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Poupar & Investir

Multiplique seu Capital. Minimize seus Riscos.

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Jonatam Cesar Gebing

Poupar
&
Investir
Multiplique seu Capital
Minimize seus Riscos

Versão 1.0

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Índice

Índice 3

Sobre o autor 6

Renda Fixa Turbinada Erro! Indicador não definido.

Módulo 01: Educação Financeira 12

1.1 Planejamento Financeiro em 10 Passos 14

1.2 Mantendo as Finanças Sob Controle 26

1.3 Hábitos Financeiros Saudáveis 32

1.3 Hábitos Financeiros NÃO Saudáveis 36

1.3 Clichês que Devemos Evitar 39

1.3 Planejamento Financeiro para os Filhos 43

Modulo 02: Investir com Pouco Dinheiro? 48

Módulo 03: Os Juros Compostos 65

Módulo 04: Iniciando nos Investimentos 81

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4.1 Criando sua conta: Bancos 84

4.2 Criando sua conta: Corretoras 89

4.3 Análise de Perfil 95

4.4 Desenvolvendo sua Racionalidade 97

4.5 Evite Fraudes 103

4.6 Dicas Importantes 109

Módulo 05: Caderneta de Poupança 115

Módulo 06: Certificado de Depósito Bancário (CDB) 121

Módulo 07: Letra de Crédito Imobiliário (LCI) 131

Módulo 08: Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) 140

Módulo 09: Tesouro Direto 149


9.1 O que é? 149

9.2 O que são títulos públicos? 150

9.3. Passo a Passo 152

9.4 Modalidades de Aplicação 155

9.5 Vantagens do Tesouro Direto 158

9.6 Entendendo cada um dos títulos disponíveis 166

Módulo 10: Fundos de Investimento 176

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10.1 Quanto Custa Investir 188

10.2 Taxas e despesas 189

10.3 Riscos Envolvidos 194

Módulo 11: Investimentos Cambiais 205

Módulo 12: Investimentos Alternativos 213

12.1 Fundos Imobiliários: 213

12.2 Investidor Empreendedor – MicroFranquias 230

#Conclusão: 237

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Sobre o autor

Jonatam César Gebing, blogueiro e consultor financeiro.

Eleito um dos 30 investidores mais influentes da internet em 2015


(fonte: Finance-e).

Fundador do Portal Pobre Poupador, site focado em Educação


Financeira e Investimentos.

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Há mais de três anos no ar e com mais de 30.000 leitores assíduos,


O Portal Pobre Poupador visa disseminar um conteúdo diferenciado sobre
Educação Financeira e Investimentos, primando sempre pela solidez,
diversificação e riscos envolvidos em cada tipo de investimento estudado.

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Prezado leitor, veja os seguintes depoimentos:

#1: Maria Alves / Funcionária Pública:

“Não aguento mais perder dinheiro em renda variável. Coloco todas


as minhas economias lá e elas são destruídas ao vento. O que fazer?”

Relato da leitora Maria, que nos solicitou auxílio sobre como


investir em modalidades de investimento que primam pelo baixo risco.

#2: Daise Araújo / Bancária:

“Meu objetivo é encontrar investimentos alternativos que me


possibilitem multiplicar meu capital aliando boas rentabilidades e alta
segurança.”

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Daise Araújo tem o perfil poupador e deseja encontrar soluções de


investimento com boa relação risco vs retorno.

#3: Renata Souza / Administradora:

“Cansei de perder dinheiro na bolsa de valores. Empresas são


manipuladas dia a dia e a conta sempre sobra para o pequeno investidor.
Não há para onde fugir.”

Renata chegou a uma constatação interessante. O mercado de ações


está cada vez mais profissional, logo, somente pessoas com anos e anos de
capacitação conseguem bons resultados que valham realmente a pena no
quesito custo de oportunidade.

Vendo os relatos acima, recebidos de leitores em nosso portal, creio


que você não desejaria passar por situação semelhante, não é mesmo?
Provavelmente foi alguma razão parecida com esta que levou você até este
eBook hoje.

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Ao longo da obra vamos aprender juntos todas as dicas e


aprendizados para que você escolha seus investimentos com o maior
índice de risco vs retorno possível.

Este eBook é resultado da minha experiência dos últimos 10 anos


em compras e vendas de ativos e de minha especialização na área, com
mais de 160 artigos publicados em meu portal.

Trata-se da compilação do resultado da minha busca contínua por


informações e dicas que pudessem ser úteis para aplicar em um momento
de realização de sonho: O investimento para a Independência Financeira.

Periodicamente, reúno os leitores que possuem dúvidas em


“Webinars” (video aulas para esclarecimentos de dúvidas), que são online
e gratuitos para os leitores deste livro, para ouvir as suas ideias e
aconselhá-los. As turmas são limitadas e, geralmente, duram de 1 a 2
horas.

Se você não cadastrou seu email ainda em nossa newsletter, entre


no site http://www.pobrepoupador.com/ e cadastre-se para receber as
programações dos próximos webinars.

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Desejo uma boa leitura a todos!

Jonatam César Gebing - Pobre Poupador


(www.pobrepoupador.com).

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Módulo 01: Educação Financeira

A Educação Financeira nos países desenvolvidos tradicionalmente


cabe às famílias. Às escolas fica reservada a função de reforçar a formação
que o aluno adquire em casa. No Brasil, infelizmente, a Educação
Financeira não é parte do universo educacional familiar. Tampouco
escolar.

Desta forma, a criança não aprende a lidar com dinheiro nem em


casa, nem na escola. As consequências deste fato são determinantes para
uma vida de oscilações econômicas, com graves repercussões tanto na
vida do cidadão, quanto na do país.

A Educação Financeira não consiste somente em aprender a


economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro. É muito mais que
isso. É buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro,
proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os
prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para eventuais
imprevistos.

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A famosa fábula da “Formiga e da Cigarra”, que contaremos a


seguir, exemplifica muito bem uma eterna questão que tentamos resolver
diariamente: “Será melhor simplesmente aproveitar o dia de hoje ou nos
preparar para o futuro”?

A Formiga e a Cigarra:

Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz.

Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando
penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro.

- Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te


afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra.

- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga.

– Aconselho-te a fazeres o mesmo.

- Por que me hei-de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... –
respondeu a Cigarra, olhando em redor.

A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora.

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Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer.

No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham


guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome
como ela.

A Cigarra compreendeu que tinha feito mal...

Moral da história: Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro.

1.1 Planejamento Financeiro em 10 Passos

A falta de um controle apropriado de gastos e orçamentos é o passo


inicial para uma vida displicente e de objetivos não atingidos no longo
prazo. Para que os planos se tornem realidade, todas as pessoas
envolvidas com o orçamento familiar devem participar deste controle e
evidenciar o atingimento das metas de forma gradativa.

Quando possuímos algum problema de saúde, na maioria das vezes


optamos pela automedicação e relutamos em procurar um bom

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profissional. Estes problemas, por vezes, causam complicações que, se não


são fatais, exigem um esforço redobrado para a recuperação.

Podemos utilizar a mesma analogia para a questão financeira.


Quando falamos sobre os problemas financeiros, temos a mania ruim de
empurrar os percalços da vida para terceiros (instinto da natureza
humana), ou seja, repassamos nossos problemas para os juros elevados
dos bancos, para a alta desenfreada dos preços, para o abuso das taxas de
cartões de crédito, para a mal administração do governo, dentre outros.

Mal sabemos que o maior culpado disto, na grande maioria das


vezes, não são os terceiros que teimamos em difamar. O maior culpado da
história é aquele bem adquirido em um momento onde não havia recursos
para tal, ou aquele padrão de vida elevado que não condiz com a situação
de orçamento familiar. Na grande maioria dos casos, os problemas vão se
agravando e causando complicações, exigindo um esforço hercúleo para
dar a volta por cima.

As famílias, em sua grande maioria, convivem com brigas diárias


em torno do orçamento. Vivem com o chamado ‘cobertor curto’ (paga-se
esta conta, deixa-se de pagar a outra). Quando os rendimentos aumentam,
logo encontra-se um jeito de comprometer tal parcela de renda, seja com

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parcelamentos em lojas, trocando de automóvel ou com financiamentos


em geral.

No planejamento de uma vida familiar de sucesso, temos os


seguintes passos: construção de casa e compra de carro do ano; criação e
educação de ponta aos filhos; compra de casa de campo/praia. Uma vida
praticamente perfeita para uma família de classe média.

O grande ponto que várias famílias esquecem, e que deveria ser


primordial nesse planejamento todo, é a sustentabilidade de tal padrão de
vida ao longo dos anos. Costumeiramente a história se repete:

1. Até se aposentar: construção bem sucedida de um


patrimônio;

2. Após a aposentadoria: destruição do patrimônio construído.

Com o passar dos anos o gasto com tratamentos de saúde aumenta.


O gás e a disposição para o trabalho diminuem. A aposentadoria vem com

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um valor abaixo do padrão de vida levado no cotidiano e o final é o


mesmo: venda do patrimônio para o sustento familiar.

Até agora retratamos a fotografia da esmagadora maioria das


famílias de classe média da atualidade. Você, sentado no conforto de sua
cadeira, deve estar se perguntando: “Diacho pobre, temos alguma solução
para isso?!”…

A solução se chama: Planejamento Financeiro!

O planejamento financeiro, traduzindo no sentido mais amplo das


palavras, consiste em bolar um plano de ação com objetivos claros para o
longo prazo. Onde queremos chegar daqui 5 anos? Onde queremos chegar
daqui 10 anos? 15 anos? 20 anos? As ações devem sempre ser voltadas
para o longo prazo, desta forma, os percalços de curto prazo pouco
afetarão no resultado auferido lá no final.

O acompanhamento das metas e o atingimento dos objetivos é algo


muito gratificante e que deve ser comemorado com louvor.

Mesmo com a relativa simplicidade em se adotar um planejamento


eficaz, grande parte da população mal liga para tais conceitos. Porque isto
acontece?

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Vamos fazer um exercício? Coloque, em ordem de prioridade, as


atividades abaixo que vocês consideram mais prazerosas:

a. Uma refeição bem saborosa;

b. Uma boa noite de sono;

c. Duas horas de leitura agradável;

d. Brincadeiras com o animal de estimação;

e. Conversas sobre planejamento financeiro

Garanto que em mais de 90% dos casos o item “e. Conversas sobre
planejamento financeiro”, tenha ficado como última opção.

O que este exercício nos diz? Que em uma vida corrida como a
nossa, acabamos por eleger prioridades que nos dão mais prazer. Itens
com pouca relevância ou de baixo grau de satisfação momentânea acabam
por ser deixados de lado. Isto é perfeitamente aceitável, nosso cotidiano

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está cada vez mais corrido e nos sobra cada vez menos tempo para fazer as
coisas essenciais em nossa vida.

Agora, pasmem. Sabiam que o controle e o planejamento familiar


também pode se tornar algo extremamente prazeroso? Já experimentaram
traçar grandes metas e objetivos, principalmente a dois? Lembrem-se que
com a ajuda de ambos o tempo de execução dos planos pode cair
consideravelmente. Já imaginaram juntar uma poupança que lhes
proporcione uma renda recorrente mensal equivalente ao salário que
vocês ganham hoje?

Isso faria com que vocês não dependessem mais do salário para
manter o sustento de suas famílias. Extraordinário, não?

O planejamento financeiro familiar é algo sempre focado no longo


prazo. Os maiores benefícios serão notados quando a família tiver a
tranquilidade de criar seus filhos de forma exemplar; quando não lhe faltar
dinheiro para aquela oportunidade imperdível de negócio que se desenha;
quando a sensação de segurança e proteção for atingida por não depender
mais única e exclusivamente da renda assalariada para a sobrevivência.

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Para lhes auxiliar na questão do planejamento financeiro,


separamos abaixo 10 dicas essenciais para que você possa montar um
planejamento financeiro familiar de forma eficaz e duradoura:

1. Registre e acompanhe suas receitas e despesas

Como você fará o controle da situação se você ao menos sabe o que


controlar? Administrar as receitas e despesas é fundamental para
encontrar possíveis oportunidades de melhorias ao longo da trajetória.

2. Compare preços antes de aquirir os bens essenciais

Pesquisas mostram que a diferença de valores entre os mesmos


produtos, em lojas diferentes, pode chegar a mais de 40%. Neste ponto, a
internet é nossa aliada. Possuímos inúmeros sites de vendas online que
nos brindam com muitas promoções cotidianamente.

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3. Separe um percentual do orçamento para compras não


essenciais

A vida de consumo pode trazer inúmeras alegrias e prazeres


instantâneos, mas é totalmente insustentável no longo prazo. Separe uma
quantia de renda mensal para compras não essenciais. Lembre-se que
deve sobrar salário no final do mês e não mês no final do salário.

4. Compre sempre a vista e com desconto

Não acredite em propagandas do tipo “10 vezes sem acréscimo”.


Isto não existe. O estabelecimento pode até não estar inserindo os juros
nas parcelas, mas os custos da transação e o percentual referente ao risco
de inadimplência estão, sem sombra de dúvidas, inseridos no preço a
prazo. Exija desconto a vista, ou compre em outra loja.

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5. Utilize o cartão de crédito com moderação

O cartão de crédito, por sua facilidade e comodidade, acaba sendo


uma arma para pessoas que não possuem hábitos financeiros saudáveis.
Trata-se de uma excelente opção, mas deve ser usada com moderação e
em benefício próprio.

6. Defina metas e acompanhe a realização dos resultados

Onde você quer estar daqui a um ano? E em cinco anos? Dez anos?
Vinte anos?

Defina metas e objetivos para sua vida pessoal e financeira e faça o


possível para alcança-los sem alterações bruscas no meio da trajetória. A
sentimento de realização pessoal ao alcançar cada degrau é indescritível.

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7. Seja realista com seus sonhos

João possui uma renda de R$1000,00 por mês e iniciou uma


poupança em janeiro de 2015, guardando 20% de sua renda por mês. O
primeiro objetivo de João é chegar ao final de 2015 com R$10.000,00
guardados. Espera aí, João! Sua atitude é exemplar em controlar suas
finanças e pensar em formar seu colchão de segurança, mas, se nada
anormal acontecer, nem de forma positiva, tão menos de forma negativa, o
saldo de sua poupança ao final do ano será de R$2400,00 mais a
rentabilidade obtida nos 12 meses de aplicação, ou seja, bem longe da
meta estipulada.

Ao traçar suas metas, responda aos seguintes questionamentos:

a. Qual é o meu objetivo?

b. Quando pretendo alcançar este objetivo?

c. Quanto eu preciso para alcançar este objetivo?

d. Qual a forma de atingir este objetivo?

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Seja realista com suas metas, projete sonhos factíveis. A sensação


de superação é melhor do que a de não ter conseguindo chegar lá.

8. Analise suas metas e objetivos de forma regular

Certo, você não precisar ser um alienado que olha seus objetivos de
longo prazo diariamente. Mas é bom dar uma espiada de tempos em
tempos e monitorar se tudo está indo conforme o estabelecido. Monitorar
os objetivos de forma constante ajuda a identificar pontos fora da curva e
permite traçar planos de ação para eventuais problemas encontrados.

9. Leve uma vida que corresponda ao seu padrão de


rendimentos

Não faltam histórias de famílias que possuíam um padrão de vida


fora do aceitável para os rendimentos recebidos. Qual é o final desta
história? Dívidas a terminar de vista, dores de cabeça, brigas, falta de
orçamento, decepções e inúmeras vezes, pasmem, divórcios. Aliás, sabiam

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que um dos principais motivos do divórcio entre casais são as brigas pela
falta de dinheiro (fonte)? Leve uma vida tranquila, dentro dos seus
padrões de consumo. Aumente seu padrão de vida realizando os objetivos
definidos no planejamento financeiro.

10. Aprenda sobre investimentos, pra ontem

O primeiro passo é pensar no futuro, traçar metas financeiras e


cumpri-las. Mas saiba que, ter um conhecimento interessante na área de
investimentos pode reduzir drasticamente o tempo de realização dos
objetivos? Se você ainda não conhece o poder dos juros compostos em um
longo prazo, está mais do que na hora de aprender. O tema é amplo e
merece uma postagem a par, mas pesquise sobre como uma rentabilidade
elevada pode influenciar suas metas no longo prazo, você irá se
surpreender!

Para finalizar, não esqueça:

1. O seu planejamento financeiro é ESSENCIAL para você ter


um futuro financeiro próspero.

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2. Administrar o dinheiro é muito mais fácil do que


administrar a falta dele.

1.2 Mantendo as Finanças Sob Controle

Como estão as suas metas definidas para 2015? Trocar de carro,


comprar uma casa, iniciar um curso de idiomas ou fazer uma viagem
internacional são itens que costumam aparecer de forma constante nos
objetivos e metas pessoais em cada início de ano.

Pense em suas metas definidas no início do ano. Agora reflita: o que


você está fazendo para realizar esses sonhos?

Preparar um planejamento orçamentário para controlar as suas


finanças pode ser um bom começo, isso porque quando verificamos de
perto nossas despesas e gastos, torna-se muito mais fácil identificar qual a
destinação de nosso suado dinheiro. Com este controle temos uma
ferramenta que nos ajuda a economizar, se necessário for, e a planejar a
concretização de um sonho. E o melhor disso tudo é que, de forma
contrária ao pensamento de muitas pessoas, este planejamento nem

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sempre justifica mudanças radicais na rotina. A partir deste controle você


pode identificar uma fonte de gastos totalmente dispensável que pode ser
revertida para algo que valha mais a pena.

Caso você não possua metas específicas, saiba que o controle


orçamentário é uma excelente ferramenta para evitar o sufoco financeiro.
Engana-se quem pensa que o controle das finanças é tarefa exclusiva de
pessoas endividadas. A principal finalidade do controle orçamentário é
identificar para onde vai nosso dinheiro, mesmo que todas as contas sejam
pagas em dia. Ao acompanhar o entra e sai de nossas receitas, torna-se
mais fácil a tarefa de guardar uma parcela de dinheiro todo mês, buscando
o acumulo de um fundo de reserva para possíveis emergências.

A realização de um planejamento e o cumprimento de suas tarefas é


um trabalho que exige esforço, dedicação e persistência. Mas quem possui
este hábito garante que os resultados compensam. Com o passar dos dias,
tais tarefas se tornam parte integrante de nossa rotina diária e os frutos
começam a aparecer desde os primeiros passos. Como forma de auxílio,
podemos utilizar alguma planilha de controle de orçamento (existem
várias disponíveis de forma gratuita na internet).

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Seja com um caderno, uma agenda, uma planilha ou qualquer outro


meio, o hábito do controle é mais o fator mais importante. O que vale,
neste processo, é visualizar o entra e sai de nossas receitas e despesas.

O passo a passo do orçamento

1. Identifique os gastos e despesas mensais

O primeiro passo é realizar uma análise minuciosa das despesas


mensais médias dos últimos meses, sejam estas fixas (aluguel, luz, água,
telefone, etc) ou variáveis (lazer, alimentação, transporte, etc). Para
efetuar o cálculo das despesas médias, some o valor gasto em cada mês e
divida pela quantidade de meses avaliados.

De forma geral, as despesas fixas são mais fáceis de ser


monitoradas devido a sua periodicidade constante. Para as despesas
variáveis, utilize para o cálculo um mês considerado normal, ou seja, não
inclua neste cálculo as despesas sazonais (presentes em datas especiais)

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ou eventos que acontecem somente de forma eventual (manutenções de


veículos, reformas, etc). Estes gastos eventuais devem ser cobertos pelas
reservas financeiras acumuladas mensalmente.

Dica: verificar mensalmente seu extrato bancário ajuda a


evidenciar as despesas com o cartão de débito, crédito e também os saques
efetuados.

2. Verifique suas prioridades e defina metas para seus gastos

Para orçamentos no vermelho ou para pessoas que desejam iniciar


uma poupança, poderá não haver outro jeito a não ser o corte de gastos.
Após identificar e planilhar as despesas mensais, verifique quais podem
ser reduzidas ou cortadas de forma integral. Neste quesito, não há como
opinar sobre os itens que devem ou não ser reduzidos ou eliminados, cada
pessoa deve avaliar suas despesas e verificar os possíveis pontos de ajuste,
primando sempre pelo equilíbrio da situação. Como dica, cabe ressaltar os
gastos com telefone e com alimentação, principalmente em refeições fora
de casa, sendo um dos pontos onde são encontrados os maiores exageros.

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Importante ressaltar que de nada vale viver uma vida totalmente


privada de prazeres, ou seja, de abdicar do presente para guardar e
economizar cada centavo pensando no futuro. A mente sempre deve estar
voltada, como em tudo na vida, ao equilíbrio entre as duas partes. A
melhor receita é viver intensamente o presente, com um olho no futuro.

Engana-se quem pensa que é necessário eliminar todos os lazeres e


entretenimentos visando um futuro mais tranquilo. Se você considera
importante ir a um jantar caro ou realizar uma compra extra, não é
necessário deixar de fazê-lo, desde que tenha como arcar com os custos e
consiga evidenciar qual o impacto de tal feito em seu planejamento
orçamentário.

Dica: verifique se você não está pagando por serviços que não
utiliza. Ex:. A mensalidade do clube que você não frequenta; a revista que
você não possui tempo de ler, etc.

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3. Defina e registre a projeção de despesas futuras

De posse da média das despesas dos últimos períodos e com as


metas de redução de despesas já evidenciadas, efetue um orçamento
médio mensal para os próximos meses. Não esqueça de inserir os
impostos e despesas eventuais como seguro do automóvel, IPVA, IPTU,
materiais escolares e presentes de datas comemorativas. Da mesma forma,
registre as projeções de receitas mensais (salários, rendimentos, juros,
etc), não esquecendo as receitas eventuais como férias, décimo terceiro,
bônus, comissões, etc.

Dica: Insira em seu planejamento os gastos com datas especiais:


aniversário, dia das mães, dia dos pais, natal, páscoa, etc.

4. Registre e acompanhe as despesas mensalmente

Após efetuado todo o controle e a projeção de despesas e receitas, é


chegada a hora de por em prática a disciplina e o controle de tais objetivos.
Anote todas as despesas e evidencie se o rumo traçado está de acordo com

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o proposto. Faça ajustes de acordo com o necessário e destine uma parcela


de sua receita para uma reserva de capital.

Revise suas metas e objetivos de tempos em tempos, afinal, é


comum cometer erros de avaliação, tanto nas despesas quanto nas
receitas, sem contar que imprevistos e eventos extras costumam ocorrer
com mais frequência do que possamos imaginar.

Viva a vida intensamente, mas não descuide de seu futuro. O


planejamento financeiro é a chave ideal para encontrar o equilíbrio entre
os prazeres do hoje, com as necessidades do amanhã.

1.3 Hábitos Financeiros Saudáveis

O planejamento financeiro familiar é algo sempre focado no longo


prazo. Os maiores benefícios serão notados quando a família tiver a
tranquilidade de criar seus filhos de forma exemplar; quando não lhe faltar
dinheiro para aquela oportunidade imperdível de negócio que se desenha;
quando a sensação de segurança e proteção for atingida por não depender
mais única e exclusivamente da renda assalariada para a sobrevivência.

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A falta de um controle apropriado de gastos e orçamentos é o passo


inicial para uma vida displicente e de objetivos não atingidos no longo
prazo. Para que os planos se tornem realidade, todas as pessoas
envolvidas com o orçamento familiar devem participar deste controle e
evidenciar a superação das metas de forma gradativa.

As famílias, em sua grande maioria, convivem com brigas diárias


em torno do orçamento. Vivem com o chamado ‘cobertor curto’ (paga-se
esta conta, deixa-se de pagar a outra). Quando os rendimentos aumentam,
logo se encontra um jeito de comprometer tal parcela de renda, seja com
parcelamentos em lojas, trocando de automóvel ou com financiamentos
em geral. O maior culpado da história é aquele bem adquirido em um
momento no qual não havia recursos para tal, ou aquele padrão de vida
elevado que não condiz com a situação de orçamento familiar. O grande
ponto que várias famílias esquecem, e que deveria ser primordial nesse
planejamento todo, é o foco na sustentabilidade de seu atual padrão de
vida ao longo dos anos.

Para lhes auxiliar na questão do planejamento financeiro,


separamos abaixo algumas dicas essenciais para que você possa montar
um orçamento familiar de forma eficaz:

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– Registre suas receitas e despesas

Como você fará o controle da situação se você ao menos sabe o que


controlar? Administrar as receitas e despesas é fundamental para
encontrar possíveis oportunidades de melhorias ao longo da trajetória.

– Compare preços na compra de bens

Pesquisas mostram que a diferença de valores entre os mesmos


produtos, em lojas diferentes, pode chegar a mais de 40%. Sites de vendas
online nos brindam com muitas promoções cotidianamente.

– Utilize o cartão de crédito com moderação

O cartão de crédito, por sua facilidade e comodidade, acaba sendo


uma arma para pessoas que não possuem hábitos financeiros saudáveis.
Trata-se de uma excelente opção, mas deve ser usada com moderação e
em benefício próprio. Pague sempre o total da fatura e utilize-o de forma
condizente com sua capacidade de pagamento.

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– Defina metas realistas e acompanhe a realização dos


resultados

Onde você quer estar daqui a um ano? E em cinco anos? Defina


metas e objetivos para sua vida pessoal e financeira e faça o possível para
alcançá-los sem alterações bruscas no meio da trajetória. O sentimento de
realização pessoal ao alcançar cada degrau é indescritível. Além disso, seja
realista com suas metas, projete sonhos factíveis. A sensação de superação
é melhor do que a de não ter conseguindo chegar lá.

– Leve uma vida que corresponda ao seu padrão de


rendimentos

Leve uma vida tranquila, dentro dos seus padrões de consumo.


Aumente seu padrão de vida realizando os objetivos definidos no
planejamento financeiro.

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1.3 Hábitos Financeiros NÃO Saudáveis

Ao tentarmos implementar controles financeiros em nosso


cotidiano, acabamos, por vezes, seguindo dicas e conselhos já enraizados
na sociedade e plenamente divulgados por meios de comunicação focados
nesta área. Mal sabemos que alguns hábitos que colocamos em prática
podem ir totalmente contra o nosso propósito, ou seja, ao invés de ajudar,
atrapalham.

Separamos abaixo algumas frases e ditados bem conhecidos de


todos e que podem não passar de boas inverdades que devemos evitar:

Hábito #1: Não há necessidade de controlar minhas finanças


caso gaste somente meu salário.

Mais importante do que controlar as receitas e despesas de um


orçamento é praticar um conceito chave no planejamento financeiro: o
equilíbrio entre ambas as partes. Para que este equilíbrio seja eficiente e
duradouro, não podemos ficar apenas no “gastar somente o salário”. É de
extrema importância que suas despesas sejam menores que as receitas,

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proporcionando assim uma folga para despesas eventuais e para a


formação de uma reserva de segurança.

Sem sombra de dúvidas o primeiro passo para uma pessoa


endividada é conseguir o ponto de equilíbrio e fazer com que o salário dê
conta de todas as dívidas a pagar, porém, o passo seguinte é primordial
visando a abertura de uma folga no orçamento, poupando e investindo
para o futuro.

Hábito #2: Minha vida muda muito, não adianta planejar nada.

Caso este seja o seu pensamento, é praticamente certo que sua


noção sobre planejamento financeiro esteja totalmente equivocada. Se não
houver um planejamento ou se o mesmo for montado de forma errada,
quem corre o risco de ir para o espaço é seu dinheiro e, com ele, sua
qualidade de vida. Um bom planejamento financeiro visa conciliar os
benefícios de se ter metas definidas, com a possibilidade de adaptar essas
metas às necessidades mutantes da nossa vida.

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O planejamento não serve para engessar, mas sim para dar mais
visão e ajudar a organizar nosso cotidiano contra as diversas adversidades
as quais somos expostos. Planeje-se e tenha sempre o bom-senso de
flexibilizar esse seu planejamento para continuamente adequar seus meios
a seu fim: gastar menos e melhor.

Hábito #3: Preciso ganhar mais para economizar algo.

A habilidade de controlar suas finanças e economizar é definida por


sua disciplina em separar parte de sua renda mensal, não pelo valor de seu
contracheque. Uma pessoa que não possui o hábito de controlar suas
finanças arrumará, a cada real recebido de aumento, um novo gasto ou
prestação para utilizar tal recurso.

É normal que no início de nossas vidas financeiras não tenhamos


disponibilidade para guardar grandes quantias mensalmente, sendo mais
importante a criação e manutenção do hábito de investir. Pense que
quanto mais cedo você começar a rentabilizar o seu dinheiro, mais tempo
terá para que os juros compostos façam sua mágica.

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Hábito #4: O dinheiro não traz felicidade.

“Dinheiro não traz felicidade. Então me dê o seu e seja feliz”, diz


uma piada sobre esses dois grandes objetivos da vida moderna, dinheiro e
felicidade. Este é, provavelmente, o mito mais utilizado nos quatro cantos
do planeta.

Dinheiro a mais na sua conta não traz necessariamente felicidade e


com toda a certeza existem milionários que são mais infelizes que você,
porém, devemos ter em mente que o dinheiro deve ser sempre a solução e
não o problema. Com ele, podemos usufruir alguns benefícios que
contribuem diretamente para o pleno sentimento de realização, como por
exemplo o conforto, a segurança e a educação.

1.3 Clichês que Devemos Evitar

Viver somente o momento sem se preocupar com o futuro pode ser


uma das melhores decisões visando a satisfação momentânea, mas talvez
não seja tão prudente a longo prazo. Você pensa em sua aposentadoria? A

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menos que ocorra um imprevisto o qual ninguém está livre (doenças,


acidentes, etc), chegaremos tranquilamente a terceira idade.

Para as pessoas que pensam somente em viver o presente, isto


pode representar um grande problema: quem não se organiza desde cedo
para criar uma reserva financeira para a aposentadoria, por exemplo, pode
ser obrigado a encarar uma renda menor nessa fase da vida.

Engana-se quem pensa que é preciso colocar o dinheiro como a


maior prioridade na vida ou deixar de buscar objetivos que tragam
satisfação. A questão é não deixar que essas recomendações atrapalhem o
orçamento financeiro e acabem por atrair apenas estresse e frustração.

Separamos abaixo os principais clichês que podem ter impacto


sobre as nossas finanças pessoais e como impedir seus efeitos negativos:

Clichê #01: Viva somente o hoje; não pense no amanhã.

Deixar o futuro totalmente de lado para viver o presente, seguindo


a famosa frase em latim “Carpe Diem” pode incentivar compras por
impulso que prejudicam o orçamento. Outro fator a ser considerado é que

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devemos sempre nos preocupar com eventos esporádicos que acontecem


em nossas vidas.

Pense nas seguintes situações: Se eu perder o emprego, como


arcarei com minhas dívidas? E se acontecer algo com meu automóvel?
Caso algum familiar tenha problemas de saúde? São muitas variáveis que
podem aparecer em nosso dia a dia. A formação de uma reserva financeira
é imprescindível para poder lidar com estes imprevistos.

Clichê #02: Dinheiro não compra felicidade

Se levada até as últimas consequências, esta afirmação pode ser


perigosa. Mesmo porque, alguém com uma série de problemas financeiros
dificilmente ficará livre de sentimentos negativos, como estresse e
angústia.

Dinheiro a mais na sua conta não compra necessariamente


felicidade e com toda a certeza existem pessoas com excelente condição
financeira e extremamente infelizes, porém, devemos ter em mente que o
dinheiro deve ser visto como uma solução, jamais como um problema.
Com ele, podemos usufruir alguns benefícios que contribuem diretamente

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para o pleno sentimento de realização e felicidade, como por exemplo o


conforto, a segurança e a educação.

Clichê #03: Sua personalidade nunca vai mudar

Dificuldades em matemática ou ser descontrolado por natureza não


devem ser desculpas usadas para afirmar que nunca será possível lidar
bem com dinheiro. Aprender a se relacionar melhor com as finanças
depende da mudança de hábitos e, principalmente, do esforço e disciplina
aplicados no orçamento doméstico e no estudo de conteúdos relacionados
ao tema.

Clichê #04: Nunca sofra por antecipação

Viver somente focado e preocupado com o futuro não é uma atitude


saudável. Por outro lado também não é recomendável nunca se preocupar
com o amanhã ou não se antecipar a imprevistos. Devemos viver nosso
presente com um olho no amanhã.

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As grandes dicas aqui são as formações de reservas financeiras


focadas em:

1) gastos eventuais, para evitar surpresas desagradáveis; e

2) para a aposentadoria, visando manter o mesmo padrão de vida


no momento em que não tivermos mais condições para desempenhar as
tarefas com toda a energia de hoje.

Outra dica é revisar o orçamento doméstico de tempos em tempos


com o objetivo de maximizar as receitas e otimizar ao máximo o fluxo de
caixa familiar.

1.3 Planejamento Financeiro para os Filhos

Segundo dados do IBGE em 2013, a proporção de filhos que


continuam morando na casa dos pais na faixa dos 24 aos 35 anos passou
de 21,2% em 2004 para 24,5% em 2013. Se por um lado alguns pais veem
os dados como positivos, o dado pode preocupar outros que esperam que
nessa idade seus filhos já tenham conquistado sua própria independência
financeira.

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Tardar muito o repasse de importantes responsabilidades, como


administrar um lar e possuir conhecimentos de orçamentos domésticos,
pode ocasionar grandes problemas futuros. Quanto mais cedo o filho
aprender a ter responsabilidades com relação ao dinheiro, a liberdade
financeira será encarada de forma mais natural e sem constrangimentos
para ambas as partes.

Separamos abaixo algumas dicas para que seu filho aprenda desde
cedo a se planejar financeiramente:

Dica #01: A mesada é a principal aliada no aprendizado sobre


o dinheiro

A mesada é o principal instrumento de educação financeira, desde


que o dinheiro seja acompanhado de uma dose de dicas e orientações. É de
extrema importância a fixação de objetivos de poupança e o cumprimento
de prazos.

Os pais podem ensinar as crianças, por exemplo, a usar o dinheiro


para pagar o lanche da escola sem deixar que o valor acabe antes do fim da
semana. Outra dica é incentivá-los a guardar um pouco da mesada todo

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mês para comprar aquele brinquedo extra no final do ano, evidenciando os


benefícios que um bom controle financeiro pode trazer. A utilização de um
cofrinho como aliado para economizar algumas moedas também é uma
opção. Neste ponto, vale muito mais a educação e o hábito do que o
dinheiro propriamente dito.

Dica #02: Paciência acima de tudo

Um pedido adicional de dinheiro pode ser uma excelente forma de


aprendizado. Caso o Jovem peça uma quantia de dinheiro que ultrapasse o
limite da mesada, é o momento de ensiná-lo a ter paciência para aguardar
o melhor momento para a aquisição. Sabemos que dizer não nunca é uma
tarefa fácil para os pais, mas é a melhor forma de preparar os filhos para
aceitar as negações que eles terão de lidar durante sua vida adulta.

A dica aqui é sempre focar no aprendizado. Não é uma atitude


errada presenteá-lo com aquele bem tão almejado, mas é importante que
ele entenda de onde vem os recursos e capte ideias alternativas para
conseguir alcançar seus objetivos.

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Dica #03: A importância da faculdade

O ingresso do jovem na faculdade é o fator principal para incentivá-


lo a buscar estágios e experiências profissionais remuneradas.

Receber uma remuneração por seus esforços, pagar suas contas


fixas e conseguir recursos para comprar seus bens de consumo (roupas,
eletrônicos e afins) são os principais objetivos nesta fase.

Quando o jovem iniciar o trabalho remunerado, é hora de diminuir


a mesada ou até cessar o beneficio. Tal mudança não deve ser encarada
como punição, mas sim como um indício de responsabilidade e passagem
para a vida adulta.

Dica #04: Cumpra as metas e dê exemplos

A confiança e o diálogo são essenciais. É papel dos pais fornecer


sempre o exemplo através de controles financeiros bem definidos e
atitudes rotineiras que coincidam com o discurso praticado.

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Outra dica é atentar sempre para as metas estabelecidas.

A flexibilidade nas regras estabelecidas com os filhos é um dos


principais erros cometidos. Seja por falta de paciência, vontade de agradar,
cansaço e até culpa pela ausência, os pais acabam não respeitando os
limites estabelecidos, criando vícios que podem ser de difícil reversão.

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Modulo 02: Investir com Pouco Dinheiro?

Existem inúmeros mitos conhecidos e várias pessoas os adoram.

Mais que adoram, os utilizam como “muletas” para justificar


algumas atitudes que não são tomadas. As mesmas pessoas que os adoram
são aquelas que não param por alguns minutos para analisar sobre o que
estão acreditando.

No que tange o Planejamento Financeiro, um dos maiores mitos é


que somente pessoas bem afortunadas possuem tempo e dinheiro para
investir. Meros assalariados não estariam aptos a tal condição.

Derrubaremos este mito com apenas três frases:

1) A Poupança e a Renda Fixa, na maioria dos casos, não exigem


investimento mínimo para aplicação;

2) Existem Fundos Imobiliários que custam menos do que o valor


pago por uma cerveja em qualquer bar do Brasil;

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3) Existem ações que podem ser compradas por centavos. Isso


mesmo, centavos.

Obviamente, com pouco capital, acabamos por pagar taxas mais


altas para alguns investimentos. Para o mercado de ações em específico, há
a cobrança de taxas de corretagem a cada ordem de compra/venda na
bolsa de valores.

Se esta taxa é fixa, é mais atrativo diluí-la em uma ordem de


R$10.000,00 do que em uma ordem de R$500,00, não é? Utilizando o
exemplo em questão e aplicando uma taxa de corretagem fixa de R$20,00,
teríamos os seguintes custos:

Investimento Taxa de Corretagem Percentual (Taxa/Investimento)

R$500,00 R$20,00 4%

R$10.000,00 R$20,00 0,002%

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Ou seja, por mais que os custos sejam os mesmos (R$20,00), a


representatividade dos valores é bem menor para ordens de
compra/venda mais altas.

Nestes casos é interessante que o investidor procure corretoras


que aplicam taxas de corretagem variáveis, reduzindo assim seus custos
fixos.

Pois bem, esta parte do ebook poderia terminar aqui, pois


derrubamos o mito com apenas três simplórias frases. É possível SIM
investir com pouco capital.

Mas, como gostamos de prometer pouco e entregar muito,


escreveremos algumas dicas sobre como e onde investir com pequenas
quantias de dinheiro. Falaremos também sobre a alocação de ativos para
estes tipos de investimento, item cada vez mais imprescindível quanto se
trata de proteção de capital.

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IMPORTANTE: Os ativos descritos ao longo desta sessão


servem APENAS para ilustração. Não é recomendável a aplicação em
tais investimentos sem um conhecimento específico em cada área.

Primeiramente, falaremos de forma sobre a alocação de ativos. Esta


expressão será tratada de forma assídua em cada simulação e é
importantíssimo saber sobre sua importância.

Alocação de Ativos:

Prontos para queimar outro mito? Então vamos lá:

“A alocação de ativos é válida apenas para quem tem muito


dinheiro!”

Mentira! Com apenas R$1000,00 já conseguimos aplicar uma


diversificação capaz de nos proteger substancialmente de variações do
mercado.

A alocação de ativos é, de forma resumida, a estratégia utilizada


para alocar nosso capital em vários tipos de investimento, mitigando os

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riscos e aumentando nossas chances de sucesso. Como um exemplo


prático de alocação de ativos temos a renda fixa e variável.

Teoricamente, com o aumento da taxa básica de juros, os papéis


indexados ao CDI (Certificado de Depósito Bancário), como os ativos de
renda fixa, tendem a pagar uma rentabilidade interessante. Em
contrapartida, ativos de renda variável como ações e fundos imobiliários
tendem a ter o preço de face de suas cotas reduzido. Este movimento se dá,
justamente, pela maior atratividade dos ativos de renda fixa, fazendo com
que os investidores migrem seu capital da bolsa de valores para ativos
mais seguros.

Um investidor que aplica uma alocação de ativos na proporção 50%


renda variável (mercado de ações) e 50% renda fixa (CDB’s), estará se
protegendo substancialmente de eventos deste tipo. Na subida das taxas
de juros, sua renda fixa ficará mais atrativa. Na queda, os ativos de renda
variável tendem a se valorizar.

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SIMULAÇÃO #01: Montando uma Carteira de Ativos com


R$500,00

Com valores reduzidos, não há muita vantagem em distribuir o


capital em diversos ativos. Respeitaremos somente a proporção 50%
renda fixa / 50% renda variável:

Investimento 01:

Ativo: Compra de 32 ações da empresa Bematech

Valor: R$252,16

Investimento 02:

Ativo: Aplicação do saldo remanescente em CDB

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Valor: R$247,84

Alocação de ativos:

Mercado de ações: 50,43%

CDB: 49,67%

SIMULAÇÃO #02: Montando uma Carteira de Ativos com


R$5.000,00

Os valores crescem e já é possível aplicar em outras modalidades


de investimento. Estenderemos a aplicação aos Fundos Imobiliários e
Tesouro Direto:

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Investimento 01:

Ativo: Compra de 158 ações da empresa Bematech

Valor: R$1.248,20

Investimento 02:

Ativo: Compra de 14 cotas do fundo imobiliário MXRF11 – Maxi


Renda

Valor: R$1.265,60

Investimento 03:

Ativo: Compra de Tesouro Prefixado 2018 (LTN – R$735,24) e


Tesouro Prefixado 2021 (LTN -R$520,08).

Valor: R$1.255,32

Investimento 04:

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Ativo: Aplicação do saldo remanescente em CDB

Valor: R$1.230,88

Alocação de ativos:

Mercado de ações: 24,96%

Fundos Imobiliários: 25,31%

Tesouro Direto: 25,10%

CDB: 24,61%

SIMULAÇÃO #03: Montando uma Carteira de Ativos com


R$50.000,00

Em uma carteira mais vultuosa, mantemos a mesma estratégia de


investimentos. Adicionamos somente mais um item, fundo de

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investimento em dólar. A adição desta modalidade visa proteger o capital


levando em conta a variação cambial.

Investimento 01:

Ativo: Compra de 1266 ações da empresa Bematech

Valor: R$10.001,40

Investimento 02:

Ativo: Compra de 111 cotas do fundo imobiliário MXRF11 – Maxi


Renda

Valor: R$10.034,40

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Investimento 03:

Ativo: Tesouro Selic 2021 (LFT – R$6.935,90 ) e Tesouro IPCA+


com Juros Semestrais 2050 (NTNB – R$2.702,95)

Valor: R$9.638,85

Investimento 04:

Ativo: Aplicação em fundo indexado cambial.

Valor: R$10.000,00

Investimento 05:

Ativo: Aplicação do saldo remanescente em CDB

Valor: R$10.325,35

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Alocação de ativos:

Mercado de ações: 20%

Fundos Imobiliários: 20%

Tesouro Direto: 19,27%

Fundo Cambial: 20%

CDB: 20,73%

SIMULAÇÃO #04: Montando uma Carteira de Ativos com


R$500.000,00

Meio milhão de reais já é o objetivo de muitos investidores.


Estratégias avançadas de Hedge e proteção de capital podem e devem ser
aplicadas. Substituímos, neste patamar, o investimento em CDB pela

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alocação em Letras de Crédito Imobiliário, que costumam oferecer uma


rentabilidade ligeiramente superior.

Investimento 01:

Ativo: Compra de 12660 ações da empresa Bematech

Valor: R$100.001,40

Investimento 02:

Ativo: Compra de 1110 cotas do fundo imobiliário MXRF11 – Maxi


Renda

Valor: R$100.034,40

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Investimento 03:

Ativo: 10 Tesouro Selic 2021 (LFT – R$6.935,90 ) e 11 Tesouro


IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTNB – R$2.702,95)

Valor: R$99.091,45

Investimento 04:

Ativo: Aplicação em fundo indexado cambial.

Valor: R$100.000,00

Investimento 05:

Ativo: Aplicação do saldo remanescente em LCI

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Valor: R$100.872,75

Alocação de ativos:

Mercado de ações: 20%

Fundos Imobiliários: 20%

Tesouro Direto: 19,82%

Fundo Cambial: 20%

CDB: 20,18%

Conclusão:

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Independente da quantia de dinheiro aplicada, é possível investir


focando e aproveitando sempre os benefícios de uma diversificação de
ativos bem feita.

Há casos e momentos de nossas vidas em que passamos por


momentos com maior ou menor aversão ao risco, podendo variar os
percentuais entre as modalidades de investimento. O mais importante é
ter em mente a importância da diversificação e se especializar de forma
constante em cada tipo de investimento aplicado.

Lembrando que, todas as operações acarretam custos (corretagem


e custódia) ao investidor, cabendo a ele avaliar cada caso e buscar
alterativas e instituições que tenham o melhor custo vs benefício.

Obviamente, quem possui quantia substancial de dinheiro precisa


(em teoria) estar mais diversificado do que quem tem pouco dinheiro. Na
chamada “fase da colheita dos frutos” ou, se preferir, próximo da
independência financeira, o investidor está mais preocupado em crescer
de forma sustentável e com pouco risco, primando sempre pela qualidade
do seu portfólio.

Nesta sessão, ficam duas mensagens:

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1) Não existe valor mínimo para investimento. Com R$500,00 já é


possível montar uma carteira confiável e diversificada.

2) Não importa se você possui R$500,00 ou R$ 500.000,00, prime


sempre pela diversificação de seu portfólio. Se não o fizer, tenha
consciência dos riscos envolvidos em cada operação e tipo de
investimento aplicado.

Apenas para recapitular: Os ativos descritos ao longo do artigo


servem APENAS para ilustração. Não é recomendável a aplicação em tais
investimentos sem um conhecimento específico em cada área. Indicamos,
ao longo do texto, alguns cursos e artigos que podem auxiliar de forma
substancial no aprendizado e conhecimento de tais alternativas de
investimento.

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Módulo 03: Os Juros Compostos

Muitas vezes nos deparamos com pessoas que dizem que não existe
receita mágica para enriquecer.

Lamentamos lhe informar, querido leitor, mas estas pessoas estão


cobertas de razão.

O que existem são facilitadores que, se usados com sabedoria,


reduzem de forma significativa o tempo e o esforço para chegar em nossos
objetivos.

O Pensamento da população

Por quantas vezes você já chegou no final do mês com aqueles


míseros R$100,00 na conta e encontrou um lugar para gasta-lo pois ‘Se é
pra guardar R$100,00 por mês, melhor não guardar nada’? Saiba que você
pode estar cometendo um dos maiores erros do ponto de vista dos juros

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compostos. Quantias pequenas de capital, se aplicadas com disciplina,


proporcionam um grande montante com o passar dos anos.

#1 DICA DO POBRE: Não subestime pequenas quantidades de


dinheiro, elas podem lhe surpreender no longo prazo.

Para provar que o que escrevemos aqui tem embasamento, Albert


Einstein já dizia a muito tempo atrás que os juros compostos são a oitava
maravilha do mundo. Segundo Albert, o poder de multiplicação do capital
é enorme, baseando-se em três variáveis: juros, capital investido e tempo,
sendo este último o mais importante. Abordaremos todos estes fatores ao
longo do artigo de hoje.

Utilize o tempo a seu favor

O fator tempo acaba sendo o principal ponto na disciplina de longo


prazo. Quanto maior o horizonte de investimento, mais os juros compostos
vão trabalhar a nosso favor. Neste ponto cabe-se destacar que o fator
tempo vale também para dívidas contraídas, ou seja, em um
financiamento, quanto maior for o prazo, maior será a quantidade de juros

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deixada para a instituição fornecedora do capital. Uma dívida com juros


altos cresce de uma forma assustadora para o devedor desavisado, como
por exemplo dívidas de cartões de crédito e cheques especiais. Por isso, é
muito melhor receber juros (investir) do que paga-los (se endividar).

#2 DICA DO POBRE: Veja o efeito bola de neve como um incentivo


para investir. Monitore suas metas e a realização dos objetivos. Evitar
utilizar esse dinheiro para outros fins fora do seu planejamento.

Como temos o fator tempo como o principal elemento da


multiplicação de capital, podemos concluir que quanto antes iniciarmos
nossa vida financeira controlada, maiores as chances de sucesso no longo
prazo. É comum que no início de nossas vidas não tenhamos muitos
recursos para investir. Outro fator complicador são as armadilhas do
consumismo, que afetam a esmagadora maioria dos jovens.

#3 DICA DO POBRE: Tenha sempre em mente que o tempo é o


melhor amigo do investidor.

Seu maior aprendizado: a disciplina

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Mais importante do que o valor guardado no início de nossa


trajetória é a disciplina adquirida com tais hábitos. A disciplina é algo que
levaremos por toda a vida, ou seja, no momento em que tivermos
condições financeiras mais privilegiadas, já teremos uma grande bagagem
como administradores de nossos recursos, facilitando assim a
multiplicação de capital e minimizando as chances de fracasso.

Duas formas de rentabilidade: juros simples e compostos

Para evidenciar o poder dos juros compostos em nossos cálculos,


tomamos como exemplo um investimento de R$1500,00 aplicados a uma
taxa de 5% ao ano durante 27 anos. Caso o investidor não tenha reaplicado
seus juros, ou seja, não tenha utilizado o poder dos juros compostos em
seu cálculo, o montante obtido ao final do período seria de R$479.000,00.
Agora, caso o investidor tivesse reaplicado seus juros, utilizando a mágica
dos juros compostos a seu favor, nesta mesma simulação este investidor
contaria com um capital de R$1.000.000,00. Mais do que o dobro, nada
mal, não?

A grande diferença entre as duas simulações é a formula de


aplicação dos juros. Enquanto os juros simples são calculados apenas

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sobre a quantia investida, os juros compostos são calculados sobre o


principal e os rendimentos obtidos com juros nos períodos anteriores. Daí
o apelido “juros sobre juros”. Nos juros compostos o capital se transforma
em uma espécie de bola de neve que vai aumentando cada vez mais.

#4 DICA DO POBRE: Quanto maior a parte de sua renda que você


investir, maior será o crescimento do seu patrimônio e menor será a
trajetória no longo prazo.

Maximize a rentabilidade de seus investimentos

Outro fator que deve ser rigorosamente observado é a


rentabilidade obtida nos investimentos de longo prazo.

Na atualidade, o fator rentabilidade tem sido o maior desafio dos


investidores. Podemos buscar maiores rentabilidades em mercados de
renda variável, como ações e fundos imobiliários, porém estes métodos de
investimento nos trazem maiores riscos, podendo também causar
prejuízos ao capital já acumulado. Alternativas mais conservadores e com
menores riscos também não faltam: Tesouro Direto, Renda Fixa, Poupança.

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Todas as opções nos oferecem menores rentabilidades com riscos bastante


reduzidos.

#5 DICA DO POBRE: No longo prazo, diferenças percentuais nas


rentabilidades causam enormes variações de capital.

Aplique mensalmente de acordo com seu planejamento financeiro

Um dos erros que muitos jovens cometem é de abdicar da vida


atual para poupar tudo de forma fervorosa, pensando somente no futuro.
Por outro lado, a esmagadora maioria dos jovens possui um perfil
contrário: gastar tudo o que há (e o que não há também) em bens e
proveitos na atualidade, não se preocupando com o futuro.

Qual dos dois perfis está correto? Nenhum.

Devemos aplicar o equilíbrio em nossas vidas, vivendo de forma


agradável, ou seja, não se privando dos prazeres da vida, mas também com
um olho no futuro. É neste ponto que o planejamento financeiro surge
para nos ajudar. Devemos montar uma trajetória de longo prazo, com

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aportes mensais que não comprometam a nossa qualidade de vida e que


irão nos proporcionar conforto e estabilidade no futuro.

#6 DICA DO POBRE: Aplique mensalmente valores definidos em


seu planejamento financeiro. Lembre-se de não deixar de viver o presente
para viver o futuro, devemos tratar de aproveitar ao máximo todos os
momentos da vida, com consciência e responsabilidade.

Feitas as devidas explicações, preparamos algumas simulações de


investimentos feitos a juros compostos ao longo do tempo para
evidenciarmos a evolução gradativa do capital. Vamos separar os
exemplos por tipo de investimento, considerando os seguintes
parâmetros:

Poupança: Rentabilidade líquida de 0,5% ao mês.

Renda Fixa CDI: Rentabilidade líquida de 0,9% ao mês.

Tesouro Direto: Rentabilidade líquida de 1% ao mês.

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Fundos Imobiliários: Rentabilidade líquida de 1,1% ao mês.

Mercado de ações: Rentabilidade líquida de 1,2% ao mês.

IMPORTANTE: As rentabilidades aqui simuladas, com exceção


da poupança de da renda fixa, são valores fictícios. Obter ou não
obter tais rentabilidades vai da capacidade de cada investidor em
avaliar as melhores opções de investimento e aplicar seus recursos
de forma correta e consciente. De nada adianta pouparmos valores
de forma fervorosa se não aprendermos a rentabilizar nosso capital.

Dito e entendido isto, vamos as simulações:

Rendimentos de Poupança:

Case 1: R$100,00 aplicados mensalmente na poupança durante 20


anos.

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Case 2: R$500,00 aplicados mensalmente na poupança durante 20


anos.

Case 1: R$1000,00 aplicados mensalmente na poupança durante 20


anos.

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Rendimentos de Renda Fixa CDI:

Case 1: R$100,00 aplicados mensalmente na renda fixa CDI durante


20 anos.

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Case 1: R$500,00 aplicados mensalmente na renda fixa CDI durante


20 anos.

Case 1: R$1000,00 aplicados mensalmente na renda fixa CDI


durante 20 anos.

Rendimentos de Tesouro Direto:

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Case 1: R$100,00 aplicados mensalmente no Tesouro Direto


durante 20 anos.

Case 1: R$500,00 aplicados mensalmente no Tesouro Direto


durante 20 anos.

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Case 1: R$1000,00 aplicados mensalmente no Tesouro Direto


durante 20 anos.

Rendimentos de Fundos Imobiliários:

Case 1: R$100,00 aplicados mensalmente em Fundos Imobiliários


durante 20 anos.

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Case 1: R$500,00 aplicados mensalmente em Fundos Imobiliários


durante 20 anos.

Case 1: R$1000,00 aplicados mensalmente em Fundos Imobiliários


durante 20 anos.

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Rendimentos de Ações:

Case 1: R$100,00 aplicados mensalmente em ações durante 20


anos.

Case 1: R$500,00 aplicados mensalmente em ações durante 20


anos.

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Case 1: R$1000,00 aplicados mensalmente em ações durante 20


anos.

Veja que, se você iniciar sua vida financeira de forma adequada já


na juventude, as chances de se tornar milionário antes dos 50 anos são
muito grandes. A grande palavra que deve reinar neste período é a
disciplina.

IMPORTANTE: Não deixe de viver o hoje para viver o futuro. A


principal regra é o equilíbrio.

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Módulo 04: Iniciando nos Investimentos

Quem investe com disciplina sabe que não existe sonho impossível
de realizar. Comprar uma casa, um barco ou um carro só depende de duas
coisas: tempo e planejamento.

Não acredita? Então acompanhe esta simulação sobre como uma


pessoa pode chegar à aposentadoria com R$ 1 milhão no bolso.

Como ter R$ 1 milhão aos 65 anos* (Considerando um rendimento


médio de 10% ao ano acima da inflação)

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Se você começar a investir aos 20 anos

Economizando R$ 110,92 por mês, durante todo o período, você


terá R$ 1.000.000,00 aos 65 anos. Sem apertos, você será um milionário.

Se você começar a investir aos 30 anos

Economizando R$ 294,22 por mês, durante todo o período, você


terá R$ 1.000.000,00 aos 65 anos. Com organização, será um milionário.

Se você começar a investir aos 40 anos

Economizando R$ 810,82 por mês, durante todo o período, você


terá R$ 1.000.000,00 aos 65 anos. Com algum esforço, será um milionário.

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Mas se você começar a investir só aos 50 anos

Economizando R$ 2.509,76 por mês, durante todo o período, você


terá R$ 1.000.000,00 aos 65 anos. Vai ser mais difícil, mas não será
impossível ficar milionário.

Agora se você começar a investir aos 60 anos

Economizando R$ 13.061,44 por mês, durante todo o período, você


terá R$ 1.000.000,00 aos 65 anos.

Portanto, quanto mais cedo você iniciar o hábito de investir, mais


próximo estará de se tornar um milionário.

Você pode usar a mesma lógica para alcançar muitos outros sonhos.

O que precisa é de organização e disciplina. Por que não sonhar


alto?

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4.1 Criando sua conta: Bancos

Antes de abrir uma conta bancária, você precisa tomar certos


cuidados como: ler atentamente o contrato de abertura de conta (ficha-
proposta), não assinar nenhum documento antes de esclarecer todas as
dúvidas (inclusive referentes a tarifas, juros e outros encargos) e solicitar
cópia dos documentos que assinou.

Para facilitar a sua vida, separamos algumas dúvidas frequentes.


Confira:

Por que devo ter conta em banco?

Além de haver momentos em que você precisará ter cheque ou


cartão, é mais seguro deixar seu dinheiro no banco do que ficar andando
com a carteira cheia por aí. Além disso, na poupança, seu dinheiro cresce e
se multiplica, o que não acontece se ele estiver num cofrinho ou debaixo
do colchão da sua casa.

Que informações o banco deve me prestar no ato de abertura


da minha conta?

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Informações sobre direitos e deveres do correntista e do banco,


constantes de contrato, como:

• Condições para fornecimento de talonário de cheques;

• Necessidade de você comunicar, por escrito, qualquer mudança


de endereço ou número de telefone;

• Condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de


Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF);

• Informação de que os cheques liquidados, uma vez


microfilmados, poderão ser destruídos;

• Tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços que


não podem ser cobrados;

• Saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta.

Todos esses assuntos devem estar previstos em cláusulas


explicativas na ficha-proposta.

Como funciona a conta-corrente?

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Oferece operações como verificação do saldo, saques e


transferências. Evite usar serviços fora do pacote - eles são cobrados à
parte.

Como funciona a poupança?

A conta poupança serve pra juntar dinheiro pra compras grandes,


como reforma ou financiamento. Algumas permitem programar o
depósito, bom para quem é esquecida.

O menor de idade pode ser titular de conta bancária?

O jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai, mãe


ou responsável legal. O maior de 16 e menor de 18 anos não-emancipado
deve ser assistido pelo pai, mãe ou pelo responsável legal.

Custos Bancários:

Atente sempre para os custos. Isso é importante principalmente se


você quiser fazer a chamada portabilidade de crédito, levando seu
empréstimo ou financiamento de uma instituição para outra que cobre

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juros menores. Ao fazer isso, porém, é necessário verificar se a nova


instituição não vai acabar sendo mais cara na cobrança de tarifas, por
exemplo.

Compare as tarifas cobradas: os bancos oferecem uma miríade de


pacotes de tarifas, com custos bastante variáveis, além de algumas opções
isentas de qualquer cobrança. O pacote de serviços essenciais padronizado
pelo Banco Central é uma das cestas gratuitas que toda a instituição é
obrigada a oferecer.

Mas se seus objetivos requererem pacotes mais sofisticados, vale a


pena comparar os preços das cestas e dos serviços avulsos pelo site
Febraban Star, um serviço da Federação Brasileira de Bancos.
Recentemente, o BC padronizou outros cinco pacotes de tarifas, de forma a
facilitar a comparação de custos entre os bancos.

Compare as taxas de juros: ainda que seu objetivo ao começar um


relacionamento com um banco não seja contratar uma linha de crédito
logo de cara, é possível que, em breve, você precise deste serviço. As taxas
de juros dependem muito do relacionamento dos clientes com os bancos,

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mas vale a pena pesquisar as taxas mínimas e máximas de empréstimos e


financiamentos.

Pesquise os custos dos investimentos: se você pretende ao menos


tentar investir em algum produto financeiro do banco no qual vai abrir
conta, vale a pena pesquisar também as taxas de administração dos fundos
de investimento aos quais você teria acesso como correntista. Essa
recomendação vale, sobretudo, para os fundos de renda fixa, que têm a
rentabilidade mais impactada quando a taxa é muito alta. Observar o
histórico de rentabilidade desses fundos também é fundamental.

Verifique os indicadores ligados a reclamações: o Banco Central


dispõe de um ranking atualizado mensalmente com os bancos com mais
reclamações fundamentadas de clientes. Além disso, sites como o Reclame
Aqui reúnem queixas informais de consumidores que querem que as
empresas resolvam seus problemas. No primeiro caso, trata-se de
números oficiais, ponderados pela base de clientes, de forma a verificar
quais bancos têm mais queixas em comparação ao número de correntistas.
No segundo caso, o cliente potencial pode ter uma ideia da natureza das
reclamações e do tipo de problema que ele pode vir a enfrentar. Claro que

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uma queixa pontual não significa que você vai ter o mesmo problema; mas
muitas queixas de uma mesma natureza podem sinalizar uma cilada.

Cheque a qualidade do internet banking: fazer transações bancárias


pela internet é uma verdadeira mão na roda. Verifique com os clientes dos
bancos comparados sobre a qualidade do internet banking e a diversidade
de produtos online.

Escolha a agência certa: alguns bancos brasileiros têm um número


elevado de agências, quase uma em cada esquina. A escolha da agência
também pode fazer muita diferença no tipo de relacionamento que você
vai ter com o banco. Converse com clientes sobre o que eles acham do
atendimento em suas respectivas agências para descobrir se há problemas
aparentemente sistêmicos – como filas longuíssimas em várias delas – ou
se o atendimento é tranquilo.

4.2 Criando sua conta: Corretoras

A maioria das pessoas já ouviu falar das corretoras de valores, mas


são poucos os investidores que realmente fazem uso delas para investir. A

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corretora de valores funciona como uma “ponte” entre você e estes


investimentos eficazes que comentamos, que podem ser:

Títulos do Tesouro Nacional (Tesouro Direto);

Letras de Câmbio (LC);

Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);

Letras de Crédito Imobiliário (LCI);

Certificado de Depósito Bancário (CDB);

Debêntures;

Ações de empresas listadas na Bolsa de Valores;

Opções de ações;

Contratos de Índice e de Dólar;

Fundos de Investimento;

Fundos de Investimento Imobiliário (FII).

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Há alguns outros investimentos não listados, mas acima já podemos


ver uma variedade considerável, dos mais conservadores aos mais
arrojados que poderão ser utilizados quando você se tornar cliente de uma
corretora de valores.

O que observar:

A maioria dos bancos tem uma corretora ligada a ele, e se você


consultar seu gerente sobre um destes tipos de investimento ele vai dar
um jeito de te ajudar com isso. O problema é que, em geral, as taxas
cobradas pelos bancos e suas corretoras para administrar/intermediar
estas operações de investimentos são mais altas que aquelas das
corretoras independentes.

São basicamente duas as taxas de maior relevância que você deve


dar atenção: taxa de corretagem (por operação) e taxa de custódia.

Abrindo a conta:

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Hoje é muito fácil abrir uma conta em uma corretora de valores.


Com as facilidades que a Internet oferece, basta você entrar no site da
corretora e procurar por algum botão do tipo “Abra sua conta”. Este
cadastro costuma ser gratuito e você não precisa depositar um valor
mínimo para realizá-lo.

Você irá preencher esse cadastro na tela do seu computador e em


seguida irá imprimir o formulário e assiná-lo. Você também precisará
providenciar algumas cópias de documentos, como RG/CPF/CNH, além do
comprovante de residência.

Você junta a papelada e anexa eletronicamente ao processo de


cadastro no seu computador (de forma digitalizada, em PDF ou como
imagem, por exemplo) e pronto (algumas corretoras ainda pedem que
você envie tudo via Correios, mas isso é cada vez mais raro).

Em alguns dias, a corretora fará contato por e-mail ou telefone,


informando que está tudo ok com seu cadastro e que sua conta está aberta.
Repare que o processo é muito mais simples do que abrir uma conta
bancária (onde você obrigatoriamente precisa ir até a agência e ainda
depositar algum valor em dinheiro no ato de abertura da conta).

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Passos seguintes:

Ao realizar seu cadastro na corretora, você precisa informar uma


conta corrente (ou poupança) em seu nome para servir como referência
para envio e resgate do dinheiro que você movimentará na corretora.
Assim, para começar basta realizar uma transferência bancária no valor
em dinheiro que você deseja começar a investir.

Se você tiver conta no mesmo banco da corretora, não terá custos


para realizar essa transferência. Caso contrário, terá que pagar uma tarifa
de DOC ou TED a cada vez que for enviar dinheiro para a corretora (tente
evitar isso, por exemplo, abrindo uma conta em dos bancos que a
corretora utiliza).

A maioria das corretoras trabalha com pelo menos três bancos


diferentes para facilitar as transferências e cobrir um número maior de
clientes, deixando assim os custos mais baixos possíveis. Bancos como
Itaú, Bradesco e Banco do Brasil são os mais comuns. Uma vez que você fez
a transferência do dinheiro, você passa a ter este “crédito” na corretora, e a

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partir deste momento poderá comandar suas aplicações no produto


financeiro que desejar.

Desde que você respeite a regra de fazer transferência ou TED


(nunca depósito em dinheiro ou cheque), tudo ocorrerá de forma
automática.

Efetuando resgates:

Se o dinheiro estiver investido em algum produto financeiro, você


primeiro precisará resgatá-lo para que o valor fique disponível na sua
conta corrente da corretora. Observe que alguns tipos de investimento
devolvem seu dinheiro em até 3 dias após a solicitação do resgate,
enquanto outros têm carência ainda maior. Isso varia e cada caso precisa
ser analisado.

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Uma vez que o dinheiro está na sua conta da corretora, basta


procurar o botão “Resgatar” no site da corretora, informar o valor e,
conforme os horários de transferência praticados pela corretora, você terá
seu dinheiro na sua conta do banco no mesmo dia ou no máximo no
próximo dia útil.

4.3 Análise de Perfil

O mercado financeiro possui uma infinidade de ativos e produtos


diferentes, cada um com características bem particulares. O investidor vê-
se diante de muitas opções e uma pergunta. Qual é o mais indicado para si?

Os bancos e corretoras criaram uma forma de ajudar o investidor a


descobrir os melhores produtos para aplicar seus recursos. O
procedimento foi batizado de Análise de Perfil do Investidor (API). Em

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geral, trata-se de um questionário onde os clientes respondem sobre sua


condição financeira, idade, quantidade de recursos que disponibilizam
para investir, para que pretendem utilizar o capital que estão investindo,
em quanto tempo etc.

As respostas agrupadas mostram o seu perfil de investidor e, em


alguns casos, já sugerem em quais produtos você pode alocar que fatias do
seu capital. Isso dá mais segurança para o cliente, no momento de ele
investir seus recursos.

No exterior, a API é conhecida como suitability e é bastante


aplicada em países onde o mercado de investimentos é maduro.

Não concordo com meu perfil

Alguns clientes, ainda que orientados sobre os investimentos mais


adequados ao seu perfil, aqueles como menos chances de trazerem
frustrações, optam por investir em outros produtos.

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É o caso de clientes considerados conservadores e que querem


aplicar boa parte de seus recursos em ações, por exemplo. Nesses casos, a
instituição sugere que ele siga seu perfil de investimento, mas podem
atender o pedido do cliente, desde que este assine um termo atestando
que está ciente dos riscos que está assumindo.

Importante ressaltar que, assim como vantagens, todos os


investimentos têm riscos e é importante conhecer a fundo todos os que
envolvem o produto que você escolheu.

4.4 Desenvolvendo sua Racionalidade

Por mais que você tente ser puramente racional em seus


investimentos, saiba desde já que nem sempre isso é possível. E não é
culpa sua. Todo ser humano é influenciado por emoções e motivações
inconscientes, como o medo de perder ou com o desejo de pertencer a um
grupo. Apesar de serem naturais, estes comportamentos nos deixam mais

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suscetíveis a fraudes e a maus negócios, pois comprometem a capacidade


de avaliar situações com objetividade.

Outro agravante é que o nosso cérebro tende a procurar atalhos na


hora de tomar decisões, procurando os caminhos menos complicados. É
uma forma de lidar com o excesso de informação disponível, mas aí podem
estar outras armadilhas para suas aplicações.

A seguir estão algumas das tendências de comportamento mais


comuns quando o assunto é dinheiro. Fique atento a elas, pois você pode
identificá-las na sua vida a tempo de proteger seus negócios.

Acreditar em padrões e tendências

O que é: durante a sua evolução, o homem tirou vantagem ao


identificar padrões e tendências na natureza. Foi assim que ele percebeu a
existência das estações do ano e planejou melhor suas plantações, por

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exemplo. Costumamos acreditar que o que aconteceu no passado tende a


se repetir no futuro.

Atenção: no mundo dos investimentos, isso não é verdade. Ganhos


passados em uma aplicação não garantem ganhos futuros. O mesmo
investimento que foi fantástico até ontem poder ser um mau negócio hoje,
e vice-versa. Diferente do que ocorreu na história humana, identificar
padrões nos investimentos não é a chave para evoluir.

Excesso de otimismo

O que é: temos a tendência de olhar quais são as possibilidades de


ganho em uma situação, e dar pouca atenção aos riscos que estão por trás
deste potencial. O otimismo sempre foi uma peça importante na
sobrevivência da espécie, e por isso é comum deixar de lado a chance de
perdas.

Atenção: se um investimento tem alto potencial de retorno, é


porque o risco também é elevado. É fundamental analisar tanto o lado
positivo quanto o negativo do negócio, sem deixar que o otimismo ofusque
os riscos.

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Excesso de autoconfiança

O que é: as pessoas gostam de si mesmas e se valorizam. Portanto,


pensam que suas decisões estão corretas e são as mais adequadas.

Atenção: nos investimentos, a tendência é achar que temos


habilidade de obter resultados acima da média, e que nossas informações
são mais confiáveis e melhores que as dos demais. Na prática, isso não
acontece. É preciso ter em mente que estamos sujeitos a erros, e por isso é
importante basear as decisões em fatos objetivos, e não apenas no próprio
“faro”. A humildade também pode ser muito útil na hora de rever
estratégias e previsões, o que é importante para um investidor ser bem-
sucedido.

Dificuldade de pensar no longo prazo

O que é: temos uma espécie de filtro inconsciente que nos leva a


preferir aquilo que nos agrada, e queremos que isso ocorra no curto prazo.
Por isso é tão difícil fazer uma dieta alimentar: é preciso abrir mão do

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prazer imediato em nome de um benefício que só será desfrutado no


futuro.

Atenção: nos investimentos, também temos tendência de buscar o


retorno rápido, relegando os fatos que nos desagradam ou vão contra
nossos desejos e expectativas. O ideal é observar os investimentos com
maior objetividade e estar disposto a colher frutos também no longo
prazo.

Acreditar em histórias bem contadas

O que é: historicamente, o conhecimento humano foi transmitido


oralmente de geração para geração. A invenção de calculadoras e
computadores é muito mais recente, e por isso ainda hoje damos muito
peso a histórias bem contadas, enquanto evitamos prestar atenção em
números.

Atenção: não deixe que uma história bem contada interfira na sua
capacidade de compreender os riscos do negócio e de analisar os perigos
de fraude. Uma boa história é aquela que seduz o investidor, apelando
muitas vezes para as suas emoções. Levado pela sucessão de

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acontecimentos narrados, o investidor pode não notar algumas


contradições. Histórias bem contadas costumam ser mais centradas em
seres humanos e nem tanto em questões econômicas. Podem parecer
convincentes, mas não ter fundamento, ou incluir perigos que você não
está disposto a correr. Por isso, junto com bons argumentos, o bom
vendedor deve apresentar também informações concretas, números e
evidências que comprovem as chances de sucesso do negócio.

Querer seguir os demais

O que é: temos necessidade de agir conforme o grupo. Sentimos que


isso simplifica a tomada de decisão, pois pensamos: se todos estão fazendo
algo, é porque deve haver alguma razão para isso. É o conhecido “efeito
manada”, quando todos vão para o mesmo caminho sem saber o motivo.

Atenção: antes de entrar em um investimento, não pense que os


demais já tomaram todas as precauções necessárias. Faça você mesmo a
sua avaliação sobre a segurança do investimento e de seu potencial.

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Apego ao que é familiar

O que é: tendemos a preferir investimentos sobre os quais já


ouvimos falar. Independente da situação do mercado ou do ativo,
pensamos que algo deve ser um bom negócio só porque é familiar.

Atenção: é preciso conhecer os fundamentos de um investimento


antes de tomar uma decisão. O fato de ele ser conhecido, por si só, não é
nenhuma garantia.

4.5 Evite Fraudes

Proteger-se de fraudes é uma missão possível, especialmente


quando o investidor está alerta. O mais importante é lembrar-se de que
não existe “negócio da China”: se um investimento parece bom demais
para ser verdade, provavelmente algo está errado. Existem alguns tipos de
esquemas e fraudes mais comuns, e para se proteger você deve conhecê-

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los melhor. Assim, poderá identificar situações de risco com mais


facilidade. Veja abaixo as fraudes mais comuns no mercado brasileiro:

Ligações sobre investimentos esquecidos

Neste tipo de esquema, uma pessoa entra em contato e informa que


você possui ações de uma determinada empresa ou cotas de um fundo de
investimento, e então oferece um serviço para “recuperar” o investimento
e vendê-lo em seguida. No entanto, para que estes papéis sejam vendidos,
você deve pagar um valor antecipado. Este valor pode ser justificado de
diferentes formas, como taxa, corretagem ou imposto de renda. Depois de
realizado o pagamento, os golpistas desaparecem.

Pirâmide invertida

No esquema em pirâmide, o investidor faz um pagamento inicial e


se compromete a buscar outros investidores para entrarem no esquema.
Os ganhos não são gerados pela valorização do capital. Os pagamentos aos

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investidores são provenientes das novas aplicações feitas pelos


investidores que entram no grupo. Na prática, cada nível da pirâmide
precisa recrutar um número maior de pessoas para que todos recuperem
seu dinheiro, o que fica mais difícil com o passar do tempo. Quanto mais
tarde o investidor entra no esquema, maiores serão as dificuldades para
recrutar pessoas e recuperar o que foi investido. O objetivo da pirâmide é
fazer com que apenas os que estão no topo ganhem, enquanto os demais
certamente perderão dinheiro.

Ponzi

Este tipo de esquema se parece com a pirâmide, pois os lucros são


pagos com recursos dos novos entrantes. A diferença é que o investidor
não sabe disso e também não precisa atrair novos membros. Os recursos
são entregues a uma pessoa que promete restituir os valores com alta
rentabilidade. Mas o seu dinheiro não fica aplicado e não há negócio algum
por trás disso. Tanto a pirâmide quanto o esquema Ponzi possuem
características comuns, como promessa de rentabilidade atraente, pouco
detalhamento dos riscos, sentido de urgência e de oportunidade a ser
perdida e período curto de investimento. Estes golpes costumam permitir

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que o aplique um valor inicial pequeno e depois, tendo sucesso, ganhe


confiança e aumente o valor das suas aplicações. O nome deste esquema é
uma referência ao ítalo-americano Charles Ponzi, que atraiu clientes com
promessa de retorno de 50% em apenas 45 dias, na década de 1920. Um
dos esquemas Ponzi mais comentados nos últimos anos foi o do norte-
americano Bernard Lawrence Madoff, condenado a 150 anos de prisão.

Oferta irregular de contratos de investimento coletivo

Neste caso, pessoas ou empresas se passam por empreendedores e


oferecem ao público a oportunidade de realizar investimentos por meio de
contratos de parceria, mas sem registro na CVM (Comissão de Valores
Mobiliários). Muitas vezes, essa distribuição pública é acompanhada de
promessas irreais de rentabilidade. O convite é para que se aplique, por
exemplo, na engorda de animais ou ainda em outros empreendimentos
(produção agrícola, reflorestamento etc.), mas a promessa é falsa.

Em alguns casos os saques dos investidores são pagos com o dinheiro de


novas aplicações, funcionando como uma espécie de pirâmide financeira.
Quando as retiradas superam as aplicações, o sistema entra em colapso,
por incapacidade de honrar os pedidos de saque. No Brasil, um caso

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famoso foi o do grupo Avestruz Master, que prometia a comercialização de


aves, mas nunca chegou a abater nenhum animal. O esquema ruiu em
2005, com prejuízos estimados de R$ 1 bilhão.

Ações de antigos planos de expansão da rede telefônica

Nos antigos planos de expansão da rede de telefones, as pessoas


que compravam linhas telefônicas passavam a ter ações das companhias
operadoras. No processo de privatização, foi criado um mecanismo para as
pessoas venderem estas ações com maior facilidade. As empresas e alguns
bancos comerciais criaram convênios, e estes bancos passaram a
intermediar a venda destes papéis em grupos de ações. Com o tempo, no
entanto, pessoas não autorizadas passaram a oferecer este serviço aos
pequenos acionistas.

Isso costuma ocorrer por meio da publicação de anúncios, assédio nas


portas de agências bancárias, ou mesmo telefonando para residências para
ofercer a compra ou a venda de suas ações. Esta prática é irregular, e os
preços de venda destas ações costumam ser muito inferiores aos preços
negociados nas Bolsas de Valores. Além disso, podem surgir problemas em
função da legitimidade das operações propostas.

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Para conhecer a lista das instituições financeiras autorizadas a


negociar ações, acesse a pasta “Cadastro Geral” disponível no site da CVM
ou pelo contato telefônico, no número 0800-7225354

Mercado Forex

A operação no Forex envolve a compra de uma moeda e a


simultânea venda de outra, com o objetivo de lucrar com as diferenças
entre a valorização destas moedas. Apesar de ser um mercado legal, o
investidor deve tomar muito cuidado ao fazer operações no Forex porque
existem empresas atuando sem autorização, como uma espécie de agente
local de corretoras estrangeiras. Isto é ilegal. A oferta costuma vir com a
promessa de rentabilidade superior aos demais produtos de investimento
existentes no mercado.

A captação de clientes brasileiros deve ser feita por instituições ou


pessoas autorizadas pela CVM para executar a atividade. Além de se expor
ao alto risco do mercado Forex, o investidor corre o risco de ser vítima de
um golpe, pois não tem garantia de que o corretor ou empresa realmente
existe. Além de perder recursos, o investidor pode ter seus dados usados
sem sua autorização.

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4.6 Dicas Importantes

Investir não é uma opção reservada a poucos. Qualquer pessoa


pode fazer investimentos, pois existem alternativas para diferentes perfis
de investidor. Mas antes de tomar qualquer decisão nesta área, você deve
ter alguns cuidados para garantir que não será vítima de nenhum tipo de
fraude ou esquema. Infelizmente, existem pessoas e empresas mal
intencionadas em qualquer lugar do mundo, e no Brasil não é diferente.

Para estar protegido, procure conhecer o mercado antes de


investir, e não apenas na hora da decisão. Quando o momento chegar,
verifique se a instituição financeira de quem você está comprando
produtos de investimentos é registrada. Questione, investigue, baseie sua
opção em dados objetivos e o principal: pense bem antes de decidir.

Para ajudar nesta tarefa, listamos os principais cuidados que você


pode - e deve - tomar antes de seguir adiante com qualquer decisão de
investimento.

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Investigue

Procure conhecer melhor a pessoa ou empresa que está te


oferecendo uma alternativa de aplicação antes de colocar o seu dinheiro
em jogo. O primeiro passo é verificar se a instituição ou profissional tem
registro na Comissão de Valores Mobiliários. Conhecida no mercado como
CVM, esta entidade é o principal órgão regulador do mercado de capitais, e
sua função é garantir que todas as regras necessárias sejam cumpridas
pelas instituições financeiras, com o objetivo de dar a máxima proteção ao
investidor. Se a instituição não tiver registro na CVM, você está
desprotegido.

Para saber se alguma instituição está registrada na CVM, ligue para


o telefone 0800 722 5354 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h) ou
entre no site da autarquia, e clique em “Participantes do Mercado”. Devem
estar registrados: bolsas de valores, corretoras, distribuidoras, agentes
autônomos (profissional contratado pelas corretoras), consultores de
valores mobiliários, administradores de carteira e auditores
independentes. Para analistas de valores mobiliários, a consulta deve ser
feita no site da Apimec.

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Em alguns casos, pessoas mal intencionadas podem se fazer passar


por membros de instituições idôneas e registradas na CVM. Por isso é
prudente procurar os canais físicos de contato com a empresa (como
telefone e endereço) para verificar se você está em contato com uma
pessoa que realmente trabalha naquela empresa.

Desconfie

Desconfie de propostas de retorno rápido e garantido, com baixos


riscos. Lembre-se de que, no mercado financeiro, maiores retornos estão
sempre associados a maiores riscos. Saiba também que nenhum
profissional sério fará promessas de apostas certas, nem exigirá que você
decida rapidamente. Quando uma proposta parecer boa demais para ser
verdade, pode desconfiar de que ela não deve ser verdadeira.

Questione

Não pense duas vezes antes de fazer qualquer pergunta sobre seus
investimentos. Garanta que você entendeu totalmente a lógica da aplicação
em que está envolvido. Também é importante entender os termos para

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sair do investimento ou resgatar os recursos. Quando isto pode ser feito e


quais são as taxas? Se mesmo depois de uma boa conversa você ainda não
compreendeu totalmente o negócio, é melhor deixar para outra ocasião,
quando você estiver mais seguro.

Proteja seus dados

Não entregue suas senhas a terceiros. É comum o investidor passar


a senha do home broker - sistema eletrônico de negociação de ações – para
profissionais contratados pelas corretoras, mas este é um erro, pois isso
permitirá que outra pessoa execute ordens de compra ou venda sem a sua
autorização. Para operações negociadas em Bolsa, acompanhe o Canal
Eletrônico do Investidor (CEI) ou os extratos e avisos encaminhados pela
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Se houver algo
errado, contate a instituição da qual é cliente para esclarecer o que
ocorreu. Caso o problema não seja devidamente esclarecido e corrigido,
acione a CVM.

Decida com calma

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Não tenha pressa para fechar nenhum negócio. Além de investigar


sobre o registro na CVM, você pode conversar com conhecidos, ler a
respeito e procurar outras referências sobre a instituição. No site da CVM,
você encontra o ranking de empresas com maior número de reclamações,
no Boletim Semestral de Atendimento ao Público que fica no ícone
Proteção e Educação ao Investidor. Com mais tempo de análise, você
também reduz a chance de ser vítima de fraudes. Isso porque golpistas se
aproveitam de decisões impensadas e impulsivas para conseguir novas
vítimas.

Entenda o papel dos agentes autônomos

Cada agente do mercado tem um papel diferente e é importante


que você compreenda estas diferenças para não tomar decisões perigosas.
O agente autônomo é um profissional contratado por empresas de
investimentos, como corretoras, para captar novos clientes. Ele pode
receber e transmitir ordens dos investidores e prestar informações sobre

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procedimentos e serviços. Seja como pessoa física ou jurídica, o agente


autônomo deve estar registrado na CVM. Mas atenção: o agente autônomo
não pode substituir o investidor nas suas decisões e não pode gerir a
carteira de investimentos. Por isso, você não deve transferir dinheiro para
este agente, mas sim para a própria corretora de valores. Você também
não deve dar a ele sua senha.

Se tiver problemas, procure ajuda

Se perceber alguma irregularidade, denuncie à CVM. As demandas


podem ser encaminhadas por meio eletrônico, no site da CVM, acessando o
Serviço de Atendimento ao Cidadão, disponível em “Fale com a CVM”. A
entidade fará uma investigação, e pode comunicar o Ministério Público se
houver indício de crime. O consumidor também pode contar, para
encaminhamento e orientação, com a ANBIMA, os órgãos do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor (Procons, Ministério Público,
Defensoria Pública e Entidades Civis de Defesa do Consumidor), além do
Poder Judiciário.

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Módulo 05: Caderneta de Poupança

No Brasil, pode-se dizer que a poupança foi criada juntamente com


a Caixa Econômica Federal, através do Decreto 2.723, de 12-01-1861. Tal
dispositivo legal autorizou a “criação de uma Caixa Econômica que tem por
fim receber a juro de 6% as pequenas economias das classes menos

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abastadas, e de assegurar, sob garantia do Governo Imperial, a fiel


restituição do que pertencer a cada contribuinte, quando este o reclamar”.

Desde a criação dos depósitos de poupança, vários foram os


dispositivos legais que promoveram algum tipo de mudança no sistema,
mas a alteração mais significativa foi introduzida pela Lei 4.380, de 21-08-
1964, que instituiu a Correção Monetária para tais depósitos. Assim, além
da remuneração anual de 6%, os valores depositados passaram a ser
atualizados mensalmente pela Correção Monetária conforme índices
definidos pelo Banco Central do Brasil.

A metodologia atual é de rendimento mensal de 0,5% mais a


variação da Taxa Referencial, que é uma taxa de juros básica calculada a
partir do rendimento mensal médio de aplicações em CDBs e RDBs. Na
prática, a caderneta de poupança costuma oferecer rendimento menor do
que outras aplicações, mas é a aplicação mais procurada pelo pequeno
investidor porque exige menor limite mínimo de depósito e oferece maior
segurança.

Atualmente, a caderneta de poupança utiliza uma taxa de


rendimentos específica para cada dia e os depósitos são remunerados de
acordo com o dia de “aniversário” de cada saldo, mesmo que estejam numa

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mesma conta. É como se fossem várias contas numa conta só. Por exemplo:
um poupador pode ter feito depósitos nos dias 04, 17 e 22. Assim, nesses
dias, terá crédito de rendimentos de acordo com taxas específicas para
cada uma dessas datas-base e que incidirão sobre os saldos que
permaneceram na conta nos últimos trinta dias, afinal o rendimento é
mensal.

É possível realizar saques na conta de poupança a qualquer


momento, mas a taxa de rendimento só incidirá sobre o saldo que, no dia
de “aniversário”, estiver na conta há pelo menos trinta dias. Outro ponto
positivo da caderneta de poupança é que seus rendimentos são isentos de
Imposto de Renda.

Outras informações interessantes:

- O Decreto que criou a primeira Caixa Econômica e regulamentou


os depósitos de poupança foi assinado pelo Imperador D. Pedro II.

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- Como o objetivo primeiro da Caixa Econômica era captar


depósitos de “economias das classes menos abastadas”, era fornecido a
essas pessoas humildes uma caderneta para controle de depósitos e
retiradas, nos moldes das que essa população possuía para compras a
prazo nos armazéns e vendas. Daí a origem do nome Caderneta.

- Quando da regulamentação da poupança no Brasil, foi


estabelecido que “A quantia máxima semanal que cada depositante
poderia entregar na Caixa era de 50$000 (cinqüenta mil réis)”. Também
foi estabelecido que “A quantia máxima sobre a qual seria aplicada a
remuneração era de 4:000$000 (quatro contos de réis)”. E ainda “O
depositante poderia retirar, a qualquer hora, toda a quantia depositada
bem como os juros já vencidos, desde que prevenisse a Caixa com oito dias
de antecedência”.

- A primeira Caderneta de Poupança aberta na Caixa Econômica da


Corte foi em 22 de agosto de 1861 e as cinqüenta primeiras pessoas que
abriram essas contas tinham, somando seus depósitos, 1:436$000 (um
conto e quatrocentos e trinta e seis mil réis).

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- A primeira Caixa Econômica tinha sede no Rio de Janeiro e o


Decreto 5.594, de 18 de abril de 1874, autorizou a criação de Caixas
Econômicas nas províncias do Império, além de determinar que a taxa de
juros seria fixada anualmente pelo Governo, mas não seria superior a 6%.

- Em 1887 ficou definido que, para a capital do Império e o


município de Niterói, os juros seriam de 4,25%. Nas províncias, o
percentual seria de 5%.

- Em 1915 foi aberta a possibilidade de a mulher casada instituir


sua própria caderneta, salvo expressa oposição do marido.

Nova Poupança:

Em 2012, a legislação brasileira determinou que os depósitos em


caderneta de poupança realizados até 3 de maio de 2012 (conhecidos à
época como poupança antiga), continuem recebendo remuneração mensal

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fixa de 0,5%, acrescidos da TR diária acumulada no período; e os depósitos


realizados a partir de 4 de maio de 2012 (a nova poupança), recebam
remuneração variável de acordo com a meta da taxa Selic, estabelecida
pelo Banco Central.

Com essa alteração na legislação, a rentabilidade da caderneta de


poupança passou a ser determinada pela regra a seguir:

Se a meta anual da taxa Selic for superior a 8,5%, mantém-se o


rendimento da poupança antiga, isto é, juros mensais de 0,5%, acrescidos
da TR diária acumulada no período.

Caso contrário, ou seja, se a meta anual da taxa Selic for 8,5% ou


menos, o rendimento da poupança passa a ser 70% do valor estabelecido
como meta anual para a taxa Selic, ajustado para o período de um mês.

Assim, com as regras da nova poupança, o rendimento passa a ser


idêntico ao da poupança antiga se a meta da taxa Selic for alta. Nessa
condição é que a caderneta de poupança oferece a maior rentabilidade
possível, que consiste num rendimento anual fixo de, pelo menos,

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~6,168% ao ano. Por outro lado, se a meta da taxa Selic for baixa, os
rendimentos da poupança acompanharão essa queda, podendo, inclusive,
chegar até a juro zero, se a meta da taxa Selic também for zero (embora
historicamente esse cenário nunca tenha ocorrido).

Módulo 06: Certificado de Depósito Bancário


(CDB)

A sigla CDB significa Certificado de Depósito Bancário. São títulos


nominativos de renda fixa e o rendimento pode ser prefixado ou pós-

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fixado. Faz parte da modalidade de depósito a prazo, ou seja, é um título de


renda fixa emitido pelos bancos em que a remuneração e o prazo são
negociados no momento da aplicação.

Funciona como um depósito que permite receber o seu dinheiro


mais o juro ao final do prazo predeterminado. É um investimento
considerado de baixo risco e que conta com a solidez e a credibilidade das
grandes instituições bancárias do Brasil.

Benefícios do CDB:

Possibilidade de maiores rendimentos, uma vez que a alíquota do


Imposto de Renda é decrescente ao longo do período da aplicação e a
cobrança ocorre apenas no resgate ou no vencimento.

Comodidade para as movimentações em agências bancárias e


terminais de auto-atendimento.

Gestão de recursos por profissionais especializados, assessorados e


certificada pela ANBID e regulados pelo BACEN.

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Pré ou pós-fixado:

Os CDBs com remuneração pré-fixada são títulos cuja rentabilidade


final pode ser determinada no momento da aplicação. Tal rentabilidade
normalmente é descrita indicando a remuneração do título em intervalos
comuns de tempo, como uma taxa de juros a ser aplicada mensal ou
anualmente sobre o montante aplicado (por exemplo, 1% ao mês, 15% ao
ano, etc.). Assim, a rentabilidade final do título pode ser determinada no
momento da aplicação calculando os juros compostos da taxa acordada
considerando o período em que o dinheiro permanecerá aplicado.

Os CDBs com remuneração pós-fixada são títulos cuja rentabilidade


não pode ser determinada com momento da aplicação, pois sua
remuneração está associada ao desempenho de indicadores da economia,
como o CDI, SELIC, IPCA, entre outros. A rentabilidade desses títulos
normalmente é descrita apresentando a fórmula que será utilizada para o
cálculo da rentabilidade final em função de um indicador econômico
previamente selecionado (por exemplo, IPCA + 5% a.a., 110% do CDI, etc.).

Como o desempenho dos indicares econômicos dependem de


análises que serão realizadas no futuro, não é possível determinar com

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precisão o valor da remuneração final desses títulos, sendo possível


apenas estimá-lo através de previsões de mercado.

Algumas instituições financeiras oferecem ainda uma modalidade


alternativa de CDB com remuneração pós-fixada conhecida como "CDB
com swap". Nessa modalidade, é permitido que o portador altere a forma
como a rentabilidade do título será calculada, normalmente selecionando
um novo indicador financeiro dentre uma lista de opções determinada
pela instituição.

RDB:

Por meio do Certificado de Depósito Bancário (CDB) e do Recibo de


Depósito Bancário (RDB), as pessoas emprestam dinheiro aos bancos,
emissores destes títulos, e recebem, depois de um período determinado no
momento da negociação, o dinheiro corrigido com juros.

Para iniciar o investimento, é necessário procurar um gerente para


abrir uma conta investimento no banco ou na instituição financeira. É
preciso apresentar RG, CPF e comprovante de residência. Os valores

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mínimos que devem ser investidos variam de acordo com a instituição


financeira.

Diferença entre CDB e RDB:

A diferença entre os CDBs e os RDBs é que os primeiros podem ser


negociados antes da data de vencimento (quando o banco paga o
investidor). O dinheiro é liberado no mesmo dia em que é solicitado. Já os
RDBs são inegociáveis e intransferíveis.

Podem emitir CDB os bancos comerciais, múltiplos, de


investimento, de desenvolvimento e a Caixa Econômica Federal. Podem
emitir RDB, além desses, as sociedades de crédito, financiamento e as
cooperativas de crédito a seus associados.

Rendimentos:

Os CDBs e os RDBs são títulos de renda fixa e podem ser prefixados


(a taxa de juros a ser paga é conhecida; assim, é possível calcular quanto

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irá ganhar na data de vencimento do título) ou pós-fixados (nesse caso, o


rendimento do título é indexado a algum índice, como o CDI, a TR e ou o
IGP. Por isso não se pode determinar o retorno no início do investimento).

Riscos:

Os CDBs e os RDBs são um investimento de baixo risco. Como se


trata de um empréstimo feito à instituição financeira, caso o banco ou
instituição quebre, o investidor corre o risco de não receber o dinheiro.

Há também o risco de perder dinheiro devido à variação dos


índices.

Se o CDB ou RDB for pós-fixado, há maior rentabilidade em período


de alta de juros. Quando os juros caem, a rentabilidade também é menor.

Nos prefixados, ocorre o contrário. Se as taxas de juros caem, a


pessoa pode ser beneficiada, pois teve a rentabilidade assegurada no início
do investimento. Mas, se as taxas de juros sobem, pode-se perder dinheiro.

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Desse modo, se um investimento prefixado render 15% e as taxas


de juros estiverem a 20%, vale mais a pena resgatar o dinheiro e investir
novamente a essa taxa.

Nos CDBs prefixados, só há garantia de rentabilidade quando o


investidor resgata seu dinheiro na data de vencimento do título. Antes
disso, o dinheiro pode ser resgatado, mas o rendimento dependerá de
como está o mercado naquele momento.

No caso de falência do banco, o Fundo Garantidor de Créditos


garante ao investidor o valor de até R$ 250 mil.

CDI:

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É um Certificado de Depósito Interbancário, negociado


exclusivamente entre bancos, que assinala aos investidores o custo do
dinheiro no mercado interbancário.

Essas transações são realizadas por meio eletrônico entre as


instituições envolvidas e registradas na CETIP - Câmara de Custódia e
Liquidação. A taxa média diária do CDI é empregada como referência para
o custo do dinheiro (juros).

Impostos:

Sobre as aplicações em CDBs incidem os impostos relacionados a


aplicações financeiras de renda fixa, isto é, o Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda (IR). Os impostos do CDB, assim
como em todas as aplicações de renda fixa, incidem apenas sobre os
rendimentos da aplicação, isto é, sobre a diferença entre o valor resgatado
e o valor investido.

No caso do rendimento do título resultar em saldo negativo, não


haverá incidência de imposto.

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IOF: apenas incide sobre aplicações com duração inferior a 30 dias.


O valor exato a ser recolhido pelo imposto é determinado por uma tabela
anexa da Portaria MF Nº 264, de 30 de junho de 1999 , que institui valores
que reduzem proporcionalmente de acordo com o número de dias
restantes para o término dos primeiros 30 dias da aplicação, iniciando
com alíquota de 96% até se tornarem isentas após decorridos 30 dias ou
mais.

IR: incide sobre o rendimento de todas as aplicações e o valor é


descontado diretamente na fonte. O valor do imposto é instituído pelo Art.
1 da Lei no. 11.033, de 21 de dezembro de 2004 e pelo Art. 37 da Instrução
Normativa RFB nº 1.022, de 5 de abril de 2010 e, assim como o IOF, reduz
de acordo com a duração da aplicação:

até 180 dias, alíquota de 22,5%;

de 181 a 360 dias, alíquota de 20%;

de 361 a 720 dias, alíquota de 17,5%;

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acima de 720 dias, alíquota de 15%.

Assim sendo, somando o IOF com o IR, o imposto a ser recolhido


sobre os rendimentos do CDB varia de 96,9% (maior imposto, aplicado a
investimentos com duração de um dia) a 15% (menor imposto, aplicado a
investimento com duração superior a 720 dias, ou dois anos).

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Módulo 07: Letra de Crédito Imobiliário (LCI)

A LCI é um dos instrumentos de Renda Fixa mais procurados pelo


investidor pessoa física e que mais cresceram nos últimos anos, por conta
de sua isenção de Imposto de Renda para esse público. Representa uma
fonte de recursos para o setor imobiliário, pois possui como lastro créditos
imobiliários.

Emitida por instituições financeiras – bancos comerciais, múltiplos


e de investimento, além de sociedades de crédito imobiliário, associações
de poupança e empréstimo e companhias hipotecárias – e regulamentada
pela a Lei no 10.931/2004 e a Circular do Banco Central no. 3.614/12,
pode ser remunerada por taxa pré ou pós fixada.

Ao optar pela LCI, o investidor assume o risco primário do emissor.


Conta ainda com a segurança adicional de que está vinculado à carteira da
de crédito imobiliário da instituição financeira. Outro diferencial é o fato
de ser é elegível à cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

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A LCI não pode ser resgatada a qualquer momento, mas é possível


negociá-la no mercado secundário. O prazo mínimo de vencimento desse
ativo varia de acordo com o indexador que possui. São 36 meses quando o
título for atualizado mensalmente por índice de preços ou 12 meses se for
atualizado anualmente por esse indexador. Se não utilizar índice de
preços, é de 60 dias.

Esses prazos devem ser contados a partir da data que um terceiro,


pessoa física ou jurídica, adquirir o título da instituição emissora. Nesses
períodos, a instituição emissora não poderá recomprar ou resgatar a LCI.

De acordo com essa norma, as operações de crédito imobiliários


vinculadas à LCI devem ser utilizadas como lastro pelo seu valor líquido,
deduzido da obrigação com que tiver relacionada.

Deve ser identificado, no registro da LCI na Cetip, as condições da


emissão e os créditos que lastreiam a operação. Entre os tipos de lastro
estão: financiamentos habitacionais garantidos por hipoteca ou alienação
fiduciária de bens imóveis, sejam eles contratados ou não pelo Sistema
Financeiro da Habitação (SFH); empréstimos garantidos por hipoteca ou
alienação imobiliária de bens imóveis residenciais; e outros empréstimos

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ou financiamentos garantidos por hipoteca ou alienação fiduciária de bens


imóveis.

Para explicar de forma mais simples a LCI é um empréstimo de


dinheiro que você faz a uma instituição. Os recursos do empréstimo serão
destinados para financiar o setor imobiliário. Logo, quando você empresta
dinheiro para uma determinada instituição, ela faz um “contrato” com
você firmando quanto irá pagar de juros em um determinado prazo. Isso
significa que a LCI é um investimento de Renda Fixa.

Aplicação Mínima:

Como você já deve estar se dando conta o cobertor sempre é curto.


Se queremos cobrir a cabeça descobrimos os pés e vice e versa. Uma prova
disso é que a LCI, por possuir vantagens como a isenção do imposto de
renda, requer um valor maior para aplicação mínima. Na Caixa Econômica
Federal, por exemplo, a aplicação mínima é de R$ 50.000,00.

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Rendimento:

A remuneração das LCIs costuma ser atrelada a um percentual do


CDI. Todavia, não há vedação quanto à forma de remuneração, podendo
ser:

• % do CDI, preferível em tendência de aumento de juros;

• CDI + spread, preferível em tendência de queda de juros;

• Índices de preços, preferível a investidores de longo praz o, que


buscam preser vação de patrimônio;

• Taxa prefixada, preferível após ciclo de alta de juros.

Percentual do CDI:

Aqui é que vem o grande diferencial das LCIs: como o rendimento é


isento do imposto de renda, elas acabam ganhando um CDI líquido,
diferentemente do que ocorre com os CDBs, em que, do rendimento bruto

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do CDI, ainda deve ser descontada a alíquota do IR, de acordo com a tabela
regressiva (que começa em 22,5% sobre os rendimentos).

Dessa forma, uma LCI que pague 83,50% do CDI líquido (valor que
a Caixa paga, para aplicação entre R$ 50 e R$ 100 mil) corresponderia a
um CDB DI de 107,74%, considerando o prazo de aplicação de até 6 meses.
Isto é, para que um CDB DI compensasse o investimento numa LCI, seria
necessário que esse mesmo CDB pagasse 107,74% do CDI.

CDI:

É um Certificado de Depósito Interbancário, negociado


exclusivamente entre bancos, que assinala aos investidores o custo do
dinheiro no mercado interbancário.

Essas transações são realizadas por meio eletrônico entre as


instituições envolvidas e registradas na CETIP - Câmara de Custódia e
Liquidação. A taxa média diária do CDI é empregada como referência para
o custo do dinheiro (juros).

IOF: apenas incide sobre aplicações com duração inferior a 30 dias.


O valor exato a ser recolhido pelo imposto é determinado por uma tabela

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anexa da Portaria MF Nº 264, de 30 de junho de 1999 , que institui valores


que reduzem proporcionalmente de acordo com o número de dias
restantes para o término dos primeiros 30 dias da aplicação, iniciando
com alíquota de 96% até se tornarem isentas após decorridos 30 dias ou
mais.

Imposto de Renda:

Os rendimentos produzidos por aplicações financeiras são isentos


de IR para Pessoa Física.

Os rendimentos produzidos por aplicações financeiras realizadas


por Pessoa Jurídica, são tributados às seguintes alíquotas (tabela
regressiva):

22,5% até 180 dias

20% entre 181 e 360 dias

17,5% entre 361 e 720 dias

15% após 720 dias

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Os ganhos de capital produzidos por aplicações financeiras também


são tributados de acordo com a tabela regressiva acima, seja para Pessoa
Física ou Pessoa Jurídica.

Riscos:

Risco de Crédito: relacionado à capacidade de pagamento do


emissor das LCIs. As Letras de Crédito Imobiliário CONTAM COM a
garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O total de créditos de
cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido
até o valor de R$ 250.000,00 (duz entos e cinquenta mil reais),
considerando o principal somado aos juros.

Risco de Mercado: é a possibilidade de ocorrência de perdas


resultantes da flutuação nos índices de preço, câmbio e taxas de juros. Está
atrelado a variações no cenário macroeconômico, mais especificamente a
mudanças conjunturais, na política monetária e fiscal.

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Risco de Prazo: quanto menor a duration (prazo médio ponderado)


do ativo, menor tende a ser a volatilidade atrelada à LCI.

Risco de Liquidez: a LCI possui prazo mínimo de vencimento, como


discriminado anteriormente. Sendo assim, é proibido o resgate antes deste
prazo. Todavia, o investidor pode desinvestir do papel via mercado
secundário ou, passado o prazo mínimo de vencimento, via resgate contra
o emissor.

No primeiro caso, o mercado ainda é bem ilíquido e torna-se difícil


encontrar um comprador e, caso haja, é baixa a probabilidade da venda ser
na curva do cliente ou acima desta. Na segunda opção, é decisão do
emissor resgatá-lo antes do período de carência, podendo ocorrer um
deságio comparativamente ao preço na curva do cliente. Logo, é
recomendável que não ocorra o resgate antes do término da carência.

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Informações Relevantes:

O estoque de LCI vem aumentando significativamente a cada ano, sendo


uma forma de fomento do setor imobiliário, por ter lastro em créditos
imobiliários.

A LCI conta com a garantia do FGC (se o emissor do papel estiver


associado ao Fundo Garantidor de Créditos), e é isenta de IR para Pessoa
Física, no rendimento. Mesmo contando com a garantia do FGC, é
importante analisar a saúde financeira do emissor do ativo.

Atualmente, com o limite de R$250 mil por CPF, por instituição ou


conglomerado financeiro, é possível montar carteiras conservadoras com
LCI de diversos emissores, atingindo valores superiores a R$5 milhões de
investimento.

A LCI está sujeita à disponibilidade de lastro por parte do emissor.

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Módulo 08: Letras de Crédito do Agronegócio


(LCA)

A LCA é um título emitido por uma instituição financeira. É


utilizado para captar recursos para participantes da cadeia do
agronegócio. Criados pela Lei nº 11.076, esses papéis tem como um de
seus atrativos o fato de que os investidores pessoas físicas têm seus
rendimentos isentos de Imposto de Renda. Outro diferencial é o fato de as
LCAs emitidas a partir de 23 de maio de 2013 terem cobertura do Fundo
Garantidor de Crédito (FGC) até o limite estabelecido pelo Fundo para
recursos numa mesma instituição.

O prazo mínimo varia de acordo com o indexador que possui. Para


a Taxa DI-Cetip é de 90 dias. O risco primário da LCA é da instituição
financeira. Na inadimplência do banco, o lastro está penhorado por lei ao
investidor final que pode requisitar sua propriedade ao juiz quando o
banco não pagar o ativo. Na Cetip, para registrar a LCA, a instituição
financeira emissora deve fazer o devido registro do lastro.

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Um dos diferenciais das LCAs registradas na Cetip é a gama de


lastros (garantias) que podem ser atrelados a elas. Como lastro, entende-
se os direitos creditórios vinculados a produtores rurais, suas
cooperativas, e terceiros, inclusive empréstimos e financiamentos
relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou
industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e
implementos utilizados nesse setor.

Entre os exemplos de instrumentos que servem como lastro dessas


operações: Cédula de Produto Rural (CPR), notas promissórias rurais, CRH
– Cédula Rural Hipotecária, CRPH – Cédula Rural Pignoratícia Hipotecária,
o CCB de origem do agronegócio, a NCE – Nota de Crédito à Exportação, a
CCE – Cédula de Crédito à Exportação, o CDA/WA – Certificado de
Depósito Agropecuário, o Warrant Agropecuário e a NCR – Nota de Crédito
Rural.

O Contrato Mercantil também pode ser usado como lastro. Outra


funcionalidade é o Lastro Revolvente, que possibilita gestão de lastros de
ciclo curto que sejam integrantes de uma cesta de garantias. Ou seja,

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aqueles com vencimento inferior ou igual à data de vencimento do título,


cuja produção se esgota antes do prazo das respectivas LCAs.

Por meio dele é possível gerenciar alguns lastros de forma mais


otimizada, renovando-os conforme o comportamento da produção, e
alongando o papel. O benefício desse do rol de títulos disponíveis para
lastro de LCA contribui para o desenvolvimento desse mercado.

Aplicação Mínima:

Como você já deve estar se dando conta o cobertor sempre é curto.


Se queremos cobrir a cabeça descobrimos os pés e vice e versa. Uma prova
disso é que a LCI, por possuir vantagens como a isenção do imposto de
renda, requer um valor maior para aplicação mínima. Na Caixa Econômica
Federal, por exemplo, a aplicação mínima é de R$ 50.000,00.

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Rendimento:

A remuneração das LCAs costuma ser atrelada a um percentual do


CDI. Todavia, não há vedação quanto à forma de remuneração, podendo
ser:

• % do CDI, preferível em tendência de aumento de juros;

• CDI + spread, preferível em tendência de queda de juros;

• Índices de preços, preferível a investidores de longo praz o, que


buscam preser vação de patrimônio;

• Taxa prefixada, preferível após ciclo de alta de juros.

Percentual do CDI:

O grande diferencial das LCAs: como o rendimento é isento do


imposto de renda, elas acabam ganhando um CDI líquido, diferentemente
do que ocorre com os CDBs, em que, do rendimento bruto do CDI, ainda

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deve ser descontada a alíquota do IR, de acordo com a tabela regressiva


(que começa em 22,5% sobre os rendimentos).

Dessa forma, uma LCA que pague 84% do CDI líquido (valor que o
Banco do Brasil paga, para aplicação mínima de R$ 30 mil) corresponderia
a um CDB DI de 107,74%, considerando o prazo de aplicação de até 6
meses. Isto é, para que um CDB DI compensasse o investimento numa LCI,
seria necessário que esse mesmo CDB pagasse 107,74% do CDI.

CDI:

É um Certificado de Depósito Interbancário, negociado


exclusivamente entre bancos, que assinala aos investidores o custo do
dinheiro no mercado interbancário.

Essas transações são realizadas por meio eletrônico entre as


instituições envolvidas e registradas na CETIP - Câmara de Custódia e
Liquidação. A taxa média diária do CDI é empregada como referência para
o custo do dinheiro (juros).

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IOF: apenas incide sobre aplicações com duração inferior a 30 dias.


O valor exato a ser recolhido pelo imposto é determinado por uma tabela
anexa da Portaria MF Nº 264, de 30 de junho de 1999 , que institui valores
que reduzem proporcionalmente de acordo com o número de dias
restantes para o término dos primeiros 30 dias da aplicação, iniciando
com alíquota de 96% até se tornarem isentas após decorridos 30 dias ou
mais.

Imposto de Renda:

Os rendimentos produzidos por aplicações financeiras são isentos


de IR para Pessoa Física.

Os rendimentos produzidos por aplicações financeiras realizadas


por Pessoa Jurídica, são tributados às seguintes alíquotas (tabela
regressiva):

22,5% até 180 dias

20% entre 181 e 360 dias

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17,5% entre 361 e 720 dias

15% após 720 dias

Os ganhos de capital produzidos por aplicações financeiras também


são tributados de acordo com a tabela regressiva acima, seja para Pessoa
Física ou Pessoa Jurídica.

Riscos:

Risco de Crédito: relacionado à capacidade de pagamento do


emissor das LCAs. As Letras de Crédito Agronegócio CONTAM COM a
garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O total de créditos de
cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido
até o valor de R$ 250.000,00 (duz entos e cinquenta mil reais),
considerando o principal somado aos juros.

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Risco de Mercado: é a possibilidade de ocorrência de perdas


resultantes da flutuação nos índices de preço, câmbio e taxas de juros. Está
atrelado a variações no cenário macroeconômico, mais especificamente a
mudanças conjunturais, na política monetária e fiscal.

Risco de Prazo: quanto menor a duration (prazo médio ponderado)


do ativo, menor tende a ser a volatilidade atrelada à LCA.

Risco de Liquidez: a LCA possui prazo mínimo de vencimento, como


discriminado anteriormente. Sendo assim, é proibido o resgate antes deste
prazo. Todavia, o investidor pode desinvestir do papel via mercado
secundário ou, passado o prazo mínimo de vencimento, via resgate contra
o emissor.

No primeiro caso, o mercado ainda é bem ilíquido e torna-se difícil


encontrar um comprador e, caso haja, é baixa a probabilidade da venda ser
na curva do cliente ou acima desta. Na segunda opção, é decisão do
emissor resgatá-lo antes do período de carência, podendo ocorrer um
deságio comparativamente ao preço na curva do cliente. Logo, é
recomendável que não ocorra o resgate antes do término da carência.

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Informações Relevantes:

O estoque de LCA vem aumentando significativamente a cada ano,


sendo uma forma de fomento do setor imobiliário, por ter lastro em
créditos imobiliários.

A LCA conta com a garantia do FGC (se o emissor do papel estiver


associado ao Fundo Garantidor de Créditos), e é isenta de IR para Pessoa
Física, no rendimento. Mesmo contando com a garantia do FGC, é
importante analisar a saúde financeira do emissor do ativo.

Atualmente, com o limite de R$250 mil por CPF, por instituição ou


conglomerado financeiro, é possível montar carteiras conservadoras com
LCA de diversos emissores, atingindo valores superiores a R$5 milhões de
investimento.

A LCA está sujeita à disponibilidade de lastro por parte do emissor.

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Módulo 09: Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional


desenvolvido em parceria com a BMF&F Bovespa para venda de títulos
públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet.

9.1 O que é?

Concebido em 2002, esse Programa surgiu com o objetivo de


democratizar o acesso aos títulos públicos, ao permitir aplicações com
apenas R$ 30,00. Antes do Tesouro Direto, o investimento em títulos
públicos por pessoas físicas era possível somente indiretamente, por meio
de fundos de renda fixa que, por cobrarem elevadas taxas de
administração, especialmente em aplicações de baixo valor, reduziam a
atratividade desse tipo de investimento.

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O Tesouro Direto contribuiu para a diversificação e


complementação das alternativas de investimento disponíveis no
mercado, ao oferecer títulos com diferentes tipos de rentabilidade
(prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros
básica da economia - Selic), de prazos de vencimento e de fluxos de
remuneração. Com tantas opções, fica fácil achar um título indicado para a
sua necessidade.

Além de acessível e de apresentar opções de investimento que se


encaixam aos seus objetivos financeiros, o Tesouro Direto oferece boa
rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a aplicação de menor risco
do mercado. Representa, portanto, uma excelente oportunidade para você
realizar seu planejamento financeiro sem complicação.

9.2 O que são títulos públicos?

Os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou seja, seu rendimento


pode ser dimensionado no momento do investimento, ao contrário dos

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ativos de renda variável (como ações), cujo retorno não pode ser estimado
no instante da aplicação. Dada a menor volatilidade dos ativos de renda
fixa frente aos ativos de renda variável, este tipo de investimento é
considerado mais conservador, ou seja, de menor risco.

Ao comprar um título público, você empresta dinheiro para o


governo brasileiro em troca do direito de receber no futuro uma
remuneração por este empréstimo, ou seja, você receberá o que
emprestou mais os juros sobre esse empréstimo. Dessa maneira, com o
Tesouro Direto, você não somente se beneficia de uma alternativa de
aplicação financeira segura e rentável, como também ajuda o país a
promover seus investimentos em saúde, educação, infraestrutura, entre
outros, indispensáveis ao desenvolvimento do Brasil.

Cabe ressaltar que os títulos públicos são negociados apenas


escrituralmente, isto é, não existe um documento físico que representa o
título. Você terá a garantia da aplicação por meio do número de protocolo
gerado a cada operação e o título adquirido ficará registrado no seu CPF,
podendo ser consultado a qualquer tempo por meio do seu extrato no site
do Tesouro Direto.

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Ao investir no Tesouro Direto, você opta pelo tipo de investimento


de menor risco da economia, pois os títulos públicos são 100% garantidos
pelo Tesouro Nacional. O Brasil possui excelente reputação como emissor,
pois seus títulos são considerados Grau de Investimento pelas três
maiores agências de classificação de risco internacionais: Fitch, Moody´s e
S&P.

9.3. Passo a Passo

Aqui você vai entender o que precisa fazer para começar a investir
no Tesouro Direto. A primeira iniciativa você já teve: visitar o nosso site.
Agora é só assistir ao vídeo abaixo e seguir esse passo a passo rumo ao
alcance dos seus objetivos financeiros.

Primeiramente, você precisa ter CPF e conta corrente em uma


instituição financeira. A partir daí, você deverá escolher uma instituição
financeira, que pode ser um banco ou uma corretora, também chamada de
agente de custódia, para intermediar suas transações com o Tesouro

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Direto. No botão apresentado no final desta página, você encontra a lista


de todas as instituições habilitadas a operar com títulos públicos federais.
Também são apresentadas as taxas de administração cobradas por elas.

Entre em contato com a instituição financeira escolhida e solicite


seu cadastramento. Você deverá fornecer a documentação necessária para
que essa instituição abra uma conta em seu nome para operar com o
Tesouro Direto.

A partir disso, você receberá uma senha provisória da


BM&FBovespa para o primeiro acesso à área restrita do Tesouro Direto,
em que são realizadas as operações de compra e venda, assim como
consultas a saldos e extratos.

Troque a senha provisória por uma nova que deverá conter entre 8
e 16 dígitos, composta por letras, números e caracteres especiais. Pronto!
Você já será investidor habilitado e poderá começar a investir.

Agora, você precisa descobrir qual título é mais adequado para


alcançar o seu objetivo financeiro. Para ajudá-lo nessa escolha, utilize a
ferramenta Orientador Financeiro oferecida tanto no site do Tesouro
Direto quanto na área restrita ao investidor. Definido o título adequado,
basta efetuar a sua compra.

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Canais para aplicação:

Você pode investir acessando de 3 formas:

• Através do site do Tesouro Direto: com a sua senha, você acessa a


área restrita do site e realiza a compra, a venda, a programação de
investimentos, a consulta de extrato, dentre outras transações;

• Através do site da sua Instituição Financeira: algumas instituições


habilitadas integraram seus sites ao do Tesouro Direto, tornando-se um
agente integrado. Isso significa que você pode comprar e vender títulos
públicos no site da própria instituição financeira, a qualquer momento,
com os mesmos preços e taxas do site do Tesouro Direto.

• Por meio de sua Instituição Financeira: você autoriza sua


instituição financeira a negociar títulos públicos em seu nome. Procure
saber se a instituição que você escolheu oferece essa funcionalidade.

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9.4 Modalidades de Aplicação

Investimento Tradicional

O investimento tradicional refere-se às operações de compras e


vendas que podem ser realizadas a qualquer momento do dia, dentro do
período de funcionamento do Programa. Após o acesso à área restrita ao
investidor, por meio do site do Tesouro Direto ou do site da sua instituição
financeira, você escolherá, dentre os títulos disponíveis para compra,
aquele que melhor se encaixa em sua preferência. O valor da compra
poderá ser ajustado pela quantidade de títulos desejada ou pelo montante
total a ser investido.

A operação de venda é realizada da mesma maneira. Com a


recompra diária, você poderá vender seus títulos todos os dias para o
Tesouro Nacional. Para isso, basta acessar a área restrita do site e escolher
a quantidade de títulos que deseja vender.

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Investimento Programado

O investimento programado contempla o agendamento de compras


e vendas, a reaplicação automática dos juros semestrais (cupons) e do
valor a ser resgatado nas datas de vencimento dos títulos. Representa,
assim, mais uma conveniência para você planejar suas finanças.

No caso de novas compras, você pode agendar a compra de um


título ou de uma composição de títulos durante o período que determinar.
A programação será feita sempre pelo valor financeiro. No agendamento
das vendas é possível programar antecipadamente o dia de venda de seus
títulos, para qualquer data, pela quantidade de títulos. As transações serão
realizadas sob os preços e taxas vigentes no dia previsto para liquidação
das operações programadas.

Nesta modalidade você pode direcionar o dinheiro recebido no


vencimento de um título ou proveniente de cupom de juros
automaticamente para uma nova aplicação, bastando que indique sua

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opção de compra de um novo título. Além disso, poderá optar por


reinvestir tudo ou somente parte dos recursos recebidos.

Até um dia antes da data agendada para a realização da operação,


todos os agendamentos feitos poderão ser consultados, cancelados ou
alterados. Caso um determinado título envolvido na programação deixe de
ser ofertado, você será avisado por correio eletrônico e poderá refazer sua
programação. Caso não altere seu agendamento, este será cancelado

As funcionalidades do investimento programado são


disponibilizadas de acordo com a opção de cada instituição financeira.
Consulte no botão apresentado abaixo, "Instituições Habilitadas", aquelas
que oferecem esse serviço.

Prazo para Repasse dos Recursos

Após a confirmação da compra do título, via investimento


tradicional ou programado, o sistema do Tesouro Direto informará a data
limite para que os recursos necessários referentes a esta aquisição estejam
disponíveis na sua conta na instituição financeira escolhida para

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intermediar suas transações. Você deverá entrar em contato com essa


instituição para saber os dados da conta onde irá depositar o dinheiro.
Caso você seja cadastrado em uma instituição financeira integrada ao
sistema do Tesouro Direto e realize a compra no site da própria
instituição, consulte-a para se informar sobre a data de depósito dos
recursos.

Quando ocorrer o vencimento de um título ou o pagamento de


cupom de juros, os recursos resultantes dessas operações estarão
disponíveis na sua instituição financeira a partir de 13h00 do mesmo dia
do pagamento. Já os recursos financeiros resultantes da venda antecipada
de títulos estarão disponíveis na sua instituição financeira a partir de
13h00 do dia seguinte da venda. No entanto, nos dois casos, a data e o
horário de depósito em sua conta dependerão dos procedimentos
operacionais da sua instituição financeira.

9.5 Vantagens do Tesouro Direto

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Agora você vai ententer porque deve investir no Tesouro Direto.


Verá que essa alternativa de investimento reúne vantagens como nenhum
outro produto financeiro.

Segurança

Os títulos públicos são os ativos de menor risco da economia, pois


são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, o Governo Federal
garante o seu pagamento. Cabe destacar que o Tesouro Direto existe desde
de 2002 e que o Brasil é considerado Grau de Investimento pelas
principais agências de classificação de risco do mundo: Fitch, Moody´s e
S&P.

Vale ressaltar que uma vez adquiridos os títulos públicos, eles são
registrados sob titularidade do comprador no ambiente seguro da
BM&FBOVESPA. Isso reforça a segurança do Programa, pois permite ao
investidor mudar de instituição financeira, na eventualidade de problemas
com o seu agente intermediário original, sem colocar em risco a sua
aplicação.

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Além de ser a alternativa de investimento com menor risco do


mercado, o Tesouro Direto oferece mecanismos para que você possa
acompanhar os seus investimentos com facilidade, ampliando sua
segurança. Além de disponibilizar informações sobre suas aplicações no
seu extrato, na área exclusiva do investidor, toda movimentação do seu
investimento pode ser consultada por meio do Canal Eletrônico do
Investidor (CEI), serviço via internet prestado pela BM&FBOVESPA.

Alta Rentabilidade

Sem dúvida este é um dos pontos mais importantes quando o


assunto é investimento.

O rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante


competitivo se comparado com as outras aplicações financeiras de renda
fixa existentes no mercado. Aqui, você pode obter os mesmos ganhos que
um grande banco ou um fundo de pensão, por exemplo. Ainda, as taxas de
administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado
no momento da venda, pagamento de cupom de juros ou vencimento do
título. Dessa forma, ao combinar alta rentabilidade bruta e baixo custo, seu
investimento apresentará uma maior rentabilidade final.

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Custos

O Tesouro Direto tem um custo bastante competitivo comparado


aos Fundos de Investimento. Esses normalmente cobram menores taxas
quanto maiores os valores investidos. Por exemplo, num banco de varejo,
para que o investidor pague 0,5% de taxa de administração, costuma-se
exigir um investimento mínimo de R$ 500 mil. Já no Tesouro Direto, você
consegue essa taxa aplicando apenas R$ 30.

São duas as taxas cobradas no Tesouro Direto:

- taxa de custódia da BMF&Bovespa de 0,3% ao ano, referente aos


serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos
saldos;

- taxa das instituições financeiras que varia de 0% a 2% ao ano,


independente do valor do seu investimento. No final desta página, você

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poderá consultar a lista das instituições habilitadas e a taxa que elas


cobram.

Tributação

Os impostos cobrados sobre as operações realizadas no Tesouro


Direto são os mesmos que incidem sobre as operações de renda fixa, como
fundos de investimento e CDBs: IOF regressivo (para aplicações com prazo
inferior a 30 dias) e IR regressivo, conforme abaixo:

22,5% até 180 dias

20% de 181 a 360 dias

17,5% de 361 a 720 dias

15% acima de 720 dias

No Tesouro Direto não existe a figura do "come cotas", como nos


fundos. O Imposto de Renda só é cobrado no vencimento do título, no
recebimento de juros semestrais ou em caso de venda antecipada.

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Os dias para efeito de incidência de imposto de renda são contados


a partir da data da compra. Portanto, sobre os juros semestrais dos títulos
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) e do Tesouro IPCA+ com
Juros Semestrais (NTN-B) serão aplicadas as alíquotas do Imposto de
Renda previstas, com o prazo contado a partir da data de início da
aplicação.

O efeito Come Cotas nos Fundos de Investimento

Outra vantagem do Tesouro Direto sobre os Fundos de


Investimento é o fato de que nesse último há a ocorrência do famoso
"come cotas", que é uma antecipação da cobrança do imposto de renda
(IR) devido sobre o rendimento da aplicação. Essa antecipação do
desconto do IR, que ocorre a cada seis meses, prejudica a rentabilidade
final do investimento, pois reduz o volume de recursos sobre o qual
incidirão os juros. No longo prazo, a diferença de rentabilidade do TD
frente a do fundo pode ser significativa, como ilustra a simulação abaixo.

Liquidez

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Para que o Tesouro Direto possa atendê-lo ainda melhor,


oferecendo produtos que se encaixam às suas necessidades, o Tesouro
Nacional garante a recompra diária dos seus títulos públicos. Ou seja, você
poderá vender antecipadamente os títulos adquiridos no Tesouro Direto
ao Tesouro Nacional, todos os dias, a preços de mercado.

Essa opção de venda dos títulos pelos investidores será aberta


todos os dias úteis, a partir das 18h, e encerrada às 5h do dia seguinte. Nos
fins de semana e feriados, essa funcionalidade será oferecida o dia inteiro.
Em todos os casos, as transações serão executadas sob os últimos preços
de fechamento de mercado disponíveis.

A liquidação da venda ocorrerá em D+1, onde D representa o dia


em que a operação de venda pelo investidor foi realizada. Se essa operação
tiver sido realizada nos fins de semana ou feriados, a liquidação ocorrerá
no dia útil subsequente.

Acessibilidade

Com apenas R$ 30,00 você já pode investir no Tesouro Direto. Não


é preciso nem muito dinheiro para começar a investir nem ser um

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especialista em investimentos. Qualquer pessoa física com CPF e conta em


uma instituição financeira habilitada pode se tornar um investidor do
Tesouro Direto.

Facilidade

Investir no Tesouro Direto é muito fácil! Você não precisa nem sair
de casa, pois todas as transações são feitas pela Internet.

Flexibilidade

Com o Tesouro Direto, você pode planejar o seu ganho montando


sua própria carteira de acordo com o seu perfil e objetivos financeiros.
Aqui, você tem autonomia para gerenciar seus investimentos e ainda pode
agendar suas aplicações com antecedência e regularidade. Para isso, o
Tesouro Direto oferece diversas opções de acordo com:

• Taxa de rentabilidade: títulos prefixados, indexados à taxa Selic


ou à inflação;

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• Prazos ou vencimentos: variadas datas de vencimento, que


permitem a adequação da sua carteira à sua necessidade financeira;

• Fluxos de pagamento: você pode escolher títulos para receber o


rendimento total somente na data de vencimento, ou escolher títulos que
pagam juros semestrais.

Ainda, uma vez comprados os títulos, você tem a garantia de


receber os rendimentos dessa aplicação até o vencimento do papel (data
predeterminada para o resgate do título), quando os recursos serão
depositados em sua conta com o rendimento combinado. Mas sempre que
precisar, você poderá vendê-los antes de seu vencimento ao Tesouro
Nacional, pelos seus valores de mercado.

9.6 Entendendo cada um dos títulos disponíveis

No Tesouro Direto você pode escolher entre dois tipos de títulos:

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Títulos Prefixados

Você sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se mantiver o


título até a data de vencimento. Para cada unidade de título, o valor bruto
a ser recebido no vencimento é de R$1.000,00.

Esses títulos são indicados se você acredita que a taxa prefixada


será maior que a taxa de juros básica da economia (Selic).

Por terem rentabilidade predefinida, seu rendimento é nominal.


Isso significa que é necessário descontar a inflação para obter o
rendimento real da aplicação.

Os títulos disponíveis nessa modalidade são:

Tesouro Prefixado (LTN)

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• Possui fluxo de pagamento simples, isto é, você receberá o valor


investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou resgate do
título. Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, no final da
aplicação. Sendo assim, é mais interessante para quem pode esperar
receber o seu dinheiro até o final do período do investimento, ou seja, é
indicado para quem não necessita complementar sua renda desde já.

• Mantendo o título até o vencimento, você receberá R$1.000,00


para cada unidade do papel (se você comprar uma fração de título, o
recebimento será proporcional ao percentual adquirido). A diferença entre
esse valor recebido no final da aplicação e o valor pago no momento da
compra representa a rentabilidade do título.

• Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro


Nacional pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade
poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra,
dependendo do preço do título no momento da venda. Por essa razão,
recomendamos que você procure conciliar a data de vencimento do título
com o prazo desejado para o investimento.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

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• É mais indicado para quem deseja utilizar seus rendimentos para


complementar sua renda a partir do momento da aplicação, pois esse
título faz pagamento de juros a cada seis meses. Isso significa que o
rendimento é recebido pelo investidor ao longo do período da aplicação,
diferentemente do título Tesouro Prefixado (LTN). Os pagamentos
semestrais, nesse caso, representam uma antecipação da rentabilidade
contratada.

• Cabe destacar, adicionalmente, que no pagamento desses


rendimentos semestrais há incidência de imposto de renda (IR),
obedecendo a tabela regressiva.

Desse modo, se você planeja reinvestir os valores recebidos a cada


seis meses, é mais interessante investir em um papel que não paga juros
semestrais. Um título no qual o imposto de renda é recolhido apenas no
final da aplicação garante que a taxa de rentabilidade incida sobre um
montante superior, ou seja, uma maior base, pois não sofre reduções em
função dos descontos do IR nos eventos de pagamentos de juros
semestrais. Isso beneficia a rentabilidade final da aplicação.

• Mantendo o título até o vencimento, você receberá R$1.000,00


acrescido do último pagamento de juros semestrais. Caso necessite vender

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o título antecipadamente, o Tesouro Nacional pagará o seu valor de


mercado, de modo que a rentabilidade poderá ser maior ou menor do que
a contratada na data da compra, dependendo do preço do título no
momento da venda. Por essa razão, recomendamos que você procure
conciliar a data de vencimento do título com o prazo desejado para o
investimento.

Títulos Pós-fixados

Neste caso, os títulos têm seu valor corrigido por um indexador:

- taxa básica de juros (Selic) ou

- inflação (IPCA)

Assim, a rentabilidade da aplicação é composta por uma taxa


predefinida no momento da compra do título mais a variação de um
indexador.

Os títulos disponíveis nessa modalidade são:

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Tesouro Selic (LFT)

• Indicado se você acredita que a tendência da taxa Selic é de


elevação, já que a rentabilidade desse título é indexada à taxa de juros
básica da economia.

• O valor de mercado desse título apresenta baixa volatilidade,


evitando perdas no caso de venda antecipada. Por essa razão, é
considerado um título indicado para um perfil mais conservador. É
indicado também para o investidor que não sabe exatamente quando
precisará resgatar seu investimento.

• O fluxo de pagamento desse título é simples, isto é, não faz o


pagamento de juros semestrais. Sendo assim, ele é mais interessante para
quem pode esperar para receber o seu dinheiro até o final do período da
aplicação (ou seja, quem não necessita complementar sua renda desde já).

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• Caso queira vender o título antes do seu vencimento, o Tesouro


Nacional o recomprará pelo seu valor de mercado.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

• Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do


poder de compra do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por
duas parcelas: uma taxa de juros prefixada e a variação da inflação (IPCA).
Desse modo, independente da variação da inflação, a rentabilidade total do
título sempre será superior a ela. A rentabilidade real, nesse caso, é dada
pela taxa de juros prefixada, contratada no momento da compra do título.

• É mais interessante para quem deseja utilizar o rendimento para


complementar sua renda a partir do momento da aplicação, pois faz
pagamento de juros a cada semestre, diferentemente do Tesouro
IPCA+(NTN-B Principal). Isso significa que o rendimento é recebido pelo
investidor ao longo do período da aplicação, em vez de receber tudo no
final. Os pagamentos semestrais, nesse caso, representam uma
antecipação da rentabilidade contratada.

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• Cabe destacar, adicionalmente, que no pagamento desses


recebimentos semestrais há incidência de imposto de renda (IR),
obedecendo a tabela regressiva. Veja ilustração apresentada na explicação
do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F) acima. Desse modo,
se você planeja reinvestir os valores recebidos a cada seis meses, é mais
interessante investir em um papel que não paga juros semestrais. Esse
tipo de título, no qual o imposto de renda é recolhido apenas no final da
aplicação, garante que a taxa de rentabilidade incida sobre um montante
superior, ou seja, sobre uma maior base, já que não sofreu reduções em
função da incidência do IR nos eventos de pagamento de juros semestrais.
Isso beneficia a rentabilidade final da aplicação.

• Na data de vencimento do título, você resgata o valor investido


atualizado pela inflação acrescido do último pagamento de juros
semestrais.

• Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro


Nacional pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade
poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra,
dependendo do preço do título no momento da venda. Por essa razão,
recomendamos que você procure conciliar a data de vencimento do título
com o prazo desejado para o investimento.

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Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

• Ele proporciona rentabilidade real, ou seja, garante o aumento do


poder de compra do seu dinheiro, pois seu rendimento é composto por
duas parcelas: uma taxa de juros prefixada e a variação da inflação (IPCA).
Desse modo, independente da variação da inflação, a rentabilidade total do
título sempre será superior a ela. A rentabilidade real, nesse caso, é dada
pela taxa de juros prefixada, contratada no momento da compra do título.

• Dada essa característica, aliada ao fato de esse título possuir


disponibilidades de vencimentos mais longos, ele é indicado para quem
deseja poupar para a aposentadoria, compra de casa e estudo dos filhos,
dentre outros objetivos de longo prazo.

• Possui fluxo de pagamento simples, isto é, você receberá o valor


investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou resgate do
título. Em outras palavras, o pagamento ocorre de uma só vez, no final da
aplicação. Sendo assim, é mais interessante para quem pode esperar para

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receber o seu dinheiro até o vencimento do título (ou seja, quem não
necessita complementar sua renda desde já).

• Caso necessite vender o título antecipadamente, o Tesouro


Nacional pagará o seu valor de mercado, de modo que a rentabilidade
poderá ser maior ou menor do que a contratada na data da compra,
dependendo do preço do título no momento da venda. Por essa razão,
recomendamos que você procure conciliar a data de vencimento do título
com o prazo desejado para o investimento.

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Módulo 10: Fundos de Investimento

Um fundo de investimento é como um condomínio. Qual o objetivo


de quem entra nesse condomínio? Por que entregar seu dinheiro para um
fundo ao invés de investir você mesmo?

Existem alguns motivos que podem levar alguém a investir com a


ajuda de um fundo: você conta com gestão profissional para o seu
dinheiro, têm acesso à uma estratégia de diversificação a custos menores,
podendo ter uma carteira de investimento que você não conseguiria
montar sozinho. O investidor tem ainda a vantagem de conseguir resgatar
rapidamente o seu dinheiro.

Gestão Profissional:

Quando você coloca dinheiro no fundo, está entregando suas


economias para um gestor profissional cuidar. Ele é uma pessoa treinada
para escolher aplicações e monitorar o mercado diariamente, avaliando

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quais as melhores opções de investimento. A não ser que você deseje se


transformar em um investidor profissional, dificilmente terá tempo e
preparo para acompanhar o mercado com a mesma profundidade e
agilidade de um gestor profissional.

Diversificação:

O gestor do fundo procurará vários tipos de aplicações: colocará os


ovos em várias cestas. Se acontecer algo errado com alguma aplicação, as
que derem muito certo podem compensar essa perda. Ou seja, o fundo
permite que você diversifique seus investimentos. Você poderia fazer isso
sozinho, colocando seus recursos em vários tipos diferentes de aplicações.
Mas isso tem um custo, e você pode não ter o volume de dinheiro
suficiente para aplicar em um número grande de coisas. Quando você
entra no fundo, se junta a muitos investidores. O fundo terá volume
suficiente para diversificar os investimentos de uma forma que sozinho
cada cotista não conseguiria.

Custos Reduzidos:

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O fundo te ajuda a reduzir custos de transação. Manter um conjunto


grande de aplicações e ajustar suas escolhas sempre têm custos: você
precisa aplicar e resgatar recursos em vários momentos, comprar e vender
ações, títulos e outros tipos de investimentos. No caso do fundo, assim
como acontece no condomínio, os custos são diluídos porque são divididos
por todos os investidores. Um exemplo disso é um gestor: para você
sozinho provavelmente não seria possível contratar um profissional que
se dedicasse a cuidar todos os dias dos seus investimentos. Milhares de
investidores juntos no fundo conseguem fazer isso pagando uma taxa que
serve dentre outras coisas para pagar o gestor que cuidará dos recursos.

Resgate:

Quando uma pessoa aplica seus recursos, ela sempre tem um plano
para aquele dinheiro. Imagine que você planejava algo, mas um imprevisto
ocorreu e você precisa do dinheiro antes do que esperava. Dependendo do
tipo de investimento que você fez, você poderá demorar um pouco para
conseguir resgatar o dinheiro – imagine se você tivesse optado por um
imóvel e tivesse que vendê-lo, por exemplo. O fundo oferece a vantagem de
você conseguir resgatar seus recursos rapidamente. Você geralmente pode

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resgatar em um dia, em alguns fundos, ou com poucos dias de carência, em


outros casos. No jargão do mercado financeiro, o fundo é um investimento
com alta liquidez: liquidez é a velocidade com que você consegue
transformar sua aplicação em dinheiro.

Acesso a Informação:

Finalmente, um fundo é obrigado pelas regras brasileiras a divulgar


todas as informações que os investidores precisam para acompanhar suas
aplicações. Desde os documentos que mostram no que o fundo vai investir,
até ao valor que a aplicação registra a cada dia. Ou seja: você sempre sabe
o que está acontecendo com o seu dinheiro, o fundo é uma opção de
investimento muito transparente.

A Definição de Cotas:

Uma cota é uma fração de um fundo. A soma de todas as cotas


compradas pelos investidores resulta no valor do patrimônio de um fundo
de investimento. O valor da cota é resultante da divisão do patrimônio
líquido do fundo pelo número de cotas existentes.

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Quando o investidor aplica seu dinheiro em um fundo, ele está adquirindo


uma determinada quantidade de cotas, cujo valor é diariamente apurado.
As instituições financeiras informam o valor das cotas dos fundos todos os
dias nos principais jornais ou na internet.

Para calcular o quanto você obteve de rendimento, basta dividir o


valor atual da cota pelo valor da cota do dia da aplicação. Para apurar o
valor atual do investimento, multiplique a quantidade de cotas que você
possui pelo seu valor no dia. Pareceu difícil? A apuração da cota é uma
atividade realizada pelo administrador do fundo. O gestor passa as
informações para o administrador, que divulga diariamente o valor da cota
e quando rendeu o fundo naquele dia, no mês e no ano.

Então, o valor da cota se altera diariamente, mas sua quantidade é


sempre a mesma, a menos que:

• Seja feito um resgate (sua quantidade de cotas diminui);

• Seja feita uma nova aplicação (um novo montante de cotas está
sendo adquirido);

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• Seja recolhido o Imposto de Renda ("come-cotas"). Neste caso, o


valor devido de IR será abatido em quantidade de cotas.

Como é calculada a cota?

O síndico do seu dinheiro no fundo, ou seja, o administrador, é


responsável por todos os dias diulgar os valores das cotas. O gestor envia
as informações sobre os investimentos que ele fez com os recursos, e o
administrador informa não apenas o valor da cota, mas qual foi a
rentabilidade (ou seja, quando rendeu o investimento).

Quer saber como é feita essa conta? É só multiplicar a quantidade


de cotas que você possui de um fundo pelo valor atualizado que ela tem no
mercado. Assim, você saberá o valor atual do seu investimento.

O que são fundos de cotas?

Existem duas diferentes estruturas de fundos de investimento no


mercado.

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A primeira é a dos fundos que aplicam seu patrimônio diretamente


em aplicações disponíveis no mercado financeiro (em ações, títulos
públicos ou outros tipos de aplicações). Esse tipo de fundo é o FI (Fundo
de Investimento).

Essa estrutura exige que o gestor adquira ou se desfaça de


aplicações que ele fez a cada movimentação de aplicação e resgate dos
cotistas. Imagine que o seu gestor resolveu em um dia colocar o dinheiro
do fundo em uma ação que ele acha que vai subir. No outro dia, você pede
para resgatar o seu dinheiro. O gestor precisa então vender um pouco das
ações para poder devolver o dinheiro para você. Por causa disso, esse tipo
de fundo, o FI, é dedicado a grandes investidores, como fundos de pensão,
bancos e outros fundos de investimento.

Existe outra estrutura de fundo, que é a dos FICFIs (Fundos de


Investimento em Cotas de Fundos de Investimento) que compram cotas de
um ou mais fundos. Geralmente, é nesse tipo de fundo que a maioria dos
investidores aplica seu dinheiro.

Diferentemente dos FIs, que negociam diretamente no mercado,


comprando e vendo ações, títulos e outros tipos de aplicações, os FICFIs
devem ter no mínimo 95% do seu patrimônio alocado em cotas de fundos

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de investimento. O restante do patrimônio dos FICFIs, ou seja, apenas 5%,


pode ser investido diretamente no mercado em títulos privados ou
públicos, de acordo com o que o gestor achar que vale a pena.

Os FICFIs oferecem ao gestor mais flexibilidade na hora de


movimentar os recursos do fundo, pois as operações se resumem
basicamente a comprar e vender cotas quando um cliente faz uma
aplicação ou solicita um resgate.

Os Agentes dos Fundos de Investimento:

Vários profissionais estão envolvidos na gestão e na administração


de um fundo, e cada um tem um papel importante a desempenhar. Assim
como em um condomínio é preciso de uma série de funcionários para
cuidar do prédio, no caso de um fundo há várias empresas e profissionais
envolvidos na tarefa de cuidar dos investimentos das pessoas.

Além de entender o papel de cada um desses profissionais, é


importante você conhecer para que serve cada documento do fundo e se
familiarizar com os principais termos. Afinal, se decidiu aplicar seu

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dinheiro em um fundo, precisa a aprender o bê-á-bá desse tipo de


investimento, certo?

A maior parte dos bancos disponibiliza esses documentos na


internet. Mas você pode solicitá-los em sua agência bancária se preferir.

Administrador

Responsável pelo funcionamento do fundo. Controla todos os


prestadores de serviço e defende os interesses dos cotistas.

Gestor

Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão),


segundo objetivos e política de investimento estabelecida no regulamento.

Custodiante

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Responsável pela guarda dos ativos do fundo. Responde pelos


dados e envio de informações dos fundos para os gestores e
administradores.

Distribuidor

Responsável pela venda das cotas do fundo. É contratado pelo


administrador.

Cotista

Aquele que aplica em um fundo de investimento independente do


valor.

Regulamento

Documento que estabelece as regras de funcionamento e


operacionalização de um fundo de investimento, segundo a legislação
vigente.

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Prospecto

Documento que contém informações relevantes para o investidor


relativas à política de investimento do fundo e os riscos envolvidos.

Termo de Adesão e Ciência de Risco

É o documento em que você atesta que recebeu o regulamento e


está ciente dos riscos e da política de investimento do fundo.
Obrigatoriamente, deve ser simples, com 5.000 caracteres no máximo, e
explicitar os cinco principais fatores de risco da carteira.

Patrimônio Líquido

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Representa a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos. No


caso dos fundos de investimento, o patrimônio líquido é a soma de todos
os ativos e operações do fundo, depois de descontados os custos e as taxas.

Valor da Cota

É o patrimônio líquido do fundo dividido pelo número de cotas. As


cotas têm um valor que, ao longo do tempo, pode aumentar (quando as
aplicações se valorizam) ou diminuir (quando os investimentos não são
tão bem-sucedidos). Todos os dias o administrador calcula e divulga o
valor da cota.

Taxa de Administração

Valor percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar


todos os prestadores de serviço que são contratados para o bom
funcionamento do fundo.

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Taxa de Performance

Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo


supera a de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa
de performance.

10.1 Quanto Custa Investir

Ao decidir aplicar recursos em qualquer tipo de investimento, é


muito importante você saber em detalhes quais os custos envolvidos. No
caso de fundos de investimento, há dois “preços” ou custos muito
importantes: as taxas pagas para a administração do fundo e os impostos.

A taxa de administração de um fundo é o valor cobrado pela


instituição financeira que administra o fundo para pagar por todos os
serviços prestados - ou seja, é o preço pago pela gestão e
operacionalização do fundo.

As taxas podem variar de acordo com a instituição e o serviço que


ela prestará. Vale investir um tempo e pesquisar entre as opções

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disponíveis. A ANBIMA, associação que mantém o Como Investir, criou


uma ferramenta que ajuda você a pesquisar os fundos e saber quanto cada
um deles cobra de taxa de administração. Com a ferramenta “Escolha seu
Fundo”, você consegue não apenas saber quanto cada fundo cobra, mas
também compará-los. Lembre-se, como no caso de qualquer produto ou
serviço, você precisa pesquisar preços (nesse caso, taxas de
administração), mas também saber o que está comprando. Pesquise
sempre a relação custo X benefício do serviço. No caso do fundo, avalie o
que está sendo oferecido, procure saber do desempenho do gestor do
fundo, se ele é reconhecido e que tipo de serviço você receberá.

Escolher um fundo, ou qualquer outro tipo de investimento, exige


que você dedique tempo e atenção! Seja tão cuidadoso quanto você seria
na hora de comprar seu carro, sua casa, ou um produto que você goste
muito. Afinal, você estará escolhendo a instituição que cuidará das suas
economias!

10.2 Taxas e despesas

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Taxa de administração

Esta é a taxa mais frequentemente cobrada pelos fundos. É quanto


o fundo (ou melhor, os cotistas) deve pagar pela prestação de serviço do
gestor, do administrador e das demais instituições presentes na
operacionalização do dia a dia. O valor da taxa - que é calculado de forma
anual, mas descontado diariamente – corresponde a um percentual do o
patrimônio líquido do fundo. Ele independe dos rendimentos obtidos
pelos cotistas.

A taxa pode variar de acordo com a instituição e o produto. Mas não


caia no erro de aplicar num fundo só porque a taxa de administração é
menor ou maior. Nem sempre há uma relação direta ou oposta entre o
valor da taxa de administração e o desempenho do fundo. Você precisa
verificar o que está incluído no valor cobrado. É importante ressaltar que
quando o administrador divulga a rentabilidade de um fundo, ela já é
líquida – ou seja, a taxa de administração já foi descontada. O valor da taxa
é divulgado no regulamento do fundo.

É fácil descobrir qual a taxa de admnistração dos fundos. Você pode


buscar os fundos aqui mesmo, no Como Investir, usando a ferramente
Escolha seu Fundo. Se você já está pensando em aplicar em uma carteira

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específica e quer saber se a taxa de administração é maior, menor ou está


na média do mercado, você pode acessar o Relatório de Taxas de
Admnistração da ANBIMA. Sabendo qual a taxa de administração média
cobrada no mercado para cada tipo de fundo, fica mais fácil saber se seu
fundo está caro ou barato.

Taxa de performance

Essa é a taxa cobrada do cotista quando a rentabilidade do fundo


supera a de um indicador de referência, conhecido como benchmark. Ela
serve para remunerar uma boa administração. O cotista deve ter
conhecimento sobre essa cobrança antes de fazer a aplicação. A taxa de
performance é cobrada somente sobre a rentabilidade que ultrapassar o
benchmark e existe uma periodicidade mínima para sua cobrança.

Nem todos os fundos preveem taxa de performance. Veja um


exemplo de incidência da taxa: Um fundo cobra taxa de performance de
20% sobre o que exceder a variação do CDI. Significa que, de acordo com
as regras desse fundo, quando a rentabilidade ultrapassar o CDI, o
investidor fica com 80% do excedente e o gestor com os 20% restantes
(por isso a taxa de performance é de 20%)

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• Rendimento do fundo no ano: 15%

• Variação do CDI no ano: 10%

• Excedente sobre o qual incidirá a performance: 5%

• Taxa de performance ou remuneração "extra" que será paga pelo


cotista: 1%

Vale lembrar que quando o administrador divulga a rentabilidade


de um fundo, ela já exclui a taxa de performance. A taxa de performance é
uma espécie de incentivo para que o gestor trabalhe bastante para tentar
obter uma rentabilidade maior que a meta. Afinal, se você promete que ele
vai ficar com um pedaço do excedente, ele tem motivos para se esforçar!

Despesas

Além da taxa de administração, que tem a finalidade de pagar os


profissionais prestadores de serviços, o fundo também possui outras
despesas descontadas de seu patrimônio líquido. Ou seja, despesas que
quem paga são os cotistas.

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Para ter acesso a todas elas, basta ler o regulamento do fundo. Veja abaixo
os tipos de despesas que o administrador pode cobrar diretamente do
fundo:

• Impressão, envio e publicação de relatórios;

• Envio de correspondências como convocações e comunicados aos


cotistas;

• Honorários de auditores independentes;

• Custos de corretagem;

• Despesas com registro e cartório.

Diariamente, todos esses gastos são debitados do patrimônio


líquido do fundo. Portanto, a rentabilidade é divulgada já com o valor de
todas as despesas descontado.

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10.3 Riscos Envolvidos

Para entender o quanto um fundo é arriscado, é legal dividir os


tipos de risco que você corre quando aplica em um fundo. Isso não
siginifica que esses tipos de riscos acontecem isoladamente. Geralmente,
eles estão interligados. Mas vale a pena fazermos essa divisão para ficar
mais fácil de entender os conceitos.

Risco de crédito

Vamos imaginar que você empreste dinheiro ao seu vizinho e ele


prometa pagar juros para você. Existe uma possibilidade que ele não
pague a dívida. Isso é o que chamamos de risco de crédito. Quando você
investe em fundos existe risco de crédito. Por quê? Da mesma forma que
você pode decidir emprestar dinheiro para seu vizinho, o gestor do fundo
coloca seu dinheiro em alguns tipos de aplicações que são parecidas com
um empréstimo.

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O fundo pode comprar uma debênture, por exemplo. Não se assuste


com o nome! Uma debênture é uma dívida de uma empresa, que promete
pagar juros pelo dinheiro que ela recebe. Assim, se um fundo compra uma
debênture, é quase como se ele tivesse emprestando dinheiro para essa
empresa. Qual o risco de crédito? O de a empresa não pagar o que deve.

O gestor do fundo pode decidir emprestar para o governo. Para


isso, ele precisa apenas comprar um título público. Pode acontecer de o
governo dar calote? Esse é um risco muito baixo atualmente, mas você
nunca pode estar 100% certo de que no futuro não haverá nenhuma crise
que leve o governo a não pagar sua dívida. Então há risco de crédito
também!

Você já deve ter percebido que há diferentes tipos de risco de


crédito, certo? O risco de emprestar para o governo é bem pequeno, o de
emprestar para uma grande empresa, é um pouco maior, já se você
emprestar para uma empresa menor, é um pouco mais alto. No caso do
fundo, para saber que tipo de risco de crédito você vai correr, é só você
olhar a classificação e o tipo de fundo [link] e, como sempre, ler o
prospecto antes de investir.

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Importante: quando você compra cotas de um fundo de


investimento, não está aderindo ao risco de crédito da instituição que
administra o fundo. O risco está na carteira, ou seja, nas aplicações que o
fundo fez com o seu dinheiro, não em quem a administra. Se a instituição
na qual você tem investimentos quebrar, você só vai perder a parcela do
patrimônio investida em ativos dessa instituição financeira. Vale reforçar
que um fundo não pode ter mais que 20% do seu patrimônio investido em
papéis da mesma instituição financeira que o administra. Se não houver
papéis daquela instituição na carteira, o banco quebra e seu dinheiro
continua protegido no fundo.

Risco de liquidez

Quando você quer vender algo seu, como um carro, um


computador, ou mesmo uma casa, conseguir um comprador pode demorar
um pouco. O risco de você não conseguir vender, ou seja, não conseguir

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alguém disposto a te dar dinheiro pelo que você quer vender, é o que nós
chamamos de risco de liquidez.

Isso pode acontecer no mercado financeiro também. Você poderia


ter uma ação de uma empresa e não conseguir ninguém disposto a
comprar. A saída, tanto no caso de um bem quanto de uma aplicação, é
você tentar baixar o preço para conseguir vender.

No caso do fundo, o risco de liquidez é exatamente isso: o gestor


pega seu dinheiro e aplica em diversas coisas: em títulos públicos (que é
como emprestar dinheiro para o governo), em debêntures (que é como
emprestar dinheiro para empresas) ou em ações (a mesma coisa que virar
sócio de uma empresa). Para alguns tipos de aplicações, tem sempre muita
gente querendo comprar ou vender e, nesse caso, dizemos que há muita
liquidez. O risco, então, é baixo. Mas para outras, pode haver poucos
compradores ou vendedores e, nesse caso, o risco de liquidez é maior.
Como, dependendo do tipo de fundo, ele aplica em muitas coisas, sempre
existe algum risco de ele não conseguir vender algo e ter que baixar o
preço: o que reduz os ganhos do fundo, ou mesmo pode causar uma perda.

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Para saber a que tipos de risco de liquidez você estará exposto


quando investe em fundos, você pode consultar a classificação e tipo do
fundo, que já te dará uma ideia geral. Mas antes de investir, você não pode
deixar de ler o prospecto e avaliar os riscos gerais que o fundo correrá.

Risco de mercado

Para entender o risco de mercado, vale você imaginar uma situação


real, ou melhor, que poderia acontecer com você: você e seu irmão têm
vários amigos precisando de dinheiro e todos eles te pedem R$ 1.000,00.
Eles prometem te pagar em um mês e no final eles ainda pagarão
R$ 100,00 de juros. Você decide emprestar para um dos seus amigos, pega
o dinheiro e entrega para ele. Seu irmão resolve esperar.

Passada uma semana, seus outros amigos continuam precisando de


dinheiro. Eles fazem uma nova oferta, e dizem que, por R$ 1.000,00, vão
pagar R$ 200 de juros. Seu irmão resolve emprestar para um deles, e fica
muito feliz.

Esse é um exemplo de risco de mercado: ele ocorre quando as


condições de mercado mudam e você tomou uma decisão que é afetada

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por essas condições. Nesse caso o que mudou foi a taxa de juros. Primeiro,
seus amigos ofereciam juros de 10% (que é R$ 100 para um empréstimo
de R$ 1.000), depois, de 20% (que é R$ 200 para um empréstimo de
R$ 1.000,00).

Quando mudam as condições de mercado, o valor das aplicações é


afetado. Nesse caso, a sua aplicação vai valer menos do que a do seu irmão
(quando os empréstimos forem pagos, seu irmão receberá R$ 1.200,00 e
você receberá R$ 1.100,00). Isso pode acontecer com vários tipos de
investimento em várias situações. A ação de uma empresa, por exemplo,
pode subir ou cair dependendo das condições de mercado.

Como o gestor do fundo pode aplicar em diversas coisas,


dependendo do tipo do fundo, você corre risco de mercado quando
compra uma cota de fundo. O tipo de fundo em que você aplica já te ajuda
a saber um pouco sobre o tipo de risco que o fundo correrá, mas é
importante você olhar no prospecto e avaliar o conjunto de riscos ao
investir em um fundo específico.

Administrando Riscos:

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Todo o investimento tem riscos. Aliás, toda a decisão que você toma
na vida envolve algum risco. Você decide tomar um táxi e dispensa o
metrô, e pode acabar chegando atrasado. Algumas dessas decisões são
fáceis de tomar, outras nem tanto. Comprar uma casa, investir as
economias que você está reservando para sua aposentadoria ou para a
viagem de férias, por exemplo, são decisões mais difíceis e você precisará
pensar nos riscos de elas darem errado.

No mundo dos investimentos, a receita para lidar com os riscos é


diversificar. Você já deve ter ouvido falar que não é bom colocar todos os
ovos numa mesma cesta, certo? Esse é o conceito de diversificação: se você
colocar suas economias em diversas aplicações, pode ser que você perca
em alguma, mas ganhe em outras, e, em média, tenha um resultado
positivo.

A vantagem de um fundo é que você pode diversificar mesmo


quando não tem muitos recursos para colocar em diversos tipos de
aplicação. Além disso, o fundo terá um profissional, o gestor, que irá tomar
essas decisões: ele escolherá as aplicações, avaliará os riscos de cada uma
e decidirá qual a melhor forma de diversificar o risco.

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Mas lembre-se: a chance de algo acontecer diferente do planejado


sempre existe. Isso significa que sempre há algum risco em relação aos
seus investimentos. O importante é você sempre saber onde coloca suas
economias, avaliando o tipo de fundo, lendo o material que ele dispõe e
sabendo que risco vai correr. Além disso, você tem que estar seguro de que
está investindo em algo com risco adequado ao seu perfil.

Gestão Ativa VS Gestão Passiva:

Há uma grande diferença entre a gestão passiva e ativa. Este é um


ponto muito importante da estratégia estabelecida para a gestão da
carteira de um fundo de investimento.

Gestão Passiva

O gestor de um fundo que possui uma estratégia de investimento


passiva investe em ativos buscando "replicar" um índice de referência
(benchmark), visando manter o desempenho do fundo próximo à sua
variação.

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Um exemplo de fundo com gestão passiva são os Fundos de Ações


Ibovespa Indexado. Nesses fundos o trabalho do gestor é fazer com que o
desempenho da carteira acompanhe a variação do Índice da Bolsa de
Valores. O gestor compra para a carteira do fundo as mesmas ações que
compõem o índice, a fim de que o desempenho do fundo seja bem aderente
à variação do Índice Bovespa. Nesse caso, o fundo pode comprar todas as
ações do Ibovespa e nos mesmos percentuais do índice, ou o gestor pode
optar por comprar apenas parte das ações, desde que o desempenho desse
grupo de ações acompanhe o desempenho do Ibovespa como um todo.

Gestão Ativa

A estratégia de gestão ativa de um fundo de investimento busca


obter rentabilidade superior ao de determinado índice de referência. Isso
significa que o gestor procura no mercado as melhores alternativas de
investimento visando atingir o objetivo desse fundo, sempre de acordo
com a sua política de investimento.

Os Fundos Multimercados, por exemplo, são fundos que


normalmente possuem gestão ativa, pois combinam investimentos em
ativos de diversos mercados (juros, câmbio, ações, derivativos etc.) em

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função de uma estratégia de investimento adotada pelo Gestor e sem se


preocupar com o desempenho de um índice de referência específico. Dessa
forma, podem assumir mais riscos visando rentabilidades maiores.

Rentabilidade VS Desempenho

Quando a instituição divulga a rentabilidade de determinado fundo,


está dizendo a você qual foi o percentual de ganho líquido em determinado
período. Esse ganho é comunicado a você já descontados o valor das taxas
de administração, de performance (se houver) e as demais despesas do
fundo.

É fácil saber a rentabilidade de um fundo. Ela está publicada no site


da ANBIMA, nos informes periódicos que o administrador apresenta e em
alguns jornais de grande circulação do País.

Mas saber quanto rendeu o seu fundo em um mês não é suficiente


para saber quanto você ganhou no seu investimento. Afinal, é preciso
considerar o tempo em que seu dinheiro está aplicado.

Exemplo:

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Valor atual da cota = R$ 1.156

Valor da cota no momento da aplicação = R$ 1.000

1.156 / 1.000 = 1,156 - 1 = 0,156 x 100 = 15,6%

Portanto, a rentabilidade neste período foi de 15,6%.

Lembre-se sempre que nem sempre o fundo que apresenta a maior


rentabilidade em determinado período pode ser considerado o melhor. É
preciso medir a relação entre o risco e o retorno desse fundo. Quanto
maior o risco, maior o potencial de valorização de um investimento. Todo
o investimento embute certo grau de risco, mesmo os mais conservadores.
Daí você deve estar certo de que conhece os riscos da aplicação antes de
investir suas economias.

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Módulo 11: Investimentos Cambiais

Segundo dados de casas de análise estatísticas, temos uma grande


possibilidade de alta do câmbio até o final de 2015. Moedas em alta,
inflação em alta, Selic em alta…

Você sabe como ganhar dinheiro e aumentar a sua rentabilidade


neste cenário?

Uma das possibilidades é o investimento em câmbio, ou seja, com


operações que envolvem moedas de troca nacionais por estrangeiras e
vice-versa.

Muitos grandes investidores e fundos privados tem investido em


estratégias de hedge em dólar, visando a proteção de seu capital contra os
inúmeros riscos que a atual situação da economia Brasileira se encontra.
Dentre os grandes fundos, podemos destacar o Fundo Verde, administrado
por nada mais e nada menos que Luís Stuhlberger, um dos maiores
gestores da atualidade.

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Investindo em Dólar

A valorização do da moeda norte-americana já era esperada em


razão da melhora da conjuntura econômica dos Estados Unidos. Porém, a
aposta da continuidade da alta da moeda se deve aos desequilíbrios no
cenário interno.

O investimento em dólar, propriamente dito, resume-se em


comprar a moeda em questão com nossa moeda corrente, pelo preço da
variação cambial na data da compra.

Investimentos deste tipo são frequentemente utilizados para


proteção cambial que visa uma viagem ao exterior, um curso fora ou até
mesmo a importação de produtos.

Fundos Cambiais

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Os Fundos Cambiais possuem como objetivo a concentração dos


seus recursos em títulos e posses relacionadas a variação de preços de
moedas estrangeiras ou de uma determinada taxa de juros,
frequentemente chamada de cupom cambial.

O investimento em Fundos Cambiais é recomendado para pessoas


que buscam manter o poder de compra de seu capital em moeda
estrangeira, ou para pessoas com o perfil de proteção de portfólio (hedge),
acreditando que a moeda local possa sofrer uma desvalorização em
comparação a moeda de investimento do fundo aplicado.

Os fundos de investimento cambiais mais conhecidos são os fundos


atrelados ao dólar, que tem como objetivo o investimento na variação
diária da cotação da moeda americana.

Para investir em fundos cambiais, o primeiro passo é procurar uma


instituição (banco ou corretora) que ofereça tal serviço. Verifique qual o
valor mínimo para aplicação, as taxas de administração dos fundos e os
custos gerais do investimento. Como as outras modalidades de fundos de
investimento, os fundos cambiais possuem incidência de Imposto de
Renda sobre os ganhos obtidos variando entre 15% a 22,5%, dependendo
do prazo da aplicação.

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Minicontratos

O minicontrato de dólar é um tipo de investimento em mercado


futuro, negociado no segmento BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).
Trata-se de um derivativo que representa acordos de compra ou venda da
moeda no mercado futuro acompanhando diretamente a variação do
câmbio. Em resumo, funciona basicamente como uma aposta para a
direção da moeda em um determinado período de tempo.

Cada minicontrato representa um lote de US$ 10 mil, por isso ele é


chamado de “mini”, já que equivale a 20% de um contrato inteiro de dólar,
conhecido como “dólar grande”, que é de US$ 50 mil e é usado por grandes
empresas e investidores. Porém, o investidor não precisa ter
necessariamente os US$10 mil para investimento imediato. Várias
corretoras trabalham com alavancagem deste valor, podendo operar com
valores reduzidos.

A corretagem para investimentos em minicontratos é fixa e definida


pela instituição de operação do investidor. O Imposto de Renda incide em

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15% sobre os ganhos auferidos em operações desta modalidade de


investimento, quando liquidadas em um prazo maior de 2 dias, ou 20%
para operações liquidadas no dia (daytrades).

O principal risco desta modalidade de investimento é a variação


cambial contrária a que o investidor espera, ou seja, a desvalorização da
moeda investida. A desvalorização ou valorização dos minicontratos
acompanha a variação cambial da moeda investida. Com as perspectivas
fortes de alta de moedas estrangeiras, tais investimentos tomam cada vez
mais evidencia em nosso dia a dia.

Forex

Investir em FOREX é investir no mercado estrangeiro, ou seja,


compra e venda de moeda estrangeira. Em termos de volume de dinheiro
movimentado, o mercado de Forex movimenta o equivalente a quase 4
trilhões de dólares estadunidenses diariamente.

Segundo dados de 2007, movimentava cerca de 3,43 vezes mais do


que a soma de todos os mercados de títulos no mundo, e 9,63 vezes o
volume negociado no mercado de ações mundial.

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Os investimentos em Forex incluem trocas entre grandes bancos, bancos


centrais, corporações multinacionais, governos, e instituições financeiras
em geral.

Dos investimentos em moeda estrangeira, o Forex talvez seja o de


maior risco, possibilitando assim os maiores ganhos e, por consequência,
as maiores perdas.

Ouro

O investimento em ouro é um assunto que desperta e aguça a


curiosidade das pessoas. Em algum momento você já deve ter ouvido falar,
ou conhecido alguém que trabalhou comprando e vendendo ouro, que por
muito tempo significou um metal que transparecia poder e status na
sociedade.

Na atualidade, observamos um momento propicio para o


investimento em ouro, muito devido a crise econômica internacional que
faz com que muitos países emitam moeda para estimular o consumo
interno. Com mais dinheiro em circulação, as moedas acabam se

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desvalorizando e aumentando os preços de metais e commodities,


inclusive o ouro.

Para o investidor que deseja investir em ouro, temos uma gama


grande de possibilidades que vão desde fundos atrelados, até a compra e
venda de joias, passando pelo penhor e pela compra direta do metal via
BM&F Bovespa.

Bitcoins

Talvez um dos investimentos mais populares da atualidade, o


termo “Bitcoin” nunca esteve tão popular como ultimamente. A moeda,
que surgiu em 2008, alcançou no final de 2013 os seus índices mais altos
de valor, chegando a valer mais de R$ 2.000 para cada unidade de bitcoin
investido.

Para negociar bitcoins é preciso que você tenha crédito em contas


de instituições que operam exclusivamente este tipo de moeda. Você pode
adicionar esses créditos de duas formas: por meio de transferência online
ou a partir de um depósito bancário nominal. Basicamente a forma de
operar é como se fosse a compra e venda de um ativo qualquer, ganha-se

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na valorização das cotas e realização dos lucros auferidos em transações


de compra e venda deste ativo.

Ao longo do artigo, inserimos algumas dicas de cursos, apostilas e


vídeo-aulas que aprofundam os conhecimentos aqui repassados para os
interessados em aprender mais sobre tais modalidades.

Recomendamos uma maior busca e um aprendizado maior para


mitigar os riscos envolvidos em cada tipo de investimento listado.

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Módulo 12: Investimentos Alternativos

Neste módulo apresentaremos algumas modalidades de


investimento alternativas de renda variável. Estas modalidades podem ser
estudadas e utilizadas com sabedoria para alavancar as rentabilidades de
seus investimentos.

12.1 Fundos Imobiliários:

O mercado dos fundos imobiliários no Brasil vem crescendo de


forma exponencial nos últimos anos, acompanhando de perto os fortes
investimentos públicos e privados no setor de construção civil.

Por muitas vezes não possuímos grandes quantias de capital para o


investimento em imóveis propriamente ditos, desta forma, a maneira mais
fácil, segura e transparente de se investir neste setor é através dos Fundos
Imobiliários.

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Regulamentação

Criados em junho de 1993 pela Lei 8.668 e regulamentados pela


CVM em janeiro do ano seguinte através das Instruções nºs. 205 e 206.
Nova regulamentação pela Instrução CVM nº 472 em 31/10/2008, os
Fundos Imobiliários, de mesma forma que os fundos de ações, renda fixa,
derivativos, multimercado, são regulados, fiscalizados, controlados, e têm
seu funcionamento autorizado pela CVM – Comissão de Valores
Mobiliários, pois tratam-se de recursos captados de investidores para o
desenvolvimento e administração dos fundos. Com isso, a quota de um
fundo imobiliário é um valor mobiliário, conforme estabelece o artigo 3º
da Lei 8.668/93.

Objetivos

Formados por um grupo de investidores, os Fundos Imobiliários


tem como objetivo aplicar recursos em negócios com base imobiliária,
como desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, imóveis já
prontos ou títulos financeiros imobiliários, como CRI, LH, LCI ou cotas

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de fundos imobiliários já constituídos dos mais variados setores:

- logística;

- imóveis comerciais;

- escritórios;

- shopping's;

- hospitais

- faculdades, etc

Além disso, o patrimônio do fundo pode ser composto por um ou


mais imóveis, partes de imóveis, direitos ou cotas de outros fundos
imobiliários.

Com a regulamentação introduzida pela Instrução CVM nº 472, que


vigora desde 03/12/2008, os fundos podem investir também em títulos e
valores mobiliários que tenham como objetivo e/ou lastro principal o
mercado imobiliário.

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Aplicação dos fundos

O artigo 45 desta Instrução define os ativos em que os Fundos


Imobiliários podem investir, conforme segue:

”Art. 45. A participação do fundo em empreendimentos imobiliários


poderá se dar por meio da aquisição dos seguintes ativos:

I – quaisquer direitos reais sobre bens imóveis;

II – desde que a emissão ou negociação tenha sido objeto de


registro ou de autorização pela CVM, ações, debêntures, bônus de
subscrição, seus cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de
desdobramentos, certificados de depósito de valores mobiliários, cédulas
de debêntures, cotas de fundos de investimento, notas promissórias, e
quaisquer outros valores mobiliários, desde que se trate de emissores
cujas atividades preponderantes sejam permitidas aos FII;

III – ações ou cotas de sociedades cujo único propósito se enquadre


entre as atividades permitidas aos FII;

IV – cotas de fundos de investimento em participações (FIP) que

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tenham como política de investimento, exclusivamente, atividades


permitidas aos FII ou de fundos de investimento em ações que sejam
setoriais e que invistam exclusivamente em construção civil ou no
mercado imobiliário;

V – certificados de potencial adicional de construção emitidos com


base na Instrução CVM nº 401, de 29 de dezembro de 2003;

VI – cotas de outros FII;

VII – certificados de recebíveis imobiliários e cotas de fundos de


investimento em direitos creditórios (FIDC) que tenham como política de
investimento, exclusivamente, atividades permitidas aos FII e desde que
sua emissão ou negociação tenha sido registrada na CVM;

VIII – letras hipotecárias; e

IX – letras de crédito imobiliário.”

Com estas características, podemos comparar um fundo imobiliário


a uma empresa de capital aberto ou a um fundo de ações/multimercado
qualquer.

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Todos os investimentos em questão possuem acionistas,


distribuição de rendimentos, demonstrativos de resultados, prospectos,
assembleias, etc.

Fundos existentes

Atualmente possuímos 129 fundos imobiliários registrados e em


atividade na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F BOVESPA).

Características

No Brasil, os modelos de Fundos Imobiliários, conforme resolução


vigente, possuem as seguintes características:

- Podem ser constituídos de bens e direitos imobiliários, além dos


outros ativos citados no artigo 45 da Instrução CVM nº 472, que podem ser
utilizados para integralização;

- São, obrigatoriamente, administrados por instituições financeiras;

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- Não possuem personalidade jurídica própria, ou seja, a instituição


financeira que os administra disponibiliza sua personalidade jurídica ao
fundo, tornando-se proprietária fiduciária dos bens integrantes do
patrimônio, os quais não se comunicam com o patrimônio da instituição;

- Os fundos podem manter parte de seu patrimônio em caixa, tendo


em vista sua necessidade de liquidez. O saldo em caixa deve ser aplicado
em ativos de renda fixa;

- Para os casos de fundos destinados a construir imóveis, as


integralizações podem ser parceladas em séries. Os fundos podem,
também, efetuar aumento de capital mediante a emissão de novas quotas;

- Em fundos fechados, ou seja, que não permitem resgate das


quotas, o retorno do capital investido se dá através da distribuição de
resultados, da venda das quotas ou, quando for o caso, na dissolução do
fundo com a venda dos seus ativos e distribuição proporcional do
patrimônio aos quotistas

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PORQUE INVESTIR

Para a aquisição de Fundos Imobiliários, utilizamos a bolsa de


valores. Na prática, esse tipo de investimento é semelhante à compra de
um imóvel físico para locação, a diferença está no tipo de aquisição pois
nos Fundos Imobiliários os imóveis são adquiridos via cotas, tendo vários
cotistas ou donos para cada imóvel. Como nos imóveis fixos, os Fundos
Imobiliários também sofrem com a variação do preço do imóvel com o
passar do tempo, seja positiva ou negativa.

Outra semelhança é o pagamento mensal de rendimentos, no


imóvel este pagamento ocorre via aluguel do inquilino e nos Fundos
Imobiliários via rendimento distribuído pela gestora do fundo.

Mas se as semelhanças são tantas, porque investir em fundos


imobiliários e não em imóveis? Vamos as respostas!

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Acessibilidade

Muitos investimentos bastante rentáveis, e que superam em muito


o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como LCI’s e Debêntures
tem investimento mínimo de R$ 30.000,00 na maioria das instituições.
Outros ainda mais rentáveis exigem investimentos maiores de
R$100.000,00.

Dessa forma o investidor um valor pequeno acaba ficando de fora


deste tipo de investimento. A grande vantagem de um fundo é a comunhão
de cotistas, pois unidos eles terão acesso a todos os tipos de investimentos
e conseguirão os montantes necessários para aplicar seus recursos
buscando uma maior rentabilidade.

Custos de transação

Na compra de um imóvel físico, a maioria dos investidores não


coloca todos os custos de transação na ponta do lápis. 7 Além da
corretagem, que em algumas regiões pode chegar à 10% do valor do bem,
é necessário pagar taxa de registro nos cartórios e imposto de transmissão

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do vendedor para o comprador. Em alguns casos os custos totais das


transações superam 15% do valor total.

Nos fundos imobiliários o único custo é o de corretagem da


corretora sobre a ordem de compra realizada. Esta corretagem geralmente
é um valor fixo e fica muito abaixo dos custos de transações de imóveis.

Custos de oportunidade

Em caso de vacância em um imóvel fixo, os custos fixos (luz, água,


gás, condomínio, etc) devem ser arcados pelo dono do bem. O mesmo se
aplica ao imposto territorial urbano (IPTU) cobrado pelas prefeituras. Se
colocarmos na ponta do lápis os custos totais e despesas que estes imóveis
geram em média, nossa renda mensal via aluguel de inquilinos fica bem
abaixo da renda que realmente é recebida mês a mês.

Os Fundos Imobiliários possuem os mesmos custos, porém,


algumas gestoras garantem o pagamento dos rendimentos mesmo em caso
de vacância nos imóveis via RMG (Renda Mensal Garantida).

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Tributação

Em casos de pessoa física investidora de imóveis físicos, devemos


recolher Imposto de Renda sobre os alugueis recebidos. Nos fundos
imobiliários, o rendimento mensal é isento de IR para este público,
tornando-se uma excelente alternativa de rentabilização do capital.

Uma sala comercial no valor de R$ 300.000,00 mil, com um aluguel


mensal de R$2.100,00, renderá ao investidor que compra o imóvel físico
aproximadamente R$ 1.680,00 mensais e R$ 2.700,00 para o investidor
que compra cotas de fundos imobiliários com média 0,9% mensal em
dividendos. 9 Em um período de 12 meses a soma a favor dos Fundos
Imobiliários chega a R$12.240,00.

Liquidez

Em caso de necessidade de venda imediata de um imóvel físico, o


investidor pode encontrar certa dificuldade de achar um comprador,
devendo, na maioria das vezes, oferecer um desconto alto para a
concretização do negócio.

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Os fundos imobiliários são negociados diariamente e possuem alta


liquidez no mercado de capital. Em caso de necessidade de todo ou parte
do valor investido, a venda das cotas é depositada em conta corrente 3
dias úteis após a transação.

Fluxo de renda mensal

A cereja do bolo dos Fundos Imobiliários. Ao pagar rendimentos


mensais, os Fundos Imobiliários propiciam ao investidor uma grande
geração de fluxo de renda.

É uma excelente alternativa de investimento para o perfil de


investidor que deseja retirar uma parcela de dinheiro mensalmente do
mercado, contribuindo assim para a complementação de orçamento
familiar. O administrador deve, mensalmente, repassar ao menos 95% dos
valores recebidos pelo fundo direto para as contas correntes dos cotistas.

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Diversificação

Com os Fundos Imobiliários é possível adquirir participações em


grandes empreendimentos em diferentes centros econômicos do Brasil, ou
seja, não há o risco de comprar imóveis somente em uma cidade, podendo
assim diversificar as regiões e tipos de imóveis adquiridos.

Valor mínimo para aplicação

Para a compra de um imóvel físico, o investidor deve alocar


grandes recursos. Nos Fundos Imobiliários, a compra de uma participação
(cota) em um fundo é o valor da cotação diária atualizada do fundo.

Atualmente possuímos cotas de Fundos Imobiliários em valores


menores de R$50,00, ou seja, bem menores do que um imóvel físico.

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Gestão

De acordo com a legislação, os Fundos Imobiliários devem,


obrigatoriamente, serem geridos por pessoas especializadas e certificadas.
O custo deste profissional é rateado entre todos os cotistas e é diluído no
percentual máximo de 5% da renda não distribuída e alocada para custos
de administração do fundo. O valor pago, em correlação ao
profissionalismo e conhecimento aplicados representa, ao investidor, um
excelente custo vs benefício.

COMO INVESTIR

Investir em Fundos é um processo muito simples e assemelha-se


aos demais tipos de investimento em renda variável, ou seja, você só
precisa de uma corretora e dinheiro para investir. Assim como as ações, o
preço dos Fundos Imobiliários varia de fundo para fundo e possui
variações diárias de acordo com o andamento dos pregões.

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Para a negociação de fundos é necessário o cadastro em uma


Corretora de Valores/Gestora de Fundos ou simplesmente conta corrente
em um Banco Comercial. A diferença é que nos bancos/gestoras,
geralmente você só possui acesso aos fundos controlados por estas
instituições. Já nas Corretoras de Valores você consegue acesso a todo o
portfólio de fundos negociados no mercado a vista da BM&F Bovespa.

Custos e Taxas nos Fundos

Existem hoje dois tipos de taxa de administração praticadas em


Fundos Imobiliários: taxa de administração e taxa de performance. A taxa
de administração sobre fundos de investimentos é cobrada sobre o valor
que o cliente tem investido no fundo e gira, normalmente, entre 1% e 3%.

Exemplo: se você tem R$ 1000,00 investidos em um fundo, e o


fundo cobra 1% de taxa de administração, você vai pagar R$ 10,00 de taxa
de administração para ter o seu dinheiro no fundo durante um ano.

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Taxa de performance

A taxa de performance, mais comum em fundo de ações, também é


presente em alguns Fundos Imobiliários. Trata-se de um prêmio quando o
gestor bate a sua meta e normalmente é definida por um percentual a
partir de a superação de um determinado índice ou benchmark.

Imagine que um fundo tem como Benchemark ganhar do Índice


Bovespa ( Média das ações da Bolsa Brasileira) que neste ano rendeu 20%,
se você investiu R$ 10.000,00 neste fundo e que o mesmo rendeu neste
ano 30%. Se o fundo simplesmente igualasse o Índice Bovespa seu
dinheiro teria se valorizado até R$ 12.000,00.

Como ele valorizou 30%, rendendo seu dinheiro para R$ 13.000,00


o fundo irá cobrar 10% a diferença entre R$ 12.000,00 e R$ 13.000,00 que
é de R$ 1.000,00. Assim a taxa de performance será de R$ 100,00.

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Dividendo Mensal Atraente

Dividendo mensal é a divisão entre o último rendimento do fundo


imobiliário e seu preço atual.

Por exemplo, um fundo que distribuiu rendimento de R$ 1,00 e tem


preço de R$ 100,00 possui um Dividendo Mensal de 1,00%. (1/100). 8 1.4
Observe a Liquidez do Fundo Trataremos do modulo de liquidez mais
adiante, de forma mais aprofundada.

Mas, basicamente, a liquidez consiste no quão rápido você consegue


se desfazer de um ativo na hora da venda. Por mais que existam fundos
com liquidez baixa e até outros com nenhuma negociação diária,
dificilmente encontraremos fundos cuja a liquidez é menos do que Imóveis
Físicos, sendo esta uma grande vantagem dos Fundos Imobiliários.

Diversifique

Explorando os conceitos de diversificação, o investidor deve


procurar fundos que não tenham uma correlação muito forte.

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Isso significa investir em fundos de diferentes setores, como:


Escritórios, Hotelaria, Educacional, Industrial/Logística, Lojas/Shoppings.
Desse modo, o investidor evita ficar “preso” em um único setor. Por
exemplo, caso o turismo no país sofra em um determinado ano, o setor de
hotelaria dos fundos imobiliários poderia ter ganhos menores, refletindo
em uma queda do valor da cota desses fundos.

12.2 Investidor Empreendedor – MicroFranquias

O modelo de negócio baseado em franquias já se tornou, ao longo


dos últimos anos, um dos modelos mais procurados por empreendedores
que buscam iniciar um empreendimento com uma marca já reconhecida
no mercado, diminuindo assim os riscos que um negócio oferece novo
oferece.

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Com o crescimento exponencial do acesso da comunicação e, mais


especificamente, do ramo de comércio on-line, as franquias virtuais têm se
tornado referência no franchising brasileiro. Segundo dados de
consultorias especializadas, a expectativa é que, nos próximos cinco anos,
a quantidade de novos empreendimentos focados neste modelo de negócio
cresça entre 30% e 35%.

Organizações de vários segmentos já adentraram neste mercado:


material publicitário, site de ofertas, venda de ingressos, comercialização
de produtos e eletrodomésticos, consultorias diversas, etc. As franquias
online tem chamado atenção dos empreendedores, principalmente, pelo
baixo investimento necessário para a abertura de uma unidade, já que o
empreendimento não exige um ponto de venda para atender o público,
reduzindo assim os custos fixos mensais para a manutenção e
continuidade do negócio.

Apesar da palavra “online”, o modelo de negócio deve obedecer aos


diretrizes das franquias tradicionais, tais como seguir a lei pertinente (Lei
de Franchising, nº 8.944/94), bem como as práticas de mercado na sua
concessão e gestão. A administração funciona da mesma forma que as

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franquias tradicionais e envolve pagamento de royalties e taxas de


divulgação.

O pré-requisito básico para entrar nesse ramo é entender a


linguagem da internet, estar constantemente atualizado com as novas
tendências de mercado e conhecer as ferramentas de divulgação on-line.
Os perfis mais indicados para empreender nesse segmento são os
profissionais liberais com certa experiência em marketing digital, pessoas
que desejam ter seu negócio sem sair de casa ou que desejam obter uma
renda extra com o empreendimento.

Vantagens de franquias virtuais

1. Maiores chances de sucesso

As chances de sucesso em uma franquia são maiores do que em um


empreendimento iniciado do zero. O franqueado se beneficia da
experiência e bagagem do franqueador e a utiliza como trunfo no mercado
de atuação.

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2. Trabalhe com marcas conhecidas e com boa reputação

Como o franqueador, geralmente, possui um nome de boa


reputação, o franqueado acaba se beneficiando deste marketing já
desenvolvido. O franqueado trabalha tirando proveito da vantagem
competitiva de seu franqueador e dos produtos já consumidos e testados
no mercado.

3. Economia de escala na rede

Como os custos de propaganda são rateados entre todos os


franqueados, haverá uma redução substancial nos investimentos,
contando ainda com a possibilidade de melhoria na qualidade desta
propaganda.

4. Independência jurídica e financeira

Apesar da autonomia não ser total, o franqueado possuirá


independência jurídica e financeira em relação ao franqueador. A empresa

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do franqueado terá sua própria razão social, sendo uma pessoa jurídica
distinta, e todas e quaisquer operações financeiras serão de
responsabilidade individual desta empresa.

5. Existência de um plano de negócio

Na maioria das vezes, o pequeno empreendedor independente não


dispõe de tempo e habilidade para prever fatos político-sociais e
econômicos que possam afetar o seu negócio. É bom poder contar com o
apoio de um franqueador competente, podendo instalar-se e se expandir
com menor risco financeiro.

Desvantagens de franquias virtuais

1. Risco de ocorrência de falhas no sistema

Ao selecionar uma rede de franquias com um sistema problemático,


o franqueado pode fazer mau negócio, acarretando problemas
operacionais no futuro. Poderá ocorrer o descumprimento de algumas
cláusulas do contrato, como atraso na entrega de produtos e

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equipamentos, deficiência na variedade de produtos, diminuição da


rentabilidade prevista, perda de qualidade e/ou pouca inovação nos
produtos comercializados etc.

2. Pouca flexibilidade oferecida

Nos sistemas de franquia formatada, os controles sobre as


operações do franqueado são constantes e permanentes.

O objetivo das auditorias é detectar falhas no cumprimento das


obrigações por parte do franqueado, atuando nos controles financeiros e
contábeis, assim como no controle de operações, reorientando para o
rumo certo na gestão do negócio.

O franqueado deve estar ciente de que a interdependência mútua


no sistema de franquia é uma condição fundamental para o
desenvolvimento da rede, e tanto o sucesso como o fracasso serão
compartilhados pelo franqueado e pelo franqueador.

Para a montagem da relação de vantagens e desvantagens, foram


utilizados dados e informações do Portal do Sebrae (link:

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http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/franquia-vantagens-e-
desvantagens/)

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#Conclusão:

Com estas 236 páginas importantes, encerramos o nosso material


sobre Poupar & Investir.

Quer dizer,

Ainda temos algumas dicas valiosíssimas. Mas estas dicas não


podem ser disponibilizadas em um material desta forma. Por serem de
extrema valia e confidencialidade, elas estarão disponíveis em nossas
próximas conversas. Enviaremos para vocês, pelo e-mail utilizado em seus
cadastros, algumas dicas ainda MAIS importantes que estas.

Se respeitar estes ensinamentos e mais as dicas valiosas que


receberás nos próximos dias, estaremos aptos a fazer negócios de
automóveis usados com a maior segurança do mundo.

Um grande e forte abraço a todos e até mais!

Jonatam César Gebing

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