e dura mais que na fase de esporófito.
7.1 - BIOLOGIA
263
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Antóceros
São também pouco conhecidas. Os antóceros são bem parecidos com as hepáticas, embora
não tenham a semelhança com o formato do fígado.
Notas importantes:
• As briófitas não são muito conhecidas porque, além de serem poucas espécies, não têm
importância para a alimentação e nem para as indústrias.
• As briófitas às vezes são chamadas de vegetais intermediários, por serem mais evoluídas
que as algas e menos evoluídas que as plantas.
PTERIDÓFITAS - CARACTERÍSTICAS
Também chamadas de filicíneas, as
pteridófitas são um grupo muito importante dentro do
Reino Vegetal. Isso porque as pteridófitas são as
primeiras plantas que apresentam raiz, caule e
folhas verdadeiros. E, mais importante ainda, as
pteridófitas são as primeiras plantas que apre-
sentam vasos condutores de seiva bruta e seiva
elaborada.
Porém, as pteridófitas ainda não apresentam flores, sementes nem frutos.
A reprodução das pteridófitas também ocorre por alternância de gerações, como nas briófitas. A
diferença principal é que nas pteridófitas, na fase de esporófito (assexuada), a planta é mais
desenvolvida e dura mais que na fase de gametófito
(sexuada).
EXEMPLOS DE PTERIDÓFITAS
Os exemplos mais conhecidos de pteridófitas são
a samambaia, a avenca, a renda-portuguesa e o
xaxim, todas muito usadas como plantas de enfeite nas
casas.
GIMNOSPERMAS - CARACTERÍSTICAS
As gimnospermas são plantas que, além de raiz, caule, folhas e vasos condutores, apresentam
pela primeira vez duas estruturas muito importantes: a flor e a semente. Porém, as gimnospermas ain-
da não são capazes de produzir frutos.
As flores das gimnospermas são feias, sem cor nem perfume e com aparência de madeira. Também
chamadas de estróbilos, as flores das gimnospermas não protegem as sementes que ficam presas a
elas, ou seja, suas sementes ficam à vista. Daí justamente vem o nome gimnosperma {gimno = nua,
sperma = semente).
Um exemplo bem conhecido de flor de gimnosperma são as pinhas, dos pinheiros, que
usamos como enfeites de Natal. Um exemplo de semente de gimnosperma são os pinhões, que
comemos nas festas juninas.
A reprodução das gimnospermas é sexuada, e ocorre da seguinte forma:
• As gimnospermas podem ter estróbilos (flores) masculinos e femininos;
• Os estróbilos masculinos produzem grãos de pólen, que são os gametas (células sexuais) masculinos;
• Os estróbilos femininos produzem óvulos, que são os gametas (células sexuais) femininos;
Nota importante:
Como você pode ver, os pinhões são sementes e não frutas. Lembre que os
pinhões são produzidos pelas gimnospermas e as gimnospermas não produzem
frutos.
ANGIOSPERMAS - CARACTERÍSTICAS
As angiospermas são as plantas mais evoluídas que existem. Possuem raiz, caule, folhas, vasos
condutores, flor e semente.
Porém, o mais importante é que as angiospermas são as primeiras e únicas plantas que
produzem frutos.
Como já vimos em outro momento, os frutos são reservas de alimentos que se formam nos
ovários das flores após a fecundação.
7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
A reprodução das angiospermas também é sexuada. As flores produzem grãos de pólen e
óvulos. Os grãos de pólen e os óvulos se unem, dando origem aos embriões, que ficam dentro das
sementes, que por sua vez ficam dentro dos frutos. Os embriões se desenvolvem e formam as novas
plantas.
Nota:
Geralmente é possível identificar as sementes monocotiledôneas e dicotiledôneas:
• as dicotiledôneas são sementes que costumam se dividir em duas facilmente, como é o caso de feijão,
ervilha, amendoim, soja, café, abacate, etc.;
• as monocotiledôneas não se dividem, mas quebram facilmente, como é o caso do arroz, da aveia, etc.
SUMÁRIO
Sistemas excretores
Esqueleto e músculos
Sistema nervoso
Glândulas Endócrinas
SISTEMAS EXCRETORES
Excreção – é o processo de eliminação de substâncias prejudiciais ou inúteis ao organismo.
Excreção nos vegetais – não há sistemas excretores especializados. A excreção é feita por difusão.
Excreção nos protistas e animais – os protistas e animais muito simples eliminam suas excretas por
difusão. Alguns protozoários tem vacúolos contráteis. Esses vacúolos eliminam o excesso de água, e
juntamente amônia. Nos platelmintos (vermes de corpo achatado) a excreção é feita por células flam.
Anelídeos apresentam um par de nefrídios em quase todos os segmentos do corpo. Em crustáceos
encontramos as glândulas verdes. Os insetos excretam por Túbulos de Malpighi. Nos equinodermos há
ausência de órgão excretor (difusão). Vertebrados possuem rins. Esses rins são mais complexos quanto
mais evoluído for o vertebrado. Os animais excretam produtos nitrogenados tais como: amônia, uréia e
acido úrico.
De acordo com o tipo predominante de composto nitrogenado excretado, os animais são classificados
em:
1) Amoniotélicos – são os que eliminam amônia.
Ocorrência : invertebrados aquáticos e peixes teleósteos (peixes com ossos e espinhas).
2) Ureiotélicos – são os que excretam uréia.
Ocorrência: mamíferos, anfíbios, peixes elasmobrânquios (tubarões e raias) e quelônios
aquáticos (quelômicos são tartarugas).
3) Uricotélicos – são os que excretam acido úrico.
Ocorrência : aves, muitos répteis, insetos e caracóis terrestres.
O CO2 é eliminado pelos organismos através de suas estruturas respiratórias.
ESQUELETO E MÚSCULO
Esqueleto – são estruturas que servem para suporte e proteção. Sustentam as partes moles de um
organismo. Com o auxílio dos músculos, possibilitam à locomoção. Podem proteger certas estruturas,
como o crânio que protege o cérebro dos vertebrados. Os esqueletos quanto à localização podem ser:
1) EXOESQUELETO – localiza-se externamente ao corpo.
Ocorrência : foraminíferos e radiolários – têm uma carapaça dura por fora da membrana celular.
Moluscos apresentam conchas de calcário. Artrópodes possuem exoesqueleto articulado.
Celenterados (corais) secretam exoesqueleto calcário.
ENDOESQUELETO – localiza-se internamente ao corpo.
Ocorrência: esponjas possuem espículas silicosas ou calcarias. Equinodermos com endoesqueletos
formado por placas calcarias fixas ou móveis. Vertebrados apresentam endoesqueleto ósseo ou
cartilaginoso, flexível e articulado.
Músculos – são estruturas de sustentação e movimentação. A locomoção depende da atividade
muscular. O movimento do sangue nos vasos é determinado por contrações musculares. O mesmo se
verifica durante a passagem do bolo alimentar no tubo digestivo.
7.1 - BIOLOGIA
267
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Os músculos podem ser:
1) liso (involuntário) – contrações lentas.
2) estriado esquelético (voluntário) – contrações rápidas.
3) estriado cardíaco (involuntário) – no coração.
Ocorrência: invertebrados mais primitivos possuem musculatura lisa. Nos mais evoluídos como
os artrópodes a musculatura é estriada. Os vertebrados apresentam musculatura estriada que
move o esqueleto. A musculatura lisa aparece nos vertebrados nos órgãos do aparelho digestivo
e nas paredes dos vasos sanguíneos. Nos dutos do sistema reprodutor encontramos também
músculo liso.
Atividade – os músculos se contraem quando são estimulados por impulsos nervosos. O músculo
estriado nunca se encontra em repouso total. Esse tipo de músculo está sempre em semicontração,
chamada TONUS.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é formado por células com prolongamentos especializados para a condução
de impulso nervoso. Recebem o nome de neurônios. Existem 2 tipos de neurônios:
a) SENSORIAL que tem o estímulo recebido até um centro coordenador;
b) MOTOR que leva a resposta do centro aos órgãos efetores. Quando organizados formam
cordões nervosos. Por estes cordões, os impulsos são transmitidos de uma região para a outra
do corpo. A transmissão do impulso de um neurônio a outro chama-se SINAPSE.
Função do sistema nervoso – receber os estímulos é transmitir impulsos. Coordenar e integrar o
funcionamento dos órgãos do corpo.
Ocorrência: em alguns ciliados existe um sistema de fibras nervosas. Poríferos não possuem sistema
nervoso. Celenterados possuem sistema nervoso difuso formando uma rede nervosa. Platelmintos
possuem gânglios cerebróides e cordões nervosos ao longo do corpo. Nematelmintos – anel nervoso
que envolve o esôfago e uma série de cordões nervosos. Anelídeos – moluscos- artrópodes – sistema
nervoso ganglionar ventral. Equinodermas – sistema nervoso sensorial e motor. O sistema nervoso
motor é constituído de gânglios e plexos, que enervam os músculos dos “braços”. Cordados –
apresentam tubo nervoso dorsal. Vertebrados – sistema nervoso apresenta centralização formando o
cérebro. A medula pode apresentar atividade reflexiva. Essa atividade, “arco reflexo” simples, envolve
um neurônio sensorial e um motor. Os dois neurônios realizam sinapse na medula. O controle da
atividade de certos órgãos é feito por substâncias denominadas hormônios. Os hormônios agem em
pequena quantidade excitando ou inibindo estes órgãos.
Hormônios vegetais – os principais são:
1) Auxinas – presentes nos pontos vegetativos da raiz, caule e folhas. Sua ação controla o
crescimento do caule e da raiz. Determina a inibição das gemas laterais e a queda das folhas e
dos frutos.
2) Giberlinas – parecem ser sintetizadas – nas folhas e sementes jovens e frutos. Provoca o
alongamento rápido de células do caule. Pode causar o crescimento de plantas anãs e a
partenocarpia. A germinação das sementes, crescimento das folhas e floração também são
determinadas pelas bigerelinas. São conhecidas por hormônios da floração.
3) Citocininas – são ativas nas divisões celulares .
Hormônios animais – nos animais os hormônios são secretados pelas glândulas endócrinas . São
transportados pela corrente sanguínea para todo o corpo. A coordenação da atividade endócrina é
determinada em parte pelos hormônios e em parte pelo sistema nervoso. A natureza de um hormônio é
a mesma em todos os animais em que ele ocorre.
SUMÁRIO
Conceito e tipos de reprodução
Fecundação
Tipos de fecundação
FECUNDAÇÃO
Consiste na união de dois gametas de sexos diferentes. Dessa união forma-se o zigoto, que
dará origem ao novo individuo. Em relação ao local onde ocorre a fecundação, ela pode ser classificada
em :
1) Fecundação externa: quando a fecundação ocorre fora do corpo da fêmea.
2) Fecundação interna: quando se dá no interior do organismo feminino.
Os animais podem ser:
a) Monóicos ou Hermafroditas: são os que apresentam no mesmo organismo gônadas
masculinas e femininas. Exemplo: minhoca
b) Dióicas: cada organismo apresenta uma das gônadas.
Quanto ao desenvolvimento do ovo as fêmeas podem ser:
a) Ovíparas: são as que eliminam ovos que se desenvolverão totalmente no meio externo.
Exemplo: aves
b) Ovovivíparas: produzem ovos com desenvolvimento parcial dentro do corpo materno.
Exemplo: cascavel
O desenvolvimento do embrião pode ser:
a) Direto: logo no início o embrião possui uma forma parecida com a dos adultos.
b) Indireto (metarmofose): surgem inicialmente larvas. Essas formas são bem diferentes da forma
adulta.
Partenogênese: ocorre quando um óvulo é capaz de entrar em desenvolvimento sem que tenha havido
fecundação. Ocorrência: abelha.
A ciência constatou, portanto, que em vertebrados, mesmo ocorrendo com raridade, pode
acontecer concepção e nascimento por partenogênese, isto é, sem fecundação.
Pedogênese: ocorrência de partenogênese na fase larval.
Ocorrência: “fasciola Hepática”.
Neotenia: capacidade de reprodução na fase larval de certos organismos.
Ocorrência: salamandra.
SUMÁRIO
1- Sistema Digestório
Órgãos
Digestão
2- Sistema respiratório
Respiração
3- Sistema Excretor
Formação da urina
4- Sistema circulatório
Circulação
Distúrbios do Sistema Circulatório
Prevenção de doenças Cardiovasculares
5- Sistema nervoso
Histologia - Tecidos
Todos os seres vivos necessitam de nutrientes quer seja como fonte de energia ou como
matéria-prima para o crescimento. O homem não foge a essa regra e, por isso, especializou o seu
organismo para captar nutrientes e eliminar substâncias tóxicas.
7.1 - BIOLOGIA
271
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
RESUMO DAS FUNÇÕES DO SISTEMA DIGESTÓRIO
1 – SISTEMA DIGESTÓRIO
A função do sistema digestório é a de separar os nutrientes dos alimentos, depois absorvê-los e
eliminar o que não é útil, por isso todos os órgãos que fazem parte deste sistema estão especializados
para tais atividades.
O sistema digestório é formado por:
• Tubo digestivo (da boca ao ânus)
• Glândulas Anexas
O tubo digestivo é dividido em:
• Boca
• Estômago
• Faringe
• Intestino Fino
• Esôfago
• Intestino Grosso
Boca
Primeira porção do tubo digestivo, servindo também como órgão respiratório, fonador e
gustador.
Faringe
Tubo fibromuscular afunilado que se estende da base do crânio até a borda inferior. Função de
deglutição. E a região de cruzamento das vias aéreas e digestivas.
Esôfago
É um tubo fibromuscular com cerca de 25 cm de comprimento. Possui função de deglutição.
Estômago
E uma dilatação do tubo digestivo que vai do esôfago até o intestino. Ele fica localizado no
quadrante superior esquerdo do abdome, podendo atingir também o epigástro.
Ele possui uma forma de "J", principalmente nos longelíneos. Nos brevelíneos, ele tem a forma
de um chifre de novilha. No recém-nascido, tem a forma de um limão. No adulto, possui um volume de 2
a 3 litros, no recém-nascido, em torno de 30ml.
Ele possui dois orifícios:
• Cárdia - na junção com o esôfago
• Piloro - na junção com o intestino
Função: Digestão e armazenamento de alimentos.
Intestino
Porção do tubo digestivo que vem depois do estômago e vai até o ânus. Foi dividido em duas
partes:
Intestino Delgado Intestino Grosso
a) Intestino Fino ou Delgado
É a porção mais longa do intestino e do tubo digestivo com 7 m; fica todo dobrado na cavidade
abdominal, sendo essas dobras denominadas alças intestinais. Dificilmente se rompe por traumatismo,
pois está na região central do abdome. Está dividido em:
• Duodeno
• Jejuno-Íleo
2 – SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório tem a função de captação, aquecimento, filtração e eliminação do ar.
Para executar essas funções, o sistema respiratório possui os seguintes órgãos: nariz, fossas
nasais, laringe, faringe, traquéia, brônquios e pulmões (dentro dos pulmões encontramos os bronquíolos
e os alvéolos pulmonares).
7.1 - BIOLOGIA
273
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
RESPIRAÇÃO
O ar penetra pelo nariz onde será filtrado por pêlos e pelo muco nasal (barrando substâncias
sólidas) e também aquecido, pois o nariz possui uma
grande quantidade de vasos sanguíneos.
Passando pelo nariz o ar chega nas fossas
nasais, onde encontramos o sentido do olfato, que
serve para detectar cheiros e prevenir substâncias
tóxicas.
O ar passará pela laringe, faringe, traquéia,
brônquios, pulmões (bronquíolos e alvéolos
pulmonares), nos alvéolos pulmonares acontecerá a
hematose, ou seja, a troca de gases - o oxigênio entra
nas hemácias e o gás carbônico entra nos alvéolos.
A traquéia, os brônquios e os bronquíolos são
revestidos por cartilagem, que evita o fechamento do
tubo.
O ar só entra no sistema respiratório graças
aos movimentos musculares do diafragma, grande
peitoral, rombóide e intercostelares, onde haverá uma
contração fazendo o movimento de inspiração, e
quando há o relaxamento muscular, o movimento de expiração.
3 – SISTEMA EXCRETOR
O sistema excretor humano é
formado pelos seguintes órgãos: um par
de rins, um par de ureteres, bexiga
urinária e uretra.
A função do sistema excretor é
da filtrar o sangue, retirando as toxinas
nitrogenadas produzidas pelas células,
além disso possui também a função de
osmorregulação, ou seja, regulando a
eliminação de água e sais minerais na
urina.
Formação de urina
O sangue passando pelos rins é
filtrado pelos néfrons. Cada rim
representa mais de um milhão de
néfrons.
O néfron é uma longa estrutura
tubular que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula
de Bowman. Esta se conecta com o túbulo contornado proximal, que continua pela alça de Henle, que
desemboca em duto coletor.
A fusão dos dutos coletores forma tubos mais grossos denominados ureteres, que saem do rim
até a bexiga urinária.
A bexiga urinária é um reservatório de paredes elásticas dotadas de musculatura lisa, cuja
função é armazenar a urina produzida pelos rins. Quando cheia pode conter mais de 250 ml de urina
que é eliminada periodicamente.
A urina, fabricada pelos rins, sai da bexiga e passa pela uretra, que na mulher termina na região
vulvar e no homem na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por
anéis musculares (esfíncteres), que quando relaxados escoam a urina para o meio externo.
Nota importante: a pele também faz parte do sistema excretor pois elimina as toxinas por meio de
suor.
1. Átrio Direito
2. Valvula Tricúspide
3. Ventrículo Direito (via de entrada)
4. Ventrículo Direito (via de saída)
5. Valva Pulmonar
6. Artéria Pulmonar
7. Átrio Esquerdo
8. Septo Interventricular
9. Ventrículo esquerdo
10. Valvula Mitral
11. Aorta
b) Grande Circulação
A grande circulação começa com a diástole do átrio esquerdo seguido por uma sístole, onde o
sangue será empurrado para o ventrículo esquerdo, passando por uma válvula chamada de válvula
bicúspide ou mitral.
O ventrículo esquerdo sofre uma diástole e logo após uma sístole, fazendo com que o sangue
saia do coração pela artéria aorta, onde será levado para todo o corpo, onde acontecerá trocas gasosas
e o sangue, agora, volta ao coração pelas veias cavas superior e inferior.
Com a circulação levando oxigênio e nutrientes o animal pode desenvolver mobilidade através
de um tecido chamado tecido muscular.
Distúrbios do Sistema Circulatório
Mais da metade das mortes em países industrializados é causada por doenças cardiovasculares,
como são genericamente chamadas as doenças do coração e dos vasos sangüíneos.
As doenças cardiovasculares mais graves são causadas por obstruções de artérias importantes
como as que irrigam o coração (coronárias) ou cérebro.
Aterisclerose
É um processo de perda gradual da elasticidade da parede das artérias, causada pela deposição
das placas de gordura (ateromas) na superfície arterial interna.
Uma das conseqüências é o aumento da pressão arterial sistólica, uma vez que as artérias
endurecidas perdem a capacidade de se relaxar durante a sístose do coração.
7.1 - BIOLOGIA
275
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Angina do Peito
Angina do peito é uma enfermidade em que a pessoa tem fortes dores no peito ao menor
esforço cardíaco. A angina do peito é conseqüência do estreitamento de uma ou mais artérias
coronárias, o que causa isquemia, ou seja, redução da circulação do sangue em certas regiões da
musculatura do coração (miocárdio), diminuindo sua nutrição e oxigenação.
Infarto de Miocárdio
O infarto de miocárdio, ou ataque de coração, é causado pela brusca isquemia do músculo
cardíaco, provocada pela obstrução de uma ou mais artérias coronárias.
Se uma grande região do coração for afetada pelo infarto, a condução do impulso elétrico
produzido pelo marcapasso é interrompida e o coração deixa de bater, sobrevindo a morte. Se apenas
uma pequena região é afetada, o coração continua em atividade e a lesão cicatriza, com substituição
das células musculares por tecido conjuntivo.
Isquemia Cerebral
A isquemia cerebral é o bloqueio da circulação em artérias que fornecem sangue ao encéfalo, as
causa mais freqüentes da isquemia são a formação de coágulos, devido a traumatismo ou a existência
de ateromas. As células nervosas localizadas na área isquêmica morrem, com prejuízo da atividade
cerebral.
Os efeitos da isquemia cerebral, bem como as chances de a pessoa sobreviver, dependem da
extensão e da localização da lesão. A isquemia cerebral pode causar paralisia total ou parcial do corpo,
perda total ou parcial da fala, perda da coordenação motora e diversas alterações no comportamento.
Hipertensão
Hipertensão é sinônimo de pressão sangüínea elevada, conhecida popularmente como “pressão
alta”. A hipertensão aumenta os ricos de ataques cardíacos e derrames de sangue no tecido cerebral.
As causa mais comuns da hipertensão são o estresse emocional, a alimentação inadequada
(rica em gorduras e sais) e a vida sedentária.
5 – SISTEMA NERVOSO
Responsável pelo ajustamento do organismo animal ao ambiente. Sua função é captar,
interpretar e responder aos estímulos.
O sistema nervoso é formado por células especiais denominadas:
a) neurônios
b) células da glia ou neuroglias.
As células da glia são responsáveis pelo suporte dos neurônios, ou seja, são as células da glia
que mantém a vida dos neurônios.
Arco Reflexo
Quando um estímulo surge, por exemplo, uma batida no pé, imediatamente esse estímulo é
captado por dendritos sensoriais que levam este estímulo para a medula que analisa e ao mesmo
tempo elabora uma resposta e conscientiza o cérebro do ocorrido. A resposta volta por um axônio motor
até o local para, por exemplo, flexionar a perna.
O dendrito sensorial mais o axônio motor formam o que chamamos de nervo.
Os nervos e órgãos formam o sistema nervoso que para efeito didático será separado em três:
- Sistema Nervoso Central
- Sistema Nervoso Periférico
- Sistema Nervoso Autônomo
276 7.1 - BIOLOGIA
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Sistema Nervoso Central
Formado por cérebro, cerebelo, ponte e medula espinal.
E protegido por ossos (crânio e coluna vertebral) e por membranas denominadas meninges, que
são três, da mais externa à mais interna - dura-máter, aracnóide e pia-mater - são preenchidas pelo
líquido céfalorraquidiano, que amortece os choques mecânicos do sistema nervoso central.
Muitas vezes as meninges são atacadas ou por vírus ou por bactérias, causando uma doença
denominada meningite.
O sistema nervoso central é onde acontece a interpretação e consequentemente a elaboração
da resposta para os estímulos.
Sistema Nervoso Periférico
Formado pelos nervos e gânglios nervosos, cuja função é conectar o sistema nervoso central às
diversas partes do corpo do animal.
Sistema Nervoso Autônomo
Formado por dois ramos: simpáticos e parassimpáticos, que se distinguem tanto pela estrutura
quanto pela função.
Enquanto um dos ramos estimula determinado órgão. o outro inibe, essa ação antagónica
mantém o funcionamento equilibrado dos órgãos internos. Por exemplo, o sistema simpático é
responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, já o parassimpático desacelera os batimentos.
HISTOLOGIA – TECIDOS
Durante a evolução dos seres vivos, estes perceberam que se unindo poderiam executar
funções mais complexas com mais facilidade.
As células se uniram para executar tais tarefas e com isso deram origem a uma estrutura
denominada tecido.
As células se diferenciaram e começaram a se agrupar para executar determinadas tarefas, a
isso chamamos de tecido.
Nos animais existem quatro tipos de tecido: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
Nessa aula estudaremos os tecidos animais e particularmente os que organizam o corpo
humano.
Os tecidos possuem células e substância fundamental amorfa (SFA). As células executam as
funções do tecido e a substância fundamental amorfa é um tipo de colóide que serve para nutrir e dar
suporte para as células.
Tecido Epitelial
Possui um número grande de células e pouca
substância fundamental amorfa.
Existem dois tipos de tecidos epiteliais:
• Tecido Epitelial de Revestimento
• Tecido Epitelial Glandular
Tecido Epitelial de Revestimento
Formado por células justapostas e geralmente
poliédricas, possui a função de revestir o organismo por
dentro e por fora. No corpo humano os tecidos epiteliais
estão apoiados numa camada de tecido conjuntivo
denominado de lâmina basal.
O tecido epitelial de revestimento não possui vasos
sanguíneos e nem nervos, portanto não sangra e não dói,
sendo nutridos pela lâmina basal e periodicamente sendo
renovadas.
7.1 - BIOLOGIA
277
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Quando o tecido epitelial reveste por fora o animal chamamos de serosa (pele), quando
revestem por dentro do organismo chamamos de mucosa (pleura - reveste os pulmões, pericárdio -
reveste o coração, mucosa dos lábios).
Tecido Epitelial Glandular
Formam as glândulas, estruturas especializadas em produzir substâncias úteis para o organismo
como saliva, testosterona, insulina e outras.
As glândulas podem, ou não, ter comunicação com o meio externo. Quando não possuem
comunicação com o meio, as substâncias produzidas são lançadas na corrente sanguínea e são
chamados de hormônios.
Os hormônios são substâncias muito importantes para o organismo, pois exercem um controle
mais lento e mais duradouro nas atividades, pela sua importância, algumas glândulas foram
selecionadas e formou-se, então, o Sistema Endócrino formado pelas seguintes glândulas: hipófise,
tireóide, paratireóide, pâncreas, supra-renais ou adrenais, testículos e ovários.
Tecido Conjuntivo
Ao contrário do tecido epitelial, o tecido conjuntivo apresenta uma grande quantidade de substância
fundamental amorfa e as células que constituem esse tecido
possui formas e funções variadas, tornando o tecido conjuntivo
com diversas especializações:
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: possui a função de
preenchimento entre os órgãos para diminuir o atrito entre eles,
por exemplo, entre o coração e os pulmões existe uma
quantidade de tecido conjuntivo propriamente dito.
Tecido Adiposo: possui células que têm a função de
armazenar substância de reserva (lipídios - gorduras). As
gorduras têm tripla função para o organismo:
a primeira é de reserva de energia
propriamente dita, o organismo acumula energia para os períodos em que a comida
será escassa e assim usar essa energia. Também possui a função de isolante térmico
e elétrico e de amortecedor de impactos, nos coxins plantares, ou seja, palma da mão
e planta dos pés, o tecido adiposo serve para amortecer impactos durante o andar ou
batidas.
Tecido cartilaginoso: possui a função de sustentação do organismo, mas uma
sustentação mais flexível. Com o crescimento do organismo a cartilagem é
preenchida por sais de cálcio transformando em ossos, mas não são todas as
cartilagens que se tornam ossos, às cartilagens do nariz, orelhas e das articulações
não são impregnadas por cálcio.
Tecido ósseo: possui a função de sustentação, mas uma sustentação mais rígida,
mais inflexível, portanto formado por ossos. Além da sustentação, também possui a
função de proteção, por exemplo, na caixa torácica, crânio e coluna vertebral e
também o de hematopoiése, ou seja, o de fabricar o sangue.
Tecido Hematópoético, Muscular e Nervoso
Os animais têm de realizar, ininterruptamente, trocas de substâncias com o ambiente, pois todas
as células precisam receber nutrientes e oxigênio e eliminar gás carbônico e resíduos tóxicos
produzidos, também precisam de mobilidade para ir a busca da caça e de um centro que controle todas
as funções do organismo.
Tecido hematópoiético (Sangue)
Para realizar as trocas de substâncias o organismo desenvolveu um sistema denominado
sistema circulatório.
No interior do sistema circulatório se encontra o tecido hematopoiético ou sangue.
O sangue é produzido no interior dos ossos (medula óssea) e é constituído por um líquido
amarelado, o plasma e elementos figurados-células.
No plasma encontramos - água, íons (Na"+, K"+) proteínas, hormônio e outros.
Os elementos figurados são formados por três tipos de células: hemácias, leucócitos e
plaquetas.
7.1 - BIOLOGIA
279
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
TECIDO – NERVOSO
Neurônios
Os neurônios são responsáveis pelo transporte dos
estímulos graças à bomba de sódio e potássio,
O neurônio é formado por duas partes - corpo celular e
prolongamentos.
No corpo celular encontramos todas as organelas
citoplasmáticas, portanto responsável pela homeostasia da célula.
Os prolongamentos são formados por dendritos (prolongamentos
mais numerosos nos neurônios que conduzem os estímulos
captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo
celular) e por axônios (prolongamento mais longo que os dendritos
e único, com a função de transmitir para outras células os impulsos
nervosos provenientes do corpo celular).
Aula 18 – Glândulas
SUMÁRIO
1- Pâncreas
2- Hipófise ou Pituitária
3- Tiróide ou Tireóide
4- Paratiróide ou Paratireóides
5- Ovário
6- Testículos
7- Supra Renais ou Adrenais
Rim
Funções do Rim
Glândulas exócrinas: secretam substâncias para o meio externo. Ex: Glândulas sudoríparas – produto:
suor.
Glândulas endócrinas: secretam substâncias de natureza e funções variadas para o meio interno.
Essas substâncias são hormônios.
Ex: pâncreas, hipófise ou pituitária, tireóide, paratireóide, adrenais ou suprarrenais, ovários, testículos e
rins.
2 - HIPÓFISE OU PITUITÁRIA
A hipófise, ou glândula pituitária, é uma glândula endócrina, situada na base do cérebro, (na
região conhecida como sela túrcica ou sela turca – na nuca) que produz numerosos e importantes
hormônios por isso reconhecida como glândula mestra do sistema nervoso. Possui dimensões
aproximadas a um grão de ervilha e esta dividida em duas partes:
1- O lobo anterior (adeno-hipófise).
2- O lobo posterior (neuro-hipófise).
Adeno-hipófise possui origem de células epiteliais, enquanto neuro-hipófise possui origem nervosa.
A hipófise é responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do
organismo como o crescimento e secreção do leite (hormônio prolactina), através das mamas (o que lhe
rende o apelido de glândula-mãe ou glândula-mestra).
Hormônios
Os hormônios tróficos ou trópicos atuam sobre outras glândula endócrinas regulando suas
secreções. O sistema nervoso central manifesta seu controle sobre a hipófise através do hipotálamo via
ligações nervosas ou substâncias parecidas com hormônios conhecidas como fatores de liberação.
Os hormônios tróficos são:
Tireotróficos: atuam sobre a tireóide.
Adrenocorticotróficos: atuam sobre o córtex da glândula adrenal.
Gonadotróficos: atuam sobre as gônodas masculinas e femininas.
Somatotróficos: atuam no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e
estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também
eleva o consumo de gorduras e inibe a síntese da insulina do pâncreas, aumentando a
concentração de glicose no sangue.
Cada parte da hipófise secreta diferentes tipos de hormônios. Seus principais hormônios são:
Adeno-hipófise:
Somatotrofina (hormônio do crescimento): atua sobre as cartilagens de crescimento dos
ossos, controla parte do metabolismo de gorduras, proteínas e hidratos de carbono.
Quando, na infância, a produção desse hormônio é insuficiente surge o quadro clinico
denominado nanismo, caracterizado pela deficiência no crescimento dos ossos e dos dentes, com
comprometimento geral do crescimento do organismo. Em contrapartida, a produção excessiva de
somatrotofina durante a fase do crescimento acarreta o gigantismo. No individuo adulto, a produção
significativa de somatrotofina resulta em acromegalismo, caracterizada pelo alongamento de pés e
mãos, pelo desenvolvimento excessivo do nariz, do queixo e das bordas supra-orbitais.
7.1 - BIOLOGIA
281
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Adrencorticotrófico (ACTH): estimula a secreção dos hormônios córticosupra-renais.
Hormônio folículo estimulante (FSH): estimula a formação do folículo de Graaf do ovário
e dos túbulos seminíferos do testículo.
Hormônios luteinizantes (LH): regula a produção e liberação de estrogênio, progesterona
e de testosterona.
Prolactina: estabiliza a secreção do estrogênio e progesterona e estimula a secreção de
leite.
Tirotrofina: estimula as tiróides e a formação de tiroxina.
Porção intermédia:
Estimuladora de melanócitos (MSH): regula a distribuição dos pigmentos.
Neruo-hipófise:
Oxitocina: atua no útero favorecendo as contrações no momento do parto, e em nível
mamário facilita a secreção do leite.
Vasopressina (ADH): regula a contração dos vasos sangüíneos, regulando a pressão e
ação antidiurética sobre os túbulos dos rins.
3- TIRÓIDE OU TIREÓIDE
A tiróide ou tireóide é uma grande glândula endócrina localizada no pescoço anterior, em frente
à traquéia. Ela produz as hormonas/hormônios T3 e T4 que estimulam o metabolismo celular.
A principal função da glândula tiróide é a produção de hormônios tiroidianos, T3 (triiodotironina)
e T4 (tiroxina). A produção destes hormônios é feita após estimulação das células pelo hormônio da
hipófise TSH (thyroid stimulating hormone) no receptor membranar do TSH, existem em cada célula
folicular. As células intersticiais, células c, produzem calcitonina, um hormônio que leva a diminuição da
concentração de cálcio no sangue (estimulando a formação óssea).
A tiroide é a única glândula endócrina que armazena o seu produto de excreção. As células
foliculares sintetizam a partir de aminoácidos e iodo (este é convertido a partir do íon iodeto presente no
sangue que armazenam activamente até grandes concentrações graças a um transportador membranar
específico) a proteína de alto peso molecular triglobulina que secretam dentro dos folículos numa
solução aquosa viscosa, o colóide. A triglobulina aí presente é digerida nos lisossomas, e tranformada
em t3 e t4 que são libertadas no exterior do folículo para a corrente sanguínea.
A atividade das células foliculares é dependente dos níveis sanguíneos de TSH (hormona
hipofisária tirotrófica). A TSH determina a taxa de secreção de t3 e t 4 e estimula o crescimento e a
divisão das células foliculares. Esta é secretada na glândula pituitária ou hipófise. A secreção de TSH
depende de muitos fatores, um dos quais é o feedback negativo pelas hormonas tiroideias (grande
quantidade de t3 ou t4 são sentidas pela hipófise a secreção de TSH é diminuída, e vice-versa).
Os hormônios tiroidianos T3 e T4 (a T3 é mais potente e grande parte da T4 é convertida em T3
nos tecidos periféricos) estimulam o metabolismo celular (são hormonas anabólicas) através de
estimulação das mitocôndrias. Efeitos sistêmicos importantes são maior força de contração cardíaca,
maior atenção e ansiedade e outros devido maior velocidade do metabolismo dos tecidos. A sua
carência traduz-se em déficit mental e outros distúrbios.
4-PARATIRÓIDES OU PARATIREÓIDES
As paratiróides ou paratireóides são dois pares de glândulas endócrinas que se situam atrás
ou embebidas na glândula tiróide. Elas produzem paratormona/paratormônio (PTH), a hormônio
principal da regulação da concentração de cálcio no sangue.
As glândulas supra-renais (ou adrenais) têm este nome devido ao fato de se situarem sobre os
rins, apesar de terem pouca relação com estes em termos de função. As supra-renais são glândulas
vitais para o ser humano, já que possuem funções muito importantes, como regular o metabolismo do
sódio, do potássio e da água, regular o metabolismo dos carboidratos e regular as reações do corpo
humano ao stress.
Existem doenças que se caracterizam pelo excesso de produção dos hormônios das supra-
renais; as principais são a síndrome de Cushing e o feocromocitoma.
5 – OVÁRIO
Ovário, em todos os seres vivos com órgãos diferenciados, é o órgão onde são produzidos os
gametas femininos – tanto nos animais como nas plantas.
Ovário das plantas
Das estruturas que constituem o carpelo, o estigma é o que se encontra na parte superior,
ligando-se ao ovário através de um pedúnculo, numa região designada por placenta.
Ovário dos humanos
O ovário tem uma região medular rica em vasos e a cortical, onde se localizam os folículos. Ele
tem a forma de amêndoa, medindo até 5 cm em seu maior diâmetro e possui um espessura máxima de
1,5 centímetro.
Sua região medular contém numerosos vasos sanguíneos e regula a quantidade de tecido
conjuntivo frouxo, e cortical, onde predominam os folículos ovarianos, contendo os ovócitos.
6- TESTÍCULO
O testículo é a gônada sexual masculina dos animais sexuados produzindo as células de
fecundação chamadas de espermatozóides (os gametas masculinos). Geralmente ocorre aos pares e
se situam protegidos por uma bolsa, chamada escroto ou no interior do corpo dos animais (geralmente
os répteis ou os marinhos). Também têm função de glândulas produzindo hormônios masculinos. Sua
função é homóloga a dos ovários das fêmeas.
Nos seres humanos, os testículos são suspensos pelos cordões espermáticos formados por
vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, músculo cremaster, epidídimo e canal deferente.
,
7 - SUPRA-RENAIS OU ADRENAIS
São glândulas endócrinas em forma de lua achatada, situadas uma sobre cada rim. São também
chamadas de adrenais e secretam vários hormônios, entre os quais destacam-se:
a aldosterona, a adrenalina (ou epinefrina)
a noradrenalina (ou norepinefrina).
Sua função básica está relacionada à manutenção do equilíbrio do meio interno, isto é, da
homeostase do organismo, frente a situações diversas de modificação desse equilíbrio (tensão
emocional, jejum, variação de temperatura, infecções, administração de drogas diversas, exercício
muscular, hemorragias, etc.).
A glândula supra renal é composta por uma região medular e por uma região cortical,
sendo que cada região é responsável pela produção de diferentes hormônios.
a) medula
A medula da supra-renal é responsável pela produção dos seguintes hormônios:
Adrenalina: é responsável pelo aumento da glicemia e da concentração de ácidos graxos livres,
já que ativa a lípase hormônio-sensível no tecido adiposo. Também tem papel no aumento do
débito cardíaco, no fluxo coronário e na pressão sistólica, devido ao seu grande efeito cardíaco.
Dopanima: baixo efeito cardíaco, aumenta a condutância periférica total levando ao aumento de
fluxo tecidual e, conseqüentemente, a queda da pressão diastólica (diástole). Uma associação
7.1 - BIOLOGIA
283
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
de dopamina e adrenalina promove aumento da pressão sistólica (sístole), diminuição da
pressão diastólica e broncodilatação. Qualquer sobrecarga é vencida pela resposta dada pela
supra-renal.
ATP: o ATP só tem ação hormonal quando sintetizado e liberado pela glândula supra renal, indo
ao miocárdio e aí fornecendo energia.
• b-endorfina: estimula o sistema anti-algésico, inibe a memória e diminui o aprendizado.
• Adrenomedulina: Aumenta a condutância periférica total, promove vasodilatação ampla e
aumento do fluxo tecidual (ação semelhante a da dopamina).
b) córtex
O córtex da glândula supra renal é dividido em zona glomerulosa e zona fascicular:
1. zona glomerulosa:
É a região produtora de mineralocorticóides como aldosterona, desoxicorticoesterona (DOC) e
corticoesterona.
2. zona fascicular:
Região responsável pela produção de glicocorticóides como cortisol, corticosterona e cortisona.
RIM
Rim é cada um dos dois órgãos excretores, em forma de feijão (tendo no ser humano,
aproximadamente 11 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura). É o principal órgão do
sistema excretor e osmoregulador dos vertebrados. Os rins filtram dejetos (especialmente uréia) do
sangue, e os excretam, com água, na urina; a urina sai dos rins através dos ureteres, para a bexiga.
FUNÇÕES DO RIM
Além de excretar substâncias tóxicas, os rins também desempenham muitas outras funções.
Abaixo estão listadas as principais funções renais:
Eliminar substâncias tóxicas oriundas do metabolismo, como por exemplo, a uréia e
creatinina;
Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio, potássio, cálcio,
magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outras;
Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo constante o pH sanguíneo;
Regular osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água do
organismo;
Excreção de substâncias exógenas como por exemplo medicações e antibióticos;
Produção de hormônios: eritropoietina (estimula a produção de hemácias), renina (eleva
a pressão arterial), vitamina D (atua no metabolismo ósseo e regula a concentração de
cálcio e fósforo no organismo), cininas e prostaglandinas.
Produção de urina para exercer suas funções excetrórias.
SUMÁRIO
1- Sistema reprodutor masculino
Os testículos
As vias espermáticas
As glândulas exócrinas
Pênis
Hormônios sexuais masculinos
2- Sistema reprodutor feminino
Ovários
Ovidutos
Útero
Vagina
Vulva
Ciclo ovulatório
O ciclo ovariano
Menopausa
Embriologia
Segmentação ou Clivagem
Gastrulação
3- Fisiologia da Reprodução
Ciclo reprodutor masculino
Testosterona
Ciclo reprodutor feminino
Hormônios sexuais femininos
7.1 - BIOLOGIA
285
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Os testículos
Com aproximadamente 5 centímetros de comprimentos, os testículos são formações ovóides
que se alojam no interior de uma bolsa ou escroto, situada entre as coxas. São as únicas glândulas
localizadas fora do corpo. Os testículos iniciam suas atividades por voltas dos dez ou onze anos,
produzindo o hormônio testosterona, responsável pelo desenvolvimento das características masculinas
corporais. No fim da puberdade, os testículos começam a desempenhar nova função: a produção dos
espermatozóides.
Normalmente os testículos descem para bolsa escrotal após o sétimo mês de vida intra-uterina.
Em alguns casos, no entanto, a migração dos testículos para a bolsa sofre retardamento ou interrupção.
Tal fenômeno é chamado criptorquidia (G. crypotos = escondido; orchis = testículos), que pode ser uni
ou bilateral.
No individuo em que apenas um dos testículos permanece escondido (criptorquidia unilateral) há
a possibilidade de produção normal de espermatozóides.
Temperatura adequada é condição indispensável para produção dos espermatozóides. Isso se
verifica no interior da bolsa escrotal, cujas finas paredes são adaptadas para manter uma temperatura
constate, ligeiramente inferior à corporal, em torno de 35ºC.
As vias espermáticas
As vias espermáticas iniciam-se nos próprios testículos, formando uma extensa rede de
condutos - de calibre muito variável – que termina na uretra.
Entre os testículos e a uretra, as vias espermáticas são constituídas por diferentes estruturas,
como os epidídimos, os canais deferentes e o ducto ejaculador.
Os epidídimos são estruturas genitais independentes. A parte que recobre o pólo superior do
testículo é formada por um aglomerado de minúsculos canais que saem dos testículos, enrolados como
novelos compactos – os canais deferentes.
Com início no final do epidídimo (portanto, no interior da bolsa escrotal), o canal deferente direto
reúne-se ao esquerdo e alcança a face posterior da bexiga, onde recebe o conduto excretor das
vesículas seminais e passa a chamar-se canal ejaculador. Este atravessa a próstata e abre-se na
uretra, canal que liga a bexiga com o meio exterior, depois de percorrer todo o comprimento do pênis.
As glândulas exócrinas
As glândulas do aparelho genital masculino que têm secreção externa são: as vesículas
seminais, a próstata e as glândulas bulboretrais.
Elas têm a função de reproduzir um líquido nutritivo para os espermatozóides chamados de
líquido seminal.
7.1 - BIOLOGIA
287
_____________________________________________________________________
EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Vulva
A vulva é o conjunto de formações externas que protegem a vagina e o orifício urinário e que
colaboram na copulação. É formada pelos grandes lábios, e pequenos lábios, clitóris e meato vaginal.
Por dentro dos grandes lábios estão os pequenos lábios, duas pregas cutâneas de reduzidas
dimensões e coloração rosa. No ponto de encontro superior desses lábios localiza-se um pequeno
tubérculo arredondado e erétil, o clitóris.
Às paredes do orifício vaginal aderem os bordos de uma delgada prega de mucosa altamente
vascularizada (o hímen), que, em geral, apresenta perfurações de diâmetro variável.
Ciclo ovulatório
Durante a puberdade, o aparelho genital começa a funcionar. Com a primeira menstruação,
tecnicamente denominada menarca, a menina passa a ser moça, o que ocorre por volta dos 11 a 13
anos nas mulheres brasileiras. A partir daí, em condições normais, o ciclo menstrual repetir-se-á em
períodos de 25 dias, e outras, em períodos de 35 dias.
O ciclo ovariano
Todas as alterações clínicas do aparelho genital feminino são reguladas pela hipófise, glândula
situada no meio da base do cérebro. O lobo anterior da hipófise segrega vários hormônios. Dois deles
destinam-se especificamente e regular as atividades do aparelho genital da mulher.
Os dois hormônios hipofisários gonadotróficos são: o FSH (hormônio folículo estimulante) que
estimula o crescimento dos folículos no ovário e o LH (hormônio luteinizante) que estimula a ovulação e
transformação do folículo em corpo lúteo ou corpo amarelo. O lobo anterior da hipófise produz nas
meninas um outro hormônio, a prolactina, que estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias
após o parto.
Os ovários, por sua vez, também produzem dois hormônios que atuam no ciclo ovulatório. O
folículo produz o estrógeno, que, além de estimular o desenvolvimento e a manutenção dos caracteres
sexuais femininos, atua no ciclo estimulando a regeneração da mucosa do útero após a menstruação. O
corpo lúteo produz a progesterona, que prepara a mucosa do útero para nidação.
Simplificadamente o ciclo ovulatório ocorre da seguinte maneira: o início da menstruação
(descamação da mucosa uterina) marca o início de um
novo ciclo ovulatório. Nesse momento, a taxa de todos
os hormônios é baixa.
No começo de um novo ciclo, aumenta a taxa
do FSH que estimula o desenvolvimento de alguns
folículos primários, os quais aumentam a secreção do
estrógeno. O estrógeno estimula a produção do LH e a
inibição do FSH produzidos pela hipófise.
Por volta do 14º dia do ciclo, a taxa do LH e do
estrógeno é alta e a do FSH é baixa.
O folículo que completa o amadurecimento
rompe-se e corre a ovulação. O folículo que libera o
ovócito transforma-se em corpo lúteo.
Depois da ovulação, com a formação do corpo
lúteo, diminui a produção do estrógeno e do LH e
aumenta a produção do progesterona pelo corpo lúteo. A progesterona prepara a mucosa do útero para
a nidação.
Por volta do 21º dia do ciclo, a taxa de progesterona é alta. Se não ocorreu fecundação, a partir
deste momento o corpo lúteo começa a regredir e diminui a produção de progesterona.
No 28º dia do ciclo, a taxa de todos os hormônios é novamente baixa, condição para que se
inicie uma nova menstruação, que marca o final deste ciclo e início do outro.
Se ocorrer fecundação, o embrião vai se fixar na mucosa uterina. A sua placenta passa a
produzir a gonadotrofina coriônica (HGC), hormônio que estimula a produção de progesterona pelo
corpo lúteo. Desta forma, a taxa de progesterona mentem-se elevada até o final do ciclo, impedindo a
ocorrência da menstruação e o início de um novo ciclo.
A suspensão da menstruação é um dos sintomas da gravidez. Durante a gravidez não ocorrerão
novas ovulações nem menstruação.
Com todos esses nomes difíceis na formação de um embrião, quando a criança nasce é até
um alívio chama-la Maria, se menina, ou João se for menino. UFA!
7.1 - BIOLOGIA
289
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EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
3- FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
Ciclo Sistema reprodutor masculino
Puberdade: os testículos da criança permanecem inativos até que são estimuladas entre 10 e
14 anos pelos hormônios gonadotroficos da glândula hipófises (pituitária).
O hipotálamo libera FATORES LIBERADORES DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓFICOS que
fazem a hipófise liberar FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante).
FSH estimula a espermatogênese pela célula dos túbulos seminíferos. LH estimula a produção
de testosterona pelas células intersticiais dos testículos até características sexuais secundárias e
elevação do desejo sexual.
Testosterona
Efeito na espermatogênese.
A testosterona faz com que os testículos cresçam. Ela deve estar presente, também, junto com o
folículo estimulante, antes que a espermatogênese se complete.
Efeito nos caracteres sexuais masculinos.
Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a secretar
testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então, auxilia o feto a
desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundarias masculinas. Isto é, acelera a
formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas seminais, dos ductos deferentes e dos
outros órgãos sexuais masculinos. Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da
cavidade abdominal para a bolsa escrotal; se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os
testículos não conseguem descer; permanecem na cavidade abdominal. A secreção da testosterona
pelos testículos fetais é estimulada por um hormônio chamado gonadotrofina crônica, formado na
placenta durante a gravidez. Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a
placenta remove este feito estimulador, de modo que os testículos deixem de secretar a testosterona.
Em conseqüência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento
até a puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona induz os órgãos
sexuais masculinos a retornar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o pênis crescem, então,
aproximadamente mais 10 vezes.
7.1 - BIOLOGIA
291
_____________________________________________________________________
EJA – ENSINO MÉDIO – MÓDULO II
Índice
Título Página
Física
Aula 01 – Introdução 295
Aula 02 – Mecânica - Cinemática 300
Aula 03 – Movimento Retilíneo e Uniforme 305
Aula 04 – Movimento Uniformemente Variado 308
Aula 05 – Mecânica – Estatística 318
Aula 06 – Mecânica – Dinâmica 328
Aula 07 – Trabalho e Energia 335
Aula 08 – Impulso ou Quantidade de Movimento 344
Aula 09 – Termologia 347
Aula 10 – Dilatação Térmica 349
Aula 11 – Calorimetria 350
Aula 12 – Óptica 358
Aula 13 – Propagação da Luz 360
Aula 14 – Eletricidade 370
Aula 15 – Força Elétrica 377
Aula 16 – Campo Elétrico 379
Aula 17 – Potencial Elétrico 384
Aula 18 – Eletrodinâmica 386
Aula 19– Estudo dos Resistores 394
294
7.1 - FÍSICA
_________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Aula 01 – Introdução
SUMÁRIO
- Introdução
- O que é Física
- Ramos da Física
- O universo
- A Física e a Matemática
- Método em física
- Método experimental
- Medidas de comprimento
INTRODUÇÃO
O QUE É A FÍSICA
A palavra física tem origem grega e significa natureza. Assim, a Física é a ciência que
estuda a natureza, daí o nome ciência natural. Em qualquer ciência, acontecimentos ou
ocorrências são chamados fenômenos, ainda que não sejam extraordinários ou excepcionais. A
simples queda de um lápis, por exemplo, é, em linguagem científica, um fenômeno. Os fenômenos
na Natureza são tão variados e numerosos, mesmo que, não sejam extraordinários ou
excepcionais. A simples queda de um lápis, por exemplo, é em linguagem científica, um
fenômeno. Com consequência disso, a física tem um campo de estudo cada vez mais amplo.
295
7.1 - FÍSICA
_________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
O homem tem suas primeiras informações do Universo através de seus sentidos: vê a luz
de um relâmpago, ouve o som de um trovão e pelo tato tem, entre outras noções, a de quente e
frio, motivando o estudo do calor.
Consequentemente, classificou os fenômenos observados de acordo com o sentido
empregado na observação. Relacionou a luz com o ato de ver, e daí surgiu uma ciência chamada
Óptica.
Através da audição estudou as propriedades do som e surgiu outra ciência, a Acústica.
O movimento é o fenômeno mais comum na vida diária e, por isso, é o mais estudado até
hoje, dando origem à Mecânica.
Essas ciências (Óptica, Acústica, Estudo do Calor ou Termologia e Mecânica) foram
muitas vezes estudadas, independentemente umas das outras, mas fazem parte do vasto mundo
da Física.
As propriedades elétricas da matéria só foram estudadas profundamente no século XIX, e
esse estudo, conhecido como Eletricidade, é outro ramo da Física. No século XX, a discussão da
constituição da matéria deu origem à Física Nuclear.
O UNIVERSO
A FÍSICA E A MATEMÁTICA
NÃO
SE ASSUSTE!!!!
296
7.1 - FÍSICA
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MÉTODO EM FÍSICA
Usando Métodos
tudo se resolve!
O método científico busca uma verificação dos fenômenos por meio de observações e
experiências (fatos), ou seja, busca na natureza a resposta para suas perguntas e a confirmação
de suas hipóteses (opiniões baseadas em fatos).
Por exemplo, uma pergunta que vem sendo feita desde a Antiguidade se refere à queda
dos corpos: um corpo pesado e um corpo leve, soltos ao mesmo tempo e de uma mesma altura,
chegarão juntos ao chão?
Várias pessoas deram soluções para essa pergunta. Os gregos antigos achavam que o
lugar natural das coisas pesadas era o solo, por isso caem, sendo que as de maior peso chegam
primeiro. Assim como as coisas leves sobem para o céu, lugar natural do que é leve, como o fogo
ou os gases quentes. Essa forma de olhar a queda dos corpos se mantém por muitos milênios,
quase como uma afirmação sagrada, da qual não se podia duvidar, mas, por volta de 1500,
cientistas criaram o método experimental, que é a base do método científico. Um fenômeno que
ocorre em todos os lugares, como o reflexo de um rosto num espelho, é chamado de fenômeno
natural.
Galileu Galilei, o primeiro a escrever sobre esse método, estudou o fenômeno da queda
dos corpos fazendo observações e medições do fenômeno, ou seja, ele começou a observar
como, quando e, em que situação o fenômeno ocorria. Galileu deixou cair uma bala de um canhão
e um mosquete, cem vezes mais leve, do alto da Torre de Pisa, na Itália.
Isso permitiu a Galileu a seguinte conclusão:
Dois corpos abandonados, ao mesmo tempo, de uma mesma altura, chegam juntos
(simultaneamente) ao solo, mesmo que tenham pesos diferentes.
297
7.1 - FÍSICA
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O MÉTODO EXPERIMENTAL
O que você vai fazer agora é uma experiência simples para observar a queda dos corpos
na superfície da Terra e conhecer um pouco mais sobre o método experimental.
Pegue uma folha de papel do seu caderno. Segure a folha sobre a palma da mão esquerda
e o caderno sobre a palma da mão direita, mantendo os dois à mesma altura do chão.
Espere alguns instantes e solte-os ao mesmo tempo. Qual dos dois objetos cai mais
rápido?
Realmente, nestas condições, o caderno cai mais rápido do que a folha de papel, ou seja,
apenas confirmamos o que já se esperava.
Façamos
outra Vamos trabalhar
experiência!. um pouco!!!!!!
Se sua resposta foi: os dois chegam ao mesmo tempo, você está perfeitamente correto. O
que fizemos?
Nós controlamos a experiência. Impedimos que o ar atrapalhasse a queda da folha de papel e
também pudemos ver que tanto a folha, quanto o caderno, caíram juntos até o chão.
Essa foi a grande “sacada” de Galileu ao criar o método experimental. Nas aulas a seguir,
estudaremos novamente o movimento da queda dos corpos na superfície da Terra.
MEDIDAS DE COMPRIMENTO
Para melhor conhecermos as grandezas que interferem num fenômeno, a física recorre às
medidas.
Medidas, estas, que fazem parte do Sistema Internacional (SI).
298
7.1 - FÍSICA
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O SI estabelece sete grandezas físicas fundamentais das quais são derivadas todas as
outras. São elas:
Corrente Quantidade de Intensidade
Comprimento Massa Tempo Temperatura
elétrica matéria luminosa
Grama g 0,001kg
Tonelada t 1.000kg
Massa
Quilate - 0,0002Kg ou 0,2g
Libra lb 0,454Kg ou 454g
Arroba - 14,688Kg
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Observações interessantes!!
Você deve ter notado que algumas unidades têm QUADRO RESUMIDO
símbolos diferentes, como a polegada, o pé, a jarda. Essas 1 Km = 1.000 m = 10³ m
unidades foram adaptadas do inglês: 1 1 2
1 cm = m = 2
m = 10 m
Polegada é inches, daí o símbolo de in; 100 10
Pé é feet, por isso, seu símbolo é ft; 1 1 3
1 mm = m= m = 10
Jarda é yard, por isso, seu símbolo é yd. 1.000 10 3
Atualmente é comum utilizar o símbolo pol, para 1 min = 60s
indicar a unidade polegada.
1 h = 60min = 60.60s = 3600s
SUMÁRIO
- Movimento
- Repouso
- Referencial
- Trajetória
- Movimento Retilíneo
- Movimento Curvilíneo
- Velocidade Escalar Média
- Tipos de movimento
- Movimento Progressivo
- Movimento Retrógrado
CINEMÁTICA
O ESTUDO DOS MOVIMENTOS
Cinemática é a parte da Física que estuda os movimentos, sem levar em conta as causas e as
conseqüências desses movimentos.
MOVIMENTO é o estado em que se encontra um corpo enquanto muda de posição no
espaço, em relação ao tempo e a um ponto de referência (REFERENCIAL).
300
7.1 - FÍSICA
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Um corpo está em REPOUSO quando não muda de posição no espaço, em relação ao tempo e
a um ponto de referência (referencial).
TRAJETÓRIA
Imagine que você saia da sua mesa de estudo, vá até a porta, vire à direita, caminhe até o
pátio, desça a escada e chegue à calçada da rua. Você fez um percurso passando por vários
pontos. Se unirmos esses pontos, descreveremos a sua trajetória.
Logo:
TRAJETÓRIA de um corpo é a sucessão de pontos (todos os lugares)
ocupados por ele no espaço durante um movimento.
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Podemos observar que o veículo partiu de uma posição inicial no Km 20, no instante 12:00
horas.
O veículo chegou ao seu destino final no km 100, depois de 1 hora, que corresponde a sua
posição final.
ORIENTAÇÃO DA TRAJETÓRIA
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S
Vm =
t
S S0
Vm =
t t0
Observação: Sendo:
S (Delta “S”) a variação da posição final menos a posição inicial
S = S – S
0
Voltando do interior, o mesmo motorista verifica que, quanto mais ele se aproxima da
capital, as posições vão decrescendo. Sua posição inicial é maior que a posição final.
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Assim, descobrimos que a trajetória foi orientada do marco zero (capital) com o sentido
para o interior. E isso não se modificou durante o movimento de ida e volta.
Então, o que mudou? Foi o sentido do movimento do automóvel. Indo para o interior, terá o
mesmo sentido da orientação da trajetória. E voltando, ele terá sentido contrário. Para
diferenciarmos estas duas situações nós as denominamos de:
MOVIMENTO PROGRESSIVO
MOVIMENTO RETRÓGRADO
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SUMÁRIO
MRU
Função horária do espaço em relação ao tempo.
DEFINIÇÃO:
Movimento Retilíneo e Uniforme é o movimento que acontece numa trajetória retilínea
(reta) e com uma velocidade que se mantém constante (não muda) durante todo o percurso.
Suponhamos que você realizou uma viagem entre duas cidades A e B, que se encontram
numa rodovia retilínea (reta). Se você sair da cidade A com uma velocidade de 80 km/h, e durante
o trajeto, a sua velocidade permanecer em 80 km/h, você chegará à cidade B com uma velocidade
de 80 km/h, ou seja, sua velocidade não muda durante a viagem.
Concluímos assim que você realizou um movimento retilíneo e uniforme:
EQUAÇÃO HORÁRIA OU
FUNÇÃO HORÁRIA DO ESPAÇO EM RELAÇÃO AO TEMPO
No MRU a velocidade é constante, mas o espaço varia (muda) com o decorrer do tempo.
Para sabermos como ocorre esta variação nesse movimento foi criada uma equação
chamada: Equação ou função horária dos espaços
S = S 0 + Vt
S S S0
Vm = V =
t t t0
S S0
V= V.t = S - S 0
t0
E isolando-se S, temos:
S 0 + Vt = S ou
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VAMOS APLICAR
O QUE APRENDEMOS!!!!!!!
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Um ciclista corre com velocidade constante de 12m/s ao longo de uma pista retilínea. Ao
passar pela posição mostrada na figura, é acionado um cronômetro que começa a contar o tempo
a partir de zero.
A) Considerando a árvore como origem das posições, qual a função horária do movimento?
Resposta:
Adotando como positivo o sentido para a direita, a velocidade do ciclista é positiva v= 12m/s.
(movimento progressivo). Se a velocidade do ciclista é constante e a trajetória é retilínea, o
movimento do ciclista é retilíneo e uniforme (MRU). Logo, a função horária das posições é
V = 12m/s
S = 4m (metros)
S 0 = 4m S = 184m
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SUMÁRIO
- MUV
- Aceleração escalar Média (AM)
- Classificação dos movimentos
- Movimento Acelerado
- Progressivo
- Retrogrado
- Movimento Retardado
- Progressivo
- Retrógrado
- MRUV
- Equação horária da velocidade
- Equação horária do espaço
- Fórmula de Torricelli
- Queda dos corpos
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v v2 v1
am =
t t 2 t1
No exemplo anterior, a aceleração média do automóvel é:
v 2 v1 15m / s 5m / s 10m / s
am = am =
t 2 t1 1s 0 1s
Isso significa que o resultado da velocidade aumentou, em, 10m/s em cada 1s.
Uma outra forma de indicar a unidade de medida da aceleração escalar média é:
10m / s m 1 m
am = = 10 . ou 10 m (lê-se: 10metros por segundo ao quadrado)
1s s s s2 s2
Podemos utilizar também a unidade quilômetro por hora ao quadrado. ( k m ).
h2
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS
Quando um móvel possui aceleração, o seu movimento pode ser classificado como
acelerado ou retardado.
Quando um carro esta acelerando, sua velocidade aumenta no decurso do tempo. Quando
está retardando, sua velocidade diminui com o tempo. No entanto, cuidado com essas noções!
Elas seriam verdadeiras se as velocidades fossem sempre positivas.
Em cinemática, de acordo com a orientação da trajetória, a velocidade escalar pode ser
positiva ou negativa. Assim, a nos referirmos a acelerado ou retardado, devemos trabalhar com
MÓDULO (o valor absoluto positivo) da velocidade escalar. Quando aceleramos ou retardamos
um veículo, estamos aumentando ou diminuindo o módulo da velocidade escalar.
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+
t1 t2
v1=(80Km/h) v2=(120Km/h)
t1 t2
v1= (-80Km/h) v2=(-120km/h)
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+
t1 t2
v1 = (120Km/h) v2 = (80Km/h)
t1 t2
v1= (-120Km/h) v2=(-80km/h)
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Para que isso ocorra em qualquer intervalo de tempo, a aceleração escalar média, deve
ser, diferente de zero e igual à aceleração escalar instantânea.
V = V 0 + a.t
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V V2 V1 e t t 2 t1
Então
v 2 v1
a=
t 2 t1
t0= 0 t
a = V –V 0
t
a.t = V – Vo
isolando V teremos:
V 0 + at = V ou V = V0 +at
Onde:
V 0 = Velocidade inicial ou velocidade no instante inicial
V = Velocidade final ou velocidade no instante final
t 0 = Instante inicial
t = instante final
a = aceleração
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1
S= S 0 + V 0 t + a.t²
2
Esta função permite determinar a posição S num intervalo t qualquer, desde que se
conheçam a posição inicial S 0 , a velocidade V 0 e a aceleração a.
FÓRMULA DE TORRICELLI
O físico Evangelista Torricelli (1608-1647) foi responsável pela fórmula que relaciona a
velocidade com o espaço percorrido pelo corpo num movimento uniformemente variado.
A equação de Torricelli é representada pela equação
V = V0 + 2 a
2 2
S
Onde
V 0 = Velocidade inicial
V = Velocidade final
Na decolagem, um avião percorre, a partir do repouso e sobre uma pista, 900m com
aceleração Escalar constante de 50m/s². Calcule a velocidade de decolagem do avião.
Resposta:
V²= V 0 + 2a S V²= 0² + 2.50.900 V²= 90 000 V=
2
90000 V = 300m/s
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g = 9,80665 m/s²
DESCRIÇÃO MATEMÁTICA
Figura 01
QUEDA LANÇAMENTO PARA CIMA
A
C
E R
L E
E TA
R R
A D
D A
O D
O
Figura 02
h=máxima
V0
À medida que o corpo lançado verticalmente para cima, ou seja, sobe, sua velocidade
escalar decresce até se anular na altura máxima. Aí, o móvel muda de sentido e desce em
movimento acelerado (figura 02).
Estudemos os sinais da velocidade escalar e da aceleração escalar, segundo convenções
algébricas.
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7.1 - FÍSICA
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Figura 3
a) b)
V>0
V<0
V0
Subida Descida
c) d) g
V>0 g A
R C V<0
E
TA E
R
D L
A a <0 E
D
O R a <0
A
Subida D Descida
O
Obs.: A velocidade escalar muda de sinal, mas a aceleração escalar é negativa quando
orientamos a trajetória para cima, esteja o corpo subindo ou descendo.
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7.1 - FÍSICA
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a) b)
V<0
V>0
V0
Subida Descida
c) d) g
g A
V<0 V>0 C
R
E
E
L
TA
E
R R
D
A a >0 A
D
D a >0 O
O
D
Subida Descida O
Obs.: A velocidade escalar muda de sinal, mas a aceleração escalar é positiva quando
orientamos a trajetória para baixo, esteja o corpo subindo ou descendo.
Assim, num lançamento na vertical e numa queda livre, o sinal da aceleração escalar só é
determinado pela orientação da trajetória e não depende de o corpo estar subindo ou
descendo.
Subir ou descer está apenas associado ao sinal da velocidade escalar.
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SUMÁRIO
- Mecânica – Estática
- Estado das forças
- Direção e sentido de uma força
- Ponto de aplicação de uma força
- Representação gráfica de uma força
- Sistemas de força
- Cálculo do sistema de forças
ESTÁTICA
ESTUDO DAS FORÇAS
O que é FORÇA?
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7.1 - FÍSICA
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Você vê dois caminhos distintos e perpendiculares entre si: um liga o norte ao sul e outro
que liga o leste ao oeste. Nós encontramos, nessa figura, duas DIREÇÕES distintas e
perpendiculares entre si.
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7.1 - FÍSICA
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A F1
O 90°
F2
DIREÇÃO de uma força é a reta sobre a qual se orienta o sentido dessa força.
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7.1 - FÍSICA
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Repare na figura:
O dedo empurra a bola para frente. Onde está o ponto de aplicação dessa força?
Na parte da frente da bola? Na parte de trás da bola? Em cima da bola? Embaixo da bola?
É claro que está na parte de trás da bola!
Logo, é correto dizer que:
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7.1 - FÍSICA
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A B
UNIDADES DE FORÇA
As unidades mais usadas no estudo das forças são quilograma força (Kgf), e o
Newton(N).
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7.1 - FÍSICA
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Os sistemas de forças mostrados nas figuras podem ser representados graficamente por
vetores, assim:
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7.1 - FÍSICA
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Sempre que se instala um sistema de forças sobre um corpo, observamos que esse corpo
parece obedecer à ação de uma força única, que chamamos de resultante (R), capaz de
substituir todas as forças do sistema, fazendo o mesmo efeito delas.
Num sistema de forças, as forças atuantes são chamadas componentes e o efeito delas é
representado pela resultante.
A expressão “compor forças” significa “determinar a resultante de um sistema de
forças”.
RESULTANTE é a força que, sozinha, é capaz de produzir o mesmo efeito que todas as
componentes juntas.
O barco, puxado por dois cavalos de mesma força, se movimenta sujeito a um sistema em
que a resultante corresponde á força (bem maior) de um único cavalo (mais forte) que o puxasse
caminhando pelo meio do rio.
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7.1 - FÍSICA
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Admitindo-se, na figura acima, que o primeiro homem puxa a corda com força horizontal de
35Kgf (F 1 ), o segundo homem puxa a mesma corda com força de 40Kgf (F 2 ), o terceiro com
força de 25 Kgf (F 3 ), e o quarto, com força de 30Kgf(F 4 ), a resultante do sistema corresponderá a
uma força única de 130Kgf (R).
R = F1 + F 2 + F 3 + F 4
R = 35 + 40 + 25 + 30
R = 130Kgf
CONCLUSÃO: Os quatro homens puxam o móvel com força comparável a de um gigante que
puxasse o móvel com força de 130Kgf.
b) Forças de mesma direção e sentidos opostos
Num sistema de forças de mesma direção, porém de sentidos opostos ou contrários, a
intensidade da resultante é calculada subtraindo-se a força menor da força maior. A diferença dá
a intensidade da resultante. O sentido da resultante será o da componente maior.
R = F1 - F 2
R = 25Kgf - 20Kgf
R = 5 Kgf
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R = F 1 + F 2 R = 12 + 24 R = 36 Kgf
R = 25Kgf – 5 Kgf
R = 20Kgf
d) Forças concorrentes ou angulares são aquelas que atuam sobre um mesmo ponto de
aplicação formando um ângulo.
O ângulo formado pode ser de 90º ou diferente de 90º.
Forças concorrentes com ângulo de 90º.
Num sistema de forças em que o ângulo é de 90º (ângulo reto), a resultante pode ser
calculada pela aplicação do teorema de Pitágoras. “O quadrado da hipotenusa é igual à soma
dos quadrados dos catetos”.
Imagine que as forças F 1 e F 2 da figura acima, atuem sobre o ponto 0, formando um
ângulo de 90º.
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7.1 - FÍSICA
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F1 F1 R
90°
0 F2
0 F2
A diagonal que vai desde o ponto de aplicação das componentes até o cruzamento das
linhas traçadas dará a resultante do sistema. Você pode observar que, dessa forma, surgem dois
triângulos dentro do paralelogramo. Ambos são triângulos retângulos. A resultante de forças
compreende a hipotenusa de qualquer desses dois triângulos. Aí, é só aplicar o teorema de
Pitágoras. Vejamos um exemplo.
Qual será a resultante de forças num sistema de forças angulares em que F 1 tem o valor
6Kgf e F2 tem o valor de 8Kgf?Note-se que essas forças são perpendiculares e atuam sobre o
mesmo ponto de aplicação.
RESOLUÇÃO catetos: O F1 = 6Kgf ; OF2 = 8Kgf
F2= 8Kgf
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7.1 - FÍSICA
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SUMÁRIO
- O Estudo das forças e dos movimentos
- Dinâmica
- Força
- Interação entre os corpos
- Princípio da inércia ou 1ª Lei de Newton
- Diferencial entre massa e peso
- Segunda Lei de Newton
- Equação Fundamental da Dinâmica
- Princípio da Ação e Reação ou 3ª Lei de Newton
-
DINÂMICA
DINÂMICA
A dinâmica desenvolveu-se a partir de certos conceitos chamados de Leis da Dinâmica, ou
seja, as três leis de Newton.
Quando empurramos um automóvel (aplicamos uma força) que está com velocidade
constante (movimento uniforme) alteramos a sua velocidade.
Se a força for no sentido do movimento, sua velocidade aumentará (movimento acelerado).
Se a força for em sentido contrário ao movimento, sua velocidade diminuirá (movimento
retardado). Logo a dinâmica estuda as causas que produzem e modificam o movimento.
A Relação entre força e aceleração constitui a base da mecânica clássica, formulada por
Isaac Newton.
FORÇA
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7.1 - FÍSICA
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Sendo assim, desde que o corpo esteja parado, não deve, por si mesmo, entrar em
movimento.
Se estiver em movimento, não deve por si mesmo, parar. Pode mover-se ou pode parar, se
forças externas atuarem sobre ele. A final, você aprendeu que força é toda causa capaz de
provocar, modificar ou até paralisar movimentos.
Você já observou que, quando um veículo dá sua partida (arrancada para frente), os
passageiros tendem a deslocarmos seus corpos para trás? Por quê? Isso acontece porque os
corpos dos passageiros tendem a conservar o estado de imobilidade de que estão possuídos.
Quando o veículo se desloca, os corpos acomodados dentro dele tendem a permanecer onde
estão, reagindo contra o movimento.
Se o veículo para bruscamente, os corpos são projetados para frente. Por quê?
Agora responda
Você mesmo!
329
7.1 - FÍSICA
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Para se avaliar a massa de um corpo, é preciso ter uma balança de dois pratos. Num dos
pratos, coloca-se o corpo a examinar. No outro prato da balança, são colocadas peças que
correspondem a múltiplos ou frações do quilograma-padrão. Conhecida a massa da peça (ou
peças) colocada no segundo prato, quando a balança estiver equilibrada, evidentemente essa
massa será igual à do corpo que está sendo avaliado. Logo, fica-se automaticamente sabendo a
massa do corpo examinado.
Com mais rigor, podemos definir massa como sendo a medida da inércia. Isso significa
que quanto mais massa tem um corpo, mais difícil me o movimentá-lo (tirando-o da condição de
imobilidade) ou pará-lo (anulando o seu movimento).
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7.1 - FÍSICA
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Bem, e agora...
O que é Peso?
Peso é a força com que a Terra atrai um corpo, pela ação da gravidade. Essa força é
proporcional à massa do corpo.
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7.1 - FÍSICA
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P=m.g
Vejamos:
Qual será o peso de um corpo que se encontra na Terra com massa de 5Kg, sabendo-se
que a gravidade na Terra é de 9,8m/s²?
P = m .g
P = 5 . 9,8 P = 49N
Concluímos que:
Como já foi visto anteriormente, a massa do corpo tanto na Terra como na Lua
permaneceu a mesma, logo, o peso sofreu alteração devido a diferença da gravidade
dos dois astros.
Este princípio estabelece uma relação entre a força (causa) e a aceleração (efeito) que o
corpo ganha. Observe a figura abaixo:
m
⃗⃗⃗⃗⃗
De acordo com a Segunda Lei de Newton, um ponto material de massa m, submetido à ação de
uma força resultante ⃗⃗⃗⃗⃗ , adquire uma aceleração , na mesma direção e mesmo sentido da força
resultante aplicada.
Assim:
⃗⃗⃗⃗⃗ = m .
332
7.1 - FÍSICA
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m
1N = kg .
s2
No sistema CGS a unidade de massa é a grama (g), a unidade de aceleração é o
centímetro por segundo ao quadrado (cm/s²) e a unidade de força é a dyna (dyn)
cm
dyn =g.
s2
Determine a aceleração de um corpo de massa 18kg, sabendo-se que sobre ele atua uma
força horizontal de 54N de intensidade.
F
m
FIGURA 1
A
B
F
333
7.1 - FÍSICA
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Mas se o A aplica uma força no B, este reage e aplica outra força no A, de mesmo módulo,
mesma direção, mas com sentidos oposto, conforme a figura abaixo, onde colocamos somente o
corpo A:
Observação: Isolando o bloco A, da figura1, (ele visto sozinho).
A
F F BA
As duas forças que aparecem podem ganhar nomes especiais FAB e FBA, pois são
aplicadas por corpos diferentes, onde:
“Sempre que um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, este reage exercendo em
A uma outra força, de mesma intensidade e direção, mas de sentido contrário”
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7.1 - FÍSICA
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SUMÁRIO
- Trabalho e energia.
- Tipos de energia.
- Trabalho de uma força.
- Energia Cinética ou do Movimento.
- Energia Potencial Gravitacional.
- Energia Potencial Elástica.
- Princípio da conservação da Energia.
- Conservação da Energia Mecânica.
TRABALHO E ENERGIA
Todos os dias ouvimos a frase ”fulano trabalha 12 horas por dia, enquanto sicrano não
trabalha”. Nessas frases há o termo trabalho, que também comparece em física, mas com
significado muito preciso e diferente do anterior.
As palavras Trabalho, Potência e Energia são termos que além de possuir um significado
específico para a ciência, possuem também outros sentidos na linguagem “não científica”.
Certamente você já ouviu estas frases:
- O trabalho dignifica o Homem.
- Os Estados Unidos são uma potência econômica.
- Essas meninas têm muita energia, elas não cansam nunca!
- Os alimentos são fontes de energia e saúde!
- O pai usou de energia ao repreender o filho!
Neste caso, Trabalho pode ser considerado como uma forma de enobrecer o Homem,
Potência como destaque no cenário e a Energia foi utilizada como sinônimo de disposição, vigor e
firmeza.
Em outros momentos, essas palavras aparecerão em frases como:
- O trabalho realizado sobre o corpo causou um deslocamento.
- A potência deste motor é grande.
- Com a falta de chuvas, é preciso economizar energia.
- A Energia Cinética está relacionada com o movimento do corpo.
- O sol é a principal fonte de energia para o planeta Terra.
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7.1 - FÍSICA
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Energia Luminosa,
Energia Térmica,
A eletricidade pode ser transformada em: Energia Mecânica,
Energia Eólica
Energia Sonora.
A energia elétrica produzida nas usinas, em nossa casa pode ser transformada em
luminosa nas lâmpadas, térmica no chuveiro ou no ferro de passar, sonora no aparelho de som,
mecânica e eólica no ventilador.
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7.1 - FÍSICA
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V0 d V
Esta força imprimirá ao corpo uma aceleração constante de valor a. O trabalho realizado
pela força para deslocar o corpo de uma distância qualquer é F.d
Como F= m .a = m .a.d
V 2 V02 mV 2 mV02 mV 2
Então: m onde Ec
2 2 2 2
O que resulta:
Ecf Energia cinética final
Ecf Eci onde
Eci Energia cinética inicial
Assim
mV 2
Ec
2
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7.1 - FÍSICA
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h = 6m
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g=-10m/s²
Nível de referência
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7.1 - FÍSICA
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F=K. x
Esta expressão é conhecida como Lei de Hooke, pois o físico inglês Robert Hooke (1635 –
1703) foi quem a propôs em 1678, quando escreveu um artigo sobre a elasticidade dos corpos.
A constante de proporcionalidade K é denominada constante elástica da mola. Seu valor
depende do material e das características da mola.
Exemplo: Se uma mola K = 100N/m, significa afirmar que é necessário uma força de intensidade
100N para que a deformação da mola seja igual a 1m.
A representação gráfica entre a força aplicada e a deformação é dada a seguir.
força
área
deformação
x
F .x
mas como F = K . x
2
F .x.x
= Epe
2
Kx 2
Epe =
2
Esta expressão permite o cálculo da Energia Mecânica Potencial Elástica de uma mola.
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7.1 - FÍSICA
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Em =Ec + Ep
Em =Ec + Ep = constante
O que se ganha em energia cinética perde-se em energia potencial ou vice versa, de tal
modo que a energia mecânica permanece constante (inalterada).
Observe um corpo em repouso, inicialmente na posição A.
A --------------
m.v 2
Ec=
2
B
Por definição, teremos que E mB = E CA + E pA Epg= m.g.h
E CA = 0 pois V A = 0
Então,
EmA EPA
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7.1 - FÍSICA
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Mas
E PB = 0 pois h B = 0
Então,
E MB = E CB
SUMÁRIO
- Impulso ou Quantidade de movimento.
- Princípio da conservação da quantidade de movimento.
t
O Impulso é igual ao produto da Força F pelo intervalo de tempo
= . t
O impulso, sendo uma grandeza vetorial, tem três características:
Intensidade: I = F t
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7.1 - FÍSICA
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1) É mais fácil parar uma bicicleta do que um caminhão em movimento, quando ambos
possuem a mesma velocidade, porque o caminhão tem massa maior que a bicicleta.
2) Um projétil disparado por uma arma penetra com maior profundidade numa madeira do
que se fosse lançado manualmente, porque possui velocidade maior.
Esses exemplos mostram a necessidade de definir uma nova grandeza física que relacione
a massa de um corpo a sua velocidade, para caracterizar o estado de movimento desse corpo.
Essa grandeza física é denominada quantidade de movimento.
Consideramos um ponto material de massa m e velocidade ⃗ .
m ⃗
Q=m⃗
Uma dessas situações, por exemplo, ocorre quando do encontro frontal de dois automóveis ou de
duas jamantas. Em igualdade de velocidade, o segundo acidente é mais terrível que o primeiro,
pois nessa colisão não estão em jogo apenas as velocidades das jamantas envolvidas, como
também suas quantidades de movimento
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7.1 - FÍSICA
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⃗⃗⃗⃗ = ⃗⃗⃗⃗
Aplicando o que
aprendemos!
Aplicação 01)
Um corpo de massa 3kg está em repouso sobre um plano horizontal liso.Aplica-se sobre o
corpo uma força constante, horizontal, no valor de 2,4 N, durante 5s. Nesse intervalo de tempo o
corpo sofre um deslocamento e desenvolve uma velocidade de 3,2m/s.
a)Calcule a intensidade do impulso aplicado ao corpo nesse intervalo de tempo.
Resposta.
I= F. t I = 2,4. 5 I = 12 Ns (Newton por segundo).
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7.1 - FÍSICA
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Resposta.
Dados m1 = 8,6 Kg, v1= 1m/s, m2=0,4 kg e v2= -3,5m/s
Utilizando o princípio da conservação da quantidade de movimento, temos:
Qantes = Qdepois Q1 + Q 2 Qdepois
Aula 09 – Termologia
SUMÁRIO
- Termometria
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7.1 - FÍSICA
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A escala Celsius usa o ponto de fusão do gelo e o ponto de ebulição da água como “ponto
de reparo”.
Podemos converter a temperatura achada numa escala em graus em outra, isto é,
converter graus Celsius em graus Fahrenheit ou vice-versa. Para tanto, usamos a seguinte
fórmula:
C F 32
De onde deduzimos: 180C = 100(F – 32)
100 180
Que pode ser reduzido para 9C = 5(F – 32)
A)Para converter graus Fahrenheit em Celsius.
procedemos assim:
5( F 32)
C=
9
B)Para converter graus Celsius em Fahrenheit.
procedemos assim:
9C
F= 32
5
Vejamos alguns exemplos
A) Qual a temperatura em graus Celsius que corresponde a 80ºF?
5(80 32)
C= C= 26,6 logo 80ºF = 26,6ºC
9
B) A que temperatura corresponde, na escala Fahrenheit, a marca de 37ºC?
9.37
F= 32 F = 98,6 logo, 37ºC equivalem a 98,6ºF.
5
NOTA: O termômetro usado em medicina é chamado de termômetro clínico, e sua escala
corresponde apenas a uma fração da escala Celsius, entre 35ºC e 42ºC.
348
7.1 - FÍSICA
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SUMÁRIO
- Dilatação pelo calor.
- Dilatação linear.
- Dilatação Superficial.
- Dilatação Volumétrica.
DILATAÇÃO LINEAR.
É a dilatação que se observa sensivelmente numa só direção. Uma barra de ferro, quando
aquecida, sofre dilatação longitudinal, isto é, aumenta o seu comprimento.
Nos trilhos de uma estrada de ferro, observamos espaço a espaço “as juntas de dilatação”,
que são pequenos intervalos entre dois segmentos do trilho. Quando o calor aumenta e os trilhos
de aço se dilatam linearmente, as extremidades se aproximam. Se esses intervalos não
existissem, o trilho se dilataria oferecendo sérios perigos à passagem dos trens.
DILATAÇÃO SUPERFICIAL
É a dilatação que se observa quando se aquece uma placa de metal. Neste caso, a
dilatação ocorre em todas as direções, mas num mesmo plano.
A chapa aquecida aumentou em comprimento e largura (dilatação superficial).
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
Na dilatação volumétrica, o corpo submetido ao aquecimento dilata-se em todas as
direções e em todos os planos. Assim, ele sofre aumento de dimensão em todo o seu volume. A
a
ilustração abaixo mostra um cubo, cuja dimensão inicial é representada pela aresta . Após
b
aquecimento, todo o cubo aumentou de Volume e sua aresta, agora, é maior, .
Os líquidos e gases, quando aquecidos, também sofrem dilatação volumétrica.
A dilatação volumétrica é comprovada experimentalmente, em laboratório, com o anel de
Gravezande.
A pequena esfera metálica, quando está fria, consegue atravessar o anel do aparelho.
Mas, depois de aquecida, não passa mais pelo anel. O diâmetro dela tornou-se maior do que o
diâmetro do anel. Isso mostra que a esfera aumentou de volume em todas as direções.
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7.1 - FÍSICA
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Nas Figuras (01) e (02) temos uma dilatação superficial. Pois a O Cubo aumentou em
dilatação ocorre em todas as direções e num mesmo plano. A altura, largura e
chapa aquecida aumenta em comprimento e largura, logo é profundidade (dilatação
uma dilatação superficial. volumétrica).
Aula 11 – Calorimetria
SUMÁRIO
- O que é calor
- O que é frio
- Temperatura
- Fontes de calor
- Influência da temperatura no estado físico
- Mudanças de fase
- Propriedades do calor
- Unidade de calor
- Equilíbrio térmico
- Calor específico
- Fórmula fundamental da calorimetria
Há cerca de 1 bilhão de anos, a vida surgiu na Terra. De lá para cá, ela evoluiu até dar o
imenso número de espécies viventes atuais. Isso só foi possível porque a temperatura superficial
do planeta atingiu níveis compatíveis com a vida.
350
7.1 - FÍSICA
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A experiência a cima foi proposta por John Loke (cientista inglês), em 1690.
Mergulhe a mão direita na água quente e a esquerda na água fria.
Espere um minuto. Procure perceber bem as temperaturas. Retire as duas mãos das
vasilhas e, imediatamente, mergulhe-as juntas na água morna. O que você vai sentir?
A resposta é a mão direita vai sentir a água morna como se estivesse fria, enquanto a mão
esquerda sentira a mesma água morna como quente.
Logo você percebe que a noção de frio ou de quente é puramente orgânica, é pessoal.
Assim, o que existe realmente é o calor. A ausência ou diminuição dele é que da a sensação de
frio.
VAMOS DEFINIR O CALOR
Na matéria, as partículas estão em constante agitação devido à sua energia cinética. A
intensidade dessa agitação é tanto maior quanto maior for a temperatura do corpo considerado.
Então:
TEMPERATURA é a grandeza que mede a energia cinética das partículas de um
corpo ou de uma substância.
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7.1 - FÍSICA
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O calor transmitido pela chama ao corpo provoca um aumento do grau de agitação das
partículas, que apresentarão maior energia cinética e, consequentemente, maior temperatura.
MUDANÇAS DE FASE
Uma substância pode passar de uma fase para a outra através do recebimento ou
fornecimento de calor. Essas mudanças de fase são chamadas de:
Fusão: é a passagem de uma substância da fase sólida para a fase líquida.
Solidificação: é a passagem da fase líquida para a fase sólida.
Vaporização: é a passagem da fase líquida para a fase gasosa.
Condensação ou liquefação: é a passagem da fase gasosa para a fase líquida.
Sublimação: é a passagem direta da fase sólida para a fase gasosa ou da fase gasosa para a fase
sólida.
FONTES DE CALOR
A grande fonte natural de calor para os seres e as coisas da Terra é o sol. Mas não
devemos esquecer que o nosso próprio planeta possui, na maior parte do seu miolo central, um
imenso núcleo de material em alta temperatura. Esse material, ocasionalmente, é lançado para
fora através dos vulcões. Isso mostra que a própria Terra é uma fonte natural de calor. É a alta
pressão em que se encontra a matéria no centro do globo terrestre que justifica a elevada
temperatura interior do planeta.
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7.1 - FÍSICA
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PROPAGAÇÃO DO CALOR
CONVECÇÃO
Na propagação por convecção, o calor se transmite não pela vizinhança entre os átomos
ou moléculas, mas porque as partículas aquecidas tendem a se afastar umas das outras. Então, a
substância fica mais leve e procura subir no meio em que está. As proporções dessa substância
que não estão aquecidas passam para aquele local que ficou vazio. Então, elas também se
aquecem e sobem. E surge, dessa maneira, uma “corrente de circulação”. Como a fonte de calor
é contínua, toda a massa da substância acaba se aquecendo.
É isso que ocorre numa panela de água posta ao fogo. E é isso também que se verifica nas
camadas de ar da atmosfera, explicando o aparecimento dos ventos.
Na convecção, a transferência do calor se faz pela movimentação das moléculas e com a
circulação da matéria.
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7.1 - FÍSICA
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IRRADIAÇÃO
Nem sempre o calor precisa, para se propagar, de um meio material. Lembre-se que o
calor proveniente do Sol atravessa uma longa distancia no espaço sem matéria condensada,
como conhecemos em nosso meio. O calor pode propagar-se no vácuo. Essa é a propagação por
irradiação, ou seja, por meio de ondas de raios infravermelhos, que se propagam no espaço. Ao
atingir um corpo, as radiações infravermelhas transferem-lhe a energia. As partículas desse corpo
aumentam a sua "vibração" e a temperatura dele também aumenta. Se a temperatura do meio for
menor, ele passa a emitir calor.
Podemos distinguir corpos que conduzem bem o calor e corpos que conduzem mal o calor.
Vamos fazer
uma experiência!
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7.1 - FÍSICA
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Agora vamos
fazer mais!
Podemos distinguir corpos que conduzem bem o calor e corpos que conduzem mal o calor.
Coloque agora uma panela com cabo de madeira no fogo. Ao fim do mesmo tempo, você
pode pegar seu cabo. Logo, os metais conduzem bem o calor a madeira, não.
Os metais são bons condutores de calor. A madeira, a borracha e o isopor são maus
condutores de calor.
O calor se transmite sob forma de raios infravermelhos. Assim, ele se propaga mesmo no
vácuo.
O ar é mal condutor de calor. Assim, os mamíferos, quando estão com frio, arrepiam os
pelos. Dessa forma, acumulam ar entre os pelos, formando um “cobertor de ar” entre eles, ao
redor do corpo.
Esse cobertor de ar isola o organismo do meio ambiente, impedindo as perdas de calor. O
mesmo sucede com as aves, que arrepiam as penas. Em nós, que não somos muito peludos,
esse recurso não funciona satisfatoriamente. Mas, mesmo assim, também nos arrepiamos quando
estamos com frio.
As roupas de lã acumulam ar entre suas fibras. Assim, elas impedem que o nosso
organismo perca calor para o ambiente. Mas, pelo mesmo processo, impedem que recebamos
calor de fora. Por isso, no deserto, há quem use roupas de lã em pleno sol. Mas, lã branca!
CURIOSIDADE!
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7.1 - FÍSICA
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CURIOSIDADE!
Os alimentos fornecem calorias para o nosso organismo. De fato, a energia do nosso
corpo é fornecida pelas calorias desprendidas por esses alimentos durante as reações químicas
que eles sofrem no interior das nossas células.
Alguns alimentos como as gorduras e os açucares fornecem maior numero de calorias. Por
isso, eles são considerados alimentos energéticos. As bebidas alcoólicas também oferecem
muitas calorias, o que explica o seu uso em locais frio.
EQUILÍBRIO TÉRMICO.
O calor é uma manifestação de energia que se transmite de um corpo a outro. Através de
experiências, podemos comprovar que um corpo quente, em presença de um corpo frio, transfere-
lhe energia térmica.
O corpo frio recebe calorias e se aquece na mesma proporção em que o corpo quente
perde calorias e se resfria. Quando as temperaturas dos dois se igualarem, estará instalando o
equilíbrio térmico.
Coloque uma pequena panela com água fervendo dentro de uma panela maior com água
fria. Ao fim de um minuto, ponha o dedo na água da panela grande. Você verá que a água estará
morna. E, logicamente, a temperatura da água da panela pequena terá diminuído um pouquinho.
Os corpos trocam calor entre si. Os mais quentes transferem calor para os mais frios.
CALOR ESPECÍFICO
Já vimos anteriormente que a unidade de calor é a caloria (cal). Ela é a quantidade de
calor necessária para elevar de 1ºC (de 14,5 ºC a 15,5ºC) a massa de 1g de água. Mas nem toda
a substância precisa da mesma quantidade de calor para elevar de 1 grau 1 g da substância da
sua massa. Essa quantidade de calorias é completamente variável.
Cada substância exige uma quantidade própria de calor para elevar 1grau a massa de 1g
dela mesma. È isso que define calor especifico de uma substância.
CALOR ESPECÍFICO de uma substância é a quantidade de calor (medida em
calorias) capaz de elevar de 1ºC a massa de 1g dessa substância
Se você submeter ao aquecimento por tempo igual, num mesmo bico de gás, 10 Kg de
ncia.
água (que correspondem a 10 litros) e depois 10kg de ferro (um bloco do tamanho de uma roda
pequena), o ferro se aquecerá mais depressa. Por quê? Porque o calor específico do ferro é
menor do que o da água, o que quer dizer que o ferro necessita de menos calor para se
esquentar.
Dizemos que o seu calor específico é maior.
Com a mesma massa, o ferro e a água exigem quantidades diferentes de calor para se
aquecerem.
O calor específico de algumas substâncias: O álcool se aquece com menos calorias que a
água; o alumínio com menos do que o álcool; e assim por diante.
Cada substância tem seu calor específico próprio e individual.
Por isso, o calor específico é também usado como uma propriedade que identifica as
substâncias.
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7.1 - FÍSICA
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CALORIMETRIA
É o estudo quantitativo das trocas de calor entre os corpos.
Para calcular a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um corpo, aplica-se
a seguinte fórmula:
onde
Q = quantidade de calor necessária
Q = m . c . t
m = massa do corpo
c = calor específico da substância que forma o corpo
t = variação da temperatura do corpo
Vejamos, então, um exemplo: Você tem uma chapa de ferro de 50g, a temperatura dessa
chapa é de 10º C. Você tem uma chapa de ferro de 50g, a temperatura dessa chapa é de 10ºC.
Você quer aquecer essa chapa até que atinja 100ºC. Qual a quantidade de calorias que você deve
fornecer a essa chapa?
O calor específico do ferro é 0,117 cal/g/ ºC
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7.1 - FÍSICA
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Aula 12 – Óptica
SUMÁRIO
- A importância da Luz.
- O que é Luz.
- Corpos Luminosos e Iluminados
- Corpos Transparentes.
- Translúcidos.
Há 40 mil anos, o homem primitivo, habitante das cavernas, já usava o fogo para obter luz
e calor. O que antes impunha pavor, como algo terrível e ameaçador, agora era procurado e
utilizado com interesse. Mas foi Thomas Alva Edson, inventor norte-americano, quem usou a
eletricidade pela primeira vez para a obtenção da luz, ao inventar a lâmpada elétrica, nos fins do
século passado.
No mundo moderno, os espelhos e as lentes permitiram a utilização da luz, dando-lhe
novas aplicações, que levaram ao surgimento do cinema, da máquina fotográfica, do microscópio,
do telescópio e de muitos outros recursos que tornaram a vida mais colorida, mais alegre e mais
prática.
A IMPORTÂNCIA DA LUZ
O QUE É LUZ
Através dos tempos, tem sido muito discutida a definição do que seja luz. Huyghens (1629
– 1695), na Holanda, admitia a natureza de um movimento ondulatório para a luz. Isaac Newton
(1642-1727) já admitia, no seu tempo, a natureza corpuscular da luz, isto é, as fontes de luz
emitiriam partículas que se propagariam com imensa velocidade.
Em verdade, a luz procede, ao mesmo tempo, como propagação corpuscular (os fótons) e
como movimento ondulatório. Mas, para simplificar, podemos dizer que:
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7.1 - FÍSICA
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Translúcido(vidro fosco)
Opaco (madeira)
A VELOCIDADE DA LUZ
Foi em 1675 que o cientista dinamarquês Romeer, estudando os eclipses dos satélites de
Júpiter, conseguiu, pela primeira vez, fazer uma estimativa da velocidade de propagação da luz.
O cálculo dele foi razoavelmente próximo da realidade.
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7.1 - FÍSICA
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1º) Um moderno avião supersônico voando com velocidade de 1.500 Km/h, levaria mais de oito
dias percorrendo o espaço que um raio de luz percorre um 1 segundo apenas.
2º) Um raio de luz tem velocidade para dar 7 voltas completas ao redor da Terra em apenas 1
segundo. É a maior velocidade comprovada do universo!
SUMÁRIO
- A propagação da Luz
- Reflexão da Luz
- Leis da Reflexão
- Espelhos côncavos, convexos
- Determinação da imagem no espelho Côncavo e Convexo
- Refração da luz
- Prisma
- Decomposição da Luz
- As lentes
- Tipos de Lentes
A PROPAGAÇÃO DA LUZ
Acenda uma lanterna contra uma parede num quarto escuro. Você verá que o feixe de luz
se propaga em linha reta e se projeta na parede. Seria possível você apontar a lanterna para a
parede, e o feixe de luz fazer uma curva, iluminando o teto? Claro que não! Por quê? Porque a luz
se propaga em linha reta.
Coloque o orifício de três cartões alinhados na mesma direção. A luz que vem de uma
lâmpada atravessa os 3 orifícios e é percebida pelo seu olho.
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7.1 - FÍSICA
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Acenda uma lâmpada no centro da sala. Todos os cantos da sala ficam iluminados. Então,
você conclui que a luz se propaga em todas as direções. Em outras palavras, a fonte de luz emite
raios retilíneos divergentes, em todas as direções.
Será que a luz não se propaga no vácuo como o som?
A resposta é:
a) Raio luminoso É a trajetória descrita pela luz no espaço. Você pode representá-lo
simplesmente por segmento de reta orientado. Assim, você saberá a direção e o sentido de
propagação da luz.
b) Feixe luminoso É um conjunto de raios luminosos. Um feixe pode ser formado por raios
paralelos entre si, por raios convergentes ou por raios divergentes.
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7.1 - FÍSICA
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As superfícies muito polidas que têm a capacidade de refletir a luz são chamadas
espelhos.
Traçando-se uma linha perpendicular ao plano do espelho, tem-se a normal do espelho. O
ângulo formado pelo raio incidente com a normal é sempre idêntico ao ângulo que se forma entre
a normal e o raio refletido.
O raio incidente (I), a normal (N) e o raio refletido (R) estão num plano.
Convexos e cilíndricos.
A imagem do objeto, formada num espelho plano, é chamada “imagem virtual”, porque ela
se forma atrás do espelho, numa situação que de fato não existe. Ela se apresenta por uma
questão de ilusão de óptica, pelo prolongamento dos raios refletidos.
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7.1 - FÍSICA
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Num espelho côncavo, a imagem pode ser real (na maioria das vezes) ou virtual, direita ou
invertida, maior, menor ou do mesmo tamanho que o objeto. Tudo isso vai depender da distância
do objeto em relação ao espelho.
Num espelho côncavo devemos considerar os seguintes elementos:
Centro de curvatura (C) ---- É um ponto que indica o centro da esfera imaginária a que pertence o
espelho.
Eixo principal (EP)--- É uma reta horizontal que passa pelo centro de curvatura do espelho.
Foco (F) --- É o ponto onde se cruzam todos os raios luminosos que incidem sobre o espelho, paralelos
ao seu eixo principal.
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7.1 - FÍSICA
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1) Todo raio luminoso que incide sobre um espelho passando pelo centro de curvatura desse espelho
reflete sobre si mesmo.
2) Todo raio luminoso que incide sobre um espelho paralelamente ao EP (eixo principal) reflete-se
passando pelo foco e vice-versa.
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7.1 - FÍSICA
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Já dissemos antes que entre os espelhos curvos também se enquadram os espelhos cilíndricos.
Conforme a face espelhada, seja a de dentro do cilindro ou a de fora, tais espelhos se classificam
em cilíndricos côncavos e cilíndricos convexos, respectivamente.
Esses espelhos deformam as imagens. E, por isso, são muito usados em parques de diversões para
provocar o riso nas pessoas.
A imagem formada num espelho cilíndrico A imagem formada num espelho cilíndrico
convexo é alargada (achatada) côncavo é alongada (comprimida)
REFRAÇÃO DA LUZ
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7.1 - FÍSICA
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A luz muda de direção sempre que passa obliquamente (inclinadamente) de um meio para
outro de densidade diferente. Isso ocorre quando ela passa do ar para a água, por exemplo. Esse
fenômeno é chamado refração da luz.
Quando a luz passa de um meio menos denso para um meio mais denso (do ar para a
água, por exemplo), ela perde velocidade e muda de direção. O raio refratado se aproxima, então,
da normal do sistema (normal é a perpendicular ao nível de separação dos dois meios).
Quando a luz passa do meio mais denso para o menos denso (da água para o ar), o raio
refratado se afasta da normal. É o que sucede no caso do remo mergulhado na água. O olho
prolonga os raios refratados e, por isso, a imagem resulta num lugar irreal.
O fenômeno da refração da luz explica o funcionamento dos prismas.
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A DECOMPOSIÇÃO DA LUZ
A luz branca (luz do sol), ao atravessar um prisma, se decompõe num espectro de sete
cores (como o arco-íris).
O espectro da luz mostra que a luz branca é formada pela combinação de sete cores, na
seguinte ordem:
Vermelho, Alaranjado, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta (guarde as iniciais: V, A, A, V,
A, A, V). Cada uma das sete cores do espectro da luz branca corresponde a um tipo de radiação
com frequência própria. Ao atravessar o prisma, cada radiação sofre um índice de refração
diferente dos demais, isto é, toma uma direção diferente das outras. Assim, a luz branca se
desmembra nas sete cores componentes.
Para provar que a luz branca é formada pela combinação de sete cores, usa-se em
laboratório, um aparelho chamado disco de Newton. O disco de Newton consiste numa peça
circular giratória, dividida em numerosas faixas coloridas. As faixas obedecem à seqüência de
cores do espectro da luz solar. Ao se fazer girar rapidamente o disco, as faixas coloridas se
superpõem diante do olho do observador.
O resultado é que o disco, em movimento, torna-se branco diante do espectador.
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7.1 - FÍSICA
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AS LENTES
As lentes são corpos transparentes que possuem duas superfícies lisas, das quais uma
pelo menos é curva. Elas são usadas para aumentar ou diminuir as imagens.
As lentes se classificam em convergentes e divergentes. Os raios luminosos que
atravessam uma lente convergente se reúnem do outro lado dela, num ponto chamado foco da
lente.
Um feixe de raios luminosos paralelos que atravessa uma lente divergente sai do outro
lado como um leque luminoso, isto é, os raios se tornam divergentes.
No caso das lentes divergentes =, quando os raios luminosos atingem a retina, a pessoa,
sem perceber, prolonga esses raios para além da lente, aonde vai se formar a imagem. Por isso, a
imagem é sempre menor do que o objeto, virtual e direita.
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Aula 14 – Eletricidade
SUMÁRIO
- Eletrostática
- Corrida dos elétrons
- Como se forma a eletricidade
- Atração e repulsão das cargas elétricas
- Bons e maus condutores
- Sentido da corrente elétrica
- Eletrização de um corpo
ELETROSTÁTICA
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+ +
- -
+ -
RESUMINDO
+ + se REPELEM
_ _
- + se ATRAEM
O âmbar, eletrizado negativamente, pode atrair as partículas positivas do papel ou os pelos
do braço de uma pessoa.
O vidro procede de forma diferente da do âmbar. Enquanto o âmbar, quando atritado
contra a lã, recebe elétrons e se torna eletricamente negativo, o vidro, quando atritado contra a lã
ou a seda, cede elétrons para elas e se torna positivo. Tudo isso pode ser comprovado com o uso
do pêndulo elétrico.
Ele possui uma bolinha metálica (de alumínio) suspensa por um fio bem fino de náilon.
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7.1 - FÍSICA
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ELETRIZAÇÃO DE UM CORPO
Como já vimos anteriormente a eletrização é o processo utilizado para se eletrizar os
corpos. Um corpo para ser eletrizado precisa doar elétrons (tornando-se positivo) ou receber
elétrons (tornando-se negativo).
Podemos assim definir que:
Corpo não eletrizado: Seus átomos possuem o número de elétrons igual ao número de prótons.
Corpo eletrizado: Seus átomos estão com falta ou com excesso de elétrons. No caso do corpo
ter perdido elétrons ele é chamado de corpo eletrizado positivamente. No caso de ele ter ganho
elétrons, ele é chamado de corpo eletrizado negativamente, assim:
Corpo Eletropositivo Corpo com falta de elétrons.
(o n º de prótons é maior que o n º de elétrons).
PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Como já vimos anteriormente, um corpo está eletrizado quando existe uma diferença entre
o número de prótons e o número de elétrons do corpo.
Vamos ver agora que existem três processos básicos para eletrizar um corpo:
Eletrização por atrito.
Eletrização por contato.
Eletrização por indução.
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+ + + +
+ + + + +
A B+ + +
+ + +
+
+ + + + +
+
+ + + +
A B
Neutro positivo +A +B
A B
Durante o contato haverá passagem de elétrons do corpo neutro (A) para o corpo eletro
positivo (B), fazendo com que a carga inicial fique dividida igualmente entre os corpos.
B
Ligação com a Terra.
Você já deve ter ouvido falar em fio terra. Em geral ele acompanha aparelhos
eletrodomésticos, por exemplo.
O fio terra serve para descarregar o excesso de carga, isto é, tornar nula a carga do
aparelho.
Esta forma de descarregar o excesso de carga é chamada ligação terra e precisa apenas
A um fio condutor.
que se ligue o corpo que se quer descarregar na terra, através de
CONDUTOR
Terra
O contato entre um corpo eletrizado e a terra faz com que o corpo se descarregue
tornando-se neutro. Isso ocorre porque a terra retira os elétrons em excesso, caso o corpo seja
eletricamente negativo ou cede elétrons, caso o corpo seja eletricamente positivo.
Observe a figura abaixo.
┼ ┼ ┼ ┼ ┼ ┼ ─ ─ ─ ─ ─ ─
┼ ┼ ┼ ┼ ┼ ┼ ─ ─ ─ ─ ─ ─
elétrons elétrons
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7.1 - FÍSICA
_________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
+++
+++
A B
2) Corpos próximos: quando o corpo A está próximo (mas sem contato) do corpo B, observamos
uma separação das cargas elétricas no corpo B. Os prótons de A atraem os elétrons de B,
tornando um dos lados B negativo. Da mesma maneira, o outro lado B torna-se positivo.
Obs: Não há contato entre os corpos.
+ + ─ +
+ + ─ +
+ + ─ +
Quando as cargas de um corpo neutro (B) são separadas dizemos que este corpo foi induzido,
portanto, no exemplo acima, o corpo B é chamado Induzido, enquanto A é o indutor.
Observe que, apesar do corpo B estar induzido, a sua eletricidade total continua nula como
(corpo neutro).
3) Para finalizarmos a eletrização, ou seja, eletrizar o corpo B, devemos aterrar (ligar na terra) o
corpo B, ainda na presença do indutor (corpo A).
Positivo Neutro
elétrons
+ + - +
+ + - +
A B
_________________
_____________
_______
Como o corpo B(neutro) recebe elétrons da Terra, ele se torna eletricamente negativo.
Portanto, no final, teremos:
+ + +
+ + +
A B
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7.1 - FÍSICA
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SUMÁRIO
- Carga Elétrica
- Carga Pontual
- Lei de Coulomb
CARGA ELÉTRICA
Já vimos que carga elétrica é uma grandeza utilizada para medir a quantidade de
eletricidade que os corpos possuem.
Quando duas grandezas interagem, essa interação (de forças) pode ser de atração ou de
repulsão.
Essas forças são representadas por vetores.
Deve-se lembrar que força elétrica será de repulsão se as cargas tiverem sinais iguais. A
força será de atração se as cargas tiveram sinais contrários.
CARGA PONTUAL
A idéia de carga pontual é a de carga que possui dimensões desprezíveis em relação às
demais dimensões do problema. Uma carga de tamanho pequeno, mas de valor de carga
considerável.
Na figura abaixo tem-se duas cargas pontuais estacionárias com quantidade de carga Q 1
Q2.
A distância entre ela é d, e estão no vácuo. As cargas Q 1 Q2 se interagem pelo princípio
da, ação e reação, com forças de campo, de modo que essas forças:
Q1 Q2
F d F
Lei de Coulomb
Q1Q2
F K0
d2
LEI DE COULOMB
Essa lei descreve a força de atração ou repulsão que aparece entre duas cargas
puntiformes, isto é, entre as cargas de dois corpos eletrizados que possuem dimensões
desprezíveis, quando colocados em presença um do outro.
Consideramos duas cargas elétricas puntiformes, Q 1 e Q 2 ,separadas pela distância d.
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7.1 - FÍSICA
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Onde
Q1eQ são tomados em valor absoluto e
2
K 0 é uma constante chamada constante eletrostática do vácuo
N .m 2 9
K 0 = 9 x 10
C2
VAMOS APLICAR O QUE APRENDEMOS
Solução:
Q1Q2
Pela lei de Coulomb F K 0 , tem-se:
K0
d2
2 x106.3x106 9 6 x10
-12
54x103
F = 9 x 10 9 . 2
9 x 10 . 2
6 x101 N
0,30 0,09 9 x10
F = 6 x101 N
Ou 0,6 N
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7.1 - FÍSICA
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SUMÁRIO
- O que é campo elétrico
- Campo elétrico criado por uma carga pontual
- Campo elétrico criado por varias cargas pontuais
- Linhas de força de um campo elétrico
CAMPO ELÉTRICO
⃗⃗ = P
m
Um corpo eletrizado, devido à sua carga elétrica, cria ao seu redor um campo elétrico.
Cada ponto desse campo é caracterizado por um vetor ⃗ , denominado vetor campo
elétrico.
Uma carga de prova q, colocada num ponto desse campo, sofrerá a ação de uma força
elétrica F de tal forma que F q . E . Então, no ponto considerado:
F
E
q
Q q
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7.1 - FÍSICA
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Um elétron abandonado num ponto qualquer dessa região será atraído simultaneamente
pelas cargas A, B e C. Sua aceleração terá o sentido da resultante dessas forças de atração.
Se o elétron for abandonado no ponto X próximo a A (ver figura a cima),ele se
movimentará aproximando-se do corpo A; se for abandonado num ponto Y próximo a B, vai se
deslocar aproximando-se de B. Assim, o sentido de deslocamento do elétron depende do ponto
onde ele é abandonado e dá idéia de que o espaço que contém as cargas A,B,C é dotado de uma
propriedade que assume um valor diferente para cada ponto. Essa propriedade chama-se campo
elétrico. Diz-se que o campo elétrico em X é diferente do campo elétrico em Y e que para cada
ponto do espaço que contém as cargas A,B e C há um único valor do campo elétrico.
Q P
direção de ⃗ : a da reta QP
sentido de ⃗ : depende do sinal da carga Q. Assim:
1º) Se Q for positiva, o sentido E é de Q para P .
┼
P ⃗
Q
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7.1 - FÍSICA
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─ ⃗ P
Q
Módulo de E:
Onde
9
K 0 é a constante eletrostática do vácuo (9x10 uSI);
Q
E = K0 Q é o módulo da carga criadora do campo (em Coulumbs);
d2 d é a distância do ponto P à carga Q (em metros).
N
No Sistema Internacional (SI) a unidade de campo elétrico é o “Newton por Coulomb” 1 .
C
+
P ⃗1
d1
Q1 ⃗
⃗2
d2
Q2
E1 =
⃗ 1 tem sentido de afastamento de Q1, suposta positiva.
⃗ 2 tem sentido de aproximação de Q2, suposta negativa
⃗ = ⃗1+ ⃗2
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7.1 - FÍSICA
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As linhas de força que sempre “SAEM” de uma carga positiva, por convenção.
As linhas de força sempre “CHEGAM” numa carga negativa por convenção.
As linhas de força nunca se cruzam.
Linhas de força são “sinônimos” de linhas de “campo”.
Quanto maior a densidade (mais próximos entre si) das linhas de campo, mais intenso é o
campo elétrico.
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7.1 - FÍSICA
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Como vimos anteriormente, quando a carga elétrica for positiva, ela irá gerar um campo
elétrico de afastamento, já quando ela for negativa, ela irá gerar um campo elétrico de
aproximação.
Vejamos a ilustração abaixo:
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7.1 - FÍSICA
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SUMÁRIO
- Noção de Potencial Elétrico.
- Diferença de potencial num campo elétrico uniforme.
POTENCIAL ELÉTRICO
Noção de potencial elétrico
Vimos que os pontos do campo elétrico que envolve uma carga elétrica puntiforme podem
ser caracterizados por uma grandeza vetorial que é o vetor campo elétrico E. No entanto, cada um
dos pontos do campo elétrico, produzido pela carga puntiforme Q, pode ser caracterizado também
pela grandeza escalar potencial elétrico(V). Assim, um ponto P situado à distância d da carga
puntiforme Q terá um potencial elétrico dado pela expressão:
Q
V=K
d
Q d P
┼
Q d P
─
O potencial elétrico V é uma grandeza algébrica, apresentando mesmo sinal que a carga elétrica
Q.
384
7.1 - FÍSICA
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E = q .V
DIFERENÇA DE POTENCIAL
Consideremos um campo elétrico criado pela carga Q fixa.
O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar uma carga q de um ponto A até um
ponto B desse campo é igual à diferença da energia potencial elétrica entre A e B.
q (carga q)
AB = E PA EPB
Mas, E PA q.V A e E PB = q .V B
Logo, AB = q.(V A - V B )
AB = q.(V A - V B )
(01)
Como o campo elétrico E e a força F, que agem na carga q, são constantes, o trabalho
realizado pela força F pode ser calculado pela expressão geral do trabalho:
AB =F.d
Sendo F = q . E, temos
AB =q.E.d
(02)
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7.1 - FÍSICA
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Aula 18 – Eletrodinâmica
SUMÁRIO
- A corrente elétrica
- Sentido e intensidade da corrente elétrica
- Medidas de quantidade de corrente e quantidade de carga elétrica
- Tipos de corrente elétrica
- Efeitos da corrente elétrica
- Elementos de um circuito elétrico
Gerador
Receptor
Resistor
Dispositivo de manobra
Dispositivo de segurança
Dispositivo de controle
ELETRODINÂMICA
A CORRENTE ELÉTRICA
figura F
Para se entender este fato considere um fio metálico AB, por exemplo, um pedaço do filamento de
tungstênio que existe dentro de uma lâmpada comum.
De início, seus elétrons livres estão em movimento caótico. Imagine que esse fio seja ligado a um
dispositivo que mantenha a extremidade A com excesso de elétrons e a B, com falta. Esse
dispositivo chama-se gerador elétrico e pode ser uma pilha comum de rádio ou uma bateria de
automóvel.
386
7.1 - FÍSICA
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Um campo elétrico ⃗ é estabelecido dentro do fio, no sentido indicado na figura da bateria com o
fio ampliado, na qual se representa um fio ampliado. Esse campo faz com que os elétrons livres
deixem o movimento caótico da figura F é caminhem no sentido contrario ao de E.
Esse fluxo de elétrons livres é a corrente elétrica, que acende uma lâmpada, que alimenta um
rádio, uma televisão, uma geladeira etc.
Para simplificar convenciona-se para o sentido da corrente elétrica o contrário ao
movimento das cargas negativas livres.
Assim, num fio metálico, o sentido da corrente elétrica é contrário ao do movimento dos elétrons
livres.
Na figura anterior tem-se um trecho de condutor percorrido por corrente elétrica, no sentido
indicado. Seja n o número de cargas elétricas livres que passa na seção O no intervalo de tempo
t. A quantidade de carga correspondente “A carga de um corpo nada é mais do que o saldo
(diferença) entre o número de prótons e o número de elétrons responsáveis pela condução
de eletricidade, multiplicado pela carga elétrica elementar” é:
Q=n . e
Q= quantidade de carga correspondente.
e= carga elétrica elementar igual 1,6x 10 19 C
n = número de cargas livres
Q
i=
t
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Aplicação:
É dado um corpo eletrizado com carga elétrica de 6,4 C .Qual é o número de elétrons em
falta neste corpo?(carga elementar do elétron: 1,6x10 19 C).
Solução: Q= n.e
6,4 x10 6 = n.1,6 x 10 19
n = 4,0 X 10 13 elétrons
Comumente considera-se dois tipos de corrente elétrica: a contínua (CC) e a alternada (CA)
Corrente contínua é aquela cujo sentido se mantém constante.
Quando, além do sentido, a intensidade também se mantém constante, a corrente é chamada
Corrente continua constante.É o que ocorre, por exemplo, nas correntes estabelecidas por uma
bateria de automóvel e por uma pilha.
Corrente alternada é aquela cuja intensidade e cujo sentido variam periodicamente.
Esse é o caso das correntes em resistências, que são fornecidas pelas usinas hidrelétrica, em que
temos uma corrente alternada de freqüência 60ciclos por segundo.
VOCÊ SABIA
Quando apertamos o interruptor de luz de uma casa,
instantaneamente a luz se acende.
Sabe por que isso ocorre?
Já vimos que a corrente elétrica consiste no movimento
dos elétrons ao longo de um fio condutor, desde
Os pontos de menor potencial para os de maior potencial
.
Como as ondas eletromagnéticas se propagam com a
velocidade da luz( 300 000 Km/s), poderíamos pensar
que os elétrons se movimentam no fio condutor com essa
velocidade.
Mas os elétrons se movimentam no fio com velocidade
das ondas eletromagnéticas.
A luz se acende rapidamente porque ao apertarmos o
interruptor surge uma ddp nos extremos do fio condutor,
fazendo com que elétrons livres do metal entrem, de uma
única vez, em movimento.
Desse modo, em todos os pontos do fio condutor surge corrente no mesmo instante, embora cada
elétron se mova bem devagar.
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Efeito Luminoso
Em determinadas condições, a passagem da corrente elétrica através de um gás rarefeito faz com
quem ele emita luz.
As lâmpadas fluorescentes o os anúncios luminosos são aplicações desse efeito.
Neles há a transformação direta de energia elétrica em energia luminosa.
Efeito Magnético
Um condutor percorrido por uma corrente elétrica cria um campo magnético na região próxima a
ele.
Esse é um dos efeitos mais importantes, a base do funcionamento dos motores, transformadores,
relés etc.
Efeito Químico
Uma solução eletrolítica sofre decomposição quando é atravessada por uma corrente elétrica .É a
eletrólise. Esse efeito é utilizado, por exemplo, no revestimento de metais:
cromagem, niquelação etc.
Efeito fisiológico
Ao percorrer o corpo de um animal, a corrente elétrica provoca a contração dos músculos,
causando a
sensação de formigamento e dor, proporcional à intensidade da corrente, podendo chegar a
provocar queimaduras, perda de consciência e parada cardíaca.
Esse efeito é conhecido como choque elétrico.
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Quando o caminho a seguir pela corrente é único, ele é chamado circuito simples.
Num circuito simples, todos os seus pontos são percorridos pela mesma intensidade de corrente.
Para a existência da corrente elétrica são necessários: uma fonte de energia elétrica, um condutor
em circuito fechado, e um elemento para utilizar a energia da fonte.
GERADOR ELÉTRICO
É um dispositivo capaz de transformar em energia elétrica outra modalidade de energia.
O gerador não gera ou cria cargas elétricas. Sua função é fornecer energia às cargas elétricas
que o atravessam. Industrialmente, os geradores mais comuns são os químicos e os mecânicos.
Os geradores químicos transformam energia química em energia elétrica. Exemplos:
pilha e bateria.
Os geradores mecânicos transformam energia mecânica em elétrica. Exemplo: dínamos e
alternador de
motor de automóvel.
Bateria
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RECEPTOR ELÉTRICO
É um dispositivo que transforma energia elétrica em outra modalidade de energia, não
exclusivamente
térmica.
O principal receptor é o motor elétrico, que transforma energia elétrica em energia mecânica, além
da parcela de energia dissipada sob a forma de calor.
Furadeira
RESISTOR ELÉTRICO
É um dispositivo que transforma toda a energia elétrica consumida integralmente em calor. Como
exemplo, podemos citar os aquecedores, o ferro elétrico, o chuveiro elétrico, a lâmpada comum e
os fios condutores em geral.
DISPOSITIVO DE MANOBRA
São elementos que servem para acionar ou desligar um circuito elétrico. Por exemplo, as chaves
e os interruptores.
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Interruptores
DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA
São dispositivos que, ao serem atravessados por uma corrente de intensidade maior que a
prevista, interrompem a passagem da corrente elétrica, preservando da destruição os demais
elementos do circuito. Os mais comuns são os fusíveis e os disjuntores.
Representação
Fusíveis
Disjuntores
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Amperímetros
Voltímetro:Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos de um circuito
elétrico
Representação do voltímetro
Voltímetro
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SUMÁRIO
- Resistência elétrica
- Exemplo de Resistores
- 1ª Lei de Ohm
- Potencia elétrica dissipada nos Resistores
- 2ª Lei de Ohm
- Associação de Resistores
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
A resistência elétrica é uma característica dos condutores de eletricidade.
Como o próprio nome indica, a resistência a “vontade” que esses condutores têm em não deixar
que os elétrons o atravessem. Dizendo de outra maneira, é a capacidade que os condutores
possuem de resistir à
corrente elétrica.
Considere o resistor representado no trecho do circuito, onde se aplica uma ddp(U) e se
estabelece uma corrente de intensidade i.
Define-se como resistência elétrica R do resistor o quociente da ddp U aplicada pela corrente i
que atravessa.
U
R=
i
Portanto, quanto maior a resistência R de um resistor, menor é a corrente i que o atravessa.
A unidade de resistência elétrica no SI é o ohm ( ).
EXEMPLOS DE RESISTORES
Quando escrevemos um circuito elétrico representamos um resistor por:
Resistor elétrico
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Resistor elétrico
LEIS DE OHM
1ª Lei de Ohm
O cientista alemão Georg Simon Ohm (1789 – 1854), determinou experimentalmente a relação
que existe entre a d.d.p. nos terminais de um resistor e a intensidade de corrente nesse resistor.
Ele observou que, a cada diferença de potencial (tensão) U 1 , U 2 ,U 3 estabelecida num resistor,
corresponde a uma corrente i 1 , i 2 , i 3
U
R ou U = R .i 1ª lei de Ohm
i
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Esses resistores não variam sua resistência elétrica com a variação de tensão. É o caso, por
exemplo, dos resistores de carvão ou carbono que são utilizados nos equipamentos elétricos.
Se você abrir um rádio de pilha, vai encontrar uns componentes cilíndricos pintados com faixas
coloridas que representam o valor da resistência elétrica.
+ -
i U
Como já sabemos do capítulo anterior, a fórmula geral para potência dissipada é dada por:
P=Ui
Então, substituindo o valor de U na equação de potencia, pelo valor dado pela 1ª Lei Ohm, temos:
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Ohm verificou em suas experiências, que a resistência elétrica depende das dimensões e da
natureza
(material) do condutor.
R=
S
Onde
R= resistência elétrica
= comprimento
S= área da secção transversal
constante que depende do material que constitui o condutor, denominado resistividade.
ELETRICIDADE
ELETRODINÂMICA
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
U=R.i
“A tensão ( U ) é igual ao produto (multiplicação) da resistência ( R ) pela corrente ( i ) que passa
resistência” .
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ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Quando num circuito há vários resistores ligados um em seguida do outro, de forma a termos a
mesma corrente em todos aos resistores, dizemos que esses resistores estão ligados em série.
Observe a figura abaixo:
Observe que a corrente que passa por uma lâmpada é a mesma que passa por todas as outras;
por isso que no circuito da árvore de natal quando uma lâmpada se queima todas a outras se
apagam.
A lâmpada queimada interrompe a passagem da corrente pelo circuito.
UAB
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Onde:
RAB= Resistência equivalente da associação de resistores
UAB=Tensão total entre os terminais da associação de resistores.
Dessa maneira podemos ver que:
A resistência equivalente de uma associação de resistores em sèrie é igual a
soma dos resistores pertencentes a ela
ASSOCIAÇÃO EM PARALELA
Quando num circuito há resistores ligados aos mesmos pontos, de forma a termos d.d.p (tensão)
em todos os resistores, dizemos que esses resistores estão associados em paralelo.
Observamos que todas as lâmpadas estão ligadas entre dois condutores (pontos A e B), sendo
assim, a tensão sobre uma lâmpada é igual à tensão em todas as outras lâmpadas. A corrente
inicial se divide entre as lâmpadas. Isso explica o fato das lâmpadas em nossa casa
permanecerem acesas quando uma delas se queima.
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U
= i1
R1
U
= i2
R2
U
= i3
R3
U
= i4
R4
1 1 1 1 1
U AB
R1 R2 R3 R4 R AB
U AB = R AB . i
Terminando a nossa apostila de Física, é essencial ressaltarmos alguns pontos importantes:
Você já parou para pensar sobre a importância de todos esses capítulos estudados até aqui, e o
quanto ela acrescentou na sua vida? Se não pensou pense. Pois você acaba de fazer parte do
grupo de estudos de uma das mais fascinantes ciências que é a Física .
Você deve se perguntar:
- Onde eu irei aplicar tudo isso que estudei?
Vamos dar somente uma pequena amostra do que vivenciamos na Física, e o quanto ela se faz
presente em tudo.
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Algo que assusta muito os estudantes de física é memorizar as fórmulas matemáticas e, mais que
isso, conseguir dizer o que significa cada letra dessas fórmulas.
O segredo é entender o conceito e o fenômeno físico que está por trás da fórmula.
A física usa a linguagem matemática para descrever com precisão seus fenômenos e uma das
formas utilizadas é traduzir estes fenômenos na forma de equações matemáticas com suas
incógnitas e variáveis. É como aprender um idioma diferente, uma linguagem própria.
O grande físico e astrônomo do século XVII, Galileu Galilei, descreve assim a relação da física
com a matemática: ”O universo é o grande livro da sabedoria. O livro está sempre aberto ao olhar
humano, mas não pode esperar compreendê-lo quem não dominar primeiro a linguagem e os
caracteres com as quais ele foi escrito. Essa linguagem é a matemática”.
Se você conseguir compreender as fórmulas, em vez de só decorá-las, e perceber que as
equações matemáticas não são nenhum “bicho de sete cabeças”, a cinemática as outras áreas da
física vão fazer de você um observador mais atento e mais bem preparado para avaliar os
fenômenos do cotidiano e da natureza.
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SEGUNDO PONTO DE
APLICAÇÃO QUE IREMOS
DISCUTIR.
Se pudéssemos ver nosso corpo por dentro e observar todos os processos de Respiração,
Digestão, veríamos que em todos esses processos a Física se faz presente. Vamos ver como isso
acontece!!!!!!.
02) Triglicérides:Os triglicérides precisam ser transformados para passar pela membrana das
células.
Por diversas reações complexas, eles viram ATP, o combustível das células.
04) Sobra da água: A água e liberada através da urina. Perceba que quem faz dieta sem praticar
exercícios físicos, pode aumentar a freqüência dos “ xixis”, mas quando se faz atividades físicas,
essa água é eliminada através do suor.
Todo esse processo descrito acima, completa o que descrevemos no capítulo 07 que fala sobre
trabalho.
Esse processo descrito mostra as reações químicas, o gasto de energia que ocorrem no nosso
organismo.
O nosso organismo é como um trem a vapor, se faltar lenha ele precisará de um suplemento
adicional para poder funcionar.
Na falta de glicose, o organismo irá buscar sua reserva, ou seja, começará a queimar as células
de gordura obtendo energia para funcionamento do corpo humano.
Seja como for, podemos dizer que as transformações que ocorrem em nosso organismo têm a
presença de energia (processo físico) e por consequência realizou Trabalho (processo físico),
logo, a energia se faz presente no nosso organismo.
TERCEIRO PONTO DE
APLICAÇÃO QUE IREMOS
DISCUTIR
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Atitudes que no nosso cotidiano parecem ser inofensivas podem desencadear um desequilíbrio na
natureza e uma reação que será sentida por muito tempo.Um exemplo disso é jogar uma garrafa
plástica na via pública.
Não só isso, mas a degradação das nossas matas, a contaminação dos nossos oceanos e rios,
são fatores determinantes que ocasionam uma série de problemas ao nosso planeta.
Talvez a pessoa que realizou tal ação não tenha conhecimento do mal que causou.
Porque estamos colocando esse assunto em física, e ainda colocando como análise do princípio
de ação e reação?
Porque toda ação corresponde a uma reação, diz a lei. Analisemos o fato descrito acima:
se destruirmos a natureza estamos tendo uma ação incorreta que acarretará efeitos desastrosos
para nós e para o planeta.
Sendo assim, a “ação” cometida -destruição da natureza- terá como “reação” redução do
oxigênio no planeta.
Não podemos dizer que toda causa corresponderá a um efeito maléfico.
Se você plantar uma árvore estará tendo uma ação positiva, que acarretará em uma reação
também positiva.
Essa é uma pequena amostra de como a física se faz presente na nossa vida.
Seja conservando o meio ambiente, seja praticando boas ações para com as pessoas, “pois fazei
o bem e receberás o bem como recompensa.”
QUARTO PONTO DE
APLICAÇÃO QUE
IREMOS DISCUTIR
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Você acha que é por acaso que quando estamos andando de carro e ele breca bruscamente, o
nosso
corpo é arremessado para frente sem motivo algum?
Não é por acaso não!!!!
Como vimos no capítulo 06 da apostila, a 1ª lei de Newton explica tudo isso.
O fato do seu corpo estar se movimentando junto com o carro, faz com que ele esteja com uma
certa velocidade, só que quando o corpo para, ninguém “avisa” o seu corpo que ele tem que
parar.
O carro, ao contrario do seu corpo, ao brecar, aciona o dispositivo dos freios, que causa no
veículo uma força contraria ao movimento que fará com que o carro pare.
Só que seu corpo não. Ele continuará no estado em que estava, em movimento.
Por isso a importância do uso do cinto de segurança, para que o corpo fique livre da lei da Inércia,
e fique preso pelo cinto de segurança.
Aqui temos mais um fato em que nos deparamos diariamente com a Física em nosso cotidiano.
Todas as pessoas fazem uso de algum princípio físico todos os dias e nem percebe.
Por exemplo, quando ligamos o chuveiro e quando aquecemos a água estamos usando princípios
físicos.
Quando corremos, estamos realizando Trabalho, ou seja gastando energia, princípios da física.
Não é fascinante ?
E não se esqueça, junto com a Física, temos nossa grande parceira a Matemática, que prova
através de cálculos que na vida nada se perde, tudo se transforma (Lavoisier).
Assim como você que passou a entender certas rotinas do cotidiano, transformou aquilo que era
um acaso, em conhecimento.
Tenho certeza que muitas coisas, ou quase tudo, que aprendeu você nunca mais irá esquecer.
Percebeu agora a importância de se estudar física ?
Pesquise, aprofunde seus conhecimentos, entre neste maravilhoso mundo que é ESTUDAR!
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7.1 - FÍSICA